SlideShare uma empresa Scribd logo
Trabalho realizado por:
Ana Gomes nº1
André Silva nº2
Bruno Nogueira nº6
Rita Araújo nº19
11ºA

Árvore genealógica de
Afonso

 Afonso da Maia é um homem de estatura baixa, maciço (firme), de
costas largas e fortes. Apresenta uma face larga com um nariz curvo,
pele avermelhada, cabelo curto e branco, e uma barba longa e branca.
Esta personagem relembra alguns reis, varões e duques da História de
Portugal pelo seu aspecto físico.
Caracterização física:

 “Afonso era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e
com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha,
o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e
longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades
heróicas, um D. Duarte de Menezes ou um Afonso de Albuquerque. E
isto fazia sorrir o velho, recordar ao neto, gracejando, quanto as
aparências iludem!” (Capítulo I, página 12).
Expressões do livro:

 Afonso é um homem rígido, culto, puro, sério, uma pessoa rigorosa na
aplicação dos princípios morais, nas ideias e nos costumes, é sereno, risonho e
também era aquele que o autor mais valorizou. Não se conhece defeitos. É
generoso para com os amigos e os mais necessitados, o que faz também amar a
natureza e o que é pobre e fraco. funciona como sustentáculo da família Maia,
é para ele que todos se voltam nos momentos de crise.
 De todas as outras personagens, este é diferente pela sua sabedoria e
experiência de vida, é alguém duro, clássico, ultrapassado, paciente, carinhoso
com as crianças), fidalgo, nobre, rico (graças a um conjunto de heranças que
a família recebeu e que possibilitam que não tenha trabalhado um único dia
da sua vida) de espírito sadio e individualista.
Caracterizaçãopsicológica

 “Parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade
enternecida. Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco. Em Santa Olávia, as
crianças corriam para ele, dos portais, sentindo-o acariciador e paciente. Tudo o que
vive lhe merecia amor: - e era dos que não pisam um formigueiro, e se compadece da
sede duma planta.” (Capítulo I, página 12).
 “Isso, amigo, é de razão. Uma gente destas deve ter a sua representação, as suas
coisas bem montadas. Há deveres na sociedade... É como o Sr. Afonso... Gasta muito,
sim, come dinheiro. Não é com ele, que lhe conheço aquele casaco há vinte anos...
Mas são esmolas, são pensões, são empréstimos que nunca mais vê...
- Desperdícios...
- Não lho censuro... É o costume da casa; nunca da porta dos Maias, já meu pai
dizia, saiu ninguém descontente...” (Capítulo V, página 126).
Expressões do livro:

O nome “Afonso da Maia” surge
de 2 figuras históricas:
Simbolismo donome
Afonso:
1.Gonçalo
Mendes da
Maia
 O Lidador, "fronteiro-mor” e
adiantado do rei D. Afonso
Henriques, que morreu pelejando
na campanha de Beja" (1971) e de
que nos deixou uma imagem
indelével a narrativa épica de
Herculano, elo de ligação entre o
relato histórico de Frei António
Brandão e as recriações
genealógicas de Eça de Queirós.
Albuquerq
ue
 Uma figura soberba histórica, que
Eça de Queirós se dedicava e
assim tornaria mais
compreensível ou menos
surpreendente, em Os Maias, o
perfil de um Afonso da Maia,
delineado à imagem e semelhança
do heróico vice-rei da Índia.
Verifica-se coincidências
flagrantes entre o retrato físico de
Afonso da Maia com o de Afonso
Albuquerque.

