2. AGRAVOS
NEUROLÓGICOS
CÉLIA KAYO HAMIJE BREVI
FELIPE RODRIGUES
JOSIAS NATAN
LUCI ARCA RODRIGUES CAIRES DA SILVA
MIRIAN CAVALCANTE DE FARIA
NAIR VIEIRA DE SOUZA
4. Traumatismo
cranioencefálico- TCE
• É uma lesão cerebral causada por
agressão gerada por forças externas contra a
cabeça atingindo couro cabeludo, crânio,
meninges, encéfalo e/ou nervos cranianos.
• Este trauma pode ocasionar somente uma
alteração no nível de consciência ou levar a
comprometimento das habilidades cognitivas,
físicas e comportamentais.
5. CAUSAS
O traumatismo cranioencefálico é a terceira principal causa de morte nos países
desenvolvidos.
É a principal causa de morte e incapacidade em adultos com menos de 45 anos.
Em jovens: geralmente ocorre devido a acidentes de trânsito, agressões, acidentes de
trabalho ou a prática de esportes, ferimentos por arma de fogo e arma branca;
Em crianças ocorrem no nascimento, síndrome do bebê sacudido e quedas;
A partir dos 65 anos: a principal causa são as quedas.
6. AS LESÕES CEREBRAIS SÃO CLASSIFICADAS EM:
• LESÃO PRIMÁRIA
Refere-se a lesão inicial ao encéfalo, que incluem contusões, laceração e
ruptura dos vasos sanguíneos em razão do impacto, acerelação-
desaceleração ou penetração de objeto estranho.
• LESÃO SECUNDARIA
Evolui durante as horas e dias seguintes após a lesão inicial e resulta do
aporte inadequado de nutrientes e oxigênio às células; que incluem
hemorragia intracraniana, lesão cerebral hipóxia e infecção.
8. SINAIS E SINTOMAS
Alterações dos SSVV;
Hipertermia ou Hipotermia;
Desmaio e perda de memória;
Dificuldade para enxergar ou perda da visão;
Cefaleia
Confusão e fala alterada;
Perda de equilíbrio;
Vômitos;
Sangramentos graves na cabeça ou rosto;
Saída de sangue ou de líquido transparente pelo nariz e ouvidos;
Sonolência excessiva;
Equimose periorbital (olhos de guaxinim) e Equimose retroauricular ou sinal de Batlle (manchas roxas atrás das orelhas);
Pupilas com tamanhos diferentes;
Perda de sensibilidade em alguma parte do corpo;
Déficit motor( imediato ou tardio).
9. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O
MECANISMO DA LESÃO
Traumatismo craniano fechado
• É o tipo de traumatismo que não apresenta lesão na estrutura
encefálica; mais conhecido com concussão cerebral.
• É caracterizado por gerar contusão, hemorragias ou edemas devido
à compreensão no tecido do cérebro.
Traumatismo craniano aberto
• Quando há lesão da massa encefálica devido aos fragmentos de
ossos causados pela laceração dos tecidos cranianos.
10. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM
O MECANISMO DA LESÃO
FRATURAS CRANIANAS COM
AFUNDAMENTO
• Quando há fragmento do osso
afundado comprimindo ou lesionando o
cérebro.
11. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM A GRAVIDADE
• Leve: é o tipo mais comum, em que a pessoa se
recupera mais rapidamente, pois caracteriza-se por
lesões cerebrais menores. Nestes casos, a pessoa
geralmente passa algumas horas de observação em
emergência e pode seguir com tratamento em casa,
mantendo-se sempre em observação;
• Moderado: consiste na lesão que atinge uma área maior
do cérebro e a pessoa tem maior risco de ter
complicações. O tratamento deve ser feito em um
hospital e a pessoa deve ficar internada;
• Grave: baseia-se em lesões cerebrais extensas, com
presença de grandes sangramentos na cabeça, sendo
que, nestas situações, a pessoa deve ficar internada em
uma UTI.
