Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra, considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano, até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico da consciência humana. De posse desse conceito de consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer nas suas práticas profissionais.
Trabalho do 2º Semestre de Psicologia da Anhanguera Osasco !! Grupo que desenvolveu um trabalho sobre a Biografia de Vygotsky !!!
PPS feito por Kleber Saraiva
Slides apresentados em seminário sobre teóricos da Psicologia do Desenvolvimento Humano.
Curso: Psicologia
Matéria: Desenvolvimento Humano na Infância e Adolescência
Instituição: Uninorte Laureate Manaus/Amazonas
Para baixar copie e cole em seu navegador: https://elcielle.blogspot.com/2021/10/baixar-slide-piaget-x-vygootsky.html
Vygotsky e Piaget avaliaram as forças individuais e sociais em desenvolvimento. Ambos relacionam social-individual, mas é Vygotsky que focaliza mais o social, dando ao social um papel específico no desenvolvimento.
Aula preparada para a disciplina de Psicologia da Educação, da turma do primeiro período do curso de Pedagogia, da Faculdade do Nordeste da Bahia, FANEB.
Trabalho do 2º Semestre de Psicologia da Anhanguera Osasco !! Grupo que desenvolveu um trabalho sobre a Biografia de Vygotsky !!!
PPS feito por Kleber Saraiva
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Curso: Psicologia
Matéria: Desenvolvimento Humano na Infância e Adolescência
Instituição: Uninorte Laureate Manaus/Amazonas
Para baixar copie e cole em seu navegador: https://elcielle.blogspot.com/2021/10/baixar-slide-piaget-x-vygootsky.html
Vygotsky e Piaget avaliaram as forças individuais e sociais em desenvolvimento. Ambos relacionam social-individual, mas é Vygotsky que focaliza mais o social, dando ao social um papel específico no desenvolvimento.
Aula preparada para a disciplina de Psicologia da Educação, da turma do primeiro período do curso de Pedagogia, da Faculdade do Nordeste da Bahia, FANEB.
Material utilizado na formação de educadores do projeto Tô no Rumo. Apresenta as principais linhas de pensamento sobre escolha profissional: a liberal, a crítica e a sócio-histórica e como esta última orienta a perspectiva do projeto Tô no Rumo.
A Linguagem a Cultura e a Comunicação de Vigostki a Silverstone - LP IJulia Travaglini
Trabalho realizado na disciplina de Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I, orientado pela Profa. Dra. Roseli Fígaro, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Objectivo: Analisar a PERSPECTIVA EPIGENÉTICA DE VYGOTSKY (1896-1934)
Ideia-Chave: Os processos de desenvolvimento são processos sociogenéticos: A aprendizagem resulta da interacção do sujeito com o meio social. O sujeito é interactivo, adquirindo, através do processo de mediação, conhecimentos a partir de relações de troca com o meio físico, social e cultural.
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...Clóvis Gualberto
Somos constituídos eminentemente pela força
criadora da linguagem e é justamente ela que nos caracteriza como “seres humanos”; a criatividade linguística faz com que nos destaquemos em meio a todos os outros animais.
Discursos são formas de representar o mundo, em diferentes níveis de abstração — por ex., o ‘novo espírito do capitalismo’ [1]: discurso com alto nível de abstração e desenvolvido como uma articulação de discursos.
Textos diferem dos discursos em que baseiam-se para representar aspectos particulares do mundo, articulando/hibridizando diferentes discursos de várias maneiras.
Discursos podem ser diferenciados em termos de relações semânticas (hiponímia, sinonímia, antonímia) entre palavras — como eles classificam partes do mundo —, como na colocação das palavras, nas crenças/pressupostos, e em várias características gramaticais.
A metafunção textual caracteriza a oração como MENSAGEM e se realiza através do sistema de TEMA.
O ponto de partida da mensagem é denominado por Halliday e Mathiessen (2004) de Tema.
Tema corresponde ao primeiro elemento experiencial da oração.
O restante da oração é denominado Rema, que é a parte da mensagem que desenvolve o ponto de partida.
