SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
Baixar para ler offline
Construção e M anejo de
Tanques em Piscicultura

Z ootec. M S c. Daniel M ontagner
Principais f atores
determinantes








Planejamento:
ações
e
etapas
de
implantação do empreendimento.
Avaliação e seleção das áreas (escolha do
local)
Uso eficiente dos recursos hídricos.
Características dos solos.
Topografia do terreno (relevo).
Planejamento da criação – principais
itens a serem levantados
 Disponibilidade (vazão) de água e área
disponíveis.
 período de crescimento e engorda da espécie
escolhida (ciclo de produção).
 ciclo de vendas e período de limpeza
(drenagem).
 intervalo de safra por tanque (período de
comercialização).
 densidade de estocagem.
Planejamento – construções


A construção dos viveiros e das estruturas
hidráulicas representa o maior ítem de
investimento em uma piscicultura.



Otimizar a ocupação do terreno.



Minimizar custos de implantação.



Futuras instalações ofereçam condições para
um bom manejo.
Planejamento - Instalações
As preocupações com a facilidade
operacional e a longevidade das
instalações devem ser uma constante
no planejamento e construção dos
viveiros.
Custo de construção depende:


Características da
área:
- Topografia
- Tipo de solo
- Cobertura vegetal
- Necessidade de
drenagem






Estratégia
de
construção
dos
viveiros
Demais instalações
Fatores climáticos,
dentre outros.
1. Escolha do local


Topografia da área: terrenos planos ou com
suave declividade 2%.



Tipo de solo: solos argilosos e baixa
permeabilidade.



Qualidade e disponibilidade de água
1. Escolha do local


Compatibilidade do clima: fotoperíodo e
regime de chuvas.



Restrições ambientais: restrições quanto
ao uso dos recursos naturais (obtenção de
liçença ambiental).



Infra-estrutura básica: condições
estradas e disponibilidade de energia.

da
A escolha do local


Disponibilidade de mão-de-obra, insumos
e serviços.



Acesso
ao
mercado
posicionamento logístico.



Programas de incentivos fiscais e crédito

consumidor:
Topografia (relevo)


Ideal: terrenos planos e declividade de 2%
(não maiores que 3%).



A forma e tamanho da área importantes para
futura expansão da atividade.
Escolha de vales para construção de
reservatórios (açudes, barragens).





Importante: local possibilite o abastecimento
de água e drenagem por gravidade.
Construção dos tanques etapas


Limpeza da área
Reservatório de abastecimento –
construçao talude/dique

Construção da
trincheira no
base do talude
Canal de abastecimento


Calcular a vazão para abastecimento do
tanque.



Uso do filtro, instalado no início do canal de
abastecimento dos tanques ou na entrada de
cada tanque (uso de material drenante).
Canal de abastecimento

Canal de abastecimento
construído com canaletas de
cimento do tipo “meia cana”.

Instalação da tubulação de
abastecimento sobre o dique principal
ainda em construção.
Tanque de derivação

Planejamento da piscicultura em uma pequena propriedade rural para
recria de alevinos.
Tanque de derivação

Corte transversal de um viveiro de derivação
Tubulação de drenagem




Dar escoamento à vazão exigida durante o
cultivo.
Drenagem total ao viveiro de acordo com o
manejo adotado.
Caixa de nível ou monge


Permitir a renovação de água durante o
cultivo, quando necessário.



Possibilitar a regulagem da altura da coluna
de água.



Fazer um drenagem rápida e prática.
Caixa de nível ou monge
Característica do solo Impermeabilidade


Preferência solos argilosos (15 a 35% argila)
e baixa permeabilidade.



Teste de plasticidade do solo.
Característica do solo Infiltração



Tanque novos as perdas são maiores.
Teste de infiltração de água no solo com o
uso de uma trincheira.
Caracteristicas gerais dos
tanques de piscicultura


Abastecimento e escoamento de água
individuais e se possível, por gravidade.



