O documento descreve a educação no início da Idade Moderna, após a Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica. Martinho Lutero foi fundamental para a criação de escolas públicas na Alemanha e conceito de educação útil. Os jesuítas também estabeleceram escolas católicas nas colônias para converter a população ao cristianismo e defender a fé católica contra o protestantismo.
Este documento discute a educação moderna e contemporânea, abordando: 1) A Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica e seu impacto na educação; 2) O desenvolvimento da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes; 3) O método pedagógico moderno proposto por Comenius.
Texto 1 educação moderna e contemporânea - a educação no início dos tempos...SUPORTE EDUCACIONAL
Este documento apresenta um resumo do Capítulo 12 do livro "História da Educação" sobre a educação no início dos tempos modernos. Ele discute a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica, o impacto da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes, e como Comenius propôs um novo método de ensino. A religião continuou influenciando fortemente a educação nesta época, mas os protestantes começaram a defender o controle estatal das escolas.
A tendência liberal tradicional foca na transmissão de conhecimentos e valores estabelecidos do professor para o aluno de forma passiva e mecânica, visando preparar o aluno para a sociedade de acordo com sua classe. Enfatiza exercícios, repetição e disciplina rígida para formar hábitos, e vê o professor como centro do processo de ensino-aprendizagem.
Teorias de currículo: das tradicionais às críticasLucila Pesce
1) O documento discute as teorias tradicionais e críticas do currículo, desde sua concepção técnica até análises que o veem como construção social e política.
2) Teóricos como Apple, Giroux e Freire analisam o currículo como forma de reprodução cultural e social, enquanto Bernstein foca nos códigos culturais.
3) A New Sociology of Education (NSE) influenciou estudos que veem o currículo como invenção social em disputa.
Este documento apresenta uma visão geral das principais correntes pedagógicas ao longo da história, desde a Pedagogia Tradicional até as abordagens mais atuais. Ele destaca os principais pensadores associados a cada corrente e como cada uma enfatiza diferentes concepções filosóficas sobre a natureza humana e o processo de aprendizagem.
O documento descreve a educação durante a Idade Média, com foco nos mosteiros como principais centros educacionais da época. A educação visava principalmente a obediência religiosa e era controlada pela Igreja Católica. Posteriormente, surgiram as primeiras universidades para o ensino superior.
Este documento discute a educação moderna e contemporânea, abordando: 1) A Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica e seu impacto na educação; 2) O desenvolvimento da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes; 3) O método pedagógico moderno proposto por Comenius.
Texto 1 educação moderna e contemporânea - a educação no início dos tempos...SUPORTE EDUCACIONAL
Este documento apresenta um resumo do Capítulo 12 do livro "História da Educação" sobre a educação no início dos tempos modernos. Ele discute a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica, o impacto da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes, e como Comenius propôs um novo método de ensino. A religião continuou influenciando fortemente a educação nesta época, mas os protestantes começaram a defender o controle estatal das escolas.
A tendência liberal tradicional foca na transmissão de conhecimentos e valores estabelecidos do professor para o aluno de forma passiva e mecânica, visando preparar o aluno para a sociedade de acordo com sua classe. Enfatiza exercícios, repetição e disciplina rígida para formar hábitos, e vê o professor como centro do processo de ensino-aprendizagem.
Teorias de currículo: das tradicionais às críticasLucila Pesce
1) O documento discute as teorias tradicionais e críticas do currículo, desde sua concepção técnica até análises que o veem como construção social e política.
2) Teóricos como Apple, Giroux e Freire analisam o currículo como forma de reprodução cultural e social, enquanto Bernstein foca nos códigos culturais.
3) A New Sociology of Education (NSE) influenciou estudos que veem o currículo como invenção social em disputa.
Este documento apresenta uma visão geral das principais correntes pedagógicas ao longo da história, desde a Pedagogia Tradicional até as abordagens mais atuais. Ele destaca os principais pensadores associados a cada corrente e como cada uma enfatiza diferentes concepções filosóficas sobre a natureza humana e o processo de aprendizagem.