12. AS LESÕES CRANIANA
PODEM SER:
Lesões Focais, que é quando atingem uma pequena
área do cérebro: compreendem as contusões
cerebrais e os hematomas intracranianos ( hematoma
extradural agudo ,Hematoma Subdural Agudo
(HSDA),Hematoma Subdural Crônico (HSDC),Hematoma
Intracerebral (HIP)
Lesões Difusas, são o tipo mais comum de lesão no TCE.
Existem diversos graus de gradação das lesões cerebrais
difusas, formando um contínuo que varia clinicamente da
concussão ao estado de coma persistente pós-traumático.
Por exemplo: Concussão, Lesão Axonal Difusa
(LAD),Tumefação Cerebral Difusa (TCD), Hemorragia
Meníngea Traumática (HMT)
13. DIAGNÓTICO
• Exame físico: sempre seguir as orientações preconizadas pelo ATLS (Advanced Trauma
Life Support), ou seja, deve-se primeiro assegurar a permeabilidade das vias aéreas e a
integridade dos sistemas ventilatório e cardiovascular
• Avaliação do estado neurológico: avaliação do nível de consciência pela Escala de Coma
de Glasgow (ECG),ECG é aceita universalmente para graduar e classificar a gravidade do
TCE.
• RX do crânio,
• TC ( Tomografia Computadorizada),
• RM (Ressonância Magnética)
• Angiografia Cerebral
14. ESCALA DE COMA DE GLASGOW
Classificação da gravidade
do TCE
ECG
Mínima
ECG = 15 sem perda de
consciência ou amnésia
Leve
ECG = 14 ou 15 com amnésia
transitória ou breve perda de
consciência
Moderada
ECG = 9 a 13 ou perda consciência
superior a 5 minutos ou déficit
neurológico focal
Grave ECG = 5 a 8
Crítico ECG = 3 a 4
15. TRATAMENTO
Diagnóstico e tratamento do trauma cranioencefálico ocorrem
simultaneamente em pacientes seriamente lesados.
• Lesões leves: primeiros procedimentos,alta hospitalar e observação
domiciliar.
Mas se ocorrer os seguintes sintomas devem retornar ao hospital:
• Diminuição do nível de consciência,
• Déficits neurológicos focais,
• Agravamento da cefaleia,
• Vômitos,
• Deterioração da função mental (p. ex., parece confuso, não reconhece as
pessoas, comporta-se de forma incomum),
• Convulsões.
16. TRATAMENTO
• Lesões moderadas e graves: manter respiração otimizada, oxigenação e
perfusão cerebral.
• Tatamento de complicações (p. ex., pressão intracraniana aumentada,
convulsões, hematomas) são:
• Intubação orotraqueal de sequência rápida,
• Ventilação mecânica,
• Monitoramento de PIC e PPC,
• Sedação como necessário,
• Manutenção da euvolemia ,
• Coma induzido por pentobarbital,
17. TRATAMENTO
• Cirurgia
Os hematomas intracranianos podem requerer drenagem
cirúrgica para prevenir ou tratar a mudança, compressão e
herniação. Craniotomia descompressiva.
• Reabilitação
A reabilitação pós-lesão cerebral, a melhor opção é uma
abordagem em equipe, combinando fisioterapia, terapia
ocupacional e fonoaudiologia, atividades de construção de
habilidades e aconselhamento para atender as necessidades
sociais e emocionais do paciente.
18. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Monitorar SSVV de h/h;
Monitorar temperatura ( abaixo de 38°);
Monitorar sinais de elevação da PIC;
Elevar a cabeceira do leito 30°, para diminuir a PIC;
Proteger contra a autolesão eo deslocamento dos tubos;
Manter cabeceira alinhada ao corpo, mento-esternal;
Evitar manipulação excessiva;
Realizar balanço hídrico;
Realizar controle de diurese;
Realizar curativo cefálico;
Avaliar funcionamento adequado de sistema de monitorização de PIC.
20. ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL (AVC)
• É uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral,
ocorrendo comprometimento de circulação de sangue em
alguma região do encéfalo (composto pelo cérebro, cerebelo
e tronco encefálico); os vasos sanguíneos que transportam
oxigênio e nutrientes ao cérebro se rompem ou são
bloqueados por um coágulo, ocorrendo então uma alteração
na circulação de sangue em alguma parte do cérebro.
