SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Tratamento da Osteodistrofia
Hepática
Liliana Mendes
Hospital de Base do DF
( Brasília DF)
Declaro não haver conflito de interesse
na apresentação deta palestra
DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE
RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
Antes de prosseguir…
 Estamos atentos para a possibilidade da lombalgia
em cirróticos ser por microfaturas vertebrais ?
 Estamos investigando a osteodistrofia hepática nos
pacientes cirróticos ?
Osteodistrofia Hepática
CONCEITO
Hepatopatia crônica
(Cirrose, colestase crônica e após TX )
osteomalácia
osteopenia
osteoporose
.
Bandgar T, Shivane V, Lila A, Shah N. Chronic liver disease and skeletal
health (hepatic osteodystrophy). J Postgrad Med 2012;58:103-6
Prevalência da Osteodistrofia
Hepática
• Estudos seccionais e longitudinais
(heterogeneidade na seleção de casos)
• Na doença hepática crônica
prevalência de:
OSTEOPOROSE: 20-60%
FRATURAS OSTEOPORÓTICAS: 6-35%
Goel et al,Tropical Gastroenterology 2010
Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 186 11(3): 185-191
OSTEODISTROFIA E FRATURAS NA HEPATOPATIA CRÔNICA (%)
Metabolismo ósseo
Osteoblastos
Aumentam a
formação
ossea
Osteoclastos
Aumentam a
reabsorção
ossea
Mineralização óssea nos sítios de remodelamento
Basic Multicelular Units = BMU
Osteoblasto Osteoclasto
Metabolismo ósseo e hepatopatia crônica
Deficiência de IGF-I
hiperbilirrubinemia
Bandgar et al. J Postgrad Med 2012Blachier, J Hepatol 2013
Deficiência de vitamina D
Redução de vitamina K
Menor produção de
osteocalcina
e osteonectina
Menor
apoptose do
osteoclasto
Reduz vida média
hipogonadismo
Aumenta a vida média
Gatta et al, Clin Cases Miner Bone Metab 2014
RANKL estimula ; Osteoprotegerina inibe
Desbalanço RANKL-OPG
Corticóide
Reduz vida média e recrutamento Aumenta IL-1 e IL-6
Reduz atividade osteoblastica
Alcool e ferro
Ca sérico por albumina : Aumenta o PTh
Osteodistrofia Hepática e vitamina D
Gatta et al, Clin Cases Miner Bone Metab. Sep-Dec; 11(3): 185–191. 2014
Vitamina D: comum em hepatopatas crônicos (sobretudo cirróticos)
Secundária : malabsorção, maior excreção urinária,
Polimorfismos nos receptores da vitamina D
Se correlaciona com severidade da falência hepática
(Arteh J et al, 2010)
Baixos niveis de vitamina D = osteoporose
risco de fraturas ósseas
Osteomalacia é rara exceto na hepatopatia avançada com malabsorção
Prevalência de Osteodistrofia Hepática num hospital
terciário. A baixa densidade mineral óssea se
manifesta 15 a 20 anos antes em cirróticos.
Autores: Liliana Sampaio Costa Mendesa , Bárbara Castro Nevesb, Ana Loísa Silva de
Menezesc, Marcos de Vasconcelos Carneiroa, José Eduardo Trevizoli a, Pauline Nallim
Lobãoc, Rafael Rodrigues Oliveirab, Wladimir Magalhães de Freitasd
Artigo submetido, dados ainda não publicados
N:97 cirroticos  49 com Osteodistrofia Hepática
Media de vitamina D --> 27,7 + 12,5 mg dl
osteoporose fraturas osteoporóticas
Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9
Fatores de risco de:
Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9
Valor relativo dos Fatores de Risco para Osteoporose
Fatores de risco para fraturas osteoporóticas
fatores de risco para osteoporose + DMO_____________
Não há relação segura entre a ocorrência de fraturas e o resultado da densitometria.
Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9
Fraturas
osteoporóticas
Osteopenia
Mais
prevalente
DMO
Osteoporose
Quando realizar uma densitometria?
Não hepatopatas SEM FATORES DE RISCO:
Primeira avaliação densitométrica em todos > 65 anos
e mulheres > 50 anos (SE MENOPAUSA PRECOCE)
CIRROTICOS: EM TODOS !!!
 Repetir a cada 1-3 anos a critério clínico
OBSERVAÇÃO:_________________________
- Paracentese modifica o diagnóstico em 12% na CL
Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9
Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 188 11(3): 185-191
Idade da população estudada: 52,2 ± 13,5anos
Gênero, masculino: 56,7%
Tabagismo atual ou passado: 23,7%
Presença de Ascite: 28,9%
Child A: 61,9%
OSTEODISTROFIA HEPÁTICA (ODH)
em Cirróticos no Hospital de Base do DF
N: 97 50 % com Osteodistrofia hepática ODH
59 ANOS = média de idade dos com ODH
DENSITOMETRIA ÓSSEA
Limitações:
 Osteomalácia – subestima massa óssea
 Osteoartrose da coluna
 Osteoartrite da coluna
 Possivel necessidade de complementar
com RX
National Health and nutrition Examination Survey T score
Base de dados de referência colo de fêmur em mulheres de 20-29 anos
Jovens < 50 a e mulheres não menopausadas Z score
Recomendações da Sociedade Americana de Gastroenterologia
Para Diagnosticar e tratar Osteoporose em hepatopatas
Cálcio
Fosforo
Albumina
Fosfatase alcalina
Calciúria de 24 h
PTH
25 OH vitamina D
TSH
Testosterona
Laboratorio na Osteodistrofia hepática:
PCDT 2014
Inclusão para tratamento
de OSTEOPOROSE
Fratura de baixo impacto de femur, quadril ou vertebra
Tscore < - 2,5 no femur proximal ou coluna
T entre - 1,5 e -2,5 no femur proximal ou coluna
em paciente >70 anos E com 2 ou mais quedas
nos últimos 6 meses
Fundamentos do tratamento da
Osteodistrofia Hepática
Tratamentos anabólicos
(estimulam os osteoblastos)
- atividade física
- cálcio + calcitriol
- Vitamina D
- esteroides anabolizantes
- hormônio de crescimento
- PTH e a teriparatida
- ranelato de estrôncio
Ocupação de
LACUNAS POR
OSTEOBLASTOS
COM MATRIZ
180 DIAS
ABSORÇÃO
DO TECIDO
ÓSSEO
EM
20
DIAS