 Enquanto jovem, Afonso da Maia é rebelde, liberal e jacobino
(membro de um partido dito democrático, frequentemente inimigo da
religião), segundo o pai, lê Rousseau, Volney, Helvécio e a
Enciclopédia, de Tácito de Rabelais. Sendo então obrigado, pelo seu
pai, a sair de casa, sofrendo exílio da pátria.
 É símbolo do emblemático liberalismo romântico (na juventude),
associado a um passado heróico, incapacidade de regeneração do país
e modelo de autodomínio. Corresponde à imagem do português sério e
ideal, capaz e determinado.
Outros símbolos:
 “O antepassado, cujos olhos se enchiam agora duma luz de ternura diante das suas rosas, e que ao canto do lume
relia com gosto o seu Guisot, fora, na opinião de seu pai, algum tempo, o mais feroz Jacobino de Portugal! E
todavia, o furor revolucionário do pobre moço consistira em ler Rousseau, Volney, Helvetius, e a Enciclopédia; em
atirar foguetes de lágrimas à Constituição; e ir, de chapéu à liberal e alta gravata azul, recitando pelas lojas
maçónicas Odes abomináveis ao Supremo Arquitecto do Universo. Isto, porém, bastara para indignar o pai. Caetano
da Maia era um português antigo e fiel que se benzia ao nome de Robespierre, e que, na sua apatia de fidalgo beato e
doente, tinha só um sentimento vivo - o horror, o ódio ao Jacobino, a quem atribuía todos os males, os da pátria e os
seus, desde a perda das colónias até ás crises da sua gota. Para extirpar da nação o Jacobino, dera ele o seu amor ao
Sr. infante D. Miguel, Messias forte e Restaurador providencial... E ter justamente por filho um Jacobino, parecia-
lhe uma provação comparável só ás de Job!
 Ao principio, na esperança que o menino se emendasse, contentou-se em lhe mostrar um carão severo e chamar-lhe
com sarcasmo - cidadão! Mas quando soube que seu filho, o seu herdeiro, se misturara à turba que, numa noite de
festa cívica e de luminárias, tinha apedrejado as vidraças apagadas do Sr. Legado de Áustria, enviado da Santa
Aliança - considerou o rapaz um Marat e toda a sua cólera rompeu. A gota cruel, cravando-o na poltrona, não lhe
deixou espancar o mação, com a sua bengala da índia, à lei de bom pai português: mas decidiu expulsá-lo de sua
casa, sem mesada e sem bênção, renegado como um bastardo! Que aquele pedreiro livre não podia ser do seu
sangue!” (Capítulo I, página 13).
Expressões do livro:

Evolução da vida de
Afonso:
 Após o suicídio do filho, parte para Santa Olávia mergulhado em
pesado luto, o que leva Vilaça a afirmar que «... O velho não durava
um ano». No entanto, o neto dar-lhe-á a força para sobreviver à
desgraça do filho e viver.
 De facto, o desgosto pela fraqueza de Pedro da Maia passa pelo
desacordo com a educação portuguesa tradicional que o filho recebeu
por vontade da mãe, assim, em compensação, Afonso toma a seu cargo
a educação do neto, em moldes ingleses, com destaque no exercício
físico, na higiene, na disciplina, na moderação e numa aprendizagem
livre do domínio da Cartilha e da memorização.
Evolução da
vida deAfonso
(II):
 Já velho, Afonso passa o tempo em
conversa com os amigos, realizando
jantares no Ramalhete e jogos como
whist (recebe-os e distrai-os, sendo o
ramalhete comparado a um hotel ou
a um teatro), lendo juntamente com o
seu gato - Reverendo Bonifácio – aos
pés, e emitindo juízos sobre a
necessidade de renovação do país.
Além disso, ama os seus livros e o
conforto da sua poltrona, praticando
assiduamente a caridade, o que
evidencia o seu lado solidário.
 Nos momentos de derrota, fumava
tabaco num cachimbo.

 “No escritório de Afonso da Maia ainda durava, apesar de ser tarde, a
partida de whist. A mesa estava ao lado da chaminé, onde a chama
morria nos carvões escarlates, no seu recanto costumado, abrigada
pelo biombo japonês, por causa da bronquite de D. Diogo e do seu
horror ao ar.” (Capitulo V, página 113).
 “Que perguntavas tu, filho? disse enfim Afonso erguendo-se, ainda
irritado, a buscar tabaco para o cachimbo, sua consolação nas
derrotas.” (Capítulo V, página 115).
Expressões do livro:
 “- Então, meu pobre Steinbroken - exclamou Afonso - vindo-lhe bater amavelmente
no ombro - ainda dá desses belos cantos a estes bandidos, que o maltratam assim ao
bilhar?
- Fui essfôladito, si, essfôladito. Agradecido, nô, prefiro um copita Porto...
- Hoje fomos nós as vítimas - disse-lhe o general respirando com delícia o seu punch.
- Você tãbem, meu genêral?
- Sim, senhor, também me cascaram...
E que dizia o amigo Steinbroken às noticias da manhã? - perguntava Afonso. - A
queda de Mac-Mahon, a eleição de Grevy... O que o alegrava nisto, era o
desaparecimento definitivo do antipático senhor de Broglie e da sua clique. A
impertinência daquele académico estreito, querendo impor a opinião de dois ou três
salões doutrinários à França inteira, a toda uma Democracia! Ah, o «Times»
cantava-lhas!” (Capítulo V, página 123).
Expressões do livro:

