SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 65
Baixar para ler offline
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO
NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES

           Prof. Dr. Dalton José Carneiro
PRINCIPAIS FATORES DETERMINANTES DO DESEMPENHO
    NUTRICIONAL DAS DIETAS FORMULADAS PARA
              ORGANISMOS AQUÁTICOS
Interdependência dos fatores de
       produção de peixes


              Produtividade



  Qualidade
                          Disponibilidade
   de água
                          de Nutrientes


               Custo de
               Produção
Diferenças ambientais entre sistemas de
              produção

                                              Extensivo
               Qualidade da água

                                                    Semi-intensivo
                                   Concentração
   Produtividade               e Balanceamento de
                                    Nutrientes          Intensivo




                                      (TACON, 1994)
Impactos da má nutrição nos peixes

Aumento de resíduos causados principalmente pela má nutrição
  afetam adversamente a qualidade de água levando a:
  Aumento de estresse;
  Elevação do aparecimento de doenças infecciosas;
  Baixo crescimento;
  Alta mortalidade;
  Desenvolvimento de off-flavor;
  Baixa eficiência alimentar;
  Elevação do custo de produção.




            LIM, C. Feeds and Feeding Strategies to Minimize Enviroment Impacts.
  Workshop Internacional sobre desenvolvimento e boas praticas de manejo para aquicultura.
                      Collaborative Research Support Program – CRSP
                                 Esalq/USP 28-30/08/2006
Como melhorar?
Cuidados com meio ambiente e disponibilização
de nutrientes

  Avaliar qualidade da água dos viveiros;

  Contabilizar disponibilidade de alimentos
  naturais;

  Adequar densidade de estocagem;

  Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede ou
  viveiros/aeradores).
Fatores de Produtividade


                        Chuva Luz
                                          Aerador
   Vazão        Vento                                  Oxigênio
                                                      Dissolvido

                           Fotossíntese

Alimentação                      Matéria Org.
 Natural
  e / ou                                        Saída de resíduos
 Artificial
Adequação das técnicas de produção às
               condições específicas/locais


                  X                     X



Viveiro estático (comumente utilizado na criação do bagre
americano nos EUA)



                  X              X            X


Viveiro com renovação e saída de água pelo sistema de
escoamento (comumente utilizado nas pisciculturas nacionais –
sistema semi-intensivo)              (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
Adequação das técnicas de produção às
       condições específicas/locais

              X XX       X       X
                                 X   X   XX      X

Raceway – Sistema intensivo de alto fluxo de água (comumente
utilizado em criações de peixes como truta arco-íris e o salmão)




              X      X       X       X     X


Tanque-rede – Sistema intensivo de alto fluxo de água
(utilizados em criação de várias espécies de peixe em grandes
reservatórios de água ou em ambientes marinho)
                                         (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
Filtro                             Remoção
                  biológico                            de sólidos



                    X                X               X
Sistemas de criação de peixes com recirculação de água

    Cultivo                        Filtro                            Remoção
  de vegetais                    biológico                           de sólidos




      X     X       X       X        X      X        X      X      X

       Adequação das técnicas de produção às condições
         específicas/locais (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
Como melhorar?
Cuidados com meio ambiente e disponibilização de
nutrientes
 Avaliar qualidade da água dos viveiros;
 Contabilizar disponibilidade de alimentos
 naturais;
 Adequar densidade de estocagem;
 Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede
 ou viveiros/aeradores).
 Balanceamento (concentração energética,
 teor de fibras e proteínas das dietas)
 Melhorar fornecimento de rações.
Onde melhorar?


          I . Diminuição de resíduos:
                Alimentos não ingeridos;
                Alimentos não digeridos.

          II . Procurar os efeitos da nutrição
          adequada
          (atendimento das exigências nutricionais)
I – Para melhorar as técnicas de fornecimento
de ração (diminuindo alimentos não ingeridos
ou digeridos)

 Freqüência alimentar (como alimentar?)
 Horários de alimentação (quando?)
 Consumo alimentar (quanto?)
 Processamento dos ingredientes e das dietas (o
 quê? / como? / onde?)
 Distribuição das dietas (onde?)
O que fazer para minimizar nutrientes não
         digeridos/absorvidos ?

Escolha das estratégias alimentares especificas para
cada propriedade;




                                           (LIM, 2006)
EXTENSIVO                    POUCO/NENHUM
                                          ALIMENTO

                                      FERTILIZAÇÃO/ALIMENTO
          SEMI-INTENSIVO                                     ENTRADA
 TROCA                     PRODUÇÃO       SUPLEMENTAR
                                                                DE
   DE                          DE                           NUTRIENTES
  ÁGUA                       PEIXES        ALIMENTO          E ENERGIA
           INTENSIVO                       COMPLETO




     ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO (Tacon, 1988)
                                (Tacon,

1º Sem o uso de alimentos ou fertilizantes

2º Fertilização dos viveiros de cultivo

3º   Fertilização e alimentação suplementar

4º Arraçoamento com dietas completas
O que fazer para minimizar nutrientes não
digeridos/absorvidos
  Escolha das estratégias alimentares especificas para
  cada propriedade;
  Processamento adequado de ingredientes e dietas;




                                             (LIM, 2006)
Dietas para Peixes e Camarões

Dietas Secas         Dietas Úmidas
  Farelada           • Líquida (Floc) – Caldo
   Crambelizada        de Bactérias
  (Crumble) –
  Triturada          • Pastosa
  Floculada
  Microencapsulada
  Peletizada
  Extrusada
Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de
      piscicultura em tanque-rede. Autor: Igor Paiva Ramos




Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes
  – SP. A) Piscicultura Timburi/Chavantes (Fonte: Google Earth).
Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de
                piscicultura em tanque-rede.
                  Autor: Igor Paiva Ramos




Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes
      – SP. B) Piscicultura Fartura. (Fonte: Google Earth).
Índice de
  importância
alimentar (IAi) de
   Pimelodus
 maculatus por
    trimestre.

