Este documento discute a contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica para a educação escolar. A Pedagogia Histórico-Crítica enfatiza a importância da socialização do conhecimento acumulado historicamente, ao contrário das tendências atuais que valorizam mais a experiência individual. Ela defende que a escola deve garantir o acesso de todos aos conteúdos clássicos, que são patrimônio da humanidade.
Pedagogia, ciências da educação e o lugar da históriaOtávio Sales
O documento fornece um quadro geral das ciências da educação, dividindo-as em três categorias: 1) disciplinas que estudam as condições gerais e locais da educação, como história da educação e sociologia escolar; 2) disciplinas que estudam a situação educacional e os fatos da educação; e 3) disciplinas da reflexão e evolução. O documento também discute a importância da história da educação para compreender o presente e evitar erros do passado.
O documento discute a natureza da pedagogia ao longo da história, se é uma ciência ou arte. Inicialmente era vista como ciência da educação, mas também como arte. Herbart é considerado o fundador da pedagogia científica no século 19. A pedagogia foi se adaptando ao longo do tempo, incorporando conhecimentos de outras ciências e tendo configurações diferentes, como a pedagogia pragmática de Dewey no século 20.
Materialismo historico dialético como referência para a educação física críticaGabriel Paes
Trata-se de revisão bibliográfica, na qual procuramos analisar a relação entre o Materialismo Histórico Dialético (MHD) e a prática pedagógica do professor de Educação Física. Consideramos a responsabilidade do educador em um processo educativo que não pode deixar de considerar a sua dimensão política e social, o MHD deve orientar a prática pedagógica. É necessária a proposição de caminhos, no âmbito didático, metodológico, de questões pertinentes ao currículo escolar, sobre a educação física, que é o paradigma da cultura corporal, o qual tem a educação como um ato intencional, ou seja, uma ação intencional de professores e professoras, que se unem em pró da mudança, que constroem sua prática pedagógica como prática social de forma revolucionária.
O documento discute a educação em diferentes sociedades e como ela ocorre de forma difusa em grupos tribais, através da transmissão de conhecimentos no cotidiano, sem professores específicos. A escola surge posteriormente com a divisão do trabalho e hierarquização dos saberes, separando ensino e aprendizagem da vida comunitária.
O documento discute a noção moderna de pedagogia e sua relação com a infância. Primeiramente, explica como no século XVI surgiu uma visão da criança como um ser diferente do adulto que merecia um tratamento racional e disciplinado em vez de paparicação, dando origem à pedagogia moderna. Em seguida, descreve como Rousseau no século XVIII estruturou melhor a noção de infância e defendeu que a educação deveria cultivar a intimidade e criatividade da criança. Por fim, discute como a
INTRODUÇÃO, HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃOunieubra
O documento discute a história e evolução da educação ao longo dos tempos. Começa com educação em sociedades tribais e primitivas, passando pela antiguidade oriental, grega e romana. Também aborda a educação na idade média, renascimento, idade moderna e séculos XVIII-XIX, focando em como os ideais e sistemas educacionais variaram em diferentes épocas e culturas.
1) O documento discute a trajetória histórica da Didática desde a Grécia Antiga até o século XX.
2) Dois educadores, Ratíquio e Comênio, são creditados com o surgimento da Didática no século XVII para apoiar a Reforma Protestante.
3) No final do século XIX, Herbart desenvolveu uma abordagem metodológica para a Didática enquanto a Escola Nova colocava mais ênfase no aluno.
1) A educação e a sociedade estão ligadas e influenciam uma à outra.
2) Vários teóricos discutem a relação entre educação e sociedade, incluindo a educação como forma de manutenção ou transformação social.
3) As teorias críticas veem a educação como fator de marginalização social, enquanto as teorias não críticas a veem como forma de igualdade social.
Pedagogia, ciências da educação e o lugar da históriaOtávio Sales
O documento fornece um quadro geral das ciências da educação, dividindo-as em três categorias: 1) disciplinas que estudam as condições gerais e locais da educação, como história da educação e sociologia escolar; 2) disciplinas que estudam a situação educacional e os fatos da educação; e 3) disciplinas da reflexão e evolução. O documento também discute a importância da história da educação para compreender o presente e evitar erros do passado.
O documento discute a natureza da pedagogia ao longo da história, se é uma ciência ou arte. Inicialmente era vista como ciência da educação, mas também como arte. Herbart é considerado o fundador da pedagogia científica no século 19. A pedagogia foi se adaptando ao longo do tempo, incorporando conhecimentos de outras ciências e tendo configurações diferentes, como a pedagogia pragmática de Dewey no século 20.
Materialismo historico dialético como referência para a educação física críticaGabriel Paes
Trata-se de revisão bibliográfica, na qual procuramos analisar a relação entre o Materialismo Histórico Dialético (MHD) e a prática pedagógica do professor de Educação Física. Consideramos a responsabilidade do educador em um processo educativo que não pode deixar de considerar a sua dimensão política e social, o MHD deve orientar a prática pedagógica. É necessária a proposição de caminhos, no âmbito didático, metodológico, de questões pertinentes ao currículo escolar, sobre a educação física, que é o paradigma da cultura corporal, o qual tem a educação como um ato intencional, ou seja, uma ação intencional de professores e professoras, que se unem em pró da mudança, que constroem sua prática pedagógica como prática social de forma revolucionária.
O documento discute a educação em diferentes sociedades e como ela ocorre de forma difusa em grupos tribais, através da transmissão de conhecimentos no cotidiano, sem professores específicos. A escola surge posteriormente com a divisão do trabalho e hierarquização dos saberes, separando ensino e aprendizagem da vida comunitária.
O documento discute a noção moderna de pedagogia e sua relação com a infância. Primeiramente, explica como no século XVI surgiu uma visão da criança como um ser diferente do adulto que merecia um tratamento racional e disciplinado em vez de paparicação, dando origem à pedagogia moderna. Em seguida, descreve como Rousseau no século XVIII estruturou melhor a noção de infância e defendeu que a educação deveria cultivar a intimidade e criatividade da criança. Por fim, discute como a
INTRODUÇÃO, HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃOunieubra
O documento discute a história e evolução da educação ao longo dos tempos. Começa com educação em sociedades tribais e primitivas, passando pela antiguidade oriental, grega e romana. Também aborda a educação na idade média, renascimento, idade moderna e séculos XVIII-XIX, focando em como os ideais e sistemas educacionais variaram em diferentes épocas e culturas.
1) O documento discute a trajetória histórica da Didática desde a Grécia Antiga até o século XX.
2) Dois educadores, Ratíquio e Comênio, são creditados com o surgimento da Didática no século XVII para apoiar a Reforma Protestante.
3) No final do século XIX, Herbart desenvolveu uma abordagem metodológica para a Didática enquanto a Escola Nova colocava mais ênfase no aluno.
1) A educação e a sociedade estão ligadas e influenciam uma à outra.
2) Vários teóricos discutem a relação entre educação e sociedade, incluindo a educação como forma de manutenção ou transformação social.