cels
HEMATO
POIETICAS
produzem
OSTEOCLA
STOS
produz
RANK
Formação
de
osteoblastos
CELS.
Pluripo
tentes
Apoptose do
Osteócito
A cada
1000
dias
ou trauma
TRATAMENTOS
Anticatabólicos (inibem osteoclasto)
- atividade física
- cálcio + calcitriol
- SERMS
- reposição de estrógeno
- bisfosfonatos
- osteoprotegerina
- ranelato de estrôncio.
 Evitar Cafeína, fumo e álcool
 Exercicio físico regular
 Evitar diureticos, corticosteroides e colestiramina
 Reposição Hormonal com estrogeno em menopausadas. Risco
de hepatotoxicidade
 Homens com hipogonadismo : testosterona aumenta DMO
(risco de HCC)
Medidas gerais – Osteodistrofia hepática
Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism
2014; 188 11(3): 185-191
IMPORTÂNCIA DOSE
Vitamina A aumento e redução são deletérios. DOSE ótima
desconhecida
Zinco
Manganês
Fósforo
Baixos níveis são relacionados a
osteoporose
Excesso interfere com a absorção de
cobre
Cofator enzimatico requerido para
formar cartilagem e osso
Excess interfere na absorção do
calcio e deficiencia reduz absorção
de calcio
Homem 2-3mg/d;
Mulher 1.8mg/day
700mg dia para > 30
anos.
Vitamina C
Proteínas
Importante na formação do
colágeno
Baixos níveis = reduz absorção de Ca
Altos níveis = calciúria
dose 100-125mg/d
1-1.5g proteina/kg
Cobre Cofactor enzimático essencial para
Metabolismo e força do osso
J Postgrad Med 2012;58:103-6
Basal: Idade 19-50 anos – 1000 mg /dia
>50 anos – 1200 - 1500 mg/dia
Reposição de Cálcio e Vitamina D
Cálcio
COLECALCIFEROL BASAL : 800-1.000 UI/dia nos ≥ 50 anos
Calcitriol e seu Análogo sintético (Alfacalcidol)
Risco de hipercalcemia e calciúria
Vitamina D
Osteodistrofia hepática
PCDT – Osteopororose, 2014
European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women
Níveis de 25OH Vit D < 20 ng/ml:
repor 50.000UI /sem ou 7000 UI/DIA (6-8 sem)
.
 Ligam-se à superficie óssea
(previnem reabsorção mediada por osteoclastos)
 Menor risco de fraturas (novas em 40-50%)
 Previnem osteoporose
por corticosteroides
 Limitações: sintomas esofágicos
Quelados pelo Calcio
Insuficiencia renal
 Usar 30min a 2h antes de alimentos e medicações
Bifosfonatos
1a linha de tratamento da osteoporose
Oral: Alendronato: 70mg por semana,
Risedronato: 35mg por semana ,
Ibandronato 2,5mg por dia,
Etidronato
USAR por 5 anos
estender por mais 5 anos SE:
piora da DMO apos inicio
ou com T SCORE INFERIOR A – 3,5
Parenteral: zoledronato
(5 mg IV anualmente por 5 anos)
Pamidronato
Tropical Gastroenterology 2010;31(2):81–86Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 188 11(3): 185-191
 Raloxifeno: reduz em 30-50% o risco de fraturas
modulador seletivo de receptor de estrogênio
risco de eventos tromboembólicos
 Estrógenos conjugados: cirrose – não!
riscos tromboembolismo, AVC, Ca de mama
 Calcitonina (salmão 40x mais potente que a humana) –
injeção ou spray nasal (25% da atividade da injeção)
Efeito analgesico em fraturas vertebrais agudas
2a linha de tratamento da osteoporose
PCDT – Osteopororose, 2014
European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women, 2012
Teriparatida e PTH
PTH: formado por 84 aa
Teriparatida: homólogo, com aa 1 ao 34 (DNArecombinante)
 Quando administrados diariamente, em pequenas doses,
inibem o RANKL e aumentam a OPG, inibindo a reabsorção óssea.
 Estimulam o osteoblasto endostal e periostal: aumentam a espessura da
cortical, a secção transversa do osso e a espessura e conexão das trabéculas
 Tratamento por 18-24 meses (via SC) = beneficios em fraturas não vertebrais
persistem 30 meses após cessado o tratamento
 Muito indicada em pacientes com alto risco de fraturas e/ou refraturas
 Estudos para teriparatida + antirreabsortivos (ou sequencialmente)
• Reduz risco de fraturas vertebrais, de quadril
e não vertebrais em mulheres menopausadas
• Dose : 2g via oral ao dia
• Limitações: Cl creat < 30 ml min
• Estudos com tempo de uso > 5 anos
Ranelato de Estrôncio
European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in
postmenopausal women
Receptor do Fator Nuclear Kappa B (RANKL)
NA SUPERFÍCIE DOS OSTEOCLASTOS
Ativador
Diferenciação, Ativação e sobrevida de
OSTEOCLASTOS
ANTICORPO MONOCLONAL
DESONUMABE
Desonumabe
Após 3 anos:
redução de fraturas !!!
68% vertebrais novas
40% de quadril
20% não vertebrais
Dose: 60 mg SC a cada 6 meses
Risco de osteonecrose de
mandibula
Osteoporosis Int, 2012
Reposição de Testosterona
 Em homens com hipogonadismo = aumenta a BMD
 Potencial risco/beneficio deve ser discutido
 Pode aumentar o risco de HCC
J Postgrad Med 2012;58:103-6
Bandgar T et al. J Postgrad Med 2012;58:103-6
Hepatopatia crônica
Laboratório:
Ca, P, FA, alb, cr,
25OH vit D, PTH, CaUr
Testosterona
Livre e estrogenio FSH LH
Reposição adequada de
estrogenio e testosteronaSuplementar
Vitamina D e cálcio
DEXA COM
CLASSIFICAÇÃO
se
Osteoporose
RX toraco-lombar
Com Compressão
Vertebral sugestiva
De osteoporose
OU
EXERCICIO
CESSAR FUMO E ALCOOL
BIFOSFONATO
(sobretudo se peri TX)
Conclusões:
A osteodistrofia hepática deve ser pesquisada em
todos os cirróticos
Mais estudos são necessários para estabelecer
esquemas de tratamento com perfis de segurança
adequados nesta população
São necessárias medidas para inclusão dos
hepatopatas como prioridade para o tratamento
no PCDT de osteoporose nacional
R4 de Gastro
Germania
Ana Carolina
Raphael Dantonio
Ariana Cadurin
R3 de Gastro
R5 de EDA
Felipe Bezerra
R5 de Hepato
Raquel
Doses no tratamento da Osteodistrofia hepática

