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ARTROPATIAS
MICROCRISTALINAS
Alambert, PA
Disciplina de Reumatologia
2016
CONCEITO
•Processo inflamatório articular e/ou peri-
articular induzido por microcristais
CRISTAL
C
A
U
S
A
C
O
N
S
E
Q
U
E
N
C
I
A
Formação dos Cristais no organismo
Sistemas que favorecem
Sistemas que impedem
Sistemas que favorecem x Sistemas que impedem
FAVORECEM
• Ossos
• Dentes
IMPEDEM
• Urina e saliva (presença de
proteínas inibidoras da formação de
cristais)
Formação de cristais em locais inapropriados
• Concentração muito alta do soluto
• Anomalia local que impediria a ação dos inibidores
naturais.Ex: As lesões calcificadas na tuberculose.
Duas situações
• 1-O cristal promove inflamação
• 2-Cartilagem danificada favorece deposição de cristais
1-O cristal promove inflamação
INFLAMAÇÃO
2-Cartilagem danificada favorece deposição de
cristais
Cartilagem
danificada
Depósito de cristais
Fisiopatologia
Lisozima
albumina
YIgG
Fagócitos e
Complementos
ATIVAÇÃO DE POLIMORFONUCLEARES
FORMAÇÃO DO FAGOLISOSSOMO
Ruptura do fagolisossomo
Ruptura do FLS. seguido
de liberação de enzimas
para dentro das células,
com morte das mesmas
Após a morte celular
ENZIMAS e radicais
de oxigênio livre
CRISTAL
OBSERVAÇÃO
• Quanto ao depósito dos cristais temos dois padrões
básicos: uma artrite aguda auto-limitada ou um depósito
crônico com características mais destrutivas.
• Quanto a localização os depósitos podem ser sistêmicos
(urato,oxalato e hidroxiapatita) ou somente em
articulações (pirofosfato de cálcio)
CRISTAIS NA DOENÇA ARTICULAR
• URATO MONOSSÓDICO
• PIROFOSFATO DE CÁLCIO
• HIDROXIAPATITA
• CARBONATO DE CÁLCIO
• COLESTEROL
• OUTROS
URATO MONOSSÓDICO
FORMAÇÕES EM AGULHA QUE AO MICROSCÓPIO COM LUZ POLARIZADA
APRESENTAM BIRREFRINGÊNCIA NEGATIVA.
PIROFOSFATO DE CÁLCIO
CRISTAIS ROMBOÉDRICOS E COM BIRREFRINGÊNCIA FRACAMENTE POSITIVA
PIROFOSFATO DE CÁLCIO
Cristais de triancinolona acetonida
Cristais de colesterol
GOTA
URATO MONOSSÓDICO
ConceitoConceito
• Doença crônica caracterizada por crises agudas e redicivantes de artrite,
consequentes a depósitos de urato de sódio nas articulações.
• Ocorre devido excesso de ácido úrico no sangue (hiperuricemia)
• Na maioria dos casos , a gota é primária e provém de uma hiperuricemia de
etiopatogenia complexa e mal elucidada.
• A doença é mais frequente no adulto do sexo masculino
ConceitoConceito
• A hiperuricemia pode ser devido a alterações metabólicas ou fatores
genéticos
• Associação com obesidade
• Ingestão de bebidas alcoólicas
• Hipertensão arterial
• Doenças renais
• Uso de diuréticos
HistóricoHistórico
• Do latim gutta que significa o resultado de uma instilação local- gota a gota
de um humor maléfico.
• Conhecida desde Asclepiades (grupo de médicos gregos) e descendentes de
Asclépio
• No século V a.C. , Hipócrates , o mais célebre entre eles, descreveu e anotou
e anotou a predileção da podagra para o homem e sua raridade na infância e
na mulher antes da menopausa.
