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A civilização feudal
Página 7
O período medieval no Ocidente é considerado pelos historiadores uma fase de
acomodações envolvendo tradições distintas.
Elementos de origem romana foram amalgamados a valores dos grupos bárbaros que
invadiram as terras romanas.
Nesse espaço social, uma herança romana, o colonato, garantiu a permanência de
populações em áreas rurais, que passaram a pagar tributo não mais a Roma e sim aos
donos das terras.
No Sistema de Colonato o trabalho era servil.
Os povos germânicos.
Os germânicos estavam divididos em: Visigodos
Ostrogodos
Suevos
Burgúndios
Francos
Vândalos
Anglos
Saxões
Esses grupos eram fragmentados em tribos, organizados entre os homens guerreiros e
os agricultores que eram responsáveis pelo sustento das tribos.
A vida econômica era pontuada por trocas, não havia a prática da cunhagem de moedas.
O intercâmbio era pautado pelo escambo dificultando um comércio mais intenso entre
os grupos germânicos.
A economia de base agrária, marcada pela subsistência, não havendo o excedente
comercial.
O germânicos não seguiam a tradição oral, a escrita não havia sido desenvolvida, sendo
tudo passado de pai pra filho, de geração em geração no chamado direito
consuetudinário.
Podemos observar a importância da palavra dada a comunidade. A honra estava na
palavra empenhada.
O Juramento de Fidelidade era comum nessas tribos, isso defini a obediência e a ordem
do grupo.
O Reino Franco.
Os francos estavam divididos em dois grupos: Os Ripuários e os Sálios.
A unidade entre os francos aconteceu com Clóvis, filho de Childerico I comandante
franco federado a Roma.
Clóvis teria sido o primeiro chefe de origem germânica a se converter aos cristianismo,
por volta de 496.
Clóvis fundou a primeira dinastia do reino franco, conhecida como Dinastia Merovíngia.
Os reis meroveus ficaram conhecidos pela guerra em nome da fé cristã.
Pepino de Heristal, mordomo do palácio, ficou famoso por lutar contra os hunos e
ampliar seus domínios francos ao controlar a Marca do Leste (atual território da
Áustria)
Seu descendente, Carlos Martel, ficou conhecido ao derrotar os islâmico na Batalha de
Poitiers, em 732.
Contendo a expansão islâmica na península Ibérica e incorporou vários territórios a oeste
da antiga região da Gália (atual França)
Pepino, o Breve combateu os lombardos que ameaçavam o papado romano, tomando-
lhe terra em 751.
Os Major Domus atuaram de forma tão decisiva que acabaram por fundar uma nova
Dinastia entre os francos, para Dinastia Carolíngia.
Em 754, o mordomo do paço conhecido como Pepino, o Breve tornou-se rei dos francos,
após entregar terras na Península Itália e igreja (patrimônio de São Pedro).
A dinastia carolíngia.
Pepino, o Breve, continuou sua política de conquista estreitando ainda mais os laços com
a igreja romana,
Dominou povos e exigiu a conversão da fé cristã.
O representante carolíngio mais importante foi o filho mais velho de Pepino, o Breve:
Carlos Magno.
Este imperador ampliou as conquistas de seu pai, realizando novas conversões ao
cristianismo.
Carlos Magno dominou muitos territórios e a igreja reconheceu em sua pessoa um
homem em condições de deter o título de imperador do ocidente.
Para a igreja era a possibilidade de harmonização entre o poder espiritual e o poder
temporal.
O rei franco foi convidado a passar o Natal do ano de 800 em Roma, local onde foi
coroado imperador do ocidente, originando o chamada de Império Carolíngio.
Carlos magno procurou formentar as artes e a educação, movimento conhecido por
Renascimento Carolíngio.
O imperador estimulou a formação do clero em criar escolas monástica e catedrais.
Tais escolas visavam à formação do clero e ensinavam que o bom cristão deveria
aprender o respeito ao papa e ao imperador.
O Papa correspondia ao poder espiritual, enquanto o imperador, ao poder temporal.
Incentivou as artes, em especial aquelas com caráter sagrado (música sacra).
Houve o apoio à preservação da memória do Império Romano, com os monges
copistas que passaram a organizar os acervos de livros.
Outro aspecto importante do Império de Carlos Magno foi o desenvolvimento de uma
política de defesa de seus domínios por meio da distribuição de terras.
