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Um país de senhorios e concelhos
Texto p 74
Doc. 17 A
Doc. 17 D
Área amuralhada e população de cidades e vilas em
fins do século XIV
Cidade de Évora
Cidade de Coimbra
Cidade de LisboaCidade do Porto
• 1- Avanço da Reconquista:
Integrou na sua ação territórios muçulmanos com marcadas
características urbanas, como Coimbra, Santarém, Lisboa e
Évora, onde apesar do domínio islâmico, a população cristã
pôde ali permanecer, preservando as suas crenças – moçarabes-
e a eles se deveu a transmissão do legado muçulmano,
nomeadamente, as instituições, o urbanismo, as técnicas
agrícolas, artesanais e comerciais e ainda a arte.
• Quando e como se afirmaram as
cidades e vilas no Reino de Portugal?
O Avanço da Reconquista
Coimbra -
1064
Leiria - 1145
Santarém -
1147
Évora - 1165
Lisboa - 1147
Silves - 1249
Lisboa medieval
Oliveira Marques
Falta texto
p. 75
O exemplo de Coimbra, cidade moçárabe
2. As sedes dos Bispados
A Sé do PortoA Sé de Braga A Sé de Lisboa
Ser sede de bispado e possuir uma Sé Catedral tornou-se condição
indispensável para receber o nome de cidade,
independentemente das suas dimensões territoriais. Aqui se incluem
cidades como Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Lisboa,
Porto, Silves e Viseu.
O seu fortalecimento levou a que os seus habitantes dispunham de
uma capacidade de administrar os assuntos comunitários e de
isenções fiscais e judiciais, sendo conhecidos como concelhos
perfeitos ou urbanos
Este estatuto era alcançado com a Carta de Foral outorgada pelo
rei, quando se se tratava de um reguengo, ou por um nobre ou
eclesiástico quando se inseria num senhorio.
Estes situavam-se maioritariamente na Beira Interior, Alentejo e
Estremadura, para atrair defensores na Reconquista.
Carta de Foral
3. A Itinerância e permanência da Corte
Régia
Número de visitas de D. Dinis
às localidades do reinoDoc. 39
A movimentação da corte régia impulsionou a transformação
de alguns territórios, dando-lhes uma maior importância e
dimensão.
No tempo de D. Afonso Henriques a corte transferiu-se para
Guimarães - sede do condado portucalense - e para Coimbra.
Durante a época medieval, também Leiria, Santarém, Lisboa e
Évora acolheram com frequência a corte régia.
Esta corte era constituída por um elevado número de
funcionários e de letrados para ajudar o rei nos serviços
burocráticos e as forças militares, o que naturalmente fez
crescer o prestígio daqueles centros populacionais que se
sentiam mais poderosos e esclarecidos do que outros,
nomeadamente, do que o mundo rural.
4. O dinamismo comercial e artesanal
Como complemento, também o desenvolvimento urbano
português, neste período se relaciona com o ressurgimento
comercial que o Ocidente medieval viveu entre o século XI a
XIII. Os mercadores europeus acabaram, assim, por contribuir
para o dinamismo de centros urbanos como Guimarães, Porto,
Coimbra, Santarém, Lisboa e Évora, desenvolvendo aí o
artesanato local e contribuindo para a expansão agrícola.
Ligado ao artesanato, nos seus vários ofícios
nasce um grupo socioprofissional, os
mesteirais, que eram os tecelões, tintureiros,
curtidores, ferreiros, ourives, pedreiros,
carniceiros, padeiros…
Daqui nasceu o agrupamento das ruas por
ofícios que ficou para sempre na toponímia
das nossas cidades.
A organização do espaço citadino
medieval
A organização do espaço
citadino medieval
A cidade medieval caracteriza-se por ser desordenada e labiríntica, com muita
sombra mesmo nas diferentes influências que recebe:
•A norte - cristão
•Centro e sul – muçulmano
Dividia-se em:
Espaço amuralhado;
Arrabalde;
Termo.
Funções:
• Delimitação do espaço urbano
• Protecção e segurança
• Prestígio e admiração
• Rendimentos
1. Espaço amuralhado:
A cidade medieval estava envolta por uma muralha, que delimitava o espaço
urbano, dando-lhe segurança, rendimento (portagens) e beleza.