Evolução da vida deAfonso
(III):
 Afonso sofre um imenso desgosto quando descobre o incesto voluntário
e consciente do neto, perdendo toda a sua força de viver e de lutar, para
ele já não existia uma razão para existir. Sofrera imenso tanto com a
morte do filho como esta traição do neto, fora como uma facada que lhe
perfurara o peito.
 Ao nível da intriga principal, Afonso cumpre um papel de oponente, mas
também de vítima, impotente perante o incesto entre os dois únicos
descendentes da família. O processo de decadência familiar era já
anunciado no fracasso pessoal do neto, em termos de projecto de vida, e
é agora terminado no incesto, do qual só pode resultar a esterilidade
(infertilidade). Afonso morre de apoplexia, no jardim do Ramalhete,
quando sabe da vergonha do neto e da não continuidade dos Maias.

 “Afonso da Maia, que um tremor tomara, agarrou-se um momento
com força à bengala, caiu por fim pesadamente numa poltrona, junto
do reposteiro. E ficou devorando o neto, o Ega, com o olhar esgazeado
e mudo.” (Capítulo XVII, página 644).
 “E apareceu Afonso da Maia, pálido, com um jaquetão sobre a camisa
de dormir, e um castiçal onde a vela ia morrendo.” (Capitulo XVII,
página663).
Expressões do livro:

 “Defronte do Ramalhete os candeeiros ainda ardiam. Abriu de leve a porta.
Pé ante pé, subiu as escadas ensurdecidas pelo veludo cor de cereja. No
patamar tacteava, procurava a vela - quando, através do reposteiro
entreaberto, avistou uma claridade que se movia no fundo do quarto.
Nervoso, recuou, parou no recanto. O clarão chegava, crescendo: passos
lentos, pesados, pisavam surdamente o tapete: a luz surgiu - e com ela o avô
em mangas de camisa, lívido, mudo, grande, espectral. Carlos não se moveu,
sufocado; e os dois olhos do velho, vermelhos, esgaseados, cheios de horror,
caíram sobre ele, ficaram sobre ele, varando-o até ás profundidades da alma,
lendo lá o seu segredo. Depois, sem uma palavra, com a cabeça branca a
tremer, Afonso atravessou o patamar, onde a luz sobre o veludo espalhava
um tom de sangue: - e os seus passos perderam-se no interior da casa, lentos,
abafados, cada vez mais sumidos, como se fossem os derradeiros que devesse
dar na vida!” (Capítulo XVII, página 668).
Expressões do livro:

 “Afonso da Maia lá estava, nesse recanto do quintal, sob os ramos do
cedro, sentado no banco de cortiça, tombado por sobre a tosca mesa,
com a face caída entre os braços. O chapéu desabado rolara para o
chão; nas costas, com a gola erguida, conservava o seu velho capote
azul... Em volta, nas folhas das camélias, nas áleas arcadas, refulgiu,
cor de ouro, o sol fino de inverno. Por entre as conchas da cascata o
fio de água punha o seu choro lento.” Capítulo V, página 669).
Expressões do livro:
É o homem mais simpático, o mais valorizado para Eça e o sonho de um
Portugal impossível por falta de homens capazes. Uma vez que é símbolo do
velho Portugal, que contrasta com o novo Portugal – o da Regeneração,
cheio de defeitos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Maria Teixiera
 
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxSíntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
LaraCosta708069
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
keve semedo
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do Convento
António Teixeira
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
guestde10d2
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
António Fernandes
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
luiza1973
 
Memorial do Convento - Cap. V
Memorial do Convento - Cap. VMemorial do Convento - Cap. V
Memorial do Convento - Cap. V
12º A Golegã
 
Educação n' os maias
Educação n' os maiasEducação n' os maias
Educação n' os maias
Ester Pinto Pereira
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
Margarida Rodrigues
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"
MiguelavRodrigues
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
nelsonalves70
 
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maiasA hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
Maria Rodrigues
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiro
guest155834
 
Os maias personagens
Os maias personagensOs maias personagens
Os maias personagens
Fátima Teixeira Kika
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
António Fernandes
 
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenhoAnálise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
Ricardo Santos
 
