8. Fratura de base de crânio
Sinais Clínicos:
• fístula liquórica (otorréia e rinorréia)
• equimose periorbital (“olhos de guaxinim”)
• equimose retroauricular (sinal de Battle)
• disfunção do VII (paralisia facial) ou VIII
par (perda de audição)
11. Concussão
• Decorrente do TCE fechado sem lesão estrutural do
encéfalo
• Perda temporária da função neurológica que pode ser
desde amnésia e confusão até breve perda da
consciência.
– Leve
– Clássica – recuperação consciência < 6 horas
• Pode ser acompanhada de bradicardia, hipotensão e
sudorese.
• Não tem curso fatal.
12. Lesão Axonal Difusa (LAD)
• Perda de consciência > 6h
• Secção fibras nervosas (corpo caloso, tronco
cerebral ou difusas
• Conseqüentes ao movimento brusco do sistema
nervoso sobre si mesmo (aceleração e
desaceleração)
• Mortalidade: até 33%
• Alteração importante da consciência
• Sem indicação cirúrgica
13. Contusão cerebral/HIP
• Caracteriza-se por lesão estrutural do tecido
encefálico com vários graus de hemorragia
petequial, edema e destruição tecidual.
• Déficit: localização e tamanho da lesão, podem
se manifestar como paralisias, transtornos da
linguagem, alterações da memória e do afeto e
não frequente alterações visuais.
• HIP: Podem ocorrer alguns dias após TCE
14.
15.
16. Hematoma Extradural ou
Epidural
• Localizados entre a dura-máter e a calota craniana
• Forma biconvexa ou de lente
• Mais freqüente: temporal ou têmporo-parietal
• Comumente resultam de ruptura da a. meníngea
média
• Perda da consciência logo após o trauma com
recuperação rápida, letargia, hemiparesia
contralateral, pode ocorrer herniação se não tratado
a tempo
• Intervalo “lúcido” e “morre”...
20. Hematoma Subdural (HSD)
• Mais freqüentes - 30% TCE graves
• Localizado entre as membranas que
revestem o cérebro
• Decorrentes em sua maioria de traumas
por aceleração e desaceleração em altas
velocidades
• Unilateral – 80%
• Mais comum: fronto-têmporo-parietal
21. HSD
• Clínica:
– Alteração nível consciência
– Déficits localizados
– Anisocoria
– Posturas patológicas
• Grande efeito massa -> herniação: Tríade
de Cushing (hipertensão, bradicardia e
bradipnéia)
25. CAUSAS DE ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
• Lesão no córtex cerebral;
• Lesão na formação reticular ascendente do tronco
cerebral (estrutura responsável pela manutenção do
estado de alerta);
• Aumento da pressão intracraniana (PIC): anisocoria,
hipertensão arterial, bradicardia, alterações
respiratórias;
• Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral;
• Hipoglicemia.
FENÔMENO DE CUSHING: elevação acentuada da pressão arterial +
bradicardia + bradipnéia= sinal tardio de aumento acentuado da
PIC.
26. SINAIS DE HERNIAÇÃO CEREBRAL
• Herniação uncal: dilatação ou lentidão na resposta
pupilar a estímulo ipsilateral, com ou
sem alterações motoras e fraqueza contralateral;
• Herniações mais extensas:
o Nível 1 de PIC: postura em decorticação (flexão MMSS,
extensão MMII), pupilas médio-reativas, respiração Cheyne-
Stokes;
o Nível 2 de PIC: postura em descerebração (extensão de MMSS
e MMII), pupilas médias, não fotorreagentes, hiperventilação
neurogênica central;
o Nível 3 de PIC: flacidez, sem reação à dor, midríase fixa,
respiração atáxica ou apnéia.
27. DIAGNÓSTICO
• História clínica: colher informações sobre o evento
traumático, causa do traumatismo, intensidade do
impacto, a presença de sintomas neurológicos,
convulsões, diminuição de força, alteração da
linguagem, perda da consciência e documentar.
• A alteração da consciência é o sintoma mais comum dos
TCE’s
• Dor de cabeça intensa, sobretudo unilateral, pode
indicar lesão expansiva intracraniana, já cefaléia intensa
em região occipital pode indicar fratura de odontóide
(estrutura da segunda vertebra que se articula com a
primeira).