O crescimento demográfico levou à construção de novas muralhas que passaram
a incluir antigos bairros.
Dentro destas muralhas verificava-se:
•Núcleo central- habitado pelos dirigentes e pelas elites locais; este espaço,
denominava-se de alcáçova se se tratasse de uma cidade de influência
muçulmana e em todas coincidia com a zona do castelo ou com a praça principal.
Nas suas imediações encontrava-se a sé ou a igreja, o paço episcopal, os paços
do concelho, as moradias dos mercadores abastados e era onde se realizava o
mercado.
Fora do centro a cidade era constituída por várias ruas tortuosas, raramente
calcetadas, escuras, sujas onde se distribuíam as habitações populares e as
oficinas dos mesteirais, as albergarias e hospitais.
Construção: D. Afonso IV a D. Fernando
(1376)
Extensão: 2.600 m
Altura: 9 m
Portas: 18
Muralha fernandina
do Porto
Alargamento das
muralhas de Lisboa
Sé de
Évora
Castelo de Guimarães
Torre de menagem
Beja
Paço do arcebispo de Braga Domus
Municipalis
Bragança
O espaço amuralhado:
CENTRO: zona nobre da cidade, dos edifícios do poder e
das elites locais
O MERCADO
RUAS NOVAS
Nos séculos XIII e XIV abriram-se as Ruas Novas e as Ruas Direitas, mais
largas, onde ficaram as melhores oficinas e lojas. Daqui nasceram também os
Rossios, praças largas, que também foram crescendo.
AS RUAS DOS OFÍCIOS
Zona extra-muros
Zona de exclusão, mas muito dinâmica
2. O ARRABALDE:
Localizava-se fora das muralhas e acabou por se transformar
num prolongamento da cidade ou vila, pelo aumento
demográfico; assim nasceu o burgo novo (burguesia), já que
aqui habitavam os mesteres/mesteirais (oficios artesanais)
considerados poluentes, como os carniceiros, os curtidores de
peles ou os ferreiros. Também aqui se situavam as hortas e os
pomares, assim como os almocreves que dinamizavam o
mercado semanal.
As ordens religiosas ligadas ao auxilio dos mais pobres aqui
estavam instaladas, já que era aqui que as populações mais
desfavorecidas moravam, assim como mendigos e peregrinos; os
franciscanos e dominicanos prestavam aqui assistência a esta
franja populacional.
O Termo do Porto em finais do século XIV
Espaço circundante da cidade
Olivares
Vinhas
Searas
Aldeias
Fonte de sobrevivência da cidade e
dela dependente nos domínios jurídico,
fiscal e militar.
3. O Termo
O termo espalhava-se à volta da cidade por dezenas de
quilómetros, pertenciam à jurisdição da vila ou cidade, tendo
por isso obrigações fiscais ou militares.
Quanto mais vasto o termo, maior a riqueza da cidade em
produtos agrícolas, mão de obra, dinamização comercial e
capacidade de defesa.
MINORIAS ÉTNICO-RELIGIOSAS
Na cidade medieval também habitavam as minorias étnico-
religiosas, nomeadamente, Mouros e Judeus.
•Muitos dos judeus eram mesteirais- ourives, alfaiates,
sapateiros- mas também havia médicos, astrónomos, ou seja,
mais letrados que a maioria dos cristãos, e mais abastados
também. Estes viviam em judiarias, bairros próprios, com os
seus funcionários, juízes e hierarquia religiosa.
•Tanto podiam viver dentro das muralhas como no arrabalde,
dependendo da tolerância religiosa dos cristãos. Mas como
eram um grupo muito dinâmico e numeroso, contribuindo
muito para o desenvolvimento comercial, eram bem aceites.
Minoria étnico-religiosa
Já os Mouros não eram tão abastados como a comunidade
judaica e não eram tão aceites como estes, como tal os cristãos
colocaram-nos no arrabalde da cidade, as mourarias.
1.Identifica os espaços das cidades cristãs onde residiam
as comunidades judaica e moura.
2. Justifica a segregação (isolamento) dessas minorias e a
desigualdade de tratamento dada a uns e a outros.
