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É uma doença infecciosa febril de inicio abrupto,
cujo espectro clinico pode variar desde quadros
oligossintomáticos, leves e de evolução benigna
a formas graves.
É uma zoonose de importância
mundial!
Agente etiológico: Leptospira
Interrogans;
São espiroquetas espiralados e
delgados (0,1 x 4 a 20 um);
São aeróbios estritos;
Temperatura ótima de crescimento 28° e 30°C;
Crescimento em meios suplementados com
vitaminas ( B2, B12), ácidos graxos de cadeia
longa e sais de amônio.
A severidade da doença é influenciada pelo:
i. Número de organismos infectantes;
ii. Defesas imunológicas do hospedeiro;
iii. Virulência da cepa infectante;
Através de pequenos cortes ou abrasões
cutâneas, penetram na pele
ou na mucosa;
O período de incubação da doença
varia de 1 a 30 dias, sendo
mais frequente entre 5 e 14 dias.
Síndrome de Weil,
caracterizada pela:
i. Tríade de icterícia;
ii. Insuficiência renal;
iii. Hemorragia;
É necessário coletar amostras clinicas do caso
suspeito para os testes diagnósticos específicos
e acompanhar os resultados dos exames
inespecíficos que auxiliam no esclarecimento
do diagnostico.
Hemograma
Bioquímica:
Ureia;
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Bilirrubina total
TGO;
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Gama-gt;
Fosfatase alcalina;
CPK;
Na+;
K+;
Exames Iniciais
Microaglutinação (MAT):
 É um exame sorológico especifico;
 Mede a capacidade do soro em aglutinar
leptospiras vivas;
 Aglutininas aparecem no sangue de pacientes
não tratados após 5 a 7 dias de infecção.
Cultura:
 Meios de Culturas: Fletcher, EMJH ( Ellinghaunse-
McCullough-Jonhoson-Harris), Albumina-twen 80;
 Crescimento lentamente;
 Incubação a 28 a 30°;
 Algumas gotas do sedimento são inoculadas no meio de
cultura;
 O crescimento da bactéria é detectado por microscopia de
campo escuro;
A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico,
sendo exclusiva do ser humano, e que, quando
não tratada precocemente, pode evoluir para
uma enfermidade crônica com sequelas
irreversíveis em longo prazo.
A infecção da criança pelo T. pallidum a partir
da mãe acarreta o desenvolvimento da sífilis
congênita .
Durante a evolução natural da doença, ocorrem
períodos de atividade com características
clinicas, imunológicas e histopatológicas
distintas, intercalados por períodos de latência,
durante os quais não se observa a presença de
sinais ou sintomas.
Treponema pallidum é o
agente etiológico da doença
venérea sífilis;
Espiroquetas;
Fino 0,10 a 0,18μm de
largura;
Três flagelos periplasmático;
Não crescem em culturas
sem células (cultivo in vitro);
Aerófilo ou anaeróbios;
A ausência de antígenos espécie-
específicos na superfície da célula ;
Hialuronidase facilita a infiltração
perivascular;
Resistência à fagocitose;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS PRIMÁRIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS PRIMÁRIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS SECUNDÁRIA
Dor de garganta;
Dor de cabeça;
Febre;
Mialgia
 Anorexia;
Linfadenopatia;
Exantema
mucocutâneo;
Condiloma plano.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS SECUNDÁRIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS LATENTE
 Considerado recente no primeiro ano e tardio após
esse período;
 A sífilis latente não apresenta qualquer
manifestação clinica;
 Nesse estagio, todos os testes que detectam
anticorpos permanecem reagentes;
 O diagnostico da sífilis latente é baseado na
história clínica do indivíduo e na combinação de
resultados dos testes.