HistóricoHistórico
• Ricos, poderosos, glutões e beberrões
EpidemiologiaEpidemiologia
• Idade: 30 a 60 anos
• Prevalência: 0,5 a 1,0 %
• Prevalência da hiperuricemia: 10 % após os 40 anos
• Sexo: homens 7-9 : 1 mulheres
Aspectos geraisAspectos gerais
• Crises de mono ou oligoartrite
• Forma crônica de poliartrite com deformidade óssea
• Nefrolitíase e disfunção renal
• Associação com dislipidemia, alterações do metabolismo glicêmico,
hipertensão arterial e doença cardiovascular
FisiopatologiaFisiopatologia
• Ácido úrico:
• Hiperuricemia: > 7 mg/dl –
hiperprodução ou hipoexcreção renal.
• Crise inflamatória: devido à formação de cristais
ClassificaçãoClassificação
• Primária:
• Defeito enzimático : aumento na produção de ácido úrico
• Hipoexcreção renal
• Secundária:
• Aumento do catabolismo (cirurgia, infecção, jejum prolongado, etc.)
• Hipoexcreção (insuficiência renal, álcool e diuréticos)
• Ingestão excessiva de proteínas (carnes e leguminosas)
Quadro ClínicoQuadro Clínico
• Crises de monoartrite aguda (eventualmente oligoartrite)
• Rápida instalação (pico em menos de 24 horas)
• Duração da crise: 3 a 7 dias
• Periodicidade das crises: em média a cada 2 a 3 meses
• Gota tofácea crônica
TopografiaTopografia
Periférica - pés: - qualquer articulação
1ª metatarsofalangeana (podagra)
Tornozelos, joelhos, cotovelos e mãos
Axial – muito rara
Exames complementaresExames complementares
• RX – Erosões em saca-bocado
- Densidade óssea peri-lesional aumentada
- Cistos ósseos
Ultrassonografia dos rins: litíase
Laboratório:
– Ácido úrico > 7 mg/dl
- Excreção baixa de ácido úrico (normal entre 300 e 800 mg / 24 h)
- Clearence baixo de ácido úrico (normal > 6 ml/min)
- Provas de fase aguda elevadas na crise
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- pesquisa de cristais de ácido úrico positiva
Monourato de
sódio
Pirofosfato de
cálcio
Gota tofáceaGota tofácea
DiagnósticoDiagnóstico
Manifestações clínicas (crises de mono/oligoartrite)
Hiperuricemia
RX característico (ou ressonância / tomografia)
Pesquisa de cristais positiva no líquido sinovial ou tofo
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Tratamento
1. Não medicamentoso:
∗ Orientações gerais
∗ Dieta: abolir bebidas alcoólicas, reduzir ingestão de carnes e leguminosas-grãos
∗ Fisioterapia
2. Medicamentoso:
A) Na crise:
-Antiinflamatórios não hormonais (1ª opção)
-Corticóide (2ª opção)
-Colchicina (3ª opção)
B) Preventivo:
∗ Uricosúricos (benzbromarona, probenecide e sulfinpirazone)
∗ Inibidores de síntese (alopurinol e febuxostate)
Casos Clínicos
Gota
• Primeira consulta:
• R.C.N. 32 anos
• Encaminhado por hiperuricemia assintomática
• Ácido úrico:9,2mg/ml
• Sedentário
• Dieta rica em proteína
• Sobrepeso
• História familiar positiva para hipertensão arterial, diabetes, doença coronariana
Gota
• Segunda consulta:
• R.C.N, 40 anos
• Há 2 dias dor de forte intensidade em hálux D, associado a calor, eritema, e edema
local.
• Nega trauma, febre, episódios previos
Gota
∗ Terceira consulta:Terceira consulta:
∗ R.C.N., 48 anosR.C.N., 48 anos
∗ Episódios recorrentes de dor monoarticular, duração de 5-7 dias, não precedido porEpisódios recorrentes de dor monoarticular, duração de 5-7 dias, não precedido por
trauma, associado a calor, edema, e hiperemia local.trauma, associado a calor, edema, e hiperemia local.
∗ Refere episódios de dor em pé D, joelho D, tornozelo E, e cotovelo D. AproximadamenteRefere episódios de dor em pé D, joelho D, tornozelo E, e cotovelo D. Aproximadamente
2x/mês.2x/mês.
