1) O documento discute a sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul, com ênfase na diversidade e métodos de coleta e preservação.
2) A ictiofauna de água doce da América do Sul é a mais rica do mundo, com estimativas variando entre 5,500 a 8,000 espécies.
3) Os métodos de coleta incluem redes, armadilhas, anzol e linha, venenos e pesca elétrica, enquanto a preservação utiliza sol
A Aula 1 apresenta os conceitos de piscicultura, aquicultura e a diferença entre eles. A piscicultura é definida como a criação de peixes em cativeiro, sendo um subtipo da aquicultura. São abordados também os aspectos socioeconômicos da piscicultura no Brasil e no mundo, como a importância da atividade para a segurança alimentar e geração de empregos.
Este documento apresenta informações sobre piscicultura no Brasil e no mundo. Discute a produção mundial de peixes, principais espécies cultivadas no Brasil, desafios da aquicultura e estratégias para promover a sustentabilidade, como melhorar a nutrição e reduzir impactos ambientais. Também analisa o potencial da piscicultura para geração de renda no país.
Os recifes de coral são formações calcárias produzidas por pólipos de coral ao longo de milhares de anos, abrigando diversas espécies marinhas como peixes, ouriços e algas. Alguns dos principais recifes de coral são a Grande Barreira de Corais na Austrália, o de Belize e o Mar Vermelho.
O documento descreve as características morfológicas, filogenia e biologia de agnatas atuais como feiticeiras e lampreias. Detalha que ambos os grupos possuem corpo alongado sem escamas e esqueleto cartilaginoso. Discute as propostas de filogenia para a relação entre feiticeiras, lampreias e outros vertebrados.
Este documento discute a criação da tilápia. Descreve as características da espécie e do sistema de criação em tanques-rede. Detalha os parâmetros ideais de qualidade da água para a criação da tilápia, incluindo temperatura, transparência, condutividade, pH, alcalinidade e oxigênio dissolvido. Fornece informações sobre a reprodução, larvicultura, alevinagem, crescimento e engorda da tilápia.
Filo artrópodes 04 crustáceos - características e anatomiaprestao
Este documento descreve as principais características dos crustáceos. São animais aquáticos e terrestres com corpo segmentado e exoesqueleto calcificado. Possuem sistemas respiratório, circulatório, nervoso e reprodutivo especializados. Apresentam grande variedade morfológica e incluem espécies como camarões, caranguejos e siris.
Este documento resume aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistema digestivo dos peixes relacionados à piscicultura. Descreve a anatomia do aparelho digestivo dos peixes, incluindo a cavidade bucal, esôfago, estômago, intestino e reto. Também aborda processos como consumo e tempo de passagem do alimento, secreções digestivas, absorção e aspectos da digestão em larvas e pós-larvas. O objetivo é fornecer informações sobre o sistema digestivo dos peixes para embasar o
Manual de Criação de Peixes em ViveirosSérgio Amaral
O documento apresenta um manual sobre criação de peixes em viveiros no Brasil. Ele discute a história da piscicultura no país, a importância da sustentabilidade ambiental e o apoio da Codevasf ao setor. Também fornece dados sobre a produção brasileira de pescado em água doce, com as regiões Sul, Nordeste e Sudeste liderando a atividade.
A Aula 1 apresenta os conceitos de piscicultura, aquicultura e a diferença entre eles. A piscicultura é definida como a criação de peixes em cativeiro, sendo um subtipo da aquicultura. São abordados também os aspectos socioeconômicos da piscicultura no Brasil e no mundo, como a importância da atividade para a segurança alimentar e geração de empregos.
Este documento apresenta informações sobre piscicultura no Brasil e no mundo. Discute a produção mundial de peixes, principais espécies cultivadas no Brasil, desafios da aquicultura e estratégias para promover a sustentabilidade, como melhorar a nutrição e reduzir impactos ambientais. Também analisa o potencial da piscicultura para geração de renda no país.
Os recifes de coral são formações calcárias produzidas por pólipos de coral ao longo de milhares de anos, abrigando diversas espécies marinhas como peixes, ouriços e algas. Alguns dos principais recifes de coral são a Grande Barreira de Corais na Austrália, o de Belize e o Mar Vermelho.
O documento descreve as características morfológicas, filogenia e biologia de agnatas atuais como feiticeiras e lampreias. Detalha que ambos os grupos possuem corpo alongado sem escamas e esqueleto cartilaginoso. Discute as propostas de filogenia para a relação entre feiticeiras, lampreias e outros vertebrados.
Este documento discute a criação da tilápia. Descreve as características da espécie e do sistema de criação em tanques-rede. Detalha os parâmetros ideais de qualidade da água para a criação da tilápia, incluindo temperatura, transparência, condutividade, pH, alcalinidade e oxigênio dissolvido. Fornece informações sobre a reprodução, larvicultura, alevinagem, crescimento e engorda da tilápia.
Filo artrópodes 04 crustáceos - características e anatomiaprestao
Este documento descreve as principais características dos crustáceos. São animais aquáticos e terrestres com corpo segmentado e exoesqueleto calcificado. Possuem sistemas respiratório, circulatório, nervoso e reprodutivo especializados. Apresentam grande variedade morfológica e incluem espécies como camarões, caranguejos e siris.
Este documento resume aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistema digestivo dos peixes relacionados à piscicultura. Descreve a anatomia do aparelho digestivo dos peixes, incluindo a cavidade bucal, esôfago, estômago, intestino e reto. Também aborda processos como consumo e tempo de passagem do alimento, secreções digestivas, absorção e aspectos da digestão em larvas e pós-larvas. O objetivo é fornecer informações sobre o sistema digestivo dos peixes para embasar o
Manual de Criação de Peixes em ViveirosSérgio Amaral
O documento apresenta um manual sobre criação de peixes em viveiros no Brasil. Ele discute a história da piscicultura no país, a importância da sustentabilidade ambiental e o apoio da Codevasf ao setor. Também fornece dados sobre a produção brasileira de pescado em água doce, com as regiões Sul, Nordeste e Sudeste liderando a atividade.
1) O documento discute boas práticas de nutrição e manejo de peixes, incluindo fatores como qualidade da água, disponibilidade de nutrientes, custos e técnicas de produção.
2) É destacada a importância do balanceamento de dietas e da escolha apropriada de estratégias alimentares para cada sistema de produção a fim de minimizar resíduos e melhorar a produtividade e qualidade.
3) São comparados os efeitos de dietas extrusadas, peletizadas e fareladas no crescimento
O documento é um resumo sobre anfíbios produzido por estudantes do 2o ano do ensino médio. Ele contém informações sobre a classificação científica, características, sistemas e importância dos anfíbios.
As 3 frases resumem o currículo e áreas de atuação de Márcio Aurélio Freire. Ele é biólogo formado pela UFMT com especialização em Direito Ambiental Urbano pela mesma universidade. Atua como instrutor profissionalizante em diversas áreas como meio ambiente, saúde e educação.
O documento discute o manejo de tilápias em tanques-rede, descrevendo:
1) As características da tilápia e requisitos para seu cultivo em tanques-rede.
2) Os tipos de tanques-rede, estruturas, malhas e comedouros utilizados.
3) Fatores que influenciam a produtividade e zoneamento para implantação de tanques-rede.
O documento discute a importância da repetição e controle de qualidade em análises de alimentos. Apresenta dados comparando dois métodos para medir umidade em amostras, sendo o Método A o padrão e o Método B em validação. Também explica os procedimentos para determinar a umidade em amostras, incluindo pré-secagem, secagem em estufa e cálculo do teor de matéria seca.
O documento resume a anatomia das aves, descrevendo suas principais características como ovíparos, homeotérmicos e que vivem em diversos ambientes. Detalha a estrutura esquelética, as estruturas externas como penas e asas, e os sistemas circulatório, respiratório, digestivo, reprodutivo e nervoso.
O documento discute o cultivo de camarões Litopenaeus vannamei usando o sistema de bioflocos no Laboratório de Camarões Marinhos da UFSC. O sistema permite altas densidades de cultivo com baixa troca de água através da formação de agregados bacterianos que reciclam nutrientes. Resultados promissores incluem taxas de sobrevivência de 83% e conversão alimentar de 1,8, porém desafios permanecem como controle de sólidos e temperatura.
O documento resume a origem, evolução e diversidade dos peixes ósseos (Osteichthyes). Discute as principais linhagens evolutivas destes peixes, incluindo as classes Actinopterygii (peixes de nadadeiras raiadas) e Sarcopterygii (peixes de nadadeiras lobadas). Também descreve as características anatômicas e sistemas fisiológicos destes dois grandes grupos de peixes ósseos.
Crustáceos são animais aquáticos como camarões, lagostas e caranguejos. Possuem corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, além de mandíbulas, maxilas e tubo digestivo completo. São importantes economicamente e fonte de renda para algumas famílias que coletam mariscos.
O documento fornece diretrizes para o planejamento, construção e manejo de tanques para piscicultura. Ele discute fatores como escolha do local, disponibilidade de água, características do solo, construção de tanques e instalações auxiliares, qualidade da água, preparo dos tanques, calagem, adubação e manutenção do fitoplâncton. O documento enfatiza a importância do planejamento e do uso eficiente dos recursos hídricos para o sucesso da atividade piscícola.
O documento discute um estudo de levantamento de fauna no Cerrado brasileiro, incluindo métodos para catalogar espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Detalha técnicas como armadilhas, observações e revisão bibliográfica sobre o comportamento desses animais. O objetivo é documentar a biodiversidade na região e avaliar os impactos da agricultura.
O documento descreve diferentes sistemas de produção intensiva e superintensiva de peixes. Apresenta os principais requisitos para esses sistemas como alto fluxo de água e parâmetros limnológicos ótimos. Detalha os principais sistemas como raceway, tanques convencionais e suas variações, e lista espécies como tilápia e truta arco-íris como bem adaptadas a esses sistemas.
1) Bivalvia inclui cerca de 8.000 espécies, a maioria marinha, como ostras, mexilhões e vierias.
2) Possuem concha dividida em duas valvas e um par de brânquias.
3) Seu achatamento lateral facilita a escavação no sedimento para obtenção de alimento enquanto enterrados.
Os moluscos são um grande filo de animais aquáticos e terrestres caracterizados por terem corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral. Apresentam grande diversidade de espécies, existindo aproximadamente 50.000 espécies vivas divididas em oito classes principais.
O documento descreve a diversificação dos apêndices nos artrópodes, mencionando sua evolução ao longo de 600 milhões de anos e diferenciação em estruturas como antenas, olhos, quelíceras e apêndices dos crustáceos como brânquias e nadadeiras.
O documento discute a evolução da suinocultura, desde a domesticação dos porcos selvagens até o suíno moderno. Apresenta também os principais sistemas de produção de suínos, incluindo extensivo, intensivo, criação ao ar livre, misto e confinado. Fornece detalhes sobre as características e aspectos zootécnicos destes sistemas.
O documento discute os sistemas sensoriais dos animais, descrevendo como diferentes órgãos dos sentidos como pele, nariz, língua e olhos funcionam para captar estímulos do ambiente. Exemplos de como diferentes espécies usam seus sentidos de maneiras únicas também são fornecidos.
O documento discute os diferentes sistemas de criação de camarões, incluindo extensivo, semi-extensivo, semi-intensivo e intensivo. O sistema semi-intensivo pode ser contínuo ou intermitente. Os sistemas variam em termos de tecnologia, densidade de povoamento, controle e produtividade. O manejo nutricional e a alimentação também diferem entre as fases de crescimento dos camarões.
O documento resume as principais características e classificações das algas. As algas são organismos fotossintetizantes sem tecidos que vivem em solos úmidos, água doce ou marinha. São classificadas em Euglenophytas, Dinophytas, Bacillariophytas, Phaeophytas, Rodophytas e Chlorophytas. As algas são importantes por produzirem oxigênio, serem a base das cadeias alimentares aquáticas e por serem fontes de produtos como ágar e alginato.
1) O documento discute a anatomia e fisiologia dos peixes de água doce, descrevendo suas características anatômicas e hábitos alimentares.
2) Os peixes podem ser classificados em planctófagos, predadores, herbívoros, detritívoros, iliófagos e onívoros com base em seus hábitos alimentares.
3) O aparelho digestivo dos peixes é dividido em intestino cefálico, anterior, médio e posterior, e varia de acordo com a
Este documento apresenta um estudo sobre a identificação da ictiofauna pescada em três centros de pesca no rio Umbelúzi, Moçambique. Foram identificadas 12 espécies de peixe pertencentes a 10 famílias, sendo as espécies mais abundantes Oreochromis mossambicus, Oreochromis niloticus e Tilapia rendalli. As espécies apresentaram diferentes tamanhos e pesos nos diferentes centros de pesca. O estudo fornece informações sobre a diversidade e abundância de espécies no
1) O documento discute boas práticas de nutrição e manejo de peixes, incluindo fatores como qualidade da água, disponibilidade de nutrientes, custos e técnicas de produção.
2) É destacada a importância do balanceamento de dietas e da escolha apropriada de estratégias alimentares para cada sistema de produção a fim de minimizar resíduos e melhorar a produtividade e qualidade.
3) São comparados os efeitos de dietas extrusadas, peletizadas e fareladas no crescimento
O documento é um resumo sobre anfíbios produzido por estudantes do 2o ano do ensino médio. Ele contém informações sobre a classificação científica, características, sistemas e importância dos anfíbios.
As 3 frases resumem o currículo e áreas de atuação de Márcio Aurélio Freire. Ele é biólogo formado pela UFMT com especialização em Direito Ambiental Urbano pela mesma universidade. Atua como instrutor profissionalizante em diversas áreas como meio ambiente, saúde e educação.
O documento discute o manejo de tilápias em tanques-rede, descrevendo:
1) As características da tilápia e requisitos para seu cultivo em tanques-rede.
2) Os tipos de tanques-rede, estruturas, malhas e comedouros utilizados.
3) Fatores que influenciam a produtividade e zoneamento para implantação de tanques-rede.
O documento discute a importância da repetição e controle de qualidade em análises de alimentos. Apresenta dados comparando dois métodos para medir umidade em amostras, sendo o Método A o padrão e o Método B em validação. Também explica os procedimentos para determinar a umidade em amostras, incluindo pré-secagem, secagem em estufa e cálculo do teor de matéria seca.
O documento resume a anatomia das aves, descrevendo suas principais características como ovíparos, homeotérmicos e que vivem em diversos ambientes. Detalha a estrutura esquelética, as estruturas externas como penas e asas, e os sistemas circulatório, respiratório, digestivo, reprodutivo e nervoso.
O documento discute o cultivo de camarões Litopenaeus vannamei usando o sistema de bioflocos no Laboratório de Camarões Marinhos da UFSC. O sistema permite altas densidades de cultivo com baixa troca de água através da formação de agregados bacterianos que reciclam nutrientes. Resultados promissores incluem taxas de sobrevivência de 83% e conversão alimentar de 1,8, porém desafios permanecem como controle de sólidos e temperatura.
O documento resume a origem, evolução e diversidade dos peixes ósseos (Osteichthyes). Discute as principais linhagens evolutivas destes peixes, incluindo as classes Actinopterygii (peixes de nadadeiras raiadas) e Sarcopterygii (peixes de nadadeiras lobadas). Também descreve as características anatômicas e sistemas fisiológicos destes dois grandes grupos de peixes ósseos.
Crustáceos são animais aquáticos como camarões, lagostas e caranguejos. Possuem corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, além de mandíbulas, maxilas e tubo digestivo completo. São importantes economicamente e fonte de renda para algumas famílias que coletam mariscos.
O documento fornece diretrizes para o planejamento, construção e manejo de tanques para piscicultura. Ele discute fatores como escolha do local, disponibilidade de água, características do solo, construção de tanques e instalações auxiliares, qualidade da água, preparo dos tanques, calagem, adubação e manutenção do fitoplâncton. O documento enfatiza a importância do planejamento e do uso eficiente dos recursos hídricos para o sucesso da atividade piscícola.
O documento discute um estudo de levantamento de fauna no Cerrado brasileiro, incluindo métodos para catalogar espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Detalha técnicas como armadilhas, observações e revisão bibliográfica sobre o comportamento desses animais. O objetivo é documentar a biodiversidade na região e avaliar os impactos da agricultura.
O documento descreve diferentes sistemas de produção intensiva e superintensiva de peixes. Apresenta os principais requisitos para esses sistemas como alto fluxo de água e parâmetros limnológicos ótimos. Detalha os principais sistemas como raceway, tanques convencionais e suas variações, e lista espécies como tilápia e truta arco-íris como bem adaptadas a esses sistemas.
1) Bivalvia inclui cerca de 8.000 espécies, a maioria marinha, como ostras, mexilhões e vierias.
2) Possuem concha dividida em duas valvas e um par de brânquias.
