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Filosofia,
Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr.
Filosofia
s
I Jornada de Campo-grandense de
Psiquiaria - 2017
O diagnóstico
psiquiátrico ontem,
hoje e amanhã.
Luiz Salvador de Mirada Sá Jr
Há que se fazer uma síntese da origem e do
começo da enfermidade de tal sorte que,
mediante diversas entrevistas e exames
minuciosos, possa-se reconhecer as concor-
dâncias dos sintomas entre si e, logo depois,
identificar as discordâncias nas concordâncias e,
por fim, descobrir novas concordâncias entre as
discordâncias, até que, das discordâncias todas,
reste apenas uma única concordância: tal é o
método (para diagnosticar).
Hipócrates, de Cós
A medicina é a profissão humanitária de
base científica, cujos agentes – os
médicos - incumbem-se privativamente
do diagnóstico das enfermidades e do
tratamento dos enfermos.Ademais,
como atividades que podem ser com-
partilhadas com outros profissionais de
saúde, nos termos da lei, participam das
atividades de profilaxia e de reabilitação.
O diagnóstico médico pode ser
feito com 3 graus de
complexidade;
o mais simples é o do sintoma,
o grau seguinte é o da síndrome e
o mais complexo é o da doença.
O Diagnóstico de sintomas e de
síndromes é o diagnóstico
descritivo da aparência do doente
ou NOSOGRÁFICO e o diagnóstico
da essência das doenças é o
diagnóstico explicativo ou
NOSOLÓGICO que indica sua
propriedade essencial.
Na Medicina, diagnosticar
nosologicamente é reconhecer
uma doença em uma pessoa
através de seus sintomas,
antecedentes, exames e outras
características clínicas ou
laboratoriais.
O diagnóstico nosológico em
Medicina tem importância
fundamental porque influi
praticamente em todos os
procedimentos médicos decorrem
dele.
Principalmente a terapêutica.
Doente mal diagnosticado é
doente mal tratado.
Os diagnósticos nosográficos não
devem ser usados na psiquiatria
forense porque não permitem
prognósticos, que é essencial nos
diagnósticos forenses, mesmo que
isso não seja claramente
explicitado.
Há duas maneiras de diagosticar em
psiquiatria:
a) um exercício mnêmico com o qual
se reconhecem os sintomas e as
síndromes; e
b) O uso do raciocínio médico, com
o qual se diagnosticam doenças por
sua propriedade essencial.
E quando não se conhece a
etiologia e a patogenia do estado
mórbido ?
Elaboram-se hipóteses que, ao
serem testadas, e estabelecem uma
linha de pesquisa que permitem
conclusões.
Princípios Fundamentais da Semiologia
Psiquiátrica:
a) Os mesmos sintomas e síndromes
podem ocorrer em enfermidades
diferentes;
b) Uma mesma enfermidade pode se
manifestar por diferentes sintomas e
síndromes.
Aos quais deve-se
acrescentar: não há sintomas
nem síndromes
patognomônicos nas
doenças psiquiátricas.
Disorders ou Transtornos
São sintomas ou síndromes com
que os autores das DSMs e da
CID 10 diagnosticam em
psiquiatria e chamam
diagnósticos operacionais.
Uma definição operacional, contudo,
decorre do uso de algum sistema de
medida que permita operar um
procedimento qualquer de
quantificação no curso de uma
investigação científica de um objeto,
de modo a dar precisão à sua
medida como instrumento de sua
descrição.
Para Bunge e Mahler (em Biofilosofia)
definição operacional significa caracterizar um
conceito por meio das operações realizadas
para aferi-lo.
Operacionalismo é definido como a filosofia
pragmática da ciência que prescreve que os
construtos (ou objetos conceituais) sejam
introduzidos por procedimentos
laboratoriais. O que também não há nos
transtornos.
Há quem confunda definição operacional
com definição convencionada.
Stengel (em Classification of Mental Disorders, de
1959) afirma, sem explicar porquê, que Hempel,
considerando a dificuldade de estabelecer
conceitos cientificamente aceitáveis para os
diagnósticos psiquiátricos, objetivamente
verificáveis, teria sugerido a construção de
definições operacionais com descrições clínicas e
instruções precisas para diagnosticar, dando novo
significado a estas definições.
Um componente operativo do momento descritivo
do seu conhecimento.
Não há isso no Capítulo F da CID 10 e são fingidas
as descrições operacionais na CID, pois não são
operacionais, mas convencionadas.
No seu Dicionário de Filosofia, Ferrater Mora
afirma que o próprio Hempel criticara seu abuso
pelos neopositivistas (autores que imperam na
CID-10 e nos DSMs), na medida em que isso
configuraria o reducionismo operacionalista, com
todas as possibilidades de erro e manipulação que
este reducionismo possibilita.
Disorder (transtorno) é um
dignóstico nosográfico, refere-e à
aparência dos doentes.
Mas quando se menciona, parece
doença. Quando se diz
transtorno depressivo entende-se
como doença depressiva.
Há quem os julgue sinônimos.
Os diagnósticos nosográficos não
devem ser usados na psiquiatria
forense porque não permitem
prognósticos, que é essencial nos
diagnósticos forenses, mesmo que
isso não seja claramente
explicitado.
Um diagnóstico médico
deve ser um conceito
científico e legal.
Critérios de Cientificidade
Exatidão,
Objetividade,
Especificidade,
Verificabilidade.
Sistematicidade,
Fidedignidade e
Validade.
A legalidade de exercício da
Medicina é dada pela
Lei 12.242, de 13 de julho de
2013, que dispõe sobre o exercício
da Medicina no Brasil, em seu Art
4o. parágrafo 1o, determina que a
prerrogativa do médico para
diagnosticar é o Diagnóstico
Nosológico.
As classificações de
enfermidades podem ser:
Homogêneas ou Hetereogêneas
e
Naturais ou Artificiais
(utilitárias).
Mas as classificações científicas
têm que ser:
Homogêneas e
Naturais.
E as artificiais são utilitárias
ObrigadoA propriedade essencial de
uma doença é sua
etiopatogenia, dado que
possibilita a classificacão
científica de doenças, como
fizeram Linneu e Leontiev na
Biologia e na Química.
Evolução histórica
dos diagnósticos
psiquiátricos:
Primeiro momento do
diagnóstico
As enfermidades (doenças) eram
chamadas por suas denominações
populares e sua causa era geralmente
atribuída a influências mágico-
sobrenaturais.
Diagnosticar aí era interpretar a
potência sobrenatural responsável à luz
de um dogma mágico. Reconhecer o
feitiço causador do malefício ou outra
providência análoga. O que representa
a fase fundamental de todo ato
médico-mágico: a afirmação do caráter
mágico da enfermidade, até dos
acidentes traumáticos.
Segundo momento do
diagnóstico
Na Grécia do séculoV a. C. surgiu
uma concepção natural e racional
presidida pela noção de physis,
(natureza) orientada por uma
teoria lógica decorrente da
observação possível.
Diagnósticos Greco-Romanos 1
Frenite (delírio agudo febril), Mania
(furor), Melancolia (tristeza), Epilepsia,
Asthenéia (fraqueza), Moria (loucura),
Phobia (medo), Seleniasmus
(lunaticidade), Histeria,Vesânia (doença
mental geral e crônica), Delirium
(confusão mental). >>>
Diagnósticos Greco-Romanos 2
Aegritude (sofrimento),Alienar (transferir
algo para outrem, tornar-se diferente),
Alienatus (perdido),Vercors (insensato),
Debilitas, Imbecillitas, (fraqueza), Delirare
(delirar), Dementia (locura) Mentecaptus,
privado da razão),Vesania (loucura crônica),
Stultitia (idiotice, tolice).
Terceiro momento do
diagnóstico
No séculoV com a queda do Império
Romano do Ocidente, o domínio da
Europa pelos bárbaros e o poder
desmesurado atribuído à religião fez
com que o conhecimento científico
regredisse e estagnasse por dez séculos.
Santo Agostinho: “Todas as
enfermidades dos cristãos devem
ser atribuídas aos demônios. Os
demônios atormentam de modo
especial os recém-batizados; sim,
até os bebês recém-nascidos,
inteiramente sem culpa”.>>>
Os signos do zodíaco e divindades
pagãs, que explicavam as doenças e
outros malefícios, foram substituídos
por santos: São Bernardo (pulmões),
Santa Apolônia (dentes), São Lourenço
(as costas), São Braz (garganta), Santa
Ágata (mamas), Santo Erasmo
(abdome) e São Justo (cabeça).
>>>>
Santa Luzia (olhos), N S da Cabeça
(cefaléias e outras enfermidades do
crânio e psiquiátricas), N S do Oh (do
parto ou da expectação). “Dança de São
Vito” Coréia), na Idade Média, o
Ergotismo era chamado “Fogo de Santo
Antônio”. >>>>
A Inquisição dominava
absoluta sobre todas as
instituições e numerosos
médicos e enfermos foram
torturados e queimados por
heresia, feitiçaria ou outro
pretexto.
No Islã, entre o nono e o décimo
século, Ishak Ibn Imras publicou o
Tratado da Melancolia e Ahmed
Ibn Aljazar escreveu o capítulo
sobre a Doença do Amor.
>>>
Os maiores mestres da medicina
islâmica foram Avicena (980-1037),
Averróes (1126-1198), médicos
professores de medicina, e
Maimônides (1135-1204), médico e
rabino judeu que viveu no Islã.
Avicena iniciou a restauração técnica e social da
medicina hipocrática (inclusive, a reabilitação da
cirurgia), enquanto Maimônides restaurou o
pilares éticos da medicina antiga.
Os médicos árabes ou arabizados medievais
sustentavam uma concepção de psicose per-
feitamente aceitável. Diferenciavam os quadros
confusionais dos delírios lúcidos, mas pouco
avançaram além dos greco-latinos.
Quarto momento do
diagnóstico
O Renascimento e o Iluminismo.
A restauração das artes, ciência e técnica nos
séculos XIV a XVI assinalou o Renascimento e
assinalou o início da Idade Moderna no
ocidente com a incorporação do elementos
culturais greco-romanos que haviam sido
reavidos e desenvolvidos pelos árabes.
Leonardo daVinci, multigênio, é seu símbolo
mais importante. Na Medicina, Paracelso
(1490-1591) e Ambroise Paré (1517-1590).
Paracelso no livro Sobre as Doenças que
Privam da Razão, expõe sua concepção
naturalista da enfermidade psiquiátrica.
Propõe a seguinte nosografia psiquiátrica:
mania, melancolia e (ou frenesia), epilepsia,
“loucura verdadeira” (subdividida em
lunáticos, insanos, melancólicos e obsessivos),
dança de SãoVito e “suffocatio
intelectus” (misto de histeria e epilepsia).
Paré estudou as manifestações fisiológicas das
emoções, a influência da sugestão e descreveu
manifestações psiquiátricas da sífilis e da
hanseníase; estabeleceu um diagnóstico diferencial
entre a simulação e endemoniamento. Comprovou
que a higiene das feridas era melhor que a
cauterização.
