O que podemos esperar da Economia Brasileira em 2017 e 2018?
Brasil: desafios e oportunidades
1. Brasil: desafios e oportunidades
Rodrigo Sabbatini
FACAMP, 05 de Novembro de 2014
2. Sumário
1. Economia Brasileira: um diagnóstico estrutural
2. Um resumo da política econômica dos últimos 12 anos
3. Oportunidades
4. Desafios
3. 1. Economia Brasileira: um diagnóstico estrutural
Principais mudanças estruturais no Brasil nas duas últimas décadas:
• Abertura econômica acelerada e unilateral;
• Controle da super-inflação:
Instrumentos: juros elevados, câmbio valorizado e importações;
Principal efeitos colaterais: esgarçamento crescente do tecido
produtivo e armadilha do câmbio valorizado;
• Redução da restrição de divisas: valorização das commodities;
• Crescimento e distribuição da renda: redução da pobreza e aumento
da classe média sem achatar as classes mais abastadas;
• O Pré-sal.
4. 2. Um resumo da política econômica dos últimos 12 anos
1. Manutenção do modelo de estabilização monetária, mas com redução dos
juros básicos e melhoria das contas externas; ★
2. Valorização real da renda: ampliação do mercado de consumo doméstico,
impulso ao crescimento do PIB e do emprego formal, com oferta
crescentemente importada; ★
3. Retomada do investimento em infraestrutura e da indução ao investimento
privado ★:
a) Papel da melhoria das contas públicas; ★
b) Importância da Petrobras e do Pré-Sal; ★
c) Papel dos bancos públicos: aumento do financiamento ao setor privado; ★
4. Retomada das políticas de desenvolvimento produtivo e da inovação:
a) Desoneração tributária significativa;
b) Políticas diretas de apoio ao setor produtivo;
c) Políticas de margem de preferência: demanda pública estimulando o
investimento privado;
Mas…
5. 2. Um resumo da política econômica dos últimos 12 anos
...os últimos 4 anos foram marcados:
• Pela manutenção do baixo crescimento mundial;
• Por erros na política econômica (corte de gastos, política errática de
juros, câmbio valorizado, PPPs) e;
• Por uma pressão oposicionista radical (nas ruas, na mídia, no
establishment)...
...que acabaram:
• Por provocar forte desaceleração do PIB (ainda sem pressão
significativa sobre mercado de trabalho e renda);
• Por interromper os investimentos e os gastos com consumo (crise geral
de falta de confiança) e;
• Por acirrar as tensões políticas e ameaçar, de fato, a reeleição.
Como relançar a economia brasielira neste contexto desfavorável?
6. 3. Oportunidades
1. Potencial significativo da demanda doméstica
2. Abundância de recursos naturais
3. Baixo risco de balanço de pagamentos: pré-sal, commodities e o fim
da restrição de divisas
7. 4. Desafios
1. Retomar o crescimento
a) Sob condições externas ainda desfavoráveis
b) É possível sustentar o consumo das famílias?
c) Retomada dos investimentos: infraestrutura e indução ao
investimento privado
d) Reindustrialização: política industrial + política comercial
2. Sinalizar o controle da inflação
a) Evitar recessão
b) Evitar re-valorizar câmbio
c) Papel da Desindexação
3. Avançar nas conquistas sociais
4. Reforma política, reforma no judiciário, controle social da mídia: é
possível enfrentar o establishment?
8. Brasil: Variação anual do IPCA, 1993-2014*
Fonte: IBGE e BCB
Elaboração: Ministério da Fazenda
Brasil: rendimento médio real e taxa de desemprego, 2002-2014 (março)
* Acumulado 12 meses em Abril de 2014
Anexo: alguns dados
9. Brasil: Variação anual do IPCA (%) e da Taxa de Câmbio (R$/US$ PTAX média anual), 1995-2013
Fonte: IBGE e BCB
Anexo: alguns dados
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
IPCA Taxa de Câmbio
22. Brasil: produção de petróleo no Pré-Sal, 2011-2020 (em milhões de bpd)
Anexo: alguns dados
23. 5. Anexo: alguns dados
Fonte: BNDES
BNDES: consultas e desembolsos (média 12 meses), 1999-2013 (em R$ milhões constantes)
jun/13
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
R$milhõesdedez/13
Desembolsos Consultas
Notas do Editor
4a) Desoneração: folha de salários, Reintegra, IPI, Simples Nacional, etc)
4b) Políticas diretas de apoio ao setor produtivo (e.g. PITCE, Lei do Bem, PDP, Brasil Maior, Inova Empresa, Inovar Auto, Embrapii, ATS, etc);
4a) Desoneração: folha de salários, Reintegra, IPI, Simples Nacional, etc)
4b) Políticas diretas de apoio ao setor produtivo (e.g. PITCE, Lei do Bem, PDP, Brasil Maior, Inova Empresa, Inovar Auto, Embrapii, ATS, etc);
As importações estão sendo realizadas vorazmente:
Pelos segmentos consumidores em condições muito facilitadas (câmbio, queda de preços internacionais, financiamento externo superando Finame e forte ampliação dos pedidos de ex-tarifários)
Pela própria IBK, como forma de sobrevivência: sob forte concorrência, empresas têm lutado para manter ao menos seus ativos comerciais (marca, distribuição, pós-venda), complementando a linha de produção com importação de bens finais e/ou de semi-acabados (há indícios de subestimação da “desindustrialização”, que já é alta)
Lembrar do caso especial de Bens de Capital sob Encomenda
As importações estão sendo realizadas vorazmente:
Pelos segmentos consumidores em condições muito facilitadas (câmbio, queda de preços internacionais, financiamento externo superando Finame e forte ampliação dos pedidos de ex-tarifários)
Pela própria IBK, como forma de sobrevivência: sob forte concorrência, empresas têm lutado para manter ao menos seus ativos comerciais (marca, distribuição, pós-venda), complementando a linha de produção com importação de bens finais e/ou de semi-acabados (há indícios de subestimação da “desindustrialização”, que já é alta)
Lembrar do caso especial de Bens de Capital sob Encomenda