   A) Tanque

   B) Controle
Comparação dos
   valores dos
  coeficientes
angulares (b) da
    relação
peso/comprimento
Curva crescimento para Pimelodus maculatus:
                 Peso total
            (Tanque x Controle).
Vantagens do uso de rações
           Extrusadas
Diminui produção de pó na fábrica;

Aumenta a estabilidade na água e a disponibilidade de
nutrientes para peixes;

Facilita o manejo do arraçoamento;

Eleva a digestibilidade de nutrientes;

Tem menor produção de farelos (1 a 2%) no manuseio,
comparado com o das peletizadas (5 a 8%);

Apresenta melhor conversão alimentar;

Podem ser estocados por maior tempo (Maior Estabilidade).
                                                (Akiyama & TAN, 1991)
Desvantagens do uso de rações
             extrusadas
Saciação é atingida antes da ingestão necessária para o máximo
crescimento (devido a expansão excessiva do alimento);
Custo do processamento é maior;
Pode reduzir a digestibilidade de proteína (desnaturação e
complexação com outros nutrientes);
Maiores gastos com embalagens e armazenamento;
Alimentação na superfície diminui no inverno;
Aumenta muito a perda do arraçoamento em tanques-rede;
Dificulta a inclusão de teores desejáveis de lipídios e proteína de
origem animal;
Perde vitaminas e dificuldade de inclusão posterior ao
processamento.
                                                    (Akiyama & TAN, 1991)
Vantagens do uso das Rações
           Peletizadas
Evita a rejeição e seleção de alimentos (em relação a Farelada);

Facilita o transporte e barateia a estocagem;

Melhora o fluxo no arraçoamento automático;

O processamento aumenta o custo da ração em 3-6%;

Pode preservar a digestibilidade de nutrientes;

Pode distribuir parte dos fatores anti-nutricionais;

Perda de nutrientes é menor que na extrusão;

A geleificação do amido chega a 35%.

                                                   (Akiyama & TAN, 1991)
Desvantagens do uso das Rações
         Peletizadas
Pode diminuir a procura de alimentos;

Dificulta o controle da quantidade no arraçoamento;

Pode diminuir os teores de vitaminas A,D,E e K (se não
tiver antioxidante);

Valores de conversão não são os melhores em viveiros.




                                         (Akiyama & TAN, 1991)
VARIAÇÃO DAS MÉDIAS DE PESO CORPORAL DO PACU
      DURANTE O PERÍODO EXPERIMENTAL

                                     Período de baixa
           800                         temperatura

           700

           600

           500
                                                                    Farelada
PESO (g)




           400                                                      Peletizada
                                                                    Extrusada
           300

           200

           100

             0
                 Dez   Jan   Fev   Mar   Abr    Out     Nov   Dez
                                     TEMPO
30,00


                   29,00


                   28,00


                   27,00
Temperatura (ºC)




                   26,00
                                                                                                        Tº manhã
                   25,00
                                                                                                        Tº tarde


                   24,00


                   23,00


                   22,00
                           1   2   3   4   5   6    7   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17

                                                   Semanas de Experimento
Peso Médio- Dietas Extrusadas
           800                                                      30,00
           700                                                      29,00
                                                                    28,00




                                                                            Temperatura ( ºC )
           600
                                                                    27,00
           500
Peso (g)



                                                                    26,00
           400                                                      25,00
           300                                                      24,00
                                                                    23,00
           200
                                                                    22,00
           100                                                      21,00
             0                                                      20,00
                 Jan         Fev       Mar             Abr

                        28% PB       32% PB                36% PB
                        Tº manhã     Tº tarde
                                                                      Peso Médio- Dietas Peletizadas
                                                           800                                                              30,00
                                                           700                                                              29,00
                                                                                                                            28,00




                                                                                                                                    Temperatura ( ºC)
                                                           600
                                                                                                                            27,00
                                                           500
                                                Peso (g)
                                                                                                                            26,00
                                                           400                                                              25,00
                                                           300                                                              24,00
                                                                                                                            23,00
                                                           200
                                                                                                                            22,00
                                                           100                                                              21,00
                                                             0                                                              20,00
                                                                    Jan                          Fev   Mar        Abr

                                                                                       28% PB          32% PB           36% PB
                                                                                       Tº manhã        Tº tarde
Conversão Alimentar - Peletizada


120 dias



 90 dias
                                              36% PB
                                              32% PB
60 dias                                       28% PB



30 dias
                                                         Conversão Alimentar - Extrusada
           0    0,5     1     1,5     2

                                          120 dias


                                           90 dias
                                                                                     36% PB
                                                                                     32% PB
                                           60 dias                                   28% PB


                                          30 dias


                                                     0      0,5       1       1,5
400
                380                                     Aa
                360
     (Y)
                340                                Ab
     Peso (g)   320        Ba
                300                    Bb
                280
                260
                240
                220                                               Não revertidos
                200
                                                             Revertidos
                                                                            •(Z)
                       28% PB
                                             32% PB
                                    •(X)


                      Níves de Proteína na dieta




Médias de peso aos 60 dias de tilápias-do-nilo revertidas e não
revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas
práticas contendo dois níveis de proteína bruta.
2

                                           Aa
                                  1,8




            Conversão Alimentar
                                                    Ab
                                  1,6
                                                                   Ba
                                  1,4

                                  1,2                Bb       Bb
                                                                           Revertidos
                                    1
                                                                        Não revertidos
                                        28% PB                               (Z)
                                                          32% PB


                                        Níveis de Proteína Bruta



Médias de conversão alimentar até 60 dias de ensaio com tilápias-do-nilo
revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas
com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta
97,4
        100                 83,9
         90
         80
         70
    %    60
         50
         40                                    16,1
         30
         20
                                                           Não revertidos
          10                             2,6
           0                                          Revertidos
               machos
                                    fêmeas
               Proporção de sexos




Proporção de machos de tilápias-do-nilo revertidas e não
revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas
práticas contendo dois níveis de proteína bruta.
800      •a
            700
                                          •b
            600
            500


 Peso (g)
            400
            300
            200
            100
              0
                  machos              fêmeas




Peso médio final de machos e fêmeas de tilápias-
do-nilo não revertidas, em tanques-rede
O que fazer para minimizar nutrientes
não digeridos/absorvidos?


 Escolha das estratégias alimentares
 especificas para cada propriedade;

 Processamento adequado de ingredientes e
 dietas;

 Conhecer a digestibilidade de nutrientes
 dos ingredientes e dietas;



                                       (LIM, 2006)
Coeficientes de Digestibilidade Aparente (%)
Alimentos                      Pacu1                 Tilápia2                Pintado3
                         Proteína Energia      Proteína Energia        Proteína Energia

Farinha de peixe           88,40          78,14          78,55     72,24           84,14       72,80
Farinha de penas           75,73          79,52          29,12     68,15           39,56       51,26
Farinha de vísceras        83,40          69,99          87,24     69,61           61,59       48,98
Farinha de sangue          57,72          67,41          50,69     62,87           10,47       16,08
Farinha de carne           88,60          83,98          73,19     75,35
Levedura                   68,86          45,77
Farelo de soja             81,14          63,68          91,56     73,18           67,10       61,66
Soja crua                  83,46          92,71                                    26,84       45,55
Soja tostada               92,04          91,45                                    49,48       57,39
Farelo de algodão          86,00          59,55          74,87     51,00
Farelo de canola                                         87,00     74,59
Farelo de trigo            93,89          45,77          91,13     77,70           49,47       53,20
Sorgo                      92,93          81,16          67,83     70,53           44,87       48,35
Farelo de arroz            80,82          92,73          94,86     91,30           44,21       51,84
Quirera de arroz                                                                   43,24       47,34
Milho                      84,38          86,69          91,66     83,95           64,18       64,95
Milho extrusado                                          89,62     61,31
Glúten 21                                                89,88     66,80
Glúten 60                                                95,96     71,19
Óleo de soja                                                       89,85*

Fonte:                             1   Abimorad & Carneiro, 2004   3   Gonçalves & Carneiro, 2003
Revista Brasileira de Zootecnia    2   Pezzato et al., 2002        * Boscolo et al., 2002
O que fazer para minimizar nutrientes
 não digeridos/absorvidos?