3) As teorias críticas veem a educação como fator de marginalização social, enquanto as teorias não críticas a veem como forma de igualdade social.
O capítulo discute a tensão entre a cultura e os sujeitos na educação. Aborda a função da escola de transmitir a tradição cultural versus a formação do sujeito. Apresenta também as duas tradições no programa da modernidade, liberalismo e esquerda democrática, que defendem visões diferentes sobre a cultura a ser reproduzida.
O documento apresenta uma introdução às principais teorias do currículo, divididas em Tradicionais, Críticas e Pós-Críticas. As teorias tradicionais focam em objetivos, métodos e eficiência, enquanto as críticas analisam poder, ideologia e reprodução social. As pós-críticas discutem identidade, diferença e multiculturalismo.
O documento descreve a evolução histórica das concepções pedagógicas na educação brasileira, desde a pedagogia tradicional dos jesuítas no século XVI até as concepções contra-hegemônicas do século XX. A pedagogia tradicional focava nos métodos de ensino e no esforço do aluno. No século XIX surgiram idéias laicas e a pedagogia renovadora do século XX centrou-se na aprendizagem ativa do aluno. A partir dos anos 1960, a teoria do capital humano influ
Ss educação conceitos - conceito de educação, sucesso escolar e sistema edu...Universidade de Coimbra
O documento descreve os conceitos e princípios do sistema educativo português, incluindo a educação pré-escolar, escolar e extra-escolar. Define os níveis de ensino básico, secundário e superior, e estabelece os princípios de acesso, organização e graus académicos conferidos no ensino superior.
O documento resume a obra "Documentos de Identidade" de Tomaz Tadeu da Silva, que analisa as teorias do currículo desde sua origem até as teorias pós-críticas. Discute como as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas influenciaram os estudos curriculares e a formação da subjetividade. Também aborda como questões como gênero, raça e sexualidade influenciam a produção e reprodução das desigualdades na sociedade por meio do currículo.
O documento discute como as teorias críticas do currículo questionam a neutralidade do conhecimento veiculado na escola e enxergam o currículo como um instrumento de poder que reproduz as desigualdades sociais, privilegiando os saberes das classes dominantes. Também reflete sobre como o currículo pode ser um espaço de resistência cultural e produção de novas identidades.
O documento discute a evolução histórica do conceito de educação desde a Grécia Antiga até autores contemporâneos. A educação é vista como essencial para o desenvolvimento humano e a garantia de um futuro melhor. Também são apresentadas as visões de filósofos como Platão, Aristóteles, Sócrates sobre a educação. Por fim, destaca-se a importância da educação para o pleno desenvolvimento do ser humano e para a construção de uma sociedade justa no Brasil.
O documento descreve a história das ideias pedagógicas de acordo com Moacir Gadotti, abordando pensadores de diversas épocas e regiões, incluindo Oriente, Grécia, Roma, Idade Média, Renascimento, épocas Moderna, Iluminista, Positivista, Socialista, Escola Nova, entre outras. O texto fornece detalhes sobre as visões pedagógicas de figuras como Lao-Tsé, Sócrates, Platão, Rousseau, Dewey, Freire e outros.
O documento discute diferentes abordagens teóricas para o currículo, incluindo:
1) Modelos tradicionais de currículo focados em eficiência vs modelos progressistas centrados no aluno;
2) Teorias de Bobbit e Tyler enfatizando objetivos e avaliação vs teoria humanista de Dewey focada em experiência;
3) Contestação dos modelos tradicionais a partir dos anos 1970 com o movimento de "reconceptualização do currículo".
Cultura digital, racionalidade comunicativa e empoderamento em tempos de pand...Lucila Pesce
O documento discute as ações educacionais remotas durante a pandemia de COVID-19 à luz da teoria da ação comunicativa de Habermas e da pedagogia libertadora de Freire. Defende que tais ações devem se pautar na razão comunicativa e no empoderamento dos estudantes, em vez da racionalidade instrumental e reprodução das demandas do sistema.
1) O artigo analisa a obra "Emílio" de Rousseau e sua concepção de educação, que enfatiza a liberdade, igualdade e experiência do indivíduo.
2) Rousseau via a educação como meio de desenvolver aprendizados baseados na realidade dos alunos, em contraste com métodos dogmáticos.
3) Sua abordagem centrada na criança influenciou profundamente a história da educação.
Cultura digital, racionalidade comunicativa e empoderamento em tempos de pand...Lucila Pesce
O documento discute as ações educacionais remotas durante a pandemia de COVID-19 à luz da teoria da ação comunicativa de Habermas e da pedagogia libertadora de Freire. Defende que tais ações devem se pautar na razão comunicativa e no empoderamento dos estudantes, em vez da racionalidade instrumental e reprodução das demandas do sistema.
Documento de Identidade - Teorias do CurrículoRenata Aquino
- Discussão das teorias tradicionais versus teorias críticas do currículo, incluindo a pedagogia do oprimido de Paulo Freire e a pedagogia dos conteúdos de Demerval Saviani
- Apresentação da Nova Sociologia da Educação e teorias de Basil Bernstein sobre códigos culturais e reprodução social
- Análise do currículo oculto de acordo com Bowles e Gintis e sua função de socializar estudantes para o trabalho capitalista
Livro O debate sobre educação e sociedade na Escola de Minas de Ouro Preto (n...editoraprospectiva
1. O texto descreve a fundação da Escola de Minas de Ouro Preto no Brasil e seu caráter inovador em relação ao ensino da época.
2. A Escola foi fortemente influenciada por seu fundador, o francês Henrique Gorceix, que introduziu novos métodos pedagógicos.
3. Gorceix teve uma vida aventureira e realizou importantes estudos geológicos na Grécia antes de vir para o Brasil fundar a Escola de Minas.
O documento discute teorias do currículo e como elas influenciam a seleção de conteúdos escolares e a construção do projeto político pedagógico. Apresenta três abordagens teóricas - teorias tradicionais, críticas e pós-críticas - que enfatizam diferentes conceitos como ensino, aprendizagem, ideologia e identidade.
A sociologia surgiu como ciência no século 19, ao mesmo tempo em que a sociedade moderna começou a se organizar de forma diferente com a Revolução Industrial, a Revolução do Conhecimento e a Revolução Burguesa. Estas revoluções trouxeram novas formas de organizar o trabalho, a vida urbana e as relações sociais, fazendo com que a sociologia se desenvolvesse para compreender e explicar a nova realidade social. Neste contexto, a escola também passou por transformações e se institucionalizou, tornando-se um
O documento discute a sociologia da educação e seus aspectos antropológicos e sociológicos. Aborda pensadores como Comte, Durkheim e suas visões sobre educação e sociedade, além de conceitos como cultura, socialização e funções da educação.
Este documento discute a pedagogia libertadora de Paulo Freire e sua obra "Pedagogia do Oprimido". Freire acreditava que a educação deveria libertar os alunos da opressão tornando-os capazes de pensar criticamente. Sua pedagogia visa superar a contradição entre opressores e oprimidos através do diálogo entre igualdade entre professores e alunos.