Objetivo: desenvolver uma visão de linguagem de acordo com o “Projeto de Multiletramentos” – uma de suas preocupações centrais é direcionar-se à natureza cada vez mais multissemiótica dos textos na sociedade contemporânea e a como os textos articulam diferentes modalidades semióticas – como teorizar a semiose de modo mais geral?
Toda semiótica é semiótica multimídiática e todo letramento é letramento multimidiático. A análise da semiótica multimidiática me levou a refazer algumas perguntas antigas de maneiras novas e a começar a olhar para a história da escrita, do desenho, do cálculo e da mostra visual de imagens em uma perspectiva diferente. Faz um bom tempo que as tecnologias do letramento não são tão simples quanto a caneta, a tinta e o papel. E na era da imprensa, assim como antes dela, o letramento raramente esteve atrelado de forma estrita ao texto escrito. Muitos dos gêneros do letramento, do artigo da revista popular ao relatório de pesquisa científica, combinam imagens visuais e texto impresso em formas que tornam as referências entre eles essenciais para entendê-los do modo como o fazem seus leitores e autores regulares. Nenhuma tecnologia é uma ilha. Conforme nossas tecnologias se tornam mais complexas, elas se tornam situadas em redes mais amplas e longas de outras tecnologias e de outras práticas culturais.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
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livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
2. Tomando como referência o capítulo “Pensamento e palavra”, onde
Vigotsky (2001) elucida a relação interior entre pensamento e palavra,
considerando tanto a história da espécie humana como a do ser humano,
até chegar a uma concepção de consciência sócio-histórica, discorremos
sobre o desenvolvimento humano se dar nas trocas entre parceiros
sociais, através de interação e mediação, onde a linguagem tem papel
fundamental. Nessa abordagem sociointeracionista, a linguagem é antes
de tudo social, funcionando como um instrumento complexo para
viabilizar a comunicação e a vida em sociedade. Pensamento e palavra
não revelam relação e dependência entre suas raízes genéticas, mas
surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento
histórico da consciência humana. De posse desse conceito de
consciência, podemos intuir sobre o que os educadores poderiam fazer
nas suas práticas profissionais.
Palavras-chave: Linguagem. Consciência. Abordagem sociointeracionista.
RESUMO
2
3.
Discorremos teoricamente acerca do papel central da linguagem na construção
da consciência preconizado por Lev Vigotsky, destacando-se o estudo da língua
pelo seu aspecto funcional e importando essencialmente a interação social,
onde aprendemos e nos desenvolvemos biologicamente, historicamente,
socialmente e culturalmente, tomando como referência o capítulo “Pensamento e
palavra” (VIGOTSKY, 2001, p. 395-486), onde ele elucida a relação interior entre
pensamento e palavra desde os estágios mais primários do desenvolvimento
filogenético e ontogenético até chegar a uma concepção de consciência sócio-
histórica.
A linguagem tem 2 funções fundamentais: intercâmbio social e pensamento
generalizante, atuando tanto no nível interpsíquico quanto no intrapsíquico.
A interação é fundamental para o desenvolvimento humano, onde há a
apropriação de bens culturais materiais e intelectuais, e onde a linguagem tem
papel fundamental.
A linguagem é social e funciona como instrumento complexo para viabilizar a
comunicação e a vida em sociedade.
Pensamento e palavra não têm dependência entre suas raízes genéticas, mas
surgem e se constituem unicamente no processo do desenvolvimento histórico
da consciência humana.
As funções psíquicas são construídas na medida de sua utilização dentro da
sociedade -> a aprendizagem se inicia na interação social, bem antes da idade
escolar.
INTRODUÇÃO
3
4. Vigotsky é o grande fundador da escola soviética de psicologia histórico-
cultural.
Pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças
ocorre em função das interações sociais e condições de vida.
Descoberto pelos meios acadêmicos muitos anos após a sua morte
(1934) inclusive dentro da Rússia (no ocidente, a primeira tradução de um
livro - Pensamento e Linguagem - foi em 1962 nos EUA).
