SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 73
STAPHYLOCOCCUS




COCOS GRAM-POSITIVOS,
  CATALASE POSITIVO
                        1
CARACTERISTICAS GERAIS
•Cocos Gram + (0.5-1.2 um de
diametro) em cachos de uva e aos pares
•Nao fazem esporos,
•Bactérias facultativas
•Respiracão aeróbica/fermentacão
•Todos são catalase-positivo,
•Imóveis

                                         2
CARACTERISTICAS GERAIS

•São relativamente resistentes ao
ressecamento e ao calor.
•Apresentam sensibilidade variável a
muitos agentes antimicrobianos (produção
de B-lactamases, resistência à meticilina e
oxacilina, tolerância e plasmídios )


                                         3
4
5
Principais espécies
 Staphylococcus aureus
 Staphylococcus epidermidis
 Staphylococcus Saprophyticus
 Staphylococcus Haemoliticus



                                 6
7
PAREDE CELULAR




                 8
9
Proteína A (SpA): Tem a habilidade de se ligar à porção
FC de IgG, impedindo, portanto que ela sirva de fator de
opsonização na Fagocitose.

                          Fab   Fab


        IgG
                                Fc

                                                  SpA (Atn)
S. aureus




                                                              10
HABITAT
 São membros da microbiota normal da
  pele, via respiratórias e trato
  gastrointestinal.
 O estado de portador nasal é observado
  em 40% a 50% dos humanos.
 Capacidade patogênica – desde a
  intoxicação alimentar a bacteremia e
  abscessos em vários órgãos.
                                       11
12
FATORES DE VIRULÊNCIA

Proteína A = proteína antifagocitária
Catalase = impede digestão
intracelular
Coagulase = Producão de fibrina
Estafiloquinase= Lisa depósitos de
fibrina - fator de disseminacão
                                        13
FATORES DE VIRULÊNCIA
Hemolisinas = alfa, beta
Leucocidina = destrói leucócitos
Exotoxina alfa: extracelular,
leucocida, dermonecrótica
Enterotoxina termoestável:
intoxicacão: vômitos e diarréia
líquida s/sangue
                                   14
PEPTIDOGLICANO
 Induz a produção de interleucina 1 e de
  Ac.opsônicos pelos monócitos.
 Apresenta atividade semelhante a
  endotoxina.
 Pode atuar como quimiotático para
  polimorfonucleares.

                                        15
ESTRUTURA ANTIGÊNICA

ÁCIDOS TEICÓICOS
 Podem ser antigênicos.



PROTEÍNA “A”
 Componente da parede celular.
 Liga-se à moléculas de IgG, com
  exceção da IgG3.                  16
 CATALASE                 ENZIMAS
   Conversão do peróxido de hidrogênio
  em água e oxigênio.
 COAGULASE

   Impede a cascata normal da
  coagulação do plasma. Deposição de
  fibrina na superfície dos estafilococos.
 HIALURONIDASE ou fator de
  propagação                                 17
ENZIMAS

 ESTAFILOQUINASE

  Ação semelhante a estreptoquinase,
  resultando em fibrinólise.
 PROTEINASES
 LIPASES
 B-LACTAMASES
                                       18
19
TOXINAS
 EXOTOXINAS

 Contêm hemolisinas solúveis ( toxina
 alfa - proteína capaz de lisar eritrócitos e
 lesar plaquetas; ação sobre musculatura
 lisa vascular; toxina beta - degrada a
 esfingomielina; toxina gama e delta).

                                           20
TOXINAS
 LEUCOCIDINA

   Pode destruir leucócitos. São
  termoestáveis.
 ENTEROTOXINA

   O gene da enterotoxina pode estar
  localizado no cromossomo ou ser
  transportado por plasmídios.
                                       21
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

 Infeccões piogênicas na pele
  (foliculite, furúnculo, carbúnculo,
  terçol, etc);
 Infeccões oportunistas (osteomielite,
  septicemia, pneumonia, endocardite,
  meningite, etc);

                                          22
 Síndrome de Ritter (pele
  escaldada);
 Intoxicações alimentares;
 Síndrome do choque tóxico.




                               23
INFECÇÕES POR
     STAPHYLOCOCCUS




24
FURUNCULO
O furúnculo é uma
 pústula que
 acomete um
 folículo piloso,
 causado por
 infecção por S.
 aureus.

                    25
26
Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica )
                               S.aureus no folículo piloso
                                               Necrose tecidual + produção
                                               fibrina
PATOGENIA


            Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso

                                                No centro da lesão ocorre
                                                liquefação
                                   Drenagem


                        Tecido de granulação e cicatrização final


                                                                          27
O furúnculo ou antraz começa como um
nódulo inflamado doloroso que usualmente
flutua, aflora e se rompe.




                                           28
FOLICULITE ESTAFILOCÓCICA




                            29
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA

 Superantígenos produzidos por S. aureus
 são as Toxinas Exfoliativas (ETs). As
 ETs causam um a Síndrome da Pele
 Escaldada Estafilocócica (Staphylococcal
 Scalded Skin Syndrome - SSSS),
 caracterizada pela formação de lesões
 bolhosas e posterios exfoliação da pele.