3) Seu achatamento lateral facilita a escavação no sedimento para obtenção de alimento enquanto enterrados.
Os moluscos são um grande filo de animais aquáticos e terrestres caracterizados por terem corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral. Apresentam grande diversidade de espécies, existindo aproximadamente 50.000 espécies vivas divididas em oito classes principais.
O documento descreve a diversificação dos apêndices nos artrópodes, mencionando sua evolução ao longo de 600 milhões de anos e diferenciação em estruturas como antenas, olhos, quelíceras e apêndices dos crustáceos como brânquias e nadadeiras.
O documento discute a evolução da suinocultura, desde a domesticação dos porcos selvagens até o suíno moderno. Apresenta também os principais sistemas de produção de suínos, incluindo extensivo, intensivo, criação ao ar livre, misto e confinado. Fornece detalhes sobre as características e aspectos zootécnicos destes sistemas.
O documento discute os sistemas sensoriais dos animais, descrevendo como diferentes órgãos dos sentidos como pele, nariz, língua e olhos funcionam para captar estímulos do ambiente. Exemplos de como diferentes espécies usam seus sentidos de maneiras únicas também são fornecidos.
O documento discute os diferentes sistemas de criação de camarões, incluindo extensivo, semi-extensivo, semi-intensivo e intensivo. O sistema semi-intensivo pode ser contínuo ou intermitente. Os sistemas variam em termos de tecnologia, densidade de povoamento, controle e produtividade. O manejo nutricional e a alimentação também diferem entre as fases de crescimento dos camarões.
O documento resume as principais características e classificações das algas. As algas são organismos fotossintetizantes sem tecidos que vivem em solos úmidos, água doce ou marinha. São classificadas em Euglenophytas, Dinophytas, Bacillariophytas, Phaeophytas, Rodophytas e Chlorophytas. As algas são importantes por produzirem oxigênio, serem a base das cadeias alimentares aquáticas e por serem fontes de produtos como ágar e alginato.
1) O documento discute a anatomia e fisiologia dos peixes de água doce, descrevendo suas características anatômicas e hábitos alimentares.
2) Os peixes podem ser classificados em planctófagos, predadores, herbívoros, detritívoros, iliófagos e onívoros com base em seus hábitos alimentares.
3) O aparelho digestivo dos peixes é dividido em intestino cefálico, anterior, médio e posterior, e varia de acordo com a
Este documento apresenta um estudo sobre a identificação da ictiofauna pescada em três centros de pesca no rio Umbelúzi, Moçambique. Foram identificadas 12 espécies de peixe pertencentes a 10 famílias, sendo as espécies mais abundantes Oreochromis mossambicus, Oreochromis niloticus e Tilapia rendalli. As espécies apresentaram diferentes tamanhos e pesos nos diferentes centros de pesca. O estudo fornece informações sobre a diversidade e abundância de espécies no
Os peixes evoluíram há 500 milhões de anos com os ostracodermos e 400 milhões de anos com os placodermos, que desenvolveram esqueleto ósseo há 250 milhões de anos. Existem duas classes principais de peixes: os condrictes, como tubarões, que possuem esqueleto cartilaginoso, e os osteíctes, como as sardinhas, que possuem esqueleto ósseo. Os peixes se locomovem com as nadadeiras e respiram através de brânquias.
O documento descreve as principais características dos peixes, incluindo sua classificação, sistemas fisiológicos, hábitos de reprodução e importância para os seres humanos. Os peixes surgiram há 45 milhões de anos e são a maior classe de vertebrados, com cerca de 25 mil espécies vivendo em água doce e salgada. Eles podem ser classificados como ósseos ou cartilaginosos dependendo de sua estrutura esquelética.
La piscicultura se puede clasificar de acuerdo con el tipo de producción, el grado de manejo y la tecnología aplicada, en Colombia ha tenido un incremento significativo convirtiéndose hoy en día en un pilar de la economía nacional.
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSMário Rodrigues
A apostila trata sobre o cultivo de peixes em viveiros escavados e aborda tópicos como a classificação da piscicultura, construção de tanques e viveiros, espécies cultivadas no Brasil, manejo produtivo, qualidade da água, morfologia e fisiologia dos peixes e enfermidades. O documento fornece informações sobre os diferentes sistemas de criação de peixes e instruções para a construção e o manejo de viveiros para a produção de alevinos e peixes para consumo.
Este documento divulga os resultados obtidos da investigação da mortandade de peixes, realizada em 10 de outubro de 2012 no açude Penedo. O evento foi
notificado à Gedop/Cogerh em 09 de outubro de 2012, através do Comitê da Bacia e população local.
O documento descreve o sistema respiratório humano e identifica vários inimigos dos pulmões, incluindo fumar, poluição industrial e de transportes, e lixeiras a céu aberto. Ele também fornece conselhos sobre como manter os pulmões saudáveis, como arejar a casa, brincar ao ar livre, tomar banho com frequência e não fumar.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este documento apresenta uma introdução à bioinformática, discutindo sua relação com a biologia molecular e como organiza e analisa grandes quantidades de dados biológicos. Também discute o papel da internet na publicação científica e como projetos de sequenciamento de genomas geraram uma grande quantidade de dados para análise bioinformática.
O documento apresenta conceitos básicos sobre técnicas em biologia molecular, incluindo clonagem molecular, enzimas para manipulação de DNA, reação em cadeia da polimerase (PCR), eletroforese em gel de agarose, clonagem de produtos de PCR, plasmídeos e transformação celular.
Este documento fornece uma introdução geral à entomologia, incluindo: 1) Uma descrição dos insetos como seres fantásticos que existem em quase todos os ambientes da Terra; 2) Uma discussão sobre as relações entre insetos e seres humanos, tanto benéficas quanto maléficas; 3) Uma visão geral de algumas das principais áreas de estudo da entomologia.
O peixe respira através de suas brânquias, absorvendo oxigênio da água e liberando dióxido de carbono. Ele abre a boca para deixar a água entrar nas brânquias, onde ocorre a troca gasosa, e depois fecha a boca e o opérculo para expelir a água com o CO2.
Este documento apresenta o cronograma e informações gerais sobre o curso de Ornitologia Básica ministrado na Universidade de São Paulo, incluindo carga horária, pré-requisitos, conteúdo programático, métodos de ensino, atividades dos alunos e critérios de avaliação.
O documento discute a piscicultura na região de Dourados, Mato Grosso do Sul. A atividade tem crescido na região, porém ainda precisa de mais organização. Espécies como o pacu, pintado e tilápia são populares devido à facilidade de manejo e preferência dos consumidores. Incentivos governamentais buscam apoiar o desenvolvimento contínuo da piscicultura na área.
Parecer ictiofauna no Rio das Velhas: revitalização, barragens e conexões com...Agência Peixe Vivo
O documento discute a ictiofauna do rio das Velhas em Minas Gerais. A pesquisa mostra 133 espécies de peixes na bacia, sendo 53 nas lagoas marginais, 92 no rio principal e 103 nos tributários. Os tributários são essenciais para preservação da fauna, abrigando mais de 75% das espécies. Uma barragem fragmentaria hábitats, interromperia migrações e alteraria o regime hidrológico, afetando negativamente a biodiversidade de peixes.
O documento descreve os procedimentos para coleta, preservação, montagem e manutenção de espécimes para coleções taxonômicas zoológicas, incluindo técnicas de coleta, rotulagem, preservação temporária e permanente, organização da coleção e etiquetagem.
Este documento é uma apostila sobre estatística básica produzida pelo professor João Góes. A apostila introduz conceitos fundamentais de estatística como população, amostra, parâmetros, variáveis, experimentos aleatórios e divide a estatística em descritiva e indutiva. O documento serve como um guia introdutório aos principais tópicos da estatística.
Este documento é uma apostila sobre bioestatística que introduz conceitos estatísticos básicos como métodos de amostragem, estatística descritiva, inferência estatística e testes de hipóteses. O documento está organizado em quatro partes principais que cobrem princípios, estatística descritiva, teoria da amostragem e estatística inferencial.
O documento discute a bioestatística, resumindo sua história desde os primeiros levantamentos estatísticos no Egito Antigo até sua expansão para áreas como saúde pública e ciências sociais. Também define bioestatística como a aplicação de métodos estatísticos para solucionar problemas biológicos e discute termos e conceitos importantes como população, amostra e parâmetros.
1) O documento descreve os ecossistemas de estuários, incluindo as plantas e animais encontrados, como se formam recifes de ostras e suas características.
2) Um estuário é uma área onde um rio encontra o mar, abrigando uma grande variedade de vida. A mistura de água doce e salgada traz nutrientes e energia.
3) Recifes de ostras se formam quando as ostras se fixam umas às outras, construindo montes de conchas que fornecem abrigo e alimento para novas g
Este manual fornece informações sobre a montagem e manutenção de um aquário de água salgada. Discute a escolha de animais marinhos apropriados, como corais, camarões e peixes, e fornece diretrizes sobre o tamanho e iluminação do aquário, substrato, filtragem biológica e manutenção da qualidade da água. O objetivo é criar um pequeno ecossistema marinho saudável no aquário.
O documento discute as características dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Ele descreve que os peixes são os vertebrados mais numerosos e vivem em água doce e salgada, enquanto os anfíbios podem viver em terra e água e dependem da água para se reproduzir. O documento também menciona que as aves possuem penas e répteis como cobras e lagartos têm escamas.
O documento apresenta informações sobre os cordados, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Ele descreve as características dos peixes, como sua distribuição em águas salgadas e doces, adaptações para a vida aquática e reprodução. Também aborda as características dos anfíbios, como sua dependência da água e respiração pulmonar.
Este documento descreve as principais características dos vertebrados, com foco nos peixes. Resume:
1) Existem atualmente cerca de 50 mil espécies de vertebrados que variam em tamanho, forma e habitat.
2) Os peixes são os vertebrados mais antigos e representam a maior classe em número de espécies, com cerca de 24 mil espécies que vivem em água doce e salgada.
3) Os peixes apresentam diversas adaptações para a vida aquática como corpo hidrodinâmico,
Apostila piscicultura - prof. christian de mello vieira - uftZ
Este documento discute a biologia e a piscicultura de peixes na Amazônia brasileira. Ele descreve os diferentes tipos de rios na bacia amazônica e as adaptações biológicas dos peixes que vivem neles. Também fornece detalhes sobre a anatomia e o sistema digestivo dos principais peixes cultiváveis e explica como a piscicultura pode ajudar a suprir a demanda por proteína e reduzir a pressão sobre os estoques de peixes selvagens.
O documento descreve características e ameaças aos recifes de corais. Aborda a importância dos recifes de corais, classificação dos corais, fatores que interferem em sua distribuição, tipos de recifes e ameaças como o branqueamento e poluição que afetam esses ecossistemas marinhos frágeis e biodiversos.
O documento discute os ecossistemas marinhos e fornece informações sobre:
1) A água nos oceanos é um recurso finito, com a maioria sendo água salgada;
2) Existem diversas espécies de peixes de água doce e salgada, com maior diversidade na água doce;
3) Os oceanos contêm correntes marítimas importantes como a Corrente do Golfo.
Este relatório apresenta os resultados de um estudo sobre a pesca e biologia reprodutiva do robalo-flecha na Ilha das Canárias no Delta do Parnaíba. Foram realizadas 1.482 entrevistas com pescadores para monitorar a pescaria e coletadas amostras biológicas para analisar os aspectos reprodutivos da espécie. Os dados obtidos sobre sazonalidade da pesca, esforço de pesca e parâmetros reprodutivos são cruciais para o manejo sustentável da pesca na região.
1) O relatório apresenta os resultados de um estudo sobre a pesca e aspectos reprodutivos do robalo-flecha na Ilha das Canárias no Delta do Parnaíba, Brasil.
2) Foram realizados monitoramento da pesca, coleta de amostras biológicas e análises histológicas para avaliar a sazonalidade da pesca, esforço de pesca, período reprodutivo e comprimento de primeira maturidade.
3) Os dados obtidos fornecem informações cruciais para o manejo sustentável
Uso de redes de espera no estudo de ritmos circadianos de algumas espécies de...Tiago Sampaio
Este documento discute o uso de redes de espera para estudar os ritmos circadianos de peixes em lagos de várzea no Rio Solimões. As pescarias com redes revelaram que as espécies tinham picos de atividade nos períodos crepusculares. Análises individuais mostraram que algumas espécies eram mais ativas durante o dia ou noite. Os resultados fornecem informações sobre os padrões diários de movimento dos peixes.
1) O documento discute a regulação osmótica e excreção em animais aquáticos e terrestres, comparando seus mecanismos de controle hídrico e iônico.
2) Animais aquáticos como peixes usam brânquias, pele e rins para absorver ou eliminar água e sais, dependendo de serem de água doce ou salgada. Peixes anádromos como o salmão migram entre os dois ambientes.
3) Animais terrestres enfrentam o risco de desidrata
O documento discute o talassociclo, o biociclo marinho, incluindo as principais zonas do ambiente marinho como a zona nerítica, batial e abissal. Também descreve as comunidades marinhas principais - plâncton, nécton e bentos.
Apostila piscicultura - prof christian de mello vieira - uftZ
Este documento fornece uma introdução à piscicultura no Brasil, com foco na Bacia Amazônica. Resume os principais tipos de rios da Amazônia, a biodiversidade de peixes encontrada na região e a importância da piscicultura para suprir a demanda por proteína e reduzir a pressão sobre os estoques naturais de peixes. Também descreve brevemente a anatomia e biologia dos principais peixes cultiváveis, incluindo suas adaptações ao meio aquático e sistemas digestivos.
Este documento discute a filogenia, morfologia e fisiologia de peixes e anfíbios. Detalha as adaptações evolutivas desses animais ao meio aquático e terrestre, incluindo sua anatomia, reprodução e relações ecológicas como predador-presa e competição.
O Brasil possui uma extensa área costeira de quase 9 mil km, com diversos ecossistemas como praias, manguezais, recifes de corais e costões rochosos, abrigando grande biodiversidade. Os principais fatores que ameaçam esses ambientes costeiros são o desmatamento, a poluição, o turismo inadequado e a pesca predatória.
O documento descreve as principais zonas ecológicas marinhas, incluindo a zona planctônica, nectônica e bentônica, e discute a riqueza biológica e importância econômica das zonas costeiras e marinhas do Brasil, particularmente os recifes de corais ao longo da costa nordestina.
O documento descreve as principais zonas ecológicas marinhas, incluindo a zona planctônica, nectônica e bentônica, e discute a riqueza biológica e importância econômica das zonas costeiras e marinhas do Brasil, particularmente os recifes de corais ao longo da costa nordestina.
1. O documento descreve os manguezais como ecossistemas costeiros tropicais dominados por plantas que crescem em solos salgados.
2. Os manguezais brasileiros abrangem mais de 10.000 km2 e ocorrem ao longo do litoral sudeste-sul, sendo berçários para diversos animais.
3. Os manguezais são ecossistemas produtivos e complexas teias alimentares se estabelecem a partir das microalgas e matéria orgânica disponíveis.
O documento descreve os manguezais como ecossistemas costeiros tropicais dominados por plantas que crescem em solos salgados. Os manguezais brasileiros abrangem mais de 10.000 km2 e fornecem habitat para diversos animais e alimentação para a população humana local. No entanto, a degradação causada pela ação humana ameaça a sobrevivência deste importante ecossistema.
Aula - Pesca predatória e os impactos ambientaisJoão Monteiro
O documento discute os problemas da pesca predatória no Amazonas, incluindo suas definições e tipos como a pesca com bombas, redes de malha fina e em épocas proibidas. Ele também aborda as causas como o crescimento populacional, a falta de fiscalização e as falhas nas leis, além dos impactos irreversíveis na redução do tamanho de espécies como o tucunaré e quase desaparecimento do pirarucu. Por fim, apresenta possíveis soluções como a proibição da pesca em certos per
Aula I - Introdução á genética de populaçõesJoão Monteiro
Este documento fornece informações sobre a disciplina de Genética de Populações ministrada pela professora Luciane Lopes de Souza. A ementa abrange tópicos como genética de micro-organismos, genética quantitativa e evolutiva. A carga horária total é de 60 horas, divididas entre aulas teóricas e práticas. A avaliação inclui provas, seminários e exercícios individuais.
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células João Monteiro
Plano de aula completo de Citologia: Introdução ao estudo da célula, os tipos e formas das células. Documento composto pelo: plano de aula, pesquisa, exercício, slides. Ideal para utilizar em aulas de Biologia e Ciências.
O documento discute conceitos de cinemática como velocidade, aceleração, movimentos bi e tridimensionais e velocidade relativa. Também apresenta curiosidades e problemas sobre esses tópicos, além de observações finais e referências bibliográficas.
