O documento discute a gestão e engenharia do conhecimento e sua relação com a inovação no setor produtivo. Ele aborda como a gestão do conhecimento e a engenharia do conhecimento podem apoiar a inovação nas organizações e no desenvolvimento econômico, apresentando casos de aplicação dessas abordagens em empresas.

1. Gestão e Engenharia do Conhecimento:
inovação do setor produtivo
Roberto C. S. Pacheco
pacheco@egc.ufsc.br
Auditório do CIMATEC 1 , Salvador, BA
19/10/2011 - 18h30 às 20h
CIRCUITO UNIVERSIDADES

2. Agenda

3. Falar de GC, Inovação e EC....
Sob que perspectiva? Com quais abordagens?
País/Região
Cluster
Organização
Rede
Equipe
Indivíduo

4. Por que inovação?
Como potencial de
desenvolvimento sócio-econômico
de um país (ou região)

5. Por que inovação?
Em nosso País
“Fabricar somente não basta. Temos que fabricar e
projetar nossos equipamentos de fabricação.
É difícil criarmos hoje uma tecnologia que não seja
de uso dual .
O Brasil não possui hoje nenhum motor
brasileiro....O último foi o Gurgel.
Somente por desenvolvimento tecnológico teremos
multinacionais brasileiras.”
Guilherme Estrella
Diretor de produção e exploração da PETROBRAS – 05.10.11
A legislação patentária e o futuro da inovação no Brasil. Câmara Federal
Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados
Imagem: http://cdn.ibtimes.com/br/data/images/full/2010/05/26/2382-guilherme-estrella.jpg

6. Sistema Nacional de Inovação
Loe
Leydesdorff
Jorge de Sábato
Redes tri-laterais e
organizações híbridas Henry
Etzkowitz Conhecimento
Governo
Infra-estrutura de Inovação
Governo
Setor Infra-estrutura Conhecimento
Produtivo científico-tecnológica Economia baseada
no conhecimento
Triângulo de Sábato
1968 Universida Empresas
de
Economia
Hélice Tríplice Geografia
Política
1995 Econômica
2003

7. Sistema Nacional de Inovação
A capacidade de inovação de um
País depende:
• De seu sistema educacional
• De seu sistema de CT&I
• De seu contexto macro-econômico
• De seu contexto regulatório
• De sua infraestrutura de
comunicação
• Da dinâmica de interações (redes)
entre seus atores de inovação
Modelo Sistêmico

8. Por que inovação?
Para as nossas empresas
• Exportações crescem com intensidade
tecnológica dos produtos
• Empresas inovadoras têm preço-prêmio
• Empresas inovadoras conquistam
mais mercado
• Empresas inovadoras pagam
maiores salários
• Empresas inovadoras
retém mais seus profissionais
Fórum Sul de Inovação • Quanto mais inovador, mais produtivo
Tecnológica, 2006 (1 trabalhador americano = 4 brasileiros)
Fonte: Pacheco, et. al. 2007
IPEA. Brasil: o estado de uma nação.
Cap. 2 Inovação e competitividade, 2007

9. Por que gestão do
conhecimento?
Como diferencial de
competitividade e sustentabilidade
empresarial

10. Por que GC na Engenharia...
“Nossos colaboradores encaminharam mais 7 mil
idéias que levaram a um lucro de 13 milhões de
dólares”
“Com GC todos ganham, a empresa e os
funcionários”
Tania Modeira Pinto
Eng. Supervisora do Centro de Competências e Gestão do
Conhecimento da EMBRAER – 14.10.11
GC nas Engenharias da Embraer - KM Brasil 2011
Imagem: http://cdn.ibtimes.com/br/data/images/full/2010/05/26/2382-guilherme-estrella.jpg

11. Por que GC na Engenharia...
“Conhecimento é a principal matéria-prima
para forjar as melhores soluções para nossos
clientes
Na Promon não implementamos a GC, ela
sempre fez parte da empresa”
Marcelo Yamada
Coord. de projetos TICs da PROMON– 14.10.11
Sistema Promon de Gestão do Conhecimento (SPGC) - KM Brasil 2011
Imagem: http://cdn.ibtimes.com/br/data/images/full/2010/05/26/2382-guilherme-estrella.jpg

