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Normas de Orientação Clínica da ESC
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Lénise M. S. Parreira
Dr. Francisco Casaúbon
Enf. Paula
Medicina Geral e Familiar
6ºAno
Índice
 Epidemiologia
 Hipertensão Arterial
 Medição
 História Clínica
 Exame Objectivo
 Métodos Complementares de Diagnóstico
 Seguimento Terapêutico
 Estratificação de Risco
 Factores de risco
 Síndrome metabólico
 Lesão de órgão-alvo
 Diabetes mellitus
 Doença renal ou cardiovascular
 Abordagem Clínica
 Hipertensão Resistente
 Adesão à Terapêutica
Ezzati et al. WHO 2000 Report. Lancet. 2002;360:1347-1360.
Attributable Mortality (In millions)
High mortality, developing region
Lower mortality, developing region
Developed region
0 87654321
Quanto mais elevada a PAS ou
PAD, maior o risco independente de
insuficiência cardíaca, doença arterial
periférica e insuficiência renal crónica
2/3 dos AVCs
e
1/2 das doenças cardíacas isquémicas
são atribuíveis a um mau controlo da TA
Lawes CM et al. J Hypertens. 2006;24:423-430
2007 ESC/ESH Guidelines for the management of Arterial Hypertension. J Hypertens. 2007;25:1105-1187.
Sempre que se reduz a PAS de 10mmHg,
a incidência de AVCs e de SCAs é
significativamente reduzida
Before
Intervention
After
Intervention
Reduction
in BP
Reduction in SBP
mmHg
2
3
5
% Reduction in Mortality
Stroke CHD Total
–6 –4 –3
–8 –5 –4
–14 –9 –7
JNC 7 report, Hypertension. 2003; 42: 1206-1252.
Benefícios da Terapêutica anti-HTA
Hipertensãodiagnosticada, medicadaecontrolada
EUA 1976 - 2000
JNC-VII. Hypertension. 2003;42:1206–1252
HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Definição e Classificação
Definiçãoeclassificação
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
TA óptima
<120 e <80
TA ambulatório
<130 e <85
TENSÃO ARTERIAL
Medição
Medição
 Sentar o doente durante alguns
min numa sala tranquila
 Efectuar pelo menos 2 medições
intervaladas de 1-2min
 Colocar a braçadeira ao nível do
coração
 1ª consulta – medir TA em ambos
os braços (ref = + elevado)
 Idosos, DM – medir 1 a 5 min
depois de assumir posição
ortostática
 Frequência cardíaca por
palpação de pulso durante 30s
Medição
 Em casa
 Grande valor preditivo
 Avaliar efeito terapêutico entre tomas
 Melhorar aderência à terapêutica
 Desencorajar
 Se provoca ansiedade
 Se induz alterações da auto-medicação
 Em casa <130/85 mmHg
Caderno de valores em casa
Dia Hora PAS/ PAD FC
HISTÓRIA CLÍNICA
Hipertensão secundária? Lesão de órgãos?
História Clínica
1. Duração e nível prévio da HTA
2. Indicadores de HTA 2ªria
 Rins poliquísticos
 História familiar de dça renal
 Dça parênquima renal
 Dça renal, ITU, hematúria, abuso de analgésicos
 Ingestão de substâncias:
 ACO, gotas
nasais, cocaína, anfetamina, esteróides, AINEs, eritropeietina, ciclospori
na
 Feocromocitoma
 Episódios de sudorese, cefaleias, ansiedade, palpitações
 Aldosteronismo
 Episódios de fraqueza muscular ou tetanismo
10%
História Clínica (cont.)
3. Factores de risco
 História pessoal e familiar de
 HTA ou DCV
 Dislipidémia
 DM
 Hábitos tabágicos
 Hábitos alimentares
 Obesidade/ Exercício físico
 Ressonar/ Apneia do sono
 Personalidade
História Clínica (cont. 2)
4. Sintomas de lesão dos órgãos-alvo
 Neurológico:
 cefaleia, vertigens, alterações visuais, AIT, défice sensitivo
ou motor
 Cardíaco:
 palpitações, dor pré-cordial, dispneia, edema maleolar
 Renal:
 polidipsia, poliúria, noctúria, hematúria
 Arterial periférico:
 extremidades frias, claudicação intermitente
História Clínica (cont. 3)
5. Terapêutica anti-HTA prévia
 Príncipios activos
 Eficácia
 Efeitos adversos
6. Factores pessoais, familiares e ambientais
EXAME OBJECTIVO
Hipertensão secundária? Lesão de órgãos? Obesidade visceral?
