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Instituição Escolar Roberto Mosca Jr
A Escola Segundo dados do censo escolar, realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), em 2004, ingressaram no Ensino Fundamental 26.614.310 alunos, enquanto no Ensino Médio ingressaram apenas 9.169.357 alunos.
Discriminação por sexo e pertencimento a um grupo racial no sistema educacional.(1996-2007) IPEA
Primeiras escolas A escola, tal como conhecemos hoje, intitulada pelos historiadores da educação como Escola Moderna, começou a se configurar em fins do século XVI e ao longo do século XVII. As teorias da psicologia da aprendizagem, que estabelecem etapas para o desenvolvimento humano, virão muitos anos depois.
Escola moderna Mas a escola moderna organiza-se inicialmente com características que já conhecemos bem: a preocupação em separar os alunos em classes seriadas, de acordo com a faixa etária; a divisão sistemática dos programas de acordo com cada série; os níveis de estudos passam a ter um encadeamento: a escola elementar (ler, escrever e contar), com a escola média ou profissional e os estudos superiores; o tempo para o estudo e para o cumprimento dos programas para uma determinada série também passam a ser preestabelecidos. Não será mais o ritmo de aprendizado do aluno que dirá de quanto tempo ele necessita para aprender, mas sim o ritmo imposto pela instituição.
Elementos da prática escolar  o registro das aulas,  o controle de freqüência (chamada), a elaboração de textos simplificados para cada disciplina (livros didáticos). maior rigor disciplinar, com a criação de normas e regimentos de conduta. Enfim, são práticas que têm a função de organizar, disciplinar e controlar, e que hoje nos parecem naturais e quase imutáveis.
O Olhar  sociológico Um dos principais objetivos do estudo da Sociologia é auxiliá-lo a “desnaturalizar” os fatos sociais a desconstruir alguns conceitos que, de tão repetidos que foram, parecem ser os únicos verdadeiros.
Sociedades sem escolas existência das sociedades “desescolarizadas” educação informal. Florestan Fernandes (1920-1995), importante nome da Sociologia brasileira, estudou os povos Tupinambás, e sua pesquisa nos permite conhecer alguns elementos que caracterizam a educação das sociedades tribais: Três importantes valores perpassam a educação dos tupinambás: a tradição, o valor da ação e o valor do exemplo.
Sociedades sem escolas os conhecimentos são acessíveis a todos os membros da sociedade; a transmissão da cultura faz-se cotidianamente, sem a utilização de recursos ou técnicas pedagógicas; como se tratam de sociedades iletradas, a comunicação dos saberes ocorre oralmente. Aliás, a palavra oral possuía tanto prestígio quanto a linguagem escrita possui em nossa sociedade; a educação não é privilégio das crianças e jovens, uma vez que os membros da comunidade estão continuamente nos papéis de aprendizes e de mestres.
Escola disciplinadora Para nos auxiliar na reflexão a respeito da função disciplinadora da escola, podemos recorrer às idéias de um filósofo francês – Michel Foucault (1926-1984). Realizou estudos comparativos entre algumas instituições como prisões, conventos, quartéis e escolas, buscando desvelar suas semelhanças no que se refere aos aspectos de organização e controle.
Escola disciplinadora Para Foucault, mais importante do que um poder centralizador e visível, são os “pequenos” poderes que abarcam todo o espaço social, e dos quais não conseguimos escapar, porque estão dispersos. É o espaço físico, o mobiliário, as regras, os olhares vigilantes, as ameaças e as punições agindo sempre no sentido de controlar nossos corpos e nossas consciências, de nos fazermos “úteis”, “dóceis”, treinados para a obediência.
Escola disciplinadora A escola é criada (como já vimos anteriormente), num contexto de grande valorização da ciência, e de preocupação com a formação de um “novo homem”, adequado às novas regras e aos novos princípios. Sua função disciplinadora, normatizadora, desde o início é muito clara, quase inerente.
Escola  Ainda hoje se perguntarmos a uma criança, por que ela vai à escola, a resposta será: “Para aprender...” Mas aprender o quê? E para quê Aprender para nos tornarmos “civilizados” Aprender para nos tornarmos obedientes e conformados? Aprender para acreditarmos e aceitarmos que escola não é para mim, mas sim para os “outros”. Aprender que aprender é repetir o livro e as palavras do professor? Aprender que estudar é difícil e cansativo?
