Este documento fornece um resumo sobre esteatose hepática não alcoólica (EHNA) e esteatohepatite não alcoólica (EHNNA):
1) A EHNA é uma condição comum causada principalmente por obesidade e diabetes que causa acúmulo de gordura no fígado, enquanto a EHNNA apresenta também inflamação hepática;
2) O diagnóstico é feito através de exames de imagem e biópsia hepática e o tratamento envolve mudanças no estilo de vida foc
3. NAFLD: Nonalcoholic Fatty Liver Disease
DHGNA: Doença Hepática Gordurosa Não alcoólica
Conceitos e diferenças
Esteatose hepática por imagem ou histopatologia
Consumo de alcool < 30g/d (homens) <20g/d (mulheres)
Excluidas causas secundárias de esteatose hepática
Histopatologia hepática
NASH: Nonalcoholic Steatohepatitis
ESTEATOHEPATITE NÃO
ALCOÓLICA
NAFL: Nonalcoholic Fatty Liver
Esteatose Hepática Não Alcoólica
Cirrose
4. ESTEATOSE
HEPÁTICA
SECUNDÁRIA
ESTEATOSE
HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA
SEM CAUSA
EXTRÍNSECA
NAFLD/DHGNA
SíNDROME
METABÓLICA
NASH/EHNA
NAFL
Macrovesicular steatosis!
- Excessive alcohol consumption!
- Hepatitis C (genotype 3)!
- Wilson s disease!
- Lipodystrophy!
- Starvation!
- Parenteral nutrition!
- Abetalipoproteinemia!
- Medications (e.g., amiodarone,
methotrexate, tamoxifen, corticosteroids)!
Microvesicular steatosis!
- Reye s syndrome!
- Medications (valproate, anti-retroviral
medicines)!
- Acute fatty liver of pregnancy!
- HELLP syndrome!
- Inborn errors of metabolism (e.g., LCAT
deficiency, cholesterol ester storage!
disease, Wolman disease)!
Conditions with established
association!
Obesity !
Type 2 diabetes mellitus!
Dyslipidemia !
Conditions with emerging association!
Obstructive Sleep apnea!
Polycystic ovary syndrome!
Hypopituitarism!
Hypogonadism Hypothyroidism!
Pancreato-duodenal resection!
5. Incidência e Prevalência
HEPATOLOGY. 2005;41(1):64-71
Ann Intern Med 2005;143(10):722-8 Clin Med. 2007;7(2):119-24
Gastroenterology 2011;140:124-131
7. • 80% de Diabéticos Tipo 2 e 90% dos obesos mórbidos têm
DGHNA/NAFLD por imagem
• Hispânicos e brancos > afro-americanos
• Dislipidêmicos = DGHNA/NAFLD = 50% destes
• Índios asiáticos têm maior risco de esteatose hepática
NAFLD/DHGNA em populações específicas
HEPATOLOGY, Vol. 55, No. 6, 2012!
Clin Liver Dis 16 (2012) 505–524
9. Diagnóstico Clínico-laboratorial hepático
• Achado incidental de esteatose hepática ou rastreio de esteatose hepática
em pacientes de risco
• Maioria assintomáticos
• Elevação de enzimas hepáticas (AST/ALT > FA/GGT)
• Alteração funcional hepática pode ocorrer (TAP/Albumina/Fibrinogenio/Fator V/BR)
10. Síndrome Metabólica
Critérios brasileiros
(Adult Treatment Panel III, 2005)
Presentes três dos cinco critérios abaixo:
• Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88
cm na mulher e 102 cm no homem;
• Hipertensão Arterial - PA>130 x85 mmHg;
• Glicemia >100 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
• Triglicerídeos >150 mg/dl;
• HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em
mulheres
11. Diagnóstico NASH
laboratorial sistêmico
• Diagnóstico de resistência à Insulina -
Glicemia de jejum -
Insulinemia de jejum -
Insulina HOMA IR (Glc
jejum mg/dlx Insulinemia jejum uU/ml405)
- TOTG -
TTG IV MinMod
- Clamp euglicêmico hiperinsulinêmico
• Colesterol total e frações /Triglicerídeos
• Perfil de ferro
12. CLASSIFICAÇÃO ECOGRÁFICA
DE ESTEATOSE HEPATICA
( Saadeh et al, 2002) - NAS NAFLD Score
Grau 1 (Leve): Aumento difuso da ecogenicidade hepática com visualização
normal dos vasos intra-hepáticos e do diafragma.
