Palestra realizada em 2010 com objetivo de apresentar técnicas de análise econômica e de gerenciamento de riscos em projetos de E&P que subsidiam a tomada de decisão em um ambiente de negócios sob os enfoques determinístico e estocástico.
Desafios para o Crescimento da do Brasil - Mansueto Almeida PPT
Gestão de Riscos como Ferramenta de Tomada de Decisão em Projetos de Investimento na Indústria de Óleo e Gás
1. A Crise e o Gerenciamento de Projetos
Rodrigo Mendes Gandra, MSc, PMP, PMI-RMP
Consultor em Avaliação e Gerenciamento de Projetos /
Economista
Espírito Santo, 24 Setembro de 2009
2. Motivações e Objetivos
Apresentar:
• breve panorama da atual conjuntura
macroeconômica brasileira
• importância do nível de investimento para
geração de novos projetos
• instrumental para tomada de decisões em
projetos de investimento
3. Roteiro
• Modelo Macroeconômico Simplificado de Determinação da
Renda
• Panorama Econômico Brasileiro
• PIB (Produto Interno Bruto)
• Visão Oferta
• Visão Demanda
• Formação Bruta Capital Fixo (FBCF)
• Inflação
• Taxa de Juros
• Taxa de Câmbio
• Crescimento Mundo
• Estado de Confiança dos Decision Makers
• Considerações Gerais
• Tomada de Decisões em Projetos de Investimento
• Técnicas Determinísticas
• Técnicas Probabilísticas
4. Modelo Macroeconômico Simplificado de Determinação da
Renda
Determinação da Renda / Produto Interno Bruto (PIB)
• Princípio da Demanda Efetiva: Demanda => Oferta
• Y = C + I + G + (Exp – Imp)
Y (renda), C (consumo), I (investimento), G (gasto governo), Exp (exportação), Imp (importação)
• Investimento como decisão de portfólio
• I = f ( i, p, ex, ¤ ), onde:
o depende da taxa de juros (i)
o preço relativo dos ativos (p)
o expectativa de rentabilidade dos ativos (ex)
o grau de incerteza na economia frente ao “animal spirit” (tolerância ao
risco / incerteza) dos empresários (¤)
• Quantidade de projetos depende em geral:
o Nível de investimento na economia
o Necessidade de modernização
o Aderência aos objetivos estratégicos da empresa
5. Panorama Econômico (Brasileiro) - Visão Geral
• Com base nas Contas Nacionais Trimestrais (IBGE), com ajuste sazonal:
• II Trimestre de 2009 já mostra sinal de recuperação (1,9%) em relação ao I
Trimestre 2009, com destaque para:
o Serviços (1,2%)
o Industria (2,1%)
• Em relação ao II Trimestre de 2008, a economia retraiu em (-1,2%), destaque
para:
o Industria (-7,9%)
o Serviços (2,4%)
o FBCF (-17,0%)
o Consumo Famílias (3,2%)
o No acumulado entre II Trimestre de 2009 e II Trimestre de 2008, a economia
retraiu em (-1,5%),
8. Panorama Econômico (Brasileiro) - Visão Demanda
• Após aumentos contínuos, o consumo das famílias, com relação ao I Trimestre de
2009, cresceu 2,1%
• Após 3 Trimestres com queda no nível de estoques, ele voltaram a crescer no II
Trimestre de 2009
• Tanto as exportações, quanto as importações de bens e serviços continuaram em
declínio
• A FBCF sofreu grande impacto com a crise
-200.000
-100.000
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
1995.I
1995.IV
1996.II
1997.II
1998.I
1998.IV
1999.II
2000.II
2001.I
2001.IV
2002.III
2003.II
2004.I
2004.IV