Foi o maior responsável pela reabilitação da
cirurgia, atividade que não desfrutava prestígio
social, sendo reservada aos barbeiros sangradores.
Zachias (1584-1659) chama as enfermidades
mentais de amência e a divide em 3 grupos:
1. fatuitas (atraso do desenvolvimento mental, com
três graus – ignorância, a fatuitas propriamente dita
e a soliditas);
2. frenites, delírio por inflamação primitiva do
cérebro; e
3. insânia (delírios sem febre, incluindo as formas
de insânia primária – mania, melancolia, estados de
êxtase, de licantropia, de entusiasmo, demoníacos,
e insânia secundária – complicações da epilepsia,
apoplexia).
Os antigos denominavam “psicologia” ao estudo das
subjetividade.A mais antiga exposição sistemática
sobre os fenômenos psíquicos se deve a Aristóteles
(384 - 322 a.C.), no livro “Sobre a Alma”.
Cassmann em1554 publica Psicologia Antropológica.
Melanchton, em 1550, e outros empregam o termo
de passagem, ainda com o sentido de estudo da alma,
como Christian Wolff, em 1532 e 1534. Como estudo
sistemático da consciência e da conduta, pela primeira
vez, deve-se a Rodolph Goeckel em Psicologia
(1590). Kant usou psicologia, com igual significado, no
final do século XVIII. Daí, seu emprego se generalizou.
Offrai De La Metrie (1709-1751)
escreveu o primeiro tratado
materialista sobre o psiquismo,
chamado L’Histoire de l’âme. No
próximo momento, na França, em
vez de alma, usar-se-á o moral com
o sentido de subjetividade.
Messmer
Thomas Willis (1622-1675) estuda a patologia
encefálica e a fisiologia nervosa; os diagnósticos de
Cefalgia, Epilepsia e patologias do desenvolvimento
intelectual. Lida com os diagnósticos de Estupidez,
Morosidade, Hebetude do espírito, Histeria,
Hipocondria, Demência, Mania e Melancolia, que
divide em geral e parcial. Denomina Estupidez ao
embotamento afetivo da esquizofrenia. Entusiasmo
se refere a um quadro clínico vizinha à paixão e à
mania (e próximo à histeria), acompanhado do
desejo de pular, dançar, correr. Chama de
Consumpção Mental à anorexia nervosa.
Boissier de Sauvages (1706-1767)
A - extravios devidos a uma causa exterior ao cérebro,
as alucinações (vertigens, alucinações – berlue -,
hipocondria, diplopia, tinitus, sonambulismo).
B - morosidades (desejos ou impulsos depravados, como
pica, bulimia, polidipsia; antipatia - com sentido de
provocador de repulsa, nostalgia, terror - pânico,
satiríase, furor uterino, tarântia, raiva).
C - delírios ou erros de juízo provocados anatomi-
camente por uma lesão cerebral das fibras e
moralmente por uma falência da vontade (transportes –
entusiasmo, êxtase, arrebatamento -, demência, mania
melancolia, demomania).
D - delírio anormal, esquecimento e insônia.
Boissier de Sauvages distingue 14 formas de melancolia,
noção que agrupa os delírios pelo tema delirante. –
melancolia triste: melancolia ordinária, melancolia religiosa,
melancolia erótica, melancolia da imaginação, melancolia
extravagante (com idéias de grandeza), melancolia atônita
(com torpor), melancolia vagabunda (com errância),
melancolia dançante (epidêmica), melancolia hipantrópica
(transformação em cavalo), melancolia dos citas (que se
julgavam transformados em mulheres), melancolia inglesa
(spleen, tédio, desgosto com a existência), melancolia com
zoantropia (como Nabucodonozor, que se julgava
transformado em lobo), melancolia de entusiasmo
(inspirados), melancolia de preocupação.
Cullen (1712-1792) - médico escocês - se
notabilizou pela contribuição aos alicerces da
psiquiatria, não só à nosologia e nosografia, mas aos
procedimentos assistenciais e à humanização do
atendimento aos doentes mentais.
Dividia as doenças ou Genera morborum em
febrígenas, caquéticas, locais.Também criou o termo
neurose (ou nevrose) para designar o conjunto das
doenças nervosas:
a) comas (comata) ou perda dos movimentos
voluntários: apoplexia (c. geral), paralisia (c. parcial),
b) adinamias (fraquezas das forças naturais): síncopes,
dispepsias, hipocondria e clorose; >>>>
c) afecções espasmódicas: espasmos das funções animais
(tétano, epilepsia, dança de S.Vito); espasmos das funções
vitais (palpitações, dispnéia, asma, coqueluche); espasmos
das funções naturais (pirose, cólica, cólera-morbus),
diarréia, diabetes (na verdade poliúria), histeria, raiva;
d) vesânias (afecções que comportam um juízo falso
afetando o entendimento).
Não inclui as alucinações ou as morbidades (desordem das
paixões) entre as vesânias por considerá-las doenças locais.
Descreve o delírio parcial e estabelece limites e correlações
mais precisas entre mania e melancolia.
Quinto momento do
diagnóstico
O Século XIX e suas Revoluções
durou até a Segunda Guerra
Mundial
Até o século XVIII, o diagnóstico
psiquiátrico limitava-se a consagrar as
designações populares dos fenômenos
psicopatológicos ou seus sintomas. O que
acentuava sua inferioridade frente à
nomenclatura científica praticada no
restante da medicina e nas ciências fáticas.
Seus diagnósticos limitavam-se a uma
descrição da condição patológica.
No plano político, com a transformação
simbolizada pela queda da Bastilha, em 1789,
marco da Revolução Francesa, deu-se a
instalação do estado republicano e popular
na França, um dos países mais importantes
do mundo, derrubando os ídolos, os nobres
e os costumes antigos.
Tal revolução abriu caminho a formas novas
de interação humana, assentados na ciência e
na sociedade.
A obra de Newton foi marco e símbolo da
revolução científica que inaugurou a ciência
moderna e assinalou a idéia da ordem na
natureza como característica da atividade
científica no século XVIII.
A descoberta de que os fenômenos da
natureza estavam submetidos a uma ordem
natural estimulou a busca das leis naturais
em todos os campos.
Condilac, Cabanis. Claude Bernard, Halley,
Newton, Malpighi, Harvey, Lavoisier e Linneu eram
os modelos de comportamento científico.A
classificação biológica de Linneu era o modelo das
ciências naturais e se impusera como paradigma
de construção científica através do estudo da
natureza.
Philippe Pinel (1755-1826) foi o psiquiatra que
representou esse momento revolucionário na
teoria e na prática de sua especialidade.
Classificação de Pinel
As classes I, II, III eV representam as febres, as
flegmasias, as hemorragias e as lesões orgânicas.
Classe IV – Nevroses ou neuroses
Ordem 1 – Nevroses dos sentidos (ouvidos, vista).
Ordem 2 – Nevroses das funções cerebrais
Subordem 1. Comas
Gêneros: apoplexia, catalepsia, epilepsia.
Subordem 2.Vesânias
Gêneros: hipocondria, melancolia, mania, demência,
idiotismo, sonambulismo, hidrofobia.
Ordem 3 – Nevroses da locomoção e da voz
Subordem 1. Nevroses da locomoção
Gêneros: nevralgia, tétano, convulsões, dança de S.
Vito, paralisia.
Subordem 2. Nevroses da voz
Gêneros: voz convulsiva, afonia.
Ordem 4 – Nevroses das funções nutritivas
Subordem 1. Nevroses da digestão
Gêneros: espasmos do esôfago, cardialgia, pirose,
vômitos, dispepsia, bulimia, pica, cólica, cólica
saturnina, íleo.
Subordem 2. Nevroses da respiração
Gêneros: asma, coqueluche, asfixia.
Subordem 3. Nevroses da circulação
Gêneros: palpitações, síncope.
Ordem 5 – Nevroses da geração
Subordem 1. Nevroses genitais do
homem
Gêneros: anafrodisia, satiríase, priapismo.
Subordem 2. Nevroses genitais da mulher
Gêneros: ninfomania, histeria.
• Crescimento da organogênese
Bayle (1799-1858) descreve a paralisia
geral em 1822, tida como estado terminal
das vesânias, como inflamação das meninges.
Assim, estimula a possibilidade do diagnós-
tico psiquiátrico etiológico e anatômico, que
é o escopo do modelo somaticista. Sua
opinião foi recusada por mais de vinte anos.
Só depois de compatíveis com o novo
paradigma, passaram a influir na psiquiatria.
Emergência da Psicogênese
Charcot, Pierre Janet e, sobretudo, Freud
foram os grandes responsáveis pela
divulgação dessa vertente psicopatológica.
Passou a concorrer com a organogênese
entre os autores do pensamento e da
prática da psiquiatria.
Emil Kaepelin (1856-1926) publicou em 1883
a 1ª. Edição de sua nosotaxia:
Estados depressivos: melancolia simples e
delirante.
Estados crepusculares: estados de sono patológico
(hipnose, sonambulismo, embriaguez comatosa);
estados crepusculares histéricos e epiléticos;
estupor e êxtase; demência aguda.
Estados de excitação: melancolia agitada; mania;
estados de excitação dos delírios (febril e
alcoólico).
Psicose Periódica: mania periódica; melancolia
periódica; loucura circular.
Delírio sistematizado primário.
Demência Paralítica.
Estados de Fraqueza Psíquica: anomalias evolutivas
(idiotia, imbecilidade, debilidade mental e inversão
sexual); Loucura Moral e delírio querelante; Estado
Neurastênico (obsessões); Estados de Fraqueza
Psíquica Secundária.
13ª. Edição da Classificação de Kraepelin
1.Alterações Mentais nosTraumatismos
Cranianos
2.Alterações Psíquicas em outras
encefalopatias orgânicas.
3,Alterações Mentais nas Intoxicações:
exógenas e endógenas
4.Alterações Mentais nas Doenças Infecciosas
5. Sífilis
6. Processos arterioescleróticos e da Involução
7. Epilepsia Genuína >>>> .
8. Esquizofrenia  
9. Psicoses Maníaco-Depressivas
10. Psicopatias
11. Reações Psicógenas (inclui as reações
histéricas)
12. Paranóia
13. Oligofrenias
Uma ordenação baseada da etiologia, na
evolução e no prognóstico.
S. Freud (1856 – 1936)
A nosotaxia psicógena freudiana categoriza as
condições clínicas psicopatológicas em três grupos:
psicoses, neuroses e perversões diferenciadas a partir
de mecanismos psicógenos hipotéticos.
Diferenciava-se as psicoses das neuroses, porque estas
seriam mais analisáveis que aquelas. Freud classificava
as Neuroses em:
Psiconeuroses (histeria de conversão, histeria de
angústia e estados obsessivos, originados em
complexos inconscientes reprimidos, em geral, de
índole sexual).
