SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
SINDROME
HEPATORRENAL
Liliana Mendes
Doutora em Gastroenterololia FMUSP-SP
Supervisora do PRM em Hepatologia do HBDF
Unidade de Gastroenterologia do HBDF
Declaro não haver conflito de interesse
na apresentação deta palestra
DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE
RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
• ↓Taxa de filtração glomerular em horas a dias
• Incidência : 20 a 60% em pacientes com cirrose
– Infecções bacterianas
– Hemorragia digestiva alta
– Hipotensão arterial
– Diuréticos
– Drogas nefrotóxicas
Lesão renal aguda (LRA)
World J Hepatol 2015;7:2336-43
Hipertensão portal
- Alterações anatômicas
- Disfunção endotelial
Vasodilatação esplâncnica
- Óxido nítrico (NO)
↓Volume circulante efetivo
Ativação SNS
- ↑Débito cardíaco
Ativação SRAA
- Retenção Na/H20
NEJM Volume 361: 1279 - 1290
↓Débito cardíaco
Vasoconstricção renal
Hipotensão
Ascite de difícil
controle, hiponatremia
↑
↑
↑
↑
S. HEPATORRENAL
• Descompensação aguda de uma hepatopatia crônica
• Disfunções orgânicas
• Alta mortalidade a curto prazo
• Inflamação
Acute-on-Chronic Liver Failure
Gastroenterology 2013;144:1426–1437
• Insuficiência renal é responsavel por um dos ítens de
diagnóstico de ACLF
– Creatinina ≥ 2,0mg/dL
• Disfunção orgânica mais comum (56%)
• Mau prognóstico
– Mortalidade > 15% em 28 dias
LRA e ACLF
Gastroenterology 2013;144:1426–1437
PG course
AASLD
2019
PG course
AASLD
2019
Causas de Lesão renal na Cirrose
J Hepatol 2015;62:968-74
J Hepatol 2019 in press
Hipoperfusão
renal Inflamação
Dano tubular
direto
Disfunção
microvascular
Creatinina basal
–Menor Valor dos últimos 3 meses
• Admissão hospitalar => Se não houver
dosagem de creatinina prévia
• Se já for alterada e sem DRC, estimar a
creatinina basal pelo MDRD
considerando uma TGF de
75mL/min/1,73m²
Lesão renal aguda (ICA-AKI)
J Hepatol 2015;62:968-74
J Hepatol 2019 in press
NA CIRROSE FORMULAS
PARA ESTIMAR CR
SUPERESTIMAM A TFG
VERDADEIRA
- Estádio 1:
Aumento de creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl
OU aumento de creatinina sérica > 1,5 até 2,0 vezes o
basal.
- Estádio 2:
Aumento de creatinina sérica > 2,0 até 3,0 vezes o basal.
- Estádio 3:
Aumento de creatinina sérica > 3,0 vezes o basal
OU creatinina sérica ≥4,0 mg/dL com elevação aguda
≥0,3 mg/dl
OU início de dialise.
Estadiamento ICA-AKI
J Hepatol. 2015;62(4):968-74
Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03
Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35
Leuco 16100 12350 9800 8400 8258
Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3%
Segmentados 78% 84% 62% 70% 67%
Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25%
Monocitos 2% 3% 10% 10% 5%
Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000
ureia 55 42 37 34 22
creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4
PT
Albumina
7,2
3,2
6,6
3,0
6,2 3,4 7,2
3,7
7,0
3,5
BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8
Amilase 147 118
Na K
Ca P
127 ⁄4,3
7,8 2,3
128 ⁄4,0
8
130 ⁄3,8
8,4⁄2,5
132 ⁄3,9
8,2
134 ⁄3,7
TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49
FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440
TAP INR
Glicemia
45% ⁄2,6
132 114
55%⁄1,8
112 98
57%⁄1,7
116
13-10-2018
Admissão
hospitalar
Aumento de > 50% do basal
Qual o
estadiamento
da lesão renal
do paciente?
Creatinina 0,8
 1,7 mg/dl
Lesão renal aguda - etiologias
Pré-renal
• Hipovolemia
•↓Débito cardíaco
• Vasodilatação
(↓volume circulante
efetivo)
Renal
• Tubular
• Glomerular
• Intersticial
Pós-renal
• Obstrução uretral
• Obstrução ureteral
bilateral
As
Para diferenciá-las, deve-se solicitar :
- séricos: creatinina e sódio.
- urinários (amostra isolada): urina tipo I,
creatinina, sódio e proteinúria.
- Ultrassonografia de rins e vias urinárias.
Pre-renal
NTA
SHR
principais causas de LRA
em pacientes com cirrose
Débito urinário (KDIGO)
Hepatology 2017;66:1592-1600
Estadio Débito urinário
Sem LRA ≥0,5mL/kg/h
1
<0,5mL/kg/h por 6 a
12h
2
<0,5mL/kg/h por
≥12h
3
<0,3mL/kg/h por
≥24h ou
Anúria por ≥12h
(KDIGO) guidelines define AKI com
qualquer dos seguintes:
1) Aumento na sCr em ≥0.3 mg/dl
(≥26.5 lmol/L) em 48 h;
Ou
2) Aumento na sCr ≥1.5x basal, ocorrido
dentro dos ultimos 7 dias;
ou
3) Volume urinário <0.5 ml/kg/h for 6 h.
Hepatology 2017;66:1592-1600
DU – sem
LRA
Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3
Cr – Sem
LRA
5,0% 6,4% 8,3% 22,2%
Estadio 1 9,0% 12,2% 14,3% 34,5%
Estadio 2 15,3% 24,4% 23,5% 40,7%
Estadio 3 13,3% 60,5% 40,8% 48,3%
J Hepatol 2015;62:968-974.
Tratamento Volume
Vasocons
trictores +
Albumina
Suporte
Resposta: 20 a 50%
COMO
diferenciar
NTA de SHR