                                       30
SINDROME DA PELE ESCALDADA




                         31
SINDROME DA PELE ESCALDADA




                         32
SINDROME DA PELE ESCALDADA




                         33
SINDROME DA PELE
     ESCALDADA




34
Síndrome do Choque Tóxico (TSS)
  Uma  condição sistêmica grave
  caracterizada por febre, hipotensão,
  descamação cutânea, erupções cutâneas e
  acometimento de pelo menos mais três
  sistêmas orgânicos a longo prazo. A
  Síndrome do Choque Tóxico pode ocorrer
  num evento menstrual ou não
  menstrual.
                                       35
36
37
SINDROME DO CHOQUE TÓXICO




                            38
IMPETIGO
 Impetigo é uma infecção da
 epiderme que resulta em lesões
 vesiculares que rompem,
 levando à formação de crostas
 de exsudato seco.

                              39
IMPETIGO




40
IMPETIGO




41
CARBUNCULO
Ocarbúnculo é um conjunto de
furúnculos que coalesceram em
camadas profundas da derme e
do tecido conjuntivo formando
uma lesão supurativa profunda
com múltiplas erupções
adjacentes.
                                42
CARBUNCULO




43
CARBUNCULO




             44
CARBUNCULO




             45
ABCESSO




46
TERÇOL




         47
INFECÇÃO DO SITIO CIRÚRGICO




                          48
OSTEOMIELITE




49
OSTEOMIELITE




               50
INFECÇÃO DE QUEIMADURA




                     51
FOLICULITE




52
SEPTICEMIA




             53
DIAGNÓSTICO

 EXAME BACTERIOSCÓPICO:
 Coloração de GRAM

 CULTURA: Meio de ágar sangue,
 ágar chapman-stone, ágar manitol
 salgado.
                                    54
MEIOS DE CULTURA
Não são muito exigentes, crescem
em meios comuns que contém
peptona e extrato de carne, mas
crescem melhor em meios contendo
sangue, ácido nicotínico, tiamina e
biotina. São adequados: AGAR
SANGUE, CHAPMAN STONE,
MSA -ÁGAR MANITOL SAL,
STAPHYLOCOCCUS 110.                   55
Morfologia das colônias
Crescimento rápido em condições
aeróbicas ou microaerófilas.Em meios
sólidos, as colônias são redondas, lisas,
elevadas e brilhantes.
As colônias de S.aureus são
acinzentadas a amarelo dourado intenso.
As colônias de S.epidermidis
apresentam coloração de cinza a branca.     56
57
ÁGAR SANGUE




              58
PROVA DIFERENCIAL




                    59
Esquema de Identificação (Resumo)
                                                                                Nota: Strep. viridans é
                               COCOS GRAM POSITIVOS                             alfa hemolítico e
                                                                                negativo para todos os
                                                                                testes abaixo
                                           Catalase
                     +
   Staphylococcus (cachos)                            Streptococcus
                                                                   -(pares & cadeias)
               Coagulase                                              Hemólise


    +
S. aureus
                          -
                S. epidermidis
                                     (1)    BETA: Bacitracina
                                                                +         S.pyogenes (grupo A)

β-hemolítico    não-hemolítico (normalmente)
                                                 CAMP/Hipurato        +S. agalactiae (grupo B)
manitol +
col. amarelo
                manitol   -
                col. branca
                                       (2) ALFA: Optoquina/Bile Solubil.       +
                                                                               S. pneumoniae


                ou
                                     (3)    GAMA: Bile Esculina     +     6.5% NaCl +         Group D*
                                                                             Enterococcus
                S. saprophyticus
                novobiocina - R
                                                      Bile Esculina   +    6.5% NaCl
                                                                                      -    Group D*
                                                                            Não-Enterococcus

                                                            (*pode ser tb beta ou alfa hemolítico)
                                                                                                          60
COLORAÇÃO DE GRAM




                    61
Provas Bioquímicas
  Produtores de catalase ( Diferenciação
  com os estreptococos )
 Fermentam carboidratos produzindo
  ácido láctico, não gás.
 Tolerância ao NaCL
 MANITOL