Aula 4 Cálculo III Integral de linha :)João Monteiro
1) A aula apresenta o conceito de integral de linha, que calcula a área de objetos como muros construídos ao longo de curvas no plano ou no espaço.
2) Existem duas formas de calcular a integral de linha: dividindo a curva em arcos e somando as áreas das tiras ou parametrizando a curva e calculando a integral.
3) São apresentados exemplos de cálculo de integral de linha para curvas dadas explicitamente ou parametrizadas no plano e no espaço.
1) O documento discute os conceitos fundamentais de fluidos estáticos, incluindo os estados da matéria, densidade, pressão e sua variação com a profundidade.
2) É introduzido o princípio de Pascal e como ele é aplicado em sistemas hidrostáticos como manômetros e vasos comunicantes.
3) O documento também aborda a pressão atmosférica e sua variação com a altitude, assim como a medição da pressão por meio de barômetros.
O documento discute os tópicos de consumismo e destinação de lixo. Apresenta as diferenças entre consumo e consumismo excessivo, os impactos ambientais do consumismo e as principais formas de destinação de lixo no Brasil, incluindo lixões, aterros sanitários, compostagem e reciclagem.
O documento discute a importância médica dos fungos, incluindo que eles podem causar micoses. Detalha como fungos podem ser encontrados em ambientes hospitalares e em pessoas com sistema imunológico comprometido. Também descreve como micoses podem ser classificadas e quais estruturas dos fungos devem ser analisadas para identificação.
Os fungos são importantes ecologicamente como decompositores, mutualistas e parasitas de plantas e animais. Economicamente, fungos são usados na produção de alimentos como pão, cerveja e queijos, e na produção de antibióticos. Na saúde, fungos causam doenças na pele e sistêmicas, mas também são estudados para possíveis tratamentos de câncer, diabetes e colesterol.
O documento apresenta uma introdução à micologia, descrevendo que fungos são eucariotos do reino Fungi, podendo ser multicelulares ou unicelulares, imóveis, saprófitas, parasitas ou simbiontes. Detalha também aspectos da morfologia fúngica, como a formação de finos filamentos resultantes da união célula-a-célula.
O documento descreve os processos de embriogênese, formação das membranas fetais e placenta. Resumidamente: (1) A fertilização ocorre na trompa uterina e dá início à clivagem e formação do blastocisto; (2) O blastocisto implanta-se no endométrio e dá origem às membranas fetais e placenta, que separam o feto da mãe e permitem trocas entre eles; (3) A placenta conecta o feto à mãe através do cordão umbil
O documento descreve as etapas do desenvolvimento fetal da nona semana de gestação até o nascimento, incluindo mudanças anatômicas e fisiológicas. Também discute técnicas para estimar a idade fetal e monitorar o estado do feto, como ultrassonografia, amniocentese e cordocentese.
1) O documento descreve as principais etapas do desenvolvimento embrionário humano entre a 4a e 8a semana de gestação, quando se formam a maioria dos órgãos e sistemas. 2) Durante esse período ocorrem processos como dobramento, formação dos três folhetos embrionários e diferenciação dos principais órgãos. 3) Qualquer exposição a teratógenos nesse período pode causar graves anomalias congênitas, já que a maioria dos órgãos se forma entre a 4a e 8a semana.
Durante a terceira semana de desenvolvimento, ocorre a formação da linha primitiva, notocorda e tubo neural, levando à especificação das três camadas germinativas. Também se formam os primeiros somitos, o celoma intra-embrionário e o sistema cardiovascular primitivo, com o início da circulação sanguínea.
O documento resume as principais etapas da primeira semana do desenvolvimento embrionário, incluindo a fecundação, segmentação e implantação. A fecundação envolve a penetração do espermatozoide no ovócito e a fusão dos pronúcleos. A segmentação resulta na formação da mórula e blastocisto. A implantação ocorre por volta do 6o dia, quando o blastocisto adere ao endométrio.
Livro Introdução à ecologia comportamentalJoão Monteiro
O documento apresenta uma breve história da ecologia comportamental, desde as primeiras representações pictóricas de animais em pinturas rupestres datadas de mais de 40.000 a.C., passando pelos registros do comportamento de animais domésticos e selvagens em documentos egípcios a partir de 4.000 a.C., até o surgimento da zoologia como ciência no século XVIII, quando os primeiros estudos sistemáticos sobre o comportamento animal começaram a ser
Este documento discute a genética forense, incluindo seu uso na identificação criminal por meio de DNA desde 1985. Detalha amostras biológicas de interesse forense, como sangue e saliva, e os passos para obter perfis de DNA, incluindo isolamento, corte e separação de fragmentos. Também menciona bancos de dados criminais como CODIS usado pelo FBI para comparar perfis genéticos.
O documento discute a paleontologia, que estuda fósseis para entender a evolução biológica. A paleontologia se baseia em biologia e geologia para datar camadas rochosas, reconstruir ambientes antigos e ajudar na compreensão da história geológica da Terra. Os principais ramos da paleontologia incluem a paleobotânica, paleontologia de invertebrados e vertebrados, e a micropaleontologia.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
1. Junho 2010
Sistemática e taxonomia de peixes de água doce
da América do Sul
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
2. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 2
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Diversidade
Atualmente existem cerca de 2.000.000 de espécies descritas; algumas estimativas
apontam que o total de espécies existentes hoje possa chegar de 10.000.000 a 30.000.000
(algumas 100.000.000).
Dentre os animais, existem aproximadamente 55.000 espécies de vertebrados, incluindo
quase 28.000 espécies de peixes. Peixes de água doce respondem por cerca de 43% do total de
peixes (aprox. 11.952 spp, segundo Nelson, 2006), distribuídas em 0,0093% da água (água doce
disponível em rios e lagos dos 3% de água doce na Terra).
A ictiofauna de peixes de água doce da América do Sul é a mais rica do mundo e
apresenta uma grande diversidade biológica e adaptativa. Böhlke et alii (1978) apontam a
existência de 2.500 a 3.000 espécies descritas e afirmam que de 30 a 40% da fauna ainda não
foi descrita, totalizando 5.500 a 5.600 espécies para toda a região Neotropical. Estimativas mais
recentes apontam cerca de 6.025 espécies (Reis et alii, 2003) até cerca de 8.000 espécies
(Schaefer, 1998).
No Brasil, 85% das espécies são peixes primariamente de água doce (Ostariophysi) e o
restante peixes de grupos marinhos que invadiram secundariamente a água doce (Malabarba &
Reis, 1987).
Os peixes de água doce podem ser agrupados com base em sua tolerância à água
salgada (Myers, 1951, modificação de Darlington, 1957). Essa classificação, embora não natural,
pode auxiliar o entendimento de sua distribuição: a. Divisão Primária – peixes com pouca ou
nenhuma tolerância à água salgada, que funciona como uma barreira; sua distribuição não
pode ser explicada por dispersão por mar ou águas costeiras; b. Divisão Secundária – peixes
alguma tolerância à água salgada; sua distribuição pode refletir dispersão por águas costeiras
ou percursos curtos em águas salgadas; c. Divisão Periférica – peixes confinados à água doce
ou que passam parte de seu tempo aí e são bastante aparentados a grupos marinhos, tendo se
originado de grupos marinhos que utilizaram os oceanos para dispersão.
Métodos de campo
Como a fauna é muito diversa, a área hidrográfica bastante extensa e complexa e a
finalidade da coleta pode ser bastante variada , a escolha do método de captura ideal para o
cumprimento dos objetivos definidos requer um bom planejamento inicial e um mínimo de
conhecimento com relação a:
a. hidrografia da região a ser explorada, tipo de ambiente (lótico ou lêntico), acesso aos
pontos, vegetação marginal, tipo de fundo, integridade ambiental, alterações sazonais;
3. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 3
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
b. biologia dos peixes, conhecimento anterior sobre hábitos, aspectos comportamentais,
alimentares e reprodutivos tendem a aumentar sobremaneira o sucesso da coleta;
c. métodos de captura e seletividade, bastante diversos.
Características ambientais
No Estado de São Paulo, em particular, e na América do Sul, no geral, os peixes de água
doce ocorrem em dois tipos principais de ambientes: a) lóticos, aqueles que apresentam fluxo
de água, como riachos, cabeceiras e calhas dos rios; b) lênticos, aqueles com nenhum ou
pequeno fluxo de água, como lagoas, lagos e reservatórios.
Lóticos - a) Riachos e cabeceiras: de todos os ambientes de água doce os riachos e as
cabeceiras são os mais instáveis. Segundo Uieda & Castro (1999), riachos são partes de um
sistema fluvial onde, devido à presença de vegetação ripária bloqueando total ou parcialmente
a incidência direta de luz solar, a produção primária local é baixa e a comunidade depende em
grande parte da importação de material orgânico alóctone para sua subsistência.
b) Calhas dos rios: ambientes com uma maior insolação, possibilitando a existência de algas e
macrófitas e uma produção primária local relativamente maior, o que torna a comunidade
menos dependente da importação de matéria orgânica para sua subsistência.
Lênticos: de maneira geral, quando permanentes, são os mais estáveis dentre os de água doce;
apresentam grande insolação, presença de muitas algas e macrófitas e normalmente uma
produção primária mais alta. São os ambientes com menor renovação de água.
Os reservatórios diferem substancialmente dos ambientes naturais de águas lênticas
pois tendem a apresentar uma alta produção primária inicial, que depois se estabiliza em níveis
normalmente mais baixos.
De maneira geral, as espécies que vivem nas calhas dos rios têm uma distribuição mais
ampla e realizam migrações reprodutivas (piracema) nas épocas de cheias; as espécies de
riachos e ambientes lênticos têm uma distribuição bem mais restrita e não realizam
piracemas; sua reprodução ocorre normalmente também em épocas de cheias, entretanto
diversas espécies podem apresentar um período reprodutivo bem mais longo e não coincidente
com as cheias.
As características das espécies de peixes variam de um tipo de ambiente a outro e,
portanto, são muito importantes para tomadas de decisão quanto ao melhor método de coleta
a ser empregado.
4. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 4
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Métodos de coleta
Redes: malhadeiras (lanço e espera), feiticeiras, arrasto, tarrafas, peneiras, puçás. As
malhadeiras são compostas por um pano simples, de tamanhos e malhas variadas, com bóias
em sua parte superior e pesos na inferior; são colocadas em locais de passagem dos peixes, que
ficam presos em suas malhas. As feiticeiras são redes compostas por mais de um pano, com
malhas variadas. Redes de arrasto são compostas por pano simples e malha normalmente
pequena, manuseadas por dois ou mais coletores ou mesmo embarcações, dependendo do
tamanho, funcionam cercando e capturando os peixes de modo semelhante às peneiras, ou
passando por uma determinada porção do ambiente aquático e aprisionando os peixes em um
ou mais sacos. Tarrafas são redes circulares de vários tamanhos e malhas, quando bem
manuseadas podem ser bastante eficientes, embora algo seletivas. Peneiras, aros de madeira
ou metal com tela de arame, de vários tamanhos e malhas, manuseadas individualmente junto
à margem dos corpos d’água. Os puçás podem ser utilizados como as peneiras, são compostos
por um cabo e um aro ao qual é atado um saco de rede de malha fina, são fáceis de manusear e
podem ser usados também para a coleta durante atividades subaquáticas.
Armadilhas: covos e cercados diversos. Os covos são armadilhas pequenas e portáteis,
utilizadas com iscas e colocadas em rios ou riachos com a boca voltada à jusante. Os cercados
ou cercos são armadilhas permanentes colocadas em locais de passagem dos peixes, uma vez
dentro os peixes não conseguem sair.
Anzol e linha: varas, espinhéis, anzol de galho, joão bobo. Métodos que empregam uma
isca colocada em um anzol atado a uma linha.
Venenos: timbó ou seu princípio ativo, a rotenona. Misturados à água do ambiente,
impedem as brânquias de retirar oxigênio da água; os peixes comportam-se como estivessem
em ambiente anóxico e muitos chegam a sair fora d’água. Bastante eficiente e não seletivo,
porém proibido atualmente no Brasil.
Pesca elétrica: consiste na produção de um campo elétrico na água, passando uma
corrente entre dois eletrodos submersos; os peixes podem ficar paralisados, deslocarem-se em
direção ao cátodo ou ânodo ou morrerem. Se a fonte de energia, o gerador, é de corrente
alternada, normalmente provoca a paralisia nos peixes, facilitando sua captura e também a
obtenção de dados sem levar os exemplares à morte. Dos métodos atuais, tem se mostrado o
mais eficiente e menos seletivo para riachos e cabeceiras.
5. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 5
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Fixação dos exemplares
Para a maior parte das finalidades o formol tem sido o fixador, por excelência, de peixes
em geral. É utilizada uma solução aquosa de formol comercial puro a 10% (9 partes de água e
uma parte de formol). Os exemplares, recém coletados, são colocados vivos na solução, onde
deverão permanecer por cerca de 48 h. Peixes maiores de 15 cm de comprimento padrão
devem Ter suas cavidades e maiores porções de musculatura injetadas com a solução. A morte
dos exemplares por afogamento em formol, embora cruel, proporciona a fixação do corpo com
as nadadeiras bem distendidas e o engolimento do fixador paralisa os processos de digestão,
possibilitando estudos posteriores relacionados à alimentação.
Para estudos de reprodução o melhor método é colocar os peixes em gelo para
posteriormente, em laboratório, dissecá-los, retirar as gônadas para fixação em solução de
Bouin e o restante dos peixes em formol 10%.
Atualmente, é bastante comum a retirada de amostras de tecidos para estudos
moleculares. Para DNA, um pedaço de nadadeira, brânquia ou uma porção de musculatura,
fixados em álcool absoluto (que deve ser trocado após algumas horas) e mantidos em tubos
plásticos com tampa funcionam muito bem.
Ficha de campo
Extremamente importantes são as informações relativas ao ambiente da coleta e às
condições do clima no dia. Uma ficha de campo com espaços para preenchimento funciona
bem e evita que se esqueça algum dado ou parâmetro importante à pesquisa que se pretende.
Cada pesquisador acaba criando a sua própria ficha ou seu caderno de campo. Informações
imprescindíveis são local, município, estado da coleta; drenagem principal; data de coleta;
coletor. Informações relativas às condições do ambiente: tipo de água, fundo, vegetação
marginal ou submersa. Método de coleta utilizado, tamanho de malha, esforço de pesca.
Documentação fotográfica do ambiente e dos exemplares recém coletados. Parâmetros
ambientais: temperatura do ar e da água, pH, oxigênio dissolvido, condutividade,
transparência, velocidade da corrente e outros, podem ajudar bastante em análises ecológicas
e ambientais. Informações sobre o microhábitat das espécies coletadas é também bastante
importante. Atualmente, o georeferenciamento do ponto de coleta através de sistemas de
posicionamento global por satélite (GPS) tem sido quase que indispensável.
Na ficha de campo podem existir espaços para todas essas informações e também para
um número de campo, que acompanhará o material coletado.
Rotulagem dos exemplares
6. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 6
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Os exemplares provenientes de cada ponto de coleta serão acondicionados ainda no
campo todos juntos, em sacos plásticos, e com uma pequena etiqueta (em papel resistente)
com o número de campo (ver acima).
Conservação e colecionamento
Em laboratório, após o tempo de fixação em solução de formol, os exemplares serão
conservados em frascos com álcool 70º
GL. Mantendo-se os frascos plenos com álcool, ao
abrigo da luz e do calor intenso, esses exemplares permanecerão íntegros e fonte de
informação para estudos científicos durante muito tempo.
A triagem dos exemplares capturados juntos na mesma coleta objetiva separar,
identificar e quantificar os exemplares e as espécies capturadas. Dependendo do que se
pretenda, esse material pode ser mantido junto no mesmo frasco, ou separado em frascos
individuais por espécie (o mais usual). Cada frasco deve conter um rótulo com as informações
mais importantes: nome da espécie, número de exemplares, localidade, coletor, data de coleta,
determinador.
Os frascos com os exemplares formarão as coleções e serão mantidos e organizados
dependendo da finalidade específica a que se destinem e de modo a melhor cumpri-la.
Coleções
Coleções biológicas são constituídas por um conjunto de organismos mortos, ou partes
desses organismos, reunidos ordenadamente e conservados para estudos. Estudos
taxonômicos dependem fundamentalmente de espécimes de coleções. As coleções também
oferecem os elementos para comprovação de toda a pesquisa pregressa e, portanto, devem ser
utilizadas por pesquisadores de várias áreas da biologia para depósito de exemplares
testemunho de suas pesquisas,
Fontes de material para coleções
Coletas, permutas e retenção.
Tipos
Dependendo do seu objetivo, pode haver coleções muito diferentes, com relação ao
tamanho, ao tipo de material que conservam, ao grupo taxonômico, ao tipo de utilização
(ensino, pesquisa (vários tipos), referência, exposição pública).
7. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 7
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Didáticas
Pesquisa: grandes coleções gerais, coleções particulares (Werner Bockerman, Jorge Jim) (Ver
http://splink.cria.org.br/ que exibe dados de algumas coleções do Estado de São Paulo)
Coleções regionais
Coleções especiais (interesse econômico, levantamento faunístico, identificação)
Coleções de tipos
Organização e disposição
O material identificado deve ser disposto de modo a permitir sua pronta localização.
Geralmente o ordenamento utilizado é o taxonômico, dado pelos catálogos, que ordenam os
táxons em taxonomicamente, em ordens, famílias e subfamílias e, assim por diante, até
espécie. Freqüentemente, gêneros e espécies em táxons politípicos são ordenados
alfabeticamente. Às vezes, dependendo do interesse do pesquisador que trabalha mais
diretamente com a coleção, essa ordem pode mudar.
Curadoria
A curadoria é toda a política prática e científica de lidar com as coleções, de modo a
mantê-las indefinidamente em boas condições de preservação (Martins, In Papavero 1994).
Envolve as atividades de preservação, armazenamento, catalogação do material científico,
avaliação das necessidades e condições de empréstimo de material, procedimento e adoção de
métodos de catalogação e informatização, levantamentos ou tombamentos, doações e
permuta.
Informatização
Atualmente a informatização é parte fundamental da curadoria de coleções, permitindo
um acesso e recuperação de dados de maneira rápida e segura.
Existem diversos softwares que se prestam à tarefa. Para as coleções de peixes o mais
antigo é o Muse, atualmente utilizado por poucas coleções. No Estado de São Paulo a coleção
da UNESP de São José do Rio Preto utiliza o Biota (Colwell). O Specify, um programa que tem
sido freqüentemente escolhido para o gerenciamento de coleções de peixes, é utilizado pelo
MZUSP, MNRJ, MCP e USP de Ribeirão Preto.
8. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 8
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Além disso, iniciativas têm permitido o acesso a informações em vários bancos de dados
através de um único link, como é o caso do speciesLink (http://splink.cria.org.br/), um Sistema
Distribuído de Informação que integra em tempo real, dados primários de coleções científicas
do Estado de São Paulo, dados de observação do programa Biota/Fapesp e dados de acervos de
algumas coleções do exterior. O projeto tem apoio financeiro da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Bibliografia
Böhlke, J.E.; Weitzman, S.H. & Menezes, N.A., 1978. Estado atual da sistemática dos peixes de
água doce da América do Sul. Acta Amazonica, 8 (4): 657-677.
Cailliet, G.M; Love, M.S. & Ebeling, A.W., 1996. Fishes. A field and laboratory manual on their
structure, identification and natural history. Waveland Press, Prospect Heights, Illinois, 194
pp.
Caramaschi, E.P.; Mazzoni, R. & Peres-Neto, P.R. (eds.), 1999. Ecologia de peixes de riacho.
Série Oecologia Brasiliensis, Vol. 6: xv + 260 pp.
Malabarba, L.R. & Reis, R.E., 1987. Manual de técnicas para preparação de coleções zoológicas:
peixes. Sociedade Brasileira de Zoologia. 36: 1-14.
Nelson. J.S., 2006. Fishes of the world. 4th ed. John Wiley & Sons, New Jersey, 601 pp.
Papavero, N. (Org.), 1994. Fundamentos práticos de taxonomia zoológica: coleções, bibliografia,
nomenclatura. 2ª
ed. Ed. UNESP & FAPESP, São Paulo, SP, 285 pp.
Schaefer, S.A., 1998. Conflict and resolution: impact of new taxa on phylogenetic studies of the
neotropical cascudinhos (Siluriformes, Loricariidae). In Malabarba, L.R.; Reis, R.E.; Vari, R.P.;
Lucena, Z.M.S. & Lucena, C.A.S. (eds.). Phylogeny and classification of neotropical fishes.
Pp. 375-400. Edpucrs, Porto Alegre.
Uieda, V.S. & Castro, R.M.C., 1999. Coleta e fixação de peixes de riacho. In Caramaschi, E.P.;
Mazzoni, R. & Peres-Neto, P.R. (eds.). Ecologia de peixes de riacho. Série Oecologia
Brasiliensis, vol. 6. PPGE-UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil.
Vanzolini, P.E. & Papavero, N. (org.), 1967. Manual de coleta e preparaçao de animais terrestre
e de água doce. Departamento de Zoologia, Secretaria da Agricultura do Est. S. Paulo, São
Paulo, 223 pp.
9. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 9
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Winston, J. E. 1999. Describing species. Practical taxonomic procedure for biologists. Columbia
University Press, New York, 518 pp.
Peixes de água doce da América do Sul
(classificação segue Compagno, 1991 e Nelson, 1994)
Cephalaspidomorphi
Petromyzontiformes
Geotriidae
Mordaciidae
Chondrichthyes
Carcharhiniformes
Carcharhinidae - Carcharhinus leucas
Pristiformes
Pristidae – Pristis
Myliobatiformes
Potamotrygonidae – Paratrygon, Plesiotrygon, Potamotrygon
Teleostomi
Sarcopterygii
Dipnoi
Lepidosireniformes
Lepidosirenidae – pirambóia: Lepidosiren
Actinopterygii
Teleostei
Osteoglossomorpha
Osteoglossiformes
Osteoglossidae – Osteoglossum
Arapaimatidae – Arapaima
10. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 10
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Elopomorpha
Anguilliformes
Anguillidae – Anguilla
Ophichthidae – Stictorhinus (gênero monotípico do Rio Tocantins)
Clupeomorpha
Clupeiformes
Engraulididae – manjubas: Amazonsprattus, Anchoa, Anchoviella, Jurengraulis, Lycengraulis
Clupeidae – Platanichthys, Ramnogaster e Rhinosardinia (porções baixas do Orinoco e
Amazonas)
Pristigasteridae – sardinhas: Ilisha, Pellona, Pristigaster
Euteleostei
Super Ordem Ostariophysi
Characiformes
Characidae – diversas subfamílias e gêneros de Characiformes de pequeno porte – lambaris,
piabas e pequiras.
Acestrorhynchidae - Acestrorhynchus
Erythrinidae – Erythrinus, Hoplerythrinus, Hoplias
Ctenoluciidae – Boulengerella, Ctenolucius
Cynodontidae – Cynodon, Hydrolicus, Rhapiodon
Lebiasinidae - Lebiasina, Piabucina, Pyrrhulina, Copeina, Copella, Nannostomus e
Poecilobrycon.
Parodontidae – Saccodon, Apareiodon, Parodon
Gasteropelecidae – Toracocharax, Gasteropelecus e Carnegiella.
Prochilodontidae – Ichthyoelephas, Prochilodus e Semaprochilodus.
Curimatidae - Curimatopsis, Potamorhina, Curimata, Psectrogaster, Steindachnerina,
Pseudocurimata, Curimatella e Cyphocharax
Anostomidae - Leporinus, Leporellus, Abramites, Schizodon, Laemolyta, Rhytiodus, Anostomus,
Pseudanos, Synaptolemus, Sartor, Gnathodolus
Chilodontidae – Caenotropus, Chilodus
Crenuchidae – Crenuchus e Poecilocharax (Crenuchinae) e Ammocryptocharax, Characidium,
Elacocharax, Kluzewitzia, Leptocharacidium, Melanocharacidium, Microcharacidium e
Odontocharacidium (Characidiinae)
Hemiodontidae – Anodus, Micromischodus, Hemiodus, Argonectes, Bivibranchia
Gymnotiformes
Gymnotidae – Gymnotus, Electrophorus
11. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 11
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Rhamphichthyidae – Rhamphichthys, Gymnorhamphichthys, Iracema
Hypopomidae – Hypopomus, Brachypopomus, Microsternarchus, Racenisia, Steatogenys,
Hypopygus
Sternopygidae – Sternopygus, Archolaemus, Distocyclus, Eigenmannia, Rhabdolichops
Apteronotidae – Sternarchorhamphus, Orthosternarchus, Sternarchorhynchus,
Platyurosternarchus, Parapteronotus, Apteronotus, Sternarchella, Magosternarchus,
Compsaraia, Porotergus, Adontosternarchus, Sternarchogiton (=Oedemognathus)
Siluriformes
Diplomystidae - Diplomystes
Cetopsidae – Helogenes (Helogeneinae), Cetopsis, Hemicetopsis, Pseudocetopsis, Paracetopsis,
Denticetopsis, Bathycetopsis (Cetopsinae).
Nematogenyidae - Nematogenys
Trichomycteridae – família bem grande, com aproximadamente 200 espécies de diversos
gêneros, distribuídos em oito subfamílias: Copionodontinae, Glanapteryginae,
Sarcoglanidinae, Stegophilinae (incluindo Pareiodontinae), Trichogeninae,
Trichomycterinae, Tridentinae e Vandelliinae
Callichthyidae - Callichthyinae, com Dianema, Hoplosternum, Megalechis, Lepthosplosternum
e Callichthys e Corydoradinae, com Brochis, Corydoras (não monofilético) e Aspidoras
Scoloplacidae – Scoloplax
Astroblepidae - Astroblepus
Loricariidae – várias espécies e gêneros distribuídos em Lithogeninae, Neoplecostominae,
Hypoptopomatinae, Ancistrinae, Loricariinae e Hypostominae.
Doradidae - Wertheimeria, Franciscodoras, Platydoradinae com Kalyptodoras, Platydoras,
Acanthodoras e Agamyxis, Astrodoradinae com Astrodoras e Hypodoras (Astrodoradini),
Anadoras, Physopyxis e Amblydoras e Merodoras (Amblydoradini), Doradinae com
Orinocodoras e Rhinodoras, Centrochir, Pterodoras, Centrodoras, Megalodoras,
Lithodoras e Doraops (Centrochirini), Oxydoras e Petalodoras, Nemadoras, Stenodoras e
Trachydoras (Trachydoradina), Doras, Hassar, Opsodoras, Hemidoras, Anduzedoras e
Leptodoras (Doradina).
Auchenipteridae (Ageneiosidae, Centromochlidae)
Pimelodidae – mais de 300 espécies e vários gêneros distribuídos em Pimelodinae,
Heptapterinae, Pseudopimelodinae.
Aspredinidae - Pseudobunocephalus, Acanthobunocephalus, Bunocephalus, Amaralia,
Pterobunocephalus, Platystacus, Aspredo, Aspredinichthys, Xyliphius Hoplomyzon,
Dupoichthys, Ernstichthys
12. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 12
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Super Ordem Protacanthopterygii
Osmeriformes
Galaxiidae – Aplochiton, com duas espécies no sul da América do Sul. Brachygalaxias, Galaxias
Super Ordem Paracanthopterygii
Batrachoididae - peixes-sapo: Potamobatrachus, Thalassophryne
Gobiesocidae – Gobiesox
Super Ordem Acanthopterygii
Atherinomorpha
Atheriniformes
Atherinopsidae – peixes-rei: Basilichthys, Odontesthes
Beloniformes
Belonidae – peixes-agulha: Belonion, Potamorhaphis, Pseudotylosurus, Strongilura
Hemirhamphidae – halfbeaks: Hyporhamphus
Cyprinodontiformes – aproximadamente 850 espécies e 110 gêneros. As famílias da América
do Sul:
Rivulidae
Cyprinodontidae
Poeciliidae
Anablepidae
Percomorpha
Synbranchiformes
Synbranchidae – mussums: Ophisternon, Synbranchus.
Perciformes
Percichthyidae
Sciaenidae – Petylipinnis, Pachyurus, Pachypops e Plagioscion.
Polycentridae – peixe-folha: Monocirrhus, Polycentrus
Cichlidae – Diversos gêneros e diversas espécies
Eleotridae – Microphilypnus,
Gobiidae – Awaous , Evorthodus (Guianas)
Pleuronectiformes
13. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 13
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Achiridae – linguados: Achirus, Apionichthys, Baiostoma, Catathyridium, Gymnachirus,
Hypoclinemus
Tetraodontiformes
Tetraodontidae – baiacus: Colomesus
Morfologia de peixes de água doce
Orientação e formato do corpo (proporções);
Revestimento do corpo: Corpo nu; corpo coberto por placas ósseas (escudos ou placas); corpo
coberto por escamas (ciclóides, ctenóides); estruturas especiais de revestimento;
Nadadeiras: ímpares – dorsal (1 ou 2; adiposa), caudal (tipo), anal; pares – peitoral (cintura),
pélvica (cintura); raios na forma de espinhos, acúleos ou raios moles, simples ou
ramificados;
Linha lateral: corpórea, cefálica; interrompida ou não; dividida ou não;
Boca: posição, tamanho, dentes e barbilhões associados ou próximos; protratilidade;
Narinas: posição e número;
Olhos: localização, relação com a pele da cabeça;
Aberturas branquiais: únicas, pares ou múltiplas, protegidas pelos ossos operculares ou pele;
presença de espiráculo (Chondrichthyes) ?, membranas branquiais (relação entre si e com
o ístmo), arcos branquiais e rastros;
Ânus e poro genital;
Ossos do crânio: maxilas, palato, operculares, branquiais, teto do crânio (fontanela);
Ossos associados à nadadeira dorsal;
Cintura peitoral: cleitro, coracóide; cintura exposta ou coberta por pele, placas ou escamas;
14. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 14
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Estruturas especiais: clásper (tubarões e raias); acúleos em nadadeiras ou outras partes (raias e
bagres); pseudotímpano (Cheirodontinae); espinho pré-dorsal (Serrasalmidae,
Prochilodontidae, Stethaprioninae-Characidae); glândula caudal (Glandulocaudinae);
filamento dorsal (Apteronotidae); barbilhão nasal e espinhos no opérculo
(Trichomycteridae, Loricariidae); gonopódio (Poeciliidae).
Agnatha/ Cephalaspidomorphi
Petromyzontiformes
Geotriidae
Família monotípica composta pela espécie anádroma e parasita Geotria australis,
ocorre ao sul da América do Sul e outras localidades meridionais do mundo.
Mordaciidae
Três espécies, apenas Mordacia lapicida, uma forma parasita, desova em rios do
sudoeste da América do Sul.
Chondrichthyes
Elasmobranchii são normalmente grandes predadores (mais de 1m), com um
esqueleto cartilaginoso calcificado e raramente ossificado. Diferem dos peixes ósseos pela
ausência de suturas no crânio e pelo fato de seus dentes não serem fundidos às maxilas e sim
embebidos em tecido conjuntivo das maxilas. Dentes de reposição contínua; maxila superior
formada pelo palato-quadrado e capaz de protratilidade; boca subterminal ou ventral, livre do
crânio; aberturas nasais ventrais e incompletamente divididas por pele em porções inalante e
exalante; raios das nadadeiras do tipo ceratotriquias, macios, córneos e não segmentados;
normalmente cinco fendas branquiais, às vezes seis ou sete; espiráculo pode estar presente,
anteriormente, logo atrás do olho; fertilização interna, machos com uma modificação da
nadadeira pélvica como órgão intromitente, o clásper; desenvolvimento interno ou externo.
Carcharinidae (Carcharhiniformes)
Porte pequeno a grande (75 a 550 cm CT); quinta fenda branquial sobre a origem da
peitoral; membrana nictitante inferior; primeira nadadeira dorsal à frente das pélvicas,
segunda dorsal sobre a nadadeira anal; lobo inferior da caudal normalmente desenvolvido,
menor que o dorsal, comprimento da nadadeira caudal menos da metade do comprimento
total do corpo; sulcos pré-caudais presentes; vivíparos. Carcharhinus leucas, cabeça chata,
penetra livremente em água doce, tendo sido assinalado em Iquitos, Peru, mais de 4000 km
do mar (Figueiredo, 1977; Carvalho & McEachran, 2003).
15. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 15
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Pristidae (Pristiformes)
Porte grande a muito grande (até 8m CT); focinho prolongado em uma lâmina rostral,
com espinhos laterais, que se quebrados não são repostos, inseridos em alvéolos; nervos
ophtálmico e bucofaríngeo em canais internos no rostro (ao contrário de Pristiophoridae cujos
espinhos rostrais são superficiais e os nervos também, dispostos fora do porção rostral
interna); boca, narinas e fendas branquiais ventrais; espiráculo presente; nadadeira anal
ausente; ovovivíparos. Pristis pristis, peixe-serra, penetra em água doce, até pelo menos a
confluência do Negro e do Amazonas. (Figueiredo, 1977; Carvalho & McEachran, 2003).