Memorial do convento
Memorial do conventoMemorial do convento
Memorial do convento
João Pedro Rodrigues
 
Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
Joana Filipa Rodrigues
 

Mais procurados (20)

Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxSíntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptx
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do Convento
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
Memorial do Convento - Cap. V
Memorial do Convento - Cap. VMemorial do Convento - Cap. V
Memorial do Convento - Cap. V
 
Educação n' os maias
Educação n' os maiasEducação n' os maias
Educação n' os maias
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maiasA hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiro
 
Os maias personagens
Os maias personagensOs maias personagens
Os maias personagens
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
 
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenhoAnálise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
 
Memorial do convento
Memorial do conventoMemorial do convento
Memorial do convento
 
Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
 

Destaque

Os Maias - história de Afonso da Maia
Os Maias - história de Afonso da MaiaOs Maias - história de Afonso da Maia
Os Maias - história de Afonso da Maia
António Fernandes
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
sin3stesia
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
Helena Coutinho
 
Os Maias - Personagens
Os Maias - PersonagensOs Maias - Personagens
Os Maias - Personagens
Ângelo Rafael
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
Dina Baptista
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
joanana
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
Aparecida Mallagoli
 
Os Maias - árvore genealógica
Os Maias - árvore genealógicaOs Maias - árvore genealógica
Os Maias - árvore genealógica
António Fernandes
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
AnaGomes40
 
Ramalhete
RamalheteRamalhete
Os Mais- O Ramalhete existe?
Os Mais- O Ramalhete existe?Os Mais- O Ramalhete existe?
Os Mais- O Ramalhete existe?
Enoque Guedes
 
Os Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IXOs Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IX
António Fernandes
 
O casamento - opinião
O casamento - opiniãoO casamento - opinião
O casamento - opinião
AnaGomes40
 
O tabaco
O tabaco O tabaco
O tabaco
AnaGomes40
 
Os Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIVOs Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIV
António Fernandes
 
Alimentação do estudante
Alimentação do estudanteAlimentação do estudante
Alimentação do estudante
AnaGomes40
 
Os Maias - simbolismo
Os Maias - simbolismoOs Maias - simbolismo
Os Maias - simbolismo
António Fernandes
 
Os Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo IOs Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo I
António Fernandes
 
Estilos de vida
Estilos de vidaEstilos de vida
Estilos de vida
AnaGomes40
 

Destaque (20)

Os Maias - história de Afonso da Maia
Os Maias - história de Afonso da MaiaOs Maias - história de Afonso da Maia
Os Maias - história de Afonso da Maia
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Os Maias - Personagens
Os Maias - PersonagensOs Maias - Personagens
Os Maias - Personagens
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Os Maias - árvore genealógica
Os Maias - árvore genealógicaOs Maias - árvore genealógica
Os Maias - árvore genealógica
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Ramalhete
RamalheteRamalhete
Ramalhete
 
Os Mais- O Ramalhete existe?
Os Mais- O Ramalhete existe?Os Mais- O Ramalhete existe?
Os Mais- O Ramalhete existe?
 
Os Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IXOs Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IX
 
O casamento - opinião
O casamento - opiniãoO casamento - opinião
O casamento - opinião
 
O tabaco
O tabaco O tabaco
O tabaco
 
Os Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIVOs Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIV
 
Alimentação do estudante
Alimentação do estudanteAlimentação do estudante
Alimentação do estudante
 
Os Maias - simbolismo
Os Maias - simbolismoOs Maias - simbolismo
Os Maias - simbolismo
 
Os Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo IOs Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo I
 
Estilos de vida
Estilos de vidaEstilos de vida
Estilos de vida
 

Semelhante a Afonso da maia

O cortiço
O cortiçoO cortiço
O cortiço
Octávio Da Matta
 
Honoré de Balzac - O elixir da longa vida
Honoré de Balzac - O elixir da longa vidaHonoré de Balzac - O elixir da longa vida
Honoré de Balzac - O elixir da longa vida
Francis Monteiro da Rocha
 
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdfRealismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
CyntiaJorge
 
Chicos 19 janeiro 2009
Chicos 19 janeiro 2009Chicos 19 janeiro 2009
Chicos 19 janeiro 2009
Chicos Cataletras
 
Alexandre herculano a dama pé de cabra
Alexandre herculano   a dama pé de cabraAlexandre herculano   a dama pé de cabra
Alexandre herculano a dama pé de cabra
Tulipa Zoá
 