pela
creatinina?
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LRA EM CIRROSE
NGAL e etiologia da LRA
Pré-renal SHR NTA
Mediana/ Média
Fagundes et al.
µg/g creatinina
J Hepatol 2012
30 76 417
Belcher et al.
µg/L
Dig Dis Sci 2012
54 115 565
Qasem et al.
µg/L
ISRN Nephrology 2014
161 381 581
Ximenes et al.
µg/L
(dados não publicados)
155 368 770
PONTO DE CORTE
SUGERIDO 220 µg/g
creatinina
Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03
Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35
Leuco 16100 12350 9800 8400 8258
Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3%
Segmentados 78% 84% 62% 70% 67%
Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25%
Monocitos 2% 3% 10% 10% 5%
Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000
ureia 55 42 37 34 22
creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4
PT
Albumina
7,2
3,2
6,6
3,0
6,2 3,4 7,2
3,7
7,0
3,5
BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8
Amilase 147 118
Na K
Ca P
127 ⁄4,3
7,8 2,3
128 ⁄4,0
8
130 ⁄3,8
8,4⁄2,5
132 ⁄3,9
8,2
134 ⁄3,7
TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49
FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440
TAP INR
Glicemia
45% ⁄2,6
132 114
55%⁄1,8
112 98
57%⁄1,7
116
13-10-2018
Admissão
hospitalar
Aumento de > 50% do basal
Qual o
estadiamento
da lesão renal
do paciente?
Creatinina 0,8
 1,7 mg/dl
Apenas a creatinina alterada é
suficiente para diagnosticar SHR ?
J Hepatol 2015;62:968-974.
Insuficiencia hepatica aguda ou ACLF
e/or debito urinario ≤0.5ml/kg B.W. ≥6 h*
Biomarcadores urinarios de injuriauria (se disponivel) e/ou US renal
alterado. Sugere vasoconstricção renal a FENa of <0.2 (niveis<0.1%
altamente preditivos)
J Hepatol 2019 in press
• Disfunção renal no paciente, na insuficiência hepática
fulminante, ACLF ou cirrótico com ascite na ausência
de outra causa
– Excluir desidratação, choque, drogas nefrotóxicas,
nefropatia estrutural
• LRA pelos critérios ICA-AKI (estadio 2 e 3)
Quando suspeitar de Síndrome
hepatorrenal
Gut 2007 56:1310-1318
J Hepatol 2019 in press
Tratamento da SHR
etapa admissão
Suspender diuréticos e Betabloqueadores e
Expansão com albumina humana endovenosa (EV)
na dose de 1g/kg/dia por 2 dias consecutivos (dose
máxima: 100g/dia)
 Quais as metas do tratamento?
Resposta completa:
queda para um valor até 0,3 acima do basal;
parcial:
queda de pelo menos um estadio com creatinina
final >0,3 acima do basal
J Hepatol 2019 in press
Terlipressina Etapa 1: 48 horas
dose inicial da terlipressina na SHR:
0,5 -1,0 mg EV 6/6h ou em 24 horas, em bomba de
infusão.
Durante o uso de terlipressina, deve-se manter
concomitante a albumina EV (1g/kg no D1 e 20 a
40g/dia nos demais dias)  dose sugerida:
30g/dia
Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 J Hepatol 2019 in press
Apos 48h de Terlipressina
Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974
Após 2 dias  avaliar a resposta
(queda de 25% da creatinina em relação à inicial).
Em respondedores  a dose da terlipressina é
mantida até que a creatinina retorne para até
0,3mg/dL acima da creatinina basal ou até o tempo
máximo de 14 dias.
J Hepatol 2019 in press
Não respondedores
à 48h de Terlipressina
Sem resposta após 48h de terlipressina:
• a dose deve ser aumentada a cada 2 dias até a resposta
ou a dose máxima de 12mg/dia.
• A sequência recomendada é:
1mg EV 6/6h → 1mg EV 4/4h → 2mg EV 6/6h → 2mg EV 4/4h
pode-se utilizar a terlipressina em infusão contínua
(iniciar com 2mg/dia e a dose aumentada em 1mg/dia
a cada 2 dias se não houver resposta
Gastroenterology 2009;137:1179 –1189
The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298
J Hepatol 2019 in press
Outras opções
além Terlipressina
Midodrina (alfa 1-agonista) + octreotide (analogo de
somatostatina)+ albumina efetivo na SHR tipo 1
Terlipressina+alb x midodrina + octr +Alb na SHR
70% vs. 29%
Melhora na função renal ( p = 0.01)
Gastroenterology 2009;137:1179 –1189
The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298
J Hepatol 2019 in press
Cavallin M Hepatology
2015;62:567–574
Outras opções
além Terlipressina
Norepinefrina (0.5–3 mg/hour) + albumina na HRS-1,
Noradrenalina tão efetiva quanto
terlipressina em 2 trials contolados
pequenos e estudo prospectivo
Trial randomizado
terlipressina mais efetiva
que Noradrenalina p/ACLF
Arora V et al.
Hepatology 2018]
Singh V et al.Hepatol 2012.
Sharma et al Am J Gastroenterol 2008
] Gupta K et al 2018
Obrigado!!!
mendesliliana2@gmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Glomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacaoGlomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacaoPUCPR
 
