Este documento apresenta informações sobre piscicultura no Brasil e no mundo. Discute a produção mundial de peixes, principais espécies cultivadas no Brasil, desafios da aquicultura e estratégias para promover a sustentabilidade, como melhorar a nutrição e reduzir impactos ambientais. Também analisa o potencial da piscicultura para geração de renda no país.
1. 07/12/14
1
I
Encontro
de
Atualização
Técnica
em
Piscicultura
do
Distrito
Federal
e
RIDE
Secretaria
de
Agricultura
e
Desenvolvimento
Rural
-‐
Granja
do
Ipê
Brasília,
dezembro
de
2014
Guilherme
Wolff
Bueno,
Zootecnista
bueno.gw@gmail.com
(61)
8191
–
5578
ProduSvidade
em
1
hectare
Soja/milho
Gado
de
Corte
(Confinamento)
Cana
de
açúcar
Aquicultura
(viveiro
escavado
ou
tanque-‐rede)
3.6
toneladas/safra
10
toneladas/safra
110
toneladas/safra
60
ou
150
toneladas
Slápia/safra
AQUICULTURA:
PRODUÇÃO DE ALIMENTO
ü Rentabilidade
ü Retorno Econômico
ü Ótima Opção de Investimento
AQUICULTURA - AGRICULTURA
186
61
30
18
>305 Espécies
10
18
>158 Espécies
Cereais
Raízes
e
tubérculos
Oleoginosas
Vegetais
Pecuária
Peixes
Moluscos
Crustáceos
Plantas
AquáScas
48
26
Tacon (2013)
Crescimento da Produção de Proteína Animal
Feed
and
Food
(2013)
Player’s
da
Aquicultura
Mundial
CHINA
60.6%
INDONESIA
7.9%
INDIA
5.9%
VIETNAM
3.4%
PHILIPPINES
3.2%
Outros
11.1%
FAO
(2012)
e
MPA
(2011)*
China 47,829,609 (60.6%)
Indonesia 6,277,924 (7.9%)
India 4,653,093 (5.9%)
Viet Nam 2,706,800 (3.4%)
Philippines 2,545,967 (3.2%)
Korea Rep. 1,377,233 (1.7%)
Bangladesh 1,308,515 (1.7%)
Thailand 1,286,122 (1.6%)
Japan 1,151,080 (1.5%)
Norway 1,008,010 (1.3%)
Brasil* 628.704 (0.8%)
Produção Mundial 78,943,001 ton
2. 07/12/14
2
Colossoma
macropomum
7
Principais
Espécies
Brasileiras
Total
de
Pisciculturas:
19
mil
MPA
(2013)
Camarão
Tilápia
Surubins
Tambaqui
Carpa
Oreochromis
nilo<cus
Pseudoplatystoma
sp.
Cypribus
carpio
Piaractus
mesopotamicus
Litopenaeus
vannamei
Sistemas
de
CulSvo
Reservatórios Viveiros de terra
150 t/ha/ano 60 t/ha/ano
ATUAIS DESAFIOS PARA O PISCICULTOR
• Qualidade
da
Água
• Sanidade
(Doenças)
• Clima
(chuva,
seca
etc..)
• Ração
(Qualidade
e
preço
da
ração)
• Mercado
(Venda
do
peixe)
• Mão
de
Obra
Especializada
•
Crédito
(Financiamento)
• Licença
Ambiental
(
Outorga,
CAR,
RGP)
Como os principais países
produtores de peixes fizeram??
ž China ž China
3. 07/12/14
3
® Chile
ž Canadá
Brasil
ž BRASIL
1 milhão de prejuízo
em 6 meses
ž BRASIL
Floração de alga em área aquícola no reservatório de Capivara – PR/SP.
Revista Panorama da Aquicultura. Vol. 14, n°84, 2004.
Cultivo de peixes em tanques-rede 1°Maio – PR.