Escolha das estratégias alimentares
especificas para cada propriedade;

Processamento adequado de ingredientes e
dietas;

Conhecer a digestibilidade de nutrientes
dos ingredientes e dietas;
Escolha / qualidade dos ingredientes;


                                   (LIM, 2006)
EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA DIGESTÍVEL PARA O PINTADO




                    26
Ganho de Peso (g)




                    21
                                                                    Ingredientes de baixa
                    16                                              digestibilidade para o
                                                                           pintado
                    11

                    6

                    1
                         20    22    24    26    28    30     32    34   Proteína Digestível

                              30,5   32,1 35,0   37,1 40,2   42,9 Proteína Bruta
Medidas para melhorar o valor nutricional
de alimentos
 Uso combinado de várias fontes protéicas, com
 aminoácidos essenciais;

 Suplementação dos aminoácidos essenciais, energia
 e minerais;

 Eliminação ou inativação de fatores antinutricionais;

 Adição de enzimas para melhorar a digestibilidade
 dos nutrientes;

 Adição de palatabilizantes.
                                                 (LIM, 2006)
O que fazer para minimizar nutrientes
não digeridos/absorvidos

Escolha das estratégias alimentares especificas
para cada propriedade;

Processamento adequado de ingredientes e dietas;

Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos
ingredientes e dietas;

Escolha / qualidade dos ingredientes;

Manipulação e estocagem de rações;


                                        (LIM, 2006)
O que fazer para minimizar nutrientes
     não digeridos/absorvidos

• Escolha das estratégias alimentares especificas para
  cada propriedade;

• Processamento adequado de ingredientes e dietas;

• Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos
  ingredientes e dietas;

• Escolha / qualidade dos ingredientes;

• Manipulação e estocagem de rações;

• Características nutricionais e composição das dietas.
                                             (LIM, 2006)
PRINCIPAIS ITENS A SEREM VEICULADOS PELAS DIETAS


Valor protéico suficiente em quantidade e qualidade
para promover o equilíbrio entre proteína e outros
nutrientes;

Quantidade de energia necessária para atender as
demandas de manutenção, crescimento e reprodução;
que são variáveis para cada espécie, aptidão, condições
ambientais, etc.;

Produtos veiculados pela dieta em concentrações
adequadas, como aminoácidos, ácidos graxos
essenciais, vitaminas específicas e minerais; para
promover uma melhor produção.
Estágio de desenvolvimento do peixe




   Fatores que afetam
as exigências nutricionais
Curva de Crescimento




            γ


     β

                Taxa de crescimento
α




    Necessidade de nutrientes
Estágio de desenvolvimento do peixe

                          Temperatura da água


      Fatores que afetam
as exigências nutricionais
Ganho em Peso - Dietas Peletizadas
                           600



                           500
Ganho em peso (g dia -1)



                                                                          28% PB
                           400
                                                                          32% PB

                           300                                            36% PB



                           200



                           100



                            0
                                 30 dias   60 dias   90 dias   120 dias

                                            Dias de Experimento
Ganho em Peso - Dietas Extrusadas
                           700


                           600
Ganho em peso (g dia -1)



                           500

                                                                              28% PB
                           400
                                                                              32% PB
                           300
                                                                              36% PB

                           200


                           100


                            0
                                  30 dias   60 dias   90 dias      120 dias

                                             Dias de Experimento
Estágio de desenvolvimento do peixe

                           Temperatura da água

                              Estratégia de alimentação
   Fatores que afetam
as exigências nutricionais     Balanceamento dos
                                   nutrientes
Estágio de desenvolvimento do peixe

                           Temperatura da água

                              Estratégia de alimentação
   Fatores que afetam
as exigências nutricionais Balanceamento dos
                                   nutrientes

                          Qualidade dos nutrientes
ESTUDO DA INTERAÇÃO: TEOR DE PB X PROPORÇÃO DE
     POA, NO GANHO DE PESO DA PIRACANJUBA




                                                       Aa
          350                               Aa Aa           Aa ABa
          300                     Ab
                            Ab
          250                     Aa
                                       Ab
                       Aa                              Ba
 GP (g)




          200                               Ba

          150
          100
           50                                                            50%
                                                                       25%
            0                                                        0% POA
                   18% 24% 30%
                               36%
                         PB
   Médias seguidas de mesma letra (maiúsculas na vertical e minúsculas na horizontal), não
   diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)
Estágio de desenvolvimento do peixe

                           Temperatura da água

                              Estratégia de alimentação
   Fatores que afetam
as exigências nutricionais     Balanceamento dos
                                   nutrientes

                           Qualidade dos nutrientes
                 Metodologia experimental
Desempenho de produção de catfish alimentado com dietas
  contendo três teores de proteína com dois regimes
  alimentares, em 125 dias.
Alimentação      Teor protéico   Média de     Ganho    Consumo Conversão        Taxa de
                 da dieta (%) peso final (g) em peso (g) (g/peixe) alimentar   eficiência
                                                                               protéica

Á vontade             26           593        533 *       783      1,47 NS      2,51 *

                      32           562         502        706        1,40        2,13

                      38           539         479        696        1,46        1,72


Com restrições        26           448        388**       511       1,32 *       2,81

                      32           457         397        487        1,23        2,44

                      38           496         436        528        1,21        2,07



Obs: Peso médio inicial = 60g
Densidade = 13.600 catfish/há (tanques de 400m2 com aeradores)
* Efeito linear decrescente ** Efeito linear crescente
Estágio de desenvolvimento do peixe

                           Temperatura da água

                               Estratégia de alimentação
   Fatores que afetam
as exigências nutricionais      Balanceamento dos
                                    nutrientes

                           Qualidade dos nutrientes
                 Metodologia experimental
      Métodos estatísticos e
     parâmetros de avaliação
Energia Recuperada
                                                         Proteína
                              Energia                    * em tecidos
                              Metabolizável
                                                         * em produtos sexuais
                              Proteína
                  Energia
                 Digestível                              Produção de Calor
                 Proteína                                * metabolismo basal
                 Digestível
Energia Bruta                 Energia Excretada          * atividade voluntária
Proteína Bruta                Proteína Excretada
                                                         * incremento calórico
                              * nas brânquias
                              * na urina
                              * na superfície corporal

                 Energia Fecal
                 Proteína Fecal
Peixe


Ração
10%        Água        66,6%
26%       Proteína     20%
 5%       Minerais     3,4%
 8%       Gordura      10%
45%     Carboidratos
 6%        Fibras
DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
                  ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA
                                           DOSE-

Modelo: Regressão Quadrática
                                           Ponto ótimo (?) = 34%
                90
                80
                70
Peso vivo (g)




                60
                50
                40
                30
                20
                     10   15   20     25       30      35     40   45
                               Nível de proteína na dieta
DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
             ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA
                                      DOSE-

    Modelo: Regressão Segmentada (L.R.P.)