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!Kelson Oliveira
 
Usp farmacologia cardiovascular aula 1 anti-hipertensivos
Usp farmacologia cardiovascular aula 1   anti-hipertensivosUsp farmacologia cardiovascular aula 1   anti-hipertensivos
Usp farmacologia cardiovascular aula 1 anti-hipertensivosmanoelramosdeoliveir1
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosJaqueline Almeida
 
Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Digão Pereira
 
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaAula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
Hipoglicemiantes orais
Hipoglicemiantes oraisHipoglicemiantes orais
Hipoglicemiantes oraisVanessa Cunha
 
12 diureticos ds
12 diureticos ds12 diureticos ds
12 diureticos dsMeninacerta
 
Doença ulcerosa péptica
Doença ulcerosa pépticaDoença ulcerosa péptica
Doença ulcerosa pépticaGustavo Andreis
 
Semiologia 12 nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdf
Semiologia 12   nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdfSemiologia 12   nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdf
Semiologia 12 nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdfJucie Vasconcelos
 
Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinalIgor Fonseca
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronarianaresenfe2013
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidojaninemagalhaes
 

Mais procurados (20)

Insuficiencia hepatica
Insuficiencia hepaticaInsuficiencia hepatica
Insuficiencia hepatica
 
Glomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacaoGlomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacao
 
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!
Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!
 
Usp farmacologia cardiovascular aula 1 anti-hipertensivos
Usp farmacologia cardiovascular aula 1   anti-hipertensivosUsp farmacologia cardiovascular aula 1   anti-hipertensivos
Usp farmacologia cardiovascular aula 1 anti-hipertensivos
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
 
Diuréticos
DiuréticosDiuréticos
Diuréticos
 
Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)
 
CIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICA
 
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaAula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Hipoglicemiantes orais
Hipoglicemiantes oraisHipoglicemiantes orais
Hipoglicemiantes orais
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
Hiponatremia
 
12 diureticos ds
12 diureticos ds12 diureticos ds
12 diureticos ds
 
Corticóides
CorticóidesCorticóides
Corticóides
 
Doença ulcerosa péptica
Doença ulcerosa pépticaDoença ulcerosa péptica
Doença ulcerosa péptica
 