.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS TERCIÁRIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS TERCIÁRIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS CONGÊNITA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SIFÍLIS CONGÊNITA
Exame em campo escuro:
Realizada tanto nas lesões primarias como nas
lesões secundarias da sífilis;
A amostra utilizada é o exsudato seroso das
lesões ativas;
O material deve ser analisado imediatamente após
a coleta da amostra;
DIAGNÓSTICO
EXAMES DIRETO
Sendo levado ao
microscópio com
condensador de
campo escuro;
Possui baixo custo;
São necessários
técnicos treinados e
experientes;
DIAGNÓSTICO
EXAMES DIRETO
Pesquisa direta com
material corado
Apresentam sensibilidades
inferiores a microscopia de
campo escuro;
A amostra para esse exame
deve ser coletada da mesma
maneira que a amostra para o
exame direto a fresco. ( EX:
Método Fontana- Tribondeau).
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Testes Não Treponêmicos
Podem ser qualitativos fornece apenas a
informação de que anticorpos foram
encontrados ou não na amostra testada
O teste quantitativo permite estimar a
quantidade desses anticorpos presentes
mediante a diluição seriada da amostra;
Ambos utilizem o mesmo reagente;
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Existem quatro tipos de testes não
treponêmicos que utilizam a metodologia de
floculação:
i. VDRL (do ingles Venereal Disease Research
Laboratory);
ii. RPR (do ingles, Rapid Test Reagin);
iii. USR (do ingles Unheated Serum Reagin);
iv. TRUST (do ingles Toluidine Red Unheated
Serum Test);
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Os componentes da suspensão antigênica micelas.
Os anticorpos anticardiolipinas cardiolipinas das
micelas floculação IgM e IgG falso-
positivos.
A escolha do teste não treponêmico a ser utilizado
depende do tipo de amostra, dos equipamentos
disponíveis no laboratório e do tamanho da rotina.
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Teste Treponêmicos
Antígenos treponêmicos recombinantes e
detectam anticorpos específicos;
Os testes treponemos são os primeiros a
apresentar resultado reagente após a infecção,
sendo comuns na sífilis primaria resultados
reagentes em um teste treponêmico.
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Teste de anticorpos
treponêmicos fluorescentes com
absorção – FTAAbs:
Nele ocorre a absorção ou
bloqueio de anticorpos não
específicos que eventualmente
estão presentes no soro;
Complexo antígeno-anticorpo.
Os treponemas podem ser
visualizados ao microscópio;
Testes
Treponêmicos
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Ensaio imunossorvente ligado à
enzima – ELISA:
 Utilizam suportes sensibilizados
com antígenos totais
 de T. pallidum;
 Antígeno-anticorpo-conjugado;
 Espectrofotômetro;
 A quantidade de anticorpos
presentes nas amostras é
 diretamente proporcional a
intensidade de cor na reação;
Testes de hemaglutinação e
aglutinação
 Na reação de aglutinação
indireta (TPPA), os antígenos
de T. pallidum são adsorvidos
a superfície de partículas de
gelatina.
 Os anticorpos presentes no
soro ligam-se aos antígenos de
varias partículas de gelatina,
resultando em aglutinação.
DIAGNÓSTICO
TESTES IMUNOLÓGICOS
Figura 1 – Exemplos de testes rápidos (TR): (1a)
imunocromatografia de fluxo lateral; (1b)
imunocromatografia de dupla migração – DPP;
(1c) imunoconcentração; (1d) fase sólida. Figura 3 - Ilustração do funcionamento
de um teste rápido de fluxo lateral
BIBLIOGRAFIA:
Aguero-Rosenfeld et al: Diagnosis of Ly me borreliosis. Clin Microbiol Rev. 2005;18:484-
509.
Antal GM, Lukehart SA, Meheus AZ. The endemic treponematoses. Microbes Infect.
2002;4:83-94.
Butler T. et al: Infection with Borrelia recurrentis: Pathogenesis of fever and petechiae. J
Infect Dis. 1979;140:665-672.