O documento descreve a educação durante a Idade Média, com foco nos mosteiros como principais centros educacionais da época. A educação visava principalmente a obediência religiosa e era controlada pela Igreja Católica. Posteriormente, surgiram as primeiras universidades para o ensino superior.
A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico!guest21256d9
O documento discute a evolução do conhecimento científico e como os paradigmas dominantes influenciam a pedagogia e a construção do conhecimento. A pedagogia conservadora visava a reprodução do conhecimento enquanto a emergência de novos paradigmas promove uma abordagem mais progressista e centrada no aluno. Isso requer mudanças nas práticas pedagógicas para adotar uma visão sistêmica e relacional do conhecimento.
Este documento apresenta uma cronologia da história da educação dividida em períodos: Primitivo, Antigo, Idade Média, Idade Moderna. Para cada período são descritos os objetivos, tipos de escolas e filmes relacionados. O documento ressalta que a educação sempre esteve ligada ao contexto histórico e cultural de cada época.
O documento descreve a educação na Idade Média, que foi influenciada pelo feudalismo e pela Igreja Católica. A Igreja controlava a educação e disseminava a fé cristã através dos mosteiros e escolas. Diferentes classes sociais tinham acesso à educação de acordo com seu papel na sociedade feudal.
Download as Pdf História - Das Cavernas ao Terceiro Milênio 1º ano PNLD2018.pdfJUNIOR MADRUGA MADRUGA
O documento discute ferramentas para criação e edição de PDFs. Ele lista várias opções de software livre e proprietário para editar, converter e extrair informações de arquivos PDF. Além disso, fornece links para sites que oferecem ferramentas online gratuitas para trabalhar com PDFs.
O documento discute o ensino tradicionalista, que se baseia na transmissão de informações do professor para o aluno. O tradicionalismo valoriza a tradição e a manutenção da ordem social. A escola nesta abordagem tem disciplina rígida e transmite valores estabelecidos. O documento também resume a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 e foram responsáveis pela organização dos primórdios do sistema educacional brasileiro, fundando as primeiras escolas com o objetivo de levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas e catequizar os índios. Eles desenvolveram uma "pedagogia brasílica" adaptada às terras brasileiras e permaneceram como mentores da educação brasileira por 210 anos, quando foram expulsos em 1759, causando uma grande ruptura no sistema educacional.
1. O documento discute as principais tendências pedagógicas no século XX, incluindo a pedagogia liberal e suas vertentes tradicional, renovada progressivista e não-diretiva. 2. A pedagogia liberal enfatiza o preparo do indivíduo para papéis sociais de acordo com aptidões, mas não leva em conta desigualdades. 3. As diferentes vertentes defendem abordagens distintas para o papel da escola, os conteúdos, métodos e a relação professor-aluno.
O documento discute as relações entre pedagogia, educação escolar e didática. A pedagogia estuda a educação de forma ampla, enquanto a educação escolar é o local onde ocorre o processo educativo formal. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem, articulando as dimensões humana, técnica e político-social.
A Pedagogia Progressista Libertadora visa à conscientização sobre a realidade para transformação social. Utiliza temas geradores e grupos de discussão onde a relação professor-aluno é igualitária, visando a resolução de situações-problema. Seu principal expoente é Paulo Freire.
Trabalho em grupo da disciplina de Educação à Distância do CEDERJ. Integrantes do grupo: Ana Gabriela da S.M.P. de Abreu, Delza R. F. de Souza, Fábio Noel e Fernando R. Moutinho. Numa época de pleno desenvolvimento tecnológico, quais são os desafios enfrentados pelos professores no uso das diversas ferramentas informáticas em prol de uma educação colaborativa.
O documento discute a didática e o papel do professor. A didática é mais do que técnica de ensinar, é também aprender a ensinar os conhecimentos produzidos historicamente. Um professor tem o poder de mudar uma sociedade e fazer a diferença como formador de opinião. A didática ajuda a organizar o pensamento do educador e encontrar o melhor método de ensino.