1) O documento discute a educação para além das disciplinas escolares através de uma abordagem crítica e dialógica do currículo.
2) Defende que o currículo deve partir da realidade vivida pelos alunos e da problematização das contradições locais de forma interdisciplinar.
3) Propõe que a prática pedagógica deve ser organizada metodologicamente de forma dialógica para permitir a apreensão crítica da realidade e a transformação da mesma.
/Home/Kurumin/Desktop/Pedagogia Do OprimidoJoilton Lemos
O documento resume as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbitt e Tyler, focadas nos objetivos da educação, e evoluindo para as críticas de Althusser, Bourdieu e Apple, que enxergam o currículo como um meio de reprodução das desigualdades sociais. Também apresenta as visões emancipatórias de Giroux e Freire, que defendem o currículo como construção de significados e instrumento de libertação.
O capítulo discute a tensão entre a cultura e os sujeitos na educação. Aborda a função da escola de transmitir a tradição cultural versus a formação do sujeito. Apresenta também as duas tradições no programa da modernidade, liberalismo e esquerda democrática, que defendem visões diferentes sobre a cultura a ser reproduzida.
O documento apresenta uma introdução às principais teorias do currículo, divididas em Tradicionais, Críticas e Pós-Críticas. As teorias tradicionais focam em objetivos, métodos e eficiência, enquanto as críticas analisam poder, ideologia e reprodução social. As pós-críticas discutem identidade, diferença e multiculturalismo.
O documento descreve a evolução histórica das concepções pedagógicas na educação brasileira, desde a pedagogia tradicional dos jesuítas no século XVI até as concepções contra-hegemônicas do século XX. A pedagogia tradicional focava nos métodos de ensino e no esforço do aluno. No século XIX surgiram idéias laicas e a pedagogia renovadora do século XX centrou-se na aprendizagem ativa do aluno. A partir dos anos 1960, a teoria do capital humano influ
Ss educação conceitos - conceito de educação, sucesso escolar e sistema edu...Universidade de Coimbra
O documento descreve os conceitos e princípios do sistema educativo português, incluindo a educação pré-escolar, escolar e extra-escolar. Define os níveis de ensino básico, secundário e superior, e estabelece os princípios de acesso, organização e graus académicos conferidos no ensino superior.
O documento resume a obra "Documentos de Identidade" de Tomaz Tadeu da Silva, que analisa as teorias do currículo desde sua origem até as teorias pós-críticas. Discute como as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas influenciaram os estudos curriculares e a formação da subjetividade. Também aborda como questões como gênero, raça e sexualidade influenciam a produção e reprodução das desigualdades na sociedade por meio do currículo.
O documento discute como as teorias críticas do currículo questionam a neutralidade do conhecimento veiculado na escola e enxergam o currículo como um instrumento de poder que reproduz as desigualdades sociais, privilegiando os saberes das classes dominantes. Também reflete sobre como o currículo pode ser um espaço de resistência cultural e produção de novas identidades.
O documento discute a evolução histórica do conceito de educação desde a Grécia Antiga até autores contemporâneos. A educação é vista como essencial para o desenvolvimento humano e a garantia de um futuro melhor. Também são apresentadas as visões de filósofos como Platão, Aristóteles, Sócrates sobre a educação. Por fim, destaca-se a importância da educação para o pleno desenvolvimento do ser humano e para a construção de uma sociedade justa no Brasil.
O documento descreve a história das ideias pedagógicas de acordo com Moacir Gadotti, abordando pensadores de diversas épocas e regiões, incluindo Oriente, Grécia, Roma, Idade Média, Renascimento, épocas Moderna, Iluminista, Positivista, Socialista, Escola Nova, entre outras. O texto fornece detalhes sobre as visões pedagógicas de figuras como Lao-Tsé, Sócrates, Platão, Rousseau, Dewey, Freire e outros.
O documento discute diferentes abordagens teóricas para o currículo, incluindo:
1) Modelos tradicionais de currículo focados em eficiência vs modelos progressistas centrados no aluno;
2) Teorias de Bobbit e Tyler enfatizando objetivos e avaliação vs teoria humanista de Dewey focada em experiência;
3) Contestação dos modelos tradicionais a partir dos anos 1970 com o movimento de "reconceptualização do currículo".
Cultura digital, racionalidade comunicativa e empoderamento em tempos de pand...Lucila Pesce
O documento discute as ações educacionais remotas durante a pandemia de COVID-19 à luz da teoria da ação comunicativa de Habermas e da pedagogia libertadora de Freire. Defende que tais ações devem se pautar na razão comunicativa e no empoderamento dos estudantes, em vez da racionalidade instrumental e reprodução das demandas do sistema.
1) O artigo analisa a obra "Emílio" de Rousseau e sua concepção de educação, que enfatiza a liberdade, igualdade e experiência do indivíduo.
2) Rousseau via a educação como meio de desenvolver aprendizados baseados na realidade dos alunos, em contraste com métodos dogmáticos.
3) Sua abordagem centrada na criança influenciou profundamente a história da educação.
Cultura digital, racionalidade comunicativa e empoderamento em tempos de pand...Lucila Pesce
O documento discute as ações educacionais remotas durante a pandemia de COVID-19 à luz da teoria da ação comunicativa de Habermas e da pedagogia libertadora de Freire. Defende que tais ações devem se pautar na razão comunicativa e no empoderamento dos estudantes, em vez da racionalidade instrumental e reprodução das demandas do sistema.
Documento de Identidade - Teorias do CurrículoRenata Aquino
- Discussão das teorias tradicionais versus teorias críticas do currículo, incluindo a pedagogia do oprimido de Paulo Freire e a pedagogia dos conteúdos de Demerval Saviani
- Apresentação da Nova Sociologia da Educação e teorias de Basil Bernstein sobre códigos culturais e reprodução social
- Análise do currículo oculto de acordo com Bowles e Gintis e sua função de socializar estudantes para o trabalho capitalista
Livro O debate sobre educação e sociedade na Escola de Minas de Ouro Preto (n...editoraprospectiva
1. O texto descreve a fundação da Escola de Minas de Ouro Preto no Brasil e seu caráter inovador em relação ao ensino da época.
2. A Escola foi fortemente influenciada por seu fundador, o francês Henrique Gorceix, que introduziu novos métodos pedagógicos.
3. Gorceix teve uma vida aventureira e realizou importantes estudos geológicos na Grécia antes de vir para o Brasil fundar a Escola de Minas.
O documento discute teorias do currículo e como elas influenciam a seleção de conteúdos escolares e a construção do projeto político pedagógico. Apresenta três abordagens teóricas - teorias tradicionais, críticas e pós-críticas - que enfatizam diferentes conceitos como ensino, aprendizagem, ideologia e identidade.