Potamotrygonidae (Myliobatiformes)
Porte médio a grande (25 cm de largura do disco a mais de 100 cm de comprimento);
mais ou menos 20 espécies de 3 gêneros (Paratrygon, Plesiotrygon e Potamotrygon) de raias
de água doce que não toleram águas salgadas; cintura pélvica com processo mediano e
anterior muito expandido (o processo pré-pélvico); adaptações à água doce incluem retenção
de muito pouca uréia nos fluidos corpóreos e glândula retal atrofiada; redução das Ampolas
de Lorenzini. Potamotrygon apresenta a cauda mais grossa e curta, normalmente mais curta
que o comprimento do disco ( vs. cauda mais delgada e filiforme em Paratrygon (muito longa
nos jovens e reduzida nos adultos) e Plesiotrygon (bastante longa mas grossa na base); o
espinho em Paratrygon é reduzido e situado próximo à base da cauda (vs. mais desenvolvido e
situado mais posteriormente nos outros dois gêneros); nadadeiras dorsal e caudal ausentes
(dobras de pele dorsais e ventrais com elementos radiais rudimentares, após o espinho
caudal, ocorrem em Potamotrygon (apenas ventrais em Plesiotrygon e ausentes em
Paratrygon). Ovovivíparos. (Berra, 2001; Rosa, 1985; Carvalho; Lovejoy & Rosa, 2003).
Teleostomi
Sarcopterygii
Dipnoi
Lepidosireniformes
Lepidosirenidae – pirambóia
Lepidosiren é o gênero que ocorre na América do Sul, em ambientes pantanosos do
Brasil e Paraguai, nas drenagens do Rio Paraná e Rio Amazonas. Podem chegar até 1,25 m de
CT; apresentam as nadadeiras pares filamentosas, táteis e quimiosensoriais; nos machos as
pélvicas desenvolvem filamentos longos que servem para liberar oxigênio aos ovos em
desenvolvimento em ninhos em águas pobres em oxigênio. Onívoros, consomem vertebrados,
invertebrados e algas. Apresentam respiração aérea obrigatória e podem sobreviver inativos,
enterrados, por muitos meses de seca.
16. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 16
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Actinopterygii
Teleostei
Osteoglossomorpha
Osteoglossiformes
Placa dentígera bem desenvolvida no basial; processos ósseos pares na base do
segundo arco branquial; intestino disposto à esquerda do estômago. Durante a mordida a
placa dentígera, na língua, é pressionada contra o paresfenóide, no céu da boca, que também
porta grandes dentes. (Lauder & Liem, 1983)
Osteoglossidae
Peixes alongados (60 – 100 vértebras), comprimidos, com escamas grandes e pesadas;
nadadeiras dorsal e anal em posição posterior; nadadeira caudal homocerca; nadadeira
pélvica bem posterior à peitoral; barbelas na sínfise mandibular. Duas espécies: Osteoglossum
bicirrhosum e Osteoglossum ferreirai, os aruanãs, chegam a quase 1m e realizam grandes
saltos fora d’água para capturar insetos nas árvores da mata inundada. (Kanazawa, 1966;
Berra, 2001)
Arapaimatidae
Arapaima gigas, o pirarucu, maior peixe de água doce, podendo chegar a 4,5m e
200kg; corpo cilíndrico, mais comprimido posteriormente; escamas grandes; ossos da cabeça
esculturados; respiração aérea obrigatória através da bexiga fisóstoma.
Elopomorpha
Anguilliformes
Anguillidae
Enguias de água doce. A espécie que ocorre no norte da América do Sul é Anguilla
rostrata que, como o restante das espécies do gênero, é catádroma, necessitando de áreas
oceânicas profundas e com condições adequadas de salinidade e temperatura e correntes
favoráveis à dispersão das larvas leptocéfalas para rios distantes. Escamas pequenas
embebidas na parede do corpo, nadadeiras peitorais presentes, maxila inferior ligeiramente
mais longa que a superior. Raras na América do Sul, com registros na Colômbia (Ferraris,
2003).
Ophichthidae
Mais de 250 spp em 55 gêneros, todos de águas tropicais marinhas, exceto uma
espécie conhecida apenas de água doce da América do Sul, Stictorhinus potamius Böhlke &
McCosker, 1975, que ocorre no Rio Tocantins (Ferraris, 2003).
17. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 17
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Clupeomorpha
Clupeiformes
Presença de projeções anteriores e pares da bexiga natatória alojadas em expansões
do proótico e pterótico, conectando a bexiga ao ouvido interno; dois forames proeminentes
limitados pelo proótico, exoccipital e basioccipital; presença de recessus lateralis, uma câmara
no pterótico que liga-se a muitos dos canais latero sensoriais da cabeça; uróstilo composto
pelo uroneural 1 e o centro vertebral terminal, hipural 1 separado do uróstilo (autógeno);
linha lateral corpórea ausente. De maneira geral, a perda de dentes nas maxilas e arcos
branquiais, redução e perda de raios branquiostégios e desenvolvimento de tratos digestivos
longos e complexos, com uma estrutura semelhante à uma moela, são eventos que ocorreram
repetida e independentemente dentro do grupo. (Lauder & Liem, 1983).
Os Clupeoidei desenvolveram um órgão epibranquial (sensu Nelson, 1967) – espaço
atrás do quarto arco branquial limitado anterior e posteriormente pelas bordas interdigitadas
de rastros especializados; sua função é compactar as micropartículas, ingeridas pelo hábito
micrófago, em porções maiores e mais facilmente tratáveis. (Lauder & Liem, 1983).
Engraulididae
Porte pequeno, abertura bucal grande e com pequenos dentes, maxilar estende-se
além da margem posterior do olho; rastros branquiais numerosos (90 ou mais); nadadeiras
sem espinhos; olhos caracteristicamente mais próximos da ponta do focinho que da margem
do opérculo; faixa lateral prateada; focinho com órgão rostral com função sensorial; linha
lateral corpórea ausente, cefálica presente; escamas ciclóides fracamente implantadas;
formam cardumes. Cerca de vinte espécies dos gêneros Amazonsprattus, Anchoa, Anchoviella,
Jurengraulis, Lycengraulis, conhecidas popularmente como manjubas. (Figueiredo & Menezes,
1978; Berra, 2001; Whitehead, Nelson & Wongratana, 1988).
Clupeidae
Porte pequeno (10-20 cm CP); forma do corpo variável de comprimida a arredondada;
linha lateral ausente; dentes pequenos ou ausentes; nadadeira peitoral não alcança a origem
da pélvica; escudos abdominais e escamas ciclóides fracamente implantadas; audição
especializada, devido à ligação entre a bexiga e o ouvido interno; Platanichthys e
Ramnogaster. (Whitehead, 1985a), rio da Prata e rio Uruguai e Rhinosardinia amazonica,
porções baixas do Orinoco e Amazonas.
Pristigasteridae
Porte médio a grande (20- 70 cm); nadadeira anal longa 30- 60+ raios; nadadeira
dorsal curta; nadadeira peitoral alcança ou ultrapassa a origem da pélvica; quilha ventral
serrilhada; ossos pré-dorsais inclinados em sentido dorsal ou antero-dorsal. Três gêneros:
18. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 18
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Pellona (com cinco espécies apud Melo, 2001), Ilisha e Pristigaster, com uma espécie cada.
(Whitehead, 1985a).
Euteleostei
Super Ordem Ostariophysi
Grupo típico de água doce, representando mais de 85% dos peixes de água doce do
Brasil e provavelmente 90 a 95% dos peixes do estado de São Paulo.
Bexiga natatória dividida em duas porções: anterior, menor e posterior, maior (ducto
pneumático próximo à união das duas partes); câmara anterior da bexiga revestida
externamente por uma túnica peritoneal prateada, ligada às duas costelas pleurais mais
anteriores (que formam em Otophysi o tripus e a quarta costela pleural); ausência de ossos
supramaxilares e supraneural anterior ao arco neural mais anterior; presença de tubérculos
nupciais.
Na América do Sul ocorre o principal grupo dos Ostariophysi, os Otophysi,
caracterizados pela posse de osso metaperigóide em forma de machadinha com duas lâminas
e de um aparelho de Weber, uma série de modificações peculiares das vértebras anteriores,
unindo a bexiga natatória ao ouvido interno e aumentando sobremaneira a capacidade
auditiva desses peixes: primeiro arco neural se transforma em escáfio e claustro
(secundáriamente perdido em Gymnotiformes); segundo arco neural em intercalário; terceira
costela pleural e parapófise em tripus e, finalmente, Quarta costela plural em suspensório.
Também existem células epidérmicas produtoras de substância de alarme, presentes em todo
o grupo. (Fink & Fink, 1981, 1996)
Cladograma de Relacionamento
O interesse do curso estará centrado mais nos Characiphysi: Characiformes e
Siluriphysi (Gymnotiformes + Siluriformes).
Characiformes
Representado por 23 gêneros e 208 espécies na África e 200 gêneros e 1140 espécies
na região Neotrópica.
As escamas são geralmente ciclóides, presentes pelo corpo todo, exceções existem em
Gymnocharacinus (sem escamas), Hoplocharax (sem escamas na região dorsal e em
Cynopotaminae (Characidae), Bivibranchia velox (Hemiodontidae), Ctenoluciidae e
Prochilodontidae, que apresentam escamas ctenóides/espinóides. Os raios da nadadeiras são
normalmente moles e não transformados em acúleos ou espinhos, com a exceção em
Hoplocharax, onde os primeiros raios da anal e dorsal são na forma de espinhos. A dorsal tem
normalmente um pequeno número de raios: 11 a 12. A série circumorbital é composta por
oito ossos.
19. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 19
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Nenhum dos caracteres listados acima, entretanto, é exclusivo de Characiformes. As
sinapomorfias compartilhadas pelos membros do grupo envolvem caracteres osteológicos
internos ou de difícil visualização, e.g. presença de forame no proótico; abertura dorsomedial
da fossa postemporal (epioccipital); capsula lagenar grande e globular, projeta-se bem
lateralmente ao côndilo occipital; processo transverso do terceiro arco neural lateral ao
processo ascendente do intercalário; dentes multicuspidados; dentes de reposição do
dentário e de alguns dentes prémaxilares formam-se em criptas ou valas nos ossos; hipural 1
separado do centro composto por um espaço (Fink & Fink, 1981)
Erythrinidae
Dorsal com base relativamente longa (iii + 8-9 em Erythrinus e Hoplerythrinus e iii + 11-
15 em Hoplias), no meio do corpo; ausência de nadadeira adiposa; caudal com a borda
arredondada; anal de base curta; boca grande com dentes cônicos e caninos; ausência de
fontanela e presença de supra-opérculo.
Gêneros: Hoplias, com a dorsal mais longa (iii + 11-15 raios) e dentes caninos no
maxilar; Erythrinus e Hoplerythrinus com a dorsal mais curta (iii + 8-9 raios) e apenas dentes
cônicos no maxilar. (Géry, 1977)
Ctenoluciidae
Dentes cônicos pequenos, bem juntos, e voltados para trás no premaxilar e dentário;
focinho alongado; dorsal atrás do meio do corpo, oposta à anal; caudal furcada; a forma do
corpo lembra aquela de Lepisosteus.
Gêneros Ctenolucius com escamas ctenóides não típicas, 45 a 50 escamas na linha
lateral e pequenos dentes cônicos no palato; Boulengerella com escamas ciclóides
denticulares, 87 a 124 escamas em linha lateral e palato sem dentes. (Vari, 1995)
Crenuchidae
Fontanela restrita à área posterior à barra epifiseal ou ausente; dentes cônicos ou
tricúspides em uma série única na maxila superior e normalmente duas na inferior; dentes no
ectopterigóide; dois ou mais raios simples na porção anterior da peitoral; anal com base curta
(menos de 14 raios).
Crenuchinae com dorsal longa (15 a 17 raios) e dentes tricúspides ou caninos:
Crenuchus e Poecilocharax. Characidiinae com 11 a 13 raios na dorsal; dentes cônicos ou
levemente tricúspides: Ammocryptocharax, Characidium, Elacocharax, Kluzewitzia,
Leptocharacidium, Melanocharacidium, Microcharacidium e Odontocharacidium. (Buckup,
1993; 2003)
20. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 20
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Gasteropelecidae
Quilha ventral anterior; nadadeira pélvicas reduzidas e peitorais bem desenvolvidas;
dentes multicúspides e cônicos em uma ou duas séries no pré-maxilar; capazes de “voar” sobre
a água.
Gêneros: Toracocharax, 5 raios branquiostégios e duas séries de dentes no pré-
maxilar; Gasteropelecus e Carnegiella com quatro raios branquiostégios e uma ou duas séries
de dentes no pré-maxilar. Carnegiella apresenta ainda ausência de adiposa e linha lateral
interrompida. (Weitzman, 1960; Géry, 1977)
Prochilodontidae
Lábios grossos e bem desenvolvidos; numerosos dentes diminutos e depressíveis (não
inseridos nos ossos) em duas séries superior e inferiormente; espinho procumbente dirigido
anteriormente na origem da nadadeira dorsal.
Gêneros: Prochilodus com espinho procumbente bífido, escamas ctenóides e caudal
clara ou com máculas; Semaprochilodus espinho bífido, escamas ciclóides, caudal com faixas
horizontais escuras; Icthyoelephas com espinho procumbente arredondado, escamas ciclóides
e caudal clara, sem manchas.
Curimatidae
Ausência de dentes nas maxilas inferior e superior é o único caráter externo capaz de
definir todos os membros da família.
As relações internas dentro da família foram estabelecidas por Vari (1989), que
reconhece os gêneros: Curimatopsis, Potamorhina, Curimata, Psectrogaster, Steindachnerina,
Pseudocurimata, Curimatella e Cyphocharax. (Vari, 1982, 1984,1989 a, b, c e d, 1991, 1992 a e
b, 2003)
Chilodontidae
Porte pequeno; dentes cônicos e ou tricúspides implantados nos lábios e depressíveis;
dorsal de base curta e no meio do corpo; boca terminal ou sub-inferior; dentes faringeanos
com três ou mais cúspides; todos os seus membros nadam com a cabeça voltada para baixo.
Gêneros: Caenotropus com boca sub-inferior e regiões pré-dorsal e pós-ventral
arredondadas; Chilodus com boca anterior e regiões pré-dorsal e pós-ventral quilhadas.
(Isbrücker & Nijssen, 1988; Vari et al., 1995)
Anostomidae
Dentes bem desenvolvidos, em número de três a quatro, incisiviformes (às vezes
cuspidados) e assimétricos, em série única no dentário e no pré-maxilar; membranas
branquiais unidas ao istmo; maxilar sem dentes e excluído da abertura bucal.
21. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 21
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Gêneros: Leporinus, Leporellus, Abramites, Schizodon, Laemolyta, Rhytiodus,
Anostomus, Pseudanos, Synaptolemus, Sartor, Gnathodolus. (Winterbottom, 1980; Géry,
1977; Vari & Williams, 1987; diversos trabalhos de Britski e Garavello com Leporinus e
Schizodon; Garavello & Britski, 2003)
Parodontidae
Boca inferior; mandíbula com borda anterior reta e normalmente sem dentes; dentes
do pré-maxilar com borda larga e multicúspides; dentes do maxilar e dentário ocorrem em
algumas espécies; sem fontanela; 3 a 4 raios branquiostégios; membranas branquiais unidas
entre si e livres do istmo; nadadeiras peitorais bem desenvolvidas, usadas para “andar” e
ancorar os peixes ao fundo de ambientes correntosos.
Gêneros: Apareiodon, Saccodon e Parodon (com dentes na porção do dentário próxima
ao ríctus bucal). (Starnes & Schindler, 1993; Pavanelli, 1999 e 2003)
Hemiodontidae
Sulco supra-peitoral (depressão axilar) limitado dorsalmente pela porção posterior do
cleitro seguida por uma série de escamas alongadas; i + 9 a 11 raios pélvicos; pálpebra adiposa
ocular estende-se desde a porção posterior dos orifícios nasais até a região opercular, com
abertura verticalmente alongada na altura da pupila; dentes multicúspides normalmente
presentes apenas no pré-maxilar; borda anterior do dentário arredondada; quatro a cinco
raios branquiostégios.
Gêneros: Anodus com dentes ausentes tanto no pré-maxilar quanto no dentário,
rastros branquiais muito longos e portando minúsculos "ctenii"; Micromischodus presença de
dentes pedicelados no dentário e pré-maxilar, com uma única cúspide recurvada
posteriormente; Argonectes com dentes tricúspides, maxila superior levemente protráctil,
pálpebra adiposa recobrindo todo o olho, exceto por pequeno orifício dorso-lateral, acima da
pupila e uma série de dobras cutâneas dispostas dorsalmente entre a porção anterior do
focinho e os poros nasais; Bivibranchia apresenta dentes tricúspides e um sulco dorso-
tranversal no focinho, marcando o encaixe do maxilar superior que é protráctil; Hemiodus
com dentes multicúspides presentes apenas na maxila superior. (Langeani, 1996)
Lebiasinidae – peixes lápis
Porte pequeno; linha lateral incompleta; sfontanela, upraorbital e fenestra do
metapterigóide/quadrado ausentes; pré-maxilar com uma série única de dentes cônicos ou
cuspidados; dentário normalmente com duas séries; maxilar curto.