Essa distribuição era feita entre os melhores guerreiros, exigindo o juramento de
fidelidade.
A igreja também ajudava na fiscalização com os ficais (homens da igreja) que
supervisionavam as terras distribuídas e se as ordens estavam sendo seguidas.
Tais funcionários eram chamados de Missi Dominici (enviados do senhor)
A distribuição de terra feita por Carlos Magno era através da relação entre Suserania e
vassalagem.
Os guerreiros não eram pagos com moedas e sim com terras.
Para Carlos Magno uma região forte é aquela que possui ótimos guerreiros, com isso o
imperador não teve problemas de disciplina.
Com a morte de Carlos Magno, seu filho Luís, o Piedoso.
Seu governo foi marcado por questões teológica deixa de se preocupar com as questões
militares.
Perdendo o apoio de grande guerreiros que viviam na zona de fronteira do império.
O resultado do afrouxamento nas relações entre imperador e guerreiros com a revolta
dos netos de Carlos Magno.
Aprisionaram o pai e fizeram um acordo dividindo as terras do império entre si
Terminada a experiência imperial dos carolíngios em 843, com o Tratado de verdum.
O território ao leste (laranja) ficou com Carlo, o Calo
O território do centro (Lilás) ficou com Lotário
O território ao oeste (verde) ficou com Luís, o germânico.
Esse tratado deu início a fragmentação territorial típica do que conhecemos como
feudalismo.
O feudalismo
Podemos afirmar que os historiadores denominam feudalismo um sistema que pretende
esclarecer ao lógicas da políticas, da economia e da sociedade da Europa Ocidental na
Idade Média.
Alguns tratam do feudalismo como uma produção feudal, dando ênfase ao aspecto
econômico que fomentou o surgimento de instituições políticas e culturais que
ordenavam o continente ocidental.
A política
A dimensão política pode ser explicitada na lógica do mando, do exercício do poder na
Idade Média.
Quanto mais terras um guerreiro possui, maior é a sua influência, quanto maior o
domínio territorial, maior o poder político.
Os Senhores da terras são chamados de Senhores Feudais.
Existia o estabelecimento de alianças cujo o elemento definidor é também o domínio de
terras, daí encontramos a ssuserania e a vassalagem.
Susserano é o nobre que doa um pedaço de sua terra a outro senhor, por um meio de
juramento de fidelidade, torna-se o vassalo.
A sociedade.
A dimensão social comunica-se com a política, pois o status social é conferido aos
homens da guerra.
Este se constituem em uma elite (aristocratica) que, por, hereditariedade, mantém o
controle de terras e constituindo-se em uma nobreza de sangue.
A sociedade é dividida basicamente em nobres e não nobres.
Aos nobres cabe a tarefa de zelar pela ordem, tendo por recursos as armas.
Os religiosos são fornecidos pelos dois grupos sociais.
Existem membros da igreja que pertencem à nobreza, ocupando os elevados cargos
de instituição (Alto Clero)
Outros oriundos dos não nobres que ocupavam a base da hierarquia da igreja (Baixo
Clero)
Devido a isso, normalmente falamos na existência de três ordens ou estamentos.
Havia os grupos do Oratores (clero)
Belattores (nobreza)
Labatores (não nobres)
A visão dessa sociedade não valorizava o indivíduo, pois a crença é que Deus,
determinou uma ordem social coletivista, em que existem homens destinados a oração
(clero), a guerra (nobres) e os que trabalhavam (não nobres).
Assim conhecemos a famosa divisão em três estados:
•Primeiro Estado: Clero;
•Segundo Estado: Nobreza Guerreira;
•Terceiro Estado: Trabalhadores
A Economia.
Houve a ruralização, destinada a subsistência.
Não havia uma preocupação com a produção de excedente comerciáveis, devendo
produzir para si e para todos no conjunto da sociedade.
Nessa dimensão econômica encontramos a exploração que havia sobre o trabalho
realizado pelo Terceiro Estado.
Inúmeros tributos foram cobrados pelos detentores do meio de produção.
A tributação era o instrumento básico de drenagem de riqueza do Terceiro Estado para o
Primeiro e Segundo Estado.
Dentre os tributos mais recorrentes e duradouros eram:
*Corveia- trabalho exercido pelo camponês no manso senhorial por alguns dias da
semana, normalmente 3 dias.