A sociologia surgiu como ciência no século 19, ao mesmo tempo em que a sociedade moderna começou a se organizar de forma diferente com a Revolução Industrial, a Revolução do Conhecimento e a Revolução Burguesa. Estas revoluções trouxeram novas formas de organizar o trabalho, a vida urbana e as relações sociais, fazendo com que a sociologia se desenvolvesse para compreender e explicar a nova realidade social. Neste contexto, a escola também passou por transformações e se institucionalizou, tornando-se um
O documento discute a sociologia da educação e seus aspectos antropológicos e sociológicos. Aborda pensadores como Comte, Durkheim e suas visões sobre educação e sociedade, além de conceitos como cultura, socialização e funções da educação.
Este documento discute a pedagogia libertadora de Paulo Freire e sua obra "Pedagogia do Oprimido". Freire acreditava que a educação deveria libertar os alunos da opressão tornando-os capazes de pensar criticamente. Sua pedagogia visa superar a contradição entre opressores e oprimidos através do diálogo entre igualdade entre professores e alunos.
1) O documento discute a educação para além das disciplinas escolares através de uma abordagem crítica e dialógica do currículo.
2) Defende que o currículo deve partir da realidade vivida pelos alunos e da problematização das contradições locais de forma interdisciplinar.
3) Propõe que a prática pedagógica deve ser organizada metodologicamente de forma dialógica para permitir a apreensão crítica da realidade e a transformação da mesma.
/Home/Kurumin/Desktop/Pedagogia Do OprimidoJoilton Lemos
O documento resume as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbitt e Tyler, focadas nos objetivos da educação, e evoluindo para as críticas de Althusser, Bourdieu e Apple, que enxergam o currículo como um meio de reprodução das desigualdades sociais. Também apresenta as visões emancipatórias de Giroux e Freire, que defendem o currículo como construção de significados e instrumento de libertação.
O documento apresenta um curso de especialização para professores do ensino médio de matemática chamado Matem@tica na Pr@tica. O curso é oferecido na modalidade de educação a distância e faz parte de um plano de ações do Ministério da Educação. O primeiro módulo do curso aborda a sala de aula e o ensino de matemática de forma contextualizada, utilizando experimentos práticos. Os professores cursistas terão a oportunidade de aplicar uma das atividades experimentais em suas salas de aula.
Dan visited the doctor complaining of earache that had lasted three days. The doctor examined Dan's ear and diagnosed an infection. Although Dan had been taking painkillers, the doctor prescribed antibiotics to take three times a day. The doctor instructed Dan to return after finishing the antibiotics course.
Pictures of Global Harvest workers helping the desperate of the world. Water, feeding children, building homes, orphanages, church planting and much more.
Olson Research Group is a full-service marketing research firm with offices in New Jersey, Pennsylvania, and California. They offer quantitative and qualitative research services including surveys, focus groups, interviews, and data collection. Their proprietary database contains over 650,000 healthcare provider records. They have experience conducting thousands of online surveys and collecting over 60 million data points for clients in various medical specialties.
Dan visited the doctor complaining of earache that had lasted three days. The doctor examined Dan's ear and diagnosed an infection. Although Dan had been taking painkillers, the doctor prescribed antibiotics to take three times a day. The doctor instructed Dan to return after finishing the antibiotics course.
Artigo simposio 5_1003_claricespereira@hotmail.comEscola do Amanhã
Este documento discute a contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica para a educação escolar. A Pedagogia Histórico-Crítica enfatiza a importância da socialização do conhecimento acumulado historicamente, ao contrário das tendências atuais que valorizam mais a experiência individual. Ela defende que a escola deve garantir o acesso de todos aos conteúdos clássicos, que são patrimônio da humanidade.
The document discusses the concept of mutuality, which refers to an atmosphere of unity, respect, and harmony among a group of people. It emphasizes that in such an environment there is no hierarchy or division, but rather an even playing field where people regard each other as equals. The document stresses the importance of humility, patience, and love in order to preserve unity. It suggests that by living and making decisions in a spirit of mutual understanding and cooperation, the body of Christ becomes a powerful force for good.
Create lasting results with a NEW short term mission’s experience. See short term missions as a discipleship & spiritual formation training platform for the one who goes. This new paradigm is in response to the short comings exposed in the new book; Effective Engagement in short term missions; doing it right by Robert J. Priest
1. O documento discute o desenvolvimento e aprendizagem de adolescentes, com foco na influência da família e mídia.
2. A metodologia inclui entrevistas com professores e estudantes para analisar os mecanismos de reprovação e como melhorar as escolas.
3. As conclusões indicam que as famílias devem se envolver mais na educação dos filhos para promover valores positivos, já que a escola sozinha não pode substituir a influência familiar.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.Tissiane Gomes
Neste artigo destacou-se como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) contribui para a formação dos professores, como a vivência dos bolsistas do PIBID oferece uma experiência prática para os alunos universitários que, muitas vezes, se encontram fora da realidade de como é a dinâmica em sala de aula. O trabalho foi publicado nos anais do VI Encontro de Iniciação à Docência da UEPB (ENID), realizado em Campina Grande, no Estado da Paraíba, em 15 e 16 de dezembro de 2017.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)humberto145
O documento discute a disciplina de Sociologia da Educação. Apresenta os objetivos do curso de analisar a contribuição da Sociologia para entender a educação e conhecer pensadores da área. Também descreve a metodologia de exposição de slides, discussões, estudos e avaliações.
1) A didática estuda os fundamentos, condições e modos de realizar a educação mediante o ensino. Comênio definiu a didática como uma arte de ensinar que prioriza o aprendizado dos estudantes.
2) A didática se divide em geral, que estuda princípios e técnicas para qualquer ensino, e especial, que analisa aspectos de cada disciplina.
3) Ao longo da história, a educação escolar e a didática se adaptaram às necessidades sociais, ora enfatizando valores tradicionais, ora o desenvolvimento
- A Filosofia e a Educação estão intrinsecamente ligadas desde a Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos se preocupavam com a educação do ser humano e a transmissão de valores para as novas gerações.
- As principais correntes filosóficas, como o racionalismo, empirismo, idealismo e existencialismo, influenciaram as teorias do conhecimento e tiveram implicações nos processos educacionais ao longo da história.
- A Filosofia da Educação busca compreender criticamente as
- A Filosofia e a Educação estão intrinsecamente ligadas desde a Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos se preocupavam com a educação do ser humano e a transmissão de valores para as novas gerações.
- As principais correntes filosóficas, como o racionalismo, empirismo, idealismo, fenomenologia, existencialismo e positivismo/marxismo influenciaram o desenvolvimento de teorias do conhecimento e suas implicações nos processos educacionais.
- Ao longo da história, a Fil
O documento resume os principais pontos discutidos no livro "Educação Inclusiva com os Pingos nos Is". A autora analisa a evolução histórica da educação e como diferentes correntes influenciaram a inclusão. Também discute como a filosofia da ciência apoia a educação inclusiva e a necessidade de autorizar as diferenças individuais ao invés de rotular as pessoas.
1) O documento discute as correntes teóricas que influenciaram a educação ao longo da história, culminando no movimento pela educação inclusiva no século 21.