Alexander Luria e Alexei Leontiev foram responsáveis pela disseminação
dos textos, muitos deles destruídos com a ascensão de Stálin.
TEORIA SOCIOCULTURAL DE VIGOTSKY
4
5.
Estudou Literatura, História e Direito, com tese de doutorado sobre
Psicologia da Arte - jamais estudou psicologia (formação em psicanálise
omitida por conta das perseguições de Stalin, que considerava as teorias
de Freud uma ideologia burguesa).
Viveu a Revolução Russa de 1917, estudando Marx e Engels, e, a partir
das proposições teóricas do materialismo histórico propôs a
reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das
Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-
histórica".
Entre os seus trabalhos de campo incluem-se visitas às populações
camponesas isoladas de seu país, fazendo testes neuropsicológicos entre
aldeias nômades, que incluía alfabetização e cursos rápidos de novas
tecnologias.
A experiência vivida na formação de professores levou-o ao estudo dos
distúrbios de aprendizagem e de linguagem, das diversas formas de
deficiências congênitas e adquiridas, a exemplo da afasia.
Complementando a sua formação, graduou-se em Medicina (grupo de
pesquisa de neuropsicologia com Luria e Leontiev).
BREVE HISTÓRICO
5
6.
SIGNOS: instrumentos simbólicos; LINGUAGEM: sistema simbólico
fundamental em todos os grupos humanos e elaborado no curso da evolução da
espécie e história social -> Tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos
são construções da mente humana, que estabelecem uma relação de MEDIAÇÃO
entre o homem e a realidade.
Quando aprendemos a linguagem específica do nosso meio sociocultural,
transformamos radicalmente os rumos de nosso próprio desenvolvimento:
dimensão social e interpessoal na construção do sujeito psicológico.
Conceitos importantes no desenvolvimento da aprendizagem, como o de ZONA
DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, relacionado com a diferença entre o
que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar
sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente
(adulto, criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado, etc.).
Ex.: Se, numa escala de zero a 100, estamos no 30, esta é nossa zona de
desenvolvimento real (conceitos que já dominamos). Para os outros 70, sendo o
nosso potencial, chama-se ZONA de DESENVOLVIMENTO PROXIMAL. Se
uma pessoa chega ao 100, a sua Zona de Desenvolvimento Proximal será
ampliada, porque estamos sempre adquirindo conceitos novos. )
LINGUAGEM E APRENDIZAGEM
7.
Quem aprende e quem ensina como partícipes do mesmo processo: MEDIAÇÃO
(pressuposto da relação eu-outro social) -> a relação mediatizada não se dá
necessariamente pelo outro corpóreo, mas pela possibilidade de interação com
signos, símbolos culturais e objetos.
Outra contribuição foi a relação que estabelece entre pensamento e linguagem.
7
PIAGET
PENSAMENTO APARECE ANTES DA
LINGUAGEM, QUE APENAS É UMA
DAS SUAS FORMAS DE EXPRESSÃO.
A aprendizagem subordina-se ao
desenvolvimento.
Privilegia a maturação BIOLÓGICA.
Construção do conhecimento procede do
INDIVIDUAL PARA O SOCIAL.
VYGOTSKY
PENSAMENTO E LINGUAGEM SÃO
PROCESSOS INTERDEPENDENTES,
DESDE O INÍCIO DA VIDA.
A aquisição da linguagem modifica
funções mentais superiores: dá uma
forma definida ao pensamento,
possibilita o aparecimento da
imaginação, o uso da memória e o
planejamento da ação.
Aprendizagem e desenvolvimento se
influenciam reciprocamente -> quanto
+ aprendizagem, + desenvolvimento.
Privilegia o ambiente SOCIAL.
Construção do conhecimento procede
SOCIAL PARA O INDIVIDUAL.
8.
