SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Liliana Mendes
Doutora em Gastroenterologia HC-FMUSP (SP)
Supervisora do PRM de Hepatologia do HBDF – (Brasília – DF)
O Papel da microbiota na DHGNA
22/04/2020 Liliana Mendes
Sem conflitos de interesse na
apresentação desta palestra
Declaração de conflito de interesse em relação
a hepatite C
Resolução RDC 96/2008 da ANVISA
Microbiota intestinal
• 10-100 trilhões de micróbios  bacterias (95%), archea, virus e fungos…
Phylum Família Gênero
Bacteroidetes Bacteroidaceae Bacteroides
Porphyromonadaceae Parabacteroides
Prevotellaceae Prevotella
Firmicutes Clostridiales
Lachnospiraceae
Ruminoccocaceae
Lactobacillus
Blautiae
Ruminoccocus
Proteobacteria
Actinobactérias
Enterobacteriaceae
Bifidobacteriacea
Bifidobacteriacea
Bifidobacterium
Woese et cols, 1990
Machado & Cortez-Pinto, 2016
Disbiose  Mudanças na diversidade bacteriana com redução
da quantidade de bactérias “benéficas” e aumento
das bactérias “patogênicas”
22/04/2020 Liliana Mendes
Microbioma
Ley et al, Nature 2006;
Abu-Shanab, Nat Rev Gastr Hepatol 2010
É o genoma coletivo da microbiota
Intestinal  100 x mais genes que o
genoma humano
• Crucial para a homeostase, nutrição
e regulação imune
• Parece haver em cada individuo uma
microbiota particular
Bacterioidetes e Firmicutes
Machado M & Cortez-Pinto, Int J Mol Sci, 2016
Moraes et al, Arq Bras Endocrinol Metab. 2014
Menos especies e menos estabilidade
Redução de
Bacteroides,
Bifidobacteria
crescimento de
Fusobacteria,
Clostridia,
Eubacteria, e
maior atividade
proteolítica
22/04/2020 Liliana Mendes
Identificação da microbiota
Software análise
filogenética
Wieland e cols, 2015
22/04/2020 Liliana Mendes
Variações na Microbiota
Ottman et al , 2012
22/04/2020
Liliana Mendes
Perguntas que necessitam de rápidas respostas…
MICROBIOTA E OBESIDADE
22/04/2020 Liliana Mendes
Rato sem germes Rato com germes
Ganho de peso
Maiores niveis de leptina
Mais resistência à insulina
Mais esteatose hepática
Ganho de peso
Mais resistência à insulina
2004
2007
Mais magro
Resistente à dieta ocidental
rica em gordura
Tx microbiota
Backhed F et al, Proc Natl Acad Sci, 2004
Backhed, F et al, Proc. Natl. Acad. Sci. 2007
22/04/2020 Liliana Mendes
Estudos em ANIMAIS
Tx microbiota
rato obeso por dieta
ou genetica
Turnbaugh, P.J et al, Nature 2006 Turnbaugh, P.J.et al, Sci. Transl 2009 Vrieze, A. et , Gastroenterology 2012
Tx de microbiota de
Homens magros
Tx de microbiota
AUTÓLOGO
Estudos em HUMANOS
MELHORARAM
DA RESISTÊNCIA À
INSULINA
HOMENS
COM SM
Existe microbiota específica
Relacionada à obesidade ?
=> obesidade e
resistência à
insulina
no rato sem
microbiota
22/04/2020 Liliana Mendes
Qual a microbiota associada à obesidade ?
• Ratos Obesos (genetica ou dieta):
Bacterioidetes
Firmicutes (particularmente da classe Millicutes)
Archea = favorece a fermentação bacteriana
• Em humanos = menos diversidade da
microbiota nos obesos
22/04/2020 Liliana Mendes
22/04/2020 Liliana Mendes
22/04/2020 Liliana Mendes
Casuística
23 indivíduos
13 EHNA 10 sem DHGNA (Controles)
5 Obesos5 Magros4 Magros
5 Sobrepesos
4 Obesos
magros com EHNA
 menor quantidade do gênero
Ruminococcus (Firmicutes) do
que pacientes com sobrepeso
e EHNA
 menor quantidade de
Lactobacillus (Firmicutes) do
que obesos com EHNA
obesos com EHNA
 maior quantidade de bactérias
do gênero Lactobacillus (Firmicutes)