Neurose actual (verdadeira): neurastenia
(resultante de excesso sexual, como onanismo
exagerado ou coito interrompido), a histeria de
angústia ou fobia (resultado da acumulação de
uma estimulação sexual) e a neurose obsessiva;
Neurose Traumática (devida a um choque que
se faz reproduzir periodicamente no doente a
situação que provocou a doença);
Mais tarde, surgiu a neurose narcísica
(manifestada na incapacidade de transferência).
Neurose de Caráter (na qual os
“sintomas” neuróticos são traços de
caráter);
Neurose de órgão (afecção
psicossomática);
Neurose infantil;
Neurose de transferência (deslocamento
de cargas afetivas remotas para o analista,
no curso do processo psicoanalítico), o que
se confunde com as psiconeuroses.
Kurt Schneider (1887-1967) e Kloos
apresentam a seguinte classificação:
1. Doenças Endógenas (esquizofrenia, psicose
maníaco-deressiva, epilepsia);
2. Doenças Exógenas (orgânico-cerebrais,
sintomáticas, exointoxicações);
3, Doenças Psicógenas (reações e
desenvolvimentos psíquicos anormais);
4. Disposições Psíquicas Anormais ou
personalidades psicopáticas: os neuropatas
(sofrem) e sociopatas (fazem sofrer);
5. Estados Deficitários.
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DAS
DOENÇAS MENTAIS, 1948.
I - Psicoses por Infecções e por Infestações
1A - Desordens Agudas
2A - Estados Mentais Consecutivos
II - Psicoses Devidas à Sífilis
2A - Paralisia Geral
2B - Outras Formas
III - Psicoses Exotóxicas
3A - Alcoolismo
3B -Toxicomanias
3C - Profissionais
3D – Acidentais
IV - Psicoses Endotóxicas
4A - Por Desvios FuncionaisViscerais
4B - Por Desvios do Metabolismo
4C - Por Desvios do Endocrinismo
4D - Outras Formas
V - Psicoses por Lesões Cerebrais
5A - Demência Senil
5B - Arterio-esclerose Cerebral
5C -Traumatismo Craniano
5D - No Curso deTumores Intra-Cranianos
5E - Outras Forma (Doença de Alzheimer, de
Pick, Coréia de Huntington, etc.)
VI - Oligofrenias
6A - Debilidade Mental
6B - Imbecilidade
6C – Idiotia
VII - Epilepsia
7A - Psicose Epiléptica
7B Outras Formas
VIII - Esquizofrenia
8A - Formas Simples, Hebefrênica e Catatônica
8B - Formas Paranóides e Parafrênicas
8C – Paranóia
IX - Psicoses Maníaco-Depressivas
9A - Formas Maníacas
9B - Formas Melancólicas
9C - Formas Mistas
9D - Outras Formas (Marginais, etc.)
X - Psicoses Mistas e Associadas
XI - Psicoses Psicogênicas (Psicoses de
situação, reação e desenvolvimentos
psicopatológicos)
XII - Neuroses
12A - Estados Histéricos de Conversão
12B - Estados Ansiosos
12C - Estados Fóbicos
12D - Estados Compulsivos
12E - Estados Neurastênicos
12F - Organo-neuroses
12G - NeuroseTraumática
XIII - Personalidades Psicopáticas
0 - Estados Mentais Não Classificados
0A - Em Observação
0B - Por Falta de Elementos Diagnósticos
00 - Sem Perturbações Mentais
____________________________
Fonte: Serviço Nacional de Doenças Mentais,
1949
Note-se que essas últimas
classificações, entre outras,
começam a sintetizar as
organogênicas, como a de
Kraepelin e psicogênicas, como a
de Freud. Tendência abortada
pela volta ao modelo descritivo
pré kraepeliano.
Sexto momento do diagnóstico
• Século XX só teve início depois da
Segunda Guerra. Foi o século da
Guerra Fria entre duas grandes
potências imperialistas e suas
implicações econômicas, políticas,
culturais e científicas.
A CID – 10 (e os DSMs)
1 (F00-F09)T mentales orgánicos y sintomáticos
2 (F10-F19)T mentales y de comportamiento debidos al consumo
de psicotrópicos
3 (F20-29) Esquizofrenia,T esquizotípico y delirantes
4 (F30-39)T del humor (afectivos)
5 (F40-49)T neuróticos, secundarios a situaciones estresantes y
somatomorfos
6 (F50-59)T del comportamiento asociados a disfunciones
fisiológicas y a factores somáticos
7 (F60-69)T de la personalidad y del comportamiento del adulto
8 (F70-79) Retraso mental
9 (F80-89)T del desarrollo psicológico
10 (F90-F98)T del comportamiento y de las emociones de
comienzo habitual en la infancia y adolescencia
11 (F99)T mentales sin especificar.
(F01.1) Demencia multi-infartica
(F02) Demencia en otras enfermedades clasificadas
(F02.0) Demencia en la enfermedad de Pick
(F02.1) Demencia en la enfermedad de Creutzfeldt-Jakob
(F02.2) Demencia en la enfermedad de Huntington
(F02.3) Demencia en la enfermedad de Parkinson
(F02.4) Demencia en elVIH
(F03) Demencia sin especificar
(F04) Síndrome amnésico orgánico, no inducido por alcohol y otros
psicotrópicos
(F05) Delírium, no inducido por alcohol y otros psicotrópicos
(F06) OtrosT mentales debidos a daños neuronales, disfunciones y
enfermedades físicas
(F07)T de personalidad y comportamiento debido a enfermedades
neuronales, daños y disfunciones
(F09)T mentales orgánicos o sintomáticos sin especificar.
(F10-F19)T mentales y de comportamiento debidos al consumo
de psicotrópicos
Nota: las siguientes condiciones son subtipos de cada código en el
intervalo F10-19:
(F1x.0) Intoxicación aguda
(F1x.1) Uso perjudicial
(F1x.2) Síndrome de dependencia
(F1x.3) Síndrome de abstinencia
(F1x.4) síndrome de abstinencia con delirium
(F1x.5)T psicótico
(F1x.6)T Amnésico
(F1x.7)T psicótico
(F1x.8) OtroT mental do del comportamiento.
(F1x.9)T mental o del comportamiento no especificado.
(F10)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de alcohol.
(F11)T M y de comportamiento debidos a la consumición de
opioides
(F12)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de cannabinoides
(F13)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de sedantes o hipnóticos
(F14)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de cocaina
(F15)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de otros estimulantes, incluyendo la cafeína
(F16)T mentales y de C debidos a la consumición de alucinógenos
(F17)T mentales y de C debidos a la consumición de tabaco
(F18)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición
de disolventes volátiles
(F19)T M y de comportamiento debidos a la consumición de
múltiples drogas y otros psicotrópicos
(F20-29) Esquizofrenia,T esquizotípico yTs de ideas delirantes
(F20) Esquizofrenia
(F20.0) Esquizofrenia paranoide
(F20.1) Esquizofrenia hebefrénica
(F20.2) Esquizofrenia catatónica
(F20.3) Esquizofrenia no diferenciada
(F20.4) Depresión post-esquizofrénica
(F20.5) Esquizofrenia residual
(F20.6) Esquizofrenia simple
(F20.8) Otras esquizofrenias
(F20.9) Esquizofrenia sin especificar
(F21)T esquizotípico
(F22)T de ideas delirantes persistentes
(F22.0)T de ideas delirantes
(F23)Ts psicóticos agudos y transitorios
(F23.0)T psicótico polimórfico agudo sin síntomas de esquizofrenia
(F23.1)T psicótico polimórfico agudo con síntomas de
esquizofrenia
(F23.2)T psicótico agudo estilo esquizofrenia
(F23.3) OtrosTs psicóticos agudos predominantemente delirantes
(F23.8) OtrosTs psicóticos agudos y transitorios
(F23.9)Ts psicóticos agudo y transitorios sin especificar
(F24)T de ideas delirantes inducidas
(F25)Ts esquizoafectivos
(F25.0)T esquizoafectivo, tipo maníaco
(F25.1)T esquizoafectivo, tipo depresivo
(F25.2)T esquizoafectivo, tipo mixto
(F25.8) OtrosTs esquizoafectivos
(F25.9)T esquizoafectivo sin especificar
(F28) OtrosTs psicóticos no orgánicos
(F29) Psicósis no orgánica sin especificar
(F30-39)Ts del humor (afectivos)
(F30) Episodio maníaco
(F30.0) Hipomanía
(F31)T bipolar afectivo
(F32) Episodio depresivo
(F33)T depresivo recurrente
(F34)Ts afectivos persistentes
(F34.0) Ciclotimia
(F34.1) Distimia
(F38) OtrosTs afectivos
(F39)T afectivo sin especificar
(F40-49)Ts neuróticos, secundarios a situaciones estresantes y
somatomorfos
 
(F40)Ts de ansiedad fóbicos
(F40.0) Agorafobia
(F41) OtrosTs de ansiedad
(F41.0)T de pánico (anisiedad episódica paroxismal)
(F41.1)T de ansiedad generalizada
(F42)T obsesivo-compulsivo
(F43) Reacción a stress severo y tastornos de adaptación
(F43.0) Reacción al stress aguda
(F43.1)T post-traumático del stress
(F43.2)T de adaptación
(F44)T de conversión disociativo
(F44.0) Amnesia disociativa
(F44.1) Fuga disociativa
(F45)T somatomorfo
(F45.0)T de somatización
(F48) Otras neurosis
(F48.0) Neurastenia
(F50-59)Ts del comportamiento asociados a
disfunciones fisiológicas y a factores somáticos
 
(F50)Ts alimentarios
(F50.0) Anorexia nerviosa
(F50.2) Bulimia nerviosa
(F50.3) Bulimia nerviosa atípica
(F50.4) Hiperfagia asociada a otrosTs psicológicos
(F50.5)Vómitos asociados a otrosTs psicológicos
(F50.8) OtrosTs de la conducta alimentaria
(F50.9)Ts de la conducta alimentaria sin especificación
(F51)Ts del sueño no-orgánicos
(F51.0) Insomnio no-orgánico
(F51.1) Hipersomnio no-orgánico
(F51.2)T del reloj biológico no-orgánico
(F51.3) Sonambulismo
(F51.4)Terror nocturno
(F51.5) Pesadillas
(F52) Disfunción sexual, no causada porTs o enfermedades
orgánicas
(F52.4) Eyaculación precoz
(F53)Ts M y de comp asociados con el puerperio no clasificados
(F53.0)Ts mentales suaves y de comportamiento asociados con el
puerperio no clasificados
(F53.1)Ts mentales severos y de comportamiento asociados con
el puerperio no clasificados
(F54) Factores psicológicos y de comportamiento aspciados con
los desórdenes o enfermedades clasificados
(F55) Abuso de sustancias que no producen dependencia
(F59) Síndromes de comportamiento sin especificar asociados
con perturbaciones psicológicas y factores físicos
(F60-69)Ts de la personalidad y del comportamiento del adulto
 
(F60)T de personalidad específico
(F60.0)T paranoide de la personalidad
(F60.1)T esquizoide de la personalidad
(F60.2)T disocial de la personalidad
(F60.3)T de inestabilidad emocional de la personalidad
(F60.4)T histriónico de la personalidad
