SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
SINDROME
HEPATORRENAL
Liliana Mendes
Doutora em Gastroenterololia FMUSP-SP
Supervisora do PRM em Hepatologia do HBDF
Unidade de Gastroenterologia do HBDF
Declaro não haver conflito de interesse
na apresentação deta palestra
DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE
RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
• ↓Taxa de filtração glomerular em horas a dias
• Incidência : 20 a 60% em pacientes com cirrose
– Infecções bacterianas
– Hemorragia digestiva alta
– Hipotensão arterial
– Diuréticos
– Drogas nefrotóxicas
Lesão renal aguda (LRA)
World J Hepatol 2015;7:2336-43
Hipertensão portal
- Alterações anatômicas
- Disfunção endotelial
Vasodilatação esplâncnica
- Óxido nítrico (NO)
↓Volume circulante efetivo
Ativação SNS
- ↑Débito cardíaco
Ativação SRAA
- Retenção Na/H20
NEJM Volume 361: 1279 - 1290
↓Débito cardíaco
Vasoconstricção renal
Hipotensão
Ascite de difícil
controle, hiponatremia
↑
↑
↑
↑
S. HEPATORRENAL
• Descompensação aguda de uma hepatopatia crônica
• Disfunções orgânicas
• Alta mortalidade a curto prazo
• Inflamação
Acute-on-Chronic Liver Failure
Gastroenterology 2013;144:1426–1437
• Insuficiência renal é responsavel por um dos ítens de
diagnóstico de ACLF
– Creatinina ≥ 2,0mg/dL
• Disfunção orgânica mais comum (56%)
• Mau prognóstico
– Mortalidade > 15% em 28 dias
LRA e ACLF
Gastroenterology 2013;144:1426–1437
PG course
AASLD
2019
PG course
AASLD
2019
Causas de Lesão renal na Cirrose
J Hepatol 2015;62:968-74
J Hepatol 2019 in press
Hipoperfusão
renal Inflamação
Dano tubular
direto
Disfunção
microvascular
Creatinina basal
–Menor Valor dos últimos 3 meses
• Admissão hospitalar => Se não houver
dosagem de creatinina prévia
• Se já for alterada e sem DRC, estimar a
creatinina basal pelo MDRD
considerando uma TGF de
75mL/min/1,73m²
Lesão renal aguda (ICA-AKI)
J Hepatol 2015;62:968-74
J Hepatol 2019 in press
NA CIRROSE FORMULAS
PARA ESTIMAR CR
SUPERESTIMAM A TFG
VERDADEIRA
- Estádio 1:
Aumento de creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl
OU aumento de creatinina sérica > 1,5 até 2,0 vezes o
basal.
- Estádio 2:
Aumento de creatinina sérica > 2,0 até 3,0 vezes o basal.
- Estádio 3:
Aumento de creatinina sérica > 3,0 vezes o basal
OU creatinina sérica ≥4,0 mg/dL com elevação aguda
≥0,3 mg/dl
OU início de dialise.
Estadiamento ICA-AKI
J Hepatol. 2015;62(4):968-74
Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03
Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35
Leuco 16100 12350 9800 8400 8258
Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3%
Segmentados 78% 84% 62% 70% 67%
Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25%
Monocitos 2% 3% 10% 10% 5%
Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000
ureia 55 42 37 34 22
creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4
PT
Albumina
7,2
3,2
6,6
3,0
6,2 3,4 7,2
3,7
7,0
3,5
BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8
Amilase 147 118
Na K
Ca P
127 ⁄4,3
7,8 2,3
128 ⁄4,0
8
130 ⁄3,8
8,4⁄2,5
132 ⁄3,9
8,2
134 ⁄3,7
TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49
FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440
TAP INR
Glicemia
45% ⁄2,6
132 114
55%⁄1,8
112 98
57%⁄1,7
116
13-10-2018
Admissão
hospitalar
Aumento de > 50% do basal
Qual o
estadiamento
da lesão renal
do paciente?
Creatinina 0,8
 1,7 mg/dl
Lesão renal aguda - etiologias
Pré-renal
• Hipovolemia
•↓Débito cardíaco
• Vasodilatação
(↓volume circulante
efetivo)
Renal
• Tubular
• Glomerular
• Intersticial
Pós-renal
• Obstrução uretral
• Obstrução ureteral
bilateral
As
Para diferenciá-las, deve-se solicitar :
- séricos: creatinina e sódio.
- urinários (amostra isolada): urina tipo I,
creatinina, sódio e proteinúria.
- Ultrassonografia de rins e vias urinárias.
Pre-renal
NTA
SHR
principais causas de LRA
em pacientes com cirrose
Débito urinário (KDIGO)
Hepatology 2017;66:1592-1600
Estadio Débito urinário
Sem LRA ≥0,5mL/kg/h
1
<0,5mL/kg/h por 6 a
12h
2
<0,5mL/kg/h por
≥12h
3
<0,3mL/kg/h por
≥24h ou
Anúria por ≥12h
(KDIGO) guidelines define AKI com
qualquer dos seguintes:
1) Aumento na sCr em ≥0.3 mg/dl
(≥26.5 lmol/L) em 48 h;
Ou
2) Aumento na sCr ≥1.5x basal, ocorrido
dentro dos ultimos 7 dias;
ou
3) Volume urinário <0.5 ml/kg/h for 6 h.
Hepatology 2017;66:1592-1600
DU – sem
LRA
Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3
Cr – Sem
LRA
5,0% 6,4% 8,3% 22,2%
Estadio 1 9,0% 12,2% 14,3% 34,5%
Estadio 2 15,3% 24,4% 23,5% 40,7%
Estadio 3 13,3% 60,5% 40,8% 48,3%
J Hepatol 2015;62:968-974.
Tratamento Volume
Vasocons
trictores +
Albumina
Suporte
Resposta: 20 a 50%
COMO
diferenciar
NTA de SHR
pela
creatinina?
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LRA EM CIRROSE
NGAL e etiologia da LRA
Pré-renal SHR NTA
Mediana/ Média
Fagundes et al.
µg/g creatinina
J Hepatol 2012
30 76 417
Belcher et al.
µg/L
Dig Dis Sci 2012
54 115 565
Qasem et al.
µg/L
ISRN Nephrology 2014
161 381 581
Ximenes et al.
µg/L
(dados não publicados)
155 368 770
PONTO DE CORTE
SUGERIDO 220 µg/g
creatinina
Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03
Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35
Leuco 16100 12350 9800 8400 8258
Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3%
Segmentados 78% 84% 62% 70% 67%
Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25%
Monocitos 2% 3% 10% 10% 5%
Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000
ureia 55 42 37 34 22
creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4
PT
Albumina
7,2
3,2
6,6
3,0
6,2 3,4 7,2
3,7
7,0
3,5
BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8
Amilase 147 118
Na K
Ca P
127 ⁄4,3
7,8 2,3
128 ⁄4,0
8
130 ⁄3,8
8,4⁄2,5
132 ⁄3,9
8,2
134 ⁄3,7
TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49
FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440
TAP INR
Glicemia
45% ⁄2,6
132 114
55%⁄1,8
112 98
57%⁄1,7
116
13-10-2018
Admissão
hospitalar
Aumento de > 50% do basal
Qual o
estadiamento
da lesão renal
do paciente?
Creatinina 0,8
 1,7 mg/dl
Apenas a creatinina alterada é
suficiente para diagnosticar SHR ?
J Hepatol 2015;62:968-974.
Insuficiencia hepatica aguda ou ACLF
e/or debito urinario ≤0.5ml/kg B.W. ≥6 h*
Biomarcadores urinarios de injuriauria (se disponivel) e/ou US renal
alterado. Sugere vasoconstricção renal a FENa of <0.2 (niveis<0.1%