 Menor quantidade de bactérias
do gênero Bifidobacterium
(Actinobacterias) quando
comparados com pacientes
com sobrepeso com EHNA
e indivíduos sem DHGNA
22/04/2020
Liliana Mendes
Modulação do peso x microbiota
Fermentação de
carbohidratos não
digeridos em AG de
cadeia curta
BUTIRATO
ANTI-
OBESOGÊNICO
ACETATO –
OBESOGÊNICO
PROPIONATO
ANTI-
OBESOGÊNICO
BACTERIOIDETES
Chakraborti, C.K. World J. Gastrointest. Pathophysiol. 2015 Louis, P.& Flint, H.J. FEMS Microbiol. Lett. 2009
Abdallah Ismail, N. et al, Arch. Med. Sci. 2011
- Diminui a
permeabilidade intestinal
- Aumenta a sensibilidade
à insulina por favorecer
excreção de incretinas
GLP-1 e PIG
- Aumenta expressão do
anorexigenica leptina
FIRMICUTES
- Aumenta
expressão do
anorexigenica
leptina
- reduz sintese de
Colesterol por inibir
a acetil Co-A
sintetase e desviar
AG para
gliconeogênese
- Substrato para sintese
de colesterol e
lipogêneseno figado e
tecido adiposo
22/04/2020 Liliana Mendes
• Microbiota decresce expressão intestinal do
Fast Induced Adipose Factor (FIAF) que É INIBIDOR DA
LIPASE DE LIPOPROTEÍNA
aumenta captação de AG no tecido adiposo e figado
expansão de tecido adiposo e esteatose
FIAF x microbiota
Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;22/04/2020 Liliana Mendes
MICROBIOTA E DHGNA - EHNA
22/04/2020 Liliana Mendes
ESTUDOS EM ANIMAIS
Supercrescimento bacteriano
RATOS OBESOS
Deficientes de leptina ob ob
Resistentes à leptina db db
RATOS
MAGROS
X
- aumento da permeabilidade intestinal
- CITOCINAS INFLAMATORIAS
CIRCULANTES (TNF-Alfa, IL-6, IL-2, IL-
10) efeito proinflamatório relaciona-do
à patogênese da EHNA
- ENDOTOXEMIA PORTAL
- Firmicutes > Bacteroidetes
Shanab, A.A et al. Dig. Dis. Sci. 2011
Miele, L. et al. Hepatology 2009
Brun, P. et al. Am. J. Physiol.Gastrointest. Liver Physiol. 2007
22/04/2020 Liliana Mendes
22/04/2020 Liliana Mendes
Tx de microbiota de ratos mais velhos levou inflamação hepática e resistência à insulina
nos ratos jovens com diferença entre sexos no metabolismo
DISBIOSE E DHGNA
Machado M & Cortez-Pinto, Int J Mol Sci, 2016
22/04/2020 Liliana Mendes
Permeabilidade
Intestinal
Aumento de LPS e
Outros produtos que
alcançam o figado
Metabolismo da
Colina
Decrescimo de
Colina e
Exportação
De VLDL do figado
Metabolismo
energetico
Aumento da energia
AG livres
Alcançando o figado
Produtos
toxicos
Geração de
substância tóxicas
como etanol
Metabolismo de
Ácidos biliares
Modulação de
resposta
Do FXR
Disbiose
ACIDOS BILIARES X DHGNA
• Têm potente ação antimicrobiana
• Ratos com supercrecimento bacteriano
 decréscimo dos ac biliares tauro conjugados e
mantem niveis dos toxicos (ácido cólico)
• O ácido obeticólico é derivado sintético do ácido
quenodenoxicólico, agonista natural do receptor
nuclear farnesoide X (FXR)
22/04/2020 Liliana Mendes
Ratos com
supercr.
bacteriano
 niveis
elevados
desoxicólico
 circulação
entero-
hepática
inflamação e
tumorigenese
nas celulas
estreladas
22/04/2020 Liliana Mendes
FXR
Agonismo
Regula
Metabolismo
Lipidico Regula
Acidos
Biliares
Melhora a
Resist
insulinica
e captação
de glicose
Reduz
inflamação
e
Pressão
portal
Reverte
fibrose
e
Estimula
regeneração Reduz
esteatose
22/04/2020 Liliana Mendes
FARSENOIDE X RECEPTOR
NASH – 2018 AASLD
22/04/2020 Liliana Mendes
Colina dieta x microbiota
DHGNA/EHNA
 Deficiência em colina na dieta - esteatose hepática