ESTÁGIO INICIAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ->
estágio pré-intelectual na formação da linguagem +
estágio pré-linguagem no desenvolvimento do pensamento
(não autônomos)
PROPOSTA DE ANÁLISE PARA REDUZIR UNIDADES COMPLEXAS DO
PENSAMENTO DISCURSIVO A UNIDADES INDISSOCIÁVEIS QUE
CONSERVAM AS PROPRIEDADES DO FENÔMENO ENQUANTO
TOTALIDADES QUE ENCERRAM O SIGNIFICADO DA PALAVRA
(generalização)
A palavra desprovida de significado não é palavra e no significado da palavra
está refletida a unidade do pensamento e da linguagem (que não pode ser
decomposta nem em pensamento nem em linguagem) .
O significado da palavra só é fenômeno de pensamento materializado na palavra,
e vice-versa.
O significado da palavra modifica-se no processo de desenvolvimento da
criança, sob diferentes modos de funcionamento do pensamento.
O ESTUDO DA RELAÇÃO PENSAMENTO/PALAVRA COMO
MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA A PALAVRA É O ESTUDO DAS
FASES DE QUE SE CONSTITUI ESSE MOVIMENTO, discriminando os vários
planos passados pelo pensamento até sua materialização na palavra.
1. METODOLOGIA PARA ANÁLISE DA RELAÇÃO
PENSAMENTO/PALAVRA
8
9.
Devem-se distinguir dois planos indispensáveis para o estabelecimento de uma
unidade inferior com suas próprias leis de desenvolvimento na própria
linguagem: plano semântico/interior e plano físico/sonoro/exterior
Enquanto a LINGUAGEM EXTERIOR é para os outros, a LINGUAGEM
INTERIOR é para si, antecedendo a linguagem exterior ou a reproduzindo na
memória, sendo um “processo de evaporação da linguagem no pensamento”.
Inicialmente, o pensamento é um todo confuso que deve encontrar na
linguagem a sua expressão em uma palavra .
Só quando a criança diferencia os aspectos semântico e fonológico da linguagem
e toma consciência da natureza de cada um, torna-se possível o descenso pelos
estágios naturais no processo da palavra conscientizada.
O INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO VERBAL É MARCADO PELA
CONSCIENTIZAÇÃO DE UMA UNIDADE NÃO DIFERENCIADA DOS
ASPECTOS SEMÂNTICOS E SONOROS DA PALAVRA, com fusão dos
planos interior e exterior e sua gradual divisão, que cresce com a idade.
A LINGUAGEM EGOCÊNTRICA não se extingue com o desenvolvimento
infantil, mas se transforma em LINGUAGEM INTERIOR, desenvolvendo-se
por uma linha ascendente.
Como tem função semelhante a da linguagem interior, a linguagem egocêntrica é
também uma linguagem para si que serve ao pensamento: é interior por sua
função psicológica e exterior por sua estrutura .
COMO A LINGUAGEM EGOCÊNTRICA É CONSTITUÍDA DE FORMAS
PRECOCES DE LINGUAGEM INTERIOR, É SUA CHAVE PARA A
INVESTIGAÇÃO: o curso progressivo da linguagem egocêntrica é o curso de
aumento progressivo de todas as propriedades distintivas da linguagem
interior.
9
10.
As peculiaridades estruturais e funcionais da linguagem egocêntrica aumentam
e a isolam progressivamente da linguagem social na proporção em que
diminuem seu aspecto externo sonoro,
quando a vocalização se torna funcionalmente inútil: já se pensa uma frase antes
de se pronunciá-la.
ESSA AUSÊNCIA DE VOCALIZAÇÃO É A DIFERENÇA ENTRE
LINGUAGEM INTERIOR E EXTERIOR.
Isolamento, individualização, e diferenciação insuficientes da linguagem social
primária faz surgir a linguagem egocêntrica que EVOLUI PARA A LINGUAGEM
INTERIOR (para si -> abreviação até predicatividade absoluta), que se desenvolve
de fora para dentro, no sentido da intensificação dos momentos sociais que
asseguram o SURGIMENTO DA LINGUAGEM SOCIAL.
Ao estudar a sintaxe da linguagem interior através da egocêntrica observa que o
abreviamento da linguagem interior em comparação com a exterior revela uma
tendência dinâmica ao crescimento na medida em que se desenvolve a
linguagem egocêntrica.
2. LINGUAGEM SOCIAL
10
11.