(F60.5)T anancástico de la personalidad
(F60.6)T ansioso o por evitación de la personalidad
(F60.7)T dependiente de la personalidad
(F60.8) OtrosTs de personalidad específicos
(F60.9)T de personalidad, sin especificar
(F61)Ts de personalidad mixtos y otros
(F62) Cambios de personalidad duraderos, no atribuibles a
enfermedades o daños cerebrales
(F63)Ts impulsivos y de hábito
(F63.0) Ludopatía patológica
(F63.1) Piromanía patológica
(F63.2) Cleptomanía patológica
(F63.3)Tricotilomanía
(F64)Ts de la identidad de género
(F64.0)Transexualidad
(F64.1)Travestismo
(F64.2)T de identidad de género de la infancia
(F65)Ts de orientación sexual
(F65.0) Fetichismo
(F65.1) Fetichismo travestista
(F65.2) Exhibicionismo
(F65.3)Voyeurismo
(F65.4) Pedofilia
(F65.5) Sadomasoquismo
(F65.6) MúltiplesTs de preferencia sexual
(F65.8) OtrosTs de preferencia sexual
(F66)Ts psicológicos y de comportamiento asociados con el
desarrollo y la orientación sexual
(F66.0)T de maduración sexual
(F66.1) Orientación sexual ego-distónica
(F66.2)T relacional sexual
(F66.8) OtrosTs de la pulsión
(F66.9)Ts de la pulsión, sin especificar
(F68) OtrosTs de la personalidad y el C en adultos
(F68.0) Elaboración de síntomas físicos por razones psicológicas
(F68.1) Producción intencionada o ficción de síntomas o
incapacidades, físicas o psicológicas
(F68.8) OtrosTs específicos de personalidad o comportamiento
en adultos
(F69)Ts de la personalidad y el C en adultos sin especificar
(F70-79) Retraso mental
 
(F70) Retraso mental leve
(F71) Retraso mental moderado
(F72) Retraso mental severo
(F73) Retraso mental profundo
(F78) Otros retrasos mentales
(F79) Retrasos mentales sin especificar
(F80-89)Ts del desarrollo psicológico
 
(F80)Ts específicos del lenguaje y del habla
(F80.0)T específico de la articulación del habla
(F80.1)T expresivo del lenguaje
(F80.2)T receptivo del lenguaje
(F80.3) Afasia adquirida con epilepsia (Landau-Kleffner)
(F80.8) OtrosTs del desarrollo del lenguaje y el habla
(F80.9)Ts del desarrollo del lenguaje y el habla sin especificar
(F81)Ts de desarrollo específicos de habilidades académicas
(F81.0)T específico de la lectura
(F81.1) Agrafía
(F81.2)Ts específicos de habilidades aritméticas
(F81.3)Ts mixtos de habilidades escolares
(F81.8) Otros desórdenes del desarrollo de habilidades escolares
(F81.9)T de desarrollo de habilidades escolares sin especificar
(F82)Ts de desarrollo específicos de funciones motoras
(F83)Ts de desarrollo específicos mixtos
(F84)T generalizado del desarrollo
(F84.0) Autismo en la niñez
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movimientos estereotipados
(F84.5) Síndrome de Asperger
(F88) OtrosTs del desarrollo psicológico
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(F90-F98)Ts del comportamiento y de las emociones de
comienzo habitual en la infancia y adolescencia
 
(F90)Ts hiperquinéticos
(F90.0)T de la actividad y la atención
(F90.1)T hiperquinético de la conducta
(F91)Ts de conducta
(F91.0)T de conducta confinado al entorno familiar
(F91.1)T de conducta dessocializado
(F91.2)T de conducta socializado
(F91.3)T negativista desafiante
(F92)Ts mixtos de conducta y emociones
(F92.0)Ts de conducta depresivos
(F93)Ts emocionales específicos en el comienzo de la niñez
(F93.0)T de ansiedad por separación de la niñez
(F93.1)T de ansiedad fóbica de la niñez
(F93.2)T de ansiedad social de la niñez
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(F94)Ts de funciones sociales específicos del comienzo de la niñez
y la adolescencia
(F94.0) Mutismo selectivo
(F94.1)T del vinculo reactivo de la niñez
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(F95)Tics
(F95.0)Tic transitorio
(F95.1)Tic crónico motor o vocal
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(F98) OtrosTs emocionales y de comportamiento iniciados
normalmente en la niñez y en la adolescencia
(F98.0) Enuresis nocturna
(F98.1) Encopresis
(F98.2)T de la alimentación de la infancia y la niñez
(F98.3) Pica de la infancia y la niñez
(F98.4)Ts del movimiento estereotipados
(F98.5)Tartamudez
(F98.6) Desorden lingüitico
[editar] (F99)Ts mentales sin especificar
 
(F99)T mental no especificado
en otra parte
As DSM e a CID 10, marcadas
pelo radicalismo positivista
(empiricista e fenomenista)
pretendem-se ateóricas.
Pilares originais que as
invalidam. Mas como utilitárias,
valem por sua utilidade.
Para quê e para quem?
Para quem são úteis os
diagnósticos nosográficos e
sua classificação utilitária ?
Aos seguros saúde e médicos
mais interessados na
fidedignidade que na validade
dos diagnósticos.
À indústria farmacêutica que
cria disorders, como se fossem
doenças, para seus
medicamentos.
(Distimia, fibromialgia, jogo
patológico, etc), como se
fossem doenças.
Aos que pretendem que o
diagnóstico psiquiátrico seja
procedimento tão fácil (uma
aferição elementar de sintomas
e síndromes) que qualquer um
possa fazer.
As classificações de
enfermidades podem ser:
Homogêneas ou Hetereogêneas
e
Naturais ou Artificiais
(utilitárias).
Mas as classificações
científicas têm que ser:
Homogêneas e
Naturais.
ObrigadoA propriedade essencial de
uma doença é sua
etiopatogenia, dado que
possibilita a classificacão
científica de doenças, como
fizeram Linneu e Leontiev com
a Biologia e a Química.
Esquema Diagnóstico de
José Otávio de Freitas Jr,
“Qui bene diagnoscit bene curat”.
Prescrever é prática inerente ao raciocínio clínico
aprendido, desenvolvido e treinado nas faculdades
de medicina. Sem isto, a prescrição será temeraria-
mente limitada a sintomas, com os graves erros
que isso provoca, consequências e acidentes que
isto traz.
O conhecimento da fisiopatologia, o
raciocínio fisiopatológico, etiológico e
terapêutico, são alguns dos elementos
que, consolidados pelo estudo e
treinamento da clínica, além de avalizados
pela experiência conscienciosa que
caracterizam o ato médico de
diagnosticar.
Fernando Portela
O diagnóstico de José Otávio de
Freitas Jr. é um programa de
diagnóstico nosológico misto,
dimensional e categorial, multiaxial,
disposto em quatro ordens
superpostas, em cada uma das
quais se elabora uma rubrica
diagnóstica.
O diagnóstico final sintetiza os
anteriores. Os planos diagnósticos são:
síndromes, constituição, disposições,
classe nosológica e fatores etiológicos
predominantes. Estes elementos
conformam um esquema pronto para
ser informatizado em um prontuário
eletrônico.
Quando se comparar capítulo ao
original, há de se constatar que
este autor tomou a liberdade de
fazer alguma pequenas mudanças,
com a esperança que, hoje, José
Otávio haveria de concordar com
elas.
1. Diagnóstico Sindrômico
Sintetiza o quadro clínico atual do
paciente, através da descrição dos
sintomas e das síndromes clínicas que
apresente. Importa ressaltar seu
caráter descritivo amplo e a
importância de evitar, a todo custo,
qualquer preconceito
monossindrômico.
Devem ser diagnosticadas tantas
síndromes quantas forem
observadas diretamente,
resultarem de informações do
paciente ou de terceiros, ou que
surgirem de exames
complementares biológicos ou
psicológicos.
Síndromes
Deficiência global/e específicas
Disestesia,
Dismnésia,
Discinesia/Dispraxia,
Distímia/Hipertimia/
Euforia/Hipotimia/Disforia,
Hiper/Hipoemotividade,
Distiimia interpessoal,
Asteenia/Esteenia,
Ansiedade/Angústia,
Fobia/Intimoraticidade,
Hipondria,
Anancastisia/Ruminação,
Paranóide/Referencial,
Derreismos/Delusões,
Hipobulia/Apatia, Hiperbulia impulsiva,
Disgripnia/Disorexia,
Parafília/Disgenital,
Disproseexia,
Inibição/Desinibição
Conversão/Dissociação,
Dissolução da consciência/Coma
Devem ser diagnosticadas tantas
síndromes quantas forem observadas
diretamente, resultarem de
informações do paciente ou de
terceiros, ou que surgirem de exames
complementares biológicos ou
psicológicos.
Pode-se fazer um gráfico do curso da doença.
2. Diagnóstico Constitucional
Definição do biótipo e de outros
elementos constitucionais como
infantilismo, traços acromegalóides,
biotipos displásicos, dissimetria facial e
outros elementos indicadores de
constituição corporal patogênica (como
a dissimetria corporal por tensão
muscular prolongada), últimos artelhos
atrofiados ou deformados.
3. Diagnóstico de Componentes e
Elementos Disposicionais
Avaliação dos elementos etiológicos
conhecidos ou presumidos.Trata-ses de
assimilar condições objetivamente definidas
de reconhecido valor como fator
desencadeante, patogênico, ou patoplástico
em relação ao estado psicopatológico.
Entre outros possíveis são:
a) disposição psicótica em
parentes da mesma linhagem
(pais, avós, tios, irmãos);
a) disposição psicótica em outros
parentes;
a) disposição neuropática nos pais,
irmãos, tios, avós;
d)  disposição esquizopática;
e)  disposição ictafim;
f)  disposição cíclico-timopática;
g)  distonias neurovegetativas e alergias;
h)  dismorfias, malformações;
i)  afecção somática aguda;
j)  afecção somática crônica;
l) distonia endócrino-humoral;
m) condição puberal;
n)  condição involutiva-senil;
o)  sinais neurológicos anormais;
p)  doença neurológica definida;
q)  imaturidade (coartativa ou expansiva);
r)  sugestionabilidade.
s)  trauma psíquico;
t)  condição conflitiva.
u)  práticas paragenitais/abstinência/
v)  religiosidade primitiva
x) ocorrência prévia.
4. Diagnóstico da(s) Categoria(s)
Etiopatogênica(s) Predominante(s)
Resultante da ponderação dos fatores
etiológicos (genético-constitucionais,
encefálicos, somáticos, sóciopsicogênicos
(atuais e pretéritos), estimando-se o(s)
que for(em) predominante(s).
