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   .: Janeiro - 1998

   Osteocondroma cervical: relato de caso*
   SÉRGIO ZYLBERSZTEJN, ORLANDO RIGUESSO, LUCIANO RAMIRES, PAULO CÉSAR NERY, GUSTAVO KAEMPF DE
   OLIVEIRA, RICARDO KAEMPF DE OLIVEIRA


   Osteocondroma é um tumor ósseo benigno comum que perfaz cerca de 8,5% de todos os tumores ósseos e
   cerca de 40% dos tumores ósseos benignos. É também chamado de exostose osteocartilaginosa ou somente
   exostose.

   Os osteocondromas predominam nas extremidades dos ossos longos e apresentam-se como tumores
   pequenos e assintomáticos, muitas vezes descobertos por acaso, principal-mente durante a infância ou
   adolescência.

   Apresentam-se de forma solitária ou múltipla, sendo neste caso chamado de exostose múltipla ou
   osteocondromatose. A exostose múltipla ocorre esporadicamente e é mais encontrada na forma autossômica
   dominante, chamada de exostose múltipla hereditária.

   A coluna vertebral é raramente afetada por osteocondromas, sendo a região cervical a de menor incidência.
   Osteocondromas cervicais têm sido relatados como causa de disfagia, dor local, síndrome de compressão
   vascular, aumento de volume regional, compressão medular. Há descrito um caso de morte súbita por
   secção medular causada por um osteocondroma situado no processo odontóide.

   Apesar de raros, os osteocondromas devem sempre ser considerados um diagnóstico diferencial de massas
   na região cervical.

   RELATO DO CASO
   SSB, masculino, 57 anos de idade, branco, solteiro, funcionário público, procedente e residente na cidade de
   Porto Alegre.

   Paciente consultou em 6/94 por cervicalgia exacerbada aos movimentos, associada a episódios de cefaléia e
   parestesia das extremidades dos membros superiores. Apresentava diagnóstico prévio de exostose múltipla
   hereditária, não revelando o acometimento em familiares.

   Ao exame físico apresentava osteocondromas no cotovelo esquerdo, punho direito, mãos (falanges) direita e
   esquerda, fêmur esquerdo proximal, joelhos direito e esquerdo, pé esquerdo, 5º e 7º arcos costais esquerdos
   e 5º vértebra cervical.

   Na região cervical observou-se uma massa tumoral rígida aderida aos planos profundos e indolor à palpação
   (fig. 1). Os movimentos da coluna cervical estavam normais.




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   Realizaram-se radiografias da coluna cervical (fig. 2), evidenciando a presença de tumor na face lateral do
   corpo de C5. A investigação diagnóstica foi complementada com tomografia computadorizada, cintilografia
   óssea e arteriografia da região cervical. A cintilografia mostrou aumento da atividade metabólica na região
   de todos os osteocondromas e a arteriografia não evidenciou sinais de obstrução arterial nem vascularização
   tumoral.

   Por tratar-se de um tumor com sintomatologia progressiva, optou-se pela ressecção cirúrgica. Realizou-se a
   cirurgia em 8/94, através de uma incisão longitudinal, ântero-lateral, via transplatisma, tendo sido afastado
   o feixe vasculonervoso para a linha média. Visibilizou-se o tumor, que tinha seu pedículo emergindo do corpo
   vertebral de C5. Foi ressecado

   o tumor em conjunto com seu pedículo. O espaço formado no corpo vertebral foi preenchido com cera óssea.
   O material foi encaminhado para o laboratório de patologia da FFFCMPA.

   No pós-operatório o paciente evoluiu com a presença de síndrome de Claude Bernard Horner, com posterior
   regressão dos sintomas.

   O laudo anatomopatológico descrevia um tumor macroscopicamente de 4,5/4,5/5,0cm e com o diagnóstico
   final de osteocondroma quiescente (fig. 3).

   Atualmente, o paciente está em acompanhamento ambulatorial, com melhora total dos sinais e sintomas
   referidos anteriormente e sem qualquer sinal de recidiva tumoral.




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   DISCUSSÃO
   Osteocondromas são tumores ósseos comuns, benignos, geralmente assintomáticos, que acometem
   predominantemente a região metafisária dos ossos longos(11,19). Caracterizamse por falha no crescimento
   ósseo endocondral, manifestado por protuberâncias ósseas, recobertas por cartilagem hialina, ambas de
   aspecto histológico normal. A etiologia desses tu-mores é desconhecida.