Toda a produção do manso senhorial era destinada ao senhor feudal, o que lhe garantia
parte da riqueza produzida pelos camponeses.
*Talha- tributo pago com parte da produção do mando servil, devido à produção que o
senhor dava aos habitantes de sua terra.
*Banalidade- tributo associado à utilização de equipamentos pertencentes ao senhor
feudal: Moinho
Estradas
Fornos
O pagamento usual era feito com o beneficiamento da produção do feudo, ou seja com a
moenda dos grãos e a fabricação do pão.
*Mão Morta- Pagamento pelo reconhecimento de um novo chefe de família após a morte
do pai.
Esse pagamento normalmente era realizado com a entrega de animais de criação pelo filho
mais velho de uma família camponesa que havia perdido o pai.
*Capitação tributo vinculado às populações que habitavam vilas e cidades.
O senhor fazia o censo (contagem da população) que deveria pagar por cabeça per capita.
Na maioria dos casos, o pagamento era realizado com atividades artesanais, que de
alguma forma, serviam ao senhor feudal. Marcenaria
Ferragem
Construções.
O poder senhorial, ou seja, o domínio territorial do senhor era base sobre a qual se
sustentava todo um leque de explorações no interior do feudo.
Cada senhor se tornava um pequeno rei, compondo com seus súditos, os elementos, de
uma micro-ordem na sociedade feudal.
A cultura.
A igreja sacramentava as relações políticas, econômicas e sociais.
As terras da igreja eram utilizadas pela nobreza que não tinha direito de primogenitura
para herdar dos pais.
A mentalidade profundamente mítica das populações favorecia a elaboração de
justificativas sobrenaturias.
A instituição difundiu uma visão de mundo teocêntrico, onde a fé era o maior valor.
A busca pelo paraíso celestial, o caminho da salvação associava-se a uma luta contra o
mal. Com isso havia uma mentalidade de dualismo.
Os que não seguiam a doutrina da igreja eram considerados hereges e combatidos com
extrema violência.
A figura feminina, sofreu com uma visão misógina que lhe conferia a responsabilidade
pela perdição humana.
Pois teria sida as corrupção de Eva que o homem havia saído do Paraíso Terreal.
Também podemos citar a própria condenação do corpo como a matéria instável que
expressa o pecado original oriundo da primeira mulher.
Muitas mulheres foram consideradas bruxas ou feiticeiras .

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  • 2. O período medieval no Ocidente é considerado pelos historiadores uma fase de acomodações envolvendo tradições distintas. Elementos de origem romana foram amalgamados a valores dos grupos bárbaros que invadiram as terras romanas. Nesse espaço social, uma herança romana, o colonato, garantiu a permanência de populações em áreas rurais, que passaram a pagar tributo não mais a Roma e sim aos donos das terras. No Sistema de Colonato o trabalho era servil.
  • 4. Os germânicos estavam divididos em: Visigodos Ostrogodos Suevos Burgúndios Francos Vândalos Anglos Saxões Esses grupos eram fragmentados em tribos, organizados entre os homens guerreiros e os agricultores que eram responsáveis pelo sustento das tribos. A vida econômica era pontuada por trocas, não havia a prática da cunhagem de moedas. O intercâmbio era pautado pelo escambo dificultando um comércio mais intenso entre os grupos germânicos. A economia de base agrária, marcada pela subsistência, não havendo o excedente comercial.
  • 5. O germânicos não seguiam a tradição oral, a escrita não havia sido desenvolvida, sendo tudo passado de pai pra filho, de geração em geração no chamado direito consuetudinário. Podemos observar a importância da palavra dada a comunidade. A honra estava na palavra empenhada. O Juramento de Fidelidade era comum nessas tribos, isso defini a obediência e a ordem do grupo.
  • 7. Os francos estavam divididos em dois grupos: Os Ripuários e os Sálios. A unidade entre os francos aconteceu com Clóvis, filho de Childerico I comandante franco federado a Roma. Clóvis teria sido o primeiro chefe de origem germânica a se converter aos cristianismo, por volta de 496. Clóvis fundou a primeira dinastia do reino franco, conhecida como Dinastia Merovíngia. Os reis meroveus ficaram conhecidos pela guerra em nome da fé cristã. Pepino de Heristal, mordomo do palácio, ficou famoso por lutar contra os hunos e ampliar seus domínios francos ao controlar a Marca do Leste (atual território da Áustria) Seu descendente, Carlos Martel, ficou conhecido ao derrotar os islâmico na Batalha de Poitiers, em 732.