Tanques com fundo natural de preferência
chão compactado (menor taxa de infiltração).



Profundidade mínima de 0,8 metro e máxima
2 metros (limite 3 m).
Inclinação (declive) escoamento do tanque
de 1 – 2%.


Sistema de escoamento - Monge

Monge
interno

Monge
externo
Sistema de escoamento Cachimbo

Detalhe construtivo de sistema
cachimbo.
Sistema de escoamento
Sifonagem

Registro de
fundo
Qualidade e disponibilidade de
água


Quantidades suficientes para viabilizar a
implantação do projeto de piscicultura.



Origem da água, vazão, propriedades fisicoquímicas e biológicas para o crescimento de
organismos aquáticos.



Se possível, abastecimento deve se feito por
gravidade.
Aspectos qualitativos


Propriedades físicas: temperatura, cor,
odor,
turbidez,
transparência,
sólidos
suspensos, etc.

Uso do Disco de Sechi para
avaliar a transparência da
água.
Avaliação e correção da
qualidade da água


Uso de kits de análise direta no campo
(equipamentos portáteis).
Aspectos quantitativos –
Vazão


Conhecimento das vazões da fontes de
água a serem utilizadas.



Medir a vazão em duas épocas distintas
do ano, inverno e verão.
Demanda hídrica (água
necessária) varia…








Perdas por evaporação e infiltração (reposição
de 10 a 15 litros/segundo/hectare).
Número de vezes que os tanques são
drenados no ano.
Renovação de água durante o cultivo.
Estratégias de reaproveitamento de água.
Precipitação (chuva) annual.
IMPORTANTE: Uso adequado
da água disponível


O desperdício e mau uso da água são
comuns na maioria das pisciculturas.



Problema acentuado, no início dos ciclos
(fase) de cultivo, há excessiva renovação de
água.
Prejudica a eficiência da calagem e
adubação (pobre em nutrientes).
Impede a formação do plâncton.




A água de abastecimento é a única
fonte de oxigênio nos tanques???


Se fosse verdade, seriam necessárias altas
taxas de renovação de água para garantir a
Cálculo estimado
sobrevivência dos peixes.
da necessidade
vazão de água
Então, de onde vem o oxigênio
necessário para isso?


Da
fotossíntese
fitoplâncton.

realizada

pelo



Balanço entre fotossíntese e respiração é
geralmente positivo (exceto dias nublados ou
chuvosos, excessiva biomassa e grande
massa de fitoplâncton).
Preparo dos tanques para
larvicultura e produção de alevinos








Minimizar a presença de predadores.
Abundante quantidade de alimentos naturais
(plâncton).
Tanques devem ser drenados entre um ciclo e
outro.
Aplicação de cal virgem nas poças de água.
Fundo do tanque exposto ao arde 3 a 5 dias
(acelerar decomposição da matéria orgânica).
Enchimento e calagem dos
tanques



Iniciado de 2 a 3 dias antes da estocagem dos
alevinos.
Entrada da água com tela de malha 500 micras.



Calagem é feita quano menor 20 mg CaCO3/litro.



Utilizar kits análises para medir alcalinidade total da
água do tanque.


Calagem dos tanques
Ideal: alcalinidade de 30 mg CaCO3/litro
Recomendação da dose de calcário agrícola a ser aplicada em tanques
de piscicultura com base na alcalinidade total dos tanques.
Calagem dos tanques
Quantidade de calcário, de acordo com o
pH e do tipo de solo
Adubação dos tanques – fase
recria e engorda


Piscilcultura intensiva com uso de ração, não é
necessária realizar adubação dos tanques.



Disco de Sechi: Monitoramento transparência da
água do tanque (ideal 30 a 40 cm).



Monitorar o oxigênio dissolvido na água nas
primeiras horas da manhã.



