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Diagnostic Imaging of Benign and 
Malignant Osseous Tumors of the 
Fingers 
Acadêmico: Luiz Alfredo Zappe Fiori 
Dezembro/2014
Introdução 
• Lesões ósseas dos dedos das mãos não são 
incomuns, sendo a vasta maioria lesões 
benignas 
• Tumores ósseos da mão representam cerca de 
2 a 5% de todos os tumores esqueléticos 
• Frequentemente descobertas incidentalmente
• Lesões malignas são raras, necessitando de um 
estudo incluindo diversas modalidades de 
imagem, como Raio X, TC e RM para elucidar 
devidamente a lesão 
• O US exerce um papel limitado na avaliação de 
lesões ósseas, embora seja bastante útil na 
avaliação de lesões de partes moles da mão 
• O artigo descreve características das imagens de 
lesões benignas e malignas, assim como 
vantagens e desvantagens dos diversos métodos
Modalidades de Imagem e Técnicas 
• Radiografia 
– Exame inicial 
– Incidências anteroposterior, lateral e oblíqua 
– Caracterizar o tamanho, o número e a localização 
precisa da lesão, assim como as margens, zona de 
transição, reação periosteal, mineralização da 
matriz e acometimento de partes moles 
– Se todo o diâmetro ósseo estiver acometido pela 
lesão, torna-se difícil determinar a origem da 
lesão (cortical, medular ou justacortical)
Modalidades de Imagem e Técnicas 
• Tomografia Computadorizada 
– Tem como vantagem auxiliar na avaliação de 
continuidade cortical da lesão, assim como 
ruptura dessa camada, definindo a agressividade 
da lesão 
– Boa acurácia na avaliação de fraturas patológicas e 
da mineralização óssea 
– Superior a radiografia para avaliação de qualquer 
acometimento de partes moles
Modalidades de Imagem e Técnicas 
• US 
– Utilidade limitada na avaliação de lesões ósseas 
– Bastante útil na avaliação de partes moles da mão 
– Tumores glômicos, que podem mimetizar lesões 
ósseas primárias podem ser identificados ao US
Modalidades de Imagem e Técnicas 
• Ressonância Magnética 
– Auxilia na avaliação da extensão da lesão para 
partes moles e acometimento da medula óssea 
dos dedos 
– Pode levar a uma superestimação da 
agressividade das lesões, pois lesões benignas 
podem cursar com edema ósseo e de partes 
moles 
– Portanto, deve-se fazer uma correlação com 
Radiografia e/ou TC
Abordagem em tumores ósseos de 
dedos das mãos 
• Devemos saber a idade do paciente, a localização exata 
da lesão para restringirmos o diagnóstico referencial 
• A definição das margens da lesão e da zona de 
transição entre a região da lesão e o tecido ósseo 
adjacente são fatores chave para a definição da 
agressividade da lesão 
• Lesão com uma margem bem delimitada na radiografia 
ou na TC é considerada uma lesão não agressiva 
• Uma lesão com uma zona de transição ampla e 
margens mal definidas sugerem um processo ósseo 
infiltrativo, como um tumor agressivo ou um processo 
infeccioso ou metabólico agressivo
Abordagem em tumores ósseos de 
dedos das mãos 
• Reação periosteal também pode elucidar a 
natureza da lesão, dependendo da sua 
característica 
– Lesão sólida, bem delimitada, denota um processo 
lento, pouco agressivo 
– Lesão com ruptura ou aparência de ‘’explosão solar’’ 
sugere um processo agressivo 
• Identificação de lesões com aparência de ‘’rings-and- 
arcs’’ indicam lesão com origem condral, 
como encondroma ou condrosarcoma
Lesões Benignas 
• Encondromas 
– Tumor benigno mais comum da mão 
– Frequentemente assintomático, sendo um achado 
ocasional 
– Se doloroso (sintomático), deve-se levantar 
suspeita de fratura patológica, bem caracterizada 
pela TC ou Radiografia
Endocondroma em 
uma paciente 
feminino, 49 anos, 
com início súbito de 
dor em 5º 
quirodactilo. A 
radiografia demonstra 
uma fratura patológica 
através de um 
endocondroma da 5ª 
falange proximal 
(seta).