Exameobjectivo
1. Sinais de HTA 2ªria
2. Sinais de lesão de órgão-alvo
3. Evidências de obesidade visceral
MÉTODOS COMPLEMENTARES
DE DIAGNÓSTICO
Factores de risco? Causas secundárias? Lesão de órgão?
Métodoscomplementaresdediagnóstico
 Exames de rotina
 Glicose plasmática em jejum
 Perfil lipídico - Colesterol sérico total, Colesterol-
HDL, Colesterol- LDL, Triglicéridos séricos em jejum
 Potássio sérico
 Ácido úrico sérico
 Creatinina sérica
 Estimativa da Cl Creat ou da TFG
 Hb e Hct
 Análise de urina – fita reactiva e exame miscroscópico
 ECG
A função renal
pode ser avaliada pela Taxa de Filtração Glomerular
miacreatininé
pesoidade
TFG
72
140
85,0(se , )
Métodoscomplementaresdediagnóstico
 Exames de vigilância
 Glicose plasmática em jejum
 Perfil lipídico - Colesterol sérico total, Colesterol-
HDL, Colesterol- LDL, Triglicéridos séricos em jejum
 Potássio sérico
 Ácido úrico sérico
 Creatinina sérica
 Estimativa da Cl Creat ou da TFG
 Hb e Hct
 Análise de urina – fita reactiva e exame miscroscópico
 ECG
No doente hipertenso,
a proteinúria seria avaliada pela equipa de enfermagem
no momento de preparação de consulta
Métodoscomplementaresdediagnóstico
(cont.)
 Exames recomendados
 Ecocardiografia
 Estudo ecográfico das carótidas
 Quantificação da proteinúria (se fita reactiva positva)
 Indíce de PA tornozelo-braço
 Fundoscopia
 Teste de tolerância à glicose (se gli jejum > 100mg/dL)
 Monitorização da PA em casa e em ambulatório – 24h
 Medição da velocidade de onda de pulso
Quantificação da proteinúria
através do rácio creatinina:albumina
[albumina]u Rácio
creatinina:albumina
Excreção de
albumina em 24h
Normal <20 <2,5 (H)
<3,5 (M)
<30
Microalbuminúria 20-200 >2,5 (H)
>3,5 (M)
30-300
Proteinúria >200 >30 >300
Microalbuminúria:
-Taxa de excreção de albumina de 30-300mg/24h
ou
- Rácio de albumina: creatinina >2,5 (H) e >3,5 (M)
Métodoscomplementaresdediagnóstico
(cont.)
 Avaliação aprofundada (do domínio do
especialista)
 Lesões cerebrais, cardíacas, renais ou vasculares
(mandarório perante HTA complicada)
 Causas de HTA 2ªria quando sugeridas pela
história, exames objectivo ou análises de rotina
 Medição da
renina, aldosterona, corticosteróides, catecolaminas no
plasma/ urina; arteriografias; eco renal ou suprarrenal;
ToC; RM
SEGUIMENTO TERAPÊUTICO
O quê? Quando?