Adubação química com uréia agrícola e fontes
orgânicas (farelo de arroz, trigo ou outros).
Monitoramento da
transparência da água

Uso do Disco de Sechi.


Monitoramento da
transparência da
água (Disco de
Sechi).



Ações de controle
na adubação dos
tanques
e
prevenção
de
baixo oxigênio.
Manutenção do fitoplâncton
em quantidade adequada


Fitoplâncton chega fornecer 80% do oxigênio
demandado pelos peixes e demais
organismos.



Manutenção da qualidade da água: variações
extremas prejudicam o desenvolvimento e
sobrevivência dos peixes.
Obrigado pela atenção!!!
E- mail: daniel.bolsista@ capaf ap.embrapa.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de posturaNutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de posturaNayara Michelle
 
Sistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosSistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosMarília Gomes
 
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptxAULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptxMateusGonalves85
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROGeagra UFG
 
Construções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosConstruções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosMarcos Wandré
 
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosMarília Gomes
 
Ambiência em edificações rurais
Ambiência em edificações ruraisAmbiência em edificações rurais
Ambiência em edificações ruraisJosimar Oliveira
 
Análise de solos
Análise de solosAnálise de solos
Análise de solosmvezzone
 
Aula instalacoes aves
Aula instalacoes avesAula instalacoes aves
Aula instalacoes avesnice1961
 
Ecofisiologia de plantas forrageiras
Ecofisiologia de plantas forrageirasEcofisiologia de plantas forrageiras
Ecofisiologia de plantas forrageirasMarília Gomes
 
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquicultura
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquiculturaSeleçao de area e construçao de estruturas para aquicultura
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquiculturaJairo Coêlho
 

Mais procurados (20)

Nutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de posturaNutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de postura
 
Extensão rural
Extensão ruralExtensão rural
Extensão rural
 
Sistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosSistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínos
 
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptxAULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
AULA 1 INTRODUÇÃO A OLERICULTURA.pptx
 
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPFIntegração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
 
Aula 3 Sistemas Super Intensivos
Aula 3   Sistemas Super IntensivosAula 3   Sistemas Super Intensivos
Aula 3 Sistemas Super Intensivos
 
Construções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosConstruções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveiros
 
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
O cultivo com bioflocos
O cultivo com bioflocosO cultivo com bioflocos
O cultivo com bioflocos
 
Forragicultura aula1
Forragicultura aula1Forragicultura aula1
Forragicultura aula1
 
Morfologia tegumento
Morfologia   tegumentoMorfologia   tegumento
Morfologia tegumento
 
Ambiência em edificações rurais
Ambiência em edificações ruraisAmbiência em edificações rurais
Ambiência em edificações rurais
 
Manejo De Pastagens
Manejo De PastagensManejo De Pastagens
Manejo De Pastagens
 
Análise de solos
Análise de solosAnálise de solos
Análise de solos
 
Aula instalacoes aves
Aula instalacoes avesAula instalacoes aves
Aula instalacoes aves
 
Aula de construções
Aula de construçõesAula de construções
Aula de construções
 
Ecofisiologia de plantas forrageiras
Ecofisiologia de plantas forrageirasEcofisiologia de plantas forrageiras
Ecofisiologia de plantas forrageiras
 
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquicultura
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquiculturaSeleçao de area e construçao de estruturas para aquicultura
Seleçao de area e construçao de estruturas para aquicultura
 
Métodos de pastejo
Métodos de pastejoMétodos de pastejo
Métodos de pastejo
 

Destaque

Manual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosManual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosSérgio Amaral
 
Acudes filtros e_controle_de_nivel
Acudes filtros e_controle_de_nivelAcudes filtros e_controle_de_nivel
Acudes filtros e_controle_de_nivelMarcello Cappio
 
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSAPOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSMário Rodrigues
 
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesConstrução de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesPatrícia Oliver
 

