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Fundamentos Epistemológicos da Medicina
8. ETAPAS DO PROCESSO
DE CONHECER
Luiz Salvador de Miranda Sá Jr.
“O método científico é comprovado e verdadeiro. Não é perfeito, é
apenas o melhor que temos. Abandoná-lo, junto com seus
protocolos céticos, é o caminho para uma idade das trevas.”
Carl Sagan
O procedimento de construção do conhecimento, qualquer que for sua
natureza, amplitude ou profundidade, não se dá em um momento único,
como uma atividade psicológica ou lógica elementar e automática. Nem
acontece como a simples acumulação, mais ou menos mecânica e passiva,
de dados cognitivos apreendidos pela consciência. O conhecimento
aparentemente mais simples, de coisas aparentemente mais elementares
envolve um mundo d percepções, de associações e outros processos
mentais realizados em miríades de neurônios e de conexões neuronais. Além
do quê, a construção do conhecimento se concretiza como processo
dinâmico, tanto como procedimento psicológico de aprender quanto como a
operação de um sistema inteligente de elaboração e conservação de dados
lógicos nas consciências individuais; e como processo sócio-cultural.
O processo gnosiológico individual de conhecer pode ser subdividido em
cinco etapas ou níveis inter-complementares e bastante interativos. Tais
níveis se revelam progressivamente mais eficientes, porque cada um deles
pode ser tido como mais preciso e mais exato que o anterior do ponto de
vista de seu objetivo (possibilitar e aperfeiçoar o conhecimento). Estes níveis
do processo de conhecer também se mostram bem diferenciáveis em tese,
ainda que isto não seja sempre fácil na prática. Tal processo de estrutura o
1
conhecimento pode ser concebido como um sistema para conhecer que
produz sistemas de conhecimento. Em tal sistema para conhecer, seus
patamares, etapas componentes ou níveis do conhecimento podem e devem
ser entendidos como subsistemas e elementos deste sistema mais amplo.
Os cinco níveis do processo de elaboração do conhecimento são:
a) indiciação,
b) descrição (ou conceituação descritiva),
c) nominação (ou conceituação nominativa),
d) explicação (conceituação explicativa) e
e) definição.
Cada um destes momentos do processo cognitivo, independente de sua
amplitude, de sua complexidade ou do tempo de sua duração, pode interagir
com os demais. Cada um deles exerce alguma influência sobre os demais,
enquanto é influenciado por eles. Por cada um deles, por cada grupo deles
ou por todos eles simultaneamente.
O desenvolvimento de cada um destes níveis cognitivos (ou subsistemas
funcionais), amplia os demais e enriquece o conhecimento que se amplia e
aprofunda durante a realização deste processo.
Cada um destes níveis cognitivos, pode ser considerado como uma etapa
identificável e progressivamente mais elaborada do processo de apropriação
pelo sujeito das propriedades do objeto. Cada um destes momentos do
processo do conhecimento, além de fundamentar o momento seguinte,
reforça e força a re-elaboração do resultado dos momentos anteriores, na
medida em que estas etapas cognitivas se enriquecem reciprocamente no
processo continuado de construção e permanente aperfeiçoamento do
conhecimento.
Isto porque o conhecimento, mesmo concebido como um processo, não pode
ser entendido como um processo mecânico e unidirecional de acumulação
2
mais ou menos passiva de informações que se superpõem, mas um
processamento dinâmico, permanentemente reformulado e constantemente
repensado, na medida em que se amplia e se enriquece.
O conhecimento se enriquece na medida em que preenche as condições de
cada um destes momentos cognitivos, progressivamente mais elaborados e
cada um deles propiciador de um conhecimento mais rico e mais preciso
acerca de seu objeto.
Há quem sustente que a indiciação, na medida em que se dá passivamente
ao sensório, não deve ser considerada como o primeiro momento do
conhecimento que se iniciaria, a rigor, quando se iniciasse o reconhecimento
das características e a avaliação das relações do ser cognoscente com o
mundo. Contudo, como não pode acontecer o conhecimento sem que a
existência da coisa cognoscente se torne evidente, este momento tanto pode
ser considerado como pré-conhecimento necessário, quanto como parte
integrante do procedimento de conhecer. Mas também há de se reconhecer
que não há processo ou processamento psíquico passivo. Toda atividade
psicológica, mesmo a mais inibitória, é ativa. Por isto, aqui, se optou pela
segunda alternativa, a inidicação e, na verdade, o primeiro momento do
processo cognitivo.