3. A partir do documento anterior, compara a vida da
cidade com o mundo rural.
Tarefa
Poderes concelhios e as elites urbanas:
A multiplicação dos concelhos ajudou a que o país medieval se tornasse cada vez
mais urbano; através das cartas de foral nasceram os concelhos perfeitos ou
urbanos dotados de privilégios fiscais e judiciais e de uma grande autonomia
administrativa.
Quem habitava nos concelhos:
Vizinhos – todos os homens livres, maiores de idade que habitavam a área
concelhia há um certo tempo e nela trabalhavam ou possuíam bens.
(Aqui não se incluíam nos nobres ou clérigos, que tinham as suas próprias regras
e privilégios, nem as mulheres, judeus, mouros, estrangeiros, servos ou escravos
que não tinham quaisquer direitos civis.)
Aos vizinhos competia a administração do concelho- era uma
administração comunitária em que os vizinhos integravam uma assembleia-
órgão deliberativo do concelho- que era normalmente a Domus Municipalis ou o
Paço do Concelho.
 Que deliberações eram tomadas por esta assembleia:
• Regulamentavam questões económicas: distribuição de terras,
aproveitamento de pastos e bosques, exercício dos mesteres,
abastecimento dos mercados, tabelamento de preços;
• Regulamentavam questões de higiene assim como a manutenção da paz
e da concórdia.
• Elegiam ainda os magistrados:
 Os alcaides ou juízes- supremos dirigentes, responsáveis pela
administração da justiça;
 Almotacés- encarregados da vigilância dos mercados, dos pesos,
medidas, preços nos mercados, assim como da higiene e obras
públicas;
 Procurador- tesoureiro e representava externamente o concelho;
 Chanceler- guardava o selo e a bandeira da cidade (objetos que
atestavam que era um concelho doado através da carta de foral)
A organização concelhia
A organização
concelhia
,
CONCELHOS
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Bragança
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País urbano concelhio módulo II-10 º ANO

  • 1.
  • 2. Um país de senhorios e concelhos
  • 3. Texto p 74 Doc. 17 A Doc. 17 D Área amuralhada e população de cidades e vilas em fins do século XIV
  • 4. Cidade de Évora Cidade de Coimbra Cidade de LisboaCidade do Porto
  • 5. • 1- Avanço da Reconquista: Integrou na sua ação territórios muçulmanos com marcadas características urbanas, como Coimbra, Santarém, Lisboa e Évora, onde apesar do domínio islâmico, a população cristã pôde ali permanecer, preservando as suas crenças – moçarabes- e a eles se deveu a transmissão do legado muçulmano, nomeadamente, as instituições, o urbanismo, as técnicas agrícolas, artesanais e comerciais e ainda a arte. • Quando e como se afirmaram as cidades e vilas no Reino de Portugal?
  • 6. O Avanço da Reconquista Coimbra - 1064 Leiria - 1145 Santarém - 1147 Évora - 1165 Lisboa - 1147 Silves - 1249
  • 8. Falta texto p. 75 O exemplo de Coimbra, cidade moçárabe
  • 9. 2. As sedes dos Bispados A Sé do PortoA Sé de Braga A Sé de Lisboa
  • 10. Ser sede de bispado e possuir uma Sé Catedral tornou-se condição indispensável para receber o nome de cidade, independentemente das suas dimensões territoriais. Aqui se incluem cidades como Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Lisboa, Porto, Silves e Viseu. O seu fortalecimento levou a que os seus habitantes dispunham de uma capacidade de administrar os assuntos comunitários e de isenções fiscais e judiciais, sendo conhecidos como concelhos perfeitos ou urbanos Este estatuto era alcançado com a Carta de Foral outorgada pelo rei, quando se se tratava de um reguengo, ou por um nobre ou eclesiástico quando se inseria num senhorio. Estes situavam-se maioritariamente na Beira Interior, Alentejo e Estremadura, para atrair defensores na Reconquista. Carta de Foral
  • 11. 3. A Itinerância e permanência da Corte Régia Número de visitas de D. Dinis às localidades do reinoDoc. 39
  • 12. A movimentação da corte régia impulsionou a transformação de alguns territórios, dando-lhes uma maior importância e dimensão. No tempo de D. Afonso Henriques a corte transferiu-se para Guimarães - sede do condado portucalense - e para Coimbra. Durante a época medieval, também Leiria, Santarém, Lisboa e Évora acolheram com frequência a corte régia. Esta corte era constituída por um elevado número de funcionários e de letrados para ajudar o rei nos serviços burocráticos e as forças militares, o que naturalmente fez crescer o prestígio daqueles centros populacionais que se sentiam mais poderosos e esclarecidos do que outros, nomeadamente, do que o mundo rural.