Centers for Disease Control and Prevention: Sexually Transmitted Disease Surveillance
2003. Atlanta: U.S. Department of Health and Human Services, 2004.
Cutler S. et al: Borrelia recurrentis characterization and comparison with relapsing fever,
Ly me-associated, and other Borrelia spp. Int J Syst Bacteriol. 1997;47:958-968.
Feder H. et al: Review article: A critical appraisal of “chronic Ly me disease”. N Engl J
Med. 2007;357:1422-1430.
LaFond RE, Lukehart SA. Biological basis for sy philis. Clin Microbiol Rev. 2006;19:29-49.
Levitt PN. Leptospirosis. Clin Microbiol Rev. 2001;14:296-326.
Rothschild BM. History of sy philis. Clin Inf Dis. 2005;40:1454-1463.
Spach D. et al: Tick-borne diseases in the United States. N Engl J Med. 1993;329:936-947.
Toner B. Current controversies in the management of adult sy philis. Clin Infect Dis.
2007;44:S130-S146.
Wormser GP. Early Ly me disease. N Engl J Med. 2006;354:2794-2801.
Wormser GP. et al: The clinical assessment, treatment, and prevention of Ly me Disease,
human granulocy tic anaplasmosis, and babesiosis: Clinical practice guidelines by
the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2006;43:1089-1134.
Treponema, Borrelia e Leptospira. In: Murray P.R. Rosenthal R.K. Pfallier. M.A. Microbiologia Médica. 7.ed – Rio de Janeiro: Elsevier,
2014. p 350-363.
REFERÊNCIAS
 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das
Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais.
MANUAL TÉCNICO PARA DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS. Brasília- DF, 2016.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leptospirose diagnóstico e
manejo clínico. Brasília- DF, 2014.
 Curso: Biomedicina – IV semestre;
 Turno: noturno;
 Disciplina: Bacteriologia Clinica;
 Docente: Flamélia Carla Silva Oliveira;
 Discentes: Ana Castro; Diana Santos; Elidiane Oliveira;
Jeiza Santos; Luíza Oliveira; Rebeca Damásio e Yasmin
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Doenças infecciosas: leptospirose, sífilis e suas manifestações clínicas

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Doenças infecciosas: leptospirose, sífilis e suas manifestações clínicas

  • 1.
  • 2. É uma doença infecciosa febril de inicio abrupto, cujo espectro clinico pode variar desde quadros oligossintomáticos, leves e de evolução benigna a formas graves. É uma zoonose de importância mundial!
  • 3. Agente etiológico: Leptospira Interrogans; São espiroquetas espiralados e delgados (0,1 x 4 a 20 um); São aeróbios estritos; Temperatura ótima de crescimento 28° e 30°C; Crescimento em meios suplementados com vitaminas ( B2, B12), ácidos graxos de cadeia longa e sais de amônio.
  • 4. A severidade da doença é influenciada pelo: i. Número de organismos infectantes; ii. Defesas imunológicas do hospedeiro; iii. Virulência da cepa infectante; Através de pequenos cortes ou abrasões cutâneas, penetram na pele ou na mucosa;
  • 5.
  • 6. O período de incubação da doença varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente entre 5 e 14 dias.
  • 7. Síndrome de Weil, caracterizada pela: i. Tríade de icterícia; ii. Insuficiência renal; iii. Hemorragia;
  • 8. É necessário coletar amostras clinicas do caso suspeito para os testes diagnósticos específicos e acompanhar os resultados dos exames inespecíficos que auxiliam no esclarecimento do diagnostico. Hemograma Bioquímica: Ureia; Creatinina; Bilirrubina total TGO; TGP; Gama-gt; Fosfatase alcalina; CPK; Na+; K+; Exames Iniciais
  • 9. Microaglutinação (MAT):  É um exame sorológico especifico;  Mede a capacidade do soro em aglutinar leptospiras vivas;  Aglutininas aparecem no sangue de pacientes não tratados após 5 a 7 dias de infecção.