Na ESCRITA, bem mais que na FALA, vemos a expressão do pensamento nos
significados formais das palavras - decomposição sintática máxima.
Precisamos de muito mais palavras na escrita (interlocutores em diferentes
situações, sem sujeito comum nos pensamentos) do que na fala (entonação e
percepção imediata do contexto permitem abreviações).
FALA
É POSSÍVEL EXPRIMIR TODOS OS PENSAMENTOS COM UMA SÓ
PALAVRA “QUANDO A ENTONAÇÃO TRANSMITE O CONTEXTO
PSICOLÓGICO INTERIOR DO FALANTE, o único no qual é possível que a
palavra conscientizada seja entendida”;
a fala está ligada à consciência e à intencionalidade,
é um diálogo que carrega em si sempre a possibilidade da inconclusibilidade do
enunciado e tem simplicidade composicional.
A linguagem falada ocupa uma posição intermediária entre a linguagem escrita
e a linguagem interior.
“A PREDICATIVIDADE É A FORMA FUNDAMENTAL E ÚNICA DA
LINGUAGEM INTERIOR”. 11
12.
Mas O PENSAMENTO NÃO É A ULTIMA INSTÂNCIA DO PROCESSO
SOCIOCOMUNICATIVO, POIS NÃO NASCE DE OUTRO PENSAMENTO,
MAS DA CONSCIÊNCIA HUMANA, a qual é social e constituída via
linguagem.
A consciência é como um reflexo no espelho, deve-se estudá-la não como algo
totalmente real nem como uma ilusão.
Quando um objeto é refletido num espelho, seu reflexo não é tão real quanto ele
próprio, mas real de outra forma, é um resultado aparente que parte do objeto e
desse processo de reflexão.
Como esse reflexo não existe por si só, mas como consequência do objeto real, é
preciso relacionar o objeto ao espelho e às leis de reflexão, ou seja, conhecendo o
objeto e o processo, podemos estudar, explicar, prever e transformar o reflexo .
3. CONSCIÊNCIA
12
13.
A LINGUAGEM é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos,
responsável pela MEDIAÇÃO entre o individuo e o mundo.
PENSAMENTO E LINGUAGEM são indissociáveis e suas interrelações
acontecem no significado das palavras.
Os significado das palavras se modificam e se constroem historicamente em 2
níveis:
individual, ao longo do desenvolvimento humano;
social, na interação.
A passagem da linguagem interior para a linguagem exterior social não é uma
tradução de uma linguagem para outra, mas a passagem de uma linguagem
predicativa e idiomática para outra sintaticamente decomposta e compreensível
.
FUNÇÃO DA LINGUAGEM INTERIOR: MEDIAR RELAÇÃO ENTRE
PENSAMENTO E PALAVRA: o pensamento não se exprime em palavra, mas
nela se realiza.
Consciência: vivenciada como experiência, não como entidade -> PAPEL DA
EDUCAÇÃO NA “FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA”- Paulo Freire .
CONSIDERAÇÕES FINAIS
13
14.
REFERÊNCIAS
CORSINO, Patrícia. Infância, linguagem e letramento: educação infantil na rede municipal de ensino
do Rio de Janeiro. 2003. 300f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
LORDELO, Lia da Rocha; TENÓRIO, Robinson Moreira. A consciência na obra de L. S. Vigotsky: análise
do conceito e implicações para a psicologia da educação. Revista Semestral da Associação Brasileira
de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 79-86, 2010.
SANTOS, Jilvania Lima dos. Vygotsky & Piaget e a questão da linguagem e do pensamento. [online]
Salvador: 2003, p. 1-31. Disponível em: <http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/305.htm>.
Acesso em: 07 jul. 2012.
SILVA, José Manoel. Pensamento e linguagem em Lev Vygotsky e Jean Piaget. [online] Guarda,
Portugal: 2006, p. 1-32. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/silva-jose-manuel-pensamento-
linguagem.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2012.
VIGOTSKY, Lev. A formação social da mente. 4ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
VIGOTSKY, Lev. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
VIGOTSKY, Lev. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
14