28. EXAME NEUROLÓGICO
• Escala de Coma de Glasgow;
• Pupilas: simetria (diferença > 1mm é anormal), fotorreação;
• Exame da cabeça e da coluna: atenção para perdas liquóricas,
fraturas abertas de crânio, exposição de tecido cerebral, ferimentos
extensos de couro cabeludo e lesões por arma de fogo (orifícios de
entrada e saída);
• Avaliação da motricidade (déficit motor);
• Observação de sinais de fratura de base de crânio: extravasamento
de líquor e sangue pela orelha ou nariz, equimose na região
mastóidea (sinal da batalha), equimoses periorbitais (olhos de
guaxinim) – os 2 últimos são sinais mais tardios;
• Observar a evolução: para detectar qualquer deterioração
neurológica;
• Objetos encravados no crânio não devem ser removidos.
29. Procedimentos de Suporte Básico
Premissas Básicas :
1. Seqüência lógica de
atendimento .
2. Etapas seqüenciais
ABC = Condições que
impliquem em risco de vida
devem ser tratadas assim que
identificadas.
AÉREAS
(vias)
BOA
VENTILAÇÃO
CIRCULAÇÃO
DISABILITY
Incapacidades
Exposição e
Exame físico
Atendimento inicial ao politraumatizado
30. CONDUTA
• Avaliar o nível de consciência e o ABCDE;
• Avaliar a biomecânica do trauma;
• Imobilizar coluna cervical após exame do pescoço;
• Manter permeabilidade das vias aéreas: intubação traqueal se
Glasgow menor ou igual a 8 (retirar próteses);
• Administrar O2 100% sob máscara com reservatório, nas vítimas
conscientes e com ritmo respiratório normal; manter Sat O2 > 95%;
• Na vítima com nível de consciência rebaixado ou com alteração do
padrão respiratório, ventilar com compressão positiva, com O2
100% (bolsa – valva - máscara, intubado traqueal ou PLA Cobra);
manter Sat O2 > 95%;
• Evitar a hiperventilação: ventilação assistida com 10 mrp para
adultos (com volume corrente de 350 a 500 mL); 20 mrp para
crianças e 25 mrp para bebês;
31. CONDUTA
• Controlar sangramentos: no couro cabeludo, aplicar curativo
compressivo e, se este não for eficiente, aplicar pressão direta nas
bordas da ferida ou na região adjacente se houver deformidade
óssea ou lesão aberta; em nariz ou orelha, tamponar com material
de curativo, permitindo pequeno vazamento do sangue (o
tamponamento completo pode aumentar a PIC); controlar outras
hemorragias;
• Monitorizar sinais vitais (pressão arterial, pulso), ECG e oximetria;
• Instalar acesso venoso calibroso;
• Sedar a vítima em caso de agitação;
• Na ocorrência de convulsões: administrar Diazepam;
• Repor volemia com Ringer Lactato se houver sinais de choque;
sem sinais de choque, infundir volume em velocidade não maior do
que 125 mL/hora (ajustar a velocidade de infusão se evoluir para
choque);
• Prevenir a perda de calor corporal;
32. CONDUTA
• Manter a vítima em posição supina (a elevação da cabeça pode
diminuir a PIC, entretanto, pode reduzir a pressão de perfusão
cerebral);
• Transportar rapidamente para hospital terciário (com recursos de
tomografia e neurocirurgião disponíveis no plantão);
• Informar ao plantonista do hospital todas as alterações
neurológicas observadas na cena e durante o transporte, como por
exemplo, qual pupila estava dilatada primeiro ou mudanças nas
condições da vítima;
• Sempre transportar para o hospital vítimas alcoolizadas ou
drogadas, mesmo que o TCE aparentemente seja leve. Nunca
atribuir ao álcool ou drogas as alterações do estado mental;
• Sempre transportar para o hospital crianças com TCE e história não
compatível com as lesões encontradas ou história não confiável –
suspeitar e procurar outros sinais sugestivos de MAUS TRATOS.
33. Prevenir eventos que
exacerbam HIC
• Prevenir e tratar hiponatremia
• Normovolêmico
• Evitar hipertermia
• Evitar hipoxemia
• Anticonvulsivantes
(fenitoína/carbamazepina)
• Evitar hiperglicemia (< 150mg/dl)