Objectivos
Alterar regime
terapêutico de
acordo com as
variações da PA e do
aparecimento de
efeitos adversos
Assim que se obtém
a PA-alvo, a
frequência pode
reduzir-se
consideralvemente
(não deve ser
excessivamente
prolongada, com o risco de
interferir com a relação
médico-doente e com a
adesão à terapêutica)
Controlar factores
de risco e lesão de
órgão-alvo
SeguimentoTerapêutico (cont.1)
Baixo risco ou
HTA grau 1
6 em 6
meses
Risco elevado
Mais
frequentes
Tratamento
não-
farmacológico
Mais
frequentes
- Tratamento “para toda a vida”
-Eco cardíaca e eco carotídea não precisam de ser repetidas < 1A
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Diagnóstico e tratamento em função do risco cardiovascular
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Factoresde risco
Pressão de pulso
• Nos idosos, pressão de pulso
prognóstico
Idade
• Homens > 55 anos;
• Mulheres > 65 anos Tabagismo
Dislipidémia
• Col T> 190mg/dL;
• LDL > 115mg/dL;
• C-HDL: Homens <
40mg/dL, Mulheres <
46mg/dL;
• Triglicéridos > 150mg/dL
↑ Glicose em jejum
• 102-105mg/dL
Intolerância à glicose
Obesidade Abdominal
• Homens > 102 cm;
• Mulheres > 88cm
História familiar
• H<55A
• M<65A
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Síndrome Metabólico
Cumprir
3
critérios
Obesidade
abdominal
• H>102,
M>88cm
Glicose em
jejum
• 102-125mg/dL
TA
• >
130/85mmHg
C-HDL
• H<40;
M<46mg/dL
TG
• >150mg/dL
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Lesãodeórgão-alvo
Hipertrofia ventricular esquerda
• ECG ou eco
Aterosclerose Carotídea
• Espessamento da parede carotídea
• Sinais de placa ateromatosa
Velocidade de onda de pulso femoral
• > 12m/s
Índice femoro-braquial
• < 0,9
Alterações renais
• TFG <60 mL/min/1,73m2
• Cl Creat < 60 ml/min
• Aumento ligeiro da creatinina plasmática: H: 1,3-1,5 M: 1,2-1,4 mg/dL
• Relação albumina/ creatinina: H >22; M>31 mg/g de creatinina
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
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>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Diabetes mellitus
Glicémia em
jejum
• > 126mg/dL
Glicémia pós-
carga
• > 198mg/dL
Hb A1c
• > 6,5%
ou ou
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
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>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Doençacardiovascularou renal estabelecida
Doença
cerebrovascular
• AVC isquémico
• Hemorragia cerebral
• AIT
Doença cardíaca
• EAM
• Angina
• Revascularização
coronária
• IC
Doença renal
• Nefropatia diabética
• Creatinina sérica
• Proteinúria
Doença arterial
periférica
Retinopatia
avançada
• Hemorragias ou
exsudados
• Edema papilar
ABORDAGEM CLÍNICA
Quando? Até onde? Factores de risco associados?
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Sem intervenção
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Alterações no estilo de vida
Alterações noestilodevida
Objectivos
Reduzir TA
Controlar
factores de
risco
Reduzir
número ou
doses de
fármacos
Alterações noestilodevida (cont.)
Abandono do
tabagismo
Redução e
estabilização do
peso
(5-20mmHg/ 10kg)
Exercício físico
(4-9mmHg)
Redução da
ingestão excessiva
de álcool
(2-4mmHg)
Redução do
consumo de sal
(2-8mmHg)
Dieta ADDH - Sódio, Potássio
(8-14mmHg)
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Alteração do estilo de vida por várias semanas,
Se não houver sucesso, terapia farmacológica
(monoterapia)
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Alteração do estilo de vida
+ Terapia farmacológica
(terapia combinada)
Factores de
Risco
TA Normal
120-129 ou
80-84
TA Normal alta
130-139 ou
85-89
HTA Grau 1
140-159 ou
90-99
HTA Grau 2
160-179 ou
100-109
HTA Grau 3
> 180 ou
> 110
Sem
1- 2
>3, síndrome
metabólico,
lesão de órgão-
alvo ou DM
Doença
cardiovascular
ou renal
Risco comum Risco baixo
Risco
moderado
Risco elevado
Risco muito
elevado
Alteração do estilo de vida
+ Terapia farmacológica IMEDIATA
ObjectivosTerapêuticos
Reduzir, a
longo
prazo, o
RCV
ObjectivosTerapêuticos (cont.)
TA-alvo
• < 140/90mmHg
TA-alvo nos doentes
de risco/ alto risco
• < 130/85mmHg
Qual o fármaco?