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (19)

Osteoporose slide com refer
Osteoporose slide com referOsteoporose slide com refer
Osteoporose slide com refer
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Aula osteoporose para não ortopedistas
Aula osteoporose para não ortopedistasAula osteoporose para não ortopedistas
Aula osteoporose para não ortopedistas
 
Aula Residencia medica mfc betim osteoporose na aps
Aula Residencia medica mfc betim osteoporose na apsAula Residencia medica mfc betim osteoporose na aps
Aula Residencia medica mfc betim osteoporose na aps
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Osteoporose 2015
Osteoporose 2015Osteoporose 2015
Osteoporose 2015
 
Osteoporose
Osteoporose Osteoporose
Osteoporose
 
5 densitometria-ossea
5 densitometria-ossea5 densitometria-ossea
5 densitometria-ossea
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Osteoporose 2013
Osteoporose 2013Osteoporose 2013
Osteoporose 2013
 
Osteoporose reumatoguia
Osteoporose reumatoguiaOsteoporose reumatoguia
Osteoporose reumatoguia
 
Osteoporose trabalho CIT
Osteoporose trabalho CITOsteoporose trabalho CIT
Osteoporose trabalho CIT
 
Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017
 
Estudo dirigido gabarito
Estudo dirigido gabaritoEstudo dirigido gabarito
Estudo dirigido gabarito
 
Osteoporose e Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e  Tratamento Terapêutico OcupacionalOsteoporose e  Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e Tratamento Terapêutico Ocupacional
 
Osteoporose (Parte 3/3) - Bifosfonatos
Osteoporose (Parte 3/3) - BifosfonatosOsteoporose (Parte 3/3) - Bifosfonatos
Osteoporose (Parte 3/3) - Bifosfonatos
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 

Semelhante a Tratamento da Osteodistrofia Hepática

Café científico 2011 - 03.07.11
Café científico   2011 - 03.07.11Café científico   2011 - 03.07.11
Café científico 2011 - 03.07.11itgfiles
 
PCDT M.S - Osteoporose
PCDT M.S - OsteoporosePCDT M.S - Osteoporose
PCDT M.S - OsteoporoseANAPAR
 
Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Guilherme Terra
 
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaTerapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaLénise Parreira
 
Climatério, Menopausa e Osteoporose
Climatério, Menopausa e OsteoporoseClimatério, Menopausa e Osteoporose
Climatério, Menopausa e OsteoporoseJoão Paulo França
 
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de caso
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de casoMal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de caso
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de casoDavid Nordon
 
Aula 16 Gota úrica
Aula 16  Gota úricaAula 16  Gota úrica
Aula 16 Gota úricaguest591659
 
Aula 17 Op E Dom
Aula 17 Op E DomAula 17 Op E Dom
Aula 17 Op E Domguest591659
 
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006Arquivo-FClinico
 
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIOBARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIOAdélia Chaves
 
Instabilidade do Joelho no Esporte Adaptado
Instabilidade do Joelho no Esporte AdaptadoInstabilidade do Joelho no Esporte Adaptado
Instabilidade do Joelho no Esporte AdaptadoDavid Sadigursky
 

Semelhante a Tratamento da Osteodistrofia Hepática (20)

osteoporose.pdf
osteoporose.pdfosteoporose.pdf
osteoporose.pdf
 
Osteoporose
Osteoporose Osteoporose
Osteoporose
 
Café científico 2011 - 03.07.11
Café científico   2011 - 03.07.11Café científico   2011 - 03.07.11
Café científico 2011 - 03.07.11
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
PCDT M.S - Osteoporose
PCDT M.S - OsteoporosePCDT M.S - Osteoporose
PCDT M.S - Osteoporose
 
Estudo de Caso
Estudo de CasoEstudo de Caso
Estudo de Caso
 
Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013
 
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaTerapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
 
Climatério, Menopausa e Osteoporose
Climatério, Menopausa e OsteoporoseClimatério, Menopausa e Osteoporose
Climatério, Menopausa e Osteoporose
 
Hiponatremia revisão geral em 20 min
Hiponatremia   revisão geral em 20 minHiponatremia   revisão geral em 20 min
Hiponatremia revisão geral em 20 min
 
Osteogênese Imperfeita
Osteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita
Osteogênese Imperfeita
 
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de caso
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de casoMal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de caso
Mal de Pott ou Metástase Óssea? Diagnóstico diferencial e relato de caso
 
Osteoporose e Osteoartrite
Osteoporose e OsteoartriteOsteoporose e Osteoartrite
Osteoporose e Osteoartrite
 
Aula Coxartrose e Artroplastia total do quadril
Aula  Coxartrose e Artroplastia total do quadril Aula  Coxartrose e Artroplastia total do quadril
Aula Coxartrose e Artroplastia total do quadril
 