   A literatura mostra que o envolvimento da coluna vertebral é incomum, sendo a região cervical ainda mais
   rara(19). Dos 321 casos descritos por Coplan, 11 acometiam a coluna, sendo somente 1 de localização
   cervical(3,11,19).

   Um a 4% dos pacientes com lesão solitária(1,3,6,18) e 9% dos pacientes da forma múltipla(1) apresentam
   osteocondromas na coluna vertebral. Destes, localizam-se na região cervical aproximadamente 30% e 50%,
   respectivamente(1). Acometem geralmente os elementos do arco vertebral(19).

   São em sua maioria diagnosticados casualmente através de exame radiológico. Podem causar sinais e
   sintomas como dor, compressão de raiz nervosa, disfagia por compressão esofágica, síndrome de
   compressão vascular, aumento de volume local e compressão medular(7,11,19-21,24).

   A compressão medular tem sido descrita duas vezes mais nos casos de exostoses múltiplas(1). É uma lesão
   de aspecto radiológico típico. À radiografia apresenta-se como uma lesão bem delimitada e de bordas nítidas.
   Apresenta uma espessa camada cartilaginosa ao seu redor, o que explica ser a lesão vista durante o ato
   cirúrgico sempre mais volumosa que o aspecto radiológico.

   A mielografia pode evidenciar uma compressão extradural nos pacientes com sinais e sintomas neurológicos;
   poucos pacientes têm sido descritos com mielografia normal(1,4, 12,13). A tomografia computadorizada é o
   exame diagnóstico de escolha, não somente por demonstrar tanto a parte óssea como a cartilaginosa, mas
   por ter uma clara definição da extensão do tumor, assim como sua relação com os elementos vertebrais
   (1,4,12,13,22). O mesmo vale para a ressonância magética.

   A indicação cirúrgica pode ser feita por várias razões: dor, impotência funcional, déficit neurológico,
   deformidade antiestética ou quando ocorrem sinais radiográficos de malig-nização(19).

   O tratamento cirúrgico deve abranger uma orla de osso normal ao redor da base do tumor juntamente com o
   periósteo e bolsa sinovial que o recobrem(19,23). Mesmo sendo raras e devendo-se provavelmente à
   exérese incompleta do tumor (1,7,19,23), as recidivas podem acometer cerca de 5% dos pacientes
   (8,11,17,19). Essas recidivas podem ser precoces ou tardias, tendo sido descritas com 6 meses até 14 anos
   de pós-operatório(16,26).

   A malignização é rara, podendo ocorrer em 1 a 5% dos (11,15,19). Nos pacientes com exostose múltipla




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   hereditária, entretanto, a malignização pode ocorrer em 11 a 25%(2,5,9,10,19).

   A recorrência, o crescimento muito rápido e a queixa de muita dor podem indicar uma transformação
   maligna(1,18). Esta geralmente transforma-se em condrossarcoma.

   Em vista disso, é imprescindível que pacientes com exostose múltipla hereditária sejam acompanhados
   ambulatorialmente de rotina para detecções precoces de quaisquer suspeitas de malignização tumoral.

   REFERÊNCIAS

   1. Albrecht, S., Crutchfield, J.S. & Segall, G.K.: On spinal osteochondro- mas. J Neurosurg 77: 247-252,
   1992.

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   Orthop 190: 217-219, 1984.

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   spine. Skeletal Radiol 16: 170-174, 1987.

   5. Garrison, R.C. et al: Chondrosarcoma arising in osteochondroma. Can- cer 49: 1890-1897, 1982.

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   11. Lichenstein, L.: Bone tumors, St. Louis, C.V. Mosby, 1977.

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   13. Mirra, J.M., Picci, P. & Gold, R.H.: Bone tumors. Clinical, radiologic, and pathologic correlations,
   Philadelphia, Lea & Febiger, 1989. p. 1626- 1659.

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   16. Pecker, J., Vallée, B., Desplat, A. et al: L’abord interscalénique des tu- meurs des trous de conjugaison
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   18. Schajowicz, F.: Tumors and tumor-like of bone and joints, New York, Springer-Verlag, 1981. p. 121-133.