O documento discute o conceito de currículo, sua evolução histórica e dimensões. Aborda as visões conservadora e progressista de currículo e como ele influencia a construção da identidade dos estudantes e a organização dos conhecimentos escolares.
O documento descreve o modelo escolar tradicional que surgiu na época da Revolução Industrial, inspirado na estrutura de fábricas e organizações militares. Nesta escola, o aluno é um receptor passivo de informações, a relação professor-aluno é hierárquica e a ênfase é na memorização e reprodução de conteúdos por meio de aulas expositivas e exercícios. A avaliação mede a quantidade de informação absorvida pelos alunos.
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL NA INTERFACE ENTRE A FAMÍLIA E A...Amanda Peixoto de Oliveira
Este estudo aborda a importância do psicopedagogo
institucional inserido no âmbito escolar, auxiliando na relação família-escola, com a finalidade principal de contribuir para sanar as principais dificuldades de aprendizagem encontradas na avaliação diagnóstica dos professores. Com base na
Psicopedagogia que agrega conhecimentos de pedagogia e psicologia, uma vez que se trata de uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humano – a colaboração desse profissional é de importância crucial para que o educando alcance a construção de conhecimento em sua
potencialidade. A pesquisa propicia uma reflexão sobre o papel do psicopedagogo na instituição escolar. O psicopedagogo institucional pode facilitar junto às escolas e às famílias esse processo que, por vezes, torna-se absolutamente prejudicado pelas mais diversas dificuldades de aprendizagem apresentadas na sala de aula da atualidade, advindas de diversos fatores, como mudanças sócio-econômicas importantes.
O documento fornece um resumo das principais características do Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e suas variantes. Ele descreve os fundamentos, rituais, lugares sagrados e divisões de cada religião.
Este documento discute a docência no ensino superior. Apresenta concepções de ensino superior, paradigmas pedagógicos, características da ensinagem, funções do professor e do aluno, e reflexões sobre a formação continuada de professores e questões culturais e políticas relacionadas à educação e ao desenvolvimento.
Este documento discute a formação de professores no Brasil, abordando três pontos principais:
1) Situa o problema da formação de professores no país e analisa como a Didática vem sendo concebida ao longo do tempo, passando de um enfoque em métodos e técnicas para uma abordagem mais ampla e crítica.
2) Discute a docência no Ensino Superior e na Educação Básica, ressaltando as especificidades de cada nível e a importância da formação inicial e continuada dos professores.
3) Reflete sobre conceitos
O documento descreve as visões tradicional, crítica e pós-crítica de currículo. A visão tradicional enfatiza objetivos e eficiência, comparando a escola a uma fábrica. A visão crítica questiona como o currículo reproduz desigualdades e a ideologia dominante. A visão pós-crítica analisa como o currículo trata temas como raça, gênero e sexualidade.
Introdução e fundamentos da Psicopedagogia
O objeto de estudo
Visão histórica e atual
Concepções que sustentam a Psicopedagogia
O papel da Psicopedagogia no contexto clínico e institucional
O fazer psicopedagógico: formas de atuação
O processo de formação do profissional em Psicopedagogia.
O código de Ética do psicopedagogo
O documento descreve a atuação da Companhia de Jesus na catequização e cristianização dos povos indígenas da América portuguesa através da criação de missões ou aldeamentos autossuficientes. Os jesuítas ensinavam os nativos agricultura, artesanato e outras atividades enquanto pregavam o cristianismo e os desviavam de práticas politeístas e antropofágicas. José de Anchieta utilizou música e teatro para facilitar o entendimento dos ensinamentos cat
Tópicos do Renascimento e da Reforma para a educação: tentativas de libertação da ciência e da política em relação à religião- movimento católico educacional intensivo com o jesuitismo - Oposição ao jesuitismo pela Reforma Protestante
A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico!guest21256d9
O documento discute a evolução do conhecimento científico e como os paradigmas dominantes influenciam a pedagogia e a construção do conhecimento. A pedagogia conservadora visava a reprodução do conhecimento enquanto a emergência de novos paradigmas promove uma abordagem mais progressista e centrada no aluno. Isso requer mudanças nas práticas pedagógicas para adotar uma visão sistêmica e relacional do conhecimento.