                                Ponto de quebra = 28%
                90
                80
                70
Peso vivo (g)




                60
                50
                40
                30
                20
                     10   15   20     25      30      35    40   45
                               Nível de proteína na dieta
Regressão Quadrática   Regressão Segmentada
ETAPAS DE ESTUDO RELACIONADAS À ALIMENTAÇÃO E
           NUTRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE PEIXE


                       ESTUDOS SOBRE A
                       UTILIZAÇÃO DOS
   MORFOLOGIA E          ALIMENTOS:            ESTUDOS SOBRE A       ESTUDOS SOBRE A
   FISIOLOGIA DO                                EXIGÊNCIA DOS        FORMULAÇÃO DE
SISTEMA DIGESTÓRIO          •Atratividade         PRINCIPAIS        DIETAS QUE LEVEM
                           •Palatabilidade       NUTRIENTES          AO MENOR CUSTO
                             •Consumo             NAS DIETAS          DE PRODUÇÃO
                         •Tempo de transito
                           gastrointestinal
ESTUDOS DE HÁBITOS      •Tempo de retorno
E COMPORTAMENTOS                                                    ESTUDOS SOBRE O
                              do apetite                               MANEJO DE
   ALIMENTARES        •Tempo de esvaziamento                        ALIMENTAÇÃO NAS
                               gástrico                               CONDIÇÕES DE
                                                 ESTUDOS SOBRE
                                                                        CULTIVO:
                                               O PROCESSAMENTO
                                                 DE ALIMENTOS
                      DIGESTIBILIDADE DE                                    •Ingestão
  ESTUDOS SOBRE                                E DIETAS PRÁTICAS
                        NUTRIENTES DOS                                   •Freqüência de
ECOLOGIA E TÉCNICAS
                          ALIMENTOS                                      Arraçoamento
   DE PRODUÇÃO
                                                                   •Interações com densidade
                                                                         de povoamento

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Proteínas na alimentação animal
 Proteínas na alimentação animal Proteínas na alimentação animal
Proteínas na alimentação animalwellison nascimento
 
Manejo reprodutivo em gado de corte
Manejo reprodutivo em gado de corteManejo reprodutivo em gado de corte
Manejo reprodutivo em gado de corteFabrício Farias
 
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxAula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxMirianFernandes15
 
produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho Carls Tavares
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosMarília Gomes
 
Aula 1 ezoognósia
Aula 1 ezoognósiaAula 1 ezoognósia
Aula 1 ezoognósiaUFSC
 
Manejo da ordenha e qualidade do leite
Manejo da ordenha e qualidade do leite Manejo da ordenha e qualidade do leite
Manejo da ordenha e qualidade do leite LarissaFerreira258
 
Guia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosGuia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosKiller Max
 
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamentoManejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamentoIngrid Carvalho
 
Recria de bezerros de corte
Recria de bezerros de corteRecria de bezerros de corte
Recria de bezerros de corteAllen Ferreira
 
Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Jacqueline Gomes
 
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosMarília Gomes
 

Mais procurados (20)

Proteínas na alimentação animal
 Proteínas na alimentação animal Proteínas na alimentação animal
Proteínas na alimentação animal
 
Manejo reprodutivo em gado de corte
Manejo reprodutivo em gado de corteManejo reprodutivo em gado de corte
Manejo reprodutivo em gado de corte
 
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxAula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
 
Bubalinocultura
BubalinoculturaBubalinocultura
Bubalinocultura
 
Rafael Henrique - Fenação
Rafael Henrique - FenaçãoRafael Henrique - Fenação
Rafael Henrique - Fenação
 
produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
vacinação em aves
vacinação em avesvacinação em aves
vacinação em aves
 
Leites - análises e legislação
Leites - análises e legislaçãoLeites - análises e legislação
Leites - análises e legislação
 
Gado leite
Gado leiteGado leite
Gado leite
 
Aula 4 bioclimatologia animal ecologia animal
Aula 4 bioclimatologia animal ecologia animalAula 4 bioclimatologia animal ecologia animal
Aula 4 bioclimatologia animal ecologia animal
 
Aula 1 ezoognósia
Aula 1 ezoognósiaAula 1 ezoognósia
Aula 1 ezoognósia
 
Manejo da ordenha e qualidade do leite
Manejo da ordenha e qualidade do leite Manejo da ordenha e qualidade do leite
Manejo da ordenha e qualidade do leite
 
Bovinos de corte
Bovinos de corteBovinos de corte
Bovinos de corte
 
Bovinocultura de Corte
Bovinocultura de Corte Bovinocultura de Corte
Bovinocultura de Corte
 
Guia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosGuia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinos
 
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamentoManejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
 
Recria de bezerros de corte
Recria de bezerros de corteRecria de bezerros de corte
Recria de bezerros de corte
 
Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)
 
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 

Destaque

Aula 1 piscicultura - questões economicas e mercado consumidor
Aula 1   piscicultura - questões economicas e mercado consumidorAula 1   piscicultura - questões economicas e mercado consumidor
Aula 1 piscicultura - questões economicas e mercado consumidorJeovaci Martins Da Rocha Júnior
 
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSAPOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSMário Rodrigues
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
PisciculturaDfrancom
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
Pisciculturaandreap02
 
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.Aquarium Group
 
Manual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosManual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosSérgio Amaral
 
Peixes se Esfregando no Fundo
Peixes se Esfregando no Fundo Peixes se Esfregando no Fundo
Peixes se Esfregando no Fundo Alcon Pet
 
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesConstrução de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesPatrícia Oliver
 
Construções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosConstruções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosMarcos Wandré
 
Aquacultura/Aquicultura
Aquacultura/Aquicultura Aquacultura/Aquicultura
Aquacultura/Aquicultura Pedro Pires
 
Recursos Marítimos - Pesca
Recursos Marítimos - PescaRecursos Marítimos - Pesca
Recursos Marítimos - Pescavando
 