                                            62
CATALASE




H2O2 + crescimento bacteriano   Formação de bolhas
                                 (teste positivo)
                                                     63
64
HEMÓLISE




           65
TESTE DA COAGULASE




                     66
PROVA DA COAGULASE




                     67
NOVOBIOCINA




              68
TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX




                                69
TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX




                                70
Esquema Simplificado de Diferenciação




 S = sensível, R = resistente, V = variável,
 F = fermentativo, O = oxidativo

                                               71
72
EPIDEMIOLOGIA
 Principais fontes: Lesões humanas, fômites
  contaminados, vias respiratórias e pele
  humana.
 Importância do estado de portador crônico
  ( nariz e pele ) de S.aureus resistente a
  antibióticos.
 Nos hospitais, as áreas de maior risco de
  infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I.,
  centro cirúrgico e enfermarias de
  quimioterapia de câncer
                                                 73

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaProqualis
 
Patogenia das doenças infecciosas cap 14
Patogenia das doenças infecciosas cap 14Patogenia das doenças infecciosas cap 14
Patogenia das doenças infecciosas cap 14Romero Diniz
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaAula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaJaqueline Almeida
 
Aula 6 Teniase E Cisticercose
Aula 6   Teniase E CisticercoseAula 6   Teniase E Cisticercose
Aula 6 Teniase E CisticercoseITPAC PORTO
 
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aidsStrongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aidsDenise Selegato
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaJaqueline Almeida
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
Aula de enterobius vermicularis
Aula de  enterobius vermicularisAula de  enterobius vermicularis
Aula de enterobius vermicularisRossana Martins
 

Mais procurados (20)

Enterobactérias
EnterobactériasEnterobactérias
Enterobactérias
 
Clostridium botulinum
Clostridium botulinumClostridium botulinum
Clostridium botulinum
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbiana
 
Esquistossomose
EsquistossomoseEsquistossomose
Esquistossomose
 
Giardia
GiardiaGiardia
Giardia
 
53292193 aula-de-meios-de-cultura
53292193 aula-de-meios-de-cultura53292193 aula-de-meios-de-cultura
53292193 aula-de-meios-de-cultura
 
Patogenia das doenças infecciosas cap 14
Patogenia das doenças infecciosas cap 14Patogenia das doenças infecciosas cap 14
Patogenia das doenças infecciosas cap 14
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaAula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
 
Aula 6 Teniase E Cisticercose
Aula 6   Teniase E CisticercoseAula 6   Teniase E Cisticercose
Aula 6 Teniase E Cisticercose
 
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aidsStrongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Aula 05 bacterias
Aula   05  bacteriasAula   05  bacterias
Aula 05 bacterias
 
Princípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológicoPrincípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológico
 
Aula de enterobius vermicularis
Aula de  enterobius vermicularisAula de  enterobius vermicularis
Aula de enterobius vermicularis
 
Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1
 
Salmonella
SalmonellaSalmonella
Salmonella
 

Semelhante a Stafylococcus: Características e Infecções

Semelhante a Stafylococcus: Características e Infecções (20)

3º Grupo-Mipa.pptx
3º Grupo-Mipa.pptx3º Grupo-Mipa.pptx
3º Grupo-Mipa.pptx
 
Resumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinicaResumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinica
 
3 bacilos gram-
3 bacilos gram-3 bacilos gram-
3 bacilos gram-
 
Aula 5 - M
Aula 5 - MAula 5 - M
Aula 5 - M
 
Microbiologia Básica - Bactérias
Microbiologia Básica -  BactériasMicrobiologia Básica -  Bactérias
Microbiologia Básica - Bactérias
 
Aula 03. Amebíase 1.pdf
Aula 03. Amebíase 1.pdfAula 03. Amebíase 1.pdf
Aula 03. Amebíase 1.pdf
 
Estreptococos
EstreptococosEstreptococos
Estreptococos
 
Cocos Gram positivos
Cocos Gram positivosCocos Gram positivos
Cocos Gram positivos
 
Aula streptococcus
Aula streptococcusAula streptococcus
Aula streptococcus
 
Patogenia
PatogeniaPatogenia
Patogenia
 
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia   seminário - família enterobacteriaceaeMicrobiologia   seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
 
Aula 6 - M
Aula 6 - MAula 6 - M
Aula 6 - M
 
piodermite certo 2015.2 (1).pptx
piodermite certo 2015.2 (1).pptxpiodermite certo 2015.2 (1).pptx
piodermite certo 2015.2 (1).pptx
 