Teorias crítico-reprodutivistas estas teorias partem do princípio de que a escola é uma instituição que, por meio de suas práticas, conhecimentos e valores veiculados, têm contribuído para a reprodução das desigualdades da sociedade de classe em que vivemos. Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean-Claude Passeron (1930- )
Teorias crítico-reprodutivistas Bourdieu chama isso de “violência simbólica”, ou seja, o desprezo e a inferiorização da expressão cultural de um grupo por outro mais poderoso econômica ou politicamente, faz com que esse perca sua identidade e suas referências, tornando-se fraco, inseguro e mais sujeito à dominação.
Teoria funcionalista Émile Durkheim (1858–1917) é um dos representantes do pensamento conservador.  Sua teoria faz a defesa da ordem social dominante, do chamado “status quo”. a escola, assim como as demais instituições sociais, têm a função de imprimir sobre as novas gerações valores morais e disciplinares que visam à perpetuação da sociedade tal como ela está organizada quanto à ordem e no respeito aos poderes dominantes.
Fracasso escolar O conhecimento dessas teorias nos ajuda a compreender o fracasso escolar, este fenômeno que anualmente exclui centenas de jovens da escola. Se formos verificar a origem social destes alunos que não conseguiram concluir seus estudos, verificaremos que pertencem às classes menos favorecidas economicamente, e cujos hábitos culturais estão mais distantes dos padrões oficiais. No entanto, temos que estar atentos ao fato de que as teorias nos ajudam a melhor compreender como e porquê as coisas acontecem de uma determinada forma, mesmo que esta forma esteja desagradando ou prejudicando muita gente, como é o caso da escola, arriscaríamos dizer. Mas nenhuma teoria sociológica consegue dar conta de explicar toda a realidade educacional.
Direito a educação. O direito à educação pública e gratuita foi assegurado na Constituição de 1988, e refere-se somente ao Ensino Fundamental (pré à 8a série). O Ensino Médio ainda não está garantido a todos pela lei. O Estado tem a obrigação de oferecer escola e os pais ou responsáveis têm o dever de matricularem e manterem seus filhos menores na escola (Art. 22 e 24 do Estatuto da Criança e do Adolescente.)

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Instituição escolar

  • 2. A Escola Segundo dados do censo escolar, realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), em 2004, ingressaram no Ensino Fundamental 26.614.310 alunos, enquanto no Ensino Médio ingressaram apenas 9.169.357 alunos.
  • 3. Discriminação por sexo e pertencimento a um grupo racial no sistema educacional.(1996-2007) IPEA
  • 4. Primeiras escolas A escola, tal como conhecemos hoje, intitulada pelos historiadores da educação como Escola Moderna, começou a se configurar em fins do século XVI e ao longo do século XVII. As teorias da psicologia da aprendizagem, que estabelecem etapas para o desenvolvimento humano, virão muitos anos depois.
  • 5. Escola moderna Mas a escola moderna organiza-se inicialmente com características que já conhecemos bem: a preocupação em separar os alunos em classes seriadas, de acordo com a faixa etária; a divisão sistemática dos programas de acordo com cada série; os níveis de estudos passam a ter um encadeamento: a escola elementar (ler, escrever e contar), com a escola média ou profissional e os estudos superiores; o tempo para o estudo e para o cumprimento dos programas para uma determinada série também passam a ser preestabelecidos. Não será mais o ritmo de aprendizado do aluno que dirá de quanto tempo ele necessita para aprender, mas sim o ritmo imposto pela instituição.
  • 6. Elementos da prática escolar o registro das aulas, o controle de freqüência (chamada), a elaboração de textos simplificados para cada disciplina (livros didáticos). maior rigor disciplinar, com a criação de normas e regimentos de conduta. Enfim, são práticas que têm a função de organizar, disciplinar e controlar, e que hoje nos parecem naturais e quase imutáveis.
  • 7. O Olhar sociológico Um dos principais objetivos do estudo da Sociologia é auxiliá-lo a “desnaturalizar” os fatos sociais a desconstruir alguns conceitos que, de tão repetidos que foram, parecem ser os únicos verdadeiros.
  • 8. Sociedades sem escolas existência das sociedades “desescolarizadas” educação informal. Florestan Fernandes (1920-1995), importante nome da Sociologia brasileira, estudou os povos Tupinambás, e sua pesquisa nos permite conhecer alguns elementos que caracterizam a educação das sociedades tribais: Três importantes valores perpassam a educação dos tupinambás: a tradição, o valor da ação e o valor do exemplo.