   19. Scher, N. & Panje, W.R.: Osteochondroma presenting as a neck mass: a case report. Laryngoscope 98:
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   22. Tajima, K., Nishida, J., Yamazaki, K. et al: Case report 545. Osteochon- droma (osteocartilaginous




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   26. Yablon, J.S.: Osteochondroma of the vertebral column. Neurosurgery

   27: 659-660, 1990.




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Osteocondroma cervical

  • 1. RBO - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Page 1 of 5 HOME | A RBO | NORMAS PARA PUBLICAÇÃO | CONSELHO EDITORIAL | EDIÇÕES ANTERIORES | AJUDA | CONTATO Buscar: Todas Palavras Pesquisar Português Inglês .: Janeiro - 1998 Osteocondroma cervical: relato de caso* SÉRGIO ZYLBERSZTEJN, ORLANDO RIGUESSO, LUCIANO RAMIRES, PAULO CÉSAR NERY, GUSTAVO KAEMPF DE OLIVEIRA, RICARDO KAEMPF DE OLIVEIRA Osteocondroma é um tumor ósseo benigno comum que perfaz cerca de 8,5% de todos os tumores ósseos e cerca de 40% dos tumores ósseos benignos. É também chamado de exostose osteocartilaginosa ou somente exostose. Os osteocondromas predominam nas extremidades dos ossos longos e apresentam-se como tumores pequenos e assintomáticos, muitas vezes descobertos por acaso, principal-mente durante a infância ou adolescência. Apresentam-se de forma solitária ou múltipla, sendo neste caso chamado de exostose múltipla ou osteocondromatose. A exostose múltipla ocorre esporadicamente e é mais encontrada na forma autossômica dominante, chamada de exostose múltipla hereditária. A coluna vertebral é raramente afetada por osteocondromas, sendo a região cervical a de menor incidência. Osteocondromas cervicais têm sido relatados como causa de disfagia, dor local, síndrome de compressão vascular, aumento de volume regional, compressão medular. Há descrito um caso de morte súbita por secção medular causada por um osteocondroma situado no processo odontóide. Apesar de raros, os osteocondromas devem sempre ser considerados um diagnóstico diferencial de massas na região cervical. RELATO DO CASO SSB, masculino, 57 anos de idade, branco, solteiro, funcionário público, procedente e residente na cidade de Porto Alegre. Paciente consultou em 6/94 por cervicalgia exacerbada aos movimentos, associada a episódios de cefaléia e parestesia das extremidades dos membros superiores. Apresentava diagnóstico prévio de exostose múltipla hereditária, não revelando o acometimento em familiares. Ao exame físico apresentava osteocondromas no cotovelo esquerdo, punho direito, mãos (falanges) direita e esquerda, fêmur esquerdo proximal, joelhos direito e esquerdo, pé esquerdo, 5º e 7º arcos costais esquerdos e 5º vértebra cervical. Na região cervical observou-se uma massa tumoral rígida aderida aos planos profundos e indolor à palpação (fig. 1). Os movimentos da coluna cervical estavam normais. http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=348&idIdioma=1 16-05-2011
  • 2. RBO - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Page 2 of 5 Realizaram-se radiografias da coluna cervical (fig. 2), evidenciando a presença de tumor na face lateral do corpo de C5. A investigação diagnóstica foi complementada com tomografia computadorizada, cintilografia óssea e arteriografia da região cervical. A cintilografia mostrou aumento da atividade metabólica na região de todos os osteocondromas e a arteriografia não evidenciou sinais de obstrução arterial nem vascularização tumoral. Por tratar-se de um tumor com sintomatologia progressiva, optou-se pela ressecção cirúrgica. Realizou-se a cirurgia em 8/94, através de uma incisão longitudinal, ântero-lateral, via transplatisma, tendo sido afastado o feixe vasculonervoso para a linha média. Visibilizou-se o tumor, que tinha seu pedículo emergindo do corpo vertebral de C5. Foi ressecado o tumor em conjunto com seu pedículo. O