Destaque (6)

Manual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosManual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em Viveiros
 
Acudes filtros e_controle_de_nivel
Acudes filtros e_controle_de_nivelAcudes filtros e_controle_de_nivel
Acudes filtros e_controle_de_nivel
 
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSAPOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
 
Aula 1 Mercado AqüíCola
Aula 1   Mercado AqüíColaAula 1   Mercado AqüíCola
Aula 1 Mercado AqüíCola
 
Aula 2 Tanque Rede
Aula 2   Tanque RedeAula 2   Tanque Rede
Aula 2 Tanque Rede
 
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesConstrução de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
 

Semelhante a Tanques p peixes embrapa

Construodetanque 121210065917-phpapp01
Construodetanque 121210065917-phpapp01Construodetanque 121210065917-phpapp01
Construodetanque 121210065917-phpapp01Breno Portilho
 
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...Raquel Maria Cury Rodrigues
 
Trabalho de Sistema de Abastecimento de Água
Trabalho de Sistema de Abastecimento de ÁguaTrabalho de Sistema de Abastecimento de Água
Trabalho de Sistema de Abastecimento de ÁguaGabriela Almeida
 
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1DanielBinoti
 
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1Engpesca
 
Fossa séptica biodigestor
Fossa séptica biodigestorFossa séptica biodigestor
Fossa séptica biodigestorRenatoMussoline
 
Saneamento - captação
Saneamento - captaçãoSaneamento - captação
Saneamento - captaçãowendellnml
 
Cartilha uso racional da água - Embrapa e Nestlé
Cartilha uso racional da água  - Embrapa e Nestlé Cartilha uso racional da água  - Embrapa e Nestlé
Cartilha uso racional da água - Embrapa e Nestlé Raquel Maria Cury Rodrigues
 
Plano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenadosPlano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenadosArmindo Rosa
 
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...Rafael José Rorato
 
Sistemas de aproveitamento de água pluvial
Sistemas de aproveitamento de água pluvialSistemas de aproveitamento de água pluvial
Sistemas de aproveitamento de água pluvialFábio Aguiar
 
VALOR: Aproveitamento de água de chuva
VALOR: Aproveitamento de água de chuvaVALOR: Aproveitamento de água de chuva
VALOR: Aproveitamento de água de chuvaslides-mci
 
Inst. hidráulica de af curso técnico - completo
Inst. hidráulica de af   curso técnico - completoInst. hidráulica de af   curso técnico - completo
Inst. hidráulica de af curso técnico - completoMacknei Satelles
 
Nhoque Com Mandioquinha Salsa
Nhoque Com Mandioquinha SalsaNhoque Com Mandioquinha Salsa
Nhoque Com Mandioquinha Salsakiwidaiquiri
 

Semelhante a Tanques p peixes embrapa (20)

Psicultura
PsiculturaPsicultura
Psicultura
 
Construodetanque 121210065917-phpapp01
Construodetanque 121210065917-phpapp01Construodetanque 121210065917-phpapp01
Construodetanque 121210065917-phpapp01
 
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...
Captação de água de chuva e armazenamento em cisterna para uso na produção an...
 
Trabalho de Sistema de Abastecimento de Água
Trabalho de Sistema de Abastecimento de ÁguaTrabalho de Sistema de Abastecimento de Água
Trabalho de Sistema de Abastecimento de Água
 
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
 
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
188 panorama-da-aquicultura-construcao-de-viveiros-parte-1
 
Fossa séptica biodigestor
Fossa séptica biodigestorFossa séptica biodigestor
Fossa séptica biodigestor
 
OPB1517.pdf
OPB1517.pdfOPB1517.pdf
OPB1517.pdf
 
Saneamento - captação
Saneamento - captaçãoSaneamento - captação
Saneamento - captação
 
Cartilha uso racional da água - Embrapa e Nestlé
Cartilha uso racional da água  - Embrapa e Nestlé Cartilha uso racional da água  - Embrapa e Nestlé
Cartilha uso racional da água - Embrapa e Nestlé
 
I.3 projeto de rega
I.3   projeto de regaI.3   projeto de rega
I.3 projeto de rega
 
Plano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenadosPlano para recuperação de drenados
Plano para recuperação de drenados
 
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...
Introdução a engenharia - aula 5 - recursos hidricos, barragens e sistemas de...
 