Gêneros: Lebiasina, Piabucina, Pyrrhulina, Copeina, Copella, Nannostomus e
Poecilobrycon. (Weitzman, 1966, 1978; Fernandez & Weitzman, 1987; Weitzman & Cobb,
1975; Géry, 1977)
22. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 22
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Cynodontidae
Porte médio a grande; anal longa; boca grande com fenda bucal acentuadamente
oblíqua; uma única série de dentes cônicos e caninos em ambas as maxilas, sendo que o par
anterior de caninos é muito desenvolvido e se encaixa em um par de perfurações
características no palato (Cynodontinae); porção ventral do corpo quilhada (Cynodontinae e
Gilbertolus – Roestinae). Cynodontinae com Cynodon, Hydrolicus e Raphiodon e Roestinae com
Roestes e Gilbertolus. (Howes, 1976; Lucena & Menezes, 1998, Toledo-Piza, Menezes & Santos,
1999; Toledo-Piza, 2000)
Acestrorhynchidae
Dentes presentes no palato; dentes cônicos ou caninos em série única no pré-maxilar e
dentário (às vezes dentes tricúspides alongados). primeiro arco branquial com rastros curtos,
laminares e com espinhos; outros caracteres osteológicos em (Lucena & Menezes, 1998).
Gênero Acestrorhynchus.
Characidae
Dentro de Characiformes, Characidae é a família mais complexa e diversa.
Provavelmente, alguns de seus representantes são mais relacionados com grupos de fora do
que com aqueles internos. Atualmente, trabalhos de análise filogenética têm rearrranjado o
grupo, restringindo algumas das subfamílias a um menor número de gêneros, em
consequência diversos gêneros de Characidae são atualmente incertae sedis, e.g. Oligosarcus,
Probolodus, Aphyocharax, etc.
Agoniatinae
Corpo alongado e comprimido; quilha ventral desenvolvida em algumas espécies e
pouco desenvolvida em outra; abertuta bucal oblíqua, pré-maxilar com 2 séries de dentes
cônicos ou tricúspides, sendo que as cúspides laterais são normalmente muito pequenas e
inconspícuas; maxila alongada e com dentes cônicos ao longo de todo seu comprimento;
dentário com duas séries de dentes, a externa com dentes tricúspides, caninos ou cônicos
variando bastante de tamanho, a interna com apenas um par tricúspide ou cônico. (Zarske &
Géry, 1997)
Iguanodectinae
Porte pequeno; corpo alongado e comprimido, quilhado em algumas espécies
(Piabucus); anal com base moderada a longa; dorsal atrás do meio do corpo; boca pequena,
terminal e à frente dos olhos, pré-maxilar com uma ou duas séries de dentes (quando
presente, a série externa com um ou dois dentes), dentário com uma única série de dentes,;
23. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 23
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
dentes multicúspides de coroa larga (semelhantes aos de Parodontidae e Hemiodontidae).
Vari (1977) relaciona três caracteres exclusivos para o grupo: a. porção posterior da bexiga
natatória muito desenvolvida, mais desenvolvida posteriormente; b. menor espessura dos
miótomos na região em contato com a porção posterior da bexiga natatória (visível
externamente); c. modificação dos pterigióforos anteriores da nadadeira anal, sendo o
primeiro muito expandido anteriormente e deitado posteriormente, seguindo o contorno da
câmara posterior da bexiga natatória. Gêneros Iguanodectes e Piabucus.
Salmininae
Porte médio; 2 séries de dentes cônicos no pré-maxilar e dentário; 1 série de pequenos
dentes no maxilar. Dourados e tabaranas. Um único gênero: Salminus.
Tetragonopterinae
Porte pequeno; 2 a 3 séries de dentes cuspidados no pré-maxilar; 1 série de dentes
cuspidados no dentário; 1 série, geralmente curta, de dentes cuspidados no maxilar. Lambaris,
piabas e afins. Vários gêneros: Astyanacinus, Astyanax, Autanichthys, Bario, Boehlkea,
Brycochandus, Bryconacidnus, Bryconamericus, Bryconella, Bryconops, Carlastyanax,
Ceratobranchia, Coptobrycon, Creagrudite, Nematobrycon, Creagrutops, Creagrutus,
Creatochanes, Ctenobrycon, Deuterodon, Genycharax, Gymnocharacinus, Gymnocorymbus,
Gymnotichthys, Hasemania, Hemibrycon, Hemigrammus, Hyphessobrycon, Knodus,
Markianna, Microgenys, Moenkhausia, Opisthanodus, Parapristella, Piabarchus, Piabina,
Psellogrammus, Pseudochalceus, Ramirezella, Rhinobrycon, Rhinopetitia, Shultzites,
Stichonodon, Tetragonopterus, Thayeria, Vesicatrus.
Cheirodontinae
Porte pequeno; dentes pedunculados e grandemente expandidos e comprimidos
distalmente, cônicos ou cuspidados em uma série única no pré-maxilar, maxilar e dentário;
pseudotímpano presente entre a primeira e a segunda costelas pleurais; mancha umeral
ausente. Vários gêneros e espécies conhecidos como lambaris, piabinhas ou piabas.
(Malabarba, 2003).
Malabarba (1998) diagnostica e restringe o grupo, retirando dai diversos gêneros que
passam a incertae sedis em Characidae (ver comentários em Malabarba, 1998 sobre possíveis
relações).
Serrasalmidae
Corpo alto e comprimido; região pré-ventral quilhada e com espinhos voltados para
trás (escamas modificadas); espinho pré-dorsal presente (secundariamente ausente em
24. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 24
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Mylossoma, Piaractus e Colossoma); nadadeira dorsal com mais de 16 raios; área pré-dorsal
sem escamas
Piranhas
Dentes comprimidos com a borda cortante bastante afiada, tricúspides, com a cúspide
mediana muito maior que as laterais, em uma única série no pré-maxilar e dentário; dentes no
palato podem ocorrer. Gênero Serrasalmus.
Pacus
Pré-maxilar com duas séries de dentes; dentário com duas séries de dentes, a segunda
com apenas um par. Gêneros – Piaractus (pacu caranha) e Colossoma (tambaqui), sem
espinho pré-dorsal; Myleus (pacu prata) e Metynnis, com espinho pré-dorsal e menores.
Aphyocharacinae
Peixes de pequeno porte; ampla fontanela frontal e parietal; segundo infra-orbital
reduzido, terceiro e quarto bem desenvolvidos; dentes tricúspides e cônicos em uma única
série nas maxilas; linha lateral incompleta; pseudotímpano ausente. Gênero Aphyocharax;
pequiras, pequirões. (Lima, 2003, 2004)
Bryconinae e Triportheinae
Pré-maxilar com três séries de dentes cuspidados; dentário com duas séries, a
posterior formada por um único par junto à sínfise mandibular, e as vezes outros menores
mais atrás.
Bryconinae
Porte médio; dentes cuspidados, o sinfiseano cônico; maxilar todo denteado.
Piracanjuvas e Piabanhas. Gênero Brycon e Chilobrycon. (Zanata, 2000)
Triportheinae
Porte pequeno a médio; região peitoral e abdominal quilhadas, coracóide quilahado; 2
a
série do dentário composta apenas pelo par sinfiseano; maxilar não denteado; mais de 20
rastros no ramo inferior do primeiro arco branquial (30 a 90); nadadeira dorsal atrás do meio
do corpo; peitoral longa. Sardinhas de água doce. Gêneros Triportheus e Lignobrycon.
(Malabarba, 1998, 2004).
Chalcidiinae
Um único gênero, Chalceus, cujas relações são hipotetizadas com Characidae
africanos, Hemiodontidae, Crenuchidae e, em seguida, por um clado formado por vários
25. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 25
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
representantes dos Characidae Neotropicais. Com relação à dentição se assemelha a Brycon;
em outros aspectos se assemelha a Alestes, um Characiformes africano, e.g. escamas grandes
(Zanata, 2000; Zanata & Toledo-Piza, 2004).
Glandulocaudinae
Macho com glândula caudal, recoberta por escamas normalmente bastante
modificadas em um ducto para liberação do feromônio; semelhantes aos Tetragonopterinae
com quatro dentes na série interna do pré-maxilar e ii+8 raios dorsais, com os quais são
possivelmente relacionados (Malabarba & Weitzman, 2003); dorsal geralmente atrás do meio
do corpo. Vários gêneros, em São Paulo os mais comuns são Mimagoniates, Glandulocauda,
Pseudocorynopoma e Planaltina. (diversos trabalhos Weitzman, Menezes e juntos).
Stethaprioninae
Presença de um espinho pré-dorsal procumbente e espinhos anais presentes em
machos adultos; corpo alto e semelhante aos Tetragonopterinae. Gêneros Poptella,
Orthospinius, Stethaprion e Brachychalcinus. (Reis, 1989)
Clado 1 (Lucena, 1998)
Grupo proposto por Lucena (1998): 2(Gnatocharax + (Hoplocharax + (Heterocharax +
Lonchogenys))) + 3(Phenacogaster + (4(5Cynopotamus + (Acestrocephalus + Galeocharax)) +
(Acanthocharax + (6Charax + Roeboides))))
Clado 3 (Lucena, 1998)
Caracterizado pela retenção da forma larval da nadadeira peitoral; pseudotímpano
largo entre a primeira e a segunda costelas pleurais (também em Cheirodontinae sensu
Malabarba, 1998); presença de uma projeção anterior no processo isquiático; pequena
abertura do pseudotímpano à frente da primeira costela pleural; neuromastos conspícuos
presentes na cabeça.
Characinae
Dentes cônicos, geralmente em série única no pré-maxilar e dentário (alguns com uma
segunda série de um a três dentes no dentário); normalmentesem dentes no palato (algumas
espécies de Charax podem apresentar); vários são comedores de escamas e apresentam
dentes mamiliformes dispostos fora da boca; gibosidade pré-dorsal normalmente presente;
escamas ciclóides e ctenóides; um pseudotímpano à frente da primeira costela pleural pode
estar presente. Acanthocharax, Acestrocephalus, Charax, Cynopotamus, Galeocharax,
Gnathocharax, Heterocharax, Hoplocharax, Lonchogenys, Phenacogaster, Priocharax e
Roeboides. (Lucena, 1987, 1988 a e b, 1998, 2000; Lucena & Menezes, 2003; Menezes, 1976)
26. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 26
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Siluriphysi
Mesetmóide comprimido, bastante estreito em vista dorsal; olho reduzido em
comparação à série circum-orbital; supra-orbital ausente, demais ossos da série circum-orbital
consistindo grandemente ou inteiramente pelas porções portadoras do canal da linha lateral
infra-orbital; ausência de ossos escleróticos; ectopterigóide grandemente reduzido
(Siluriformes) ou ausente (Gymnotiformes); sempre 9 + 9 raios caudais ou menos (vs. 10+9).
Inclui os peixes elétricos (Gymnotiformes) e os bagres e cascudos (Siluriformes).
Gymnotiformes
Os Gymnotiformes são caracterizados por possuir: nadadeira anal muito desenvolvida,
com mais de 100 raios; raios da nadadeira anal articulam-se diretamente com os pterigióforos
próximas, pterigióforos distais pouco desenvolvidos, cartilaginosos e intermediários entre os
raios; região pré-anal muito curta e ânus anterior; cintura e nadadeiras pélvicas ausentes;
nadadeira dorsal ausente; órgãos elétricos presentes, às vezes visíveis por transparência na
região caudal ou evidentes como filamentos cilíndricos mentonianos ou humerais; olhos
subcutâneos; papilas gustativas ausentes no integumento extra-oral; sem dentes no maxilar;
ectopterigóide, claustro e nadadeira adiposa ausentes metapterigóide triangular.
Sinusoidea
Clado formado por Sternopygidae e Apteronotidae que compartilham, entre outros
caracteres: origem da nadadeira anal na cintura peitoral; 15 a 25 raios simples, não
ramificados, na anal; órgão elétrico hipaxial da larva é substituído por órgão elétrico que no
adulto não tem relação com a musculatura hipaxial.
Apteronotidae
Família com o maior número de espécies (41 spp) em Gymnotiformes, caracterizada
por: nadadeira caudal e filamento ectodérmico dorsal e órgão elétrico neurogênico. Vários
gêneros: Adontosternarchus, Apteronotus, Sternarchogiton, Sternarchella, Magosternarchus,
Porotergus, Sternarchorhynchus, Platyurosternarchus, Parapteronotus, Orthosternarchus,
Sternarchorhamphus, Compsaraia.
Sternopygidae
Presença de dentes viliformes em ambas as maxilas; papila genital pouco desenvolvida.
Archolaemus, Distocyclus, Eigenmannia, Rhabolichops, Sternopygus.
27. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 27
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Rhamphichthyoidea
Clado constituído por Hypopomidae e Rhamphichthyodae é corroborado pelo
compartilhamento de 16 caracteres apomórficos (Albert & Campos da Paz, 1998; Albert,
2001), entre eles: boca pequena, abertura curta; sem dentes; narinas anteriores dentro da
abertura bucal ou antero-ventrais, nunca dorsais.
Hypopomidae
Focinho curto; narinas bem separadas, as posteriores mais perto do olho que da ponta
do focinho; origem da anal oculta por dobra de pele e atrás da base da nadadeira peitoral;
órgãos elétricos formando cordões na região gular ou atrás das peitorais. Hypopomus,
Brachypopomus, Microsternarchus, Racenisia, Steatogenys, Hypopygus.
Rhamphichthyidae
Focinho longo; narinas bem próximas, as posteriores longe do olho; linha lateral
sempre completa; origem da anal não oculta por dobra de pele e sempre ao nível ou à frente
da base da peitoral. Rhamphichthys, Gymnorhamphichthys e Iracema.
Gymnotidae
Corpo cilíndrico ou sub-cilíndrico; abertura bucal larga, mais de um terço do
comprimento da cabeça; fontanela ausente nos adultos; pré-maxila grande. Fazem ninhos de
espuma e restos vegetais, onde protegem ovos e larvas.
Escamas presentes; boca prognata; olho ventral, na linha da boca; nadadeira anal
termina na ponta da cauda. Gymnotus.
Escamas ausentes; pele grossa com poros látero-sensoriais grandes; órgão para
respiração áerea oral; nadadeira anal com mais de 400 raios, se continua ao redor da ponta da
cauda, formando uma nadadeira caudal falsa. Electrophorus.
Siluriformes
Parietais ausentes, provavelmente fundidos aos supra-occipital; sub-opérculo ausente;
pré-opérculo e inter-opérculo muito encurtados em seu eixo ântero-posterior; presença de
barbilhões; bexiga natatória reduzida, normalmente sem sub-divisões externas perceptíveis
(hábito de fundo); presença de travas nos acúleos das nadadeiras dorsal e peitoral são
comuns; dentes pequenos, cônicos, em grande número e distribuídos em faixas nas maxilas
(dentes viliformes). Trinta e quatro famílias, 412 gêneros e 2405 espécies (Nelson, 1994; de
Pinna, 1998). Um grande projeto pretende estudar e descrever o grupo a nível mundial nos
próximos anos, “All Catfish Species Inventory”, delineado na página web
http://clade.acnatsci.org/allcatfish/
28. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 28
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Diplomystidae (sul do continente Chile e Argentina)
Grupo mais primitivo dentre os Siluroidei; maxilar compõe a borda da boca e é
denteado; parece apresentar resquício de parietal; sem barbilhões mentonianos. Diplomystes
(3 espécies), Olivaichthys (monotípico). (Arratia, 1987; Arratia & Schultze, 1990).
Cetopsidae (Cetopsidae sensu strictu e Helogeneidae)
Ligamento interopérculo-mandibular do interopérculo disposto dorsalmente. (de Pinna
& Vari, 1995)
Helogeneinae: bagres pequenos que vivem em pequenos igarapés rasos e
aparentemente mimetizam folhas mortas na cor, forma e comportamento. Membranas
branquiais unidas ao ístmo; nadadeira dorsal deslocada para trás; nadadeira anal muito longa.
Um único gênero Helogenes, com quatro espécies; alimentam-se de invertebrados alóctones
(Vari & Ortega, 1986)
Cetopsinae: candirus-açus; maioria alimenta-se de pequenos invertebrados aquáticos
ou alóctones, alguns alimentam-se de outros peixes mortos ou agonizantes, ocasionalmente
de peixes ainda sadios, dos quais retiram pedaços grandes com o auxílio de seus dentes
viliformes bastante afiados (Cetopsis e Hemicetopsis); pele lisa; acúleos das nadadeiras
ausentes ou reduzidos; nadadeira adiposa ausente. Dorsal à frente do meio do corpo;
barbilhões maxilares e mentonianos reduzidos; abertura branquial estreita; caudal
normalmente furcada; dentes presentes no vômer; faixas de dentes viliformes ou incisivos nas
maxilas e olhos muito pequenos e pouco desenvolvidos. Cetopsis, Hemicetopsis,
Pseudocetopsis, Paracetopsis, Denticetopsis, Bathycetopsis. (Oliveira, 1988; Lundberg & Py-
Daniel, 1994; Ferraris, 1996).