altamente preditivos)
J Hepatol 2019 in press
• Disfunção renal no paciente, na insuficiência hepática
fulminante, ACLF ou cirrótico com ascite na ausência
de outra causa
– Excluir desidratação, choque, drogas nefrotóxicas,
nefropatia estrutural
• LRA pelos critérios ICA-AKI (estadio 2 e 3)
Quando suspeitar de Síndrome
hepatorrenal
Gut 2007 56:1310-1318
J Hepatol 2019 in press
Tratamento da SHR
etapa admissão
Suspender diuréticos e Betabloqueadores e
Expansão com albumina humana endovenosa (EV)
na dose de 1g/kg/dia por 2 dias consecutivos (dose
máxima: 100g/dia)
 Quais as metas do tratamento?
Resposta completa:
queda para um valor até 0,3 acima do basal;
parcial:
queda de pelo menos um estadio com creatinina
final >0,3 acima do basal
J Hepatol 2019 in press
Terlipressina Etapa 1: 48 horas
dose inicial da terlipressina na SHR:
0,5 -1,0 mg EV 6/6h ou em 24 horas, em bomba de
infusão.
Durante o uso de terlipressina, deve-se manter
concomitante a albumina EV (1g/kg no D1 e 20 a
40g/dia nos demais dias)  dose sugerida:
30g/dia
Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 J Hepatol 2019 in press
Apos 48h de Terlipressina
Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974
Após 2 dias  avaliar a resposta
(queda de 25% da creatinina em relação à inicial).
Em respondedores  a dose da terlipressina é
mantida até que a creatinina retorne para até
0,3mg/dL acima da creatinina basal ou até o tempo
máximo de 14 dias.
J Hepatol 2019 in press
Não respondedores
à 48h de Terlipressina
Sem resposta após 48h de terlipressina:
• a dose deve ser aumentada a cada 2 dias até a resposta
ou a dose máxima de 12mg/dia.
• A sequência recomendada é:
1mg EV 6/6h → 1mg EV 4/4h → 2mg EV 6/6h → 2mg EV 4/4h
pode-se utilizar a terlipressina em infusão contínua
(iniciar com 2mg/dia e a dose aumentada em 1mg/dia
a cada 2 dias se não houver resposta
Gastroenterology 2009;137:1179 –1189
The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298
J Hepatol 2019 in press
Outras opções
além Terlipressina
Midodrina (alfa 1-agonista) + octreotide (analogo de
somatostatina)+ albumina efetivo na SHR tipo 1
Terlipressina+alb x midodrina + octr +Alb na SHR
70% vs. 29%
Melhora na função renal ( p = 0.01)
Gastroenterology 2009;137:1179 –1189
The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298
J Hepatol 2019 in press
Cavallin M Hepatology
2015;62:567–574
Outras opções
além Terlipressina
Norepinefrina (0.5–3 mg/hour) + albumina na HRS-1,
Noradrenalina tão efetiva quanto
terlipressina em 2 trials contolados
pequenos e estudo prospectivo
Trial randomizado
terlipressina mais efetiva
que Noradrenalina p/ACLF
Arora V et al.
Hepatology 2018]
Singh V et al.Hepatol 2012.
Sharma et al Am J Gastroenterol 2008
] Gupta K et al 2018
Obrigado!!!
mendesliliana2@gmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Hipoglicemiantes orais em monoterapia mortalidade
Hipoglicemiantes orais em monoterapia   mortalidadeHipoglicemiantes orais em monoterapia   mortalidade
Hipoglicemiantes orais em monoterapia mortalidadeEduardo Tibali
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicatammygerbasi
 