Não esquecer que os antecedentes familiares
e pessoais fisiológicos e patológicos podem
ser muito valiosos nesse momento.
A definição deste diagnóstico pode ser:
I – enfermidade sóciopsicógena
(aguda, subaguda ou crônica);
II – enfermidade somatógena que inclui a
endotóxica (aguda ou crônica);
III – enfermidade encefalógena
(aguda ou crônica);
IV – enfermidade exotóxica (aguda ou
crônica, acidental ou intencional);
IV – enfermidade endógena
(aguda ou crônica);
V—enfermidade não-classificável
(aguda ou crônica).
Também aqui, há que evitar o preconceito
da doença única.
msaluiz@gmail.com
Obrigado,
até a próxima
vez.

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Cópia de h o diag psiq ontem, hoje e amanhã ago 17

  • 1. Filosofia, Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr. Filosofia s
  • 2. I Jornada de Campo-grandense de Psiquiaria - 2017 O diagnóstico psiquiátrico ontem, hoje e amanhã. Luiz Salvador de Mirada Sá Jr
  • 3. Há que se fazer uma síntese da origem e do começo da enfermidade de tal sorte que, mediante diversas entrevistas e exames minuciosos, possa-se reconhecer as concor- dâncias dos sintomas entre si e, logo depois, identificar as discordâncias nas concordâncias e, por fim, descobrir novas concordâncias entre as discordâncias, até que, das discordâncias todas, reste apenas uma única concordância: tal é o método (para diagnosticar). Hipócrates, de Cós
  • 4. A medicina é a profissão humanitária de base científica, cujos agentes – os médicos - incumbem-se privativamente do diagnóstico das enfermidades e do tratamento dos enfermos.Ademais, como atividades que podem ser com- partilhadas com outros profissionais de saúde, nos termos da lei, participam das atividades de profilaxia e de reabilitação.
  • 5. O diagnóstico médico pode ser feito com 3 graus de complexidade; o mais simples é o do sintoma, o grau seguinte é o da síndrome e o mais complexo é o da doença.
  • 6. O Diagnóstico de sintomas e de síndromes é o diagnóstico descritivo da aparência do doente ou NOSOGRÁFICO e o diagnóstico da essência das doenças é o diagnóstico explicativo ou NOSOLÓGICO que indica sua propriedade essencial.
  • 7. Na Medicina, diagnosticar nosologicamente é reconhecer uma doença em uma pessoa através de seus sintomas, antecedentes, exames e outras características clínicas ou laboratoriais.
  • 8. O diagnóstico nosológico em Medicina tem importância fundamental porque influi praticamente em todos os procedimentos médicos decorrem dele. Principalmente a terapêutica. Doente mal diagnosticado é doente mal tratado.
  • 9. Os diagnósticos nosográficos não devem ser usados na psiquiatria forense porque não permitem prognósticos, que é essencial nos diagnósticos forenses, mesmo que isso não seja claramente explicitado.
  • 10. Há duas maneiras de diagosticar em psiquiatria: a) um exercício mnêmico com o qual se reconhecem os sintomas e as síndromes; e b) O uso do raciocínio médico, com o qual se diagnosticam doenças por sua propriedade essencial.
  • 11. E quando não se conhece a etiologia e a patogenia do estado mórbido ? Elaboram-se hipóteses que, ao serem testadas, e estabelecem uma linha de pesquisa que permitem conclusões.
  • 12. Princípios Fundamentais da Semiologia Psiquiátrica: a) Os mesmos sintomas e síndromes podem ocorrer em enfermidades diferentes; b) Uma mesma enfermidade pode se manifestar por diferentes sintomas e síndromes.
  • 13. Aos quais deve-se acrescentar: não há sintomas nem síndromes patognomônicos nas doenças psiquiátricas.
  • 14. Disorders ou Transtornos São sintomas ou síndromes com que os autores das DSMs e da CID 10 diagnosticam em psiquiatria e chamam diagnósticos operacionais.
  • 15. Uma definição operacional, contudo, decorre do uso de algum sistema de medida que permita operar um procedimento qualquer de quantificação no curso de uma investigação científica de um objeto, de modo a dar precisão à sua medida como instrumento de sua descrição.
  • 16. Para Bunge e Mahler (em Biofilosofia) definição operacional significa caracterizar um conceito por meio das operações realizadas para aferi-lo. Operacionalismo é definido como a filosofia pragmática da ciência que prescreve que os construtos (ou objetos conceituais) sejam introduzidos por procedimentos laboratoriais. O que também não há nos transtornos.
  • 17. Há quem confunda definição operacional com definição convencionada. Stengel (em Classification of Mental Disorders, de 1959) afirma, sem explicar porquê, que Hempel, considerando a dificuldade de estabelecer conceitos cientificamente aceitáveis para os diagnósticos psiquiátricos, objetivamente verificáveis, teria sugerido a construção de definições operacionais com descrições clínicas e instruções precisas para diagnosticar, dando novo significado a estas definições.
  • 18. Um componente operativo do momento descritivo do seu conhecimento. Não há isso no Capítulo F da CID 10 e são fingidas as descrições operacionais na CID, pois não são operacionais, mas convencionadas. No seu Dicionário de Filosofia, Ferrater Mora afirma que o próprio Hempel criticara seu abuso pelos neopositivistas (autores que imperam na CID-10 e nos DSMs), na medida em que isso configuraria o reducionismo operacionalista, com todas as possibilidades de erro e manipulação que este reducionismo possibilita.
  • 19. Disorder (transtorno) é um dignóstico nosográfico, refere-e à aparência dos doentes. Mas quando se menciona, parece doença. Quando se diz transtorno depressivo entende-se como doença depressiva. Há quem os julgue sinônimos.
  • 20. Os diagnósticos nosográficos não devem ser usados na psiquiatria forense porque não permitem prognósticos, que é essencial nos diagnósticos forenses, mesmo que isso não seja claramente explicitado.
  • 21. Um diagnóstico médico deve ser um conceito científico e legal.
  • 23. A legalidade de exercício da Medicina é dada pela Lei 12.242, de 13 de julho de 2013, que dispõe sobre o exercício da Medicina no Brasil, em seu Art 4o. parágrafo 1o, determina que a prerrogativa do médico para diagnosticar é o Diagnóstico Nosológico.
  • 24. As classificações de enfermidades podem ser: Homogêneas ou Hetereogêneas e Naturais ou Artificiais (utilitárias).
  • 25. Mas as classificações científicas têm que ser: Homogêneas e Naturais. E as artificiais são utilitárias
  • 26. ObrigadoA propriedade essencial de uma doença é sua etiopatogenia, dado que possibilita a classificacão científica de doenças, como fizeram Linneu e Leontiev na Biologia e na Química.
  • 28. Primeiro momento do diagnóstico As enfermidades (doenças) eram chamadas por suas denominações populares e sua causa era geralmente atribuída a influências mágico- sobrenaturais.
  • 29. Diagnosticar aí era interpretar a potência sobrenatural responsável à luz de um dogma mágico. Reconhecer o feitiço causador do malefício ou outra providência análoga. O que representa a fase fundamental de todo ato médico-mágico: a afirmação do caráter mágico da enfermidade, até dos acidentes traumáticos.
  • 30. Segundo momento do diagnóstico Na Grécia do séculoV a. C. surgiu uma concepção natural e racional presidida pela noção de physis, (natureza) orientada por uma teoria lógica decorrente da observação possível.
  • 31. Diagnósticos Greco-Romanos 1 Frenite (delírio agudo febril), Mania (furor), Melancolia (tristeza), Epilepsia, Asthenéia (fraqueza), Moria (loucura), Phobia (medo), Seleniasmus (lunaticidade), Histeria,Vesânia (doença mental geral e crônica), Delirium (confusão mental). >>>
  • 32. Diagnósticos Greco-Romanos 2 Aegritude (sofrimento),Alienar (transferir algo para outrem, tornar-se diferente), Alienatus (perdido),Vercors (insensato), Debilitas, Imbecillitas, (fraqueza), Delirare (delirar), Dementia (locura) Mentecaptus, privado da razão),Vesania (loucura crônica), Stultitia (idiotice, tolice).
  • 33. Terceiro momento do diagnóstico No séculoV com a queda do Império Romano do Ocidente, o domínio da Europa pelos bárbaros e o poder desmesurado atribuído à religião fez com que o conhecimento científico regredisse e estagnasse por dez séculos.
  • 34. Santo Agostinho: “Todas as enfermidades dos cristãos devem ser atribuídas aos demônios. Os demônios atormentam de modo especial os recém-batizados; sim, até os bebês recém-nascidos, inteiramente sem culpa”.>>>
  • 35. Os signos do zodíaco e divindades pagãs, que explicavam as doenças e outros malefícios, foram substituídos por santos: São Bernardo (pulmões), Santa Apolônia (dentes), São Lourenço (as costas), São Braz (garganta), Santa Ágata (mamas), Santo Erasmo (abdome) e São Justo (cabeça). >>>>
  • 36. Santa Luzia (olhos), N S da Cabeça (cefaléias e outras enfermidades do crânio e psiquiátricas), N S do Oh (do parto ou da expectação). “Dança de São Vito” Coréia), na Idade Média, o Ergotismo era chamado “Fogo de Santo Antônio”. >>>>
  • 37. A Inquisição dominava absoluta sobre todas as instituições e numerosos médicos e enfermos foram torturados e queimados por heresia, feitiçaria ou outro pretexto.
  • 38. No Islã, entre o nono e o décimo século, Ishak Ibn Imras publicou o Tratado da Melancolia e Ahmed Ibn Aljazar escreveu o capítulo sobre a Doença do Amor. >>>
  • 39. Os maiores mestres da medicina islâmica foram Avicena (980-1037), Averróes (1126-1198), médicos professores de medicina, e Maimônides (1135-1204), médico e rabino judeu que viveu no Islã.
  • 40. Avicena iniciou a restauração técnica e social da medicina hipocrática (inclusive, a reabilitação da cirurgia), enquanto Maimônides restaurou o pilares éticos da medicina antiga. Os médicos árabes ou arabizados medievais sustentavam uma concepção de psicose per- feitamente aceitável. Diferenciavam os quadros confusionais dos delírios lúcidos, mas pouco avançaram além dos greco-latinos.
  • 41. Quarto momento do diagnóstico O Renascimento e o Iluminismo.
  • 42. A restauração das artes, ciência e técnica nos séculos XIV a XVI assinalou o Renascimento e assinalou o início da Idade Moderna no ocidente com a incorporação do elementos culturais greco-romanos que haviam sido reavidos e desenvolvidos pelos árabes. Leonardo daVinci, multigênio, é seu símbolo mais importante. Na Medicina, Paracelso (1490-1591) e Ambroise Paré (1517-1590).
  • 43. Paracelso no livro Sobre as Doenças que Privam da Razão, expõe sua concepção naturalista da enfermidade psiquiátrica. Propõe a seguinte nosografia psiquiátrica: mania, melancolia e (ou frenesia), epilepsia, “loucura verdadeira” (subdividida em lunáticos, insanos, melancólicos e obsessivos), dança de SãoVito e “suffocatio intelectus” (misto de histeria e epilepsia).