Aula 16 Gota úrica
Aula 16  Gota úricaAula 16  Gota úrica
Aula 16 Gota úrica
 
Aula 17 Op E Dom
Aula 17 Op E DomAula 17 Op E Dom
Aula 17 Op E Dom
 
Vitamina D - Um teste em crescimento
Vitamina D - Um teste em crescimentoVitamina D - Um teste em crescimento
Vitamina D - Um teste em crescimento
 
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006
Projeto diretrizes hiperparatireoidismo primário 2006
 
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIOBARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO
BARIÁTRICA: IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO
 
Instabilidade do Joelho no Esporte Adaptado
Instabilidade do Joelho no Esporte AdaptadoInstabilidade do Joelho no Esporte Adaptado
Instabilidade do Joelho no Esporte Adaptado
 

Mais de Liliana Mendes

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfLiliana Mendes
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaLiliana Mendes
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Liliana Mendes
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020Liliana Mendes
 
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNAdeveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNALiliana Mendes
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoLiliana Mendes
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017Liliana Mendes
 
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNASbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNALiliana Mendes
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcLiliana Mendes
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESLiliana Mendes
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana Mendes
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações Liliana Mendes
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesLiliana Mendes
 

Mais de Liliana Mendes (20)

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
 
Figado e covid 2022
Figado e covid 2022Figado e covid 2022
Figado e covid 2022
 
Pec cirrose hepatica
Pec cirrose hepaticaPec cirrose hepatica
Pec cirrose hepatica
 
Hepatites2021
Hepatites2021 Hepatites2021
Hepatites2021
 
M-RECIST CHC
M-RECIST CHCM-RECIST CHC
M-RECIST CHC
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
 
Cep e cbp
Cep e cbp Cep e cbp
Cep e cbp
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
 
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNAdeveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 
Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2
 
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNASbad 2018  aula papel da microbiota na DHGNA
Sbad 2018 aula papel da microbiota na DHGNA
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclc
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
 