 Os principais benefícios devem-se à reduzção da
TA per se
 Prestar atenção aos efeitos adversos, uma vez que
estes são a principal causa de baixa adesão à
terapêutica
 O efeito deve persistir por 24h e deve ser verificado
por medições da PA em ambulatório
 Nos hipertensos sem complicações e nos idosos,
deve ser iniciada de forma gradual
Qual o fármaco?
Monoterapia
inicial
Diuréticos
tiazídicos
Antagonistas
dos canais de
cálcio (BCC)
Inibidores da
ECA (iECA)
Antagonistas
dos
receptores da
angiotensina
(ARA2)
Bloqueadores
adrenérgicos
beta ( bloq)
Dose-padrão
< PAS 4-10mmHg
< PAD 2-4mmHg
Qual o fármaco?
 Lesão de órgão subclínica
HVE iECA, BCC, ARA2
Aterosclerose assintomática BCC, iECA
Microalbuminúria, Disfunção renal iECA, ARA2
Qual o fármaco?
 Eventos clínicos
AVC Qualquer agente
EAM bloq, iECA, ARA2
Angina de peito bloq, BCC
Insuf Cardíaca Diuréticos, bloq, iECA, ARA2, epleronona
Fibrilhação auricular
- Recorrente
- Permanente
ARA2, iECA
bloq, BCC (verapamil, diltiazem)
IRC/ proteinúria iECA, ARA2, furosemida
DAP BCC
Qual o fármaco?
 Condições clínicas
Hipertensão sistólica isolada (idoso) Diuréticos, BCC
Síndrome metabólico iECA, ARA2, BCC
DM iECA, ARA2
Afro-descendentes Diuréticos, BCC
Monoterapia
 PA-alvo alcançada num
pequeno nº de doentes
 Doentes com elevação
ligeira da PA e com
RCV baixo
 HTA grau 2 ou 3
 RCV alto ou muito alto
 Combinações fixas
Terapêutica Farmacológica
Terapia combinada
Escolher
entre
Agente único,
baixa dose
Combinação de dois fármacos,
em baixa dose
•Elevação ligeira da PA
•Risco CV baixo/ moderado
•PA-alvo < 140/90
•HTA significativa
•Risco CV alto/ muito alto
•PA-alvo < 130/85
Fármaco anterior,
em dose máxima
Combinação anterior,
em dose máxima
Mudar fármaco,
em dose baixa
Adicionar 3º fármaco,
em dose baixa
Caso o objectivo da PA-alvo não seja atingido
Fármaco anterior,
em dose máxima
Combinação de
2 ou 3 fármacos,
em dose máxima
Combinação de
2 ou 3 fármacos,
em dose máxima
Caso o objectivo da PA-alvo não seja atingido
Trataroutros factoresde risco
 Agente lipolipemiantes
 Todos os doentes com DM ou DCV declarada, doentes com risco
cardiovascular elevado
 Estatinas
 Col-T <175; Col-LDL <100 mg/dL
 Terapêutica anti-plaquetária
 Doentes com eventos cardiovasculares prévios, desde que não
apresentem risco hemorrágico; deve ser considerada nos doentes
com idade superior a 50A, com risco CV elevado ou com elevação
da Creat sérica
 AAS em baixa-dose, depois de se obter o controlo da PA
 Controlo glicémico
 Glicémia em jejum < 108mg/dl
 HbA1c < 6,5%
HIPERTENSÃO RESISTENTE
O quê? Como?
Hipertensão Resistente
Definição
• > 140/90mmHg,
• medicado com pelo
menos 3 fármacos,
um dos quais um
diurético
• em doses adequadas
Causas
• Baixa adesão à
terapêutica
• Incapacidade de
alterar o estilo de vida
• Ingestão continuada
de substâncias
hipertensoras
• Apneia obstrutiva do
sono
• Causa secundárias
insuspeita
• Lesão irreversível de
órgão
• Sobrecarga de volume
Tratamento
• Investigação das
causas
• Incluir antagonista da
aldosterona
ADESÃO À TERAPÊUTICA
Como?