∗ Melhora com o uso de diclofenacoMelhora com o uso de diclofenaco
∗ Assintomático entre as crisesAssintomático entre as crises
Lesão em saca bocado
Gota
∗ Quarta consulta:Quarta consulta:
∗ R.C.N., 48 anosR.C.N., 48 anos
∗ Está em uso de alopurinol 200mg/dia e colchicina 1mg à noiteEstá em uso de alopurinol 200mg/dia e colchicina 1mg à noite
∗ Iniciou atividade física e suspendeu bebida alcóolica há 3 mesesIniciou atividade física e suspendeu bebida alcóolica há 3 meses
∗ Emagreceu…Emagreceu…
∗ Ácido úrico: 6,8mg/mlÁcido úrico: 6,8mg/ml
Gota
• Sexta consulta:Sexta consulta: R.C.N, 56 anosR.C.N, 56 anos
• Poliartrite de mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pé DPoliartrite de mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pé D
• Tofos em cotovelosTofos em cotovelos
• Uso diario de diclofenaco 150mgUso diario de diclofenaco 150mg
• Episódio de hemorragia digestiva baixa há 3 diasEpisódio de hemorragia digestiva baixa há 3 dias
• Ácido úrico:13mg/mlÁcido úrico:13mg/ml
• Creatinina:3,2mg/mlCreatinina:3,2mg/ml
Caso Clínico
Aspe cto do cotove lo de um pacie nte
com GO TA
As p e c to rad io lóg ic o d o c otove lo d o
m e s m o pa c ie nte
Im a ge m dos pé s a com e tidos pe la
G OTA
As p e c to rad io lóg ic o d os pé s do m e s m o
p ac ie nte
Ma te ria l utiliza do p ara p unç ã o da b urs a
o le c ra nia na
Eta p as da p unç ã o
1 – antis s e ps ia d o lo c al c o m PVPI
Eta p as da p unç ã o
2 – ap lic a ç ã o de a ne s te s ia lo c a l
(xilo c aína 2 % )
Eta p as da p unç ã o
3 – c o loc aç ão d o c a m p o e s té ril
Eta p as da p unç ã o
4 – iníc io da p unç ã o
Eta p as da p unç ã o
5 – m a te rial c om as pe c to d e “c re m e
d e nta l” c o lhid o da b urs a
Eta pas da p unç ã o
6 – C ura tivo a pó s o pro c e d im e nto
Artropatias microcristalinas 2016

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Artropatias microcristalinas 2016

  • 2. CONCEITO •Processo inflamatório articular e/ou peri- articular induzido por microcristais
  • 4. Formação dos Cristais no organismo Sistemas que favorecem Sistemas que impedem
  • 5. Sistemas que favorecem x Sistemas que impedem FAVORECEM • Ossos • Dentes IMPEDEM • Urina e saliva (presença de proteínas inibidoras da formação de cristais)
  • 6. Formação de cristais em locais inapropriados • Concentração muito alta do soluto • Anomalia local que impediria a ação dos inibidores naturais.Ex: As lesões calcificadas na tuberculose.
  • 7. Duas situações • 1-O cristal promove inflamação • 2-Cartilagem danificada favorece deposição de cristais
  • 8. 1-O cristal promove inflamação INFLAMAÇÃO
  • 9. 2-Cartilagem danificada favorece deposição de cristais Cartilagem danificada Depósito de cristais
  • 13. Ruptura do fagolisossomo Ruptura do FLS. seguido de liberação de enzimas para dentro das células, com morte das mesmas
  • 14. Após a morte celular ENZIMAS e radicais de oxigênio livre CRISTAL
  • 15. OBSERVAÇÃO • Quanto ao depósito dos cristais temos dois padrões básicos: uma artrite aguda auto-limitada ou um depósito crônico com características mais destrutivas. • Quanto a localização os depósitos podem ser sistêmicos (urato,oxalato e hidroxiapatita) ou somente em articulações (pirofosfato de cálcio)
  • 16. CRISTAIS NA DOENÇA ARTICULAR • URATO MONOSSÓDICO • PIROFOSFATO DE CÁLCIO • HIDROXIAPATITA • CARBONATO DE CÁLCIO • COLESTEROL • OUTROS
  • 17. URATO MONOSSÓDICO FORMAÇÕES EM AGULHA QUE AO MICROSCÓPIO COM LUZ POLARIZADA APRESENTAM BIRREFRINGÊNCIA NEGATIVA.