Tratamento da Osteodistrofia Hepática

  • 1. Tratamento da Osteodistrofia Hepática Liliana Mendes Hospital de Base do DF ( Brasília DF)
  • 2. Declaro não haver conflito de interesse na apresentação deta palestra DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
  • 3. Antes de prosseguir…  Estamos atentos para a possibilidade da lombalgia em cirróticos ser por microfaturas vertebrais ?  Estamos investigando a osteodistrofia hepática nos pacientes cirróticos ?
  • 4. Osteodistrofia Hepática CONCEITO Hepatopatia crônica (Cirrose, colestase crônica e após TX ) osteomalácia osteopenia osteoporose . Bandgar T, Shivane V, Lila A, Shah N. Chronic liver disease and skeletal health (hepatic osteodystrophy). J Postgrad Med 2012;58:103-6
  • 5. Prevalência da Osteodistrofia Hepática • Estudos seccionais e longitudinais (heterogeneidade na seleção de casos) • Na doença hepática crônica prevalência de: OSTEOPOROSE: 20-60% FRATURAS OSTEOPORÓTICAS: 6-35% Goel et al,Tropical Gastroenterology 2010
  • 6. Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 186 11(3): 185-191 OSTEODISTROFIA E FRATURAS NA HEPATOPATIA CRÔNICA (%)
  • 7. Metabolismo ósseo Osteoblastos Aumentam a formação ossea Osteoclastos Aumentam a reabsorção ossea Mineralização óssea nos sítios de remodelamento Basic Multicelular Units = BMU
  • 8. Osteoblasto Osteoclasto Metabolismo ósseo e hepatopatia crônica Deficiência de IGF-I hiperbilirrubinemia Bandgar et al. J Postgrad Med 2012Blachier, J Hepatol 2013 Deficiência de vitamina D Redução de vitamina K Menor produção de osteocalcina e osteonectina Menor apoptose do osteoclasto Reduz vida média hipogonadismo Aumenta a vida média Gatta et al, Clin Cases Miner Bone Metab 2014 RANKL estimula ; Osteoprotegerina inibe Desbalanço RANKL-OPG Corticóide Reduz vida média e recrutamento Aumenta IL-1 e IL-6 Reduz atividade osteoblastica Alcool e ferro Ca sérico por albumina : Aumenta o PTh
  • 9. Osteodistrofia Hepática e vitamina D Gatta et al, Clin Cases Miner Bone Metab. Sep-Dec; 11(3): 185–191. 2014 Vitamina D: comum em hepatopatas crônicos (sobretudo cirróticos) Secundária : malabsorção, maior excreção urinária, Polimorfismos nos receptores da vitamina D Se correlaciona com severidade da falência hepática (Arteh J et al, 2010) Baixos niveis de vitamina D = osteoporose risco de fraturas ósseas Osteomalacia é rara exceto na hepatopatia avançada com malabsorção
  • 10. Prevalência de Osteodistrofia Hepática num hospital terciário. A baixa densidade mineral óssea se manifesta 15 a 20 anos antes em cirróticos. Autores: Liliana Sampaio Costa Mendesa , Bárbara Castro Nevesb, Ana Loísa Silva de Menezesc, Marcos de Vasconcelos Carneiroa, José Eduardo Trevizoli a, Pauline Nallim Lobãoc, Rafael Rodrigues Oliveirab, Wladimir Magalhães de Freitasd Artigo submetido, dados ainda não publicados N:97 cirroticos  49 com Osteodistrofia Hepática Media de vitamina D --> 27,7 + 12,5 mg dl
  • 11. osteoporose fraturas osteoporóticas Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9 Fatores de risco de:
  • 12. Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9 Valor relativo dos Fatores de Risco para Osteoporose
  • 13. Fatores de risco para fraturas osteoporóticas fatores de risco para osteoporose + DMO_____________ Não há relação segura entre a ocorrência de fraturas e o resultado da densitometria. Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9 Fraturas osteoporóticas Osteopenia Mais prevalente DMO Osteoporose
  • 14.
  • 15. Quando realizar uma densitometria? Não hepatopatas SEM FATORES DE RISCO: Primeira avaliação densitométrica em todos > 65 anos e mulheres > 50 anos (SE MENOPAUSA PRECOCE) CIRROTICOS: EM TODOS !!!  Repetir a cada 1-3 anos a critério clínico OBSERVAÇÃO:_________________________ - Paracentese modifica o diagnóstico em 12% na CL Rev Bras Ortop. 2010;45(3):220-9 Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 188 11(3): 185-191
  • 16. Idade da população estudada: 52,2 ± 13,5anos Gênero, masculino: 56,7% Tabagismo atual ou passado: 23,7% Presença de Ascite: 28,9% Child A: 61,9% OSTEODISTROFIA HEPÁTICA (ODH) em Cirróticos no Hospital de Base do DF N: 97 50 % com Osteodistrofia hepática ODH 59 ANOS = média de idade dos com ODH
  • 17. DENSITOMETRIA ÓSSEA Limitações:  Osteomalácia – subestima massa óssea  Osteoartrose da coluna  Osteoartrite da coluna  Possivel necessidade de complementar com RX National Health and nutrition Examination Survey T score Base de dados de referência colo de fêmur em mulheres de 20-29 anos Jovens < 50 a e mulheres não menopausadas Z score
  • 18. Recomendações da Sociedade Americana de Gastroenterologia Para Diagnosticar e tratar Osteoporose em hepatopatas
  • 19. Cálcio Fosforo Albumina Fosfatase alcalina Calciúria de 24 h PTH 25 OH vitamina D TSH Testosterona Laboratorio na Osteodistrofia hepática:
  • 20. PCDT 2014 Inclusão para tratamento de OSTEOPOROSE Fratura de baixo impacto de femur, quadril ou vertebra Tscore < - 2,5 no femur proximal ou coluna T entre - 1,5 e -2,5 no femur proximal ou coluna em paciente >70 anos E com 2 ou mais quedas nos últimos 6 meses
  • 21. Fundamentos do tratamento da Osteodistrofia Hepática Tratamentos anabólicos (estimulam os osteoblastos) - atividade física - cálcio + calcitriol - Vitamina D - esteroides anabolizantes - hormônio de crescimento - PTH e a teriparatida - ranelato de estrôncio Ocupação de LACUNAS POR OSTEOBLASTOS COM MATRIZ 180 DIAS ABSORÇÃO DO TECIDO ÓSSEO EM 20 DIAS cels HEMATO POIETICAS produzem OSTEOCLA STOS produz RANK Formação de osteoblastos CELS. Pluripo tentes Apoptose do Osteócito A cada 1000 dias ou trauma TRATAMENTOS Anticatabólicos (inibem osteoclasto) - atividade física - cálcio + calcitriol - SERMS - reposição de estrógeno - bisfosfonatos - osteoprotegerina - ranelato de estrôncio.