Lesões Benignas 
• Encondromas 
– Apresenta-se à radiografia e à TC como uma lesão clara, 
bem delimitada, surgindo da cavidade medular, podendo 
causar expansão ou desgaste ósseo, predispondo a 
fraturas patológicas 
– Apresentação em ‘’rings-and-arcs’’ pode ser vista 
– Quando ocorre o surgimento de uma dor importante, 
crescimento no exame de imagem de seguimento, perda 
da definição das margens, rompimento da cortical ou 
reação periosteal local é motivo de preocupação para 
degeneração maligna, embora essa condição seja rara 
– Tratamento: Se assintomático, seguimento radiológico. Se 
sintomático ou fratura patológica, curetagem com ou sem 
enxerto ósseo
• Encondroma em um homem de 49 anos com dor no 4º quirodáctilo. a) radiografia 
demonstra uma lesão bem delimitada, moderadamente expansiva, com matriz 
condróide (seta), um achado consistente com encondroma. b) radiografia obtida 
após 3 meses da realização de curetagem e aplicação de enxerto ósseo.
Lesões Benignas 
• Encondromatose Múltipla (Doença de Ollier) 
– Rara, acometendo 1/100.000, com a maioria dos 
diagnósticos realizados em torno de 13 anos 
– Apresenta-se como múltiplos endocondromas, com 
distribuição assimétrica, preferindo metacarpos a falanges, 
resultando em deformidades ósseas dos dedos das mãos 
– Chance para degeneração para malignidade 
(condrosarcoma) entre 5 – 50%, e em torno de 33 anos de 
idade 
– Tratamento cirúrgico somente se: deformidades 
incapacitantes, fraturas patológicas ou degeneração 
maligna
• Encondromatose múltipla (doença de Ollier) num menino de 3 anos de idade 
com deformidades na mão. Radiografia demonstra múltiplas lesões expansivas 
envolvendo o metacarpo e falanges proximal e média, resultados que são 
consistentes com encondromas múltiplos (Encondromatose Múltipla)
Lesões Benignas 
• Condroma Periosteal 
– Tumores benignos da cartilagem hialina 
– Semelhantes ao encondroma, porém surgem do 
periósteo, na superfície óssea 
– Raros nos dedos da mão 
– Na radiografia e TC apresenta-se como uma lesão 
erosiva e escavada da região cortical do osso 
adjacente, podendo ser confundida com 
osteossarcoma periosteal
• Condroma justacortical numa mulher de 66 anos com edema nodular de tecidos moles do 3ª 
quirodáctilo. As radiografias demonstram uma calcificação grosseira na zona da terceira 
articulação distal. A lesão foi devinida como um condroma justacortical através de analises 
patológicas
Lesões Benignas 
• Osteocondromas 
– Tumor ósseo benigno mais comum 
– 1 em 10 osteocondroma ocorre em pequenos ossos 
da mão ou do pé 
– São compostos de uma região óssea cortical e 
medular cobertos com uma ‘’capa’’ hialina, 
apresentando uma continuidade com a região cortical 
do osso de origem e uma cavidade na região medular 
– Pode ocorrer comprometimento vascular e sequelas 
neurológicas devido a compressão do feixe vasculo-nervoso, 
e também pode ocorrer degeneração 
maligna
Lesões Benignas 
• Osteocondromas 
– Podem ser sésseis ou pedunculados 
– A TC pode ajudar na definição da continuidade 
cortical e medular entre a lesão e o osso de 
origem e a matriz hialina também pode ser 
melhor caracterizada pela TC, podendo ser 
determinada a sua espessura 
– A RM mostra com maior acurácia a continuidade 
medular e cortical entre a lesão e o osso de 
origem da lesão
• Osteocondroma 
(exostose). a) mão de um 
homem de 37 anos de 
idade demonstra uma 
exostose com base ampla 
(seta). Radiografia e foto 
clínica obtido em um 
paciente diferente, com 
uma exostose de uma 
falange distal, com 
deformidade associada. Na 
figura d, mostra uma 
fotografia com uma ‘’capa’’ 
de cartilagem 
condromatosa com a 
aparência perolada típica.
Lesões Benignas 
• Osteocondromas 
– Crescimento progressivo de um osteocondroma na idade 
adulta pode indicar uma transformação maligna para um 
condrosarcoma, embora isso ocorra em menos de 1% dos 
casos 
– Na imagem, uma ‘’capa’’ hialina maior do que 1,5-2 cm 
tem uma probabilidade aumentada para transformação 
maligna 
– Outras características de uma transformação malignas: 
crescimento da lesão, perda da distinção das margens 
corticais ou lesão erosiva do osso adjacente, e 
acometimento de partes moles 
– Tratamento é cirúrgico somente quando sintomático. 