2) A autora analisa como a filosofia da ciência evoluiu de uma visão excludente para a inclusão, refletindo o processo semelhante na educação.
3) Quatro fatores são apontados que precisam ser modificados para se alcançar uma educação inclusiva de fato: condições sociais, materiais da escola, formação dos profess
1) O documento apresenta as diretrizes curriculares para o ensino fundamental do sistema municipal de ensino de Fortaleza. 2) Aborda conceitos de educação, currículo, ensino e aprendizagem baseados em teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. 3) Define currículo de forma ampla, incluindo experiências formais e informais vivenciadas na escola.
1) O documento apresenta as diretrizes curriculares para o ensino fundamental do sistema municipal de ensino de Fortaleza. 2) Aborda conceitos de educação, currículo, ensino e aprendizagem baseados em teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. 3) Define currículo de forma ampla, incluindo experiências formais e informais vivenciadas na escola.
O curso tem como principal objetivo introduzir vocês, futuros educadores, ao modo
sociológico de pensar as experiências educacionais. Abordaremos três eixos fundamentais - a
educação como processo social, o estudo sociológico da escola e temas relevantes da educação escolar
brasileira - cada um articulado a diferentes dimensões para uma análise aprofundada da educação
Este capítulo discute a educação como um processo de desenvolvimento que ocorre ao longo da vida de uma pessoa e não se restringe à educação formal na escola. A educação é influenciada por fatores como a família, mídia e contexto social mais amplo. A educação formal surgiu com a escola, enquanto a educação informal ocorre por meio de experiências no dia a dia e transmissão cultural entre gerações. O capítulo também diferencia educação formal, não-formal e informal.
1. O documento discute a importância da Sociologia da Educação para a Pedagogia, abordando o papel da sociologia na educação e sua função social.
2. Apresenta três momentos importantes para a Sociologia da Educação: a institucionalização da disciplina no pós-guerra, o período de 1965-1975 que questionou o papel reprodutor da escola, e a partir de 1980 quando a disciplina passou a investigar tanto fatores micro quanto macro.
3. Reflete sobre o "ser professor", questionando para que e para quem os professores ex
A produtividade escola_improdutiva _breve_reflexao_ideias_de gaudencio_frigot...quevin Costner Esef
1. O artigo descreve o livro "A Produtividade da Escola Improdutiva" de Gaudêncio Frigotto e como ele analisa o atual patamar da educação no Brasil sob a lógica capitalista.
2. Frigotto argumenta que a Teoria do Capital Humano foi formulada para justificar as contradições do sistema capitalista e manter as relações de desigualdade.
3. Ele também critica a visão tecnicista da educação que reduz o processo de ensino-aprendizagem e vê a escola, professores
Eixos estruturantes e transversais do currículoEunice Portela
O documento discute os eixos estruturantes do currículo da educação básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal, incluindo cidadania, sustentabilidade humana, aprendizagens e diversidade. Ele também aborda a concepção de educação integral e como a psicologia histórico-cultural influencia o currículo.
Formação de professores na escola capitalistaRosyane Dutra
Este documento discute as concepções históricas de infância e como elas influenciaram a educação infantil. Ao longo da história, as crianças eram vistas como seres inferiores, mas concepções como as de Rousseau no século XVIII começaram a defender a liberdade e individualidade da criança. A educação infantil moderna surgiu para racionalizar as crianças de acordo com os ideais da época. O documento analisa como diferentes contextos socioculturais moldaram as práticas educacionais com crianças.
O documento discute o que é ser humano de acordo com a perspectiva antropológica e filosófica. Segundo o texto, o ser humano é constituído de corpo, alma e espírito, e a sua realização consiste na harmonização destes três elementos. O corpo desempenha um papel fundamental para a existência humana, não sendo um mero objeto, mas sim aquilo que permite a expressão e relação com o mundo.
A formação do educador numa perspectiva freireanaMariclei2011
O documento discute a formação do educador na perspectiva teórica de Paulo Freire. A formação é descrita como crítica, dialógica, participativa e política, com foco na realidade local da escola e comunidade. O objetivo é compreender as contradições sociais e usar a escola como um local de emancipação social por meio de uma prática pedagógica baseada na reflexão-ação.
TENDÊNCIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS.pptxconviver54
A atuação está voltada a preparação do aluno para o mundo adulto, fortalecendo-o por meio da aquisição de conteúdo e da socialização, para que este indivíduo tenha participação ativa na democratização da sociedade.
“Construir uma teoria pedagógica a partir da compreensão de nossa realidade histórica e social, a fim de tornar possível o papel mediador da educação no processo de transformação social. Não que a educação possa por si só produzir a democratização da sociedade, mas a mudança se faz de forma mediatizada, ou seja, por meio da transformação das consciências”. (ARANHA, 1996, p. 216). “Trata-se de uma pedagogia que leva em conta os determinantes sociais e que propicia a crítica dos mecanismos e imposições resultantes da organização da sociedade em classes sociais antagônicas; ao mesmo tempo, é uma pedagogia que vai buscar, no interior da escola, respostas pedagógico-didáticas que permitam o exercício dessa crítica, a partir das próprias determinações sociais das situações pedagógicas concretas”. (LIB NEO 2009, p. 12)
REFLEXÕES ACERCA DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO EM PLATÃO, DESCARTES, ROUSSEAU, MAR...Prof. Noe Assunção
Este documento apresenta reflexões sobre a filosofia da educação em Platão, Descartes, Rousseau, Gramsci e Marx. Foi escrito por Noé Assunção e Roseli da Silva Ramos Negreiros Botelho para o curso de pós-graduação em gestão escolar do Centro Universitário de Barra Mansa em 2012. Contém 10 questões sobre os principais aspectos da filosofia educacional destes pensadores.
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1. 1
“DOMINAR O QUE OS DOMINANTES DOMINAM” – A
CONTRIBUIÇÃO DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA PARA
A EDUCAÇÃO ESCOLAR.
Clarice Simão Pereira1
Sônia da Cunha Urt2
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Neste artigo buscamos evidenciar a contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica para a
educação escolar. Considerando que entre seus principais pressupostos está a
socialização do saber historicamente acumulado a todos os homens, entendemos que
esta teoria traz consigo o elemento essencial na formação humana: a apropriação do
conhecimento. Na contramão das tendências atuais, que mais valorizam a experiência e
as competências do indivíduo, a Pedagogia Histórico-Crítica preocupa-se em garantir o
acesso ao saber elaborado pelas gerações ao longo da história. Este estudo faz parte de
uma pesquisa em andamento, intitulada “O processo de aprendizagem na educação
escolar”. Ressaltamos neste trabalho, que as atuais tendências pedagógicas vêm
buscando retirar o clássico da escola, resultando em um processo de esvaziamento de
conteúdo e consequente formação deficitária. Neste contexto, os processos alienantes se
sobressaem aos princípios de humanização. Defendemos que a Pedagogia Histórico-
Crítica contribui com a educação escolar, na valorização do saber objetivo como
essencial elemento na formação humana.