Aumentara Adesãoà Terapêutica
Informar o doente do
risco da HTA e dos
benefícios de um
tratamento eficaz
Fornecer instruções
claras
Adaptar o regime
terapêutico
Simplificar o
tratamento
Envolver o
companheiro/ família
Fazer uso da auto-
medição da TA em
casa
Prestar atenção aos
efeitos adversos e estar
preparado para alterar
o fármaco/ dosagens
Calendarizar consultas
de seguimento
Normas de Orientação Clínica – 2007 - ESC
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Lénise M. S. Parreira
Dr. Francisco Casaúbon
Enf. Paula (…)
USL V
Medicina Geral e Familiar
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Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar

  • 1. Normas de Orientação Clínica da ESC HIPERTENSÃO ARTERIAL Lénise M. S. Parreira Dr. Francisco Casaúbon Enf. Paula Medicina Geral e Familiar 6ºAno
  • 2. Índice  Epidemiologia  Hipertensão Arterial  Medição  História Clínica  Exame Objectivo  Métodos Complementares de Diagnóstico  Seguimento Terapêutico  Estratificação de Risco  Factores de risco  Síndrome metabólico  Lesão de órgão-alvo  Diabetes mellitus  Doença renal ou cardiovascular  Abordagem Clínica  Hipertensão Resistente  Adesão à Terapêutica
  • 3. Ezzati et al. WHO 2000 Report. Lancet. 2002;360:1347-1360. Attributable Mortality (In millions) High mortality, developing region Lower mortality, developing region Developed region 0 87654321
  • 4. Quanto mais elevada a PAS ou PAD, maior o risco independente de insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e insuficiência renal crónica 2/3 dos AVCs e 1/2 das doenças cardíacas isquémicas são atribuíveis a um mau controlo da TA Lawes CM et al. J Hypertens. 2006;24:423-430 2007 ESC/ESH Guidelines for the management of Arterial Hypertension. J Hypertens. 2007;25:1105-1187. Sempre que se reduz a PAS de 10mmHg, a incidência de AVCs e de SCAs é significativamente reduzida
  • 5. Before Intervention After Intervention Reduction in BP Reduction in SBP mmHg 2 3 5 % Reduction in Mortality Stroke CHD Total –6 –4 –3 –8 –5 –4 –14 –9 –7 JNC 7 report, Hypertension. 2003; 42: 1206-1252. Benefícios da Terapêutica anti-HTA
  • 6. Hipertensãodiagnosticada, medicadaecontrolada EUA 1976 - 2000 JNC-VII. Hypertension. 2003;42:1206–1252
  • 7.
  • 9. Definiçãoeclassificação TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 TA óptima <120 e <80 TA ambulatório <130 e <85
  • 11. Medição  Sentar o doente durante alguns min numa sala tranquila  Efectuar pelo menos 2 medições intervaladas de 1-2min  Colocar a braçadeira ao nível do coração  1ª consulta – medir TA em ambos os braços (ref = + elevado)  Idosos, DM – medir 1 a 5 min depois de assumir posição ortostática  Frequência cardíaca por palpação de pulso durante 30s
  • 12. Medição  Em casa  Grande valor preditivo  Avaliar efeito terapêutico entre tomas  Melhorar aderência à terapêutica  Desencorajar  Se provoca ansiedade  Se induz alterações da auto-medicação  Em casa <130/85 mmHg
  • 13. Caderno de valores em casa Dia Hora PAS/ PAD FC
  • 15. História Clínica 1. Duração e nível prévio da HTA 2. Indicadores de HTA 2ªria  Rins poliquísticos  História familiar de dça renal  Dça parênquima renal  Dça renal, ITU, hematúria, abuso de analgésicos  Ingestão de substâncias:  ACO, gotas nasais, cocaína, anfetamina, esteróides, AINEs, eritropeietina, ciclospori na  Feocromocitoma  Episódios de sudorese, cefaleias, ansiedade, palpitações  Aldosteronismo  Episódios de fraqueza muscular ou tetanismo 10%
  • 16. História Clínica (cont.) 3. Factores de risco  História pessoal e familiar de  HTA ou DCV  Dislipidémia  DM  Hábitos tabágicos  Hábitos alimentares  Obesidade/ Exercício físico  Ressonar/ Apneia do sono  Personalidade
  • 17. História Clínica (cont. 2) 4. Sintomas de lesão dos órgãos-alvo  Neurológico:  cefaleia, vertigens, alterações visuais, AIT, défice sensitivo ou motor  Cardíaco:  palpitações, dor pré-cordial, dispneia, edema maleolar  Renal:  polidipsia, poliúria, noctúria, hematúria  Arterial periférico:  extremidades frias, claudicação intermitente
  • 18. História Clínica (cont. 3) 5. Terapêutica anti-HTA prévia  Príncipios activos  Eficácia  Efeitos adversos 6. Factores pessoais, familiares e ambientais
  • 19. EXAME OBJECTIVO Hipertensão secundária? Lesão de órgãos? Obesidade visceral?