Loricarioidea
Super-família cujos membros são caracterizados por compartilhar: odontodes
presentes nos raios das nadadeiras e no corpo; ausência de cartilagens anteriores no
basipterígio; dentes bilobados (exceto Callichthyidae onde foram perdidos; em
Trichomycteridae presentes em Trichogenes e alguns outros membros). Compõe-se das
famílias Nematogenyidae, Trichomycteridae, Callichthyidae, Scoloplacidae, Astroblepidae e
Loricariidae.
29. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 29
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Nematogenyidae
Músculo levator operculi muito desenvolvido, cobrindo a maior parte da face lateral do
opérculo e ligando-se em sua porção ventro-lateral. Um único gênero Nematogenys e uma
única espécie, endêmica ao Chile Central.
Trichomycteridae
A segunda família de Loricarioidea em número de espécies, são aproximadamente 200
espécies descritas e muitas outras ainda não descritas. Há oito subfamílias reconhecidas:
Copionodontinae, Glanapteryginae, Sarcoglanidinae,, Stegophilinae (incluindo
Pareiodontinae), Trichogeninae, Trichomycterinae, Tridentinae e Vandelliinae. A família inclui
as mais notáveis especializações alimentares entre os peixes, os Vandelliinae são
exclusivamente hematófagos, os Stegophilinae alimentam-se de muco e escamas e os
Trichomycterinae são predadores generalizados de pequenos invertebrados (de Pinna, 1998).
Caracterizados pela posse de um aparato opercular conspícuo, com o opérculo e
interopérculo modificados e portando odontoides para ancoragem e movimentação em
substratos duros e penetração e fixação em hospedeiros; barbilhões do rictus com eixos que
se estendem aos tecidos moles ventrais ao maxilar (vs estendendo-se à sínfise do dentário em
Callichthyidae). A única subfamília não monofilética do grupo é Trichomycterinae, todas as
demais possuem sua monofilia bem corroborada em literatura (de Pinna, 1998).
Aparentemente vários tricomicterídeos realizam respiração aérea através do
estômago; parece que o processo pode servir também para aumento da flutuabilidade (de
Pinna, 1998).
Nematogenyidae Trichomycteridae Callichthyidae Scoloplacidae Astroblepidae Loricariidae
30. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 30
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Callichthyidae
Caracterizados pela presença de duas séries laterais de placas ósseas e respiração
aérea intestinal, entre outros caracteres basicamente osteológicos. O grupo divide-se em duas
subfamílias: Callichthyinae, com Dianema, Hoplosternum, Megalechis, Lepthosplosternum e
Callichthys e Corydoradinae, com Brochis, Corydoras (não monofilético) e Aspidoras. (Reis,
1997, 1998a, 1998b; Britto, 1997).
Os Callichthyidae, como muitos outros Loricarioidea, apresentam respiração aérea,
sendo que uma grande parte da parede do intestino é revestida por epitélio repiratório
vascularizado; o ar é engolido, empurrado à porção intestinal e, depois de utilizado, expelido
pelo ânus; o ar pode ter também uma função hidrostática. Essa capacidade respiratória, aliada
ao revestimento bastante impermeável do corpo, possibilita que os calictídeos possam migrar
entre corpos d’água por distâncias consideráveis (Beebe, 1945).
Scoloplacidae
Uma das famílias a ser estabelecida mais recentemente, seus membros são
caracterizados pela posse de uma placa rostral bem desenvolvida com odontodes grandes e
ausência de vômer. São conhecidas quatro espécies, em um único gênero – Scoloplax,
provenientes da drenagem amazônica, rio Tocantins e sistema do Paraná-Paraguai. Os
exemplares são sempre pequenos (até 20 mm CT) e vivem em águas lênticas e lóticas de
fundo arenoso ou com material depositado. (Schaefer, 1990, Schaefer, Weitzman & Britski,
1989)
Astroblepidae
São endêmicos às porções norte dos Andes e especializados em ambientes torrenciais.
Possuem habilidades notáveis para escalar paredes rochosas, em decorrência de
especializações únicas na boca em forma de ventosa e na nadadeira e cintura pélvica. Apenas
um único gênero – Astroblepus – com mais de 40 espécies nominais.
Loricariidae
A maior família de bagres do mundo, com mais de 600 espécies e 70 gêneros,
provavelmente também a mais complexa taxonomicamente. Loricariídeos são comedores de
algas restritos aos mais baixos níveis tróficos dos ecossistemas neotropicais. São
caracterizados pela posse de dentes com cúspides bífidas e assimétricas; presença de dois
ligamentos entre o mesetmóde e a premaxila, entre outros caracteres. De maneira geral
podem ser caracterizados também pela posse de quatro ou cinco séries laterais de placas
ósseas no corpo, boca inferior em forma de ventosa, nadadeira anal curta, ossos
componentes do premaxilar e dentário separados entre si e membranas branquiais unidas ao
ístmo. O grupo é dividido em Lithogeninae, com um único gênero – Lithogenes;
31. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 31
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Neoplecostominae, com Neoplecostomus, Isbrueckerichthys, Kronichthys, Pareiorhina e
Hemipsilichthys; Hypoptopomatinae, com vários gêneros, todos normalmente de tamanhos
pequenos e caracterizados por possuir a cintura escapular exposta total ou parcialmente em
sua porção ventral; Loricariinae, com vários gêneros caracterizados entre outras coisas pela
presença de um pedúnculo caudal deprimido; Ancistrinae, também com diversos gêneros que
compartilham entre si modificaçãoes no aparelho opercular e região lateral da cabeça e,
finalmente os Hypostominae, com vários gêneros e provavelmente não monofilético.
Diversos autores, recentemente revisada por Armbruster (1997; página web
http://george.cosam.auburn.edu/usr/key_to_loricariidae/lorhome/lorhome.html)
Pimelodidae
Pimelodidae é um agrupamento heterogêneo de cerca de mais de 300 espécies e tem
sido historicamente caracterizado pela ausência de especializações vistas em outras famílias
de bagres neotropicais. Atualmente são reconhecidos três grupos: Pimelodinae,
Heptapterinae e Pseudopimelodinae, que são mais intimamente relacionados a outros grupos
de Siluriformes do que entre si e, em conseqüência, devem ser elevados à categoria de
famílias em uma classificação filogenética, o que ainda depende de estudos mais
aprofundados. MELHORAR GERAL
Pimelodinae é um grande agrupamento composto em sua maior parte de espécies
predadoras e incluindo formas tão distintas quanto Hypophthalmus, forma pelágica e
filtradora, e Phractocephalus, forma de corpo largo e forte. Os pimelodíneos incluem também
o maior bagre da Neotrópica, Brachyplatystoma filamentosum (piraíba), que alcança 2,8 m e
140 kg de peso. São caracterizados pela presença de uma superfície de articulação do etmóide
lateral no palatino bastante alongada e processo dorso-lateral da premaxila conspicuamente
bifurcado. Diversos gêneros (cerca de 30).
Heptapterinae
Inclui espécies de porte pequeno a médio, caracterizadas por possuir: porção distal do
processo transverso posterior da quarta vértebra expandido e profundamente furcado, entre
outros caracteres ósseos. Vários gêneros.
Pseudopimelodinae
É o menor grupo, compreendendo Microglanis, Pseudopimelodus, Lophiosilurus e
Cephalosilurus, caracterizados por uma série de especializações osteológicas.
32. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 32
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Aspredinidae
É a família mais aberrante de bagres neotropicais, incluindo peixes com uma forma de
corpo bastante bizarra e tamanhos variando de menos de 20 mm até 420 mm. A superfície do
corpo apresenta fileiras longitudinais de tubérculos unculíferos; a cintura escapular é bem
larga e forte, a abertura branquial é muito reduzida; opérculo e nadadeira adiposa ausentes;
10 ou menos raios caudais, sendo que as bases dos raios mais externos são expandidas; bases
dos barbilhões mentonianos reduzidas. Diversos gêneros: Pseudobunocephalus,
Acanthobunocephalus, Bunocephalus, Amaralia, Pterobunocephalus, Platystacus, Aspredo,
Aspredinichthys, Xyliphius Hoplomyzon, Dupoichthys, Ernstichthys, Micromyzon. (Friel, 1994;
Friel & Lundberg, 1996)
Doradoidea
Compreende as famílias Doradidae, Auchenipteridae e Ageneiosidae, mais a família
africana Mochokidae. O grupo é unido pela posse de um aparelho de mola elástica, uma
modificação produtora de som do ramo muleriano do aparelho de Weber (ramo anterior da
parapófise da quarta vértebra).(Regan, 1911; Britski, 1972; Ferraris, 1988)
Doradidae
A mais conspícua das famílias de Doradoidea sul americanos, com cerca de 80
espécies, desde os minúsculos Physopyxis (cerca de 3 mm CP) aos grandes Megalodoras (cerca
de 1 m CP).
Uma série de placas ósseas com um espinho retrorso ao longo da linha lateral; às vezes
placas entre a dorsal e adiposa, entre a adiposa e a caudal e entre a anal e a caudal; um par de
barbilhões maxilares, dois pares de barbilhões mentonianos, anal curta; membranas
branquiais unidas ao ístmo; sem dimorfismo sexual. Wertheimeria, Franciscodoras,
Platydoradinae com Kalyptodoras, Platydoras, Acanthodoras e Agamyxis, Astrodoradinae com
Astrodoras e Hypodoras (Astrodoradini), Anadoras, Physopyxis e Amblydoras e Merodoras
(Amblydoradini), Doradinae com Orinocodoras e Rhinodoras (e provavelmente Rhynchodoras),
Centrochir, Pterodoras, Centrodoras, Megalodoras, Lithodoras e Doraops (Centrochirini),
Oxydoras e Petalodoras, Nemadoras, Stenodoras e Trachydoras (Trachydoradina), Doras,
Hassar, Opsodoras, Hemidoras, Anduzedoras e Leptodoras (Doradina). (Eigenmann, 1925;
Higuchi, 1992)
Auchenipteridae (incluindo Centromochlidae e Ageneiosidae)
Família constituída por aproximadamente 20 gêneros e 70 espécies amplamente
distribuídas na América do Sul. Pseudauchenipterus inclui alguns dos poucos siluriformes
tolerantes à água salobra e salgada. Alguns (e.g. Trachycorystes) comem frutos (Goulding,
1980) e outros (e.g. Auchenipterus) predam insetos e crustáceos (Menezes, 1949).
33. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 33
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Únicos Siluriformes com fertilização interna; dimorfismo sexual bastante característico:
modificações na nadadeira anal dos machos para cópula, orifício urogenital na extremidade
distal do primeiro raio anal, nadadeira dorsal desenvolve diversos espinhos e capacidade de
movimentação ampla (mantém a proximidade da fêmea durante a cópula); barbilhão maxilar
dos machos maduros bem desenvolvido, conspícuo e com espinhos; testículo grandemente
modificado, o esperma é produzido apenas na porção anterior, porção posterior produz
substância gelatinosa que aparentemente é injetada na fêmea ao final da cópula, após a
transferência de esperma, tampando o oviduto, que é alargado; machos apresentando todas
essas modificações são raros, provavelmente em épocas não reprodutivas os espinhos no
acúleo dorsal e barbilhão maxilar, bem como seu tamanho e maior ossificação involuem.
O grupo tem sido objeto de estudos recentes, dividido em duas subfamílias
Centromochlinae e Auchenipterinae. Centromochlinae, caracterizada por possuir:
metapterigóide cônico, com pouca ou nenhuma expansão laminar; tubo urogenital de machos
adultos estreito e saindo de uma projeção cutânea que cobre a base urogenital
anteriormente; raios anais orientados obliquamente e não interdigitados com os espinhos
hemais; gêneros Centromochlus, Tatia e Glanidium. Auchenipterinae, a maior subfamília, é
caracterizada por linha lateral ramificada na base da nadadeira caudal e sinusoidal ao longo de
todo o corpo, juntamente com as demais características de dimorfismo sexual descritas
acima; gêneros Asterophysus, Pseudotatia, Tocantinsia, Trachycorystes, Liosomadoras,
Trachelyopterychthys, Pseudauchenipterus, Auchenipterichthys, Trachelyichthys,
Trachelyopterus, Ageneiosus, Tetranematichthys, Entomocorus, Auchenipterus e Epapterus.
Super Ordem Protacanthopterygii
Osmeriformes
Galaxiidae
Grupo exclusivo de água doce, alguns diádromos, em águas temperadas do hemisfério
sul; em nossa região ocorrem no sul da América do Sul e Ilhas Falkland (Malvinas). São
alongados e sem escamas. Gênero Aplochiton, com duas espécies: nadadeira dorsal anterior à
nadadeira pélvica, nadadeira adiposa presente, caudal furcada; piscívoros ou insetívoros,
provavelmente anfídromos, com as larvas sendo carregadas para o mar após a eclosão em
águas doces.
Super Ordem Paracanthopterygii
Batrachoididae
Família caracterizada por uma cabeça grande, olhos dorsais; a maioria possui múltiplas
linhas laterais e o corpo não escamado. Nadadeiras dorsal e anal apresentam base longa, a
dorsal precedida por dois ou três espinhos bastante afiados e anteriores; apresentam apenas
três pares de brânquias; nadadeiras pélvicas jugulares; são peixes de águas costeiras, de
34. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 34
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
hábitos bênticos, e bem camuflados contra o fundo. Existem três subfamílias: Batrachoidinae,
Porichthyinae e Thalassophryninae, a primeira e a terceira com representantes em águas doces
sul americanas. Batrachoidinae, com Potamobatrachus trispinosus que ocorre no Tocantins e
apresenta três espinhos suboperculares. Os representantes de Thalassophryninae diferem dos
demais membros da família por apresentar linha lateral única ou ausente, dois espinhos ocos
na dorsal e um opercular, conectados à glândulas que produzem um veneno bastante potente;
dois gêneros: Daector com uma espécie (quadrizonatus) ocorrendo no rio Atrato e outra
(gerringi) ocorrendo no San Juan, e Thalassophryne, com uma espécie amazônica. (Berra, 2001;
Collette, 1995; www.fishbase.org ).
Gobiesocidae
Espécies de tamanho pequeno a médio, prontamente reconhecidas pela presença de
uma ventosa torácica, utilizada para fixação ao substrato. Podem ser reconhecidos ainda pela
cabeça deprimida, pelo menos anteriormente, corpo sem escamas e coberto por uma grossa
camada de muco, dorsal única, sem espinhos e na porção posterior do corpo, raios pélvicos
contribuem para a formação da ventosa torácica. Uma espécie, Gobiesox juradoensis, ocorre
em rios da drenagem pacífica da Colômbia.
Super Ordem Acanthopterygii
Série Mugilomorpha (tainhas)
Série Atherinomorpha (Atheriniformes, Beloniformes, Cyprinodontiformes)
Atheriniformes
Atherinopsidae
Formam o grupo irmão de todos os demais Atheriniformes; apresentam o corpo
comprimido e alongado, normalmente uma faixa prateada lateral bastante conspícua
(silversides, peixes-rei); duas nadadeiras dorsais, a primeira com espinhos levemente flexíveis;
anal com um espinho; escamas normalmente ciclóides; boca terminal e normalmente
protráctil, sendo que a maioria das espécies é planctívora; nadadeiras pélvicas abdominais,
peitorais inseridas medio-dorsalmente; olhos grandes. Vivem em grandes cardumes em águas
rasas e litorâneas, sendo importantes como alimento, iscas e forragem para outros peixes. Na
América do Sul ocorrem espécies dos gêneros Basilichthys, porção oeste dos Andes do Peru ao
Chile e Odontesthes, nas drenagens litorâneas atlânticas, do sul do Brasil à Patagônia e pacíficas
até o Chile. (Dyer, 1998; Berra, 2001).