2005.III
2006.II
2007.I
2007.IV
2008.III
2009.II
Fonte: IBGE- Contas Nacionais Trimestrais
(R$Milhões)
Consumo Famílias Consumo Adm. Pública
Formação Bruta Capital Fixo Variação Estoque
Exportação Bens e Serviços Importação Bens e Serviços
PIB (preços de mercado)
9. Panorama Econômico (Brasileiro) - Visão Demanda
(Mercado Consumidor)
• Com relação ao crescimento do consumo destaca-se:
o em 2007, o Brasil já era o 8º maior mercado consumidor (fonte: FGV)
o aumento da massa salarial real, que cresceu 3,3% no II Trimestre de 2009
o aumento de 20,3%, em termos nominais, do saldo de operações de crédito para
pessoas físicas
o Desde 2002, constantes quedas na desigualdade de renda brasileira
Desigualdade de Renda no Brasil (1996 a 2007)
0,500
0,520
0,540
0,560
0,580
0,600
0,620
0,640
0,660
1976
1978
1981
1983
1985
1987
1989
1992
1995
1997
1999
2002
2004
2006
Fonte: IPEADATA
IndicedeGini
(DesigualdadedeRenda)
10. Panorama Econômico (Brasileiro) – Visão Demanda
(Formação Bruta Capital Fixo / PIB)
• Em média (1995 a 2009), a FBCF girou em torno de 17% do PIB
• Desde de 2003, o nível de confiança na economia vinha mantendo a tendência de
aumento do investimento
• Entre o IV Trimestre de 2008 ao II Trimestre de 2009 a FBCF caiu 14%
• No II Trimestre de 2009 a FBCF ficou em 16% do PIB
• Para o Brasil repetir o crescimento de 7% na época do “milagre econômico” (no
início da década de 70) a FBCF deve ser de 38% do PIB (Fonte: FGV)
17%
18%
16%
10%
13%
15%
18%
20%
23%
25%
1995.I
1995.IV
1996.II
1997.II
1998.I
1998.IV
1999.II
2000.II
2001.I
2001.IV
2002.III
2003.II
2004.I
2004.IV
2005.III
2006.II
2007.I
2007.IV
2008.III
2009.II
Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais
FBCF/PIB(em%)
FBCF/ PIB Média
Média + 1DP Média - 1DP
Efeito Crise
Efeito Confiança
11. Panorama Econômico (Brasileiro) – Visão Demanda
(Formação Bruta Capital Fixo / PIB)
• O Setor Privado (Maquinas e Equipamentos) contribui em media com 42% da FBCF
• O Setor Privado (Construção) contribui em media com 38% da FBCF
• O Setor Publico contribui em media com 20% da FBCF
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1950
1953
1956
1959
1962
1965
1968
1971
1974
1977
1980
1983
1986
1989
1992
1995
1998
2001
2004
Fonte: IPEADATA
(em%)
FBCF(Construção) Empresas e Famílias
FBCF(Construção) Adm. Pública
FBCF(Máquinas e Equipamentos) Empresas e Famílias
FBCF(Máquinas e Equipamentos) Adm. Pública
12. Panorama Econômico (Brasileiro) – Inflação
• Meta Inflação 2009 4,5% ± 2,0%
• IPCA acumulado (de Jan/09 a Ago/09) é de 2,97% sem registro de deflação nos
últimos 12 meses.
IPCA / IBGE (Jan/1980 a Ago/2009)
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
1980.01
1981.05
1982.09
1984.01
1985.05
1986.09
1988.01
1989.05
1990.09
1992.01
1993.05
1994.09
1996.01
1997.05
1998.09
2000.01
2001.05
2002.09
2004.01
2005.05
2006.09
2008.01
2009.05
Fonte: IBGE
%a.m.
IPCA Efetivo x Metas de Inflação
8,9%
6,0% 5,7%
3,2%
4,5%
5,9%
7,6%
9,3%
12,5%
7,7%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
1999 2000 2001 2002 2003* 2004* 2005 2006 2007 2008 2009
(*) Metas ajustadas.
Fonte: Banco Central do Brasil
%a.a.