Recorrência em torno de 2%
Lesões Benignas 
• Exostose Múltipla Hereditária 
– Caracterizado pela presença de múltiplos 
osteocondromas 
– Padrão de hereditariedade autossômico dominante 
– São tipicamente sésseis 
– Leve propensão para transformação maligna (3 a 5%) 
– Necessitam de acompanhamento clínico e radiológico 
para avaliação de uma possível progressão das 
deformidades ou outras possíveis complicações
• Exostose Múltipla Hereditária em um menino de 11 anos. Radiografias 
frontais mostrando múltiplas exostoses sésseis dos ossos do carpo e rádio 
distal (a), e na região do joelho (b).
Lesões Benignas 
• Exostose Subungueal 
– Diferencia-se do osteocondroma somente pela 
histologia, e não mostra nenhuma continuidade 
com o córtex do canal medular do osso adjacente, 
na radiografia 
– Pode ser uma sequela de algum processo agressor 
prévio, como infecção ou trauma 
– Clinicamente apresenta-se como uma massa 
dolorosa na região subungueal, com possível 
ulceração da pele circundante
• Exostose subungueal. (a) radiografia lateral demonstra um ‘’esporão’’ na região do 
leito ungueal. (b) RM demonstra um esporão ósseo subungueal proveniente do 
córtex, sem continuidade do osso ou medula.
Lesões Benignas 
• Osteomas Osteóides 
– Infrequentes nos ossos das mãos e dos pés 
– Discreta ‘’predileção’’ por falanges proximais 
– Apresentação clássica: dor óssea noturna que 
alivia ao uso de aspirina. Pode ocorrer edema de 
partes moles e deformidades ungueais 
– Na radiografia, pode apresentar uma região de 
esclerose periférica, sendo a TC um exame com 
melhor acurácia
• Radiografia e RM 
demonstrando uma 
lesão esclerótica 
(setas), típicos de 
osteoma osteóide. 
Nota-se edema de 
partes moles ao redor 
da lesão
Lesões Benignas 
• Cistos Ósseos Aneurismáticos 
– São compostos por múltiplas cavidades cheias de 
sangue 
– Ocorre geralmente em crianças e adultos jovens 
– À radiografia, apresenta-se como uma lesão 
expansiva com desgaste do osso afetado 
– Septações internas e trabeculações podem 
produzir um aspecto multiloculado
Lesões Benignas 
• Tumor de Células Gigantes 
– 20% são malignos 
– Nas mãos, ocorre mais comumente no metacarpo 
– Nas radiografia, caracteristicamente se 
manifestam como lesões ósseas metaepifisária 
que se estendem para o córtex subarticular do 
osso
• Tumor ósseo de células gigantes em uma mulher com 54 anos com história de 
carcinoma renal e há 1 mês história de edema na região distal do 1º quirodáctilo. A) 
radiografia demonstra destruição líticada região distal do 1º quirodáctilo. B) RM 
demonstra uma lesão destrutiva hipointensa (T1) e hiperintensa (T2). Tais achados 
levantaram a hipótese de metastase de carcinoma de células renais ou infecção, porém 
estudos patológicos revelaram um tumor ósseo de células gigantes
Tumores Malignos 
• São raros 
• Condrossarcoma, 
hemangioendoteliossarcoma, osteosarcoma, 
fibrosarcoma e Sarcoma de Ewing
Tumores Malignos 
• Condrossarcomas 
– São os tumores malignos mais comuns na mão, 
afetando mais frequentemente a falange distal 
– Pode ser um tumor maligno primário ou surgir de 
uma transformação maligna de um encondroma, 
por exemplo 
– Condrossarcomas falangeais raramente 
metastatizam 
– A radiografia ou TC mostram lesões líticas e 
escleróticas
• Condrossarcoma. (a) radiografia frontal demonstra uma grande lesão 
lobular do quinto osso metacarpo causando inchaço do córtex. Note-se 
também as regiões da matriz cartilaginosa interna (setas). (b) fotografia 
clínica mostra uma grande deformidade ao longo da face ulnar da mão.