Classe dos peixes prof Ivanise Meyer
Classe dos peixes prof Ivanise MeyerClasse dos peixes prof Ivanise Meyer
Classe dos peixes prof Ivanise MeyerIvanise Meyer
 
Mão-de-obra
Mão-de-obraMão-de-obra
Mão-de-obraana pinho
 

Destaque (20)

Aula 1 piscicultura - questões economicas e mercado consumidor
Aula 1   piscicultura - questões economicas e mercado consumidorAula 1   piscicultura - questões economicas e mercado consumidor
Aula 1 piscicultura - questões economicas e mercado consumidor
 
Piscicultura
Piscicultura Piscicultura
Piscicultura
 
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOSAPOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
APOSTILA DE PISCICULTURA BASICA EM VIVEIROS ESCAVADOS
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
Piscicultura
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
Piscicultura
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
Piscicultura
 
Aula 3 Sistemas Super Intensivos
Aula 3   Sistemas Super IntensivosAula 3   Sistemas Super Intensivos
Aula 3 Sistemas Super Intensivos
 
Aquicultura
AquiculturaAquicultura
Aquicultura
 
Piscicultura
PisciculturaPiscicultura
Piscicultura
 
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.
Manuel sobre Camarões e crustáceos ornamentais.
 
O cultivo com bioflocos
O cultivo com bioflocosO cultivo com bioflocos
O cultivo com bioflocos
 
Manual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em ViveirosManual de Criação de Peixes em Viveiros
Manual de Criação de Peixes em Viveiros
 
Peixes se Esfregando no Fundo
Peixes se Esfregando no Fundo Peixes se Esfregando no Fundo
Peixes se Esfregando no Fundo
 
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixesConstrução de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
Construção de viveiros e de estruturas hidráulicas para o cultivo de peixes
 
Construções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveirosConstruções de tanques e viveiros
Construções de tanques e viveiros
 
Aquacultura/Aquicultura
Aquacultura/Aquicultura Aquacultura/Aquicultura
Aquacultura/Aquicultura
 
Recursos Marítimos - Pesca
Recursos Marítimos - PescaRecursos Marítimos - Pesca
Recursos Marítimos - Pesca
 
Classe dos peixes prof Ivanise Meyer
Classe dos peixes prof Ivanise MeyerClasse dos peixes prof Ivanise Meyer
Classe dos peixes prof Ivanise Meyer
 
Actividade Piscatória
Actividade PiscatóriaActividade Piscatória
Actividade Piscatória
 
Mão-de-obra
Mão-de-obraMão-de-obra
Mão-de-obra
 

Semelhante a Boas práticas nutricionais em piscicultura

Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixesBoas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixesSamuel Vieira
 
Manejo alimentar em tanques rede
Manejo alimentar em tanques redeManejo alimentar em tanques rede
Manejo alimentar em tanques redeRural Pecuária
 
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias Nilóticas
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias NilóticasOs benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias Nilóticas
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias NilóticasRural Pecuária
 
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURA
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURAIMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURA
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURAPriscila de Oliveira
 
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de frango caipira (Lab...
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de  frango caipira (Lab...Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de  frango caipira (Lab...
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de frango caipira (Lab...George Lucas
 
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na seca
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na secaNíveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na seca
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na secaGeorge Lucas
 
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto Bernardino
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto BernardinoAcidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto Bernardino
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto BernardinoTecalvet Avicultura
 
Palestra Fenerc 19/05/2011
Palestra Fenerc 19/05/2011Palestra Fenerc 19/05/2011
Palestra Fenerc 19/05/2011Renato Caleffi
 
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...Hytalo Rafael
 
Aula de ecologia 01
Aula de ecologia 01Aula de ecologia 01
Aula de ecologia 01senesunetec
 
HACCP na alimentação de vacas leiteiras
HACCP na alimentação de vacas leiteirasHACCP na alimentação de vacas leiteiras
HACCP na alimentação de vacas leiteirasDavid Quintino
 
Apresentação bovinos aditivos e ionóforos
Apresentação bovinos   aditivos e ionóforosApresentação bovinos   aditivos e ionóforos
Apresentação bovinos aditivos e ionóforosyasmin MOura
 

Semelhante a Boas práticas nutricionais em piscicultura (20)

Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixesBoas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
 
Impactos Ambientais da Piscicultura
Impactos Ambientais da PisciculturaImpactos Ambientais da Piscicultura
Impactos Ambientais da Piscicultura
 
Manejo alimentar em tanques rede
Manejo alimentar em tanques redeManejo alimentar em tanques rede
Manejo alimentar em tanques rede
 
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias Nilóticas
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias NilóticasOs benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias Nilóticas
Os benefícios do alimento vivo na criação de Tilápias Nilóticas
 
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURA
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURAIMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURA
IMPACTO AMBIENTAL E RESÍDUOS DA CARCINICULTURA
 
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de frango caipira (Lab...
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de  frango caipira (Lab...Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de  frango caipira (Lab...
Avaliação quantitativa de fibras colágenas no músculo de frango caipira (Lab...
 
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na seca
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na secaNíveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na seca
Níveis de Suplemento para novilhos nelore terminados a pasto na seca
 
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto Bernardino
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto BernardinoAcidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto Bernardino
Acidificação da água de bebida e suas vantagens econômicas - Alberto Bernardino
 
Bol 53
Bol 53Bol 53
Bol 53
 
Manejo alimentar de peixes98 (1)
Manejo alimentar de peixes98 (1)Manejo alimentar de peixes98 (1)
Manejo alimentar de peixes98 (1)
 
Palestra Fenerc 19/05/2011
Palestra Fenerc 19/05/2011Palestra Fenerc 19/05/2011
Palestra Fenerc 19/05/2011
 
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...
Diferentes Densidades de Estocagem na Produção de Alevinos de Trairão (Hoplia...
 