  • 9. Sociedades sem escolas os conhecimentos são acessíveis a todos os membros da sociedade; a transmissão da cultura faz-se cotidianamente, sem a utilização de recursos ou técnicas pedagógicas; como se tratam de sociedades iletradas, a comunicação dos saberes ocorre oralmente. Aliás, a palavra oral possuía tanto prestígio quanto a linguagem escrita possui em nossa sociedade; a educação não é privilégio das crianças e jovens, uma vez que os membros da comunidade estão continuamente nos papéis de aprendizes e de mestres.
  • 10. Escola disciplinadora Para nos auxiliar na reflexão a respeito da função disciplinadora da escola, podemos recorrer às idéias de um filósofo francês – Michel Foucault (1926-1984). Realizou estudos comparativos entre algumas instituições como prisões, conventos, quartéis e escolas, buscando desvelar suas semelhanças no que se refere aos aspectos de organização e controle.
  • 11. Escola disciplinadora Para Foucault, mais importante do que um poder centralizador e visível, são os “pequenos” poderes que abarcam todo o espaço social, e dos quais não conseguimos escapar, porque estão dispersos. É o espaço físico, o mobiliário, as regras, os olhares vigilantes, as ameaças e as punições agindo sempre no sentido de controlar nossos corpos e nossas consciências, de nos fazermos “úteis”, “dóceis”, treinados para a obediência.
  • 12. Escola disciplinadora A escola é criada (como já vimos anteriormente), num contexto de grande valorização da ciência, e de preocupação com a formação de um “novo homem”, adequado às novas regras e aos novos princípios. Sua função disciplinadora, normatizadora, desde o início é muito clara, quase inerente.
  • 13. Escola Ainda hoje se perguntarmos a uma criança, por que ela vai à escola, a resposta será: “Para aprender...” Mas aprender o quê? E para quê Aprender para nos tornarmos “civilizados” Aprender para nos tornarmos obedientes e conformados? Aprender para acreditarmos e aceitarmos que escola não é para mim, mas sim para os “outros”. Aprender que aprender é repetir o livro e as palavras do professor? Aprender que estudar é difícil e cansativo?
  • 14. Teorias crítico-reprodutivistas estas teorias partem do princípio de que a escola é uma instituição que, por meio de suas práticas, conhecimentos e valores veiculados, têm contribuído para a reprodução das desigualdades da sociedade de classe em que vivemos. Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean-Claude Passeron (1930- )
  • 15. Teorias crítico-reprodutivistas Bourdieu chama isso de “violência simbólica”, ou seja, o desprezo e a inferiorização da expressão cultural de um grupo por outro mais poderoso econômica ou politicamente, faz com que esse perca sua identidade e suas referências, tornando-se fraco, inseguro e mais sujeito à dominação.
  • 16. Teoria funcionalista Émile Durkheim (1858–1917) é um dos representantes do pensamento conservador. Sua teoria faz a defesa da ordem social dominante, do chamado “status quo”. a escola, assim como as demais instituições sociais, têm a função de imprimir sobre as novas gerações valores morais e disciplinares que visam à perpetuação da sociedade tal como ela está organizada quanto à ordem e no respeito aos poderes dominantes.
  • 17. Fracasso escolar O conhecimento dessas teorias nos ajuda a compreender o fracasso escolar, este fenômeno que anualmente exclui centenas de jovens da escola. Se formos verificar a origem social destes alunos que não conseguiram concluir seus estudos, verificaremos que pertencem às classes menos favorecidas economicamente, e cujos hábitos culturais estão mais distantes dos padrões oficiais. No entanto, temos que estar atentos ao fato de que as teorias nos ajudam a melhor compreender como e porquê as coisas acontecem de uma determinada forma, mesmo que esta forma esteja desagradando ou prejudicando muita gente, como é o caso da escola, arriscaríamos dizer. Mas nenhuma teoria sociológica consegue dar conta de explicar toda a realidade educacional.
  • 18. Direito a educação. O direito à educação pública e gratuita foi assegurado na Constituição de 1988, e refere-se somente ao Ensino Fundamental (pré à 8a série). O Ensino Médio ainda não está garantido a todos pela lei. O Estado tem a obrigação de oferecer escola e os pais ou responsáveis têm o dever de matricularem e manterem seus filhos menores na escola (Art. 22 e 24 do Estatuto da Criança e do Adolescente.)