IPCA Faixa Inferior Faixa Superior
13. Panorama Econômico (Brasileiro) – Taxa de Juros
• Desde o final de 2008, a maioria dos paises baixou a taxa de juros
• No Brasil, só em 2009, o BCB reduziu a SELIC em 5 pontos percentuais
(Necessidade de estimular os investimentos)
• Conforme Copom (Ata 144ª), SELIC em 8,75% a.a. (menor nível alcançado)
• Brasil ainda é um dos países com maior taxa de juros real do mundo
• De 503 empresas brasileiras com ações em Bolsa de Valores, 53% do resultado do
1º trimestre de 2009 saiu de operações financeiras (Carta Capital, 29/07/2009)
• Dificuldade do governo rolar a dívida interna (R$ 1,4 trilhões)
14. Panorama Econômico (Brasileiro) – Taxa de Câmbio
• Considerando o 2º mandato presidencial do Governo Lula (Jan/2006 a Fev/2009,
com base nos dados do IPEADATA), em média a Taxa de Câmbio foi de R$/US$ 2,00
• Espera-se que em 2009 ela fique situada em R$/US$ 1,75 e 1,80
• A Taxa de Juros (Selic) tem grande influência na determinação da Taxa de Câmbio
(R$/US$)
y = 0,3323x + 0,5107
R2
= 0,3853
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Taxa de Câmbio
TaxadeJuros-SELICmensal
Taxa de Câmbio Comercial Mensal (R$ / US$)
(Corte Institucional: 2o
Período do Governo Lula)
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
Fonte:Banco Central do Brasil (Boletim/BP) / IPEADATA
R$/US$
Taxa de câmbio Média (R$ / US$) Média (jan/06 a Fev/09)
Média (jan/06 a Fev/09) - 1 Desvp Média (jan/06 a Fev/09) +1 Desvp
15. Panorama Econômico (Brasileiro) – Crescimento do Mundo
• FMI projeta que o mundo vai crescer 0,5% em 2009 sendo que:
• Economias desenvolvidas vão contribuir com - 2,0%
• Economias emergentes vão contribuir com 3,3%
• FMI projeta que o mundo vai crescer 3,0% em 2010
• Brasil
• Para 2009 estima-se crescimento do PIB de - 0,5% a 0,5%
• Para 2010 estima-se crescimento do PIB de 4,0% a 5,0%
• 1º pais a receber aumento na classificação da agência de riscos, Moody’s,
das Ba1 para Baa3
• Brasil já era “investment grade” pela: Standard&Poor’s e Fitch Ratings
• China
• Em 2008, nem entrou na crise
• Em 2009 projeta-se crescimento do PIB em 8,5%
• Com US$ 2 trilhões em reservas, empresas chinesas aproveitam o baixo
preço de empresas no mundo para aquisições (Addax por US$ 7,3 bilhões,
MinaiGas por US$ 3,3 bilhões, Oz Minerais por US$ 1,7 bilhões, Singapore
Petroleum por US$ 1,5 bilhões, etc.)