S7 lamabri em bft
S7 lamabri em bftS7 lamabri em bft
S7 lamabri em bft
 
Aula de ecologia 01
Aula de ecologia 01Aula de ecologia 01
Aula de ecologia 01
 
HACCP na alimentação de vacas leiteiras
HACCP na alimentação de vacas leiteirasHACCP na alimentação de vacas leiteiras
HACCP na alimentação de vacas leiteiras
 
Pontal Verde-Azul
Pontal Verde-AzulPontal Verde-Azul
Pontal Verde-Azul
 
Calculo da c n
Calculo da c nCalculo da c n
Calculo da c n
 
Recursos Naturais
Recursos NaturaisRecursos Naturais
Recursos Naturais
 
Apresentação bovinos aditivos e ionóforos
Apresentação bovinos   aditivos e ionóforosApresentação bovinos   aditivos e ionóforos
Apresentação bovinos aditivos e ionóforos
 
204 638-1-pb
204 638-1-pb204 638-1-pb
204 638-1-pb
 

Mais de Filgueira Nogueira

Mais de Filgueira Nogueira (19)

34352
3435234352
34352
 
Apostila de aulas práticas (1)
Apostila de aulas práticas (1)Apostila de aulas práticas (1)
Apostila de aulas práticas (1)
 
Trabalho prática física
Trabalho   prática físicaTrabalho   prática física
Trabalho prática física
 
Trabalho prática física
Trabalho   prática físicaTrabalho   prática física
Trabalho prática física
 
Biblioteca 16421
Biblioteca 16421Biblioteca 16421
Biblioteca 16421
 
Biblioteca 2350
Biblioteca 2350Biblioteca 2350
Biblioteca 2350
 
Exercicios praticos-basico-de-internet
Exercicios praticos-basico-de-internetExercicios praticos-basico-de-internet
Exercicios praticos-basico-de-internet
 
Radio ifce
Radio ifceRadio ifce
Radio ifce
 
Exercicio de secretariado
Exercicio de secretariadoExercicio de secretariado
Exercicio de secretariado
 
Radio ifce
Radio ifceRadio ifce
Radio ifce
 
Receita do puff
Receita do puffReceita do puff
Receita do puff
 
Aula 02 principais artes de pesca
Aula 02  principais artes de pescaAula 02  principais artes de pesca
Aula 02 principais artes de pesca
 
Bioindicadores de qualidade ambiental ii
Bioindicadores de qualidade ambiental iiBioindicadores de qualidade ambiental ii
Bioindicadores de qualidade ambiental ii
 
Bioindicadores de qualidade ambiental iii
Bioindicadores de qualidade ambiental iiiBioindicadores de qualidade ambiental iii
Bioindicadores de qualidade ambiental iii
 
Bioindicadores de qualidade ambiental v
Bioindicadores de qualidade ambiental vBioindicadores de qualidade ambiental v
Bioindicadores de qualidade ambiental v
 
2 aula qualidadeparamentros
2 aula qualidadeparamentros2 aula qualidadeparamentros
2 aula qualidadeparamentros
 
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixesBoas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
Boas praticas-de-manejo-na-alimentacao-de-peixes
 
32678 066
32678 06632678 066
32678 066
 
Bioindicadores de qualidade ambiental iv
Bioindicadores de qualidade ambiental ivBioindicadores de qualidade ambiental iv
Bioindicadores de qualidade ambiental iv
 