  • 18. PIROFOSFATO DE CÁLCIO CRISTAIS ROMBOÉDRICOS E COM BIRREFRINGÊNCIA FRACAMENTE POSITIVA
  • 23. ConceitoConceito • Doença crônica caracterizada por crises agudas e redicivantes de artrite, consequentes a depósitos de urato de sódio nas articulações. • Ocorre devido excesso de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) • Na maioria dos casos , a gota é primária e provém de uma hiperuricemia de etiopatogenia complexa e mal elucidada. • A doença é mais frequente no adulto do sexo masculino
  • 24. ConceitoConceito • A hiperuricemia pode ser devido a alterações metabólicas ou fatores genéticos • Associação com obesidade • Ingestão de bebidas alcoólicas • Hipertensão arterial • Doenças renais • Uso de diuréticos
  • 25. HistóricoHistórico • Do latim gutta que significa o resultado de uma instilação local- gota a gota de um humor maléfico. • Conhecida desde Asclepiades (grupo de médicos gregos) e descendentes de Asclépio • No século V a.C. , Hipócrates , o mais célebre entre eles, descreveu e anotou e anotou a predileção da podagra para o homem e sua raridade na infância e na mulher antes da menopausa.
  • 27. EpidemiologiaEpidemiologia • Idade: 30 a 60 anos • Prevalência: 0,5 a 1,0 % • Prevalência da hiperuricemia: 10 % após os 40 anos • Sexo: homens 7-9 : 1 mulheres
  • 28. Aspectos geraisAspectos gerais • Crises de mono ou oligoartrite • Forma crônica de poliartrite com deformidade óssea • Nefrolitíase e disfunção renal • Associação com dislipidemia, alterações do metabolismo glicêmico, hipertensão arterial e doença cardiovascular
  • 29.
  • 30. FisiopatologiaFisiopatologia • Ácido úrico: • Hiperuricemia: > 7 mg/dl – hiperprodução ou hipoexcreção renal. • Crise inflamatória: devido à formação de cristais
  • 31. ClassificaçãoClassificação • Primária: • Defeito enzimático : aumento na produção de ácido úrico • Hipoexcreção renal • Secundária: • Aumento do catabolismo (cirurgia, infecção, jejum prolongado, etc.) • Hipoexcreção (insuficiência renal, álcool e diuréticos) • Ingestão excessiva de proteínas (carnes e leguminosas)
  • 32. Quadro ClínicoQuadro Clínico • Crises de monoartrite aguda (eventualmente oligoartrite) • Rápida instalação (pico em menos de 24 horas) • Duração da crise: 3 a 7 dias • Periodicidade das crises: em média a cada 2 a 3 meses • Gota tofácea crônica
  • 33.