16. Panorama Econômico (Brasileiro) - Estado de Confiança dos
Decision Makers (Visão Regulatória / Tributária)
• Segundo Banco Mundial (Relatório Doing Business 2010):
• a classificação do Brasil foi => 129º (de 183 países)
• e o de 2009 a classificação do Brasil foi => 127º (de 181 países)
• Brasil ficou em 150º no quesito pagamento de impostos
• 5.000 normas para regular 79 tributos existentes
• empresas gastam 2.600 horas para calcular impostos e provar que pagaram
• Segundo a empresa IOB, desde o início de 2009 até 14/Set/2009, a Legislação
Tributária Brasileira já sofreu 742 alterações (só em ju/09 foram 167)
• Carga tributária em 2008 foi de encontra em torno de 37% do PIB (Instituto Brasileiro
de Planejamento Tributário - IBPT)
129
126
113
138
120
87
73
150
100
100
131
0 20 40 60 80 100 120 140 160
IFC (Geral)
Abertura de empresas
Obtenção Alvarás de construão
Contratação M-D-O
Registro Propriedades
Obtenção Crédito
Proteção Investidores
Pagamento Impostos
Comércio entre Fronteiras
Cumprimento Contratos
Fechamento Empresas
FacilidadedeFazerNegócio
(PosiçãoRelativaentre183países)
Fonte: Banco Mundial (http://portugues.doingbusiness.org/economyrankings/)
17. Intenção das empresas no início de 2009
• Ajustes nas atividades operacionais das empresas (otimização e cortes de custo)
• Alteração na decisão de investimentos
• Cancelamento:
o US$ 5 bilhões referente ao projeto siderúrgico do Pólo de Anchieta (ES) e
à liquidação da Companhia Siderúrgica Vitória, pelo consórcio formado
pela Vale e a chinesa Baosteel
o US$ 2,2 bilhões referente à mina de ferro de Corumbá (MS) pela empresa
anglo-australiana Rio Tinto; US$ 2 bilhões referente ao Porto Brasil em
Peruíbe (SP) pela empresa LLX
o US$ 3,3 bilhões referente ao cancelamento das plataformas P-61 e P-63
para operar na Bacia de Campos (RJ) pela Petrobras
o US$ 1,2 bilhões referente à usina de aço da NUCOR em São João da Barra
(RJ)
o Dentre outros
• Postergação:
o US$ 1,5 bilhões referente às minas de níquel em Barro Alto (GO) pela
Anglo American
o US$ 1,3 bilhões referente à fábrica de celulose branqueada no Rio Grande
do Sul da Votorantim
o US$ 0,6 bilhões referente à nova fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP)
o Dentre outros
Panorama Econômico (Brasileiro) - Estado de Confiança dos
Decision Makers
18. • Segundo Ernst & Young Business Risk Report (2009), que ouviu especialistas e
executivos de diversos países, mostrou que:
• a escassez de crédito e a recessão global representam os principais riscos
para os negócios em 2009
• na pesquisa de 2008, os riscos regulatórios e de compliance ficaram em
primeiro lugar
Top 10 Risks 2009 (2008):
1. Escassez de crédito (2)
2. Riscos regulatórios e de compliance (1)
3. Recessão profunda (novo)
4. Radical greening (9)
5. Novos concorrentes (16)
6. Redução de custo (7)
7. Retenção de talentos (11)
8. Execução de transações estratégicas (7)
9. Modelo de negócios obsoletos (novo)
10. Riscos de reputação (22)
Risk radar: top 10 risks for global business
Fonte: http://www.ey.com/BR/pt/Issues/Managing-risk
Panorama Econômico (Brasileiro) - Estado de Confiança dos
Decision Makers (Riscos)
19. • Segundo Ernst & Young Business Risk Report (2009) – Oil & Gas, que ouviu
especialistas e executivos de diversos países
Top 10 Risks for Oil & Gas 2009 (2008):
1. Acesso a reservas provadas (4)
2. Incerteza na política energética (6)
3. Volatilidade de preços (novo)
4. Redução de custo (3)
5. Piora dos termos fiscais (2)
6. Déficit Capital Humano (1)
7. Preocupações climáticas e ambientais (8)
8. Sobreposição de papéis entre operadoras e
prestadoras de serviço (novo)
9. Choque de oferta (9)
10. Envelhecimento da infra-estrutura (novo)
Risk radar: top 10 risks for oil & gas
Panorama Econômico (Brasileiro) - Estado de Confiança dos
Decision Makers (Riscos)
20. • Segundo pesquisa da Ernst & Young, “Opportunities in adversity - responding to
the crisis”, que ouviu em 2009, 300 executivos de diversos países, mostrou que a
intenção de investimentos está dividida da seguinte maneira:
• 8% ainda têm incerteza de como vão atuar
• 16% vão fazer aquisições estratégicas
• 23% vão manter o modelo atual de negócios
• 53% vão ampliar o modelo atual de negócios
• Segundo pesquisa da Ernst & Young, “O empreendedorismo em tempos de crise”,
que, em 2009, ouviu 15 executivos líderes em suas empresas, de diferentes setores
da economia, e com faturamento anual até R$ 1,5 bilhão, 73% acham que a crise vai
durar de 1-2 anos.