através da formação de metilamina tóxica
 Alteração na composição e metabolismo dos ácidos
biliares levando a maior resposta inflamatória
 Produção de etanol e ácido acético
Swan et al Proc Natl Acad Sci USA2011; Sayin et al Cell Metab 2013
22/04/2020 Liliana Mendes
• 9 estudos – 4 animais e 5 humanos
 Estudo seccional ( n=63 crianças)
22 EHNA 25 obesas 16 controles
Zhu e cols(Hepatology, 2013)
Aumento de Actinobacteria,
Bacteroidetes e Proteobacteria
Firmicutes diminuídos
Elevação de níveis de álcool em EHNA vs obesos e controles
22/04/2020 Liliana Mendes
• Mouzaki e cols (Hepatology 2013)
• Seccional (n=50 adultos)
• Todos biopsiados :
11 Esteatose X 22 EHNA X 17 controles
22/04/2020 Liliana Mendes
Bacteroidetes
diminuídas na EHNA
vs
controles e esteatose
22/04/2020 Liliana Mendes
16 EHNA 22 controles sem BH
Wong e cols (Plos One2013)
Longitudinal (n=38)
probióticos por 6 meses vs controle
Baseline
Sem diferença de Bacteroidetes
6m no grupo com EHNA:
redução da gordura hepática (RM): Aumento de
Bacteroidetes e diminuição de Firmicutes
Microbiota vs EHNA e Fibrose
*Análise multivariada ajustada para fatores metabólicos
Demonstrou pela primeira vez a associação entre disbiose
e fenótipos da DHGNA em humanos (EHNA e Fibrose)
Boursier et al; Hepatology 2016
22/04/2020 Liliana Mendes
57 DHGNA - BH
coleta de fezes no
dia da BH
Bacteroides foi
associado de forma
independente com
EHNA*
PHYLUM
BACTERIODETES
EHNA- Fibrose
significativa- Maior
abundância de
Ruminococcus*
PHYLUM
FIRMICUTES
Bacteroides vs EHNA
 Abundância de Bacteroides:
Correlação positiva: nível de ácido deoxicólico fecal
Racional: Elevados níveis de ácido deoxicolico
 indução de apoptose (observados em modelos
animais de NASH)
 Frutose – também relacionada à inflamação hepática e
fibrose na DHGNA
Boursier J; Hepatology 2016
22/04/2020 Liliana Mendes
Ruminococcus (PHYLUM FIRMICUTES)
vs Fibrose
 Ruminococcus: fermentam carbohidratos complexos
(cellulose, pectina, resistant starch) e são produtores
de propionato e acetato (com aumento da lipogênese)
 São hetereogêneos – espécies benéficas
e outras pró-inflamatórias
 Produzem álcool
Boursier J; Hepatology 2016
22/04/2020 Liliana Mendes
22/04/2020 Liliana Mendes
Bibbò, S. et al, Mediators of Inflammation, 2018
Phylum Família Gênero
Bacteroidetes Bacteroidaceae Bacteroides
Porphyromonadaceae Parabacteroides
Prevotellaceae Prevotella
Firmicutes Clostridiales
Lachnospiraceae
Ruminoccocaceae
Lactobacillus
Blautiae
Ruminoccocus
Proteobacteria
Actinobactérias
Enterobacteriaceae
Bifidobacteriacea
Bifidobacteriacea
Bifidobacterium
Microbiota em DHGNA
Conclusões
 A disbiose se associa a EHNA e fibrose
 O papel da microbiota no mecanismo fisiopatogênico da
EHNA é multifatorial
 EHNA e fibrose tem relação com phylum Bacteroidetes e
Firmicutes respectivamente
 No futuro sera possível propiciar intervenção terapêutica
baseada na microbiota que modifique o prognóstico das
formas graves da DHGNA
22/04/2020 Liliana Mendes
DOUTOR EU QUERO UM REMÉDIO PARA MEU
FÍGADO…
3 cápsulas de Formulação de microbiota ...???
Obrigada!!!
mendesliliana2@gmail.com
61 – 984013142
22/04/2020 Liliana Mendes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Universidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – ueceUniversidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – uecedayrla
 