Tumores Malignos 
• Pode ocorrer tumores malignos primários no 
leito ungueal, como carcinoma de células 
escamosas e melanoma maligno, podendo 
inflitrar ossos adjacentes 
• Metástases nos ossos das mãos são 
extremamente raros, porém estão 
relacionados a um pior prognóstico
Conclusão 
• Tumores ou lesões tumor-like de pequenos ossos das 
mãos são extremamente raros, e quando ocorre, são 
mais comumente benignos do que malignos 
• Mudança no padrão da imagem de uma lesão 
previamente não agressiva ou surgimento de sintomas 
associados a lesão, pode indicar uma possível 
transformação maligna 
• Muitas vezes é necessário uma correlação com os 
diversos métodos de imagem, além de correlação 
clínica e histológica para definir a natureza da lesão

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Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
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Diagnostic Imaging of Bone Tumors in Fingers

  • 1. Diagnostic Imaging of Benign and Malignant Osseous Tumors of the Fingers Acadêmico: Luiz Alfredo Zappe Fiori Dezembro/2014
  • 2. Introdução • Lesões ósseas dos dedos das mãos não são incomuns, sendo a vasta maioria lesões benignas • Tumores ósseos da mão representam cerca de 2 a 5% de todos os tumores esqueléticos • Frequentemente descobertas incidentalmente
  • 3. • Lesões malignas são raras, necessitando de um estudo incluindo diversas modalidades de imagem, como Raio X, TC e RM para elucidar devidamente a lesão • O US exerce um papel limitado na avaliação de lesões ósseas, embora seja bastante útil na avaliação de lesões de partes moles da mão • O artigo descreve características das imagens de lesões benignas e malignas, assim como vantagens e desvantagens dos diversos métodos
  • 4. Modalidades de Imagem e Técnicas • Radiografia – Exame inicial – Incidências anteroposterior, lateral e oblíqua – Caracterizar o tamanho, o número e a localização precisa da lesão, assim como as margens, zona de transição, reação periosteal, mineralização da matriz e acometimento de partes moles – Se todo o diâmetro ósseo estiver acometido pela lesão, torna-se difícil determinar a origem da lesão (cortical, medular ou justacortical)
  • 5. Modalidades de Imagem e Técnicas • Tomografia Computadorizada – Tem como vantagem auxiliar na avaliação de continuidade cortical da lesão, assim como ruptura dessa camada, definindo a agressividade da lesão – Boa acurácia na avaliação de fraturas patológicas e da mineralização óssea – Superior a radiografia para avaliação de qualquer acometimento de partes moles
  • 6. Modalidades de Imagem e Técnicas • US – Utilidade limitada na avaliação de lesões ósseas – Bastante útil na avaliação de partes moles da mão – Tumores glômicos, que podem mimetizar lesões ósseas primárias podem ser identificados ao US
  • 7. Modalidades de Imagem e Técnicas • Ressonância Magnética – Auxilia na avaliação da extensão da lesão para partes moles e acometimento da medula óssea dos dedos – Pode levar a uma superestimação da agressividade das lesões, pois lesões benignas podem cursar com edema ósseo e de partes moles – Portanto, deve-se fazer uma correlação com Radiografia e/ou TC
  • 8. Abordagem em tumores ósseos de dedos das mãos • Devemos saber a idade do paciente, a localização exata da lesão para restringirmos o diagnóstico referencial • A definição das margens da lesão e da zona de transição entre a região da lesão e o tecido ósseo adjacente são fatores chave para a definição da agressividade da lesão • Lesão com uma margem bem delimitada na radiografia ou na TC é considerada uma lesão não agressiva • Uma lesão com uma zona de transição ampla e margens mal definidas sugerem um processo ósseo infiltrativo, como um tumor agressivo ou um processo infeccioso ou metabólico agressivo
  • 9. Abordagem em tumores ósseos de dedos das mãos • Reação periosteal também pode elucidar a natureza da lesão, dependendo da sua característica – Lesão sólida, bem delimitada, denota um processo lento, pouco agressivo – Lesão com ruptura ou aparência de ‘’explosão solar’’ sugere um processo agressivo • Identificação de lesões com aparência de ‘’rings-and- arcs’’ indicam lesão com origem condral, como encondroma ou condrosarcoma
  • 10. Lesões Benignas • Encondromas – Tumor benigno mais comum da mão – Frequentemente assintomático, sendo um achado ocasional – Se doloroso (sintomático), deve-se levantar suspeita de fratura patológica, bem caracterizada pela TC ou Radiografia
  • 11. Endocondroma em uma paciente feminino, 49 anos, com início súbito de dor em 5º quirodactilo. A radiografia demonstra uma fratura patológica através de um endocondroma da 5ª falange proximal (seta).