Caso Clínico IRA
Caso Clínico IRACaso Clínico IRA
Caso Clínico IRAAna Nataly
 
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)Eduardo Tibali
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicaivanaferraz
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaMaycon Silva
 
Exames laboratoriais
Exames laboratoriaisExames laboratoriais
Exames laboratoriaisNaiara Alves
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de LaboratórioSheyla Amorim
 
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renalPlano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renalGláucia Luna
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 
Iv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal aIv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal actisaolucascopacabana
 
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarHipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarLénise Parreira
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaPatricia Nunes
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) cuidadoaoadulto
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem Cleiton Ribeiro Alves
 

Mais procurados (20)

Hipoglicemiantes orais em monoterapia mortalidade
Hipoglicemiantes orais em monoterapia   mortalidadeHipoglicemiantes orais em monoterapia   mortalidade
Hipoglicemiantes orais em monoterapia mortalidade
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Caso Clínico IRA
Caso Clínico IRACaso Clínico IRA
Caso Clínico IRA
 
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)
Inibidores do sglt 2 (hipoglicemiantes orais)
 
Retenção urinária
Retenção urináriaRetenção urinária
Retenção urinária
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Diabetesinsipido
DiabetesinsipidoDiabetesinsipido
Diabetesinsipido
 
Nash 2013 liliana
Nash 2013 lilianaNash 2013 liliana
Nash 2013 liliana
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 
Exames laboratoriais
Exames laboratoriaisExames laboratoriais
Exames laboratoriais
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de Laboratório
 
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renalPlano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
Iv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal aIv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal a
 
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarHipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Sd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinicoSd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinico
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 

Semelhante a Shr jornada hbdf

ENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICAENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICARosario m.g
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosRodrigo Biondi
 
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptxInjuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptxSIDNEY SILVA
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaAna Nataly
 
Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008galegoo
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3Mgfamiliar Net
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosmariacristinasn
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite MaisaDiasSimoes
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxnatansilva624689
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Huggalegoo
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Liliana Mendes
 
1 exames complementares em gastroenterologia
1   exames complementares em gastroenterologia1   exames complementares em gastroenterologia
1 exames complementares em gastroenterologiaRejane Gil Gil
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 

Semelhante a Shr jornada hbdf (20)

ENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICAENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
 
Nefropatia Diabética
Nefropatia DiabéticaNefropatia Diabética
Nefropatia Diabética
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Cirrosis
CirrosisCirrosis
Cirrosis
 
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptxInjuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
 
Apresentacao tcc
Apresentacao tccApresentacao tcc
Apresentacao tcc
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020
 
1 exames complementares em gastroenterologia
1   exames complementares em gastroenterologia1   exames complementares em gastroenterologia
1 exames complementares em gastroenterologia
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
Bioquímica
BioquímicaBioquímica
Bioquímica
 
Pancreatite aguda
Pancreatite agudaPancreatite aguda
Pancreatite aguda
 

Mais de Liliana Mendes

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfLiliana Mendes
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaLiliana Mendes
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017Liliana Mendes
 
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Liliana Mendes
 
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNASbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNALiliana Mendes
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcLiliana Mendes
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESLiliana Mendes
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana Mendes
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações Liliana Mendes
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesLiliana Mendes
 
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016Liliana Mendes
 

Mais de Liliana Mendes (20)

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
 
Figado e covid 2022
Figado e covid 2022Figado e covid 2022
Figado e covid 2022
 
Pec cirrose hepatica
Pec cirrose hepaticaPec cirrose hepatica
Pec cirrose hepatica
 
Hepatites2021
Hepatites2021 Hepatites2021
Hepatites2021
 
M-RECIST CHC
M-RECIST CHCM-RECIST CHC
M-RECIST CHC
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
 
Cep e cbp
Cep e cbp Cep e cbp
Cep e cbp
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
 
Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2
 
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNASbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclc
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
 