espaço formado no corpo vertebral foi preenchido com cera óssea. O material foi encaminhado para o laboratório de patologia da FFFCMPA. No pós-operatório o paciente evoluiu com a presença de síndrome de Claude Bernard Horner, com posterior regressão dos sintomas. O laudo anatomopatológico descrevia um tumor macroscopicamente de 4,5/4,5/5,0cm e com o diagnóstico final de osteocondroma quiescente (fig. 3). Atualmente, o paciente está em acompanhamento ambulatorial, com melhora total dos sinais e sintomas referidos anteriormente e sem qualquer sinal de recidiva tumoral. http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=348&idIdioma=1 16-05-2011
  • 3. RBO - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Page 3 of 5 DISCUSSÃO Osteocondromas são tumores ósseos comuns, benignos, geralmente assintomáticos, que acometem predominantemente a região metafisária dos ossos longos(11,19). Caracterizamse por falha no crescimento ósseo endocondral, manifestado por protuberâncias ósseas, recobertas por cartilagem hialina, ambas de aspecto histológico normal. A etiologia desses tu-mores é desconhecida. A literatura mostra que o envolvimento da coluna vertebral é incomum, sendo a região cervical ainda mais rara(19). Dos 321 casos descritos por Coplan, 11 acometiam a coluna, sendo somente 1 de localização cervical(3,11,19). Um a 4% dos pacientes com lesão solitária(1,3,6,18) e 9% dos pacientes da forma múltipla(1) apresentam osteocondromas na coluna vertebral. Destes, localizam-se na região cervical aproximadamente 30% e 50%, respectivamente(1). Acometem geralmente os elementos do arco vertebral(19). São em sua maioria diagnosticados casualmente através de exame radiológico. Podem causar sinais e sintomas como dor, compressão de raiz nervosa, disfagia por compressão esofágica, síndrome de compressão vascular, aumento de volume local e compressão medular(7,11,19-21,24). A compressão medular tem sido descrita duas vezes mais nos casos de exostoses múltiplas(1). É uma lesão de aspecto radiológico típico. À radiografia apresenta-se como uma lesão bem delimitada e de bordas nítidas. Apresenta uma espessa camada cartilaginosa ao seu redor, o que explica ser a lesão vista durante o ato cirúrgico sempre mais volumosa que o aspecto radiológico. A mielografia pode evidenciar uma compressão extradural nos pacientes com sinais e sintomas neurológicos; poucos pacientes têm sido descritos com mielografia normal(1,4, 12,13). A tomografia computadorizada é o exame diagnóstico de escolha, não somente por demonstrar tanto a parte óssea como a cartilaginosa, mas por ter uma clara definição da extensão do tumor, assim como sua relação com os elementos vertebrais (1,4,12,13,22). O mesmo vale para a ressonância magética. A indicação cirúrgica pode ser feita por várias razões: dor, impotência funcional, déficit neurológico, deformidade antiestética ou quando ocorrem sinais radiográficos de malig-nização(19). O tratamento cirúrgico deve abranger uma orla de osso normal ao redor da base do tumor juntamente com o periósteo e bolsa sinovial que o recobrem(19,23). Mesmo sendo raras e devendo-se provavelmente à exérese incompleta do tumor (1,7,19,23), as recidivas podem acometer cerca de 5% dos pacientes (8,11,17,19). Essas recidivas podem ser precoces ou tardias, tendo sido descritas com 6 meses até 14 anos de pós-operatório(16,26). A malignização é rara, podendo ocorrer em 1 a 5% dos (11,15,19). Nos pacientes com exostose múltipla http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=348&idIdioma=1 16-05-2011