  • 12. Lesões Benignas • Encondromas – Apresenta-se à radiografia e à TC como uma lesão clara, bem delimitada, surgindo da cavidade medular, podendo causar expansão ou desgaste ósseo, predispondo a fraturas patológicas – Apresentação em ‘’rings-and-arcs’’ pode ser vista – Quando ocorre o surgimento de uma dor importante, crescimento no exame de imagem de seguimento, perda da definição das margens, rompimento da cortical ou reação periosteal local é motivo de preocupação para degeneração maligna, embora essa condição seja rara – Tratamento: Se assintomático, seguimento radiológico. Se sintomático ou fratura patológica, curetagem com ou sem enxerto ósseo
  • 13. • Encondroma em um homem de 49 anos com dor no 4º quirodáctilo. a) radiografia demonstra uma lesão bem delimitada, moderadamente expansiva, com matriz condróide (seta), um achado consistente com encondroma. b) radiografia obtida após 3 meses da realização de curetagem e aplicação de enxerto ósseo.
  • 14. Lesões Benignas • Encondromatose Múltipla (Doença de Ollier) – Rara, acometendo 1/100.000, com a maioria dos diagnósticos realizados em torno de 13 anos – Apresenta-se como múltiplos endocondromas, com distribuição assimétrica, preferindo metacarpos a falanges, resultando em deformidades ósseas dos dedos das mãos – Chance para degeneração para malignidade (condrosarcoma) entre 5 – 50%, e em torno de 33 anos de idade – Tratamento cirúrgico somente se: deformidades incapacitantes, fraturas patológicas ou degeneração maligna
  • 15. • Encondromatose múltipla (doença de Ollier) num menino de 3 anos de idade com deformidades na mão. Radiografia demonstra múltiplas lesões expansivas envolvendo o metacarpo e falanges proximal e média, resultados que são consistentes com encondromas múltiplos (Encondromatose Múltipla)
  • 16. Lesões Benignas • Condroma Periosteal – Tumores benignos da cartilagem hialina – Semelhantes ao encondroma, porém surgem do periósteo, na superfície óssea – Raros nos dedos da mão – Na radiografia e TC apresenta-se como uma lesão erosiva e escavada da região cortical do osso adjacente, podendo ser confundida com osteossarcoma periosteal
  • 17. • Condroma justacortical numa mulher de 66 anos com edema nodular de tecidos moles do 3ª quirodáctilo. As radiografias demonstram uma calcificação grosseira na zona da terceira articulação distal. A lesão foi devinida como um condroma justacortical através de analises patológicas
  • 18. Lesões Benignas • Osteocondromas – Tumor ósseo benigno mais comum – 1 em 10 osteocondroma ocorre em pequenos ossos da mão ou do pé – São compostos de uma região óssea cortical e medular cobertos com uma ‘’capa’’ hialina, apresentando uma continuidade com a região cortical do osso de origem e uma cavidade na região medular – Pode ocorrer comprometimento vascular e sequelas neurológicas devido a compressão do feixe vasculo-nervoso, e também pode ocorrer degeneração maligna
  • 19. Lesões Benignas • Osteocondromas – Podem ser sésseis ou pedunculados – A TC pode ajudar na definição da continuidade cortical e medular entre a lesão e o osso de origem e a matriz hialina também pode ser melhor caracterizada pela TC, podendo ser determinada a sua espessura – A RM mostra com maior acurácia a continuidade medular e cortical entre a lesão e o osso de origem da lesão
  • 20. • Osteocondroma (exostose). a) mão de um homem de 37 anos de idade demonstra uma exostose com base ampla (seta). Radiografia e foto clínica obtido em um paciente diferente, com uma exostose de uma falange distal, com deformidade associada. Na figura d, mostra uma fotografia com uma ‘’capa’’ de cartilagem condromatosa com a aparência perolada típica.
  • 21. Lesões Benignas • Osteocondromas – Crescimento progressivo de um osteocondroma na idade adulta pode indicar uma transformação maligna para um condrosarcoma, embora isso ocorra em menos de 1% dos casos – Na imagem, uma ‘’capa’’ hialina maior do que 1,5-2 cm tem uma probabilidade aumentada para transformação maligna – Outras características de uma transformação malignas: crescimento da lesão, perda da distinção das margens corticais ou lesão erosiva do osso adjacente, e acometimento de partes moles – Tratamento é cirúrgico somente quando sintomático. Recorrência em torno de 2%
  • 22. Lesões Benignas • Exostose Múltipla Hereditária – Caracterizado pela presença de múltiplos osteocondromas – Padrão de hereditariedade autossômico dominante – São tipicamente sésseis – Leve propensão para transformação maligna (3 a 5%) – Necessitam de acompanhamento clínico e radiológico para avaliação de uma possível progressão das deformidades ou outras possíveis complicações
  • 23. • Exostose Múltipla Hereditária em um menino de 11 anos. Radiografias frontais mostrando múltiplas exostoses sésseis dos ossos do carpo e rádio distal (a), e na região do joelho (b).