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5. etapas do proc conhec

  • 1. Fundamentos Epistemológicos da Medicina 8. ETAPAS DO PROCESSO DE CONHECER Luiz Salvador de Miranda Sá Jr. “O método científico é comprovado e verdadeiro. Não é perfeito, é apenas o melhor que temos. Abandoná-lo, junto com seus protocolos céticos, é o caminho para uma idade das trevas.” Carl Sagan O procedimento de construção do conhecimento, qualquer que for sua natureza, amplitude ou profundidade, não se dá em um momento único, como uma atividade psicológica ou lógica elementar e automática. Nem acontece como a simples acumulação, mais ou menos mecânica e passiva, de dados cognitivos apreendidos pela consciência. O conhecimento aparentemente mais simples, de coisas aparentemente mais elementares envolve um mundo d percepções, de associações e outros processos mentais realizados em miríades de neurônios e de conexões neuronais. Além do quê, a construção do conhecimento se concretiza como processo dinâmico, tanto como procedimento psicológico de aprender quanto como a operação de um sistema inteligente de elaboração e conservação de dados lógicos nas consciências individuais; e como processo sócio-cultural. O processo gnosiológico individual de conhecer pode ser subdividido em cinco etapas ou níveis inter-complementares e bastante interativos. Tais níveis se revelam progressivamente mais eficientes, porque cada um deles pode ser tido como mais preciso e mais exato que o anterior do ponto de vista de seu objetivo (possibilitar e aperfeiçoar o conhecimento). Estes níveis do processo de conhecer também se mostram bem diferenciáveis em tese, ainda que isto não seja sempre fácil na prática. Tal processo de estrutura o 1
  • 2. conhecimento pode ser concebido como um sistema para conhecer que produz sistemas de conhecimento. Em tal sistema para conhecer, seus patamares, etapas componentes ou níveis do conhecimento podem e devem ser entendidos como subsistemas e elementos deste sistema mais amplo. Os cinco níveis do processo de elaboração do conhecimento são: a) indiciação, b) descrição (ou conceituação descritiva), c) nominação (ou conceituação nominativa), d) explicação (conceituação explicativa) e e) definição. Cada um destes momentos do processo cognitivo, independente de sua amplitude, de sua complexidade ou do tempo de sua duração, pode interagir com os demais. Cada um deles exerce alguma influência sobre os demais, enquanto é influenciado por eles. Por cada um deles, por cada grupo deles ou por todos eles simultaneamente. O desenvolvimento de cada um destes níveis cognitivos (ou subsistemas funcionais), amplia os demais e enriquece o conhecimento que se amplia e aprofunda durante a realização deste processo. Cada um destes níveis cognitivos, pode ser considerado como uma etapa identificável e progressivamente mais elaborada do processo de apropriação pelo sujeito das propriedades do objeto. Cada um destes momentos do processo do conhecimento, além de fundamentar o momento seguinte, reforça e força a re-elaboração do resultado dos momentos anteriores, na medida em que estas etapas cognitivas se enriquecem reciprocamente no processo continuado de construção e permanente aperfeiçoamento do conhecimento. Isto porque o conhecimento, mesmo concebido como um processo, não pode ser entendido como um processo mecânico e unidirecional de acumulação 2
  • 3. mais ou menos passiva de informações que se superpõem, mas um processamento dinâmico, permanentemente reformulado e constantemente repensado, na medida em que se amplia e se enriquece. O conhecimento se enriquece na medida em que preenche as condições de cada um destes momentos cognitivos, progressivamente mais elaborados e cada um deles propiciador de um conhecimento mais rico e mais preciso acerca de seu objeto. Há quem sustente que a indiciação, na medida em que se dá passivamente ao sensório, não deve ser considerada como o primeiro momento do conhecimento que se iniciaria, a rigor, quando se iniciasse o reconhecimento das características e a avaliação das relações do ser cognoscente com o mundo. Contudo, como não pode acontecer o conhecimento sem que a existência da coisa cognoscente se torne evidente, este momento tanto pode ser considerado como pré-conhecimento necessário, quanto como parte integrante do procedimento de conhecer. Mas também há de se reconhecer que não há processo ou processamento psíquico passivo. Toda atividade psicológica, mesmo a mais inibitória, é ativa. Por isto, aqui, se optou pela segunda alternativa, a inidicação e, na verdade, o primeiro momento do processo cognitivo. 3