  • 13. 4. O dinamismo comercial e artesanal Como complemento, também o desenvolvimento urbano português, neste período se relaciona com o ressurgimento comercial que o Ocidente medieval viveu entre o século XI a XIII. Os mercadores europeus acabaram, assim, por contribuir para o dinamismo de centros urbanos como Guimarães, Porto, Coimbra, Santarém, Lisboa e Évora, desenvolvendo aí o artesanato local e contribuindo para a expansão agrícola.
  • 14. Ligado ao artesanato, nos seus vários ofícios nasce um grupo socioprofissional, os mesteirais, que eram os tecelões, tintureiros, curtidores, ferreiros, ourives, pedreiros, carniceiros, padeiros… Daqui nasceu o agrupamento das ruas por ofícios que ficou para sempre na toponímia das nossas cidades.
  • 15.
  • 16.
  • 17. A organização do espaço citadino medieval A organização do espaço citadino medieval A cidade medieval caracteriza-se por ser desordenada e labiríntica, com muita sombra mesmo nas diferentes influências que recebe: •A norte - cristão •Centro e sul – muçulmano Dividia-se em: Espaço amuralhado; Arrabalde; Termo.
  • 18. Funções: • Delimitação do espaço urbano • Protecção e segurança • Prestígio e admiração • Rendimentos 1. Espaço amuralhado: A cidade medieval estava envolta por uma muralha, que delimitava o espaço urbano, dando-lhe segurança, rendimento (portagens) e beleza. O crescimento demográfico levou à construção de novas muralhas que passaram a incluir antigos bairros. Dentro destas muralhas verificava-se: •Núcleo central- habitado pelos dirigentes e pelas elites locais; este espaço, denominava-se de alcáçova se se tratasse de uma cidade de influência muçulmana e em todas coincidia com a zona do castelo ou com a praça principal. Nas suas imediações encontrava-se a sé ou a igreja, o paço episcopal, os paços do concelho, as moradias dos mercadores abastados e era onde se realizava o mercado. Fora do centro a cidade era constituída por várias ruas tortuosas, raramente calcetadas, escuras, sujas onde se distribuíam as habitações populares e as oficinas dos mesteirais, as albergarias e hospitais.
  • 19. Construção: D. Afonso IV a D. Fernando (1376) Extensão: 2.600 m Altura: 9 m Portas: 18 Muralha fernandina do Porto Alargamento das muralhas de Lisboa
  • 20. Sé de Évora Castelo de Guimarães Torre de menagem Beja Paço do arcebispo de Braga Domus Municipalis Bragança O espaço amuralhado: CENTRO: zona nobre da cidade, dos edifícios do poder e das elites locais
  • 22. RUAS NOVAS Nos séculos XIII e XIV abriram-se as Ruas Novas e as Ruas Direitas, mais largas, onde ficaram as melhores oficinas e lojas. Daqui nasceram também os Rossios, praças largas, que também foram crescendo.
  • 23. AS RUAS DOS OFÍCIOS
  • 24. Zona extra-muros Zona de exclusão, mas muito dinâmica 2. O ARRABALDE:
  • 25. Localizava-se fora das muralhas e acabou por se transformar num prolongamento da cidade ou vila, pelo aumento demográfico; assim nasceu o burgo novo (burguesia), já que aqui habitavam os mesteres/mesteirais (oficios artesanais) considerados poluentes, como os carniceiros, os curtidores de peles ou os ferreiros. Também aqui se situavam as hortas e os pomares, assim como os almocreves que dinamizavam o mercado semanal. As ordens religiosas ligadas ao auxilio dos mais pobres aqui estavam instaladas, já que era aqui que as populações mais desfavorecidas moravam, assim como mendigos e peregrinos; os franciscanos e dominicanos prestavam aqui assistência a esta franja populacional.