Intenção de investimento para os
próximos 12-18 meses
Panorama Econômico (Brasileiro) - Estado de Confiança dos
Decision Makers (Riscos)
7%7%
73%
13%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Menos de 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos Mais de 3 anos
Expectativa em relação à duração da
crise econômica
21. Panorama Econômico (Brasileiro) - Considerações Gerais
• Projetos dependem do nível de investimento na economia
• Maior parte do investimento no Brasil é feito pelo setor privado
• Instabilidade tributária (e regulatória) no Brasil é elevada e o nível de tributos
também
• O Governo deve continuar fazendo políticas de estímulo à demanda (Políticas:
fiscal, monetária e tributária)
• O Brasil embora tenha saído da crise deve fazer reformas institucionais profundas
• Melhorar a educação, estabilidade regulatória, estabilidade fiscal, combate à
corrupção, melhoria do sistema de crédito, etc
• Não deixar as expectativas (principalmente em época defensiva) de curto prazo
encobrir oportunidades estratégicas de longo prazo
• "Tempos de instabilidade econômica reforçam a necessidade da abordagem conjunta das práticas de
gerenciamento de projetos e de avaliação econômica de investimentos, sendo fator fundamental para que as
organizações obtenham maior grau de previsibilidade frente às adversidades, bem como maior aproveitamento
de oportunidades no processo de tomada de decisão“
22. Tomada de Decisões em Projetos de Investimento x
Definição de Sucesso em Projetos
CUSTOCUSTOTEMPOTEMPO
ESCOPOESCOPO
O sucesso do projeto é avaliado
de acordo com a
Tripla Restrição “Ampla”
(Triple Constraint)
QualidadeQualidade
++
SatisfaSatisfaçção doão do
ClienteCliente
Ambiente não-ergódigo + trade-off
entre os fatores de sucesso requer
Gerenciamento de Riscos na
tomada de decisões
Previsibilidade
Atendimento
Legal e
Regulatório
Respons.
Social
SMS
Viabilidade
Econômica +
Saúde
Financeira
Satisfação
do
Cliente
23. • VPL > 0 => Representa uma agregação de valor superior à aplicação do
dinheiro à TMA. Ou seja, a rentabilidade do projeto mais que cobre o custo do
capital.
• VPL = 0 => Significa que os fluxos de caixa do projeto são exatamente
suficientes para remunerar o capital investido à taxa de retorno requerida pelos
donos do capital.
• VPL < 0 => Os fluxos de caixa do projeto não remuneram o capital investido
à taxa de requerida pelos donos do capital.
Valor Presente Líquido (VPL), que consiste em apurar o valor presente de um
fluxo de resultado projetado (custos e benefícios líquidos), utilizando-se de uma
taxa mínima de atratividade para realizar o desconto do fluxo. A taxa mínima de
atratividade (TMA = i) é a taxa mínima que a empresa deseja obter na aplicação
de um projeto ou negócio.
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Valor Presente Líquido)
24. Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Exemplo Projeto E&P)
25. Modelo de Fluxo de Caixa Descontado no E&P
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
26. -1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Fim 2025
Tempo (anos)
2005 2010 2015 2020
$milhões
Ex: Projeto Base
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
K
(1+TMA)
K-j
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
KVPL =
E(CF )
K=1
N
K
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
27. -1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Fim 2025
Tempo (anos)
2005 2010 2015 2020
$milhões
Ex: Aumento de Custos de Investimento
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
K
(1+TMA)
K-j
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
KVPL =
E(CF )
K=1
N
K
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
28. -1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Fim 2025
Tempo (anos)
2005 2010 2015 2020
$milhões
Ex: Atraso na aprovação do projeto
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
K
(1+TMA)
K-j
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
KVPL =
E(CF )
K=1
N
K
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
29. -1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Fim 2025
Tempo (anos)
2005 2010 2015 2020
$milhões
Ex: Antecipação da data de entrada em produção
com aumento de investimento
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
K
(1+TMA)
K-j
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
KVPL =
E(CF )
K=1
N
K
?