  • 20. Exameobjectivo 1. Sinais de HTA 2ªria 2. Sinais de lesão de órgão-alvo 3. Evidências de obesidade visceral
  • 21. MÉTODOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Factores de risco? Causas secundárias? Lesão de órgão?
  • 22. Métodoscomplementaresdediagnóstico  Exames de rotina  Glicose plasmática em jejum  Perfil lipídico - Colesterol sérico total, Colesterol- HDL, Colesterol- LDL, Triglicéridos séricos em jejum  Potássio sérico  Ácido úrico sérico  Creatinina sérica  Estimativa da Cl Creat ou da TFG  Hb e Hct  Análise de urina – fita reactiva e exame miscroscópico  ECG
  • 23. A função renal pode ser avaliada pela Taxa de Filtração Glomerular miacreatininé pesoidade TFG 72 140 85,0(se , )
  • 24. Métodoscomplementaresdediagnóstico  Exames de vigilância  Glicose plasmática em jejum  Perfil lipídico - Colesterol sérico total, Colesterol- HDL, Colesterol- LDL, Triglicéridos séricos em jejum  Potássio sérico  Ácido úrico sérico  Creatinina sérica  Estimativa da Cl Creat ou da TFG  Hb e Hct  Análise de urina – fita reactiva e exame miscroscópico  ECG
  • 25. No doente hipertenso, a proteinúria seria avaliada pela equipa de enfermagem no momento de preparação de consulta
  • 26. Métodoscomplementaresdediagnóstico (cont.)  Exames recomendados  Ecocardiografia  Estudo ecográfico das carótidas  Quantificação da proteinúria (se fita reactiva positva)  Indíce de PA tornozelo-braço  Fundoscopia  Teste de tolerância à glicose (se gli jejum > 100mg/dL)  Monitorização da PA em casa e em ambulatório – 24h  Medição da velocidade de onda de pulso
  • 27. Quantificação da proteinúria através do rácio creatinina:albumina [albumina]u Rácio creatinina:albumina Excreção de albumina em 24h Normal <20 <2,5 (H) <3,5 (M) <30 Microalbuminúria 20-200 >2,5 (H) >3,5 (M) 30-300 Proteinúria >200 >30 >300 Microalbuminúria: -Taxa de excreção de albumina de 30-300mg/24h ou - Rácio de albumina: creatinina >2,5 (H) e >3,5 (M)
  • 28. Métodoscomplementaresdediagnóstico (cont.)  Avaliação aprofundada (do domínio do especialista)  Lesões cerebrais, cardíacas, renais ou vasculares (mandarório perante HTA complicada)  Causas de HTA 2ªria quando sugeridas pela história, exames objectivo ou análises de rotina  Medição da renina, aldosterona, corticosteróides, catecolaminas no plasma/ urina; arteriografias; eco renal ou suprarrenal; ToC; RM
  • 30. Objectivos Alterar regime terapêutico de acordo com as variações da PA e do aparecimento de efeitos adversos Assim que se obtém a PA-alvo, a frequência pode reduzir-se consideralvemente (não deve ser excessivamente prolongada, com o risco de interferir com a relação médico-doente e com a adesão à terapêutica) Controlar factores de risco e lesão de órgão-alvo
  • 31. SeguimentoTerapêutico (cont.1) Baixo risco ou HTA grau 1 6 em 6 meses Risco elevado Mais frequentes Tratamento não- farmacológico Mais frequentes - Tratamento “para toda a vida” -Eco cardíaca e eco carotídea não precisam de ser repetidas < 1A
  • 32. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Diagnóstico e tratamento em função do risco cardiovascular