  • 44. Paré estudou as manifestações fisiológicas das emoções, a influência da sugestão e descreveu manifestações psiquiátricas da sífilis e da hanseníase; estabeleceu um diagnóstico diferencial entre a simulação e endemoniamento. Comprovou que a higiene das feridas era melhor que a cauterização. Foi o maior responsável pela reabilitação da cirurgia, atividade que não desfrutava prestígio social, sendo reservada aos barbeiros sangradores.
  • 45. Zachias (1584-1659) chama as enfermidades mentais de amência e a divide em 3 grupos: 1. fatuitas (atraso do desenvolvimento mental, com três graus – ignorância, a fatuitas propriamente dita e a soliditas); 2. frenites, delírio por inflamação primitiva do cérebro; e 3. insânia (delírios sem febre, incluindo as formas de insânia primária – mania, melancolia, estados de êxtase, de licantropia, de entusiasmo, demoníacos, e insânia secundária – complicações da epilepsia, apoplexia).
  • 46. Os antigos denominavam “psicologia” ao estudo das subjetividade.A mais antiga exposição sistemática sobre os fenômenos psíquicos se deve a Aristóteles (384 - 322 a.C.), no livro “Sobre a Alma”. Cassmann em1554 publica Psicologia Antropológica. Melanchton, em 1550, e outros empregam o termo de passagem, ainda com o sentido de estudo da alma, como Christian Wolff, em 1532 e 1534. Como estudo sistemático da consciência e da conduta, pela primeira vez, deve-se a Rodolph Goeckel em Psicologia (1590). Kant usou psicologia, com igual significado, no final do século XVIII. Daí, seu emprego se generalizou.
  • 47. Offrai De La Metrie (1709-1751) escreveu o primeiro tratado materialista sobre o psiquismo, chamado L’Histoire de l’âme. No próximo momento, na França, em vez de alma, usar-se-á o moral com o sentido de subjetividade. Messmer
  • 48. Thomas Willis (1622-1675) estuda a patologia encefálica e a fisiologia nervosa; os diagnósticos de Cefalgia, Epilepsia e patologias do desenvolvimento intelectual. Lida com os diagnósticos de Estupidez, Morosidade, Hebetude do espírito, Histeria, Hipocondria, Demência, Mania e Melancolia, que divide em geral e parcial. Denomina Estupidez ao embotamento afetivo da esquizofrenia. Entusiasmo se refere a um quadro clínico vizinha à paixão e à mania (e próximo à histeria), acompanhado do desejo de pular, dançar, correr. Chama de Consumpção Mental à anorexia nervosa.
  • 49. Boissier de Sauvages (1706-1767) A - extravios devidos a uma causa exterior ao cérebro, as alucinações (vertigens, alucinações – berlue -, hipocondria, diplopia, tinitus, sonambulismo). B - morosidades (desejos ou impulsos depravados, como pica, bulimia, polidipsia; antipatia - com sentido de provocador de repulsa, nostalgia, terror - pânico, satiríase, furor uterino, tarântia, raiva). C - delírios ou erros de juízo provocados anatomi- camente por uma lesão cerebral das fibras e moralmente por uma falência da vontade (transportes – entusiasmo, êxtase, arrebatamento -, demência, mania melancolia, demomania). D - delírio anormal, esquecimento e insônia.
  • 50. Boissier de Sauvages distingue 14 formas de melancolia, noção que agrupa os delírios pelo tema delirante. – melancolia triste: melancolia ordinária, melancolia religiosa, melancolia erótica, melancolia da imaginação, melancolia extravagante (com idéias de grandeza), melancolia atônita (com torpor), melancolia vagabunda (com errância), melancolia dançante (epidêmica), melancolia hipantrópica (transformação em cavalo), melancolia dos citas (que se julgavam transformados em mulheres), melancolia inglesa (spleen, tédio, desgosto com a existência), melancolia com zoantropia (como Nabucodonozor, que se julgava transformado em lobo), melancolia de entusiasmo (inspirados), melancolia de preocupação.
  • 51. Cullen (1712-1792) - médico escocês - se notabilizou pela contribuição aos alicerces da psiquiatria, não só à nosologia e nosografia, mas aos procedimentos assistenciais e à humanização do atendimento aos doentes mentais. Dividia as doenças ou Genera morborum em febrígenas, caquéticas, locais.Também criou o termo neurose (ou nevrose) para designar o conjunto das doenças nervosas: a) comas (comata) ou perda dos movimentos voluntários: apoplexia (c. geral), paralisia (c. parcial), b) adinamias (fraquezas das forças naturais): síncopes, dispepsias, hipocondria e clorose; >>>>
  • 52. c) afecções espasmódicas: espasmos das funções animais (tétano, epilepsia, dança de S.Vito); espasmos das funções vitais (palpitações, dispnéia, asma, coqueluche); espasmos das funções naturais (pirose, cólica, cólera-morbus), diarréia, diabetes (na verdade poliúria), histeria, raiva; d) vesânias (afecções que comportam um juízo falso afetando o entendimento). Não inclui as alucinações ou as morbidades (desordem das paixões) entre as vesânias por considerá-las doenças locais. Descreve o delírio parcial e estabelece limites e correlações mais precisas entre mania e melancolia.
  • 53. Quinto momento do diagnóstico O Século XIX e suas Revoluções durou até a Segunda Guerra Mundial
  • 54. Até o século XVIII, o diagnóstico psiquiátrico limitava-se a consagrar as designações populares dos fenômenos psicopatológicos ou seus sintomas. O que acentuava sua inferioridade frente à nomenclatura científica praticada no restante da medicina e nas ciências fáticas. Seus diagnósticos limitavam-se a uma descrição da condição patológica.
  • 55. No plano político, com a transformação simbolizada pela queda da Bastilha, em 1789, marco da Revolução Francesa, deu-se a instalação do estado republicano e popular na França, um dos países mais importantes do mundo, derrubando os ídolos, os nobres e os costumes antigos. Tal revolução abriu caminho a formas novas de interação humana, assentados na ciência e na sociedade.
  • 56. A obra de Newton foi marco e símbolo da revolução científica que inaugurou a ciência moderna e assinalou a idéia da ordem na natureza como característica da atividade científica no século XVIII. A descoberta de que os fenômenos da natureza estavam submetidos a uma ordem natural estimulou a busca das leis naturais em todos os campos.
  • 57. Condilac, Cabanis. Claude Bernard, Halley, Newton, Malpighi, Harvey, Lavoisier e Linneu eram os modelos de comportamento científico.A classificação biológica de Linneu era o modelo das ciências naturais e se impusera como paradigma de construção científica através do estudo da natureza. Philippe Pinel (1755-1826) foi o psiquiatra que representou esse momento revolucionário na teoria e na prática de sua especialidade.
  • 58. Classificação de Pinel As classes I, II, III eV representam as febres, as flegmasias, as hemorragias e as lesões orgânicas. Classe IV – Nevroses ou neuroses Ordem 1 – Nevroses dos sentidos (ouvidos, vista). Ordem 2 – Nevroses das funções cerebrais Subordem 1. Comas Gêneros: apoplexia, catalepsia, epilepsia. Subordem 2.Vesânias Gêneros: hipocondria, melancolia, mania, demência, idiotismo, sonambulismo, hidrofobia.
  • 59. Ordem 3 – Nevroses da locomoção e da voz Subordem 1. Nevroses da locomoção Gêneros: nevralgia, tétano, convulsões, dança de S. Vito, paralisia. Subordem 2. Nevroses da voz Gêneros: voz convulsiva, afonia. Ordem 4 – Nevroses das funções nutritivas Subordem 1. Nevroses da digestão Gêneros: espasmos do esôfago, cardialgia, pirose, vômitos, dispepsia, bulimia, pica, cólica, cólica saturnina, íleo.
  • 60. Subordem 2. Nevroses da respiração Gêneros: asma, coqueluche, asfixia. Subordem 3. Nevroses da circulação Gêneros: palpitações, síncope. Ordem 5 – Nevroses da geração Subordem 1. Nevroses genitais do homem Gêneros: anafrodisia, satiríase, priapismo. Subordem 2. Nevroses genitais da mulher Gêneros: ninfomania, histeria.
  • 61. • Crescimento da organogênese Bayle (1799-1858) descreve a paralisia geral em 1822, tida como estado terminal das vesânias, como inflamação das meninges. Assim, estimula a possibilidade do diagnós- tico psiquiátrico etiológico e anatômico, que é o escopo do modelo somaticista. Sua opinião foi recusada por mais de vinte anos. Só depois de compatíveis com o novo paradigma, passaram a influir na psiquiatria.
  • 62. Emergência da Psicogênese Charcot, Pierre Janet e, sobretudo, Freud foram os grandes responsáveis pela divulgação dessa vertente psicopatológica. Passou a concorrer com a organogênese entre os autores do pensamento e da prática da psiquiatria.
  • 63. Emil Kaepelin (1856-1926) publicou em 1883 a 1ª. Edição de sua nosotaxia: Estados depressivos: melancolia simples e delirante. Estados crepusculares: estados de sono patológico (hipnose, sonambulismo, embriaguez comatosa); estados crepusculares histéricos e epiléticos; estupor e êxtase; demência aguda. Estados de excitação: melancolia agitada; mania; estados de excitação dos delírios (febril e alcoólico).
  • 64. Psicose Periódica: mania periódica; melancolia periódica; loucura circular. Delírio sistematizado primário. Demência Paralítica. Estados de Fraqueza Psíquica: anomalias evolutivas (idiotia, imbecilidade, debilidade mental e inversão sexual); Loucura Moral e delírio querelante; Estado Neurastênico (obsessões); Estados de Fraqueza Psíquica Secundária.
  • 65. 13ª. Edição da Classificação de Kraepelin 1.Alterações Mentais nosTraumatismos Cranianos 2.Alterações Psíquicas em outras encefalopatias orgânicas. 3,Alterações Mentais nas Intoxicações: exógenas e endógenas 4.Alterações Mentais nas Doenças Infecciosas 5. Sífilis 6. Processos arterioescleróticos e da Involução 7. Epilepsia Genuína >>>> .
  • 66. 8. Esquizofrenia   9. Psicoses Maníaco-Depressivas 10. Psicopatias 11. Reações Psicógenas (inclui as reações histéricas) 12. Paranóia 13. Oligofrenias Uma ordenação baseada da etiologia, na evolução e no prognóstico.
  • 67. S. Freud (1856 – 1936) A nosotaxia psicógena freudiana categoriza as condições clínicas psicopatológicas em três grupos: psicoses, neuroses e perversões diferenciadas a partir de mecanismos psicógenos hipotéticos. Diferenciava-se as psicoses das neuroses, porque estas seriam mais analisáveis que aquelas. Freud classificava as Neuroses em: Psiconeuroses (histeria de conversão, histeria de angústia e estados obsessivos, originados em complexos inconscientes reprimidos, em geral, de índole sexual).