alimentos transgenico
alimentos transgenicoalimentos transgenico
alimentos transgenicorosineidenf
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasMariana Leal
 
Organismos geneticamente modificados
Organismos geneticamente modificadosOrganismos geneticamente modificados
Organismos geneticamente modificadosanabelldiogomariana
 
Organismos transgênicos
Organismos transgênicosOrganismos transgênicos
Organismos transgênicosmaproejab
 
Ética e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosÉtica e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosKelton Silva Sena
 
Alimentos transgenicos
Alimentos transgenicosAlimentos transgenicos
Alimentos transgenicoslucero yovera
 
Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos Ana Rita
 
Caprinos x verminose
Caprinos x verminoseCaprinos x verminose
Caprinos x verminoseunipampagepa
 

Mais procurados (19)

Projectoace
ProjectoaceProjectoace
Projectoace
 
Universidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – ueceUniversidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – uece
 
Biologia aula 1
Biologia aula 1Biologia aula 1
Biologia aula 1
 
alimentos transgenico
alimentos transgenicoalimentos transgenico
alimentos transgenico
 
Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
 
Organismos geneticamente modificados
Organismos geneticamente modificadosOrganismos geneticamente modificados
Organismos geneticamente modificados
 
Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01
 
Organismos transgênicos
Organismos transgênicosOrganismos transgênicos
Organismos transgênicos
 
Ética e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosÉtica e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos Transgenicos
 
Alimentos transgenicos
Alimentos transgenicosAlimentos transgenicos
Alimentos transgenicos
 
Biotecnologia
BiotecnologiaBiotecnologia
Biotecnologia
 
Alergia alimentar tardia maria emilia gadelha serra
Alergia alimentar tardia   maria emilia gadelha serraAlergia alimentar tardia   maria emilia gadelha serra
Alergia alimentar tardia maria emilia gadelha serra
 
Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos
 
Resumo transgenicos
Resumo transgenicosResumo transgenicos
Resumo transgenicos
 
Alimentos Transgênicos
Alimentos Transgênicos Alimentos Transgênicos
Alimentos Transgênicos
 
Transgênicos
TransgênicosTransgênicos
Transgênicos
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
Caprinos x verminose
Caprinos x verminoseCaprinos x verminose
Caprinos x verminose
 

Semelhante a Microbiota e seu papel na DHGNA

Alimentos Trangenicos
Alimentos TrangenicosAlimentos Trangenicos
Alimentos TrangenicosAnna Clara
 
Probiótios, prebióticos e simbióticos.
Probiótios, prebióticos e simbióticos.Probiótios, prebióticos e simbióticos.
Probiótios, prebióticos e simbióticos.Day Borges
 
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação Probiótica
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação ProbióticaProfilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação Probiótica
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação ProbióticaFrancisco Vilaça Lopes
 
Licenciatura em ciencias biologicas
Licenciatura em ciencias biologicasLicenciatura em ciencias biologicas
Licenciatura em ciencias biologicasrosineidenf
 
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinal
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinalAs bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinal
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinalVan Der Häägen Brazil
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150MilkPoint
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150MilkPoint
 
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015Mafalda Miguel
 
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!ControledaDiabetesBr
 
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)Raphael Ribeiro
 
Universidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – ueceUniversidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – uecedayrla
 
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdf
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdfGUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdf
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdfdenisetofanello1
 

Semelhante a Microbiota e seu papel na DHGNA (19)

789 3004-2-pb
789 3004-2-pb789 3004-2-pb
789 3004-2-pb
 
Alimentos Trangenicos
Alimentos TrangenicosAlimentos Trangenicos
Alimentos Trangenicos
 
790 3008-2-pb
790 3008-2-pb790 3008-2-pb
790 3008-2-pb
 
Probiótios, prebióticos e simbióticos.
Probiótios, prebióticos e simbióticos.Probiótios, prebióticos e simbióticos.
Probiótios, prebióticos e simbióticos.
 