  • 33. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 34. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 35. Factoresde risco Pressão de pulso • Nos idosos, pressão de pulso prognóstico Idade • Homens > 55 anos; • Mulheres > 65 anos Tabagismo Dislipidémia • Col T> 190mg/dL; • LDL > 115mg/dL; • C-HDL: Homens < 40mg/dL, Mulheres < 46mg/dL; • Triglicéridos > 150mg/dL ↑ Glicose em jejum • 102-105mg/dL Intolerância à glicose Obesidade Abdominal • Homens > 102 cm; • Mulheres > 88cm História familiar • H<55A • M<65A
  • 36. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 37. Síndrome Metabólico Cumprir 3 critérios Obesidade abdominal • H>102, M>88cm Glicose em jejum • 102-125mg/dL TA • > 130/85mmHg C-HDL • H<40; M<46mg/dL TG • >150mg/dL
  • 38. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 39. Lesãodeórgão-alvo Hipertrofia ventricular esquerda • ECG ou eco Aterosclerose Carotídea • Espessamento da parede carotídea • Sinais de placa ateromatosa Velocidade de onda de pulso femoral • > 12m/s Índice femoro-braquial • < 0,9 Alterações renais • TFG <60 mL/min/1,73m2 • Cl Creat < 60 ml/min • Aumento ligeiro da creatinina plasmática: H: 1,3-1,5 M: 1,2-1,4 mg/dL • Relação albumina/ creatinina: H >22; M>31 mg/g de creatinina
  • 40. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 41. Diabetes mellitus Glicémia em jejum • > 126mg/dL Glicémia pós- carga • > 198mg/dL Hb A1c • > 6,5% ou ou
  • 42. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado
  • 43. Doençacardiovascularou renal estabelecida Doença cerebrovascular • AVC isquémico • Hemorragia cerebral • AIT Doença cardíaca • EAM • Angina • Revascularização coronária • IC Doença renal • Nefropatia diabética • Creatinina sérica • Proteinúria Doença arterial periférica Retinopatia avançada • Hemorragias ou exsudados • Edema papilar
  • 44. ABORDAGEM CLÍNICA Quando? Até onde? Factores de risco associados?
  • 45. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado Sem intervenção
  • 46. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado Alterações no estilo de vida
  • 47. Alterações noestilodevida Objectivos Reduzir TA Controlar factores de risco Reduzir número ou doses de fármacos
  • 48. Alterações noestilodevida (cont.) Abandono do tabagismo Redução e estabilização do peso (5-20mmHg/ 10kg) Exercício físico (4-9mmHg) Redução da ingestão excessiva de álcool (2-4mmHg) Redução do consumo de sal (2-8mmHg)
  • 49. Dieta ADDH - Sódio, Potássio (8-14mmHg)
  • 50. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado Alteração do estilo de vida por várias semanas, Se não houver sucesso, terapia farmacológica (monoterapia)
  • 51. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado Alteração do estilo de vida + Terapia farmacológica (terapia combinada)
  • 52. Factores de Risco TA Normal 120-129 ou 80-84 TA Normal alta 130-139 ou 85-89 HTA Grau 1 140-159 ou 90-99 HTA Grau 2 160-179 ou 100-109 HTA Grau 3 > 180 ou > 110 Sem 1- 2 >3, síndrome metabólico, lesão de órgão- alvo ou DM Doença cardiovascular ou renal Risco comum Risco baixo Risco moderado Risco elevado Risco muito elevado Alteração do estilo de vida + Terapia farmacológica IMEDIATA
  • 54. ObjectivosTerapêuticos (cont.) TA-alvo • < 140/90mmHg TA-alvo nos doentes de risco/ alto risco • < 130/85mmHg
  • 55. Qual o fármaco?  Os principais benefícios devem-se à reduzção da TA per se  Prestar atenção aos efeitos adversos, uma vez que estes são a principal causa de baixa adesão à terapêutica  O efeito deve persistir por 24h e deve ser verificado por medições da PA em ambulatório  Nos hipertensos sem complicações e nos idosos, deve ser iniciada de forma gradual
