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O PAÍS
RURAL E
SENHORIAL
Concluída a Reconquista e fortalecidas as
fronteiras, os monarcas passam a centrar
a sua atenção no desenvolvimento interno
do reino. A defesa e a fixação de novos
povoadores cristãos são, então, áreas
prioritárias.
Entre os sécs. XII-XIII podemos encontrar um Portugal país rural,
estruturado pelos senhorios, e um Portugal país urbano dinamizado pelos
concelhos.
A nobreza combatia ao lado
do rei e ganhava a sua
confiança.
O clero apoiava o rei e as ordens
religiosas contribuíam para a
conquista ou reconquista de
territórios.
Durante a Reconquista Cristã perante a ameaça muçulmana e os conflitos entre os
reinos cristãos, os reis procuraram organizar a sua defesa.
Estabelecendo laços com a nobreza e clero, com os seguintes propósitos:
- Organização defensiva;
- Estabelecimento de quadros administrativos;
- Repovoamento das regiões;
Como?
O país rural e senhorial
O rei recompensava com terras (senhorios) os que o ajudavam na guerra e na
administração dos territórios.
Tipo de senhorios
Honras
(identificavam-se pela presença de um castelo,
torre ou solar que ilustram o poder do senhor);
Reguengos
(poucos restaram
após a
Reconquista)
Coutos
(identificavam-se pela
presença de um mosteiro, de
uma Sé Catedral ou de um
castelo)
Origem dos senhorios
• direito de presúria
• doações régias
• doações de nobres
Privilégios
- posse de terra (poder fundiário)
- posse de armas e comando
militar (poder militar)
- poder fiscal e judicial
- imunidade
Dentro dos seus domínios, os
senhores tinham:
Poder de ban/ poder senhorial
A posse de terra e o exercício dos direitos senhoriais sobre as populações
conferiam aos senhorios um estatuto privilegiado, muitas vezes
confrontando o poder do próprio rei.
Como é que um senhor se tornava
dono de um castelo ou feudo?
Através dos laços de vassalagem
Senhor
mais poderoso
As relações feudo-vassálicas
Relações de vassalagem entre dois senhores
Suserano
Senhor
menos poderoso
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Contrato de vassalagem
Jura-lhe fidelidade e
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2º- Juramento de
fidelidade
O vassalo encomenda-
-se ao suserano
1º- Homenagem
Em troca, o suserano
concede-lhe um
benefício ou feudo
3º- Investidura
Deveres do
suserano
Proteção
Concessão do
feudo
Deveres do
Vassalo
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ou monetário
Fidelidade e
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Contratos
(estabelecidos entre senhores e
camponeses)
Temporários
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(ou enfitêuticos)
Domínio senhorial
• Reserva, Quintã (nobreza) ou Granja (clero) – propriedade explorada diretamente pelo
senhor;
• Casais ou Mansos– propriedades arrendadas aos camponeses
Domínio senhorial (reconstituição)
Laços de dependência entre os senhores (laicos e eclesiásticos) e as comunidades rurais
Herdadores
homens livres
que possuíam
alódios
(propriedades
herdadas dos seus
antepassados);
que, com D.
Afonso II,
passam a estar
sujeitos às
obrigações
senhoriais;
Colonos
(foreiros,
malados,
vilãos) homens
livres que
arrendavam as
terras e
ficavam
sujeitos aos
direitos
senhoriais e
dominiais;
Servos
antigos escravos
libertos a quem
o senhor dava
casais para
exploração
agrícola e por
isso sujeitos a
prestações como
jeiras, rendas.
Não podiam
abandonar as
terras do
senhorio, nem
ser expulsos das
mesmas.
Assalariados
tinham
trabalho
temporário e
por isso não
possuíam
habitação
própria. O seu
trabalho era
intenso no
Verão e
escasseava no
Inverno.
Escravos
maioritária-
mente
muçulmanos
ligados a
trabalhos
domésticos e
artesanais.
Domínios
senhoriais
Direitos dominiais (provinham da
exploração económica do solo)
Direitos senhoriais (resultavam do
poder político)
Como se estruturava a sociedade feudal?
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Labor do Clero é orar a Deus
E fazer justiça o do cavaleiro;
O pão arranjam-lhe os trabalhadores.
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Quem dominava a sociedade feudal?
O mosteiroO castelo
Rei (suserano dos suseranos)
Os grandes senhores (nobres e
alto clero)
Os pequenos vassalos
(cavaleiros)
O castelo
O mosteiro
A partir da segunda metade do séc. XIII, os reis
portugueses encetaram um processo de reforço da
sua autoridade, procurando diminuir a autonomia
dos senhores e centralizar o poder na pessoa do rei.