Este documento apresenta uma cronologia da história da educação dividida em períodos: Primitivo, Antigo, Idade Média, Idade Moderna. Para cada período são descritos os objetivos, tipos de escolas e filmes relacionados. O documento ressalta que a educação sempre esteve ligada ao contexto histórico e cultural de cada época.
O documento descreve a educação na Idade Média, que foi influenciada pelo feudalismo e pela Igreja Católica. A Igreja controlava a educação e disseminava a fé cristã através dos mosteiros e escolas. Diferentes classes sociais tinham acesso à educação de acordo com seu papel na sociedade feudal.
Download as Pdf História - Das Cavernas ao Terceiro Milênio 1º ano PNLD2018.pdfJUNIOR MADRUGA MADRUGA
O documento discute ferramentas para criação e edição de PDFs. Ele lista várias opções de software livre e proprietário para editar, converter e extrair informações de arquivos PDF. Além disso, fornece links para sites que oferecem ferramentas online gratuitas para trabalhar com PDFs.
O documento discute o ensino tradicionalista, que se baseia na transmissão de informações do professor para o aluno. O tradicionalismo valoriza a tradição e a manutenção da ordem social. A escola nesta abordagem tem disciplina rígida e transmite valores estabelecidos. O documento também resume a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 e foram responsáveis pela organização dos primórdios do sistema educacional brasileiro, fundando as primeiras escolas com o objetivo de levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas e catequizar os índios. Eles desenvolveram uma "pedagogia brasílica" adaptada às terras brasileiras e permaneceram como mentores da educação brasileira por 210 anos, quando foram expulsos em 1759, causando uma grande ruptura no sistema educacional.
1. O documento discute as principais tendências pedagógicas no século XX, incluindo a pedagogia liberal e suas vertentes tradicional, renovada progressivista e não-diretiva. 2. A pedagogia liberal enfatiza o preparo do indivíduo para papéis sociais de acordo com aptidões, mas não leva em conta desigualdades. 3. As diferentes vertentes defendem abordagens distintas para o papel da escola, os conteúdos, métodos e a relação professor-aluno.
O documento discute as relações entre pedagogia, educação escolar e didática. A pedagogia estuda a educação de forma ampla, enquanto a educação escolar é o local onde ocorre o processo educativo formal. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem, articulando as dimensões humana, técnica e político-social.
A Pedagogia Progressista Libertadora visa à conscientização sobre a realidade para transformação social. Utiliza temas geradores e grupos de discussão onde a relação professor-aluno é igualitária, visando a resolução de situações-problema. Seu principal expoente é Paulo Freire.
Trabalho em grupo da disciplina de Educação à Distância do CEDERJ. Integrantes do grupo: Ana Gabriela da S.M.P. de Abreu, Delza R. F. de Souza, Fábio Noel e Fernando R. Moutinho. Numa época de pleno desenvolvimento tecnológico, quais são os desafios enfrentados pelos professores no uso das diversas ferramentas informáticas em prol de uma educação colaborativa.
O documento discute a didática e o papel do professor. A didática é mais do que técnica de ensinar, é também aprender a ensinar os conhecimentos produzidos historicamente. Um professor tem o poder de mudar uma sociedade e fazer a diferença como formador de opinião. A didática ajuda a organizar o pensamento do educador e encontrar o melhor método de ensino.
O documento discute o conceito de currículo, sua evolução histórica e dimensões. Aborda as visões conservadora e progressista de currículo e como ele influencia a construção da identidade dos estudantes e a organização dos conhecimentos escolares.
O documento descreve o modelo escolar tradicional que surgiu na época da Revolução Industrial, inspirado na estrutura de fábricas e organizações militares. Nesta escola, o aluno é um receptor passivo de informações, a relação professor-aluno é hierárquica e a ênfase é na memorização e reprodução de conteúdos por meio de aulas expositivas e exercícios. A avaliação mede a quantidade de informação absorvida pelos alunos.