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
 
Hepatite c 2015
Hepatite c 2015Hepatite c 2015
Hepatite c 2015
 
Hiperferritinemia 6
Hiperferritinemia 6Hiperferritinemia 6
Hiperferritinemia 6
 
Hiperferritinemia
Hiperferritinemia Hiperferritinemia
Hiperferritinemia
 

Shr jornada hbdf

  • 1. SINDROME HEPATORRENAL Liliana Mendes Doutora em Gastroenterololia FMUSP-SP Supervisora do PRM em Hepatologia do HBDF Unidade de Gastroenterologia do HBDF
  • 2. Declaro não haver conflito de interesse na apresentação deta palestra DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
  • 3. • ↓Taxa de filtração glomerular em horas a dias • Incidência : 20 a 60% em pacientes com cirrose – Infecções bacterianas – Hemorragia digestiva alta – Hipotensão arterial – Diuréticos – Drogas nefrotóxicas Lesão renal aguda (LRA) World J Hepatol 2015;7:2336-43
  • 4. Hipertensão portal - Alterações anatômicas - Disfunção endotelial Vasodilatação esplâncnica - Óxido nítrico (NO) ↓Volume circulante efetivo Ativação SNS - ↑Débito cardíaco Ativação SRAA - Retenção Na/H20 NEJM Volume 361: 1279 - 1290 ↓Débito cardíaco Vasoconstricção renal Hipotensão Ascite de difícil controle, hiponatremia ↑ ↑ ↑ ↑ S. HEPATORRENAL
  • 5. • Descompensação aguda de uma hepatopatia crônica • Disfunções orgânicas • Alta mortalidade a curto prazo • Inflamação Acute-on-Chronic Liver Failure Gastroenterology 2013;144:1426–1437
  • 6. • Insuficiência renal é responsavel por um dos ítens de diagnóstico de ACLF – Creatinina ≥ 2,0mg/dL • Disfunção orgânica mais comum (56%) • Mau prognóstico – Mortalidade > 15% em 28 dias LRA e ACLF Gastroenterology 2013;144:1426–1437
  • 8.
  • 10. Causas de Lesão renal na Cirrose J Hepatol 2015;62:968-74 J Hepatol 2019 in press Hipoperfusão renal Inflamação Dano tubular direto Disfunção microvascular
  • 11. Creatinina basal –Menor Valor dos últimos 3 meses • Admissão hospitalar => Se não houver dosagem de creatinina prévia • Se já for alterada e sem DRC, estimar a creatinina basal pelo MDRD considerando uma TGF de 75mL/min/1,73m² Lesão renal aguda (ICA-AKI) J Hepatol 2015;62:968-74 J Hepatol 2019 in press NA CIRROSE FORMULAS PARA ESTIMAR CR SUPERESTIMAM A TFG VERDADEIRA
  • 12. - Estádio 1: Aumento de creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl OU aumento de creatinina sérica > 1,5 até 2,0 vezes o basal. - Estádio 2: Aumento de creatinina sérica > 2,0 até 3,0 vezes o basal. - Estádio 3: Aumento de creatinina sérica > 3,0 vezes o basal OU creatinina sérica ≥4,0 mg/dL com elevação aguda ≥0,3 mg/dl OU início de dialise. Estadiamento ICA-AKI J Hepatol. 2015;62(4):968-74
  • 13. Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03 Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35 Leuco 16100 12350 9800 8400 8258 Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3% Segmentados 78% 84% 62% 70% 67% Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25% Monocitos 2% 3% 10% 10% 5% Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000 ureia 55 42 37 34 22 creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4 PT Albumina 7,2 3,2 6,6 3,0 6,2 3,4 7,2 3,7 7,0 3,5 BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8 Amilase 147 118 Na K Ca P 127 ⁄4,3 7,8 2,3 128 ⁄4,0 8 130 ⁄3,8 8,4⁄2,5 132 ⁄3,9 8,2 134 ⁄3,7 TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49 FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440 TAP INR Glicemia 45% ⁄2,6 132 114 55%⁄1,8 112 98 57%⁄1,7 116 13-10-2018 Admissão hospitalar Aumento de > 50% do basal Qual o estadiamento da lesão renal do paciente? Creatinina 0,8  1,7 mg/dl