Introdução
Neste trabalho, apresentamos a contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica para
a educação escolar. A citação de Dermeval Saviani (2007), que nomina este trabalho
“dominar o que os dominantes dominam” traz consigo o tema sobre o qual pretendemos
tecer algumas considerações: a importância do domínio do conhecimento científico,
artístico e filosófico, historicamente acumulado pelo gênero humano, transmitido via
educação escolar.
1
Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Membro do Grupo
de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação da UFMS. www.geppe.ufms.br E-mail:
clarice_simao@hotmail.com.
2
Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado em
Educação pela Unicamp-SP, com Estágios na Universidade de Alcalá de Henares - Espanha e na
Universidade de Lisboa - Portugal. Professora associada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS). Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação da UFMS.
www.geppe.ufms.br - E-mail: surt@terra.com.br.
2. 2
Inicialmente situamos a Pedagogia Histórico-Crítica, o contexto de sua
formulação e apontamos alguns de seus princípios.
Na sequência, discutimos a tendência educacional do “aprender a aprender”,
apontando o esvaziamento dos conteúdos escolares e o esgotamento do trabalho
educativo.
Apresentamos a Pedagogia Histórico-Crítica na contramão da tendência
educacional hegemônica, e sua contribuição para a educação escolar no processo de
formação humana.
1. Sobre a Pedagogia Histórico-Crítica – alguns apontamentos
Formulada por Dermeval Saviani, a Pedagogia Histórico-Crítica surge como
referencial para a compreensão da questão educacional, com base no desenvolvimento
histórico objetivo. Fundada nos princípios do materialismo histórico dialético, traz a
compreensão da história a partir da determinação das condições materiais da existência
humana (SAVIANI, 2003).
Em sua obra “Pedagogia Histórico-Crítica – primeiras aproximações”, Saviani
(2003) expõe o contexto da formulação desta teoria, apontando que no final da década
de 1970, havia uma necessidade histórica, especialmente no caso brasileiro, de se fazer
a crítica da pedagogia oficial, evidenciando seu caráter reprodutor.
Na virada dos anos 1970 para os anos 1980, a crítica contestadora
tendeu a ser substituída por uma crítica superadora, dado o anseio em
orientar-se a prática educativa numa direção transformadora das
desigualdades que vêm marcando a sociedade brasileira. É nesse
contexto que emerge a pedagogia histórico-crítica como uma teoria que
procura compreender os limites da educação vigente e, ao mesmo
tempo, superá-los (SAVIANI, 2003, 119).
Esta teoria traz em sua essência o compromisso com a transformação da
sociedade capitalista. Entre os princípios fundantes que a caracterizam, apontamos três.
O primeiro diz respeito a historicidade humana, o segundo se refere a socialização dos
conteúdos clássicos e o terceiro, a mediação do professor.
1.1. O homem é um ser histórico, constituído nas relações sociais.
A experiência humana acumulada ao longo da história, propicia aos homens o
desenvolvimento das capacidades que lhes permitem representar o mundo e agir sobre
ele. Isto significa que, “[...] cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza
3. 3
lhe dá quando nasce não lhe basta para viver em sociedade. É-lhe, ainda, preciso
adquirir o que foi alcançado no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade
humana” (LEONTIEV, 1978, p. 267). Nesse sentido, o homem é o resultado da
apropriação dos conhecimentos produzidos historicamente, os quais não são
transmitidos por hereditariedade, mas de forma mediatizada pelos outros homens.
Para Marx & Engels (1996), a existência de indivíduos humanos é a condição
primeira para que haja história. Nesse sentido, ao relacionar-se aos instrumentos que
vão sendo produzidos, o homem vai se transformando e ampliando suas
potencialidades. O ato de produzir esses instrumentos, por sua vez, produz novas
necessidades.
[...] o primeiro pressuposto de toda a existência humana e de toda a
história, é que os homens devem estar em condições de viver para
poderem “fazer história”. Mas, para viver, é preciso antes de tudo
comer, beber, ter habitação e algumas coisas mais. O primeiro ato
histórico é, portanto, a produção dos meios que permitam a satisfação
dessas necessidades. [...] O segundo ponto é que, satisfeita essa
primeira necessidade, a ação de satisfazê-la e o instrumento de
satisfação já adquirido conduzem a novas necessidades – e esta
produção de novas necessidades é o primeiro ato histórico. (MARX
& ENGELS, 1996, pp. 39-40)
Entre essas novas necessidades, destaca-se o conhecimento, que vai se
desenvolvendo. O homem é o que é, em dado momento da história.
1.2. A socialização dos conteúdos clássicos3
- o acesso ao saber elaborado
Para a Pedagogia Histórico-crítica, o acesso ao saber elaborado deve ser a
atividade nuclear da escola.
A apropriação do conhecimento científico via educação escolar é fundamental
para o desenvolvimento do ser humano. Entretanto, grande parte da humanidade não
têm acesso aos conteúdos clássicos, isso é alienação.
Há um grande distanciamento entre os indivíduos e a riqueza produzida pela
humanidade “(...) uma ruptura entre, por um lado, as gigantescas possibilidades
desenvolvidas pelo homem e, por outro, a pobreza e a estreiteza de desenvolvimento
que, se bem que em graus diferentes, é a parte que cabe aos homens concretos”
(LEONTIEV, 1978, p. 280).
3
Clássico na escola é a transmissão do saber sistematizado. Este é o fim a atingir (Saviani, 2003, p. 18).
4. 4
O saber científico faz parte da cultura universal humana, que é patrimônio de
toda a humanidade, porém, os “dominantes” se apropriam de uma cultura que deveria
ser de todos. Entendemos que essa cultura pode tornar-se uma cultura geral, de acesso a
todos os homens.
A principal função da escola deve ser a divulgação desta cultura. A educação
escolar precisa trabalhar com o que há de mais desenvolvido no ser humano. Para tanto,
faz-se necessária uma formação política, como consciência do funcionamento das leis
que regem a estrutura social da sociedade – consciência de classe, com vistas a
transformação.
Seguramente, a teoria por si só não dá conta desta transformação, conforme
explica Martins (2011),
A ênfase na transmissão dos conhecimentos clássicos, tal como
postulado pela pedagogia histórico-crítica, não perde de vista que a
teoria, por si mesma, não transforma a realidade. Mas também não
perde de vista que essa transformação exige a formação de indivíduos
aptos a fazê-lo. Se, por um lado, a construção do conhecimento está
diretamente ligada à atividade, esta, por si mesma, não é suficiente
para engendrar a formação daquele. A atividade cognoscitiva e
teleológica requer o registro e conservação das objetivações históricas
e, ao mesmo tempo, a comunicação educativa entre os homens pelas
quais se realizam as apropriações de tais objetivações. Ou seja,
demanda condições sociais de transmissão, demanda ensino!
(MARTINS, 2011, p. 12).