  • 8. Contendo a expansão islâmica na península Ibérica e incorporou vários territórios a oeste da antiga região da Gália (atual França) Pepino, o Breve combateu os lombardos que ameaçavam o papado romano, tomando- lhe terra em 751. Os Major Domus atuaram de forma tão decisiva que acabaram por fundar uma nova Dinastia entre os francos, para Dinastia Carolíngia. Em 754, o mordomo do paço conhecido como Pepino, o Breve tornou-se rei dos francos, após entregar terras na Península Itália e igreja (patrimônio de São Pedro).
  • 10. Pepino, o Breve, continuou sua política de conquista estreitando ainda mais os laços com a igreja romana, Dominou povos e exigiu a conversão da fé cristã. O representante carolíngio mais importante foi o filho mais velho de Pepino, o Breve: Carlos Magno. Este imperador ampliou as conquistas de seu pai, realizando novas conversões ao cristianismo. Carlos Magno dominou muitos territórios e a igreja reconheceu em sua pessoa um homem em condições de deter o título de imperador do ocidente. Para a igreja era a possibilidade de harmonização entre o poder espiritual e o poder temporal. O rei franco foi convidado a passar o Natal do ano de 800 em Roma, local onde foi coroado imperador do ocidente, originando o chamada de Império Carolíngio.
  • 11. Carlos magno procurou formentar as artes e a educação, movimento conhecido por Renascimento Carolíngio. O imperador estimulou a formação do clero em criar escolas monástica e catedrais. Tais escolas visavam à formação do clero e ensinavam que o bom cristão deveria aprender o respeito ao papa e ao imperador. O Papa correspondia ao poder espiritual, enquanto o imperador, ao poder temporal. Incentivou as artes, em especial aquelas com caráter sagrado (música sacra). Houve o apoio à preservação da memória do Império Romano, com os monges copistas que passaram a organizar os acervos de livros. Outro aspecto importante do Império de Carlos Magno foi o desenvolvimento de uma política de defesa de seus domínios por meio da distribuição de terras. Essa distribuição era feita entre os melhores guerreiros, exigindo o juramento de fidelidade.
  • 12. A igreja também ajudava na fiscalização com os ficais (homens da igreja) que supervisionavam as terras distribuídas e se as ordens estavam sendo seguidas. Tais funcionários eram chamados de Missi Dominici (enviados do senhor) A distribuição de terra feita por Carlos Magno era através da relação entre Suserania e vassalagem. Os guerreiros não eram pagos com moedas e sim com terras. Para Carlos Magno uma região forte é aquela que possui ótimos guerreiros, com isso o imperador não teve problemas de disciplina. Com a morte de Carlos Magno, seu filho Luís, o Piedoso. Seu governo foi marcado por questões teológica deixa de se preocupar com as questões militares. Perdendo o apoio de grande guerreiros que viviam na zona de fronteira do império.
  • 13. O resultado do afrouxamento nas relações entre imperador e guerreiros com a revolta dos netos de Carlos Magno. Aprisionaram o pai e fizeram um acordo dividindo as terras do império entre si Terminada a experiência imperial dos carolíngios em 843, com o Tratado de verdum.
  • 14. O território ao leste (laranja) ficou com Carlo, o Calo O território do centro (Lilás) ficou com Lotário O território ao oeste (verde) ficou com Luís, o germânico. Esse tratado deu início a fragmentação territorial típica do que conhecemos como feudalismo.
  • 16. Podemos afirmar que os historiadores denominam feudalismo um sistema que pretende esclarecer ao lógicas da políticas, da economia e da sociedade da Europa Ocidental na Idade Média. Alguns tratam do feudalismo como uma produção feudal, dando ênfase ao aspecto econômico que fomentou o surgimento de instituições políticas e culturais que ordenavam o continente ocidental.
  • 18. A dimensão política pode ser explicitada na lógica do mando, do exercício do poder na Idade Média. Quanto mais terras um guerreiro possui, maior é a sua influência, quanto maior o domínio territorial, maior o poder político. Os Senhores da terras são chamados de Senhores Feudais. Existia o estabelecimento de alianças cujo o elemento definidor é também o domínio de terras, daí encontramos a ssuserania e a vassalagem. Susserano é o nobre que doa um pedaço de sua terra a outro senhor, por um meio de juramento de fidelidade, torna-se o vassalo.