  • 4. RBO - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Page 4 of 5 hereditária, entretanto, a malignização pode ocorrer em 11 a 25%(2,5,9,10,19). A recorrência, o crescimento muito rápido e a queixa de muita dor podem indicar uma transformação maligna(1,18). Esta geralmente transforma-se em condrossarcoma. Em vista disso, é imprescindível que pacientes com exostose múltipla hereditária sejam acompanhados ambulatorialmente de rotina para detecções precoces de quaisquer suspeitas de malignização tumoral. REFERÊNCIAS 1. Albrecht, S., Crutchfield, J.S. & Segall, G.K.: On spinal osteochondro- mas. J Neurosurg 77: 247-252, 1992. 2. Crandall, B.F., Field, L.L., Sparkes, R.S. et al: Hereditary multiple exos- toses. Report of a family. Clin Orthop 190: 217-219, 1984. 3. Dahlin, D.C. & Unni, K.K.: Bone tumors, Springfield, Charles C. Thomas, 1986. p. 19-32 e 228-229. 4. Fanney, D., Tehranzadeh, J., Quencer, R.M. et al: Case report 415. Os- teochondroma of the cervical spine. Skeletal Radiol 16: 170-174, 1987. 5. Garrison, R.C. et al: Chondrosarcoma arising in osteochondroma. Can- cer 49: 1890-1897, 1982. 6. Geschickter, C.F. & Copeland, M.M.: Tumors of bone, Philadelphia, J.B. Lippincott, 1949. p. 40-55. 7. Glassauer, F.E.: Benign lesions of the cervical spine. Acta Neurochir 42: 161-175, 1978. 8. Gokay, H. & Bucy, P.L.: Osteochondroma of the lumbar spine: report of a case. J Neurosurg 12: 72-78, 1955. 9. Huvos, A.G.: “Multiple osteocartilaginous exostosis (hereditary multiple exostosis, diaphyseal aclasis)”, in Bone tumors, diagnosis, treatment and prognosis, 2nd ed., Philadelphia, Saunders, 1991. p. 264-268. 10. Jaffe, H.Z.: Hereditary multiple exostosis. Arch Pathol 36: 335-337, 1943. 11. Lichenstein, L.: Bone tumors, St. Louis, C.V. Mosby, 1977. 12. Marchand, E.P., Villemure, J.G., Rubin, J. et al: Solitary osteochondro- ma of the thoracic spine presenting as spinal cord compression. A case report. Spine 11: 1033-1035, 1986. 13. Mirra, J.M., Picci, P. & Gold, R.H.: Bone tumors. Clinical, radiologic, and pathologic correlations, Philadelphia, Lea & Febiger, 1989. p. 1626- 1659. 14. Morikawa, F., Hozen, H., Nakane, K. et al: Myelopathy due to osteo- chondroma: MR and CT studies. J Comput Assist Tomogr 14: 128-130, 1990. 15. O’Connor, G.A. & Roberts, T.S.: Spinal cord compression by an osteo- chondroma in a patient with multiple osteochondromatosis. J Neuro- surg 60: 420-423, 1984. 16. Pecker, J., Vallée, B., Desplat, A. et al: L’abord interscalénique des tu- meurs des trous de conjugaison cervicaux. Neurochirurgie 26: 165-170, 1980. 17. Rose, E.G. & Fekete, A.: Odontoid osteochondroma causing sudden death. Am J Pathol 42: 606-609, 1964. 18. Schajowicz, F.: Tumors and tumor-like of bone and joints, New York, Springer-Verlag, 1981. p. 121-133. 19. Scher, N. & Panje, W.R.: Osteochondroma presenting as a neck mass: a case report. Laryngoscope 98: 550-553, 1988. 20. Spallane, A., DiLorenzo, N., Nardi, P. et al: Spinal osteochondroma diag- nosed by computed tomography. Acta Neurochir (Wien) 58: 105-114, 1981. 21. Tachdjian, M.S.: “Multiple cartilaginous exostoses”, in Pediatric orthopedics, Philadelphia, Saunders, 1990. p. 1172-1190. 22. Tajima, K., Nishida, J., Yamazaki, K. et al: Case report 545. Osteochon- droma (osteocartilaginous http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=348&idIdioma=1 16-05-2011
  • 5. RBO - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Page 5 of 5 exostosis) cervical spine with cord compres- sion. Skeletal Radiol 18: 306-309, 1989. 23. Tapia, G.: Osteocondroma; exostosis osteo-cartilaginosa. Rev Fac Cienc Med Cuenca (Equador) 17: 74- 96, 1988. 24. Waine, Z.Mc.: Hereditary multiple exostoses. AFP Radiographic High- lights 38: 191-192, 1988. 25. Wen, D.Y., Bergman, T.A. & Haines, S.J.: Acute cervical myelopathy from hereditary multiple exostoses: case report. Neurosurgery 25: 472- 475, 1989. 26. Yablon, J.S.: Osteochondroma of the vertebral column. Neurosurgery 27: 659-660, 1990. < < Voltar Todos os direitos reservados para Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - 2006 Melhor visualizado com Internet Explorer em 800X600 http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=348&idIdioma=1 16-05-2011