  • 10. Cultura:  Meios de Culturas: Fletcher, EMJH ( Ellinghaunse- McCullough-Jonhoson-Harris), Albumina-twen 80;  Crescimento lentamente;  Incubação a 28 a 30°;  Algumas gotas do sedimento são inoculadas no meio de cultura;  O crescimento da bactéria é detectado por microscopia de campo escuro;
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, sendo exclusiva do ser humano, e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. A infecção da criança pelo T. pallidum a partir da mãe acarreta o desenvolvimento da sífilis congênita . Durante a evolução natural da doença, ocorrem períodos de atividade com características clinicas, imunológicas e histopatológicas distintas, intercalados por períodos de latência, durante os quais não se observa a presença de sinais ou sintomas.
  • 16. Treponema pallidum é o agente etiológico da doença venérea sífilis; Espiroquetas; Fino 0,10 a 0,18μm de largura; Três flagelos periplasmático; Não crescem em culturas sem células (cultivo in vitro); Aerófilo ou anaeróbios;
  • 17. A ausência de antígenos espécie- específicos na superfície da célula ; Hialuronidase facilita a infiltração perivascular; Resistência à fagocitose;
  • 18.
  • 19.
  • 22. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SIFÍLIS SECUNDÁRIA Dor de garganta; Dor de cabeça; Febre; Mialgia  Anorexia; Linfadenopatia; Exantema mucocutâneo; Condiloma plano.
  • 24. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SIFÍLIS LATENTE  Considerado recente no primeiro ano e tardio após esse período;  A sífilis latente não apresenta qualquer manifestação clinica;  Nesse estagio, todos os testes que detectam anticorpos permanecem reagentes;  O diagnostico da sífilis latente é baseado na história clínica do indivíduo e na combinação de resultados dos testes. .
  • 29. Exame em campo escuro: Realizada tanto nas lesões primarias como nas lesões secundarias da sífilis; A amostra utilizada é o exsudato seroso das lesões ativas; O material deve ser analisado imediatamente após a coleta da amostra;
  • 30. DIAGNÓSTICO EXAMES DIRETO Sendo levado ao microscópio com condensador de campo escuro; Possui baixo custo; São necessários técnicos treinados e experientes;
  • 31. DIAGNÓSTICO EXAMES DIRETO Pesquisa direta com material corado Apresentam sensibilidades inferiores a microscopia de campo escuro; A amostra para esse exame deve ser coletada da mesma maneira que a amostra para o exame direto a fresco. ( EX: Método Fontana- Tribondeau).
  • 32. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Testes Não Treponêmicos Podem ser qualitativos fornece apenas a informação de que anticorpos foram encontrados ou não na amostra testada O teste quantitativo permite estimar a quantidade desses anticorpos presentes mediante a diluição seriada da amostra; Ambos utilizem o mesmo reagente;
  • 33. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Existem quatro tipos de testes não treponêmicos que utilizam a metodologia de floculação: i. VDRL (do ingles Venereal Disease Research Laboratory); ii. RPR (do ingles, Rapid Test Reagin); iii. USR (do ingles Unheated Serum Reagin); iv. TRUST (do ingles Toluidine Red Unheated Serum Test);
  • 34. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Os componentes da suspensão antigênica micelas. Os anticorpos anticardiolipinas cardiolipinas das micelas floculação IgM e IgG falso- positivos. A escolha do teste não treponêmico a ser utilizado depende do tipo de amostra, dos equipamentos disponíveis no laboratório e do tamanho da rotina.
  • 35. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Teste Treponêmicos Antígenos treponêmicos recombinantes e detectam anticorpos específicos; Os testes treponemos são os primeiros a apresentar resultado reagente após a infecção, sendo comuns na sífilis primaria resultados reagentes em um teste treponêmico.