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O país rural e senhorial

  • 2. Concluída a Reconquista e fortalecidas as fronteiras, os monarcas passam a centrar a sua atenção no desenvolvimento interno do reino. A defesa e a fixação de novos povoadores cristãos são, então, áreas prioritárias. Entre os sécs. XII-XIII podemos encontrar um Portugal país rural, estruturado pelos senhorios, e um Portugal país urbano dinamizado pelos concelhos.
  • 3. A nobreza combatia ao lado do rei e ganhava a sua confiança. O clero apoiava o rei e as ordens religiosas contribuíam para a conquista ou reconquista de territórios. Durante a Reconquista Cristã perante a ameaça muçulmana e os conflitos entre os reinos cristãos, os reis procuraram organizar a sua defesa. Estabelecendo laços com a nobreza e clero, com os seguintes propósitos: - Organização defensiva; - Estabelecimento de quadros administrativos; - Repovoamento das regiões; Como? O país rural e senhorial
  • 4. O rei recompensava com terras (senhorios) os que o ajudavam na guerra e na administração dos territórios. Tipo de senhorios Honras (identificavam-se pela presença de um castelo, torre ou solar que ilustram o poder do senhor); Reguengos (poucos restaram após a Reconquista) Coutos (identificavam-se pela presença de um mosteiro, de uma Sé Catedral ou de um castelo) Origem dos senhorios • direito de presúria • doações régias • doações de nobres
  • 5. Privilégios - posse de terra (poder fundiário) - posse de armas e comando militar (poder militar) - poder fiscal e judicial - imunidade Dentro dos seus domínios, os senhores tinham: Poder de ban/ poder senhorial
  • 6. A posse de terra e o exercício dos direitos senhoriais sobre as populações conferiam aos senhorios um estatuto privilegiado, muitas vezes confrontando o poder do próprio rei. Como é que um senhor se tornava dono de um castelo ou feudo? Através dos laços de vassalagem Senhor mais poderoso As relações feudo-vassálicas Relações de vassalagem entre dois senhores Suserano Senhor menos poderoso Vassalo Contrato de vassalagem Jura-lhe fidelidade e promete servi-lo com homens e armas 2º- Juramento de fidelidade O vassalo encomenda- -se ao suserano 1º- Homenagem Em troca, o suserano concede-lhe um benefício ou feudo 3º- Investidura
  • 7. Deveres do suserano Proteção Concessão do feudo Deveres do Vassalo Auxílio militar ou monetário Fidelidade e conselho
  • 8. Contratos (estabelecidos entre senhores e camponeses) Temporários (duas ou três gerações) Vitalícios (ou enfitêuticos) Domínio senhorial • Reserva, Quintã (nobreza) ou Granja (clero) – propriedade explorada diretamente pelo senhor; • Casais ou Mansos– propriedades arrendadas aos camponeses Domínio senhorial (reconstituição)
  • 9. Laços de dependência entre os senhores (laicos e eclesiásticos) e as comunidades rurais Herdadores homens livres que possuíam alódios (propriedades herdadas dos seus antepassados); que, com D. Afonso II, passam a estar sujeitos às obrigações senhoriais; Colonos (foreiros, malados, vilãos) homens livres que arrendavam as terras e ficavam sujeitos aos direitos senhoriais e dominiais; Servos antigos escravos libertos a quem o senhor dava casais para exploração agrícola e por isso sujeitos a prestações como jeiras, rendas. Não podiam abandonar as terras do senhorio, nem ser expulsos das mesmas. Assalariados tinham trabalho temporário e por isso não possuíam habitação própria. O seu trabalho era intenso no Verão e escasseava no Inverno. Escravos maioritária- mente muçulmanos ligados a trabalhos domésticos e artesanais. Domínios senhoriais Direitos dominiais (provinham da exploração económica do solo) Direitos senhoriais (resultavam do poder político)
  • 10. Como se estruturava a sociedade feudal? Quais as ordens sociais? Quais as suas funções? Labor do Clero é orar a Deus E fazer justiça o do cavaleiro; O pão arranjam-lhe os trabalhadores. Um alimenta, outro reza, o terceiro defende, No campo, na cidade, no mosteiro; Ajudam-se em seus mesteres, Os três, para boa ordem. Poema do século XII Povo Nobrez a Clero
  • 11. Quem dominava a sociedade feudal? O mosteiroO castelo Rei (suserano dos suseranos) Os grandes senhores (nobres e alto clero) Os pequenos vassalos (cavaleiros)
  • 14. A partir da segunda metade do séc. XIII, os reis portugueses encetaram um processo de reforço da sua autoridade, procurando diminuir a autonomia dos senhores e centralizar o poder na pessoa do rei.