  • 22.  Evitar Cafeína, fumo e álcool  Exercicio físico regular  Evitar diureticos, corticosteroides e colestiramina  Reposição Hormonal com estrogeno em menopausadas. Risco de hepatotoxicidade  Homens com hipogonadismo : testosterona aumenta DMO (risco de HCC) Medidas gerais – Osteodistrofia hepática Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 188 11(3): 185-191
  • 23. IMPORTÂNCIA DOSE Vitamina A aumento e redução são deletérios. DOSE ótima desconhecida Zinco Manganês Fósforo Baixos níveis são relacionados a osteoporose Excesso interfere com a absorção de cobre Cofator enzimatico requerido para formar cartilagem e osso Excess interfere na absorção do calcio e deficiencia reduz absorção de calcio Homem 2-3mg/d; Mulher 1.8mg/day 700mg dia para > 30 anos. Vitamina C Proteínas Importante na formação do colágeno Baixos níveis = reduz absorção de Ca Altos níveis = calciúria dose 100-125mg/d 1-1.5g proteina/kg Cobre Cofactor enzimático essencial para Metabolismo e força do osso J Postgrad Med 2012;58:103-6
  • 24. Basal: Idade 19-50 anos – 1000 mg /dia >50 anos – 1200 - 1500 mg/dia Reposição de Cálcio e Vitamina D Cálcio COLECALCIFEROL BASAL : 800-1.000 UI/dia nos ≥ 50 anos Calcitriol e seu Análogo sintético (Alfacalcidol) Risco de hipercalcemia e calciúria Vitamina D Osteodistrofia hepática PCDT – Osteopororose, 2014 European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women Níveis de 25OH Vit D < 20 ng/ml: repor 50.000UI /sem ou 7000 UI/DIA (6-8 sem)
  • 25. .  Ligam-se à superficie óssea (previnem reabsorção mediada por osteoclastos)  Menor risco de fraturas (novas em 40-50%)  Previnem osteoporose por corticosteroides  Limitações: sintomas esofágicos Quelados pelo Calcio Insuficiencia renal  Usar 30min a 2h antes de alimentos e medicações Bifosfonatos 1a linha de tratamento da osteoporose Oral: Alendronato: 70mg por semana, Risedronato: 35mg por semana , Ibandronato 2,5mg por dia, Etidronato USAR por 5 anos estender por mais 5 anos SE: piora da DMO apos inicio ou com T SCORE INFERIOR A – 3,5 Parenteral: zoledronato (5 mg IV anualmente por 5 anos) Pamidronato Tropical Gastroenterology 2010;31(2):81–86Clinical Cases in Mineral and Bone Metabolism 2014; 188 11(3): 185-191
  • 26.  Raloxifeno: reduz em 30-50% o risco de fraturas modulador seletivo de receptor de estrogênio risco de eventos tromboembólicos  Estrógenos conjugados: cirrose – não! riscos tromboembolismo, AVC, Ca de mama  Calcitonina (salmão 40x mais potente que a humana) – injeção ou spray nasal (25% da atividade da injeção) Efeito analgesico em fraturas vertebrais agudas 2a linha de tratamento da osteoporose PCDT – Osteopororose, 2014 European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women, 2012
  • 27. Teriparatida e PTH PTH: formado por 84 aa Teriparatida: homólogo, com aa 1 ao 34 (DNArecombinante)  Quando administrados diariamente, em pequenas doses, inibem o RANKL e aumentam a OPG, inibindo a reabsorção óssea.  Estimulam o osteoblasto endostal e periostal: aumentam a espessura da cortical, a secção transversa do osso e a espessura e conexão das trabéculas  Tratamento por 18-24 meses (via SC) = beneficios em fraturas não vertebrais persistem 30 meses após cessado o tratamento  Muito indicada em pacientes com alto risco de fraturas e/ou refraturas  Estudos para teriparatida + antirreabsortivos (ou sequencialmente)
  • 28. • Reduz risco de fraturas vertebrais, de quadril e não vertebrais em mulheres menopausadas • Dose : 2g via oral ao dia • Limitações: Cl creat < 30 ml min • Estudos com tempo de uso > 5 anos Ranelato de Estrôncio European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women
  • 29. Receptor do Fator Nuclear Kappa B (RANKL) NA SUPERFÍCIE DOS OSTEOCLASTOS Ativador Diferenciação, Ativação e sobrevida de OSTEOCLASTOS ANTICORPO MONOCLONAL DESONUMABE Desonumabe Após 3 anos: redução de fraturas !!! 68% vertebrais novas 40% de quadril 20% não vertebrais Dose: 60 mg SC a cada 6 meses Risco de osteonecrose de mandibula Osteoporosis Int, 2012
  • 30. Reposição de Testosterona  Em homens com hipogonadismo = aumenta a BMD  Potencial risco/beneficio deve ser discutido  Pode aumentar o risco de HCC J Postgrad Med 2012;58:103-6
  • 31. Bandgar T et al. J Postgrad Med 2012;58:103-6 Hepatopatia crônica Laboratório: Ca, P, FA, alb, cr, 25OH vit D, PTH, CaUr Testosterona Livre e estrogenio FSH LH Reposição adequada de estrogenio e testosteronaSuplementar Vitamina D e cálcio DEXA COM CLASSIFICAÇÃO se Osteoporose RX toraco-lombar Com Compressão Vertebral sugestiva De osteoporose OU EXERCICIO CESSAR FUMO E ALCOOL BIFOSFONATO (sobretudo se peri TX)
  • 32. Conclusões: A osteodistrofia hepática deve ser pesquisada em todos os cirróticos Mais estudos são necessários para estabelecer esquemas de tratamento com perfis de segurança adequados nesta população São necessárias medidas para inclusão dos hepatopatas como prioridade para o tratamento no PCDT de osteoporose nacional
  • 33. R4 de Gastro Germania Ana Carolina Raphael Dantonio Ariana Cadurin R3 de Gastro R5 de EDA Felipe Bezerra R5 de Hepato Raquel
  • 34. Doses no tratamento da Osteodistrofia hepática