Grau 2 (Moderada): Borramento na visualização dos vasos intra-hepáticos e
do diafragma.
Grau 3 (Acentuada): Não se visualizam vasos intra-hepáticos, diafragma e
região posterior do fígado.
infiltração gordurosa de 5% a 33%
infiltração gordurosa de 33% a 66%
infiltração gordurosa > 66%
15. CT na esteatose hepática
Redução da atenuação do fígado em comparação com
vasos hepáticos, baço e rins VN atenuação: 50-57 UHs
atenuação <50 UHs = esteatose
Diferença de atenuação entre
fígado e baço
VN: 10UHs
Diferença > 10UHs
= esteatose
quoeficiente de
atenuação entre
fígado e baço
> 1,1 = esteatose
MODERADA Andreia Andrade Santos, Tese de Mestrado em Engenharia Biomedica, 2012
Faculdade de Ciencias e Tecnologia da Universidade de Coimbra
16. RNM de abdome na esteatose Hepática
November 2006 RadioGraphics, 26, 1637-1653.
17. 309 pacientes
NAFLD
2003-2009
University Hospital
of Pessac, Franca
Prince of Wales
Hospital, Hong Kong
FIB 4
ÍNDICE AST/ALT
246 pacientes
Bx> 15 mm
e 10 mensurações
Fibroscan
íNDICE AST/PLAQ
Fibroscan
superior para
EXCLUIR
fibrose
avançada/
Cirrose
19. NASH - histopatologia
ESTEATOSE
macro>microvesicular
Difusa ou zona 3
INFLAMAÇÃO
neutrofílica e mononuclear
Distribuição lobular
Balonização (típica zona 3)
OUTROS FATORES
Fibrose perisinusoidal e perivenular
Corpúsculos de Mallory
Necrose Focal
Lóbulo hepático
22. NASH
Tratamento
MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA: (SM/NASH)
Perda de peso após dieta hipocalórica e atividade física melhora a esteatose e, para
melhorar inflamação, perda de peso > 10%
METFORMINA: (SM)
Não reduz transaminases e não influencia significativamente a histologia
ÁCIDO URSODEOXICÓLICO
Não está indicado para tratamento de DHGNA ou NASH
ESTATINA: (SM)
Não reduz transaminases e não influencia significativamente a histologia
OMEGA 3: (SM ?)
Evidência científica reduzida, não sendo indicado para DHGNA/NASH. Pode ser
usado como droga de primeira escolha nos com esteatose e hipertrigliceridemia
23. NASH
Tratamento
PIOGLITAZONA: NASH
Estudos mostram melhora na esteatose, inflamação e transaminases .
Portanto, pode ser usada na NASH confirmada histologicamente na dose de 30-45 mg/dia.
ATENÇÃO: GANHO DE PESO E SEGURANÇA CARDIOVASCULAR
VITAMINA E: NASH
Na dose de 800UI/dia, reduz transaminases, inflamação e esteatose
nos pacientes com NASH, mas não tem efeito na fibrose hepática .
Portanto, pode ser usada na NASH confirmada histologicamente
em adultos não diabéticos
ATENÇÃO: ESTUDOS SUGEREM POSSÍVELAUMENTO DA MORTALIDADE
E DO RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA EM HOMENS COM O
USO DE VITAMINA E EM ALTAS DOSES.