1.3. Em se tratando de ensino e aprendizagem escolar, o professor é o
mediador do processo
É o professor que vai viabilizar a apreensão do conhecimento que se
desenvolveu socialmente (SAVIANI, 2003). Esta mediação é fundamental, pois
considerando que o homem é constituído nas relações sociais,
[...] está fora de questão que a experiência individual de um homem,
por mais rica que seja, baste para produzir a formação de um
pensamento lógico ou matemático abstrato e sistemas conceituais
correspondentes. Seria preciso não uma vida, mas mil. De fato, o
mesmo pensamento e o saber de uma geração formam-se a partir da
apropriação dos resultados da atividade cognitiva das gerações
precedentes (LEONTIEV, 1978, p. 266).
Neste sentido,
[...] é papel do professor garantir que o conhecimento seja adquirido,
às vezes mesmo contra a vontade imediata da criança, que
espontaneamente não tem condições de enveredar para a realização
dos esforços necessários à aquisição dos conteúdos mais ricos e sem
5. 5
os quais ela não terá chance de participar da sociedade (SAVIANI,
2006).
Desse modo, para a Pedagogia Histórico-Crítica o professor, enquanto mediador,
assume o compromisso com o processo de aprendizagem dos alunos, numa perspectiva
crítica e revolucionária, propiciando a compreensão das relações sociais existentes, com
vistas à transformação desta sociedade.
2. O modismo do “aprender a aprender” e o esvaziamento de conteúdos
Em análise das tendências educacionais, Duarte (2003), afirma que predominam
as pedagogias do “aprender a aprender”4
, que defendem a valorização do “aprender
sozinho”, em grau de maior importância que o aprendizado com o auxílio do outro.
Tais tendências apontam para um descaso intencional e ideológico para com os
conteúdos escolares, conforme destaca Nagel (2003),
[...] textos isolados uns dos outros, fragmentos literários, notícias de
jornal, partes de poesia, frases soltas, substituíram, nos currículos
escolares, o ensino que buscava conhecer as necessidades e
possibilidades dos homens no interior de sua civilização ou que
buscava conhecer o desenvolvimento histórico, cultural da sociedade
(NAGEL, 2003, p. 37).
O discurso sedutor do “aprender a aprender” sob o pretexto de trazer avanços
para o campo educacional vem aniquilando a base sólida da educação escolar – a
socialização do conhecimento científico, artístico e filosófico, historicamente
acumulado pelos homens.
As políticas em torno do lema “aprender a aprender” são encontradas em grande
número. Ao longo da história, documentos e tratados foram assinados, entre os quais: a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1993), resultante da Conferência
Mundial de Educação para Todos5
, realizada em Jontien, Tailândia, em 1990.
Mais recentemente, o “aprender a aprender” se fez presente no Relatório da
Comissão Internacional para a Educação do Século XXI”, intitulado “Educação: um
tesouro a descobrir”, organizado por Jacques Delors (1998), o qual expõe o seguinte:
4
Segundo Newton Duarte (2003), as “pedagogias do aprender a aprender” fazem parte de um conjunto de
diversas correntes pedagógicas, entre as quais, a pedagogia das competências e o escolanovismo.
5
Anunciando a igualdade de acesso para todos, o debate acerca da universalização do ensino é
reinventado, e a partir daí, surgem as chamadas pedagogias das competências, ou “pedagogias do
aprender a aprender”.
6. 6
[...] em todos os países, mesmo naqueles em que todas as crianças estão
inscritas no ensino básico, é preciso prestar particular atenção à qualidade do
ensino. A educação básica é, ao mesmo tempo, uma preparação para a vida e
o melhor momento para aprender a aprender (DELORS, 1998, p. 127).
Desse modo, caberia a educação proporcionar as condições para aprender a
aprender, com base em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
viver juntos (DELORS, 1998, p. 101-102).
Esses quatro pilares, embasaram as chamadas “competências e habilidades”, que
tendo como seu maior representante Philipe Perrenoud, entraram no Brasil com grande
aceitação por parte dos educadores, sendo amplamente disseminadas.
De acordo com Duarte (2004), a “pedagogia das competências e habilidades”
remete a uma necessidade emergente de desenvolver nos indivíduos a criatividade, a
capacidade de resolver problemas imediatos, e a flexibilidade diante dos desafios postos
pela modernização da sociedade, tarefa esta, delegada à educação escolar.
[...] não discordamos da afirmação de que a educação escolar deva
desenvolver no indivíduo a capacidade e a iniciativa de buscar por si
mesmo novos conhecimentos, a autonomia intelectual, a liberdade de
pensamento e de expressão. Nosso ponto de discordância reside na
valoração, contida no “aprender a aprender”, das aprendizagens que o
indivíduo realiza sozinho como mais desejáveis do que aquelas que
ele realiza por meio da transmissão de conhecimentos por outras
pessoas. Não concordamos que o professor, ao ensinar, ao transmitir
conhecimento, esteja cerceando o desenvolvimento da autonomia e da
criatividade dos alunos (DUARTE, 2004, 35).
Nessa direção, essa tendência do “aprender a aprender” estaria ligada a
formação de sujeitos capazes de se adequar ao sistema produtivo desta sociedade,
[...] o lema “aprender a aprender” passa a ser revigorado nos meios
educacionais, pois preconiza que à escola não caberia a tarefa de
transmitir o saber objetivo, mas sim a de preparar os indivíduos para
aprenderem aquilo que deles for exigido pelo processo de sua
adaptação às alienadas e alienantes relações sociais que presidem o
capitalismo contemporâneo. A essência do lema “aprender a
aprender” é exatamente o esvaziamento do trabalho educativo escolar,
transformando-o num processo sem conteúdo (DUARTE, 2004, p. 8).
3. A contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica na contramão das teorias
pedagógicas hegemônicas
O esvaziamento do trabalho educativo relaciona-se estritamente a retirada dos
conteúdos clássicos da educação escolar.
7. 7
Entendemos com Saviani que,
Os conteúdos são fundamentais e, sem conteúdos relevantes,
conteúdos significativos, a aprendizagem deixa de existir, ela se
transforma num arremedo, ela se transforma numa farsa. Parece-me,
pois, fundamental que se entenda isso e que, no interior da escola, nós
atuemos segundo essa máxima: a prioridade de conteúdos, que é a
única forma de lutar contra a farsa do ensino. Por que esses conteúdos
são prioritários? Justamente porque o domínio da cultura constitui
instrumento indispensável para a participação política das massas. Se
os membros das camadas populares não dominam os conteúdos
culturais, eles não podem fazer valer os seus interesses, porque ficam
desarmados contra os dominadores, que se servem exatamente desses
conteúdos culturais para legitimar e consolidar a sua dominação. Eu
costumo, às vezes, enunciar isso da seguinte forma: o dominado não
se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes
dominam. Então dominar o que os dominantes dominam é condição
de libertação (SAVIANI, 2007, p. 61).