  • 68. Neurose actual (verdadeira): neurastenia (resultante de excesso sexual, como onanismo exagerado ou coito interrompido), a histeria de angústia ou fobia (resultado da acumulação de uma estimulação sexual) e a neurose obsessiva; Neurose Traumática (devida a um choque que se faz reproduzir periodicamente no doente a situação que provocou a doença); Mais tarde, surgiu a neurose narcísica (manifestada na incapacidade de transferência).
  • 69. Neurose de Caráter (na qual os “sintomas” neuróticos são traços de caráter); Neurose de órgão (afecção psicossomática); Neurose infantil; Neurose de transferência (deslocamento de cargas afetivas remotas para o analista, no curso do processo psicoanalítico), o que se confunde com as psiconeuroses.
  • 70. Kurt Schneider (1887-1967) e Kloos apresentam a seguinte classificação: 1. Doenças Endógenas (esquizofrenia, psicose maníaco-deressiva, epilepsia); 2. Doenças Exógenas (orgânico-cerebrais, sintomáticas, exointoxicações); 3, Doenças Psicógenas (reações e desenvolvimentos psíquicos anormais); 4. Disposições Psíquicas Anormais ou personalidades psicopáticas: os neuropatas (sofrem) e sociopatas (fazem sofrer); 5. Estados Deficitários.
  • 71. CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DAS DOENÇAS MENTAIS, 1948. I - Psicoses por Infecções e por Infestações 1A - Desordens Agudas 2A - Estados Mentais Consecutivos II - Psicoses Devidas à Sífilis 2A - Paralisia Geral 2B - Outras Formas
  • 72. III - Psicoses Exotóxicas 3A - Alcoolismo 3B -Toxicomanias 3C - Profissionais 3D – Acidentais IV - Psicoses Endotóxicas 4A - Por Desvios FuncionaisViscerais 4B - Por Desvios do Metabolismo 4C - Por Desvios do Endocrinismo 4D - Outras Formas
  • 73. V - Psicoses por Lesões Cerebrais 5A - Demência Senil 5B - Arterio-esclerose Cerebral 5C -Traumatismo Craniano 5D - No Curso deTumores Intra-Cranianos 5E - Outras Forma (Doença de Alzheimer, de Pick, Coréia de Huntington, etc.) VI - Oligofrenias 6A - Debilidade Mental 6B - Imbecilidade 6C – Idiotia
  • 74. VII - Epilepsia 7A - Psicose Epiléptica 7B Outras Formas VIII - Esquizofrenia 8A - Formas Simples, Hebefrênica e Catatônica 8B - Formas Paranóides e Parafrênicas 8C – Paranóia IX - Psicoses Maníaco-Depressivas 9A - Formas Maníacas 9B - Formas Melancólicas 9C - Formas Mistas 9D - Outras Formas (Marginais, etc.)
  • 75. X - Psicoses Mistas e Associadas XI - Psicoses Psicogênicas (Psicoses de situação, reação e desenvolvimentos psicopatológicos) XII - Neuroses 12A - Estados Histéricos de Conversão 12B - Estados Ansiosos 12C - Estados Fóbicos 12D - Estados Compulsivos 12E - Estados Neurastênicos 12F - Organo-neuroses 12G - NeuroseTraumática
  • 76. XIII - Personalidades Psicopáticas 0 - Estados Mentais Não Classificados 0A - Em Observação 0B - Por Falta de Elementos Diagnósticos 00 - Sem Perturbações Mentais ____________________________ Fonte: Serviço Nacional de Doenças Mentais, 1949
  • 77. Note-se que essas últimas classificações, entre outras, começam a sintetizar as organogênicas, como a de Kraepelin e psicogênicas, como a de Freud. Tendência abortada pela volta ao modelo descritivo pré kraepeliano.
  • 78. Sexto momento do diagnóstico • Século XX só teve início depois da Segunda Guerra. Foi o século da Guerra Fria entre duas grandes potências imperialistas e suas implicações econômicas, políticas, culturais e científicas. A CID – 10 (e os DSMs)
  • 79. 1 (F00-F09)T mentales orgánicos y sintomáticos 2 (F10-F19)T mentales y de comportamiento debidos al consumo de psicotrópicos 3 (F20-29) Esquizofrenia,T esquizotípico y delirantes 4 (F30-39)T del humor (afectivos) 5 (F40-49)T neuróticos, secundarios a situaciones estresantes y somatomorfos 6 (F50-59)T del comportamiento asociados a disfunciones fisiológicas y a factores somáticos 7 (F60-69)T de la personalidad y del comportamiento del adulto 8 (F70-79) Retraso mental 9 (F80-89)T del desarrollo psicológico 10 (F90-F98)T del comportamiento y de las emociones de comienzo habitual en la infancia y adolescencia 11 (F99)T mentales sin especificar.
  • 80. (F01.1) Demencia multi-infartica (F02) Demencia en otras enfermedades clasificadas (F02.0) Demencia en la enfermedad de Pick (F02.1) Demencia en la enfermedad de Creutzfeldt-Jakob (F02.2) Demencia en la enfermedad de Huntington (F02.3) Demencia en la enfermedad de Parkinson (F02.4) Demencia en elVIH (F03) Demencia sin especificar (F04) Síndrome amnésico orgánico, no inducido por alcohol y otros psicotrópicos (F05) Delírium, no inducido por alcohol y otros psicotrópicos (F06) OtrosT mentales debidos a daños neuronales, disfunciones y enfermedades físicas (F07)T de personalidad y comportamiento debido a enfermedades neuronales, daños y disfunciones (F09)T mentales orgánicos o sintomáticos sin especificar.
  • 81. (F10-F19)T mentales y de comportamiento debidos al consumo de psicotrópicos Nota: las siguientes condiciones son subtipos de cada código en el intervalo F10-19: (F1x.0) Intoxicación aguda (F1x.1) Uso perjudicial (F1x.2) Síndrome de dependencia (F1x.3) Síndrome de abstinencia (F1x.4) síndrome de abstinencia con delirium (F1x.5)T psicótico (F1x.6)T Amnésico (F1x.7)T psicótico (F1x.8) OtroT mental do del comportamiento. (F1x.9)T mental o del comportamiento no especificado. (F10)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de alcohol.
  • 82. (F11)T M y de comportamiento debidos a la consumición de opioides (F12)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de cannabinoides (F13)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de sedantes o hipnóticos (F14)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de cocaina (F15)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de otros estimulantes, incluyendo la cafeína (F16)T mentales y de C debidos a la consumición de alucinógenos (F17)T mentales y de C debidos a la consumición de tabaco (F18)T mentales y de comportamiento debidos a la consumición de disolventes volátiles (F19)T M y de comportamiento debidos a la consumición de múltiples drogas y otros psicotrópicos
  • 83. (F20-29) Esquizofrenia,T esquizotípico yTs de ideas delirantes (F20) Esquizofrenia (F20.0) Esquizofrenia paranoide (F20.1) Esquizofrenia hebefrénica (F20.2) Esquizofrenia catatónica (F20.3) Esquizofrenia no diferenciada (F20.4) Depresión post-esquizofrénica (F20.5) Esquizofrenia residual (F20.6) Esquizofrenia simple (F20.8) Otras esquizofrenias (F20.9) Esquizofrenia sin especificar (F21)T esquizotípico (F22)T de ideas delirantes persistentes (F22.0)T de ideas delirantes (F23)Ts psicóticos agudos y transitorios (F23.0)T psicótico polimórfico agudo sin síntomas de esquizofrenia
  • 84. (F23.1)T psicótico polimórfico agudo con síntomas de esquizofrenia (F23.2)T psicótico agudo estilo esquizofrenia (F23.3) OtrosTs psicóticos agudos predominantemente delirantes (F23.8) OtrosTs psicóticos agudos y transitorios (F23.9)Ts psicóticos agudo y transitorios sin especificar (F24)T de ideas delirantes inducidas (F25)Ts esquizoafectivos (F25.0)T esquizoafectivo, tipo maníaco (F25.1)T esquizoafectivo, tipo depresivo (F25.2)T esquizoafectivo, tipo mixto (F25.8) OtrosTs esquizoafectivos (F25.9)T esquizoafectivo sin especificar (F28) OtrosTs psicóticos no orgánicos (F29) Psicósis no orgánica sin especificar
  • 85. (F30-39)Ts del humor (afectivos) (F30) Episodio maníaco (F30.0) Hipomanía (F31)T bipolar afectivo (F32) Episodio depresivo (F33)T depresivo recurrente (F34)Ts afectivos persistentes (F34.0) Ciclotimia (F34.1) Distimia (F38) OtrosTs afectivos (F39)T afectivo sin especificar
  • 86. (F40-49)Ts neuróticos, secundarios a situaciones estresantes y somatomorfos   (F40)Ts de ansiedad fóbicos (F40.0) Agorafobia (F41) OtrosTs de ansiedad (F41.0)T de pánico (anisiedad episódica paroxismal) (F41.1)T de ansiedad generalizada (F42)T obsesivo-compulsivo (F43) Reacción a stress severo y tastornos de adaptación (F43.0) Reacción al stress aguda (F43.1)T post-traumático del stress (F43.2)T de adaptación
  • 87. (F44)T de conversión disociativo (F44.0) Amnesia disociativa (F44.1) Fuga disociativa (F45)T somatomorfo (F45.0)T de somatización (F48) Otras neurosis (F48.0) Neurastenia
  • 88. (F50-59)Ts del comportamiento asociados a disfunciones fisiológicas y a factores somáticos   (F50)Ts alimentarios (F50.0) Anorexia nerviosa (F50.2) Bulimia nerviosa (F50.3) Bulimia nerviosa atípica (F50.4) Hiperfagia asociada a otrosTs psicológicos (F50.5)Vómitos asociados a otrosTs psicológicos (F50.8) OtrosTs de la conducta alimentaria (F50.9)Ts de la conducta alimentaria sin especificación (F51)Ts del sueño no-orgánicos (F51.0) Insomnio no-orgánico (F51.1) Hipersomnio no-orgánico (F51.2)T del reloj biológico no-orgánico
  • 89. (F51.3) Sonambulismo (F51.4)Terror nocturno (F51.5) Pesadillas (F52) Disfunción sexual, no causada porTs o enfermedades orgánicas (F52.4) Eyaculación precoz (F53)Ts M y de comp asociados con el puerperio no clasificados (F53.0)Ts mentales suaves y de comportamiento asociados con el puerperio no clasificados (F53.1)Ts mentales severos y de comportamiento asociados con el puerperio no clasificados (F54) Factores psicológicos y de comportamiento aspciados con los desórdenes o enfermedades clasificados (F55) Abuso de sustancias que no producen dependencia (F59) Síndromes de comportamiento sin especificar asociados con perturbaciones psicológicas y factores físicos
  • 90. (F60-69)Ts de la personalidad y del comportamiento del adulto   (F60)T de personalidad específico (F60.0)T paranoide de la personalidad (F60.1)T esquizoide de la personalidad (F60.2)T disocial de la personalidad (F60.3)T de inestabilidad emocional de la personalidad (F60.4)T histriónico de la personalidad (F60.5)T anancástico de la personalidad (F60.6)T ansioso o por evitación de la personalidad (F60.7)T dependiente de la personalidad (F60.8) OtrosTs de personalidad específicos (F60.9)T de personalidad, sin especificar (F61)Ts de personalidad mixtos y otros (F62) Cambios de personalidad duraderos, no atribuibles a enfermedades o daños cerebrales