  • 34. TopografiaTopografia Periférica - pés: - qualquer articulação 1ª metatarsofalangeana (podagra) Tornozelos, joelhos, cotovelos e mãos Axial – muito rara
  • 35. Exames complementaresExames complementares • RX – Erosões em saca-bocado - Densidade óssea peri-lesional aumentada - Cistos ósseos Ultrassonografia dos rins: litíase Laboratório: – Ácido úrico > 7 mg/dl - Excreção baixa de ácido úrico (normal entre 300 e 800 mg / 24 h) - Clearence baixo de ácido úrico (normal > 6 ml/min) - Provas de fase aguda elevadas na crise - Líquido sinovial: predomínio de polimorfonucleares - pesquisa de cristais de ácido úrico positiva
  • 38. DiagnósticoDiagnóstico Manifestações clínicas (crises de mono/oligoartrite) Hiperuricemia RX característico (ou ressonância / tomografia) Pesquisa de cristais positiva no líquido sinovial ou tofo (confirmatório)
  • 39. Tratamento 1. Não medicamentoso: ∗ Orientações gerais ∗ Dieta: abolir bebidas alcoólicas, reduzir ingestão de carnes e leguminosas-grãos ∗ Fisioterapia 2. Medicamentoso: A) Na crise: -Antiinflamatórios não hormonais (1ª opção) -Corticóide (2ª opção) -Colchicina (3ª opção) B) Preventivo: ∗ Uricosúricos (benzbromarona, probenecide e sulfinpirazone) ∗ Inibidores de síntese (alopurinol e febuxostate)
  • 41. Gota • Primeira consulta: • R.C.N. 32 anos • Encaminhado por hiperuricemia assintomática • Ácido úrico:9,2mg/ml • Sedentário • Dieta rica em proteína • Sobrepeso • História familiar positiva para hipertensão arterial, diabetes, doença coronariana
  • 42. Gota • Segunda consulta: • R.C.N, 40 anos • Há 2 dias dor de forte intensidade em hálux D, associado a calor, eritema, e edema local. • Nega trauma, febre, episódios previos
  • 43. Gota ∗ Terceira consulta:Terceira consulta: ∗ R.C.N., 48 anosR.C.N., 48 anos ∗ Episódios recorrentes de dor monoarticular, duração de 5-7 dias, não precedido porEpisódios recorrentes de dor monoarticular, duração de 5-7 dias, não precedido por trauma, associado a calor, edema, e hiperemia local.trauma, associado a calor, edema, e hiperemia local. ∗ Refere episódios de dor em pé D, joelho D, tornozelo E, e cotovelo D. AproximadamenteRefere episódios de dor em pé D, joelho D, tornozelo E, e cotovelo D. Aproximadamente 2x/mês.2x/mês. ∗ Melhora com o uso de diclofenacoMelhora com o uso de diclofenaco ∗ Assintomático entre as crisesAssintomático entre as crises Lesão em saca bocado
  • 44. Gota ∗ Quarta consulta:Quarta consulta: ∗ R.C.N., 48 anosR.C.N., 48 anos ∗ Está em uso de alopurinol 200mg/dia e colchicina 1mg à noiteEstá em uso de alopurinol 200mg/dia e colchicina 1mg à noite ∗ Iniciou atividade física e suspendeu bebida alcóolica há 3 mesesIniciou atividade física e suspendeu bebida alcóolica há 3 meses ∗ Emagreceu…Emagreceu… ∗ Ácido úrico: 6,8mg/mlÁcido úrico: 6,8mg/ml
  • 45. Gota • Sexta consulta:Sexta consulta: R.C.N, 56 anosR.C.N, 56 anos • Poliartrite de mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pé DPoliartrite de mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pé D • Tofos em cotovelosTofos em cotovelos • Uso diario de diclofenaco 150mgUso diario de diclofenaco 150mg • Episódio de hemorragia digestiva baixa há 3 diasEpisódio de hemorragia digestiva baixa há 3 dias • Ácido úrico:13mg/mlÁcido úrico:13mg/ml • Creatinina:3,2mg/mlCreatinina:3,2mg/ml
  • 47. Aspe cto do cotove lo de um pacie nte com GO TA
  • 48. As p e c to rad io lóg ic o d o c otove lo d o m e s m o pa c ie nte
  • 49. Im a ge m dos pé s a com e tidos pe la G OTA
  • 50. As p e c to rad io lóg ic o d os pé s do m e s m o p ac ie nte
  • 51. Ma te ria l utiliza do p ara p unç ã o da b urs a o le c ra nia na
  • 52. Eta p as da p unç ã o 1 – antis s e ps ia d o lo c al c o m PVPI
  • 53. Eta p as da p unç ã o 2 – ap lic a ç ã o de a ne s te s ia lo c a l (xilo c aína 2 % )
  • 54. Eta p as da p unç ã o 3 – c o loc aç ão d o c a m p o e s té ril
  • 55. Eta p as da p unç ã o 4 – iníc io da p unç ã o
  • 56. Eta p as da p unç ã o 5 – m a te rial c om as pe c to d e “c re m e d e nta l” c o lhid o da b urs a
  • 57. Eta pas da p unç ã o 6 – C ura tivo a pó s o pro c e d im e nto