  • 24. Lesões Benignas • Exostose Subungueal – Diferencia-se do osteocondroma somente pela histologia, e não mostra nenhuma continuidade com o córtex do canal medular do osso adjacente, na radiografia – Pode ser uma sequela de algum processo agressor prévio, como infecção ou trauma – Clinicamente apresenta-se como uma massa dolorosa na região subungueal, com possível ulceração da pele circundante
  • 25. • Exostose subungueal. (a) radiografia lateral demonstra um ‘’esporão’’ na região do leito ungueal. (b) RM demonstra um esporão ósseo subungueal proveniente do córtex, sem continuidade do osso ou medula.
  • 26. Lesões Benignas • Osteomas Osteóides – Infrequentes nos ossos das mãos e dos pés – Discreta ‘’predileção’’ por falanges proximais – Apresentação clássica: dor óssea noturna que alivia ao uso de aspirina. Pode ocorrer edema de partes moles e deformidades ungueais – Na radiografia, pode apresentar uma região de esclerose periférica, sendo a TC um exame com melhor acurácia
  • 27. • Radiografia e RM demonstrando uma lesão esclerótica (setas), típicos de osteoma osteóide. Nota-se edema de partes moles ao redor da lesão
  • 28. Lesões Benignas • Cistos Ósseos Aneurismáticos – São compostos por múltiplas cavidades cheias de sangue – Ocorre geralmente em crianças e adultos jovens – À radiografia, apresenta-se como uma lesão expansiva com desgaste do osso afetado – Septações internas e trabeculações podem produzir um aspecto multiloculado
  • 29. Lesões Benignas • Tumor de Células Gigantes – 20% são malignos – Nas mãos, ocorre mais comumente no metacarpo – Nas radiografia, caracteristicamente se manifestam como lesões ósseas metaepifisária que se estendem para o córtex subarticular do osso
  • 30. • Tumor ósseo de células gigantes em uma mulher com 54 anos com história de carcinoma renal e há 1 mês história de edema na região distal do 1º quirodáctilo. A) radiografia demonstra destruição líticada região distal do 1º quirodáctilo. B) RM demonstra uma lesão destrutiva hipointensa (T1) e hiperintensa (T2). Tais achados levantaram a hipótese de metastase de carcinoma de células renais ou infecção, porém estudos patológicos revelaram um tumor ósseo de células gigantes
  • 31. Tumores Malignos • São raros • Condrossarcoma, hemangioendoteliossarcoma, osteosarcoma, fibrosarcoma e Sarcoma de Ewing
  • 32. Tumores Malignos • Condrossarcomas – São os tumores malignos mais comuns na mão, afetando mais frequentemente a falange distal – Pode ser um tumor maligno primário ou surgir de uma transformação maligna de um encondroma, por exemplo – Condrossarcomas falangeais raramente metastatizam – A radiografia ou TC mostram lesões líticas e escleróticas
  • 33. • Condrossarcoma. (a) radiografia frontal demonstra uma grande lesão lobular do quinto osso metacarpo causando inchaço do córtex. Note-se também as regiões da matriz cartilaginosa interna (setas). (b) fotografia clínica mostra uma grande deformidade ao longo da face ulnar da mão.
  • 34. Tumores Malignos • Pode ocorrer tumores malignos primários no leito ungueal, como carcinoma de células escamosas e melanoma maligno, podendo inflitrar ossos adjacentes • Metástases nos ossos das mãos são extremamente raros, porém estão relacionados a um pior prognóstico
  • 35. Conclusão • Tumores ou lesões tumor-like de pequenos ossos das mãos são extremamente raros, e quando ocorre, são mais comumente benignos do que malignos • Mudança no padrão da imagem de uma lesão previamente não agressiva ou surgimento de sintomas associados a lesão, pode indicar uma possível transformação maligna • Muitas vezes é necessário uma correlação com os diversos métodos de imagem, além de correlação clínica e histológica para definir a natureza da lesão