12. Como as empresas
têm implantado a GC?

13. Considerando GC um
processo estratégico à organização
Modelo GC da Embraer
Fonte: Pinho 2011
Modelo GC da Promon
Fonte: Vellasco e Yamada 2011

14. Considerando conhecimento seu principal ativo
Competitividade
+
Competência Única
melhor
+ que as
Atuação demais”
Fazer Adequada
Saber +
vontade
Fazer
Conhecimento + utilização
+
contextualização
Informação Experiências
expectativas
+
Dados significado
+
Sinais sintaxe “Escada do conhecimento é a
base para uma „empresa”
inteligente” Klaus North

15. GC e Inovação
(Visão empresarial)
“GC não está limitada a rastrear
o conhecimento existente (…).
Intenciona promover e apoiar a
criação de novos conhecimentos
e contribuir com inovação,
DUFFY, JAN, 2000
ingrediente essencial ao sucesso
do negócio”

16. GC e Inovação
Práticas, áreas
correlatas e
ferramentas da GC
estão entre os
principais
instrumentos para

que as organizações 
Portais corporativos
Crowd innovation


Memória organizacional
Aprendizagem organizacional
acelerem seus 

Gestão de idéias
Lições aprendidas
 Auditoria de conhecimento
 Gestão do capital intelectual
resultados no  Gestão de conteúdos (Wiki)  Gestão por competências
 Comunidades de prática
chamado  ...


Gestão estratégica da inovação
...
“funil da inovação”
http://road.uww.edu/road/douganw/250-
738%20MANAGEMENT%20OF%20TECHNOLOGY/Lecture%201%20-%20S06.PPT

17. Por que há uma ampla gama de alternativas?
Olhe para as perguntas...
Processo
1960’s 1988
Aprendizagem
Organizações de
organizacional
aprendizagem
Como uma organização Como uma organização
aprende? deve aprender?
Teoria Prática
...1995 1998
Gestão do
Conhecimento
conhecimento
organizacional
Como disseminar e
Como é o conhecimento nas incrementar o conhecimento
organizações? nas organizações?
Conteúdo
EASTERBY-SMITH, Mark; LYLES, Marjorie. Introduction: Watersheds of organizational learning and knowledge management. In:
EASTERBY-SMITH; LYLES, Marjorie (eds). Handbook of Organizational Learning and Knowledge Management. Malden:
Blackwell, p.1-15, 2005.

18. Dimensões estruturantes
GC (Visão acadêmica)
da GC
• Processos: organizam tarefas
e atividades da organização;
• Pessoas: congregam as
competências (incluindo o
conhecimento - principal fator
de geração de valor
organizacional); e
• Tecnologia: deve servir aos
processos e às pessoas
(“antropocentrismo tecnológico”) e
vêm somente depois da
Pessoas
modelagem (projeto de
sistema de conhecimento)

19. GC (visão de consenso)
GC está sempre alinhada à
estratégia organizacional
 Sistemas, métodos e
diretrizes da GC devem
apoiar, de forma
sistêmica, a estratégia da
organização.
 Organização entendida como
grupo/equipe, rede, cluster com
missão comum
Pessoas

20. Diretrizes Organizacionais
GC (visão EGC/UFSC)
A GC deve apoiar diretrizes
organizacionais, tais como
Inovação: políticas e procedimentos
de criação e melhoramento de
processos, produtos e serviços;
Aprendizagem: diretrizes de
capacitação e criação de conhecimento;
Comunicação: procedimentos e
tecnologias de comunicação
organizacional.
Fatores de impacto à GC
Conhecimentos implícitos, tácitos e
Pessoas
explícitos da organização;
Cultura organizacional;
Infra-estrutura e política de
planejamento e gestão da tecnologia

21. GC (visão EGC/UFSC)
A GC oferece SGCs
Sistemas de Gestão do Conhecimento são
sistemas técnico-sociais projetados para apoiar o
fluxo de explicitação, disseminação e gestão do
conhecimento organizacional.