US$ 50 milhões
prejuízos
ž BRASIL
ž BRASIL
75 tanques = 150 mil de prejuízos Falta de oxigênio nas gaiolas
4. 07/12/14
4
• Aumento
Impacto
ambiental
da
Aquicultura
Toda
aSvidade
de
produção
gera
do
fluxo
de
parculas
e
nutrientes
dissolvidos
na
água;
• Mortalidade
e
perdas
de
biodiversidade
de
peixes;
• Contaminação
por
compostos
químicos;
• Reduções
localizadas
das
concentrações
de
oxigênio
dissolvido;
• Florações
de
algas
tóxicas
-‐
Eutrofização;
• Aumento
da
concentração
de
matéria
orgânica
e
de
metais
no
sedimento;
• Alterações
nas
propriedades
fsico-‐químicas
e
da
biodiversidade
da
micro-‐flora
no
sedimentos
bentônicos;
• Introdução
de
espécies
exóicas;
• Disseminação
de
doenças
que
podem
afetar
as
populações
selvagens;
• Conflitos
diretos
com
outros
usuários
de
recursos
hídricos;
impacto
ambiental
e
possui
riscos!!
Comparação dos efluentes gerados por dia
para produzir 1 tonelada de animal (peso vivo).
Animais
DBO (Kg) Sólidos (Kg) Nitrogênio
Total (Kg) Lama (l)
Peixe 0,8-1,3 3,9-6,3 0,2-0,32 65
Gado corte 1,6 9,5 0,32 30
Gado Leite 1,4 7,9 0,51 51
Ave 3,4 14 0,74 37
Suíno 3,1 8,9 0,51 76
Fonte: (CHEN, 1998). Aquaculture Magazine July/August.
Resíduos
da
Produção
Animal
Resíduos
da
Produção
Animal
-‐
Suinocultura
Lovalo
et
al
(2005).
R.
Bras.
Zootec.,
v.34,
n.6,
p.2348-‐2354.
Resíduos
da
Produção
Animal
-‐
Piscicultura
Kg de resíduo produzido para
produção de 01 tonelada de tilápia Juvenil Crescimento Terminação
Retenção de Nitrogênio (%DN) 39 36 31
Retenção de Fósforo (%DPI) 57 55 48
Total de Resíduos Sólidos 199 287 361
Nitrogênio Sólido 8 9 13
Fósforo Sólido 6 7 8
Nitrogênio Dissolvido 39 45 50
Fósforo Dissolvido 6 6 7
Chowdhury
et
al.
(2013);
Bueno
et
al.
(2014);
Ramseyer
e
Garling
(2000)
Estratégias
para
MiSgar
Impactos
da
Produção
de
Peixes
5. 07/12/14
5
Piscicultura Sustentável
=
Segurança de Investimento
Desempenho
Retorno
$$
Água
Nutrição
Sanidade
Nutrientes - Piscicultura
Ração
Ingerida
• DigesSbilidade
N
e
P
ingeridos
Eficiência
na
Retenção
de
Nutrientes
• %
N
e
P
reSdos
Resíduos
Sólidos
(FEZES)
• %
N
e
P
nas
fezes
Biomanipulação
Retenção
Macrófitas
Plâncton
Preço
R$/kg
AVALIAÇÃO DE DUAS RAÇÕES COMERCIAIS
Conversão
Alimentar
Custo
do
Kg
do
peixe
Rendimento
de
Filé
Custo
do
Kg
do
Filé
Retenção
de
Proteína
Excreção
de
P
mg/dia/kg
px
Nutrir não significa “encher o estômago”, e sim
fornecer nutrientes que possam ser aproveitados ou
assimilados em forma de energia.