17/03 - Tarde - Mesa 2- Rinaldo de Oliveira Calheiros
17/03 - Tarde - Mesa 2- Rinaldo de Oliveira Calheiros17/03 - Tarde - Mesa 2- Rinaldo de Oliveira Calheiros
17/03 - Tarde - Mesa 2- Rinaldo de Oliveira Calheiros
 
Sistemas de aproveitamento de água pluvial
Sistemas de aproveitamento de água pluvialSistemas de aproveitamento de água pluvial
Sistemas de aproveitamento de água pluvial
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Taa 2
Taa 2Taa 2
Taa 2
 
VALOR: Aproveitamento de água de chuva
VALOR: Aproveitamento de água de chuvaVALOR: Aproveitamento de água de chuva
VALOR: Aproveitamento de água de chuva
 
Inst. hidráulica de af curso técnico - completo
Inst. hidráulica de af   curso técnico - completoInst. hidráulica de af   curso técnico - completo
Inst. hidráulica de af curso técnico - completo
 
Nhoque Com Mandioquinha Salsa
Nhoque Com Mandioquinha SalsaNhoque Com Mandioquinha Salsa
Nhoque Com Mandioquinha Salsa
 

Último

Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.
Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.
Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.Érica Pizzino
 
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdf
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdfSimulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdf
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdfAnnaCarolina242437
 
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdf
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdfAntonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdf
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdfAnnaCarolina242437
 
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...AnnaCarolina242437
 
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdf
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdfSimulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdf
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdfAnnaCarolina242437
 
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024CarolTelles6
 
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdf
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdfDesign para o futuro 2024 - Leiautar.pdf
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdfCharlesFranklin13
 
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdf
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdfAVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdf
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdfAnnaCarolina242437
 
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaGESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaayasminlarissa371
 

Último (9)

Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.
Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.
Estudo de caso para o aplicativo SÓ FLÔ.
 
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdf
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdfSimulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdf
Simulado Bernoulli Enem_2-Primeiro dia.pdf
 
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdf
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdfAntonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdf
Antonio Pereira_Vale+comunidade_set a dez_2023.pdf
 
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
 
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdf
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdfSimulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdf
Simulado Enem Bernoulli-Primeiro dia.pdf
 
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024
MARANATA - 19_04_2024.pptx | Maranata 2024
 
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdf
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdfDesign para o futuro 2024 - Leiautar.pdf
Design para o futuro 2024 - Leiautar.pdf
 
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdf
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdfAVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdf
AVALIA_CHUM_EFI_5 ANO_AV_2SEMESTRE_2023.pdf
 
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaGESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
GESTÃO FINANceiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
 