Notas do Editor

  1. É o osso trabecular, altamente responsivo a estímulos metabólicos, sendo por este motivo, o local de escolha tanto para a quantificação da massa óssea quanto para o monitoramento da mesma.
  2. Quando a OH se manifesta por osteoporose, a perda de osso é similar à que acontece na pós menopausa e relacionada à idade, com perda trabecular mais significativa que a perda cortical. O osso trabecular é altamente responsivo a estímulos metabólicos, sendo por este motivo, o local de escolha tanto para a quantificação da massa óssea quanto para o monitoramento da mesma.  A osteomalácia é mais encontrada na doença avançada hepatica, colestase severa e malabsorção (Bandgar et al. 2012).  
  3. No Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT, 2014) para tratamento de osteoporose vigente no Brasil, chama-se a atenção para o risco de osteoporose nos portadores de CBP,  mas sem nenhuma menção para o risco de osteoporose em hepatopatas ou cirróticos de outras etiologias.  
  4. Maintenance of skeletal integrity involves a sequential coupling of osteoclast-induced bone resorption with osteoblast mediated bone formation and subsequent osteoid mineralization at remodeling sites in combination termed as basic multicellular units (BMU). Various factors which affect functioning of BMU are PTH, active Vitamin D, calcium,phosphate, IGF-1, TGF- and gonadal steroids. The major controversy regarding the mechanism of osteoporosis inCLD is whether it is because of less bone formation or morebone resorption.
  5. Sabemos que na hepatopatia crônica existem fatores relacionados à inibição de formação óssea pelos osteoblastos (deficiência de IGF-1, hiperbilirrubinemia, deficiência de vitamina D, hipogonadismo, uso de corticoides, alcoolismo, sobrecarga de ferro) e maior estímulo à reabsorção óssea (redução de vitamina K, hipogonadismo, uso de corticoides), conforme ilustrado na Figura 2 (Gatta et al. 2014) (Bandgar et al. 2012). O IGF-1 está  envolvido na proliferação e diferenciação osteoblástica e a sua deficiência, comum na hepatopatia crônica, causa disfunção osteoblástica e osteopenia (Gasser 2008). A bilirrubina indireta atrapalha a função osteoblástica in vitro, de forma reversível (Gasser 2008). A vitamina K plasmática está reduzida na CBP e isso impacta em menor síntese de osteocalcina, uma proteína da matrix óssea pelos osteoblastos e geração de osteopenia. A vitamina K tem aefeitos antiapoptoticos nos osteoblastos e a suplementação na CBP previne a perda óssea (Kowdley, K.V, 1997) (Dumortier, J. et al, 2001)  O Fator Nuclear Kappa B (RANKL) e a osteoprotegerina (OPG) são reguladores do metabolismo e modulam os osteoclastos, enquanto o RANKL estimula a reabsorção óssea, a OPG a inibe e esse eixo tem que estar em equilíbrio. Nos pacientes osteoporóticos e osteopênicos há elevados níveis do protetor ósseo OPG e baixos níveis de estimulador de osteoclasto RANKL e isso parece refletir um mecanismo protetor para prevenir a perda óssea e manter a massa óssea na hepatopatia crônica. Existem citocinas envolvidas na patogênese da doença hepática crônica como Interleucina-1 e Interleucina-6 e Fator de Necrose Tumoral que podem ativar o sistema RANKL/OPG (Gasser 2008).   A redução da vitamina D, comum em hepatopatas crônicos (sobretudo cirróticos), se deve à malabsorção, maior excreção urinária, polimorfismos nos receptores da  vitamina D (Gatta et al. 2014). Alguns autores correlacionam a vitamina D baixa à severidade da falência hepática (Goral et al. 2010), chance aumentada de osteoporose e maior risco de fraturas ósseas (Gatta et al. 2014). Em outras publicações já não há relevância na correlação entre baixa vitamina D e OH.            
  6. liver diseases have not shown an effect on the progression of osteoporosis, as shown by BMD and incidence of fractures (2, 65, 66). On the other hand, the correction of vitamin D levels in patients with liver disease may have other beneficial effects besides that on osteodystrophy. In patients with recurrent hepatitis C virus infection after liver transplantation, serum vitamin D level positively correlates with sustained virological response after antiviral therapy, suggesting that a better response is obtained with cholecalciferol supplementation (58). Bitetto et al. (67) demonstrated a predisposition to rejection episodes in patients with low serum vitamin D levels before liver transplantation, speculating that its supplementation could improve immune tolerance and prevent acute cellular rejection. On the other hand, a recent study of Corey et al. (68) failed to demonstrate the role of vitamin D in the progression of chronic liver disease: no difference in vitamin D level was found between patients with and without progression of hepatitis C-associated liver disease over 4 years. Hepatic
  7. A prevenção de fraturas osteoporóticas é a grande meta dos reumatologistas e ortopedistas nos pacientes não hepatopatas. Frequentemente, portadores de cirrose queixam-se de lombalgia, mas, a suspeita de que essa queixa esteja ligada à OH ainda é insuficiente para atingir essa meta nos cirróticos.  As fraturas osteoporóticas ocorrem em 13 a 21% dos pacientes com colestase crônica (CBP e Colangite Esclerosante Primária) (Guañabens 1994) (Guañabens et al. 2005).  
  8. Um fato relevante é que as fraturas podem acontecer tanto na osteopenia quanto na osteoporose  (Bredella et al. 2011) (Souza, 2010) e, como ambas estão envolvidas no conceito de OH, há sinalização de que o rastreio diagnóstico de fraturas osteoporóticas e prevenção destas devam ser instituídos também para cirróticos.
  9. Organização Mundial de Saúde preconiza a estimativa do risco de fraturas osteoporóticas através do instrumento FRAX (Figura1), de fácil aplicação e que utiliza as seguintes variáveis: idade, gênero, peso, altura, fraturas previas no paciente ou nos pais destes, tabagismo atual, uso de glicocorticoides, artrite reumatoide, osteoporose secundária, consumo de álcool e valores da Densitometria óssea. 
  10. Quando se deve solicitar a Densitometria Óssea?     Nos não hepatopatas e sem fatores de risco, a primeira avaliação densitométrica está indicada em todos os pacientes homens com mais de 65 anos e em mulheres com mais de 50 anos (se menopausa precoce). Nos cirróticos, a densitometria óssea deve ser indicada em todos, com repetição a cada 1-3 anos, a critério clinico, independente da idade do paciente. (Gatta et al. 2014) (Souza, 2010). A Densitometria óssea deve ser realizada na Coluna Lombar e colo de fêmur, sendo que a avaliação do radio é mais sensível para avaliar a perda. As limitações da Densitometria Óssea são osteomalácia, por subestimar a massa óssea, osteoartrose da coluna, osteoartrite da coluna, ascite. A paracentese modifica o diagnóstico em 12% na Densitometria Ossea da coluna lombar.  
  11. Obs jovens = z score
  12. Para o paciente ser contemplado para tratamento da osteoporose através do PCDT vigente 2014 são necessários: fratura de baixo impacto de fêmur, quadril ou vertebra ou T- score menor do que - 2,5 no fêmur proximal ou coluna ou T score entre - 1,5 e -2,5 no fêmur proximal ou coluna em pacientes acima de 70 anos e com 2 ou mais quedas nos últimos seis meses (Brandão et al. 2009).       