• Quando esse transporte é impedido e o oxigênio não chega
as áreas necessárias, o cérebro não consegue obter o
sangue (e oxigênio) de que precisa, provocando lesões.
21. TIPOS DE ACIDENTES VASCULAR
• Acidente vascular cerebral isquêmico - é causado
pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo
em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de
circulação vascular na região. O acidente vascular
isquêmico é responsável por 85% dos casos de
acidente vascular cerebral.
• Acidente vascular cerebral hemorrágico - acontece
quando um vaso se rompe espontaneamente e há
extravasamento de sangue para o interior do cérebro.
22. FATORES DE RISCO
Hipertensão; Idade avançada; Obesidade; Diabetes;
Colesterol alto; Tabagismo;
Alto consumo de
álcool;
Sedentarismo;
Uso de drogas
ilícitas;
Histórico na família
positivo para
doenças
cardiovasculares;
Arritmias
cardíacas, em
especial, a
fibrilação atrial.
23. SINAIS E SINTOMAS
Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um
lado do corpo;
Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;
Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a
linguagem;
Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
24.
25. DIAGNÓSTICO
Assim que o paciente chega ao hospital, entre os cuidados clínicos de emergência estão:
• Verificar os sinais vitais,
• Checar a glicemia.
• Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos.
• Colocar acesso venoso calibroso no braço que não estiver paralisado.
• Administrar oxigênio,
• Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou
acompanhante.
• Tomografia Computadorizada, que irá defenir qual tipo de AVC.
26. TRATAMENTO
AVC ISQUÊMICO
• trombólise (destruição química do trombo através de medicamentos)
• trombectomia (destruição mecânica do trombo através da utilização de um stent)
• controlo da pressão arterial e uso de aspirina.
AVC HEMORRÁGICO
• Controlar a pressão arterial, como anti-hipertensivos,
• uso de catéter de oxigênio e monitorização dos sinais vitais
• Nos casos mais graves, em que há rompimento completo da artéria e é difícil parar o sangramento,
pode ser necessário fazer uma cirurgia cerebral de emergência para encontrar o local do
sangramento e corrigi-lo.
27. Complicações do pós-operatório
Paralisias: a área mais afetada pelo AVC é aquela responsável pelos movimentos do nosso corpo, sendo o
lado esquerdo do cérebro responsável pelos movimentos do lado direito e vice-versa
Déficit sensitivo: a perda de sensibilidade do lado afetado pelo AVC acontece quando a área do encéfalo
responsável por interpretar a sensibilidade é lesada
Afasia: quando o AVC ocorre na área do cérebro correspondente à linguagem, é comum o paciente sofrer
com a afasia, a perda da comunicação, que pode ser a fala ou o entendimento de uma mensagem. Ela pode
ser dividida basicamente em dois grandes grupos: afasia de expressão e de compreensão.
Déficit de memória: a perda de memória normalmente é déficit secundário, inserido dentro de um
contexto de outras perdas.
28. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Administração de medicação CPM,
• Administração de oxigenoterapia,
• Monitorização contínua de SSVV para a
prevenção de complicações,
• Mudança de decúbito pelo menos a
cada duas horas que seja evitada LPP,
• Higiene oral e cuidados com a pele,
• Massagem nas costas;
• Exercícios de amplitude dos
movimentos,
29. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Treino de marcha
• Cuidados relacionados as atividades de auto cuidado;
• Posicionamento correto do paciente no leito,
• Cuidados para prevenção da broncoaspiração,
• Cuidados com SVD,
• Suporte emocional que, com foco no estabelecimento de uma relação de confiança com o
paciente, o suporte emocional auxilia o paciente na superação do medo das sequelas,
• Envolver familiares e cuidadores na avaliação das necessidades pós-AVE e no
planejamento do tratamento;
• Encorajar familiares e cuidadores para participar das sessões de reabilitações e na
assistência nas atividades funcionais e acompanhamento pós-alta.