O documento discute as causas da variação linguística, mencionando que a variação ocorre devido a fatores linguísticos e não linguísticos, como a região, a idade, o gênero e a classe social dos falantes. A variação é natural em todas as línguas e reflete a diversidade sociocultural.
1. Narrativas de aprendizado:
Atenção ao ED;
Aulas interativas;
Ler mais sobre os conteúdos;
Ir além da faculdade;
Problemas pessoais;
Maior dedicação;
Ser mais participativo;
Desentendimentos (aluno/aluno/professor);
Retomando a aula anterior...Retomando a aula anterior...
2. Ser mais participativo;
Desentendimentos (aluno/aluno/professor);
Trabalhos em grupo;
Mais atenção nas aulas;
Frequência;
Boas lembranças;
Satisfação em cursar o ensino superior;
Novos aprendizados;
Trabalhos em grupo;
Aproximação com os colegas;
União da turma e confraternizações.
4. Conhecimentos Prévios...
FALA
É a expressão, é natural, por meio da interação com as pessoas;
Som, Manifestação oral dos pensamentos, sentimentos e desejos;
Se caracteriza por tudo que ouvimos;
Se dá pelo meio em que vivemos;
Se aprende no dia a dia;
Meio de comunicação humana.
6. Relação fala e escrita:
• Andam juntas como ler e escrever;
• Não escrevemos como falamos;
• Quanto mais se lê, melhor a fala e a escrita;
• Andam juntas, porém com características singulares;
• É como um casamento;
• Diversidade regional;
• Se fala bem, escreve bem e vice-versa;
• Primeiro veio a fala e depois a escrita;
9. REFERENCIAL TEÓRICO BÁSICO
MARCUSCHI, L; DIONÍZIO, A. P.
Princípios gerais para o tratamento das
relações entre a fala e a escrita. In:
MARCUSCHI, L; DIONÍZIO, A. P. (org).
Fala e escrita. Ed. 1. 1ª Reimp. Belo
Horizonte: Autêntica, 2007. p. 13-30.
10. Justificativa
Por que é importante saber o que é fala
e o que é escrita?
•Esses conceitos são a base do ensino
aprendizado de leitura e escrita.
11. METODOLOGIA
1) Apresentação da aula;
2) As relações entre fala e escrita.
3) Vídeo
4) Estudo dirigido do texto
5) Discussões
12. “Mais do que um simples
instrumento, a língua é uma
prática social que produz e organiza as
formas de vida, as formas de ação e as
formas de conhecimento.”
O que é a Língua?
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 14)
Como se apresenta a língua?
13. Textos
Orais Escritos
“[...] com a presença de semiologias de
outras áreas, como a gestualidade e o
olhar, na fala, ou elementos pictóricos e
gráficos, na escrita.”
Modalidade Modalidade
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 14)
14. A língua tem como características:
• É universal
• É histórica
• É situada
“[…] todos os povos têm uma língua e com ela referem,
significam, agem, contextualizam, expressam suas ideias,
etc.” (MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 26).
“[…] cada uma é histórica e tem surgimento no tempo”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 26).
“[…] todo texto é produzido por alguém situado em algum
contexto, e toda produção discursiva é localizada.
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 26).
15. O que mais fazemos?
Falar? Escrever?
Quem tem mais prestígio?
+ olhar
+ gestos
Etc…
+ gráficos
+ imagens
Etc.
16. Falamos mais do que escrevemos.
“Portanto,
mesmo vivendo
numa sociedade
em que a escrita
entrou de forma
bastante
generalizada,
continuamos
falando
mais do que
escrevendo.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 13-14)
17. “Basta observar nossa vida diária
desde que acordamos até o final do
dia para constatar que falamos
com nossos familiares, amigos ou desconhecidos, contamos histórias,
piadas, telefonamos, comentamos notícias, fofocamos, cantamos e,
eventualmente, organizamos listas de compras, escrevemos
bilhetes e cartas, fazemos anotações, redigimos atas de
reuniões de condomínio, preenchemos formulários e
assim por diante.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 13-14)
18. A relação fala e escrita
“Defendemos, tal como proposto pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), a necessidade de estudar as questões
relacionadas à oralidade como um ponto de
partida para entender o funcionamento
da escrita.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 14).
Tese de Marcuschi
23. “[...] sobretudo no período inicial
da alfabetização, já que a fala tem
modos próprios de organizar, desenvolver e
manter as atividades discursivas.”
A fala influencia a escrita
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 15)
Resposta:
26. “[…] os bate-papos que são
diálogos por escrito e tem
características de simutaneidade
temporal na produção.
Essa questão acarreta várias
consequencias nos processos de
textualização, que se aproximam
da fala.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 23)
27. Ou seja…
• A escrita é simultanea
como a fala. Escreve-se
logo. Revisa-se pouco.
• Há sinais de interação
(vistos, enviado, chegou),
como os gestos na fala.
• Há balões indicando
movimento.
LEMBRE-SE: O texto não está mal escrito.
Ele apenas se aproxima da fala.