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
30. -1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Fim 2025
Tempo (anos)
2005 2010 2015 2020
$milhões
Ex: Mudança de Escopo
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
K
(1+TMA)
K-j
(1+TMA)
K-j
VPL =
E(CF )
K=1
N
KVPL =
E(CF )
K=1
N
K
?
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
31. “Muitos projetos estão ligados ao trabalho em andamento da organização executora. Algumas
organizações aprovam formalmente os projetos somente após o término de um estudo de viabilidade,
um plano preliminar ou alguma outra forma equivalente de análise; nesses casos, o planejamento ou a
análise preliminar assume a forma de um projeto separado.” (PMBOK)
“Quando essas previsões e análises são incluídas [no projeto], o gerenciamento de custos do projeto irá
abordar processos adicionais e diversas técnicas de gerenciamento geral, como retorno sobre o
investimento, fluxo de caixa descontado e análise de retorno de capital investido”. (PMBOK)
Análise de tomada de decisão
requer avaliações do
ciclo de vida do produto
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Determinísticas (Fluxo de Caixa em Projeto E&P)
Análise Econômica não é Ferramenta do Gerenciamento de Custos!
32. TEMPO
Recursos
Investidos
no projeto
CICLO DE VIDA DO PROJETO
IMPACTODOSRISCOS$
INVESTIMENTO$
Riscos do Projeto
Objetivo do
Gerenciamento
de Riscos
Riscos Reduzidos
Nível de Tolerância
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas
Objetivos do Gerenciamento de Riscos:
“... implementar ações para aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos
positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos ao
projeto.” (PMBOK)
33. 6 Processos do Gerenciamento de Riscos (PMBOK)
Planejamento do
Gerenciamento de Riscos
Identificação de Riscos
Análise Qualitativa de Riscos
Análise Quantitativa de Riscos
VME = ∆VPL . ρ
Planejamento de Respostas
aos Riscos
Monitoramento e Controle
de Riscos
Priorização
Identificaçãodenovosriscos
&
reavaliaçãodosexistentes
Comunicação dos Riscos
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas
35. ANÁLISE DE
CENÁRIOS
ÁRVORE DE
DECISÃO
ANÁLISE DE
MONTE CARLO
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
VME
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Valor Monetário Esperado – VME)
36. Muito
Baixa Baixa Média Alta
Muito
Alta
Muito
Alta Alta Média Baixa
Muito
Baixa
Muito Baixo -$3,9 -$11,8 -$19,6 -$27,5 -$35,3 $35,3 $27,5 $19,6 $11,8 $3,9 Muito Baixo
Baixo -$7,8 -$23,5 -$39,2 -$54,9 -$70,6 $70,6 $54,9 $39,2 $23,5 $7,8 Baixo
Médio -$12,8 -$38,5 -$64,1 -$89,8 -$115,4 $115,4 $89,8 $64,1 $38,5 $12,8 Médio
Alto -$18,8 -$56,5 -$94,2 -$131,9 -$169,6 $169,6 $131,9 $94,2 $56,5 $18,8 Alto
Muito Alto -$30,9 -$92,7 -$154,5 -$216,3 -$278,1 $278,1 $216,3 $154,5 $92,7 $30,9 Muito Alto
Probabilidade
ImpactoemUS$milhões
Ameaças Oportunidades
ImpactoemUS$milhões
MatrizdeProbabilidadeeImpacto
combaseemValorMonetárioEsperado
(VME)no∆VPL
TomadadeDecisõesemProjetosdeInvestimento=>
TécnicasProbabilísticas(ValorMonetárioEsperado–VME)
37. ANÁLISE DE
CENÁRIOS
ÁRVORE DE
DECISÃO
ANÁLISE DE
MONTE CARLO
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
VME
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Análise de Sensibilidade)
38. PREÇO DE EQULÍBRIO
-1.5
-1.0
-0.5
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
0 60
PREÇO DO ÓLEO (US$/bbl)
VPL ($ milhões)
20 30 40 50
ANÁLISE DO
IMPACTO SOBRE A VIABILIDADE
DO PROJETO, QUANDO SE ALTERA
UMA DE SUAS VARIÁVEIS
(Sensibilidade do Preço do Óleo)
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Análise de Sensibilidade)
• Mede o efeito da incerteza de cada variável isoladamente nos objetivos do projeto,
mantidos os demais parâmetros e premissas cantantes (ceteris paribus).