22. E a Engenharia do Conhecimento?

23. Que conhecimento é esse?
EC nega a visão homocêntrica do conhecimento
“Conhecimento é uma Então, tudo que
fazemos com
qualidade intrinsicamente tecnologia é
humana, que reside em uma gerenciar
informação...
mente viva, porque uma
pessoa deve identificar, SPIRIT (2004)
DENDRAL (1965)
interpretar e internalizar “SPIRIT sempre acha uma
conhecimento” Myers, 1996, p. 2 maneira de tornar algum tipo de
adversidade em algo positivo”.
Ashley Stroupe.
Jet propulsion Lab.
Sorry Myers...
http://www.dipity.com/jameseve/From-Frankenstein-to-Optimus-Prime/

24. Como a Engenharia do Conhecimento propõe SGC
EC dedica-se à
modelagem e
desenvolvimento
de sistemas de
conhecimento,
criados como agentes
de apoio à atividade
humana em processos
intensivos em
conhecimento.
Metodologia CommonKADS
Fonte: Schreiber, 2002

25. Como a Engenharia do Conhecimento propõe SGC
É multidisciplinar, tem seu
produto no eixo tecnológico,
mas com respeito e diretrizes
na gestão e na cognição.
Pode explicitar o K-implícito,
modelar o K-explícito e
emular o K-tácito.
EC necessita de TICs, mas
diferencia conhecimento de
informação e processos
operacionais de atividades
Metodologia CommonKADS intensivas em conhecimento
Fonte: Schreiber, 2002

26. Alguns casos de EC aplicada em
empresas (privadas ou públicas)

27. Caso 1: Alinhamento Corporativo
Gestão da ética e dos valores organizacionais
em um banco privado
Desafios
• Como avaliar o grau de integridade e
de alinhamento em nossa organização?
• Estamos praticando os nossos valores?
• Como levar as normas, diretrizes e políticas ao cotidiano
nas diversas agências e unidades da organização?

28. Caso 1: Alinhamento Corporativo
Gestão da ética e dos valores organizacionais
em um banco privado

29. Caso 1: Alinhamento Corporativo
Mapa de conhecimentos para acompanhar comportamento
ético e respeito aos valores da organização

30. Caso 2:
Posicionamento estratégico de parcerias
Há competências no Brasil para Cooperação?

31. Caso 2: posicionamento de parcerias
a) acesso à informação estratégica (Portal Inovação – MCT)

32. Caso 2: posicionamento de parcerias
b) organizando as informações (Portal Inovação – MCT)

33. Caso 2: posicionamento de parcerias
c) Fazendo mapa de tópicos (competências) do País
Exemplo: mapa de correlações de antibacterial

34. Caso 3:
Monitoramento de acidentes de consumo
Desafios
• Como acompanhar o que está ocorrendo
com acidentes de consumo no País?
• Como me antecipar, como órgão público, e ir ao encontro
do cidadão (ao invés de esperar que ele venha preencher
um formulário)?

35. Caso 3:
Monitoramento de acidentes de consumo
2
1
Analisando as denúncias encaminhadas por
e-mail (1) correlação em redes sociais (2) ou
se pode identificar tendências em acidentes
37

36. Conclusões

37. Conclusões
 Conhecimento e inovação: insumos preciosos
• à competitividade e à sustentabilidade empresarial
• ao desenvolvimento sócio-econômico
 GC e inovação: complementares
• nos processos de criação de conhecimento
 EC, GC e inovação: instigante
• à forma com que empresas concebem e usam TICs para GC
• à forma com que governo e sociedade se relacionam

38. Muito Obrigado!
T. S. Eliot
Where is the life we have lost in living?
Where is the wisdom we have lost in knowledge?
Where is the knowledge we have lost in information?
Where is the information we have lost in data?
•
Roberto C. S. Pacheco
pacheco@egc.ufsc.br
Auditório do CIMATEC 1 , Salvador, BA
19/10/2011 - 18h30 às 20h
CIRCUITO UNIVERSIDADES
Imagem: http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRxWBzXV7L1CdGySFv5OlrnSQ4lzR_0UeOONGavjL8YwARjUgwr6n3EoubS