Boas práticas nutricionais em piscicultura

  • 1. BOAS PRÁTICAS DE MANEJO NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES Prof. Dr. Dalton José Carneiro
  • 2. PRINCIPAIS FATORES DETERMINANTES DO DESEMPENHO NUTRICIONAL DAS DIETAS FORMULADAS PARA ORGANISMOS AQUÁTICOS
  • 3. Interdependência dos fatores de produção de peixes Produtividade Qualidade Disponibilidade de água de Nutrientes Custo de Produção
  • 4. Diferenças ambientais entre sistemas de produção Extensivo Qualidade da água Semi-intensivo Concentração Produtividade e Balanceamento de Nutrientes Intensivo (TACON, 1994)
  • 5. Impactos da má nutrição nos peixes Aumento de resíduos causados principalmente pela má nutrição afetam adversamente a qualidade de água levando a: Aumento de estresse; Elevação do aparecimento de doenças infecciosas; Baixo crescimento; Alta mortalidade; Desenvolvimento de off-flavor; Baixa eficiência alimentar; Elevação do custo de produção. LIM, C. Feeds and Feeding Strategies to Minimize Enviroment Impacts. Workshop Internacional sobre desenvolvimento e boas praticas de manejo para aquicultura. Collaborative Research Support Program – CRSP Esalq/USP 28-30/08/2006
  • 6. Como melhorar? Cuidados com meio ambiente e disponibilização de nutrientes Avaliar qualidade da água dos viveiros; Contabilizar disponibilidade de alimentos naturais; Adequar densidade de estocagem; Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede ou viveiros/aeradores).
  • 7. Fatores de Produtividade Chuva Luz Aerador Vazão Vento Oxigênio Dissolvido Fotossíntese Alimentação Matéria Org. Natural e / ou Saída de resíduos Artificial
  • 8. Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais X X Viveiro estático (comumente utilizado na criação do bagre americano nos EUA) X X X Viveiro com renovação e saída de água pelo sistema de escoamento (comumente utilizado nas pisciculturas nacionais – sistema semi-intensivo) (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
  • 9. Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais X XX X X X X XX X Raceway – Sistema intensivo de alto fluxo de água (comumente utilizado em criações de peixes como truta arco-íris e o salmão) X X X X X Tanque-rede – Sistema intensivo de alto fluxo de água (utilizados em criação de várias espécies de peixe em grandes reservatórios de água ou em ambientes marinho) (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
  • 10. Filtro Remoção biológico de sólidos X X X Sistemas de criação de peixes com recirculação de água Cultivo Filtro Remoção de vegetais biológico de sólidos X X X X X X X X X Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)
  • 11. Como melhorar? Cuidados com meio ambiente e disponibilização de nutrientes Avaliar qualidade da água dos viveiros; Contabilizar disponibilidade de alimentos naturais; Adequar densidade de estocagem; Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede ou viveiros/aeradores). Balanceamento (concentração energética, teor de fibras e proteínas das dietas) Melhorar fornecimento de rações.
  • 12. Onde melhorar? I . Diminuição de resíduos: Alimentos não ingeridos; Alimentos não digeridos. II . Procurar os efeitos da nutrição adequada (atendimento das exigências nutricionais)
  • 13. I – Para melhorar as técnicas de fornecimento de ração (diminuindo alimentos não ingeridos ou digeridos) Freqüência alimentar (como alimentar?) Horários de alimentação (quando?) Consumo alimentar (quanto?) Processamento dos ingredientes e das dietas (o quê? / como? / onde?) Distribuição das dietas (onde?)
  • 14. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos ? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; (LIM, 2006)
  • 15. EXTENSIVO POUCO/NENHUM ALIMENTO FERTILIZAÇÃO/ALIMENTO SEMI-INTENSIVO ENTRADA TROCA PRODUÇÃO SUPLEMENTAR DE DE DE NUTRIENTES ÁGUA PEIXES ALIMENTO E ENERGIA INTENSIVO COMPLETO ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO (Tacon, 1988) (Tacon, 1º Sem o uso de alimentos ou fertilizantes 2º Fertilização dos viveiros de cultivo 3º Fertilização e alimentação suplementar 4º Arraçoamento com dietas completas
  • 16. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; (LIM, 2006)
  • 17. Dietas para Peixes e Camarões Dietas Secas Dietas Úmidas Farelada • Líquida (Floc) – Caldo Crambelizada de Bactérias (Crumble) – Triturada • Pastosa Floculada Microencapsulada Peletizada Extrusada
  • 18. Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de piscicultura em tanque-rede. Autor: Igor Paiva Ramos Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes – SP. A) Piscicultura Timburi/Chavantes (Fonte: Google Earth).
  • 19. Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de piscicultura em tanque-rede. Autor: Igor Paiva Ramos Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes – SP. B) Piscicultura Fartura. (Fonte: Google Earth).
  • 20. Índice de importância alimentar (IAi) de Pimelodus maculatus por trimestre. A) Tanque B) Controle
  • 21. Comparação dos valores dos coeficientes angulares (b) da relação peso/comprimento
  • 22. Curva crescimento para Pimelodus maculatus: Peso total (Tanque x Controle).
  • 23. Vantagens do uso de rações Extrusadas Diminui produção de pó na fábrica; Aumenta a estabilidade na água e a disponibilidade de nutrientes para peixes; Facilita o manejo do arraçoamento; Eleva a digestibilidade de nutrientes; Tem menor produção de farelos (1 a 2%) no manuseio, comparado com o das peletizadas (5 a 8%); Apresenta melhor conversão alimentar; Podem ser estocados por maior tempo (Maior Estabilidade). (Akiyama & TAN, 1991)
  • 24. Desvantagens do uso de rações extrusadas Saciação é atingida antes da ingestão necessária para o máximo crescimento (devido a expansão excessiva do alimento); Custo do processamento é maior; Pode reduzir a digestibilidade de proteína (desnaturação e complexação com outros nutrientes); Maiores gastos com embalagens e armazenamento; Alimentação na superfície diminui no inverno; Aumenta muito a perda do arraçoamento em tanques-rede; Dificulta a inclusão de teores desejáveis de lipídios e proteína de origem animal; Perde vitaminas e dificuldade de inclusão posterior ao processamento. (Akiyama & TAN, 1991)
  • 25. Vantagens do uso das Rações Peletizadas Evita a rejeição e seleção de alimentos (em relação a Farelada); Facilita o transporte e barateia a estocagem; Melhora o fluxo no arraçoamento automático; O processamento aumenta o custo da ração em 3-6%; Pode preservar a digestibilidade de nutrientes; Pode distribuir parte dos fatores anti-nutricionais; Perda de nutrientes é menor que na extrusão; A geleificação do amido chega a 35%. (Akiyama & TAN, 1991)
  • 26. Desvantagens do uso das Rações Peletizadas Pode diminuir a procura de alimentos; Dificulta o controle da quantidade no arraçoamento; Pode diminuir os teores de vitaminas A,D,E e K (se não tiver antioxidante); Valores de conversão não são os melhores em viveiros. (Akiyama & TAN, 1991)
  • 27. VARIAÇÃO DAS MÉDIAS DE PESO CORPORAL DO PACU DURANTE O PERÍODO EXPERIMENTAL Período de baixa 800 temperatura 700 600 500 Farelada PESO (g) 400 Peletizada Extrusada 300 200 100 0 Dez Jan Fev Mar Abr Out Nov Dez TEMPO
  • 28.
  • 29.
  • 30. 30,00 29,00 28,00 27,00 Temperatura (ºC) 26,00 Tº manhã 25,00 Tº tarde 24,00 23,00 22,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Semanas de Experimento
  • 31. Peso Médio- Dietas Extrusadas 800 30,00 700 29,00 28,00 Temperatura ( ºC ) 600 27,00 500 Peso (g) 26,00 400 25,00 300 24,00 23,00 200 22,00 100 21,00 0 20,00 Jan Fev Mar Abr 28% PB 32% PB 36% PB Tº manhã Tº tarde Peso Médio- Dietas Peletizadas 800 30,00 700 29,00 28,00 Temperatura ( ºC) 600 27,00 500 Peso (g) 26,00 400 25,00 300 24,00 23,00 200 22,00 100 21,00 0 20,00 Jan Fev Mar Abr 28% PB 32% PB 36% PB Tº manhã Tº tarde
  • 32. Conversão Alimentar - Peletizada 120 dias 90 dias 36% PB 32% PB 60 dias 28% PB 30 dias Conversão Alimentar - Extrusada 0 0,5 1 1,5 2 120 dias 90 dias 36% PB 32% PB 60 dias 28% PB 30 dias 0 0,5 1 1,5