28. Nova forma de interação
Mescla-se três sistemas: o sistema
ideográfico (pictogramas e ideogramas),
o sistema silábico e o sistema alfabético.
(COSTA, 2009, p. 62-67)
Há uma escrita oralizada ou falar-escrito.
Características (gerais): abreviada/contraída, sem separação entre as palavras
(como na escrita inicial), abreviação fonética (vc, tv, tb), entonacional (uso de
muitos sinais de pontuação, caixa alta, alongamentos), uso de recursos icônicos
(emoticons, risadas), grafismos (*__*), etc.
30. “Todas essas características constituem um novo
código (sistema de escrita e de escritura) discursivo
criado pelos internautas. São formas de escrita e escrituras
híbridas escripturais (desenhos, scripts), logográficas,
topogrâmicas, alfabéticas..., com uma nova sintaxe e novo
ritmo “conversacional”, com novas formatações linguístico-
rituais, com novos parâmetros espaço-tipográficos.”
(COSTA, 2009, p. 66 – verbete Chat)
31. O estudo sistemático da relação
oralidade e escrita é recente
Ainda assim…
(Cf. MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, [p. 24])
1980
“[…] até a década de 80 do século XX,
poucos se dedicavam aos
estudos das relações entre a fala e a
escrita” (MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 24)
Ou se estudava a escrita ou a fala.(Cf. MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, [p. 23-24])
32. 1980 --------------- atual
+ Estudos da relação
fala e escrita
-- Estudos da relação
fala e escrita
“De uns tempos para cá, os linguistas resolveram
tratar do tema de modo crescente, após um longo período de
estagnação dos estudos sobre a fala.” (MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 24)
33. O ensino hoje mudou…
Antes dava-se atenção aos aspectos formais
da língua, “[…] tais como regras e normas da
língua, acentuando um ensino metalinguístico da
língua.” (MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 16)
34. “Hoje, há uma grande sensibilidade
para os usos da língua. O ensino volta-
se para a produção textual e para a compreensão
tendo em vista os gêneros textuais e
as modalidades de uso da língua e
seu funcionamento.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 16)
36. A Fala é o som
A escrita é a grafia
Essa resposta é simplista demais…
A única dicotomia válida, quanto ao meio:
37. São mitos:
FALA ESCRITA
Varia É homogenea
É instável É estável
É informal É formal
(Cf. MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, [p. 25])
“Hoje ninguém mais aceita essa divisão estreita porque uma
simples análise da produção textual escrita desmente isso.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 25)
38. A FALA varia:
“[…] a variação linguística é normal,
natural e comum em todas as línguas, pois todas
as línguas variam, não devemos estranhar as
diferenças existentes entre os falantes do
português nas diversas regiões do Brasil.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 15)
39. A variação linguística na fala
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Vp0pMLsTSk0
40. A Escrita tb varia:
A escrita não varia tanto, mas também varia,
“[…] dado que a escrita tem normas e
padrões ditados pelas academias.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 15)
“ Mas isso não significa que não haja
variação nos modos de escrever.
Sabemos que essa variação existe […]”
42. Algumas características
do Português Brasileiro (PB)
Variedades
(BAGNO, 2011, p. 986)
Norma-padrão
Eu falo
Tu falas
Ele fala
Nós falamos
Vós falais
Eles falam
Norma culta (PB)
Eu falo /
Tu falas / tu fala / você fala
Ele fala
Nós falamos / a gente fala
Vocês falam
Eles falam
43. “Nossa intenção é mostrar que os
usos da língua são variados, ricos e
podem ser muito criativos. Isso não
equivale, no entanto, a defender um vale-
tudo, pois a variação tem um
limite que não pode ser ignorado.”
(MARCUSCHI; DIONÍSIO, 2007, p. 16).
Há regras até para a variação…
45. ALKMIM, T. M. Sociolingüística (parte 1). In: MUSSALIM, F. BENTES, A. C.
Introdução à sociolingüística: domínios e fronteiras. Vol. 01. São Paulo:
Contexto, 2001. p. 21-47.
CAMACHO, R. G. Sociolingüística (parte 2). In: MUSSALIM, F. BENTES, A.
C. Introdução à sociolingüística: domínios e fronteiras. Vol. 01. São
Paulo: Contexto, 2001. p. 50-75.
MATZENAUER, C. L. Introdução à teoria fonológica. In: BISOL, L. (Org.).
Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. 4°Ed. Rev. e
Ampl. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005. p. 11-13.
SILVA, V. L. P. da. Relevância das variáveis lingüísticas. In: MOLLICA, M.C.;
BRAGA, M. L. (Orgs.). Introdução à sociolingüística: o tratamento da
variação. São Paulo: Contexto, 2003. p. 67-71.
MOLLICA, M. C. Relevância das variáveis não lingüísticas. In: MOLLICA,
M.C.; BRAGA, M. L. (Orgs.). Introdução à sociolingüística: o tratamento
da variação. São Paulo: Contexto, 2003. p. 23-31.