Novelas do Minho
Novelas do MinhoNovelas do Minho
Novelas do Minho
bibliotecacampo
 
Assim falava Heliodoro Baptista
Assim falava Heliodoro BaptistaAssim falava Heliodoro Baptista
Assim falava Heliodoro Baptista
Nomis Erudam
 
Literatura afrobrasileira.
Literatura afrobrasileira.Literatura afrobrasileira.
Literatura afrobrasileira.
dartfelipe
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Amélia Luiz de Lima
 
16
1616
Os negros análise
Os negros   análiseOs negros   análise
Os negros análise
Tayza Codina
 
Atividade autorregulada
Atividade autorreguladaAtividade autorregulada
Atividade autorregulada
Tatiana Elizabeth
 
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptliteratura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
keilaoliveira69
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
luisprista
 
Aluisio azevedo filomena borges
Aluisio azevedo   filomena borgesAluisio azevedo   filomena borges
Aluisio azevedo filomena borges
Tulipa Zoá
 
1 de um casarão do outro mundo
1   de um casarão do outro mundo1   de um casarão do outro mundo
1 de um casarão do outro mundo
Fatoze
 
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesMonteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Tânia Sampaio
 
lima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdflima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdf
Elaine Cristina
 
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
Leandro Montino
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serras
Flávio Mello
 

Semelhante a Afonso da maia (20)

O cortiço
O cortiçoO cortiço
O cortiço
 
Honoré de Balzac - O elixir da longa vida
Honoré de Balzac - O elixir da longa vidaHonoré de Balzac - O elixir da longa vida
Honoré de Balzac - O elixir da longa vida
 
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdfRealismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
Realismo_e_Naturalismo_Lista_de_Exercicios_Literatura_ENEM (2) (1).pdf
 
Chicos 19 janeiro 2009
Chicos 19 janeiro 2009Chicos 19 janeiro 2009
Chicos 19 janeiro 2009
 
Alexandre herculano a dama pé de cabra
Alexandre herculano   a dama pé de cabraAlexandre herculano   a dama pé de cabra
Alexandre herculano a dama pé de cabra
 
Novelas do Minho
Novelas do MinhoNovelas do Minho
Novelas do Minho
 
Assim falava Heliodoro Baptista
Assim falava Heliodoro BaptistaAssim falava Heliodoro Baptista
Assim falava Heliodoro Baptista
 
Literatura afrobrasileira.
Literatura afrobrasileira.Literatura afrobrasileira.
Literatura afrobrasileira.
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
 
16
1616
16
 
Os negros análise
Os negros   análiseOs negros   análise
Os negros análise
 
Atividade autorregulada
Atividade autorreguladaAtividade autorregulada
Atividade autorregulada
 
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptliteratura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
 
Aluisio azevedo filomena borges
Aluisio azevedo   filomena borgesAluisio azevedo   filomena borges
Aluisio azevedo filomena borges
 
1 de um casarão do outro mundo
1   de um casarão do outro mundo1   de um casarão do outro mundo
1 de um casarão do outro mundo
 
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesMonteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
 
lima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdflima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdf
 
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
As Cidades & as Serras | Eça de Queiróz
 
A cidade e as serras
A cidade e as serrasA cidade e as serras
A cidade e as serras
 

Mais de AnaGomes40

Al 3.1
Al 3.1Al 3.1
Al 3.1
AnaGomes40
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de Marfan
AnaGomes40
 
O Cancro
O CancroO Cancro
O Cancro
AnaGomes40
 
O rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicosO rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicos
AnaGomes40
 
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasEpisódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
AnaGomes40
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
AnaGomes40
 
Termorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoTermorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e Osmorregulação
AnaGomes40
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
AnaGomes40
 
Formação do reino de Portugal
Formação do reino de PortugalFormação do reino de Portugal
Formação do reino de Portugal
AnaGomes40
 
"Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês""Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês"
AnaGomes40
 
parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadiana
AnaGomes40
 
3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro
AnaGomes40
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesa
AnaGomes40
 
Desportos
DesportosDesportos
Desportos
AnaGomes40
 
Fome
FomeFome
Como fazer um trabalho em word
Como fazer um trabalho em wordComo fazer um trabalho em word
Como fazer um trabalho em word
AnaGomes40
 