  • 14. Lesão renal aguda - etiologias Pré-renal • Hipovolemia •↓Débito cardíaco • Vasodilatação (↓volume circulante efetivo) Renal • Tubular • Glomerular • Intersticial Pós-renal • Obstrução uretral • Obstrução ureteral bilateral
  • 15. As Para diferenciá-las, deve-se solicitar : - séricos: creatinina e sódio. - urinários (amostra isolada): urina tipo I, creatinina, sódio e proteinúria. - Ultrassonografia de rins e vias urinárias. Pre-renal NTA SHR principais causas de LRA em pacientes com cirrose
  • 16. Débito urinário (KDIGO) Hepatology 2017;66:1592-1600 Estadio Débito urinário Sem LRA ≥0,5mL/kg/h 1 <0,5mL/kg/h por 6 a 12h 2 <0,5mL/kg/h por ≥12h 3 <0,3mL/kg/h por ≥24h ou Anúria por ≥12h (KDIGO) guidelines define AKI com qualquer dos seguintes: 1) Aumento na sCr em ≥0.3 mg/dl (≥26.5 lmol/L) em 48 h; Ou 2) Aumento na sCr ≥1.5x basal, ocorrido dentro dos ultimos 7 dias; ou 3) Volume urinário <0.5 ml/kg/h for 6 h.
  • 17. Hepatology 2017;66:1592-1600 DU – sem LRA Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3 Cr – Sem LRA 5,0% 6,4% 8,3% 22,2% Estadio 1 9,0% 12,2% 14,3% 34,5% Estadio 2 15,3% 24,4% 23,5% 40,7% Estadio 3 13,3% 60,5% 40,8% 48,3%
  • 18. J Hepatol 2015;62:968-974. Tratamento Volume Vasocons trictores + Albumina Suporte Resposta: 20 a 50% COMO diferenciar NTA de SHR pela creatinina? DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LRA EM CIRROSE
  • 19. NGAL e etiologia da LRA Pré-renal SHR NTA Mediana/ Média Fagundes et al. µg/g creatinina J Hepatol 2012 30 76 417 Belcher et al. µg/L Dig Dis Sci 2012 54 115 565 Qasem et al. µg/L ISRN Nephrology 2014 161 381 581 Ximenes et al. µg/L (dados não publicados) 155 368 770 PONTO DE CORTE SUGERIDO 220 µg/g creatinina
  • 20. Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03 Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35 Leuco 16100 12350 9800 8400 8258 Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3% Segmentados 78% 84% 62% 70% 67% Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25% Monocitos 2% 3% 10% 10% 5% Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000 ureia 55 42 37 34 22 creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4 PT Albumina 7,2 3,2 6,6 3,0 6,2 3,4 7,2 3,7 7,0 3,5 BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8 Amilase 147 118 Na K Ca P 127 ⁄4,3 7,8 2,3 128 ⁄4,0 8 130 ⁄3,8 8,4⁄2,5 132 ⁄3,9 8,2 134 ⁄3,7 TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49 FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440 TAP INR Glicemia 45% ⁄2,6 132 114 55%⁄1,8 112 98 57%⁄1,7 116 13-10-2018 Admissão hospitalar Aumento de > 50% do basal Qual o estadiamento da lesão renal do paciente? Creatinina 0,8  1,7 mg/dl
  • 21. Apenas a creatinina alterada é suficiente para diagnosticar SHR ? J Hepatol 2015;62:968-974. Insuficiencia hepatica aguda ou ACLF e/or debito urinario ≤0.5ml/kg B.W. ≥6 h* Biomarcadores urinarios de injuriauria (se disponivel) e/ou US renal alterado. Sugere vasoconstricção renal a FENa of <0.2 (niveis<0.1% altamente preditivos) J Hepatol 2019 in press