39. Parâmetro: VPL no cenário esperado
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Análise de Sensibilidade)
• Uma representação típica é o diagrama de tornado, para determinar o grau de
importância de cada variável
40. ANÁLISE DE
CENÁRIOS
ÁRVORE DE
DECISÃO
ANÁLISE DE
MONTE CARLO
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
VME
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Análise de Cenários)
41. CENÁRIO
1
CENÁRIO
2
VPL (em $ milhões) 749 654
TIR (% a.a.) 19,1 18,2
INDICADOR
ECONÔMICO
Premissas:
CENÁRIO 2: escopo Y2, investimento X2 e vazão Q2
CENÁRIO 1: escopo Y1, investimento X1 e vazão Q1
Geralmente usado para escolher diferentes configurações de escopos do projeto
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Análise de Cenários)
• Mede o efeito da incerteza de diversas variáveis e premissas nos objetivos do
projeto simultaneamente
42. ANÁLISE DE
CENÁRIOS
ÁRVORE DE
DECISÃO
ANÁLISE DE
MONTE CARLO
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
VME
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Decisão)
43. Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Decisão)
Não Muda a Malha de Poços Muda a Malha de Poços
• Sumariza as implicações de cada uma das possíveis escolhas disponíveis
• Fornece o VME para cada alternativa (uma vez que todas os prêmios e chances
estão quantificadas)
• Útil e simples para se tomar decisões, quando existem múltiplas oportunidades
44. ANÁLISE DE
CENÁRIOS
ÁRVORE DE
DECISÃO
ANÁLISE DE
MONTE CARLO
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
Técnicas mais usadas para Modelagem de Risco:
VME
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
45. • O objetivo é fornecer uma distribuição dos possíveis valores de uma variável
dependente, depois de simular o comportamento de diversas variáveis
independentes (de maneira aleatória)
Exemplo:
• f(x) = y = b (x) + a, onde (y) é a variável dependente e (x) variáveis independentes.
• Traduz diversas incertezas especificas (através de n iterações aleatórias) nos
objetivos do projeto
• Fornece a probabilidade de se completar o projeto em um determinado prazo,
determinado custo, VPL, TIR, etc
• Mapeia o risco total do projeto através de uma distribuição de probabilidades dos
objetivos almejados
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
O nome "Monte Carlo" surgiu durante o Projeto Manhattan, durante a Segunda Guerra Mundial, no projeto de construção da
bomba atômica. John von Neumann (também precursor da Teoria dos Jogos) e Stanislaw Ulan consideraram a
possibilidade de utilizar o método, que envolvia a simulação direta de problemas de natureza probabilística relacionados com o
coeficiente de difusão do nêutron em certos materiais.
46. Dispersão do VPL ao Brent de US$ 30,00/bbl, Data Base = Jan/2007 e TMA = X% a.a.
Definição de Premissas
Monte Carlo / 1.000
Interações Aleatória
+ + =
A probabilidade
acumulada
VPL < 0 = 5,0%.