  • 20. A dimensão social comunica-se com a política, pois o status social é conferido aos homens da guerra. Este se constituem em uma elite (aristocratica) que, por, hereditariedade, mantém o controle de terras e constituindo-se em uma nobreza de sangue. A sociedade é dividida basicamente em nobres e não nobres. Aos nobres cabe a tarefa de zelar pela ordem, tendo por recursos as armas. Os religiosos são fornecidos pelos dois grupos sociais. Existem membros da igreja que pertencem à nobreza, ocupando os elevados cargos de instituição (Alto Clero) Outros oriundos dos não nobres que ocupavam a base da hierarquia da igreja (Baixo Clero) Devido a isso, normalmente falamos na existência de três ordens ou estamentos.
  • 21. Havia os grupos do Oratores (clero) Belattores (nobreza) Labatores (não nobres) A visão dessa sociedade não valorizava o indivíduo, pois a crença é que Deus, determinou uma ordem social coletivista, em que existem homens destinados a oração (clero), a guerra (nobres) e os que trabalhavam (não nobres). Assim conhecemos a famosa divisão em três estados: •Primeiro Estado: Clero; •Segundo Estado: Nobreza Guerreira; •Terceiro Estado: Trabalhadores
  • 23. Houve a ruralização, destinada a subsistência. Não havia uma preocupação com a produção de excedente comerciáveis, devendo produzir para si e para todos no conjunto da sociedade. Nessa dimensão econômica encontramos a exploração que havia sobre o trabalho realizado pelo Terceiro Estado. Inúmeros tributos foram cobrados pelos detentores do meio de produção. A tributação era o instrumento básico de drenagem de riqueza do Terceiro Estado para o Primeiro e Segundo Estado. Dentre os tributos mais recorrentes e duradouros eram: *Corveia- trabalho exercido pelo camponês no manso senhorial por alguns dias da semana, normalmente 3 dias. Toda a produção do manso senhorial era destinada ao senhor feudal, o que lhe garantia parte da riqueza produzida pelos camponeses.
  • 24. *Talha- tributo pago com parte da produção do mando servil, devido à produção que o senhor dava aos habitantes de sua terra. *Banalidade- tributo associado à utilização de equipamentos pertencentes ao senhor feudal: Moinho Estradas Fornos O pagamento usual era feito com o beneficiamento da produção do feudo, ou seja com a moenda dos grãos e a fabricação do pão. *Mão Morta- Pagamento pelo reconhecimento de um novo chefe de família após a morte do pai. Esse pagamento normalmente era realizado com a entrega de animais de criação pelo filho mais velho de uma família camponesa que havia perdido o pai.
  • 25. *Capitação tributo vinculado às populações que habitavam vilas e cidades. O senhor fazia o censo (contagem da população) que deveria pagar por cabeça per capita. Na maioria dos casos, o pagamento era realizado com atividades artesanais, que de alguma forma, serviam ao senhor feudal. Marcenaria Ferragem Construções. O poder senhorial, ou seja, o domínio territorial do senhor era base sobre a qual se sustentava todo um leque de explorações no interior do feudo. Cada senhor se tornava um pequeno rei, compondo com seus súditos, os elementos, de uma micro-ordem na sociedade feudal.
  • 27. A igreja sacramentava as relações políticas, econômicas e sociais. As terras da igreja eram utilizadas pela nobreza que não tinha direito de primogenitura para herdar dos pais. A mentalidade profundamente mítica das populações favorecia a elaboração de justificativas sobrenaturias. A instituição difundiu uma visão de mundo teocêntrico, onde a fé era o maior valor. A busca pelo paraíso celestial, o caminho da salvação associava-se a uma luta contra o mal. Com isso havia uma mentalidade de dualismo. Os que não seguiam a doutrina da igreja eram considerados hereges e combatidos com extrema violência. A figura feminina, sofreu com uma visão misógina que lhe conferia a responsabilidade pela perdição humana. Pois teria sida as corrupção de Eva que o homem havia saído do Paraíso Terreal.
  • 28. Também podemos citar a própria condenação do corpo como a matéria instável que expressa o pecado original oriundo da primeira mulher. Muitas mulheres foram consideradas bruxas ou feiticeiras .