  • 91. (F63)Ts impulsivos y de hábito (F63.0) Ludopatía patológica (F63.1) Piromanía patológica (F63.2) Cleptomanía patológica (F63.3)Tricotilomanía (F64)Ts de la identidad de género (F64.0)Transexualidad (F64.1)Travestismo (F64.2)T de identidad de género de la infancia (F65)Ts de orientación sexual (F65.0) Fetichismo (F65.1) Fetichismo travestista (F65.2) Exhibicionismo (F65.3)Voyeurismo (F65.4) Pedofilia (F65.5) Sadomasoquismo
  • 92. (F65.6) MúltiplesTs de preferencia sexual (F65.8) OtrosTs de preferencia sexual (F66)Ts psicológicos y de comportamiento asociados con el desarrollo y la orientación sexual (F66.0)T de maduración sexual (F66.1) Orientación sexual ego-distónica (F66.2)T relacional sexual (F66.8) OtrosTs de la pulsión (F66.9)Ts de la pulsión, sin especificar (F68) OtrosTs de la personalidad y el C en adultos (F68.0) Elaboración de síntomas físicos por razones psicológicas (F68.1) Producción intencionada o ficción de síntomas o incapacidades, físicas o psicológicas (F68.8) OtrosTs específicos de personalidad o comportamiento en adultos (F69)Ts de la personalidad y el C en adultos sin especificar
  • 93. (F70-79) Retraso mental   (F70) Retraso mental leve (F71) Retraso mental moderado (F72) Retraso mental severo (F73) Retraso mental profundo (F78) Otros retrasos mentales (F79) Retrasos mentales sin especificar
  • 94. (F80-89)Ts del desarrollo psicológico   (F80)Ts específicos del lenguaje y del habla (F80.0)T específico de la articulación del habla (F80.1)T expresivo del lenguaje (F80.2)T receptivo del lenguaje (F80.3) Afasia adquirida con epilepsia (Landau-Kleffner) (F80.8) OtrosTs del desarrollo del lenguaje y el habla (F80.9)Ts del desarrollo del lenguaje y el habla sin especificar (F81)Ts de desarrollo específicos de habilidades académicas (F81.0)T específico de la lectura (F81.1) Agrafía (F81.2)Ts específicos de habilidades aritméticas (F81.3)Ts mixtos de habilidades escolares (F81.8) Otros desórdenes del desarrollo de habilidades escolares (F81.9)T de desarrollo de habilidades escolares sin especificar
  • 95. (F82)Ts de desarrollo específicos de funciones motoras (F83)Ts de desarrollo específicos mixtos (F84)T generalizado del desarrollo (F84.0) Autismo en la niñez (F84.1) Autismo atipico (F84.2) Síndrome de Rett (F84.4)T asociado a hiperactividad con retraso mental y movimientos estereotipados (F84.5) Síndrome de Asperger (F88) OtrosTs del desarrollo psicológico (F89)Ts del desarrollo psicológico sin especificar
  • 96. (F90-F98)Ts del comportamiento y de las emociones de comienzo habitual en la infancia y adolescencia   (F90)Ts hiperquinéticos (F90.0)T de la actividad y la atención (F90.1)T hiperquinético de la conducta (F91)Ts de conducta (F91.0)T de conducta confinado al entorno familiar (F91.1)T de conducta dessocializado (F91.2)T de conducta socializado (F91.3)T negativista desafiante (F92)Ts mixtos de conducta y emociones (F92.0)Ts de conducta depresivos (F93)Ts emocionales específicos en el comienzo de la niñez (F93.0)T de ansiedad por separación de la niñez (F93.1)T de ansiedad fóbica de la niñez
  • 97. (F93.2)T de ansiedad social de la niñez (F93.3)T de rivalidad fraternal (F94)Ts de funciones sociales específicos del comienzo de la niñez y la adolescencia (F94.0) Mutismo selectivo (F94.1)T del vinculo reactivo de la niñez (F94.2)T del vinculo deshinibido de la niñez (F95)Tics (F95.0)Tic transitorio (F95.1)Tic crónico motor o vocal (F95.2)Tic combinado vocal y múltiple motor (de laTourette) (F98) OtrosTs emocionales y de comportamiento iniciados normalmente en la niñez y en la adolescencia (F98.0) Enuresis nocturna (F98.1) Encopresis
  • 98. (F98.2)T de la alimentación de la infancia y la niñez (F98.3) Pica de la infancia y la niñez (F98.4)Ts del movimiento estereotipados (F98.5)Tartamudez (F98.6) Desorden lingüitico [editar] (F99)Ts mentales sin especificar   (F99)T mental no especificado en otra parte
  • 99. As DSM e a CID 10, marcadas pelo radicalismo positivista (empiricista e fenomenista) pretendem-se ateóricas. Pilares originais que as invalidam. Mas como utilitárias, valem por sua utilidade. Para quê e para quem?
  • 100. Para quem são úteis os diagnósticos nosográficos e sua classificação utilitária ?
  • 101. Aos seguros saúde e médicos mais interessados na fidedignidade que na validade dos diagnósticos.
  • 102. À indústria farmacêutica que cria disorders, como se fossem doenças, para seus medicamentos. (Distimia, fibromialgia, jogo patológico, etc), como se fossem doenças.
  • 103. Aos que pretendem que o diagnóstico psiquiátrico seja procedimento tão fácil (uma aferição elementar de sintomas e síndromes) que qualquer um possa fazer.
  • 104. As classificações de enfermidades podem ser: Homogêneas ou Hetereogêneas e Naturais ou Artificiais (utilitárias).
  • 105. Mas as classificações científicas têm que ser: Homogêneas e Naturais.
  • 106. ObrigadoA propriedade essencial de uma doença é sua etiopatogenia, dado que possibilita a classificacão científica de doenças, como fizeram Linneu e Leontiev com a Biologia e a Química.
  • 107. Esquema Diagnóstico de José Otávio de Freitas Jr, “Qui bene diagnoscit bene curat”. Prescrever é prática inerente ao raciocínio clínico aprendido, desenvolvido e treinado nas faculdades de medicina. Sem isto, a prescrição será temeraria- mente limitada a sintomas, com os graves erros que isso provoca, consequências e acidentes que isto traz.
  • 108. O conhecimento da fisiopatologia, o raciocínio fisiopatológico, etiológico e terapêutico, são alguns dos elementos que, consolidados pelo estudo e treinamento da clínica, além de avalizados pela experiência conscienciosa que caracterizam o ato médico de diagnosticar. Fernando Portela
  • 109. O diagnóstico de José Otávio de Freitas Jr. é um programa de diagnóstico nosológico misto, dimensional e categorial, multiaxial, disposto em quatro ordens superpostas, em cada uma das quais se elabora uma rubrica diagnóstica.
  • 110. O diagnóstico final sintetiza os anteriores. Os planos diagnósticos são: síndromes, constituição, disposições, classe nosológica e fatores etiológicos predominantes. Estes elementos conformam um esquema pronto para ser informatizado em um prontuário eletrônico.
  • 111. Quando se comparar capítulo ao original, há de se constatar que este autor tomou a liberdade de fazer alguma pequenas mudanças, com a esperança que, hoje, José Otávio haveria de concordar com elas.
  • 112. 1. Diagnóstico Sindrômico Sintetiza o quadro clínico atual do paciente, através da descrição dos sintomas e das síndromes clínicas que apresente. Importa ressaltar seu caráter descritivo amplo e a importância de evitar, a todo custo, qualquer preconceito monossindrômico.
  • 113. Devem ser diagnosticadas tantas síndromes quantas forem observadas diretamente, resultarem de informações do paciente ou de terceiros, ou que surgirem de exames complementares biológicos ou psicológicos.
  • 116. Devem ser diagnosticadas tantas síndromes quantas forem observadas diretamente, resultarem de informações do paciente ou de terceiros, ou que surgirem de exames complementares biológicos ou psicológicos. Pode-se fazer um gráfico do curso da doença.
  • 117. 2. Diagnóstico Constitucional Definição do biótipo e de outros elementos constitucionais como infantilismo, traços acromegalóides, biotipos displásicos, dissimetria facial e outros elementos indicadores de constituição corporal patogênica (como a dissimetria corporal por tensão muscular prolongada), últimos artelhos atrofiados ou deformados.
  • 118. 3. Diagnóstico de Componentes e Elementos Disposicionais Avaliação dos elementos etiológicos conhecidos ou presumidos.Trata-ses de assimilar condições objetivamente definidas de reconhecido valor como fator desencadeante, patogênico, ou patoplástico em relação ao estado psicopatológico.
  • 119. Entre outros possíveis são: a) disposição psicótica em parentes da mesma linhagem (pais, avós, tios, irmãos); a) disposição psicótica em outros parentes; a) disposição neuropática nos pais, irmãos, tios, avós;
  • 120. d)  disposição esquizopática; e)  disposição ictafim; f)  disposição cíclico-timopática; g)  distonias neurovegetativas e alergias; h)  dismorfias, malformações; i)  afecção somática aguda; j)  afecção somática crônica; l) distonia endócrino-humoral; m) condição puberal;
  • 121. n)  condição involutiva-senil; o)  sinais neurológicos anormais; p)  doença neurológica definida; q)  imaturidade (coartativa ou expansiva); r)  sugestionabilidade. s)  trauma psíquico; t)  condição conflitiva. u)  práticas paragenitais/abstinência/ v)  religiosidade primitiva x) ocorrência prévia.
  • 122. 4. Diagnóstico da(s) Categoria(s) Etiopatogênica(s) Predominante(s) Resultante da ponderação dos fatores etiológicos (genético-constitucionais, encefálicos, somáticos, sóciopsicogênicos (atuais e pretéritos), estimando-se o(s) que for(em) predominante(s).
  • 123. Não esquecer que os antecedentes familiares e pessoais fisiológicos e patológicos podem ser muito valiosos nesse momento. A definição deste diagnóstico pode ser: I – enfermidade sóciopsicógena (aguda, subaguda ou crônica); II – enfermidade somatógena que inclui a endotóxica (aguda ou crônica); III – enfermidade encefalógena (aguda ou crônica);
  • 124. IV – enfermidade exotóxica (aguda ou crônica, acidental ou intencional); IV – enfermidade endógena (aguda ou crônica); V—enfermidade não-classificável (aguda ou crônica). Também aqui, há que evitar o preconceito da doença única.