R$
1,00
1,7
R$
1,70
30%
R$
5,67
37,3%
30,0
R$
1,25
1,4
R$
1,75
32%
R$
5,47
43,8%
18,1
Abimorad
(2009)
Modelo de Predição de Alimentação e Resíduos
Entrada
de
P
da
Alimentação
DigesSbilidade
do
Fósforo
Excreção
de
resíduos
não
fecais
Excreção
de
resíduos
fecais
EsSmaSva
total
de
resíduos
Saída
de
Resíduo
Dissolvido
Saída
de
Resíduo
Sólido
Entrada
de
Fósforo
Digesnvel
P
Depositado
na
Carcaça
Figura
5.
Modelo
bioenergéico
fatorial
para
simulação
do
uso
de
P
pelos
peixes.
Bureau
e
Hua
et
al.
(2010)
Ração
perdida
Brânquias
e
Urina
Bureau
(2010)
ComparaSvo
da
Indústria
Aquícola
na
América
do
Norte
6. 07/12/14
6
Projeto
Monitoramento
Pisciculturas
–
Oeste
Paraná
*Resolução
CONAMA
no 1
-‐
Captação
no
córrego
Capão
Preto;
357/05
2
-‐
Efluente
dos
tanques
de
piscicultura;
3
-‐
Efluente
da
lagoa
de
decantação;
4
-‐
Córrego
Coqueiros
à
montante
do
ponto
de
lançamento
de
efluente;
5
-‐
Córrego
Coqueiros
à
jusante
do
ponto
de
lançamento
de
efluente.
Granja
do
Ipê
–
Brasília
-‐
DF
Lima
(2010)
Baccarin
(2002)
Componentes
de
um
viveiro
de
culSvo
% de nutrientes na matéria seca
Organismos Matéria seca Proteína
bruta
Extrato
etéreo
Extrativo não-nitrogenado
Matéria
mineral
Energia
(kcal/kg)
Algas 14-22 18-31 4-10 21-52 27-47 2.200-3.700
Rotíferos 11 64 20 10 6 4.866
Cladóceros 10 57 19 16 8 4.800
Copépodos 10 52 26 15 7 5.445
Chiromídeos 19 59 5 30 6 5.034
Adaptado de Hepher (1988).
Qual o melhor Caminho???
7. 07/12/14
7
Pré-‐requisitos
e
tendências
para
uma
aquicultura
sustentável
• Observação e respeito aos limites de produção;
• Aproveitamento eficiente da produtividade primária (fitoplâncton) e
detritos orgânicos gerados nos sistemas de produção;
• Reuso e mínimo uso de água e aporte de efluentes – Uso de
biofiltros;
• Uso de rações de alta qualidade;
• Aumento no número de empreendimentos de menor porte com
foco no comércio local/regional de pescado;
Pré-‐requisitos
e
tendências
para
uma
aquicultura
sustentável
• Opção pelo cultivo de espécies de baixo nível trófico e eficientes no
aproveitamento de rações formuladas;
• Uso de recursos de forma compartilhada com outras atividades;
• Aplicação
do
Princípio
do
Poluidor
Pagador
(Noruega,
Canadá);
CF
art.
225,
parágrafo
3º,
que
prescreve:
“As
a<vidades
e
condutas
lesivas
ao
meio
ambiente
sujeitarão
os
infratores,
pessoas
,sicas
ou
jurídicas,
às
sanções
penais
e
administra:vas,
independentemente
da
obrigação
de
reparar
os
danos
causados.”
• Aplicação
de
códigos
de
conduta
de
BPM’s
e
Cerificação
Paricipaiva;
• Normas
que
incluam
o
produtor
na
aividade;
• Aquicultura
Ecossistêmica!!
FAO
(2008).
39
“O
importante
é
que
a
aquicultura
seja
vista
como
parte
da
solução
e
não
como
um
problema”
Tacon
(2013)
Você
Invesiria
na
Piscicultura?
Sustentabilidade
Segurança
Rentabilidade
Investimento
Guilherme
Wolff
Bueno
bueno.gw@gmail.com
(61)
8191
–
5578