O documento descreve um seminário de microbiologia sobre quatro bactérias: Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum, Neisseria meningitidis e Neisseria gonorreae. Detalha as características, estrutura, fisiologia, fatores de virulência, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento de cada bactéria.
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Seminário Microbiologia DST
1. SEMINÁRIO DE MICROBIOLOGIA
Componentes:
Francisco Lucas
Francisco Rafael
Jordeni Sales
Bruno Guedes
Docente:
2. ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO
Chlamydia trachomatis: características, estrutura, fisiologia, fatores de virulência,
manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
Treponema pallidum: características, estrutura, fisiologia, fatores de virulência,
manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
Neisseria meningitidis: características, estrutura, fisiologia, fatores de virulência,
manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
Neisseria gonorreae: características, estrutura, fisiologia, fatores de virulência,
manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
3. Chlamydia trachomatis
Gram-negativas;
Intracelulares;
Parasita de energia celular;
Ciclo bifásico – corpúsculo
elementar e corpúsculo
reticular.
Os fatores de virulência das
clamídias estão ligados ao ciclo
de desenvolvimento celular
destas bactérias, dividido em
três fases: internalização,
proliferação/diferenciação e
saída.
4. Chlamydia trachomatis
Na internalização a forma
infecciosa é sempre o
corpúsculo elementar.
A fase de
proliferação/diferenciação
ocorre no fagossoma que se
forma após a internalização.
Após algumas horas de
proliferação, a célula
hospedeira rompe-se, os
corpúsculos elementares são
lançados no espaço
extracelular e tem início outro
ciclo celular.
6. Chlamydia trachomatis
Biovariantes A, B e C
Tracoma*;
Conjuntivite de inclusão do
adulto;
Pneumonia do lactente;
Conjuntivite neonatal.
Tracoma*
8. Chlamydia trachomatis
Biovariantes D ~ K
Uretrites não gonocócicas
Na mulher: cervicite e salpingite.
No homem: orquite e
epididimite.
No recém-nascido: conjuntivite
e pneumonia.
9. Chlamydia trachomatis
Diagnóstico
O PCR é o método que
apresenta maior sensibilidade,
pois permite a sua detecção
mesmo em concentrações
ínfimas.
Tratamento
O tratamento é feito com
antibióticos, geralmente a
azitromicina, tetraciclina,
doxiciclina ou minociclina e
deve incluir os dois membros do
casal. O uso de preservativos
previne sua transmissão, não
existindo atualmente vacina
disponível.
10. Treponema pallidum
Gram-negativas;
Formato helicoidal;
Não é cultivável in vitro, sendo
extremamente frágil;
Tem como habitat a mucosa
urogenital;
É anaeróbica facultativa e
catalase negativa.
Os fatores de virulência são
desconhecidos, mas sabe-se,
por exemplo, que ela possui a
Fibronectina, que impede a
fagocitose.
11. Treponema pallidum
Possui 4 sub-espécies:
T. pallidum pallidum (agente
causadora da Sífilis)
T. pallidum endemicum
(causadora do Bejel)
T. pallidum carateum (agente
causadora da pinta)
T. pallidum pertenue
T. pallidum trirocllium
12. Treponema pallidum
A Sífilis
É uma DST;
Atinge principalmente adultos
sexualmente ativos com 20 a 29
anos de idade.
Possui uma dose infectante
muito baixa;
Pode se manifestar em três
estágios. Os maiores sintomas
ocorrem nas duas primeiras
fases, período em que a
doença é mais contagiosa. O
terceiro estágio pode não
apresentar sintoma e, por isso,
dá a falsa impressão de cura da
doença.
14. Treponema pallidum
A Sífilis congênita
É adquirida pelo infanto no
útero materno, geralmente
quando a mãe é portadora da
sífilis em estágio primário ou
secundário. Todos os bebês
devem realizar exame para sífilis
independentemente dos
exames da mãe. Os bebês que
tiverem suspeita de sífilis
congênita precisam fazer uma
série de exames antes de
receber alta.
15. Treponema pallidum
Diagnóstico
Exames de sangue podem
detectar substâncias produzidas
pela bactéria responsável pela
sífilis. O teste mais antigo é o
teste de VDRL. Outros exames
de sangue podem incluir RPR e
FTA-ABS.
Tratamento
A opção de antibiótico recai
sobre a penicilina; no caso de
gestantes, é o único
medicamento capaz de tratar a
mãe e o bebê. A dosagem e a
aplicação (em um músculo ou
em uma veia) dependem do
estágio da sífilis. Também pode-
se utilizar doxiciclina.
16. Neisseria meningitidis
Gram-negativas;
Cocos que se agrupam em
pares, formando diplococos;
São aeróbicas;
Apresentam resistência natural à
vancomicina e à polimixina;
Necessitam de ferro para
sobreviver.
Fatores de virulência:
antifagocíticos (cápsula e a
internalização em vacúolos
fagocíticos), colonização e
toxina (LPS e endotoxina).
17. Neisseria meningitidis
Meningite
Conceito: infecção das
meninges que revestem o
cérebro e a medula espinhal.
Prevenção: vacinas e EPIs.
Meningococcemia
Conceito: infecção
generalizada pelas bactérias.
Prevenção: vacinas e EPIs.
18. Neisseria meningitidis
Questões conciliadoras
Quais os efeitos da Meningite?
Quais os sintomas da Meningite?
Existem consequências graves?
Quem precisa ser vacinado?
Por que a Meningite é, muitas
vezes, confundida com a gripe?
Inflamação purulenta na base do cérebro,
causada por Meningite.
19. Neisseria meningitidis
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo de
meningite faz-se por punção
lombar. A análise do líquor
revela um predomínio de PMN,
baixa glicose e elevado lactose,
para além de um aumento da
pressão intracraniana.
Tratamento
O tratamento da meningite
meningocócica é feito pelo uso
da penicilina.
20. Neisseria gonorreae
Gram-negativas;
Diplococos;
Oxidase positivo e catalase
positivo;
Imóveis;
Cultura: meios complexos.
Fatores de virulência: fímbrias,
LOS, OMP-1 e OMP-2.
21. Neisseria gonorreae
A Neisseria gonorrhoeae invade
células epiteliais não-ciliadas,
multiplica-se em vacúolos
intracelulares. A LOS
desencadeia a produção de
TNF-α, levando à destruição
tecidual. Se a infecção não for
tratada, vai persistir e levar à
inflamação crónica que se
manifesta como fibrose. Esta
fibrose pode levar à esterilidade,
à destruição articular e à
cegueira.
22. Neisseria gonorreae
A Gonorreia
É transmitida através de
relações sexuais;
Mulheres frequentemente são
assintomáticas;
95% dos homens apresentam
sintomas agudos;
Frequente em indivíduos de 15 a
24 anos;
Humanos: único reservatório.
Principal sintoma é um
corrimento purulento e disúria.
No homem atinge a uretra;
Na mulher atinge o colo uterino
(cérvix);
Complicações: gravidez
ectópica e esterilidade.
24. Neisseria gonorreae
Diagnóstico
Através de bacterioscopia (este
não sendo eficiente em caso de
mulheres), e cultura (sendo
eficiente para mulheres e para
homens assintomáticos).
Tratamento
É frequente a administração de
ceftriaxona, cefixima ou
fluoroquinolonas. Em caso de
inflamação mista com
Clamydia, recorre-se à
ceftriaxona com doxiciclina ou
azitromicina.