Semiologia 12 nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdf
Semiologia 12   nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdfSemiologia 12   nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdf
Semiologia 12 nefrologia - diagnóstico sindrômico em nefrologia pdf
 
Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinal
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigido
 

Semelhante a SINDROME HEPATORRENAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Semelhante a SINDROME HEPATORRENAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO (20)

Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
 
DRC na APS
DRC na APSDRC na APS
DRC na APS
 
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICAENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
 
Nefropatia Diabética
Nefropatia DiabéticaNefropatia Diabética
Nefropatia Diabética
 
Doença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - LaboratórioDoença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - Laboratório
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Cirrosis
CirrosisCirrosis
Cirrosis
 
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptxInjuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
 
Apresentacao tcc
Apresentacao tccApresentacao tcc
Apresentacao tcc
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008
 
Nash 2013 liliana
Nash 2013 lilianaNash 2013 liliana
Nash 2013 liliana
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renalPlano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
Plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Sd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinicoSd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinico
 

Último

Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 

SINDROME HEPATORRENAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

  • 1. SINDROME HEPATORRENAL Liliana Mendes Doutora em Gastroenterololia FMUSP-SP Supervisora do PRM em Hepatologia do HBDF Unidade de Gastroenterologia do HBDF
  • 2. Declaro não haver conflito de interesse na apresentação deta palestra DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE RESOLUÇÃO RDC 96/2008 DA ANVISA
  • 3. • ↓Taxa de filtração glomerular em horas a dias • Incidência : 20 a 60% em pacientes com cirrose – Infecções bacterianas – Hemorragia digestiva alta – Hipotensão arterial – Diuréticos – Drogas nefrotóxicas Lesão renal aguda (LRA) World J Hepatol 2015;7:2336-43
  • 4. Hipertensão portal - Alterações anatômicas - Disfunção endotelial Vasodilatação esplâncnica - Óxido nítrico (NO) ↓Volume circulante efetivo Ativação SNS - ↑Débito cardíaco Ativação SRAA - Retenção Na/H20 NEJM Volume 361: 1279 - 1290 ↓Débito cardíaco Vasoconstricção renal Hipotensão Ascite de difícil controle, hiponatremia ↑ ↑ ↑ ↑ S. HEPATORRENAL
  • 5. • Descompensação aguda de uma hepatopatia crônica • Disfunções orgânicas • Alta mortalidade a curto prazo • Inflamação Acute-on-Chronic Liver Failure Gastroenterology 2013;144:1426–1437
  • 6. • Insuficiência renal é responsavel por um dos ítens de diagnóstico de ACLF – Creatinina ≥ 2,0mg/dL • Disfunção orgânica mais comum (56%) • Mau prognóstico – Mortalidade > 15% em 28 dias LRA e ACLF Gastroenterology 2013;144:1426–1437
  • 8.
  • 10. Causas de Lesão renal na Cirrose J Hepatol 2015;62:968-74 J Hepatol 2019 in press Hipoperfusão renal Inflamação Dano tubular direto Disfunção microvascular
  • 11. Creatinina basal –Menor Valor dos últimos 3 meses • Admissão hospitalar => Se não houver dosagem de creatinina prévia • Se já for alterada e sem DRC, estimar a creatinina basal pelo MDRD considerando uma TGF de 75mL/min/1,73m² Lesão renal aguda (ICA-AKI) J Hepatol 2015;62:968-74 J Hepatol 2019 in press NA CIRROSE FORMULAS PARA ESTIMAR CR SUPERESTIMAM A TFG VERDADEIRA