  13. O racional para o tratamento passa pelo conceito de que são necessários 180 dias para o osso ser formado, mas apenas 20 dias para que seja destruído, conforme representado na figura 3. A base do tratamento se divide em tratamentos anabólicos, que estimulam os osteoblastos e tratamentos anticatabólicos que inibem a atividade dos osteoclastos, exemplificados na tabela 2. Portanto, a depender do estágio de perda óssea encontrada e dos fatores clínicos do paciente, o tratamento anabólico isoladamente não tem eficácia, sendo necessária uma associação de anticatabólicos a este.  estimuladores seletivos dos receptores de estrógeno SERMS
  14. Nos aspectos dietéticos, a vitamina C é importantte na formação do colágeno, sendo sugeridas doses de 125mg/dia, as proteínas da dieta devem ser otimizadas na proporção de 1 a 1,5 g por kg ao dia, já que baixos níveis de proteínas reduzem a absorção de cálcio, enquanto que baixos níveis proteicos aumentam a calciuria. O excesso de fósforo interfere na absorção do cálcio e deficiência deste, reduz absorção de cálcio (Bandgar et al. 2012). Devemos também ter em mente que o leite animal não é a única fonte de cálcio, que também está abundante em folhas verdes, ovo, peixes (Souza, 2010).  
  15. Devemos também ter em mente que o leite animal não é a única fonte de cálcio, que também está abundante em folhas verdes, ovo, peixes (Souza, 2010).   O banho de sol deve ser estimulado por no mínimo duas a quatro vezes por semana, na face, tronco e braços, por 15 minutos ou mais para ativação da vitamina D. Na idade de 19 a 50 anos são preconizadas doses de 1000 mg/dia de cálcio enquanto que os acima de 50 anos devem receber doses maiores diárias (1200 a 1500 mg). O colecalciferol (vitamina D3) está preconizado nas doses de 800 a 1000UI ao dia nos pacientes acima de 50 anos de forma preventiva. Naqueles com níveis de 25OH Vitamina D menores de 20 ng/ml, está indicada a reposição de vitamina D3 por seis a oito semanas nas doses de 50.000 UI/sem ou 7000 UI/DIA. Calcitriol e seu análogo sintético (alfacalcidol) devem ser usados com parcimônia devido ao risco de indução de hipercalcemia e calciúria. (PCDT, 2014)
  16. Os bifosfonatos ocupam a primeira linha de tratamento da osteoporose. Em portadores de osteodistrofia hepática, os bifosfonatos são efetivos em prevenir a reabsorção do osso cortical e trabecular em hepatopatas crônicos de etiologia viral.   Os bifosfonatos orais são o alendronato (70mg por semana), risedronato (35mg por semana), ibandronato (2,5mg por dia) e etidronato. Nos hepatopatas o alendronato é o mais bem estudado dentre estes. Devem ser usados por cinco anos  e podendo estender  o tratamento por mais cinco anos caso haja piora da DMO apos inicio ou  T Score inferior a – 3,5 .  Naqueles pacientes com má tolerância ou contraindicação aos bifosfonatos orais, podem ser usados os bifosfonatos parenterais. O zoledronato (ácido zoledrônico) pode ser utilizado na dose de 5 mg IV anualmente por 5 anos e o pamidronato. O Ácido zoledrônico, pelo risco de desenvolvimento osteonecrose mandibular, pela disponibilidade de alternativa terapêutica para pacientes com problemas de deglutição ou intolerantes aos bifosfonatos orais, com eficácia semelhante e de muito menor custo não foi aprovado no PCDT para tratamento de osteoporose (Gatta et al. 2014) (Souza, 2010). Na bula do ácido zoledronico cita que como se encontram disponíveis apenas dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência hepática grave, não podem ser dadas recomendações especiais para esta população de pacientes. São efeitos colaterais comuns do pamidronato: náuseas e vômito, anorexia, dor epigástrica, gastrite, constipação intestinal ou diarréia e as alterações de enzimas hepáticas são raras.  
  17. Bazedoxifeno serms aprovado na europa disponivel na espanhA E Alemanha, Na segunda linha de tratamento da osteoporose estão os estimuladores seletivos dos receptores de estrógeno (raloxifeno e bazedoxifeno), estrógenos conjugados e a calcitonina. O raloxifeno reduz em 30-50% o risco de fraturas, porém existe o risco de eventos tromboembólicos. Raloxifeno deve ser administrado por via oral. Distúrbios gastrointestinais são efeitos colaterais comuns tais como náusea, vômito, dor abdominal e dispepsia. O bazedoxifeno está aprovado na Europa e disponível na Espanha e Alemanha. Estrógenos conjugados, além de trazerem riscos de tromboembolismo, acidente vascular cerebral e câncer de mama, devem ser evitados nos hepatopatas. A calcitonina, sob forma de spray nasal, está aprovada para o tratamento da osteoporose após menopausa e age inibindo a atividade e número de osteoclastos. Seus efeitos na massa óssea são menos expressivos que os efeitos dos bifosfonatos mas previnem novas fraturas vertebrais. No entanto, não foi comprovada redução em fraturas não vertebrais. Em hepatopatas crônicos, um estudo piloto comparando o não tratamento com a administração concomitante de calcitonina, cálcio e vitamina D por 12 meses demonstrou menor perda óssea no grupo tratado. Outro estudo com a administração de calcitonina por seis meses não demonstrou eficácia em prevenir a perda de osso trabecular. A calcitonina de salmão é 40 vezes mais potente que a humana e pode ser administrada sob forma de injeção ou spray nasal, este com 25% da atividade da injeção. É importante o efeito analgesico em fraturas vertebrais agudas.  (PCDT, 2014) (Kanis et al. 2013) 
  18. Teriparatida: homólogo do PTH, com aminoácidos 1 ao 34 por DNA recombinante.   Quando administrado diariamente, em pequenas doses, inibem o RANKL e aumentam a OPG, inibindo a reabsorção óssea. estimulam o osteoblasto endostal e periostal com consequente aumento na espessura da cortical, secção transversa do osso e das trabéculas. O fármaco deverá ser administrado de 18-24 meses (via Subcutânea) e os benefícios em fraturas não vertebrais persistem 30 meses após cessado o tratamento. Muito indicada em pacientes com alto risco de fraturas e/ou refraturas. Como efeito colateral do trato gastrointestinal é relatada a ocorrência de náusea em 8,5% dos pacientes.
  19. - Ranelato de estrôncio, Reduz risco de fraturas vertebrais, de quadril e não vertebrais em mulheres menopausadas. A dose preconizada é de 2g via oral ao dia e não serão indicados se clearence de creatinina for menor do que 30 ml por minuto.  
  20. O ligante do ativador do receptor do fator nuclear kappaB (RANKL) é essencial para a diferenciação, ativação e sobrevida dos osteoclastos. O anticorpo monoclonal totalmente humano denosumabe (inicialmente AMG 162) se liga ao RANKL com alta afinidade e especificidade e inibe a ação do RANKL. Este estudo avaliou a eficácia e a se Membro superfamilia do tnf - Desonumabe. Este anticorpo monoclonal é dirigido para o sítio do receptor do Fator Nuclear Kappa B (RANKL), na superfície dos osteoclastos. Após 3 anos de uso, se associa à redução de fraturas vertebrais novas (em 68%),  de quadril (em 40%) e não vertebrais (em 20%). Existe o risco de osteonecrose de mandibular e a dose preconizada é a cada 6 meses.