  • 36. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Teste de anticorpos treponêmicos fluorescentes com absorção – FTAAbs: Nele ocorre a absorção ou bloqueio de anticorpos não específicos que eventualmente estão presentes no soro; Complexo antígeno-anticorpo. Os treponemas podem ser visualizados ao microscópio; Testes Treponêmicos
  • 37. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Ensaio imunossorvente ligado à enzima – ELISA:  Utilizam suportes sensibilizados com antígenos totais  de T. pallidum;  Antígeno-anticorpo-conjugado;  Espectrofotômetro;  A quantidade de anticorpos presentes nas amostras é  diretamente proporcional a intensidade de cor na reação; Testes de hemaglutinação e aglutinação  Na reação de aglutinação indireta (TPPA), os antígenos de T. pallidum são adsorvidos a superfície de partículas de gelatina.  Os anticorpos presentes no soro ligam-se aos antígenos de varias partículas de gelatina, resultando em aglutinação.
  • 38. DIAGNÓSTICO TESTES IMUNOLÓGICOS Figura 1 – Exemplos de testes rápidos (TR): (1a) imunocromatografia de fluxo lateral; (1b) imunocromatografia de dupla migração – DPP; (1c) imunoconcentração; (1d) fase sólida. Figura 3 - Ilustração do funcionamento de um teste rápido de fluxo lateral
  • 39.
  • 40. BIBLIOGRAFIA: Aguero-Rosenfeld et al: Diagnosis of Ly me borreliosis. Clin Microbiol Rev. 2005;18:484- 509. Antal GM, Lukehart SA, Meheus AZ. The endemic treponematoses. Microbes Infect. 2002;4:83-94. Butler T. et al: Infection with Borrelia recurrentis: Pathogenesis of fever and petechiae. J Infect Dis. 1979;140:665-672. Centers for Disease Control and Prevention: Sexually Transmitted Disease Surveillance 2003. Atlanta: U.S. Department of Health and Human Services, 2004. Cutler S. et al: Borrelia recurrentis characterization and comparison with relapsing fever, Ly me-associated, and other Borrelia spp. Int J Syst Bacteriol. 1997;47:958-968. Feder H. et al: Review article: A critical appraisal of “chronic Ly me disease”. N Engl J Med. 2007;357:1422-1430. LaFond RE, Lukehart SA. Biological basis for sy philis. Clin Microbiol Rev. 2006;19:29-49. Levitt PN. Leptospirosis. Clin Microbiol Rev. 2001;14:296-326. Rothschild BM. History of sy philis. Clin Inf Dis. 2005;40:1454-1463. Spach D. et al: Tick-borne diseases in the United States. N Engl J Med. 1993;329:936-947. Toner B. Current controversies in the management of adult sy philis. Clin Infect Dis. 2007;44:S130-S146. Wormser GP. Early Ly me disease. N Engl J Med. 2006;354:2794-2801. Wormser GP. et al: The clinical assessment, treatment, and prevention of Ly me Disease, human granulocy tic anaplasmosis, and babesiosis: Clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2006;43:1089-1134. Treponema, Borrelia e Leptospira. In: Murray P.R. Rosenthal R.K. Pfallier. M.A. Microbiologia Médica. 7.ed – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p 350-363.
  • 41. REFERÊNCIAS  MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. MANUAL TÉCNICO PARA DIAGNÓSTICO DA SÍFILIS. Brasília- DF, 2016.  MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leptospirose diagnóstico e manejo clínico. Brasília- DF, 2014.
  • 42.  Curso: Biomedicina – IV semestre;  Turno: noturno;  Disciplina: Bacteriologia Clinica;  Docente: Flamélia Carla Silva Oliveira;  Discentes: Ana Castro; Diana Santos; Elidiane Oliveira; Jeiza Santos; Luíza Oliveira; Rebeca Damásio e Yasmin Oliveira. Itabuna 2017.2