  • 12. - Estádio 1: Aumento de creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl OU aumento de creatinina sérica > 1,5 até 2,0 vezes o basal. - Estádio 2: Aumento de creatinina sérica > 2,0 até 3,0 vezes o basal. - Estádio 3: Aumento de creatinina sérica > 3,0 vezes o basal OU creatinina sérica ≥4,0 mg/dL com elevação aguda ≥0,3 mg/dl OU início de dialise. Estadiamento ICA-AKI J Hepatol. 2015;62(4):968-74
  • 13. Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03 Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35 Leuco 16100 12350 9800 8400 8258 Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3% Segmentados 78% 84% 62% 70% 67% Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25% Monocitos 2% 3% 10% 10% 5% Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000 ureia 55 42 37 34 22 creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4 PT Albumina 7,2 3,2 6,6 3,0 6,2 3,4 7,2 3,7 7,0 3,5 BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8 Amilase 147 118 Na K Ca P 127 ⁄4,3 7,8 2,3 128 ⁄4,0 8 130 ⁄3,8 8,4⁄2,5 132 ⁄3,9 8,2 134 ⁄3,7 TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49 FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440 TAP INR Glicemia 45% ⁄2,6 132 114 55%⁄1,8 112 98 57%⁄1,7 116 13-10-2018 Admissão hospitalar Aumento de > 50% do basal Qual o estadiamento da lesão renal do paciente? Creatinina 0,8  1,7 mg/dl
  • 14. Lesão renal aguda - etiologias Pré-renal • Hipovolemia •↓Débito cardíaco • Vasodilatação (↓volume circulante efetivo) Renal • Tubular • Glomerular • Intersticial Pós-renal • Obstrução uretral • Obstrução ureteral bilateral
  • 15. As Para diferenciá-las, deve-se solicitar : - séricos: creatinina e sódio. - urinários (amostra isolada): urina tipo I, creatinina, sódio e proteinúria. - Ultrassonografia de rins e vias urinárias. Pre-renal NTA SHR principais causas de LRA em pacientes com cirrose
  • 16. Débito urinário (KDIGO) Hepatology 2017;66:1592-1600 Estadio Débito urinário Sem LRA ≥0,5mL/kg/h 1 <0,5mL/kg/h por 6 a 12h 2 <0,5mL/kg/h por ≥12h 3 <0,3mL/kg/h por ≥24h ou Anúria por ≥12h (KDIGO) guidelines define AKI com qualquer dos seguintes: 1) Aumento na sCr em ≥0.3 mg/dl (≥26.5 lmol/L) em 48 h; Ou 2) Aumento na sCr ≥1.5x basal, ocorrido dentro dos ultimos 7 dias; ou 3) Volume urinário <0.5 ml/kg/h for 6 h.
  • 17. Hepatology 2017;66:1592-1600 DU – sem LRA Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3 Cr – Sem LRA 5,0% 6,4% 8,3% 22,2% Estadio 1 9,0% 12,2% 14,3% 34,5% Estadio 2 15,3% 24,4% 23,5% 40,7% Estadio 3 13,3% 60,5% 40,8% 48,3%
  • 18. J Hepatol 2015;62:968-974. Tratamento Volume Vasocons trictores + Albumina Suporte Resposta: 20 a 50% COMO diferenciar NTA de SHR pela creatinina? DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LRA EM CIRROSE
  • 19. NGAL e etiologia da LRA Pré-renal SHR NTA Mediana/ Média Fagundes et al. µg/g creatinina J Hepatol 2012 30 76 417 Belcher et al. µg/L Dig Dis Sci 2012 54 115 565 Qasem et al. µg/L ISRN Nephrology 2014 161 381 581 Ximenes et al. µg/L (dados não publicados) 155 368 770 PONTO DE CORTE SUGERIDO 220 µg/g creatinina
  • 20. Admissao 13-10-18 13-10 13-09 15-08 12-06 10-03 Hb Ht 10⁄30 13⁄39 13⁄38 12⁄36 12⁄35 Leuco 16100 12350 9800 8400 8258 Bastonetes 10% 4% 3% 6% 3% Segmentados 78% 84% 62% 70% 67% Linfocitos 10% 9% 25% 14% 25% Monocitos 2% 3% 10% 10% 5% Plaquetas 78000 11200 98000 13200 117000 ureia 55 42 37 34 22 creatinina 1,7 0,8 0,6 0,4 PT Albumina 7,2 3,2 6,6 3,0 6,2 3,4 7,2 3,7 7,0 3,5 BRT BD 12⁄7 5⁄3,3 3,4⁄2,1 2,2⁄1,4 2,3⁄1,8 Amilase 147 118 Na K Ca P 127 ⁄4,3 7,8 2,3 128 ⁄4,0 8 130 ⁄3,8 8,4⁄2,5 132 ⁄3,9 8,2 134 ⁄3,7 TGO⁄TGP 424⁄ 270 224⁄ 130 124⁄ 77 104⁄ 52 98⁄49 FA⁄GGT 457⁄738 334⁄530 320 ⁄370 356⁄178 458⁄440 TAP INR Glicemia 45% ⁄2,6 132 114 55%⁄1,8 112 98 57%⁄1,7 116 13-10-2018 Admissão hospitalar Aumento de > 50% do basal Qual o estadiamento da lesão renal do paciente? Creatinina 0,8  1,7 mg/dl