  • 22. • Disfunção renal no paciente, na insuficiência hepática fulminante, ACLF ou cirrótico com ascite na ausência de outra causa – Excluir desidratação, choque, drogas nefrotóxicas, nefropatia estrutural • LRA pelos critérios ICA-AKI (estadio 2 e 3) Quando suspeitar de Síndrome hepatorrenal Gut 2007 56:1310-1318 J Hepatol 2019 in press
  • 23. Tratamento da SHR etapa admissão Suspender diuréticos e Betabloqueadores e Expansão com albumina humana endovenosa (EV) na dose de 1g/kg/dia por 2 dias consecutivos (dose máxima: 100g/dia)  Quais as metas do tratamento? Resposta completa: queda para um valor até 0,3 acima do basal; parcial: queda de pelo menos um estadio com creatinina final >0,3 acima do basal J Hepatol 2019 in press
  • 24. Terlipressina Etapa 1: 48 horas dose inicial da terlipressina na SHR: 0,5 -1,0 mg EV 6/6h ou em 24 horas, em bomba de infusão. Durante o uso de terlipressina, deve-se manter concomitante a albumina EV (1g/kg no D1 e 20 a 40g/dia nos demais dias)  dose sugerida: 30g/dia Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 J Hepatol 2019 in press
  • 25. Apos 48h de Terlipressina Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 Após 2 dias  avaliar a resposta (queda de 25% da creatinina em relação à inicial). Em respondedores  a dose da terlipressina é mantida até que a creatinina retorne para até 0,3mg/dL acima da creatinina basal ou até o tempo máximo de 14 dias. J Hepatol 2019 in press
  • 26. Não respondedores à 48h de Terlipressina Sem resposta após 48h de terlipressina: • a dose deve ser aumentada a cada 2 dias até a resposta ou a dose máxima de 12mg/dia. • A sequência recomendada é: 1mg EV 6/6h → 1mg EV 4/4h → 2mg EV 6/6h → 2mg EV 4/4h pode-se utilizar a terlipressina em infusão contínua (iniciar com 2mg/dia e a dose aumentada em 1mg/dia a cada 2 dias se não houver resposta Gastroenterology 2009;137:1179 –1189 The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298 J Hepatol 2019 in press
  • 27. Outras opções além Terlipressina Midodrina (alfa 1-agonista) + octreotide (analogo de somatostatina)+ albumina efetivo na SHR tipo 1 Terlipressina+alb x midodrina + octr +Alb na SHR 70% vs. 29% Melhora na função renal ( p = 0.01) Gastroenterology 2009;137:1179 –1189 The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298 J Hepatol 2019 in press Cavallin M Hepatology 2015;62:567–574
  • 28. Outras opções além Terlipressina Norepinefrina (0.5–3 mg/hour) + albumina na HRS-1, Noradrenalina tão efetiva quanto terlipressina em 2 trials contolados pequenos e estudo prospectivo Trial randomizado terlipressina mais efetiva que Noradrenalina p/ACLF Arora V et al. Hepatology 2018] Singh V et al.Hepatol 2012. Sharma et al Am J Gastroenterol 2008 ] Gupta K et al 2018

Notas do Editor

  1. Ponto de corte fixo de creatinina x ICA-AKI Atraso no diagnóstico Prejuízo de subgrupos
  2. Diferenciar a etiologia tem Importância prognóstica e terapêutica
  3. Creat mede a TFG e não injuria
  4. Outros marcadores de injuria IL-18, KIM-1, L-FABP, PONTO DE CORTE SUGERIDO 220 UG POR G DE CREAT
  5. However, in a small, single center, randomised controlled trial
  6. this is probably related to the fact that noradrenaline, unlike terlipressin, has no effect on portal pressure