(1) A conjuntura econômica recente indica que o Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009, mas a recuperação ainda não é consolidada; (2) As projeções para 2009-2010 apontam para inflação, contas públicas e setor externo sob controle, com crescimento do PIB entre 4-5% em 2010; (3) Apesar dos riscos, o cenário futuro deve ser de continuidade da retomada, impulsionada pela demanda externa e interna.
3. Tendências da economia mundial - EUA Recessão fica para trás, mas... crédito ainda não se recuperou renda está em queda desemprego continua aumentando Famílias em processo de desalavancagem de dívida consumo com sinais modestos de retomada (ajudado pelo subsídio para compra de automóveis) Por isso, medidas anticrise devem ser mantidas por algum tempo Dúvida de médio prazo: consequências do endividamento público Juros podem começar a subir em fins de 2010 Atividade econômica: muitos anos de crescimento inferior ao do período précrise cresce apenas 1% em 2010 Mesmo assim, dólar continua como moeda de reserva por décadas
4. Tendências da economia mundial - Europa Recuperação mais lenta do que nos EUA rigidez do mercado de trabalho e de produto Crédito em lenta restauração, particularmente no Reino Unido Custo da crise: elevação do endividamento, em especial no Reino Unido (pacotes fiscais, financeiros e monetários mais agressivos) Dívida sinaliza longo período de juros relativamente elevados Juros sobem em 2011 Economia volta a crescer mais firmemente em 2012
5. Tendências da economia mundial - Japão Exportações se recuperam: efeito China, mas... ... situação se complica pelo lado fiscal (dívida passa de 200% do PIB) Não se pode descartar downgrade da dívida pública Juros: curva longo está subindo (riscos fiscais) Atividade econômica: poucas chances de melhora no curto prazo dívida pública, juros mais altos e rigidez na economia sinalizam longo ciclo de estagnação ou baixo crescimento
6. Tendências da economia mundial - China Bom cenário econômico. Medidas fiscais anticrise funcionaram Forte crescimento do PIB: 8,5% em 2009 9,5% em 2010 No curto prazo, maior força vem da demanda doméstica: consumo das famílias (crescimento da renda e do emprego) investimentos públicos No médio prazo: exportações readquirem drive anterior Impulso adicional da interiorização do desenvolvimento redução do desequilíbrio macroeconômico mundial leva a: apreciação do yuan impulso adicional ao consumo
7.
8. A economia brasileira - 2009-2010 Confiança do consumidor já está em níveis précrise Forte recuperação do PIB, da renda e do emprego Inflação abaixo da meta Taxa de câmbio se valoriza Selic estável até setembro/2010 Crédito se normaliza
13. Conjuntura Econômica Nacional 2009-2010 Apresentação no Seminário ACSP Perspectivas da Economia São Paulo-SP, 29-10-09 Prof. Roberto Macedo E-mail: roberto.macedo@post.harvard.edu
14. Comemoração 15 Anos do Plano Real: inflação sob controle; moeda retomou funções clássicas: meio de pagamento, padrão de pagamentos futuros e reserva de valor. População apreciou maior estabilidade de preços e não há espaço político para um retrocesso.
18. (1) Conjuntura mais recente moldando o cenário futuro: PIB trimestral indicando o fim da recessão (mas ainda não da crise), e outros dados macroeconômicos
20. TABELA RESUMO – Principais resultados do PIB a preços de mercado do 2 o trimestre de 2008 ao 2 o trimestre de 2009
21.
22. Tendo caído 3,4% no quarto trimestre de 2008 e 1,0% no primeiro de 2009, o PIB brasileiro caiu um total de 4,37%. No segundo trimestre de 2009, cresceu 1,9% e faltaria crescer 2,62% no terceiro de 2009 para voltar ao que era no terceiro de 2008. É pouco provável que isto tenha acontecido. O mais provável é que a saída da crise só se consolide no trimestre corrente.
23. Destaque: taxa de investimento (Investimento/PIB) muito baixa é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira
35. FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordena ç ão de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego. Taxa de desemprego de março de 2002 a setembro de 2009 nas seis regiões da pesquisa
36. SALDO DE ADMISSÕES MENOS DESLIGAMENTOS – CAGED SETEMBRO DE 2008 A SETEMBRO DE 2009 EM COMPARAÇÃO COM SETEMBRO DE 2007 A SETEMBRO DE 2008 – EM MILHARES Fonte: MTE-CAGED
38. IBGE – Levantamento da Produção Agrícola Em setembro, IBGE estima queda de 8,1% na safra de grãos 2009 A nona estimativa da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas mantém a expectativa da 2 ª maior safra nacional, sendo aguardada uma produção de 134,1 milhões de toneladas¹, 8,1% inferior à safra recorde de 2008 (146,0 milhões de toneladas) e 0,5% superior à estimativa de agosto. O acréscimo frente ao mês passado deve-se, especialmente, às reavaliações positivas ocorridas com o milho 2ª safra em Goiás, já que os cultivos de inverno, com destaque para o trigo, registram decréscimos. A área a ser colhida de 47,2 milhões de hectares, comparativamente à colhida em 2008 e a estimativa do mês anterior para a safra 2009, apresenta variações de (-0,1%) e (+0,2%), respectivamente. As três principais culturas, soja, milho e arroz, que respondem por 81,3% da área plantada apresentam, em relação ao ano anterior, uma variação de +2,1%, -4,5% e +0,9%, respectivamente. No que se refere à produção, destes três produtos, apenas o arroz registra variação positiva de 4,2%. Já para a soja e o milho a previsão é de retração da produção em 5,1% e 13,4%, respectivamente.
50. (2) Cenário – Considerações adicionais Seguem-se os dados do boletim Focus do Banco Central, de 23/10/09. Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/Ingl/Readout/R20091023.pdf Para assinatura gratuita do relatório semanal: http://www4.bcb.gov.br/?FOCUSINCL
54. (3) Conclusões Esse cenário de recuperação deve continuar, superando-se a crise no último trimestre de 2009 e levando a um crescimento na faixa de 4 a 5% em 2010, estimulado pela demanda externa, em particular da China e outros emergentes, pela expansão do crédito interno, e por gastos públicos em expansão, seja por conta da crise, seja pelo ano eleitoral. O desafio maior continua sendo o de aumentar sensivelmente a taxa de investimento, em particular a do setor público.
55. Perspectivas da Economia para 2010 Crédito e Inadimplência Índice Nacional do SCPC de Crédito ao Consumidor MARCEL DOMINGOS SOLIMEO Economista e Superintendente Institucional da Associação Comercial de São Paulo
56. Fonte: SCPC / ACSP SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito 1
58. Evolução do Crédito Pessoal X Crédito Pessoal excluindo Consignado e Aquisição de Veículos: Dezembro 2007 / Setembro 2009 (R$ Milhões) Fonte: BANCO CENTRAL 3
59. Evolução do Prazo Médio (Em Dias Corridos), das Taxas de Juros, do Saldo do Crédito (Em Bilhões) para Aquisição de Veículos – Pessoa Física: Março 2003 / Setembro 2009 Fonte: BANCO CENTRAL 4
72. Fonte: BANCO CENTRAL / IEGV - ACSP Taxa de Inadimplência Pessoa Física 90dias: Total e Outros Bens 17
73. Taxa de Inadimplência Pessoa Física: 15 a 90 Dias x Acima de 90 Dias (%) Fonte: BANCO CENTRAL 18
74. Obrigado! Perspectivas da Economia para 2010 MARCEL DOMINGOS SOLIMEO Economista e Superintendente Institucional da Associação Comercial de São Paulo [email_address]