Aplicação em Fluxo de Caixa de Projetos
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
47. Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
49. Análise de Risco Econômico => preço do Brent e curva de produção
Cotação Nominal do Óleo Tipo Brent no Mercado Spot
(Jan-1985 a Mar-2003)
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
110,0
120,0
130,0
140,0
150,0
US$/bbl
Exemplo aplicação em Fluxo de Caixa de Projetos de E&P
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
50. Análise de Risco Econômico => preço do Brent e curva de produção
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
200.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
ano
bopd
bopd Mínimo bopd Mais Provável bopd Máximo
Para todos os anos são definidas distribuições triangulares
(-15%, + 10%) em torno do mais provável
Exemplo aplicação em Fluxo de Caixa de Projetos de E&P
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
51. Regression Sensitivity for VPL / Fim
Concessão/AA58
Std b Coefficients
bopdEsperado/D17 ,001
bopdEsperado/D21 ,002
bopdEsperado/D16 ,002
bopdEsperado/D15 ,002
bopdEsperado/D13 ,003
bopdEsperado/D14 ,003
bopdEsperado/D12 ,005
bopdEsperado/D11 ,006
bopdEsperado/D9 ,007
bopdEsperado/D10 ,007
bopdEsperado/D8 ,008
bopdEsperado/D7 ,011
bopdEsperado/D6 ,012
bopdEsperado/D5 ,015
Preço Óleo Tipo Brent/B3 1,001
-1 -0,75 -0,5 -0,25 0 0,25 0,5 0,75 1
Tomada de Decisões em Projetos de Investimento =>
Técnicas Probabilísticas (Árvore de Monte Carlo)
52. Mirando no alvo ... tomada de decisão em um mundo não-
ergódigo (agentes sob racionalidade limitada)
Levar em
consideração o
ciclo de vida do
produto (e não
somente do
projeto)
Tomando
decisões
com maior
previsibilidade
Monitorar e controlar
riscos (entender
mudanças de
correlações)
Aplicar técnicas de
finanças conjugadas com
técnicas de gerenciamento
de riscos de projeto
Entender os
limites dos
modelos
Levar em
consideração os
objetivos estratégicos
e o aumento de valor
econômico para
empresas
Monitorar as variáveis
econômicas
Procurar e
entender os
outliers (Cisne
Negro)?
Apesar de Bounded
Rationality, utilizar
estimativas
probabilísticas
Desenvolver
cultura de riscos
e finanças na
força de trabalho
“Acender uma
vela e rezar”
53. Obrigado!
Rodrigo Mendes Gandra, MSc, PMP, PMI-RMP
Consultor em Avaliação e Gerenciamento de Projetos
e-mail: rodgandra@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/0304981009912385
54. Mini Currículo
• Gerente da área de Risk Advisory Services da Ernst
& Young Brazil
• Mestre em Economia pela Universidade Federal
Fluminense (UFF);
• Bacharel em Economia pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ);
• + 6 anos de experiência trabalhando em Avaliação
Econômica (Valuation) e em Gerenciamento de
Projetos upstream (exploração e produção) e
downstream (refino) através do Project
Management Officers (PMOs);
• + 2 anos de experiência em análise
macroeconômica;
• Certificado como Project Management Professional
(PMP) pelo Project Management Institute (PMI);
• Certificado como Risk Management Professional
(PMI-RMP) pelo Project Management Institute (PMI);
• 1°Lugar no XI Prêmio Brasil de Economia em 2003
com Dissertação de Mestrado;
• Dezenas de artigos técnicos e científicos
publicados, palestras ministradas e 1 co-orientação
de dissertação;
• Professor Docente de Gerenciamento de Riscos de
Projetos no curso de Pós-Graduação em
Engenharia de Equipamentos Onshore e Offshore
da FUNCEFET.
• Para maiores detalhes, consultar Plataforma Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0304981009912385
Rodrigo Mendes Gandra, MSc, PMP, PMI-RMP
Consultor em Avaliação e Gerenciamento de Projetos
e-mail: rodgandra@gmail.com