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação Probiótica
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação ProbióticaProfilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação Probiótica
Profilaxia das Cólicas Infantis com Suplementação Probiótica
 
Licenciatura em ciencias biologicas
Licenciatura em ciencias biologicasLicenciatura em ciencias biologicas
Licenciatura em ciencias biologicas
 
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinal
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinalAs bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinal
As bacteriotides constituem 30% do total da flora bacteriana intestinal
 
Ib ppt (1)
Ib ppt (1)Ib ppt (1)
Ib ppt (1)
 
projectoace
projectoaceprojectoace
projectoace
 
Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150
 
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015
Terap.ii carla t._helenag._mafaldam. 2015
 
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!
DIABETES E MICROBIOTA: "CULTIVAR" BACTÉRIAS PODE AJUDAR MUITO A SUA DIABETES!
 
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
 
Universidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – ueceUniversidade estadual do ceará – uece
Universidade estadual do ceará – uece
 
Joana Mura
Joana MuraJoana Mura
Joana Mura
 
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdf
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdfGUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdf
GUIA_DE_FORMULAS__DE_PROBIOTICOS__PARA_PRESCRITORES (1).pdf
 
Ib ppt (1)
Ib ppt (1)Ib ppt (1)
Ib ppt (1)
 

Mais de Liliana Mendes

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfLiliana Mendes
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaLiliana Mendes
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Liliana Mendes
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020Liliana Mendes
 
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNAdeveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNALiliana Mendes
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoLiliana Mendes
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017Liliana Mendes
 
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Liliana Mendes
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcLiliana Mendes
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESLiliana Mendes
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana Mendes
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações Liliana Mendes
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesLiliana Mendes
 

Mais de Liliana Mendes (20)

COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdfCOMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
COMPOSIÇÃO CORPORAL (2).pdf
 
Figado e covid 2022
Figado e covid 2022Figado e covid 2022
Figado e covid 2022
 
Pec cirrose hepatica
Pec cirrose hepaticaPec cirrose hepatica
Pec cirrose hepatica
 
Hepatites2021
Hepatites2021 Hepatites2021
Hepatites2021
 
M-RECIST CHC
M-RECIST CHCM-RECIST CHC
M-RECIST CHC
 
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgnaA rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
A rm como novo paradigma no acompanhamento longitudinal de portadores de dhgna
 
Cep e cbp
Cep e cbp Cep e cbp
Cep e cbp
 
Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020Aula esteatohepatite rm cm 2020
Aula esteatohepatite rm cm 2020
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
 
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNAdeveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
deveremos rastrear todo diabetico para a DHGNA
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
 
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 Gt2 e gt3 clube do figado2017 Gt2 e gt3 clube do figado2017
Gt2 e gt3 clube do figado2017
 
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
Final tratamento da osteodistrofia sbad 2017
 
Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2Aula sbad 2017 2
Aula sbad 2017 2
 
Chc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclcChc diagnostico na ch e bclc
Chc diagnostico na ch e bclc
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDESAula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
Aula lesoes vasculares hepáticas 2016_pdf- LILIANA MENDES
 
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 shareLiliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
Liliana mendes aula vhc GENOTIPO 3 share
 