Ginástica
GinásticaGinástica
Ginástica
AnaGomes40
 
Atletismo
AtletismoAtletismo
Atletismo
AnaGomes40
 
Bullying
 Bullying Bullying
Bullying
AnaGomes40
 
Judeus
JudeusJudeus
Judeus
AnaGomes40
 

Mais de AnaGomes40 (20)

Al 3.1
Al 3.1Al 3.1
Al 3.1
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de Marfan
 
O Cancro
O CancroO Cancro
O Cancro
 
O rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicosO rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicos
 
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasEpisódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Termorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoTermorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e Osmorregulação
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Formação do reino de Portugal
Formação do reino de PortugalFormação do reino de Portugal
Formação do reino de Portugal
 
"Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês""Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês"
 
parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadiana
 
3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesa
 
Desportos
DesportosDesportos
Desportos
 
Fome
FomeFome
Fome
 
Como fazer um trabalho em word
Como fazer um trabalho em wordComo fazer um trabalho em word
Como fazer um trabalho em word
 
Ginástica
GinásticaGinástica
Ginástica
 
Atletismo
AtletismoAtletismo
Atletismo
 
Bullying
 Bullying Bullying
Bullying
 
Judeus
JudeusJudeus
Judeus
 

Último

A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
edivirgesribeiro1
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Centro Jacques Delors
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
djincognito
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 