  • 56. Qual o fármaco? Monoterapia inicial Diuréticos tiazídicos Antagonistas dos canais de cálcio (BCC) Inibidores da ECA (iECA) Antagonistas dos receptores da angiotensina (ARA2) Bloqueadores adrenérgicos beta ( bloq) Dose-padrão < PAS 4-10mmHg < PAD 2-4mmHg
  • 57. Qual o fármaco?  Lesão de órgão subclínica HVE iECA, BCC, ARA2 Aterosclerose assintomática BCC, iECA Microalbuminúria, Disfunção renal iECA, ARA2
  • 58. Qual o fármaco?  Eventos clínicos AVC Qualquer agente EAM bloq, iECA, ARA2 Angina de peito bloq, BCC Insuf Cardíaca Diuréticos, bloq, iECA, ARA2, epleronona Fibrilhação auricular - Recorrente - Permanente ARA2, iECA bloq, BCC (verapamil, diltiazem) IRC/ proteinúria iECA, ARA2, furosemida DAP BCC
  • 59. Qual o fármaco?  Condições clínicas Hipertensão sistólica isolada (idoso) Diuréticos, BCC Síndrome metabólico iECA, ARA2, BCC DM iECA, ARA2 Afro-descendentes Diuréticos, BCC
  • 60. Monoterapia  PA-alvo alcançada num pequeno nº de doentes  Doentes com elevação ligeira da PA e com RCV baixo  HTA grau 2 ou 3  RCV alto ou muito alto  Combinações fixas Terapêutica Farmacológica Terapia combinada
  • 61.
  • 62. Escolher entre Agente único, baixa dose Combinação de dois fármacos, em baixa dose •Elevação ligeira da PA •Risco CV baixo/ moderado •PA-alvo < 140/90 •HTA significativa •Risco CV alto/ muito alto •PA-alvo < 130/85 Fármaco anterior, em dose máxima Combinação anterior, em dose máxima Mudar fármaco, em dose baixa Adicionar 3º fármaco, em dose baixa Caso o objectivo da PA-alvo não seja atingido Fármaco anterior, em dose máxima Combinação de 2 ou 3 fármacos, em dose máxima Combinação de 2 ou 3 fármacos, em dose máxima Caso o objectivo da PA-alvo não seja atingido
  • 63. Trataroutros factoresde risco  Agente lipolipemiantes  Todos os doentes com DM ou DCV declarada, doentes com risco cardiovascular elevado  Estatinas  Col-T <175; Col-LDL <100 mg/dL  Terapêutica anti-plaquetária  Doentes com eventos cardiovasculares prévios, desde que não apresentem risco hemorrágico; deve ser considerada nos doentes com idade superior a 50A, com risco CV elevado ou com elevação da Creat sérica  AAS em baixa-dose, depois de se obter o controlo da PA  Controlo glicémico  Glicémia em jejum < 108mg/dl  HbA1c < 6,5%
  • 65. Hipertensão Resistente Definição • > 140/90mmHg, • medicado com pelo menos 3 fármacos, um dos quais um diurético • em doses adequadas Causas • Baixa adesão à terapêutica • Incapacidade de alterar o estilo de vida • Ingestão continuada de substâncias hipertensoras • Apneia obstrutiva do sono • Causa secundárias insuspeita • Lesão irreversível de órgão • Sobrecarga de volume Tratamento • Investigação das causas • Incluir antagonista da aldosterona
  • 67. Aumentara Adesãoà Terapêutica Informar o doente do risco da HTA e dos benefícios de um tratamento eficaz Fornecer instruções claras Adaptar o regime terapêutico Simplificar o tratamento Envolver o companheiro/ família Fazer uso da auto- medição da TA em casa Prestar atenção aos efeitos adversos e estar preparado para alterar o fármaco/ dosagens Calendarizar consultas de seguimento
  • 68. Normas de Orientação Clínica – 2007 - ESC HIPERTENSÃO ARTERIAL Lénise M. S. Parreira Dr. Francisco Casaúbon Enf. Paula (…) USL V Medicina Geral e Familiar 6ºAno