Beloniformes
Belonidae
35. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 35
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Grupo com distribuição pelo mundo inteiro, um terço de suas espécies ocorre em águas
doces da América do Sul, Índia, sudeste da Ásia, Austrália e nova Guiné. Os belonídeos (peixes-
agulha) são finos, alongados, com as maxilas superior e inferior alongadas e portando vários
dentes; escamas ciclóides pequenas; nadadeiras dorsal e anal com a base longa e em posição
posterior, opostas uma à outra; nadadeiras pélvicas abdominais; nadadeiras peitorais curtas e
médio-laterais; linha lateral baixa; lobo caudal inferior mais alongado que o dorsal, relacionado
à capacidade que as espécies têm de saltar; são nadadores bastante rápidos e vivem junto à
superfície alimentando-se de outros peixes; produzem ovos grandes, redondos e com
filamentos pegajosos. Nas águas doces da América do Sul estão representados por
Potamorhaphis, com espécies no Orinoco, Amazonas e Guianas e Paraná-Paraguai;
Pseudotylosurus, com uma espécie no Orinoco, Guinas e baixo Amazonas e outra no alto
Amazonas e Paraná-Paraguai. Um gênero miniatura, Belonion, com representantes menores de
50 mm CT, também ocorre nas águas doces sul americanas: Belonion apodion, sem cintura e
nadadeiras pélvicas e B. dibranchodon, com a maxila superior notavelmente mais curta que a
inferior, assemelhando-se a membros de Hemirhamphidae. Strogilura em rios da vertente
andida oeste. (Collette, 1966, 1974a, 1974b, 1982; Berra, 2001).
Hemirhamphidae
Semelhantes aos Belonidae, delgados e alongados, com a maxila inferior muito mais
longa que a superior; escamas ciclóides grandes. Em água doce na América do Sul estão
representados por uma única espécie, Hyporhamphus brederi, que ocorre no Orinoco e no
Amazonas. Ao contrário dos seus parentes marinhos que são herbívoros, os de água doce são
insetívoros (Berra, 2001).
Cyprinodontiformes
A ordem Cyprinodontiformes engloba aproximadamente 110 gêneros e 850 espécies,
divididos em duas subordens: Aplocheilodei, com Rivulidae e Aplocheilidae e
Cyprinodontoidei, com Profundulidae, Godeidae, Fundulidae, Valenciidae, Anablepidae,
Poeciliidae e Cyprinodontidae. São peixes de pequeno porte (10 cm ou menos), com
prémaxilar protráctil e dentes geralmente cônicos (bicúspides e tricúspides em alguns), com
escamas na cabeça, nadadeiras com raios moles, esqueleto caudal simétrico, nadadeira
caudal com borda arredondada ou truncada e freqüentemente sem linha lateral corpórea
(comum em peixes de pequeno porte), mas com a linha lateral cefálica bem desenvolvida.
Alguns dos seus representantes são vivíparos. Habitam os mais variados tipos de habitats
temperados e tropicais, com variação salina e temporários; sua capacidade de retirar oxigênio
da película superficial da água e omnivoria, com uma tendência à insetivoria, são responsáveis
por grande parte dessa adaptação a ambientes extremos; por causa disso algumas espécies
36. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 36
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
têm distribuição muito restrita, o que contribui para sua ameaça ou extinção. (Costa, 1998;
Moyle & Cech, 2000; Berra, 2001).
Rivulidae
Facilmente reconhecíveis pela união das membranas operculares, pela redução do
sistema latero-sensorial da cabeça e outras sinapomorfias relacionadas a ossos da cabeça e
nadadeiras. Na América do Sul, ocorrem representantes do grupo (Aplocheiloidei) na maioria
dos sistemas aquáticos cisandinos e drenagens transandinas da Colômbia e Venezuela e bacias
costeiras do noroeste da Colômbia; exceto por Rivulus, todos os demais rivulídeos são peixes
anuais, bastante conhecidos e apreciados pelos aquariofilistas por seu padrão de cor; adultos
enterram seus ovos fertilizados no fundo dos ambientes antes da seca; os adultos morrem e
apenas os ovos sobrevivem à seca, eclodindo alguns meses depois no início da estação
chuvosa. Diversos gêneros, e.g. Cynolebias, Plesiolebias e Leptolebias. (Costa, 1995a, 1995b,
1998, e outros; Berra, 2001).
Anablepidae
Os representantes (tralhotos, quatro-olhos) ocorrem do sul do México à Nicarágua, ao
longo da costa norte da América do Sul da Venezuela ao Pará e no sul do Brasil, Argentina e
Uruguai; possuem boca anterior e dentes tricúspides. Gêneros Anableps, Jenynsia e
Oxyzygonectes; os dois primeiros apresentam fecundação interna, viviparidade e dimorfismo
sexual, com os machos portando gonopódios que podem ser destros ou sinistros (dobram-se
para a direita ou esquerda). Anableps possui olhos divididos através da iris em duas partes, a
pupila superior para visão aérea e a inferior para visão aquática, na retina também dividida
formam-se duas imagens (uma aérea e uma aquática); por causa da visão são difíceis de
coletar e capazes de fugas espetaculares sobre a superfície da água, agitando vigorosamente o
pedúnculo e a nadadeira caudal. Jenynsia e Oxyzygonectes têm olhos normais. (Costa, 1998;
Ghedotti, 1998; Berra, 2001). Oxyzygonectes são ovíparos e os machos não apresentam
gonopódios.
Poeciliidae
Apresenta cerca de 30 gêneros e 300 espécies; nadadeira peitoral apresenta inserção
lateral; têm tamanhos reduzidos. São divididos em 3 subfamílias: Aplocheilichthyinae, restrita
à Africa e Madagascar; Fluviphylacinae, amazônica e com espécies diminutas e Poeciliinae, o
maior e mais importante grupo. As duas primeiras subfamílias apresentam fertilização externa
e ausência de gonopódio; Poeciliidae apresenta representantes vivíparos (matrotrofia) ou
ovovivíparos (lecitotrofia), todos com fecundação interna; os machos são sempre menores
que as fêmeas e apresentam modificações na nadadeira anal, o gonopódio, para a
transmissão do espermatóforo, e às vezes também na nadadeira pélvica; após a cópula os
37. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 37
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
espermatozóides são armazenados pela fêmea, podendo durar até 10 meses. Algumas
espécies de Poecilia e Poeciliopsis apresentam populações constituídas exclusivamente por
fêmeas idênticas à mãe, que foram provavelmente originadas a partir de hibridização entre
espécies próximas; nessas populações as fêmeas copulam com machos de outras espécies e
os espermatozóides não unem-se geneticamente aos óvulos, apenas estimulam a clivagem da
célula. A sistemática do grupo é grandemente baseada na morfologia dos machos,
principalmente do gonopódio. (Costa, 1998; Berra, 2001)
Cyprinodontidae
A última família com representantes na América do Sul. É representada por cerca de
43 espécies de Orestias, distribuídas pelas terras andinas do norte do Chile ao norte do Peru;
mais da metade de suas espécies são endêmicas do Lago Titicaca, 3810m acima do nível do
mar, entre Peru e Bolívia, 8284 km2, 122 km de comprimento, 45 km de largura e até 281m de
profundidade. Este é o mais alto ambiente natural habitado por peixes e as espécies de
Orestias, pela ausência de outros peixes (existe apenas um Trichomycterus), apresentam uma
enorme radiação adaptativa, ocupando diversos nichos disponíveis com formas litorâneas,
formas de águas mais abertas e profundas, piscívoras, planctívoras e miniaturas; O. cuvieri,
forma ictiófaga, é a maior espécie, atingindo até 22 cm CP; membros do complexo O. gilsoni
atingem a maturidade sexual com 30 mm CP. Trutas e peixes-rei foram introduzidos no
Titicaca apresentando ameaça às espécies de Orestias. (Berra, 2001)
Série Percomorpha
Cintura pélvica unida à peitoral diretamente ou através de ligamentos.
Synbranchiformes
Peixes de água doce sem cintura e nadadeira pélvica; cintura peitoral situada bem
abaixo da cabeça e não conectada ao crânio; nadadeira caudal reduzida ou ausente; escamas
quando presentes são ciclóides. Divididos em Mastacembelidae (África e Ásia) e
Synbranchidae (regiões tropicais e subtropicais do mundo, estuários, rios, riachos, lagoas e
brejos).
Synbranchidae
Exemplares sem nadadeiras peitorais (presentes apenas duas semanas durante o
desenvolvimento, com função de fazer circular água pela pele, ricamente vascularizada e com
sistema de contra-corrente); dorsal e anal reduzidas a quilhas baixas e sem raios; nadadeira
caudal reduzida ou ausente; escamas ausentes (exceto em Monopterus); aberturas branquiais
confluentes ventralmente, formando uma abertura única; brânquias grandemente reduzidas;
respiração aérea faringeana ou intestinal (Monopterus cuchia, da Índia, apresenta sacos
38. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 38
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
aéreos especiais ligados à faringe). Apresentam hermafroditismo protogínico (condição rara
entre os peixes de água doce), começando a vida como fêmeas e passando por uma reversão
sexual até os quatro anos. Podem viver em águas pobres em oxigênio graças à respiração
aérea. Synbranchus é facultativo, enquanto Monopterus apresenta respiração aérea
obrigatória. Os peixes desse grupo são capazes de locomoverem-se fora d’água ondulando
lateralmente o corpo, alguns foram vistos inclusive alimentando-se (Liem, 1987). Durante a
época de seca podem hibernar, enterrando-se no solo; experimentos em laboratório
mostraram que S. marmoratus pode sobreviver até nove meses enterrado. Synbranchus é o
único gênero da América do Sul. (Favorito-Amorim, 1998; Berra, 2001).
Perciformes
Percichthyidae
Grupo de água doce do sul da América do Sul (Argentina e Chile) e Austrália,
caracterizado pela presença de uma nadadeira dorsal dupla com a porção anterior espinhosa
e a posterior com raios moles, podendo haver ou não um recorte profundo entre elas; três
espinhos anais; escamas ctenóides posteriores com ctenii simples e em forma de agulha;
tamanho de poucos centímetros até 1,8m CT (Maccullochella gênero australiano). Na América
do Sul ocorrem dois gêneros: Percichthys (até 20cm CT) e Percilia (até 90mm CT) cada um com
duas espécies, restritas ao sul do Chile e Argentina.
Cichlidae
Ampla distribuição em águas doces da África e América do Sul. Peixes normalmente de
águas lênticas, ocupando diversos tipos de habitats, exibem hábitos predominantemente
diurnos, muitos constróem ninhos e apresentam comportamento conspícuo de proteção à
prole. Morfologicamente, além das sinapomorfias osteológicas, podem ser caracterizados por
possuir um premaxilar marcadamente protráctil, dentes cônicos, escamas ctenóides, raios
anteriores das nadadeiras dorsal, anal e pélvica transformados em espinhos e linha lateral
bipartida em um ramo anterior, superior, próximo a base da nadadeira dorsal, e um ramo
posterior mais ventral. A família compreende aproximadamente 50 gêneros e 450 espécies.
Sciaenidae
Família com representantes marinhos e de água doce; as espécies mais comuns são
conhecidas como corvinas e pescadas. Em águas doces ocorrem quatro gêneros: Plagioscion,
Pachyurus, Pachypops e Petilipinnis, caracterizados pela presença de raios anteriores
transformados em espinhos nas nadadeiras dorsal, anal e pélvica, escamas ctenóides e a linha
lateral, ao contrário dos Cichlidae, é completa e não dividida e estende-se até a porção
posterior dos raios caudais. (Casatti, 2000; Berra, 2001)
39. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 39
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Polycentridae
Peixes-folha da África (2 gêneros) e América do Sul (Monocirrhus e Polycentrus),
caracterizados por possuir boca muito grande e protráctil, corpo comprimido e coloração
mimética com folha. Monocirrhus polyacanthus, a espécie mais comum da América do Sul,
ocorre nas Guianas e terras baixas da Amazônia, alto rio Negro e alto Orinoco, chega a 10cm
CT e é a espécie de peixe-folha mais parecida com uma folha; tem um corpo alto, focinho
pontudo e boca muito grande, capaz de engolir peixes até 75% de seu tamanho; possuem um
barbilhão mentoniano característico semelhante a um pecíolo (o que aumenta a semelhança
com uma folha); nadadeiras dorsal e anal longas com vários espinhos anteriores e uma porção
posterior, bem próxima à nadadeira caudal com poucos raios moles; escamas pequenas e
ctenóides; linha lateral interrompida ou ausente e nadadeira caudal com borda arredondada e
coberta por escamas em quase toda extensão. Polycentrus punctatus ocorre nas teras baixas
do Amapá, entre a Guiana Francesa e o Brasil até Trinidad e baixo rio Orinoco e apresenta um
menor número de raios moles na nadadeira anal (6 a 8 vs. 11 a 14 em Monocirrhus).
Eleotridae
Família composta por aproximadamente 35 gêneros e 150 espécies. Nadadeiras
pélvicas são separadas e não formam um disco de sucção como na maioria dos Gobioidei (ver
Gobiidae abaixo; alguns autores acreditam que deva ser incluída em Gobiidae, e.g. Liem,
1970); boca prognata ou terminal, nunca inferior; escamas ciclóides ou ctenóides; linha lateral
corpórea ausente. Muitos são coloridos e fáceis de manter e procriar em cativeiro, o que os
torna apreciados para o aquarismo. Os ovos são colados ao substrato ou vegetação submersa
e parte do desenvolvimento ocorre em águas salobras. São normalmente bênticos, carnívoros,
alimentando-se de insetos crustáceos e pequenos peixes. Na América do Sul há um gênero
amazônico e miniatura, Microphilypnus.(várias espécies). (Menezes e Figueiredo, 1985; Berra,
2001)
Gobiidae
A maior família de peixes marinhos, de acordo com Nelson (1994), com
aproximadamente 212 gêneros e 1875 espécies. Possuem normalmente as nadadeiras
pélvicas unidas em um disco de sucção (presente em todos os de água doce); duas nadadeiras
dorsais, sendo que a base da segunda é normalmente maior que o espaço que a separa da
base da nadadeira caudal (em Eleotridae a base da segunda dorsal é menor que a distância
que a separa da base da caudal); escamas ciclóides, ctenóides ou ausentes; linha lateral
corpórea normalmente ausente; tamanho pequeno, normalmente menores de 10 cm.
Awaous (Amazônia e rios costeiros da América do Sul) e Evorthodus ( Guianas). (Menezes e
Figueiredo, 1985; Berra, 2001)
40. Sistemática e taxonomia de peixes de água doce da América do Sul - 40
Prof. Dr. Francisco Langeani
Laboratório de Ictiologia, DZB, UNESP
Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth
15054-000, SJRPreto, SP
langeani@ibilce.unesp.br, Fone 17 3221.2367
Pleuronectiformes
Achiridae
Os linguados são peixes muito especializados e conspícuos. Após a eclosão as larvas
são bilateralmente simétricas e nadam como os demais peixes; entretanto ainda cedo durante
o desenvolvimento, normalmente entre 10 a 25 mm, um dos olhos migra para o outro lado do
crânio, que ainda não está completamente ossificado, em um processo que dura de 1 a 5 dias,
alterando também ossos, músculos, vasos sanguíneos e nervos da cabeça; o órgão nasal
também migra do lado cego para o lado com os olhos; nadadeiras peitorais e pélvicas do lado
cego são reduzidas. Quando adultos os linguados são bênticos e assimétricos; podendo ter o
olho do lado direito ou do esquerdo, dependendo do grupo, algumas espécies com indivíduos
destros e sinistros. O lado cego é normalmente achatado e o lado com os olhos é pigmentado
e suavemente convexo; nadadeiras dorsal e anal muito longas, a dorsal disposta inclusive na
porção dorsal da cabeça; escamas ciclóides ou ctenóides. Linguados normalmente nadam por
ondulações laterais do corpo e nadadeira dorsal e anal. Carnívoros. Achiropsis, Achirus,
Apionichthys, Catathyridium, Hypoclinemus, Pnictes, Soleonasus, Trinectes. (Berra, 2001;
Ramos, 1998, 2003a e 2003b)
Tetraodontiformes
Os Tetraodontiformes são os Acanthopterygii mais especializados, apresentando
muitos caracteres redutivos, perda de diversos ossos (parietais, nasais, infraorbitais, espinhos
anais, costelas); aberturas branquiais reduzidas; boca com placas dentígeras características;
pele grossa, pode ser revestida por escamas transformadas em espinhos, escudos ou
ossículos. Não são bons nadadores, alimentado-se de presas lentas ou imóveis. (Berra, 2001)
Tetraodontidae
Inclui 19 gêneros e aproximadamente 121 espécies (20 em água doce); é a única
família da ordem que possui representantes de água doce. Apresentam quatro placas
dentígeras que, raspadas uma contra a outra, produzem som bastante alto, capazes de
mordidas fortes (alguns acidentes relatados com humanos); nadadeiras pélvicas ausentes.
Capazes de inflar o corpo através do enchimento do estômago, ou saco associado, com água
ou ar, dificultando a ação de predadores. Possuem uma toxina, a tetrodoxina, extremamente
forte e letal, na pele, sangue e órgãos internos como fígado, gônadas e intestinos. Na América
do Sul ocorre uma espécie, Colomesus asellus, sendo especialmente comum em rios de água
clara (talvez relacionado à maior presença de esponjas nesses ambientes).