A “dominação” a que o autor se refere, tem relação direta com a apropriação do
conhecimento, do saber objetivo construído historicamente. Os “dominantes” mantém
seu domínio mediante a apropriação dos bens culturais que deveriam ser de todos.
Nesse sentido, a escola não pode transitar nos limites da empiria, ela tem uma
função específica na socialização do conhecimento.
A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que
possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola
básica devem organizar-se a partir dessa questão. (SAVIANI, 2003,
p.15).
Diante das tendências pedagógicas atuais, o esgotamento do trabalho educativo
vem sendo acentuado e a garantia do saber objetivo cada vez menos valorizado.
Tomamos como exemplo, a entrevista de Fernando José de Almeida6
, feita pela
Revista Nova Escola em 2010. O autor trata desta garantia como “coisa do passado”:
Não é de hoje que os educadores de diversos países se perguntam o
que as crianças e os jovens devem aprender em sala de aula.
Antigamente não havia dúvida: era preciso transmitir aos alunos os
saberes que a humanidade acumulou nos últimos 10 mil anos em
Ciências, Matemática, Literatura, Arte e as demais áreas do
conhecimento. Sim, era uma grande pretensão, mas ninguém duvidava
de que esse era o papel da escola. Na contemporaneidade, essas
certezas ruíram (ALMEIDA, 2010).
O mesmo autor aponta como função da escola a formação de habilidades e
indica que os conteúdos do currículo estão sujeitos às necessidades imediatas dos
alunos. À escola caberia, portanto,
6
Fernando José de Almeida é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.
8. 8
[...] pinçar, do leque de conteúdos, aqueles que trarão a maior
possibilidade de a criança aprender e formar habilidades aliadas à
cidadania, ao senso crítico e ao sentido de ética e estética. Cabe à
escola optar por um programa que contemple as necessidades dos
estudantes e as características da comunidade em que eles vivem,
afinando-o ainda com as diretrizes dos currículos nacionais
(ALMEIDA, 2010).
Desse modo, os conteúdos escolares estariam sujeitos a formação das
habilidades e assuntos relacionados ao cotidiano dos alunos. É como já afirmou Saviani
(2003, p. 16), “facilmente, o secundário pode tomar o lugar daquilo que é principal,
deslocando-se, em consequência, para o âmbito do acessório aquelas atividades que
constituem a razão de ser da escola”.
Na contramão da assertiva do entrevistado, Saviani (2003, p. 145) assevera que
“os conteúdos históricos sempre serão importantes e, de certo ângulo, determinantes,
porque é pelo caminho deles que se apreende a perspectiva histórica, o modo de situar-
se historicamente”.
Para a Pedagogia Histórico-Crítica, reafirmamos, permanece atual a
preocupação com a socialização do conhecimento científico, artístico e filosófico, em
suas formas mais elevadas.
Evidentemente não é por acaso que a concepção pedagógica dominante desta
sociedade se respalda na desvalorização do arcabouço teórico cultural acumulado
historicamente, com ênfase nas pedagogias do “aprender sozinho”, considerando este
superior, em relação ao aprendizado com a mediação do outro e reduzindo o papel do
professor a mero facilitador do processo de ensino e aprendizagem. Essa negação do
conhecimento tem uma intencionalidade específica de manter a ignorância do povo.
Conforme Sacristán (2007, p.58), “persistem a ignorância e os ignorantes”.
Não por acaso se levantam bandeiras a favor de um aprendizado superficial,
imediato, cotidiano.
Essa metodologia do aqui e agora, do texto sem contexto social, do
presente sem passado e sem futuro, ilumina uma concepção de homem
sem dívidas para com as gerações que o precederam e confirma a
despreocupação com o trabalho social, enquanto elo integrador dos
indivíduos em sociedade (NAGEL, 2003, p. 37).
Nesta direção, Mészaros (2005, p. 48), ressalta que “[...] apenas a mais ampla
das concepções de educação nos pode ajudar a perseguir o objetivo de uma mudança
verdadeiramente radical, proporcionando instrumentos de pressão que rompam com a
lógica do capital”.
9. 9
É preciso buscar reverter essa “lógica perversa que compromete o esforço da
humanização”, Severino (2010, p. 155) afirma que,
É preciso contribuir para a construção de uma contra-ideologia como
ideologia universalizante, que coloca os produtos do conhecimento a
serviço dos interesses da totalidade dos homens [...] Educar
contraideologicamente é utilizar, com a devida competência e
criticidade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às suas práticas
mediadoras de sua existência real (SEVERINO, 2010, p.156).
Com respaldo nos princípios da Pedagogia Histórico-Crítica, almejamos uma
educação, que amplie os horizontes culturais desses alunos, mediante a apropriação dos
conhecimentos científicos, produzindo novas necessidades, novos carecimentos e tendo
como meta o desenvolvimento humano (DUARTE, 2004).
Contrariando as pedagogias do “aprender a aprender”, que enfatizam o ensino de
habilidades e competências, em detrimento do saber elaborado, a Pedagogia Histórico-
Crítica defende uma educação preocupada com a formação humana, em que o domínio
de conteúdos seja primordial, com vistas a emancipação do homem.
A Pedagogia Histórico-Crítica contribui com a educação escolar na proposição
de assegurar o domínio dos conhecimentos produzidos pelo gênero humano como
ferramenta eficaz contra a alienação e a ideologia dominante, não se admitindo,
portanto, uma educação “esvaziada de conteúdos”. A transmissão do saber objetivo via
conteúdos escolares, pelas instituições de ensino precisa ser garantida.
“Dominar o que os dominantes dominam”, pode constituir-se em instrumento de
luta e transformação (Saviani, 2003). Luta esta, que possibilite “abolir os entraves que a
forma social capitalista vem impondo ao desenvolvimento plenamente livre e universal
do ser humano e de sua formação” (DUARTE; SAVIANI, 2012, p. 34).
REFERÊNCIAS
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escolar/diretor/curriculo-consistente-568009.shtml
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. “Declaração
Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem”. In: BRASIL. Plano Decenal de Educação para Todos. Brasília:
MEC/SEF, 1993.
10. 10
DELORS, Jacques et al. Educação um Tesouro a Descobrir: relatório para UNESCO da
Comissão Internacional sobre educação para o século XXI. Brasília, DF: UNESCO;
MEC; Cortez Editora, 1998.
DUARTE, Newton. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões. Polêmicas
de nosso tempo. Autores Associados, Campinas – SP, 2003.
_______. Vigotski e o “aprender a aprender” crítica às apropriações neoliberais e
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MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã (Feuerbach). 10. ed . Tradução
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MÉSZÁROS, István. A educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2005.
NAGEL, Lizia Helena. “O aqui e o agora”, sem “o ontem e o amanhã”, nas políticas da
educação. In: NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães;RIZOTTO, Maria Lucia Frizon.
(Org.). Estado e Políticas Sociais: Brasil – Paraná. 1 ed. Cascavel: EDUNIOESTE,
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__________. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8ª ed. Campinas,
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SEVERINO A. J. Desafios da formação humana no mundo contemporâneo. Revista
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