  • 33. 400 380 Aa 360 (Y) 340 Ab Peso (g) 320 Ba 300 Bb 280 260 240 220 Não revertidos 200 Revertidos •(Z) 28% PB 32% PB •(X) Níves de Proteína na dieta Médias de peso aos 60 dias de tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta.
  • 34. 2 Aa 1,8 Conversão Alimentar Ab 1,6 Ba 1,4 1,2 Bb Bb Revertidos 1 Não revertidos 28% PB (Z) 32% PB Níveis de Proteína Bruta Médias de conversão alimentar até 60 dias de ensaio com tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta
  • 35. 97,4 100 83,9 90 80 70 % 60 50 40 16,1 30 20 Não revertidos 10 2,6 0 Revertidos machos fêmeas Proporção de sexos Proporção de machos de tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta.
  • 36. 800 •a 700 •b 600 500 Peso (g) 400 300 200 100 0 machos fêmeas Peso médio final de machos e fêmeas de tilápias- do-nilo não revertidas, em tanques-rede
  • 37. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; (LIM, 2006)
  • 38. Coeficientes de Digestibilidade Aparente (%) Alimentos Pacu1 Tilápia2 Pintado3 Proteína Energia Proteína Energia Proteína Energia Farinha de peixe 88,40 78,14 78,55 72,24 84,14 72,80 Farinha de penas 75,73 79,52 29,12 68,15 39,56 51,26 Farinha de vísceras 83,40 69,99 87,24 69,61 61,59 48,98 Farinha de sangue 57,72 67,41 50,69 62,87 10,47 16,08 Farinha de carne 88,60 83,98 73,19 75,35 Levedura 68,86 45,77 Farelo de soja 81,14 63,68 91,56 73,18 67,10 61,66 Soja crua 83,46 92,71 26,84 45,55 Soja tostada 92,04 91,45 49,48 57,39 Farelo de algodão 86,00 59,55 74,87 51,00 Farelo de canola 87,00 74,59 Farelo de trigo 93,89 45,77 91,13 77,70 49,47 53,20 Sorgo 92,93 81,16 67,83 70,53 44,87 48,35 Farelo de arroz 80,82 92,73 94,86 91,30 44,21 51,84 Quirera de arroz 43,24 47,34 Milho 84,38 86,69 91,66 83,95 64,18 64,95 Milho extrusado 89,62 61,31 Glúten 21 89,88 66,80 Glúten 60 95,96 71,19 Óleo de soja 89,85* Fonte: 1 Abimorad & Carneiro, 2004 3 Gonçalves & Carneiro, 2003 Revista Brasileira de Zootecnia 2 Pezzato et al., 2002 * Boscolo et al., 2002
  • 39. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; Escolha / qualidade dos ingredientes; (LIM, 2006)
  • 40. EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA DIGESTÍVEL PARA O PINTADO 26 Ganho de Peso (g) 21 Ingredientes de baixa 16 digestibilidade para o pintado 11 6 1 20 22 24 26 28 30 32 34 Proteína Digestível 30,5 32,1 35,0 37,1 40,2 42,9 Proteína Bruta
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44. Medidas para melhorar o valor nutricional de alimentos Uso combinado de várias fontes protéicas, com aminoácidos essenciais; Suplementação dos aminoácidos essenciais, energia e minerais; Eliminação ou inativação de fatores antinutricionais; Adição de enzimas para melhorar a digestibilidade dos nutrientes; Adição de palatabilizantes. (LIM, 2006)
  • 45. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; Escolha / qualidade dos ingredientes; Manipulação e estocagem de rações; (LIM, 2006)
  • 46. O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos • Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; • Processamento adequado de ingredientes e dietas; • Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; • Escolha / qualidade dos ingredientes; • Manipulação e estocagem de rações; • Características nutricionais e composição das dietas. (LIM, 2006)
  • 47. PRINCIPAIS ITENS A SEREM VEICULADOS PELAS DIETAS Valor protéico suficiente em quantidade e qualidade para promover o equilíbrio entre proteína e outros nutrientes; Quantidade de energia necessária para atender as demandas de manutenção, crescimento e reprodução; que são variáveis para cada espécie, aptidão, condições ambientais, etc.; Produtos veiculados pela dieta em concentrações adequadas, como aminoácidos, ácidos graxos essenciais, vitaminas específicas e minerais; para promover uma melhor produção.
  • 48. Estágio de desenvolvimento do peixe Fatores que afetam as exigências nutricionais
  • 49. Curva de Crescimento γ β Taxa de crescimento α Necessidade de nutrientes
  • 50. Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais
  • 51. Ganho em Peso - Dietas Peletizadas 600 500 Ganho em peso (g dia -1) 28% PB 400 32% PB 300 36% PB 200 100 0 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias Dias de Experimento
  • 52. Ganho em Peso - Dietas Extrusadas 700 600 Ganho em peso (g dia -1) 500 28% PB 400 32% PB 300 36% PB 200 100 0 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias Dias de Experimento
  • 53. Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Estratégia de alimentação Fatores que afetam as exigências nutricionais Balanceamento dos nutrientes
  • 54.
  • 55. Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Estratégia de alimentação Fatores que afetam as exigências nutricionais Balanceamento dos nutrientes Qualidade dos nutrientes
  • 56. ESTUDO DA INTERAÇÃO: TEOR DE PB X PROPORÇÃO DE POA, NO GANHO DE PESO DA PIRACANJUBA Aa 350 Aa Aa Aa ABa 300 Ab Ab 250 Aa Ab Aa Ba GP (g) 200 Ba 150 100 50 50% 25% 0 0% POA 18% 24% 30% 36% PB Médias seguidas de mesma letra (maiúsculas na vertical e minúsculas na horizontal), não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)
  • 57. Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Estratégia de alimentação Fatores que afetam as exigências nutricionais Balanceamento dos nutrientes Qualidade dos nutrientes Metodologia experimental
  • 58. Desempenho de produção de catfish alimentado com dietas contendo três teores de proteína com dois regimes alimentares, em 125 dias. Alimentação Teor protéico Média de Ganho Consumo Conversão Taxa de da dieta (%) peso final (g) em peso (g) (g/peixe) alimentar eficiência protéica Á vontade 26 593 533 * 783 1,47 NS 2,51 * 32 562 502 706 1,40 2,13 38 539 479 696 1,46 1,72 Com restrições 26 448 388** 511 1,32 * 2,81 32 457 397 487 1,23 2,44 38 496 436 528 1,21 2,07 Obs: Peso médio inicial = 60g Densidade = 13.600 catfish/há (tanques de 400m2 com aeradores) * Efeito linear decrescente ** Efeito linear crescente
  • 59. Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Estratégia de alimentação Fatores que afetam as exigências nutricionais Balanceamento dos nutrientes Qualidade dos nutrientes Metodologia experimental Métodos estatísticos e parâmetros de avaliação
  • 60. Energia Recuperada Proteína Energia * em tecidos Metabolizável * em produtos sexuais Proteína Energia Digestível Produção de Calor Proteína * metabolismo basal Digestível Energia Bruta Energia Excretada * atividade voluntária Proteína Bruta Proteína Excretada * incremento calórico * nas brânquias * na urina * na superfície corporal Energia Fecal Proteína Fecal
  • 61. Peixe Ração 10% Água 66,6% 26% Proteína 20% 5% Minerais 3,4% 8% Gordura 10% 45% Carboidratos 6% Fibras
  • 62. DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA DOSE- Modelo: Regressão Quadrática Ponto ótimo (?) = 34% 90 80 70 Peso vivo (g) 60 50 40 30 20 10 15 20 25 30 35 40 45 Nível de proteína na dieta
  • 63. DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA DOSE- Modelo: Regressão Segmentada (L.R.P.) Ponto de quebra = 28% 90 80 70 Peso vivo (g) 60 50 40 30 20 10 15 20 25 30 35 40 45 Nível de proteína na dieta
  • 64. Regressão Quadrática Regressão Segmentada
  • 65. ETAPAS DE ESTUDO RELACIONADAS À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE PEIXE ESTUDOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS MORFOLOGIA E ALIMENTOS: ESTUDOS SOBRE A ESTUDOS SOBRE A FISIOLOGIA DO EXIGÊNCIA DOS FORMULAÇÃO DE SISTEMA DIGESTÓRIO •Atratividade PRINCIPAIS DIETAS QUE LEVEM •Palatabilidade NUTRIENTES AO MENOR CUSTO •Consumo NAS DIETAS DE PRODUÇÃO •Tempo de transito gastrointestinal ESTUDOS DE HÁBITOS •Tempo de retorno E COMPORTAMENTOS ESTUDOS SOBRE O do apetite MANEJO DE ALIMENTARES •Tempo de esvaziamento ALIMENTAÇÃO NAS gástrico CONDIÇÕES DE ESTUDOS SOBRE CULTIVO: O PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS DIGESTIBILIDADE DE •Ingestão ESTUDOS SOBRE E DIETAS PRÁTICAS NUTRIENTES DOS •Freqüência de ECOLOGIA E TÉCNICAS ALIMENTOS Arraçoamento DE PRODUÇÃO •Interações com densidade de povoamento