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
 

Microbiota e seu papel na DHGNA

  • 1. Liliana Mendes Doutora em Gastroenterologia HC-FMUSP (SP) Supervisora do PRM de Hepatologia do HBDF – (Brasília – DF) O Papel da microbiota na DHGNA 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 2. Sem conflitos de interesse na apresentação desta palestra Declaração de conflito de interesse em relação a hepatite C Resolução RDC 96/2008 da ANVISA
  • 3. Microbiota intestinal • 10-100 trilhões de micróbios  bacterias (95%), archea, virus e fungos… Phylum Família Gênero Bacteroidetes Bacteroidaceae Bacteroides Porphyromonadaceae Parabacteroides Prevotellaceae Prevotella Firmicutes Clostridiales Lachnospiraceae Ruminoccocaceae Lactobacillus Blautiae Ruminoccocus Proteobacteria Actinobactérias Enterobacteriaceae Bifidobacteriacea Bifidobacteriacea Bifidobacterium Woese et cols, 1990 Machado & Cortez-Pinto, 2016 Disbiose  Mudanças na diversidade bacteriana com redução da quantidade de bactérias “benéficas” e aumento das bactérias “patogênicas” 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 4. Microbioma Ley et al, Nature 2006; Abu-Shanab, Nat Rev Gastr Hepatol 2010 É o genoma coletivo da microbiota Intestinal  100 x mais genes que o genoma humano • Crucial para a homeostase, nutrição e regulação imune • Parece haver em cada individuo uma microbiota particular Bacterioidetes e Firmicutes Machado M & Cortez-Pinto, Int J Mol Sci, 2016 Moraes et al, Arq Bras Endocrinol Metab. 2014 Menos especies e menos estabilidade Redução de Bacteroides, Bifidobacteria crescimento de Fusobacteria, Clostridia, Eubacteria, e maior atividade proteolítica 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 5. Identificação da microbiota Software análise filogenética Wieland e cols, 2015 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 6. Variações na Microbiota Ottman et al , 2012 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 7. Perguntas que necessitam de rápidas respostas…
  • 9. Rato sem germes Rato com germes Ganho de peso Maiores niveis de leptina Mais resistência à insulina Mais esteatose hepática Ganho de peso Mais resistência à insulina 2004 2007 Mais magro Resistente à dieta ocidental rica em gordura Tx microbiota Backhed F et al, Proc Natl Acad Sci, 2004 Backhed, F et al, Proc. Natl. Acad. Sci. 2007 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 10. Estudos em ANIMAIS Tx microbiota rato obeso por dieta ou genetica Turnbaugh, P.J et al, Nature 2006 Turnbaugh, P.J.et al, Sci. Transl 2009 Vrieze, A. et , Gastroenterology 2012 Tx de microbiota de Homens magros Tx de microbiota AUTÓLOGO Estudos em HUMANOS MELHORARAM DA RESISTÊNCIA À INSULINA HOMENS COM SM Existe microbiota específica Relacionada à obesidade ? => obesidade e resistência à insulina no rato sem microbiota 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 11. Qual a microbiota associada à obesidade ? • Ratos Obesos (genetica ou dieta): Bacterioidetes Firmicutes (particularmente da classe Millicutes) Archea = favorece a fermentação bacteriana • Em humanos = menos diversidade da microbiota nos obesos 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 14. Casuística 23 indivíduos 13 EHNA 10 sem DHGNA (Controles) 5 Obesos5 Magros4 Magros 5 Sobrepesos 4 Obesos magros com EHNA  menor quantidade do gênero Ruminococcus (Firmicutes) do que pacientes com sobrepeso e EHNA  menor quantidade de Lactobacillus (Firmicutes) do que obesos com EHNA obesos com EHNA  maior quantidade de bactérias do gênero Lactobacillus (Firmicutes)  Menor quantidade de bactérias do gênero Bifidobacterium (Actinobacterias) quando comparados com pacientes com sobrepeso com EHNA e indivíduos sem DHGNA 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 15. Modulação do peso x microbiota Fermentação de carbohidratos não digeridos em AG de cadeia curta BUTIRATO ANTI- OBESOGÊNICO ACETATO – OBESOGÊNICO PROPIONATO ANTI- OBESOGÊNICO BACTERIOIDETES Chakraborti, C.K. World J. Gastrointest. Pathophysiol. 2015 Louis, P.& Flint, H.J. FEMS Microbiol. Lett. 2009 Abdallah Ismail, N. et al, Arch. Med. Sci. 2011 - Diminui a permeabilidade intestinal - Aumenta a sensibilidade à insulina por favorecer excreção de incretinas GLP-1 e PIG - Aumenta expressão do anorexigenica leptina FIRMICUTES - Aumenta expressão do anorexigenica leptina - reduz sintese de Colesterol por inibir a acetil Co-A sintetase e desviar AG para gliconeogênese - Substrato para sintese de colesterol e lipogêneseno figado e tecido adiposo 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 16. • Microbiota decresce expressão intestinal do Fast Induced Adipose Factor (FIAF) que É INIBIDOR DA LIPASE DE LIPOPROTEÍNA aumenta captação de AG no tecido adiposo e figado expansão de tecido adiposo e esteatose FIAF x microbiota Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;22/04/2020 Liliana Mendes