Aula 4 - M
Aula 4 - MAula 4 - M
Aula 4 - M
 
Septicemia
SepticemiaSepticemia
Septicemia
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Generos Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira ProvaGeneros Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira Prova
 
Aula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaAula de Dermatopatologia
Aula de Dermatopatologia
 
Anaeróbios
Anaeróbios Anaeróbios
Anaeróbios
 
Tetano ok
Tetano okTetano ok
Tetano ok
 

Stafylococcus: Características e Infecções

  • 2. CARACTERISTICAS GERAIS •Cocos Gram + (0.5-1.2 um de diametro) em cachos de uva e aos pares •Nao fazem esporos, •Bactérias facultativas •Respiracão aeróbica/fermentacão •Todos são catalase-positivo, •Imóveis 2
  • 3. CARACTERISTICAS GERAIS •São relativamente resistentes ao ressecamento e ao calor. •Apresentam sensibilidade variável a muitos agentes antimicrobianos (produção de B-lactamases, resistência à meticilina e oxacilina, tolerância e plasmídios ) 3
  • 4. 4
  • 5. 5
  • 6. Principais espécies  Staphylococcus aureus  Staphylococcus epidermidis  Staphylococcus Saprophyticus  Staphylococcus Haemoliticus 6
  • 7. 7
  • 9. 9
  • 10. Proteína A (SpA): Tem a habilidade de se ligar à porção FC de IgG, impedindo, portanto que ela sirva de fator de opsonização na Fagocitose. Fab Fab IgG Fc SpA (Atn) S. aureus 10
  • 11. HABITAT  São membros da microbiota normal da pele, via respiratórias e trato gastrointestinal.  O estado de portador nasal é observado em 40% a 50% dos humanos.  Capacidade patogênica – desde a intoxicação alimentar a bacteremia e abscessos em vários órgãos. 11
  • 12. 12
  • 13. FATORES DE VIRULÊNCIA Proteína A = proteína antifagocitária Catalase = impede digestão intracelular Coagulase = Producão de fibrina Estafiloquinase= Lisa depósitos de fibrina - fator de disseminacão 13
  • 14. FATORES DE VIRULÊNCIA Hemolisinas = alfa, beta Leucocidina = destrói leucócitos Exotoxina alfa: extracelular, leucocida, dermonecrótica Enterotoxina termoestável: intoxicacão: vômitos e diarréia líquida s/sangue 14
  • 15. PEPTIDOGLICANO  Induz a produção de interleucina 1 e de Ac.opsônicos pelos monócitos.  Apresenta atividade semelhante a endotoxina.  Pode atuar como quimiotático para polimorfonucleares. 15
  • 16. ESTRUTURA ANTIGÊNICA ÁCIDOS TEICÓICOS  Podem ser antigênicos. PROTEÍNA “A”  Componente da parede celular.  Liga-se à moléculas de IgG, com exceção da IgG3. 16
  • 17.  CATALASE ENZIMAS Conversão do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio.  COAGULASE Impede a cascata normal da coagulação do plasma. Deposição de fibrina na superfície dos estafilococos.  HIALURONIDASE ou fator de propagação 17
  • 18. ENZIMAS  ESTAFILOQUINASE Ação semelhante a estreptoquinase, resultando em fibrinólise.  PROTEINASES  LIPASES  B-LACTAMASES 18
  • 19. 19
  • 20. TOXINAS  EXOTOXINAS Contêm hemolisinas solúveis ( toxina alfa - proteína capaz de lisar eritrócitos e lesar plaquetas; ação sobre musculatura lisa vascular; toxina beta - degrada a esfingomielina; toxina gama e delta). 20
  • 21. TOXINAS  LEUCOCIDINA Pode destruir leucócitos. São termoestáveis.  ENTEROTOXINA O gene da enterotoxina pode estar localizado no cromossomo ou ser transportado por plasmídios. 21
  • 22. MANIFESTAÇÕES CLINICAS  Infeccões piogênicas na pele (foliculite, furúnculo, carbúnculo, terçol, etc);  Infeccões oportunistas (osteomielite, septicemia, pneumonia, endocardite, meningite, etc); 22
  • 23.  Síndrome de Ritter (pele escaldada);  Intoxicações alimentares;  Síndrome do choque tóxico. 23
  • 24. INFECÇÕES POR STAPHYLOCOCCUS 24
  • 25. FURUNCULO O furúnculo é uma pústula que acomete um folículo piloso, causado por infecção por S. aureus. 25
  • 26. 26