  • 26.
  • 27. O Termo do Porto em finais do século XIV Espaço circundante da cidade Olivares Vinhas Searas Aldeias Fonte de sobrevivência da cidade e dela dependente nos domínios jurídico, fiscal e militar. 3. O Termo
  • 28. O termo espalhava-se à volta da cidade por dezenas de quilómetros, pertenciam à jurisdição da vila ou cidade, tendo por isso obrigações fiscais ou militares. Quanto mais vasto o termo, maior a riqueza da cidade em produtos agrícolas, mão de obra, dinamização comercial e capacidade de defesa.
  • 29. MINORIAS ÉTNICO-RELIGIOSAS Na cidade medieval também habitavam as minorias étnico- religiosas, nomeadamente, Mouros e Judeus. •Muitos dos judeus eram mesteirais- ourives, alfaiates, sapateiros- mas também havia médicos, astrónomos, ou seja, mais letrados que a maioria dos cristãos, e mais abastados também. Estes viviam em judiarias, bairros próprios, com os seus funcionários, juízes e hierarquia religiosa. •Tanto podiam viver dentro das muralhas como no arrabalde, dependendo da tolerância religiosa dos cristãos. Mas como eram um grupo muito dinâmico e numeroso, contribuindo muito para o desenvolvimento comercial, eram bem aceites.
  • 31. Já os Mouros não eram tão abastados como a comunidade judaica e não eram tão aceites como estes, como tal os cristãos colocaram-nos no arrabalde da cidade, as mourarias.
  • 32.
  • 33. 1.Identifica os espaços das cidades cristãs onde residiam as comunidades judaica e moura. 2. Justifica a segregação (isolamento) dessas minorias e a desigualdade de tratamento dada a uns e a outros. 3. A partir do documento anterior, compara a vida da cidade com o mundo rural. Tarefa
  • 34. Poderes concelhios e as elites urbanas: A multiplicação dos concelhos ajudou a que o país medieval se tornasse cada vez mais urbano; através das cartas de foral nasceram os concelhos perfeitos ou urbanos dotados de privilégios fiscais e judiciais e de uma grande autonomia administrativa. Quem habitava nos concelhos: Vizinhos – todos os homens livres, maiores de idade que habitavam a área concelhia há um certo tempo e nela trabalhavam ou possuíam bens. (Aqui não se incluíam nos nobres ou clérigos, que tinham as suas próprias regras e privilégios, nem as mulheres, judeus, mouros, estrangeiros, servos ou escravos que não tinham quaisquer direitos civis.) Aos vizinhos competia a administração do concelho- era uma administração comunitária em que os vizinhos integravam uma assembleia- órgão deliberativo do concelho- que era normalmente a Domus Municipalis ou o Paço do Concelho.
  • 35.  Que deliberações eram tomadas por esta assembleia: • Regulamentavam questões económicas: distribuição de terras, aproveitamento de pastos e bosques, exercício dos mesteres, abastecimento dos mercados, tabelamento de preços; • Regulamentavam questões de higiene assim como a manutenção da paz e da concórdia. • Elegiam ainda os magistrados:  Os alcaides ou juízes- supremos dirigentes, responsáveis pela administração da justiça;  Almotacés- encarregados da vigilância dos mercados, dos pesos, medidas, preços nos mercados, assim como da higiene e obras públicas;  Procurador- tesoureiro e representava externamente o concelho;  Chanceler- guardava o selo e a bandeira da cidade (objetos que atestavam que era um concelho doado através da carta de foral)
  • 36. A organização concelhia A organização concelhia , CONCELHOS Domus Municipalis, Bragança A - Tribunal B - Pelourinho Linhares da Beira
  • 37. A organização concelhia A organização concelhia CONCELHOS Câmara Municipal Pelourinho Sortelha
  • 38. A organização concelhia A organização concelhia CONCELHOS Pelourinhos BragançaAzambuja
  • 39. A organização concelhia A organização concelhia CONCELHOS Selo de Lisboa