  • 17. MICROBIOTA E DHGNA - EHNA 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 18. ESTUDOS EM ANIMAIS Supercrescimento bacteriano RATOS OBESOS Deficientes de leptina ob ob Resistentes à leptina db db RATOS MAGROS X - aumento da permeabilidade intestinal - CITOCINAS INFLAMATORIAS CIRCULANTES (TNF-Alfa, IL-6, IL-2, IL- 10) efeito proinflamatório relaciona-do à patogênese da EHNA - ENDOTOXEMIA PORTAL - Firmicutes > Bacteroidetes Shanab, A.A et al. Dig. Dis. Sci. 2011 Miele, L. et al. Hepatology 2009 Brun, P. et al. Am. J. Physiol.Gastrointest. Liver Physiol. 2007 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 19. 22/04/2020 Liliana Mendes Tx de microbiota de ratos mais velhos levou inflamação hepática e resistência à insulina nos ratos jovens com diferença entre sexos no metabolismo
  • 20. DISBIOSE E DHGNA Machado M & Cortez-Pinto, Int J Mol Sci, 2016 22/04/2020 Liliana Mendes Permeabilidade Intestinal Aumento de LPS e Outros produtos que alcançam o figado Metabolismo da Colina Decrescimo de Colina e Exportação De VLDL do figado Metabolismo energetico Aumento da energia AG livres Alcançando o figado Produtos toxicos Geração de substância tóxicas como etanol Metabolismo de Ácidos biliares Modulação de resposta Do FXR Disbiose
  • 21. ACIDOS BILIARES X DHGNA • Têm potente ação antimicrobiana • Ratos com supercrecimento bacteriano  decréscimo dos ac biliares tauro conjugados e mantem niveis dos toxicos (ácido cólico) • O ácido obeticólico é derivado sintético do ácido quenodenoxicólico, agonista natural do receptor nuclear farnesoide X (FXR) 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 22. Ratos com supercr. bacteriano  niveis elevados desoxicólico  circulação entero- hepática inflamação e tumorigenese nas celulas estreladas 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 23. FXR Agonismo Regula Metabolismo Lipidico Regula Acidos Biliares Melhora a Resist insulinica e captação de glicose Reduz inflamação e Pressão portal Reverte fibrose e Estimula regeneração Reduz esteatose 22/04/2020 Liliana Mendes FARSENOIDE X RECEPTOR
  • 24. NASH – 2018 AASLD 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 25. Colina dieta x microbiota DHGNA/EHNA  Deficiência em colina na dieta - esteatose hepática através da formação de metilamina tóxica  Alteração na composição e metabolismo dos ácidos biliares levando a maior resposta inflamatória  Produção de etanol e ácido acético Swan et al Proc Natl Acad Sci USA2011; Sayin et al Cell Metab 2013 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 26. • 9 estudos – 4 animais e 5 humanos  Estudo seccional ( n=63 crianças) 22 EHNA 25 obesas 16 controles Zhu e cols(Hepatology, 2013) Aumento de Actinobacteria, Bacteroidetes e Proteobacteria Firmicutes diminuídos Elevação de níveis de álcool em EHNA vs obesos e controles 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 27. • Mouzaki e cols (Hepatology 2013) • Seccional (n=50 adultos) • Todos biopsiados : 11 Esteatose X 22 EHNA X 17 controles 22/04/2020 Liliana Mendes Bacteroidetes diminuídas na EHNA vs controles e esteatose
  • 28. 22/04/2020 Liliana Mendes 16 EHNA 22 controles sem BH Wong e cols (Plos One2013) Longitudinal (n=38) probióticos por 6 meses vs controle Baseline Sem diferença de Bacteroidetes 6m no grupo com EHNA: redução da gordura hepática (RM): Aumento de Bacteroidetes e diminuição de Firmicutes
  • 29. Microbiota vs EHNA e Fibrose *Análise multivariada ajustada para fatores metabólicos Demonstrou pela primeira vez a associação entre disbiose e fenótipos da DHGNA em humanos (EHNA e Fibrose) Boursier et al; Hepatology 2016 22/04/2020 Liliana Mendes 57 DHGNA - BH coleta de fezes no dia da BH Bacteroides foi associado de forma independente com EHNA* PHYLUM BACTERIODETES EHNA- Fibrose significativa- Maior abundância de Ruminococcus* PHYLUM FIRMICUTES
  • 30. Bacteroides vs EHNA  Abundância de Bacteroides: Correlação positiva: nível de ácido deoxicólico fecal Racional: Elevados níveis de ácido deoxicolico  indução de apoptose (observados em modelos animais de NASH)  Frutose – também relacionada à inflamação hepática e fibrose na DHGNA Boursier J; Hepatology 2016 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 31. Ruminococcus (PHYLUM FIRMICUTES) vs Fibrose  Ruminococcus: fermentam carbohidratos complexos (cellulose, pectina, resistant starch) e são produtores de propionato e acetato (com aumento da lipogênese)  São hetereogêneos – espécies benéficas e outras pró-inflamatórias  Produzem álcool Boursier J; Hepatology 2016 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 32. 22/04/2020 Liliana Mendes Bibbò, S. et al, Mediators of Inflammation, 2018 Phylum Família Gênero Bacteroidetes Bacteroidaceae Bacteroides Porphyromonadaceae Parabacteroides Prevotellaceae Prevotella Firmicutes Clostridiales Lachnospiraceae Ruminoccocaceae Lactobacillus Blautiae Ruminoccocus Proteobacteria Actinobactérias Enterobacteriaceae Bifidobacteriacea Bifidobacteriacea Bifidobacterium Microbiota em DHGNA
  • 33. Conclusões  A disbiose se associa a EHNA e fibrose  O papel da microbiota no mecanismo fisiopatogênico da EHNA é multifatorial  EHNA e fibrose tem relação com phylum Bacteroidetes e Firmicutes respectivamente  No futuro sera possível propiciar intervenção terapêutica baseada na microbiota que modifique o prognóstico das formas graves da DHGNA 22/04/2020 Liliana Mendes
  • 34. DOUTOR EU QUERO UM REMÉDIO PARA MEU FÍGADO… 3 cápsulas de Formulação de microbiota ...???