  • 27. Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica ) S.aureus no folículo piloso Necrose tecidual + produção fibrina PATOGENIA Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso No centro da lesão ocorre liquefação Drenagem Tecido de granulação e cicatrização final 27
  • 28. O furúnculo ou antraz começa como um nódulo inflamado doloroso que usualmente flutua, aflora e se rompe. 28
  • 30. SÍNDROME DA PELE ESCALDADA  Superantígenos produzidos por S. aureus são as Toxinas Exfoliativas (ETs). As ETs causam um a Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (Staphylococcal Scalded Skin Syndrome - SSSS), caracterizada pela formação de lesões bolhosas e posterios exfoliação da pele. 30
  • 31. SINDROME DA PELE ESCALDADA 31
  • 32. SINDROME DA PELE ESCALDADA 32
  • 33. SINDROME DA PELE ESCALDADA 33
  • 34. SINDROME DA PELE ESCALDADA 34
  • 35. Síndrome do Choque Tóxico (TSS)  Uma condição sistêmica grave caracterizada por febre, hipotensão, descamação cutânea, erupções cutâneas e acometimento de pelo menos mais três sistêmas orgânicos a longo prazo. A Síndrome do Choque Tóxico pode ocorrer num evento menstrual ou não menstrual. 35
  • 36. 36
  • 37. 37
  • 38. SINDROME DO CHOQUE TÓXICO 38
  • 39. IMPETIGO  Impetigo é uma infecção da epiderme que resulta em lesões vesiculares que rompem, levando à formação de crostas de exsudato seco. 39
  • 42. CARBUNCULO Ocarbúnculo é um conjunto de furúnculos que coalesceram em camadas profundas da derme e do tecido conjuntivo formando uma lesão supurativa profunda com múltiplas erupções adjacentes. 42
  • 47. TERÇOL 47
  • 48. INFECÇÃO DO SITIO CIRÚRGICO 48
  • 54. DIAGNÓSTICO  EXAME BACTERIOSCÓPICO: Coloração de GRAM  CULTURA: Meio de ágar sangue, ágar chapman-stone, ágar manitol salgado. 54
  • 55. MEIOS DE CULTURA Não são muito exigentes, crescem em meios comuns que contém peptona e extrato de carne, mas crescem melhor em meios contendo sangue, ácido nicotínico, tiamina e biotina. São adequados: AGAR SANGUE, CHAPMAN STONE, MSA -ÁGAR MANITOL SAL, STAPHYLOCOCCUS 110. 55
  • 56. Morfologia das colônias Crescimento rápido em condições aeróbicas ou microaerófilas.Em meios sólidos, as colônias são redondas, lisas, elevadas e brilhantes. As colônias de S.aureus são acinzentadas a amarelo dourado intenso. As colônias de S.epidermidis apresentam coloração de cinza a branca. 56
  • 57. 57
  • 60. Esquema de Identificação (Resumo) Nota: Strep. viridans é COCOS GRAM POSITIVOS alfa hemolítico e negativo para todos os testes abaixo Catalase + Staphylococcus (cachos) Streptococcus -(pares & cadeias) Coagulase Hemólise + S. aureus - S. epidermidis (1) BETA: Bacitracina + S.pyogenes (grupo A) β-hemolítico não-hemolítico (normalmente) CAMP/Hipurato +S. agalactiae (grupo B) manitol + col. amarelo manitol - col. branca (2) ALFA: Optoquina/Bile Solubil. + S. pneumoniae ou (3) GAMA: Bile Esculina + 6.5% NaCl + Group D* Enterococcus S. saprophyticus novobiocina - R Bile Esculina + 6.5% NaCl - Group D* Não-Enterococcus (*pode ser tb beta ou alfa hemolítico) 60
  • 62. Provas Bioquímicas  Produtores de catalase ( Diferenciação com os estreptococos )  Fermentam carboidratos produzindo ácido láctico, não gás.  Tolerância ao NaCL  MANITOL 62
  • 63. CATALASE H2O2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas (teste positivo) 63
  • 64. 64
  • 65. HEMÓLISE 65
  • 69. TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX 69
  • 70. TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX 70
  • 71. Esquema Simplificado de Diferenciação S = sensível, R = resistente, V = variável, F = fermentativo, O = oxidativo 71
  • 72. 72
  • 73. EPIDEMIOLOGIA  Principais fontes: Lesões humanas, fômites contaminados, vias respiratórias e pele humana.  Importância do estado de portador crônico ( nariz e pele ) de S.aureus resistente a antibióticos.  Nos hospitais, as áreas de maior risco de infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I., centro cirúrgico e enfermarias de quimioterapia de câncer 73