  • 21. Apenas a creatinina alterada é suficiente para diagnosticar SHR ? J Hepatol 2015;62:968-974. Insuficiencia hepatica aguda ou ACLF e/or debito urinario ≤0.5ml/kg B.W. ≥6 h* Biomarcadores urinarios de injuriauria (se disponivel) e/ou US renal alterado. Sugere vasoconstricção renal a FENa of <0.2 (niveis<0.1% altamente preditivos) J Hepatol 2019 in press
  • 22. • Disfunção renal no paciente, na insuficiência hepática fulminante, ACLF ou cirrótico com ascite na ausência de outra causa – Excluir desidratação, choque, drogas nefrotóxicas, nefropatia estrutural • LRA pelos critérios ICA-AKI (estadio 2 e 3) Quando suspeitar de Síndrome hepatorrenal Gut 2007 56:1310-1318 J Hepatol 2019 in press
  • 23. Tratamento da SHR etapa admissão Suspender diuréticos e Betabloqueadores e Expansão com albumina humana endovenosa (EV) na dose de 1g/kg/dia por 2 dias consecutivos (dose máxima: 100g/dia)  Quais as metas do tratamento? Resposta completa: queda para um valor até 0,3 acima do basal; parcial: queda de pelo menos um estadio com creatinina final >0,3 acima do basal J Hepatol 2019 in press
  • 24. Terlipressina Etapa 1: 48 horas dose inicial da terlipressina na SHR: 0,5 -1,0 mg EV 6/6h ou em 24 horas, em bomba de infusão. Durante o uso de terlipressina, deve-se manter concomitante a albumina EV (1g/kg no D1 e 20 a 40g/dia nos demais dias)  dose sugerida: 30g/dia Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 J Hepatol 2019 in press
  • 25. Apos 48h de Terlipressina Journal of Hepatology 2015 vol. 62 j 968–974 Após 2 dias  avaliar a resposta (queda de 25% da creatinina em relação à inicial). Em respondedores  a dose da terlipressina é mantida até que a creatinina retorne para até 0,3mg/dL acima da creatinina basal ou até o tempo máximo de 14 dias. J Hepatol 2019 in press
  • 26. Não respondedores à 48h de Terlipressina Sem resposta após 48h de terlipressina: • a dose deve ser aumentada a cada 2 dias até a resposta ou a dose máxima de 12mg/dia. • A sequência recomendada é: 1mg EV 6/6h → 1mg EV 4/4h → 2mg EV 6/6h → 2mg EV 4/4h pode-se utilizar a terlipressina em infusão contínua (iniciar com 2mg/dia e a dose aumentada em 1mg/dia a cada 2 dias se não houver resposta Gastroenterology 2009;137:1179 –1189 The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298 J Hepatol 2019 in press
  • 27. Outras opções além Terlipressina Midodrina (alfa 1-agonista) + octreotide (analogo de somatostatina)+ albumina efetivo na SHR tipo 1 Terlipressina+alb x midodrina + octr +Alb na SHR 70% vs. 29% Melhora na função renal ( p = 0.01) Gastroenterology 2009;137:1179 –1189 The American Journal oGastroenterology volume103, (2008)Journal of Hepatology 2012 vol. 56 j 1293–1298 J Hepatol 2019 in press Cavallin M Hepatology 2015;62:567–574
  • 28. Outras opções além Terlipressina Norepinefrina (0.5–3 mg/hour) + albumina na HRS-1, Noradrenalina tão efetiva quanto terlipressina em 2 trials contolados pequenos e estudo prospectivo Trial randomizado terlipressina mais efetiva que Noradrenalina p/ACLF Arora V et al. Hepatology 2018] Singh V et al.Hepatol 2012. Sharma et al Am J Gastroenterol 2008 ] Gupta K et al 2018

Notas do Editor

  1. Ponto de corte fixo de creatinina x ICA-AKI Atraso no diagnóstico Prejuízo de subgrupos
  2. Diferenciar a etiologia tem Importância prognóstica e terapêutica
  3. Creat mede a TFG e não injuria
  4. Outros marcadores de injuria IL-18, KIM-1, L-FABP, PONTO DE CORTE SUGERIDO 220 UG POR G DE CREAT
  5. However, in a small, single center, randomised controlled trial
  6. this is probably related to the fact that noradrenaline, unlike terlipressin, has no effect on portal pressure