Notas do Editor

  1. A passagem pelo canal vaginal no momento do parto já começa a influenciar a colonização do TGI do recém-nascido. No período pós-natal, o tipo e a duração da amamentação também são impactantes. Em comparação à microbiota intestinal adulta, os lactentes apresentam maior variabilidade da composição microbiana, abrigando menos espécies com menor estabilidade. Entre 2 e 3 anos de idade, o ecossistema passa a ser estável e comparável a de um adulto, dominado pelos filos Bacteroidetes e Firmicutes (14). Há estabilização da microbiota após a primeira infância, mas ocorrerão modificações em situações específicas ao longo da vida (10,11). Indivíduos adultos podem ter variações na proporção das bactérias em consequência de alterações ambientais ou de estados patológicos (3,8,15). Com o envelhecimento, observam-. Essas variações parecem estar relacionadas a perda de paladar, olfato e menor ingestão alimentar (16) Moraes et al, Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58/4
  2. 2013- AHA/ ACC- atualizaram as diretrizes de hipercolesterolemia com vários passos na direção certa. De 2013 para cá, muito se mudou, pcsk9… 2016- USPTF 2016- European Society of Cardiology 2017- American Association of clinical endocrinologists (AACE). -ambos mais abrangentes Tanto estes dois últimos voltam as metas específicas de níveis de LDLc.
  3. Pig = polipeptideo inibidor gastrico
  4. Fasting Induced Adipose Factor (FIAF) é um inibidor da lipase de lipoproteína (LPL), produzido pelo intestino, fígado e tecido adiposo. Quando suprimido pela ação da microbiota intestinal, há aumento da atividade da LPL que determina a maior absorção de ácidos graxos e acúmulo de triglicerídeos nos adipócitos Investigações em animais FIAF-deficientes mostraram que, quando alimentados com dieta ocidental, ganham mais peso corporal que animais FIAF+/+ wild-type; coerente com sua maior adiposidade, apresentam também maiores concentrações de leptina e insulina (28).Não está clara a real importância do FIAF intestinal em comparação ao produzido pelo tecido adiposo na regulação da deposição de triglicerídeos. Apesar de indícios de que possa favorecer o aumento da adiposidade corporal, a real contribuição do FIAF intestinal e sua regulação por meio de interações com populações bacterianas requerem mais investigações.
  5. Foto de cel estreladA – EXPRESSAM MAIS LPS
  6. O ácido obeticólico é derivado sintético do ácido quenodenoxicólico, agonista natural do receptor nuclear farnesoide X (FXR)
  7. diversos os ensaios clínicos e metanálises que demonstram, de maneira inequívoca, que o controle das dislipidemias, em especial, as reduções mais intensivas do LDL-c têm se associado a importantes benefícios na redução de eventos e mortalidade cardiovasculares