Tanques p peixes embrapa

  • 1. Construção e M anejo de Tanques em Piscicultura Z ootec. M S c. Daniel M ontagner
  • 2. Principais f atores determinantes      Planejamento: ações e etapas de implantação do empreendimento. Avaliação e seleção das áreas (escolha do local) Uso eficiente dos recursos hídricos. Características dos solos. Topografia do terreno (relevo).
  • 3. Planejamento da criação – principais itens a serem levantados  Disponibilidade (vazão) de água e área disponíveis.  período de crescimento e engorda da espécie escolhida (ciclo de produção).  ciclo de vendas e período de limpeza (drenagem).  intervalo de safra por tanque (período de comercialização).  densidade de estocagem.
  • 4. Planejamento – construções  A construção dos viveiros e das estruturas hidráulicas representa o maior ítem de investimento em uma piscicultura.  Otimizar a ocupação do terreno.  Minimizar custos de implantação.  Futuras instalações ofereçam condições para um bom manejo.
  • 5. Planejamento - Instalações As preocupações com a facilidade operacional e a longevidade das instalações devem ser uma constante no planejamento e construção dos viveiros.
  • 6. Custo de construção depende:  Características da área: - Topografia - Tipo de solo - Cobertura vegetal - Necessidade de drenagem    Estratégia de construção dos viveiros Demais instalações Fatores climáticos, dentre outros.
  • 7. 1. Escolha do local  Topografia da área: terrenos planos ou com suave declividade 2%.  Tipo de solo: solos argilosos e baixa permeabilidade.  Qualidade e disponibilidade de água
  • 8. 1. Escolha do local  Compatibilidade do clima: fotoperíodo e regime de chuvas.  Restrições ambientais: restrições quanto ao uso dos recursos naturais (obtenção de liçença ambiental).  Infra-estrutura básica: condições estradas e disponibilidade de energia. da
  • 9. A escolha do local  Disponibilidade de mão-de-obra, insumos e serviços.  Acesso ao mercado posicionamento logístico.  Programas de incentivos fiscais e crédito consumidor:
  • 10. Topografia (relevo)  Ideal: terrenos planos e declividade de 2% (não maiores que 3%).  A forma e tamanho da área importantes para futura expansão da atividade. Escolha de vales para construção de reservatórios (açudes, barragens).   Importante: local possibilite o abastecimento de água e drenagem por gravidade.
  • 11. Construção dos tanques etapas  Limpeza da área
  • 12.
  • 13.
  • 14. Reservatório de abastecimento – construçao talude/dique Construção da trincheira no base do talude
  • 15.
  • 16. Canal de abastecimento  Calcular a vazão para abastecimento do tanque.  Uso do filtro, instalado no início do canal de abastecimento dos tanques ou na entrada de cada tanque (uso de material drenante).
  • 17. Canal de abastecimento Canal de abastecimento construído com canaletas de cimento do tipo “meia cana”. Instalação da tubulação de abastecimento sobre o dique principal ainda em construção.
  • 18. Tanque de derivação Planejamento da piscicultura em uma pequena propriedade rural para recria de alevinos.
  • 19. Tanque de derivação Corte transversal de um viveiro de derivação
  • 20.
  • 21. Tubulação de drenagem   Dar escoamento à vazão exigida durante o cultivo. Drenagem total ao viveiro de acordo com o manejo adotado.
  • 22. Caixa de nível ou monge  Permitir a renovação de água durante o cultivo, quando necessário.  Possibilitar a regulagem da altura da coluna de água.  Fazer um drenagem rápida e prática.
  • 23. Caixa de nível ou monge
  • 24.
  • 25. Característica do solo Impermeabilidade  Preferência solos argilosos (15 a 35% argila) e baixa permeabilidade.  Teste de plasticidade do solo.
  • 26. Característica do solo Infiltração   Tanque novos as perdas são maiores. Teste de infiltração de água no solo com o uso de uma trincheira.
  • 27.
  • 28.
  • 29. Caracteristicas gerais dos tanques de piscicultura  Abastecimento e escoamento de água individuais e se possível, por gravidade.  Tanques com fundo natural de preferência chão compactado (menor taxa de infiltração).  Profundidade mínima de 0,8 metro e máxima 2 metros (limite 3 m). Inclinação (declive) escoamento do tanque de 1 – 2%. 
