A leishmaniose é uma doença transmitida por protozoários do gênero Leishmania através da picada de mosquitos. Pode se manifestar como leishmaniose tegumentar, causando lesões na pele, ou visceral, afetando órgãos internos como fígado e baço. O diagnóstico é feito por exames de sangue ou biópsia e o tratamento utiliza medicamentos, buscando a cura ou impedir formas mais graves da doença.
3. O QUE É A LEISHMANIOSE?
É uma doença transmitida por protozoários do
gênero Leishmania. No Brasil existem atualmente
seis espécies de protozoários responsáveis por
causar doença humana. As variedades mais
encontradas são a Leishmaniose Visceral (LV) e a
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA).
4. O AGENTE ETIOLÓGICO
A leishmaniose é causada por
protozoários flagelados
chamados Leishmania
brasiliensis e Leishmania
chagasi, que invadem e se
reproduzem dentro
das células que fazem parte
do sistema imunológico da
pessoa infectada. Estes são
parasitas de células fagocitárias
de mamíferos e utilizam o flagelo
nas fases extracelulares do seu
ciclo de vida.
5. TRANSMISSÃO
A leishmaniose é
uma doença não
contagiosa, transmiti
da através da picada
do mosquito
flebótomo, conhecido
popularmente por
mosquito
palha, cangalhinha
ou birigui.
6. CICLO DE VIDA
A doença é transmitida através da picada do mosquito – o flebótomo. O mosquito, ao
picar um ser infectado para se alimentar – que tanto pode ser o cão como um animal
silvestre ou o próprio homem – absorve o parasita (agente causador da
leishmaniose) que se desenvolverá atacando algumas células sanguíneas tornando-
se infectante após cerca de sete dias. Ao fim deste tempo, quando o mosquito for
picar outro vertebrado para se alimentar, vai deixar o parasita na sua corrente
sanguínea, onde se reproduzirá e provocará a doença.
* Sem o mosquito não haverá o ciclo. Por isso, o contato de um cão contaminado com
um sadio ou o simples contato do cão com o homem não constituem qualquer perigo
de contaminação da doença como frequentemente se pensa.
• A contaminação cão-cão só poderia ocorrer se se usasse a mesma agulha de
vacinação num infectado e em outro não infectado, por exemplo.
→ O período de incubação, isto é, desde a picada do mosquito até ao aparecimento dos
primeiros sintomas da doença é muito variável, de dez dias a dois anos, e isso
também dificulta o diagnóstico.
7. MANIFESTAÇÕES
ESTA DOENÇA PODE SE MANIFESTAR DE DUAS FORMAS:
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR OU CUTÂNEA E A
LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR.
10. VISCERAL OU
CALAZAR, É UMA
DOENÇA SISTÊMICA, POIS
AFETA VÁRIOS
ÓRGÃOS, SENDO QUE OS
MAIS AFETADOS SÃO
O FÍGADO, BAÇO E
MEDULA ÓSSEA. SUA
EVOLUÇÃO É LONGA
PODENDO, EM ALGUNS
CASOS, ATÉ
ULTRAPASSAR O
PERÍODO DE UM ANO.
11. SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose.
• Na tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na
pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode
estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a
possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões
inflamatórias no nariz ou na boca.
• Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez
da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido
ao aumento do fígado e do baço.
→ O diagnóstico da leishmaniose é feito através de um exame de
sangue, a fim de encontrar anticorpos específicos; biópsia ou
raspadura da lesão - no caso de feridas.
12. PREVENÇÃO
Medidas de prevenção e controle ainda não foram
capazes de impedir a ocorrência da doença.
Entretanto, usar repelentes, armazenar adequadamente
o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do
mosquito), evitar banho de rio ao entardecer, visitar o
médico em casos de feridas, evitar animais domésticos
com feridas características, não utilizar agulhas
utilizadas por terceiros, são medidas individuais que
diminuem a probabilidade de ser contaminado.
• Vale ressaltar, também, que existem repelentes
especiais para cães, evitando que sejam picados pelos
mosquitos.
13. TRATAMENTO
O tratamento é feito não só visando a cura clínica, mas também o
impedimento de que a doença evolua para as outras formas mais
graves e, também, para evitar recidivas.
• No homem, quando a doença é diagnosticada a tempo, o
tratamento e cura é possível, com medicamentos específicos.
• No cão a doença é incurável, mas pode ser tratada se o estado
geral de saúde do cão for aceitável e principalmente se a doença
não tiver atingido um elevado grau de desenvolvimento. O
cão, quando tratado a tempo, conserva uma boa qualidade de
vida. O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua
portador. No entanto, depois de tratado, deixa de ser transmissor.
14.
15. CURIOSIDADES
→ Nos meses de julho, agosto e setembro é mais favorável a picada do mosquito;
→ O inseto mede de 2 a 3 mm;
→ 88 países são considerados regiões endêmicas (Américas, África, Ásia e sul da Europa);
→ 350 milhões de pessoas estão sob risco de infecção;
→ Cerca de 15 milhões de pessoas estão infectadas;
→ Estima-se que ocorram aproximadamente de 1.5 - 2
milhões de novos casos por ano;
→ Vacinas preventivas e curativas estão sendo testadas com resultados muito esperançosos.