Afonso da maia

  • 1. Trabalho realizado por: Ana Gomes nº1 André Silva nº2 Bruno Nogueira nº6 Rita Araújo nº19 11ºA
  • 3.   Afonso da Maia é um homem de estatura baixa, maciço (firme), de costas largas e fortes. Apresenta uma face larga com um nariz curvo, pele avermelhada, cabelo curto e branco, e uma barba longa e branca. Esta personagem relembra alguns reis, varões e duques da História de Portugal pelo seu aspecto físico. Caracterização física:
  • 4.   “Afonso era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heróicas, um D. Duarte de Menezes ou um Afonso de Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho, recordar ao neto, gracejando, quanto as aparências iludem!” (Capítulo I, página 12). Expressões do livro:
  • 5.   Afonso é um homem rígido, culto, puro, sério, uma pessoa rigorosa na aplicação dos princípios morais, nas ideias e nos costumes, é sereno, risonho e também era aquele que o autor mais valorizou. Não se conhece defeitos. É generoso para com os amigos e os mais necessitados, o que faz também amar a natureza e o que é pobre e fraco. funciona como sustentáculo da família Maia, é para ele que todos se voltam nos momentos de crise.  De todas as outras personagens, este é diferente pela sua sabedoria e experiência de vida, é alguém duro, clássico, ultrapassado, paciente, carinhoso com as crianças), fidalgo, nobre, rico (graças a um conjunto de heranças que a família recebeu e que possibilitam que não tenha trabalhado um único dia da sua vida) de espírito sadio e individualista. Caracterizaçãopsicológica
  • 6.   “Parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida. Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco. Em Santa Olávia, as crianças corriam para ele, dos portais, sentindo-o acariciador e paciente. Tudo o que vive lhe merecia amor: - e era dos que não pisam um formigueiro, e se compadece da sede duma planta.” (Capítulo I, página 12).  “Isso, amigo, é de razão. Uma gente destas deve ter a sua representação, as suas coisas bem montadas. Há deveres na sociedade... É como o Sr. Afonso... Gasta muito, sim, come dinheiro. Não é com ele, que lhe conheço aquele casaco há vinte anos... Mas são esmolas, são pensões, são empréstimos que nunca mais vê... - Desperdícios... - Não lho censuro... É o costume da casa; nunca da porta dos Maias, já meu pai dizia, saiu ninguém descontente...” (Capítulo V, página 126). Expressões do livro:
  • 7.  O nome “Afonso da Maia” surge de 2 figuras históricas: Simbolismo donome Afonso:
  • 8. 1.Gonçalo Mendes da Maia  O Lidador, "fronteiro-mor” e adiantado do rei D. Afonso Henriques, que morreu pelejando na campanha de Beja" (1971) e de que nos deixou uma imagem indelével a narrativa épica de Herculano, elo de ligação entre o relato histórico de Frei António Brandão e as recriações genealógicas de Eça de Queirós.
  • 9. Albuquerq ue  Uma figura soberba histórica, que Eça de Queirós se dedicava e assim tornaria mais compreensível ou menos surpreendente, em Os Maias, o perfil de um Afonso da Maia, delineado à imagem e semelhança do heróico vice-rei da Índia. Verifica-se coincidências flagrantes entre o retrato físico de Afonso da Maia com o de Afonso Albuquerque.
  • 10.   Enquanto jovem, Afonso da Maia é rebelde, liberal e jacobino (membro de um partido dito democrático, frequentemente inimigo da religião), segundo o pai, lê Rousseau, Volney, Helvécio e a Enciclopédia, de Tácito de Rabelais. Sendo então obrigado, pelo seu pai, a sair de casa, sofrendo exílio da pátria.  É símbolo do emblemático liberalismo romântico (na juventude), associado a um passado heróico, incapacidade de regeneração do país e modelo de autodomínio. Corresponde à imagem do português sério e ideal, capaz e determinado. Outros símbolos:
  • 11.  “O antepassado, cujos olhos se enchiam agora duma luz de ternura diante das suas rosas, e que ao canto do lume relia com gosto o seu Guisot, fora, na opinião de seu pai, algum tempo, o mais feroz Jacobino de Portugal! E todavia, o furor revolucionário do pobre moço consistira em ler Rousseau, Volney, Helvetius, e a Enciclopédia; em atirar foguetes de lágrimas à Constituição; e ir, de chapéu à liberal e alta gravata azul, recitando pelas lojas maçónicas Odes abomináveis ao Supremo Arquitecto do Universo. Isto, porém, bastara para indignar o pai. Caetano da Maia era um português antigo e fiel que se benzia ao nome de Robespierre, e que, na sua apatia de fidalgo beato e doente, tinha só um sentimento vivo - o horror, o ódio ao Jacobino, a quem atribuía todos os males, os da pátria e os seus, desde a perda das colónias até ás crises da sua gota. Para extirpar da nação o Jacobino, dera ele o seu amor ao Sr. infante D. Miguel, Messias forte e Restaurador providencial... E ter justamente por filho um Jacobino, parecia- lhe uma provação comparável só ás de Job!  Ao principio, na esperança que o menino se emendasse, contentou-se em lhe mostrar um carão severo e chamar-lhe com sarcasmo - cidadão! Mas quando soube que seu filho, o seu herdeiro, se misturara à turba que, numa noite de festa cívica e de luminárias, tinha apedrejado as vidraças apagadas do Sr. Legado de Áustria, enviado da Santa Aliança - considerou o rapaz um Marat e toda a sua cólera rompeu. A gota cruel, cravando-o na poltrona, não lhe deixou espancar o mação, com a sua bengala da índia, à lei de bom pai português: mas decidiu expulsá-lo de sua casa, sem mesada e sem bênção, renegado como um bastardo! Que aquele pedreiro livre não podia ser do seu sangue!” (Capítulo I, página 13). Expressões do livro:
  • 12.