  • 30. Sistema de escoamento - Monge Monge interno Monge externo
  • 31. Sistema de escoamento Cachimbo Detalhe construtivo de sistema cachimbo.
  • 33. Qualidade e disponibilidade de água  Quantidades suficientes para viabilizar a implantação do projeto de piscicultura.  Origem da água, vazão, propriedades fisicoquímicas e biológicas para o crescimento de organismos aquáticos.  Se possível, abastecimento deve se feito por gravidade.
  • 34. Aspectos qualitativos  Propriedades físicas: temperatura, cor, odor, turbidez, transparência, sólidos suspensos, etc. Uso do Disco de Sechi para avaliar a transparência da água.
  • 35. Avaliação e correção da qualidade da água  Uso de kits de análise direta no campo (equipamentos portáteis).
  • 36. Aspectos quantitativos – Vazão  Conhecimento das vazões da fontes de água a serem utilizadas.  Medir a vazão em duas épocas distintas do ano, inverno e verão.
  • 37. Demanda hídrica (água necessária) varia…      Perdas por evaporação e infiltração (reposição de 10 a 15 litros/segundo/hectare). Número de vezes que os tanques são drenados no ano. Renovação de água durante o cultivo. Estratégias de reaproveitamento de água. Precipitação (chuva) annual.
  • 38. IMPORTANTE: Uso adequado da água disponível  O desperdício e mau uso da água são comuns na maioria das pisciculturas.  Problema acentuado, no início dos ciclos (fase) de cultivo, há excessiva renovação de água. Prejudica a eficiência da calagem e adubação (pobre em nutrientes). Impede a formação do plâncton.  
  • 39. A água de abastecimento é a única fonte de oxigênio nos tanques???  Se fosse verdade, seriam necessárias altas taxas de renovação de água para garantir a Cálculo estimado sobrevivência dos peixes. da necessidade vazão de água
  • 40. Então, de onde vem o oxigênio necessário para isso?  Da fotossíntese fitoplâncton. realizada pelo  Balanço entre fotossíntese e respiração é geralmente positivo (exceto dias nublados ou chuvosos, excessiva biomassa e grande massa de fitoplâncton).
  • 41. Preparo dos tanques para larvicultura e produção de alevinos      Minimizar a presença de predadores. Abundante quantidade de alimentos naturais (plâncton). Tanques devem ser drenados entre um ciclo e outro. Aplicação de cal virgem nas poças de água. Fundo do tanque exposto ao arde 3 a 5 dias (acelerar decomposição da matéria orgânica).
  • 42. Enchimento e calagem dos tanques  Iniciado de 2 a 3 dias antes da estocagem dos alevinos. Entrada da água com tela de malha 500 micras.  Calagem é feita quano menor 20 mg CaCO3/litro.  Utilizar kits análises para medir alcalinidade total da água do tanque. 
  • 43. Calagem dos tanques Ideal: alcalinidade de 30 mg CaCO3/litro Recomendação da dose de calcário agrícola a ser aplicada em tanques de piscicultura com base na alcalinidade total dos tanques.
  • 44. Calagem dos tanques Quantidade de calcário, de acordo com o pH e do tipo de solo
  • 45. Adubação dos tanques – fase recria e engorda  Piscilcultura intensiva com uso de ração, não é necessária realizar adubação dos tanques.  Disco de Sechi: Monitoramento transparência da água do tanque (ideal 30 a 40 cm).  Monitorar o oxigênio dissolvido na água nas primeiras horas da manhã.  Adubação química com uréia agrícola e fontes orgânicas (farelo de arroz, trigo ou outros).
  • 46. Monitoramento da transparência da água Uso do Disco de Sechi.
  • 47.  Monitoramento da transparência da água (Disco de Sechi).  Ações de controle na adubação dos tanques e prevenção de baixo oxigênio.
  • 48. Manutenção do fitoplâncton em quantidade adequada  Fitoplâncton chega fornecer 80% do oxigênio demandado pelos peixes e demais organismos.  Manutenção da qualidade da água: variações extremas prejudicam o desenvolvimento e sobrevivência dos peixes.
  • 49. Obrigado pela atenção!!! E- mail: daniel.bolsista@ capaf ap.embrapa.br