  • 13.  Evolução da vida de Afonso:  Após o suicídio do filho, parte para Santa Olávia mergulhado em pesado luto, o que leva Vilaça a afirmar que «... O velho não durava um ano». No entanto, o neto dar-lhe-á a força para sobreviver à desgraça do filho e viver.  De facto, o desgosto pela fraqueza de Pedro da Maia passa pelo desacordo com a educação portuguesa tradicional que o filho recebeu por vontade da mãe, assim, em compensação, Afonso toma a seu cargo a educação do neto, em moldes ingleses, com destaque no exercício físico, na higiene, na disciplina, na moderação e numa aprendizagem livre do domínio da Cartilha e da memorização.
  • 14.
  • 15. Evolução da vida deAfonso (II):  Já velho, Afonso passa o tempo em conversa com os amigos, realizando jantares no Ramalhete e jogos como whist (recebe-os e distrai-os, sendo o ramalhete comparado a um hotel ou a um teatro), lendo juntamente com o seu gato - Reverendo Bonifácio – aos pés, e emitindo juízos sobre a necessidade de renovação do país. Além disso, ama os seus livros e o conforto da sua poltrona, praticando assiduamente a caridade, o que evidencia o seu lado solidário.  Nos momentos de derrota, fumava tabaco num cachimbo.
  • 16.   “No escritório de Afonso da Maia ainda durava, apesar de ser tarde, a partida de whist. A mesa estava ao lado da chaminé, onde a chama morria nos carvões escarlates, no seu recanto costumado, abrigada pelo biombo japonês, por causa da bronquite de D. Diogo e do seu horror ao ar.” (Capitulo V, página 113).  “Que perguntavas tu, filho? disse enfim Afonso erguendo-se, ainda irritado, a buscar tabaco para o cachimbo, sua consolação nas derrotas.” (Capítulo V, página 115). Expressões do livro:
  • 17.  “- Então, meu pobre Steinbroken - exclamou Afonso - vindo-lhe bater amavelmente no ombro - ainda dá desses belos cantos a estes bandidos, que o maltratam assim ao bilhar? - Fui essfôladito, si, essfôladito. Agradecido, nô, prefiro um copita Porto... - Hoje fomos nós as vítimas - disse-lhe o general respirando com delícia o seu punch. - Você tãbem, meu genêral? - Sim, senhor, também me cascaram... E que dizia o amigo Steinbroken às noticias da manhã? - perguntava Afonso. - A queda de Mac-Mahon, a eleição de Grevy... O que o alegrava nisto, era o desaparecimento definitivo do antipático senhor de Broglie e da sua clique. A impertinência daquele académico estreito, querendo impor a opinião de dois ou três salões doutrinários à França inteira, a toda uma Democracia! Ah, o «Times» cantava-lhas!” (Capítulo V, página 123). Expressões do livro:
  • 18.  Evolução da vida deAfonso (III):  Afonso sofre um imenso desgosto quando descobre o incesto voluntário e consciente do neto, perdendo toda a sua força de viver e de lutar, para ele já não existia uma razão para existir. Sofrera imenso tanto com a morte do filho como esta traição do neto, fora como uma facada que lhe perfurara o peito.  Ao nível da intriga principal, Afonso cumpre um papel de oponente, mas também de vítima, impotente perante o incesto entre os dois únicos descendentes da família. O processo de decadência familiar era já anunciado no fracasso pessoal do neto, em termos de projecto de vida, e é agora terminado no incesto, do qual só pode resultar a esterilidade (infertilidade). Afonso morre de apoplexia, no jardim do Ramalhete, quando sabe da vergonha do neto e da não continuidade dos Maias.
  • 19.   “Afonso da Maia, que um tremor tomara, agarrou-se um momento com força à bengala, caiu por fim pesadamente numa poltrona, junto do reposteiro. E ficou devorando o neto, o Ega, com o olhar esgazeado e mudo.” (Capítulo XVII, página 644).  “E apareceu Afonso da Maia, pálido, com um jaquetão sobre a camisa de dormir, e um castiçal onde a vela ia morrendo.” (Capitulo XVII, página663). Expressões do livro:
  • 20.   “Defronte do Ramalhete os candeeiros ainda ardiam. Abriu de leve a porta. Pé ante pé, subiu as escadas ensurdecidas pelo veludo cor de cereja. No patamar tacteava, procurava a vela - quando, através do reposteiro entreaberto, avistou uma claridade que se movia no fundo do quarto. Nervoso, recuou, parou no recanto. O clarão chegava, crescendo: passos lentos, pesados, pisavam surdamente o tapete: a luz surgiu - e com ela o avô em mangas de camisa, lívido, mudo, grande, espectral. Carlos não se moveu, sufocado; e os dois olhos do velho, vermelhos, esgaseados, cheios de horror, caíram sobre ele, ficaram sobre ele, varando-o até ás profundidades da alma, lendo lá o seu segredo. Depois, sem uma palavra, com a cabeça branca a tremer, Afonso atravessou o patamar, onde a luz sobre o veludo espalhava um tom de sangue: - e os seus passos perderam-se no interior da casa, lentos, abafados, cada vez mais sumidos, como se fossem os derradeiros que devesse dar na vida!” (Capítulo XVII, página 668). Expressões do livro:
  • 21.   “Afonso da Maia lá estava, nesse recanto do quintal, sob os ramos do cedro, sentado no banco de cortiça, tombado por sobre a tosca mesa, com a face caída entre os braços. O chapéu desabado rolara para o chão; nas costas, com a gola erguida, conservava o seu velho capote azul... Em volta, nas folhas das camélias, nas áleas arcadas, refulgiu, cor de ouro, o sol fino de inverno. Por entre as conchas da cascata o fio de água punha o seu choro lento.” Capítulo V, página 669). Expressões do livro:
  • 22.
  • 23. É o homem mais simpático, o mais valorizado para Eça e o sonho de um Portugal impossível por falta de homens capazes. Uma vez que é símbolo do velho Portugal, que contrasta com o novo Portugal – o da Regeneração, cheio de defeitos.