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL NA INTERFACE ENTRE A FAMÍLIA E A...Amanda Peixoto de Oliveira
Este estudo aborda a importância do psicopedagogo
institucional inserido no âmbito escolar, auxiliando na relação família-escola, com a finalidade principal de contribuir para sanar as principais dificuldades de aprendizagem encontradas na avaliação diagnóstica dos professores. Com base na
Psicopedagogia que agrega conhecimentos de pedagogia e psicologia, uma vez que se trata de uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humano – a colaboração desse profissional é de importância crucial para que o educando alcance a construção de conhecimento em sua
potencialidade. A pesquisa propicia uma reflexão sobre o papel do psicopedagogo na instituição escolar. O psicopedagogo institucional pode facilitar junto às escolas e às famílias esse processo que, por vezes, torna-se absolutamente prejudicado pelas mais diversas dificuldades de aprendizagem apresentadas na sala de aula da atualidade, advindas de diversos fatores, como mudanças sócio-econômicas importantes.
O documento fornece um resumo das principais características do Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e suas variantes. Ele descreve os fundamentos, rituais, lugares sagrados e divisões de cada religião.
Este documento discute a docência no ensino superior. Apresenta concepções de ensino superior, paradigmas pedagógicos, características da ensinagem, funções do professor e do aluno, e reflexões sobre a formação continuada de professores e questões culturais e políticas relacionadas à educação e ao desenvolvimento.
Este documento discute a formação de professores no Brasil, abordando três pontos principais:
1) Situa o problema da formação de professores no país e analisa como a Didática vem sendo concebida ao longo do tempo, passando de um enfoque em métodos e técnicas para uma abordagem mais ampla e crítica.
2) Discute a docência no Ensino Superior e na Educação Básica, ressaltando as especificidades de cada nível e a importância da formação inicial e continuada dos professores.
3) Reflete sobre conceitos
O documento descreve as visões tradicional, crítica e pós-crítica de currículo. A visão tradicional enfatiza objetivos e eficiência, comparando a escola a uma fábrica. A visão crítica questiona como o currículo reproduz desigualdades e a ideologia dominante. A visão pós-crítica analisa como o currículo trata temas como raça, gênero e sexualidade.
Introdução e fundamentos da Psicopedagogia
O objeto de estudo
Visão histórica e atual
Concepções que sustentam a Psicopedagogia
O papel da Psicopedagogia no contexto clínico e institucional
O fazer psicopedagógico: formas de atuação
O processo de formação do profissional em Psicopedagogia.
O código de Ética do psicopedagogo
O documento descreve a atuação da Companhia de Jesus na catequização e cristianização dos povos indígenas da América portuguesa através da criação de missões ou aldeamentos autossuficientes. Os jesuítas ensinavam os nativos agricultura, artesanato e outras atividades enquanto pregavam o cristianismo e os desviavam de práticas politeístas e antropofágicas. José de Anchieta utilizou música e teatro para facilitar o entendimento dos ensinamentos cat
Tópicos do Renascimento e da Reforma para a educação: tentativas de libertação da ciência e da política em relação à religião- movimento católico educacional intensivo com o jesuitismo - Oposição ao jesuitismo pela Reforma Protestante
O documento descreve a educação no período colonial brasileiro (1500-1822). Os jesuítas trouxeram a primeira escola em 1549 e estabeleceram um sistema de educação nas colônias, com escolas e reduções para converter os índios. Eles usaram métodos como música, teatro e dança para educar os índios de forma indireta. Outras ordens religiosas como franciscanos e beneditinos também contribuíram, mas os jesuítas tiveram maior influência na educação colonial.
O documento descreve a história da educação no Brasil desde a fundação da primeira escola em Salvador no século XVI até a chegada dos jesuítas alemães e italianos no século XIX. Destaca a contribuição de figuras como Vicente Rodrigues, José Anchieta e os jesuítas na educação dos indígenas, assim como os conflitos com os holandeses e portugueses.
Aulas do Prof. José Augusto Fiorin sobre o Brasil Colonial. A referida análise é composta de V distintos momentos da história brasileira, no momento de dependência da metrópole portuguesa.
disponível no Ciências Sociais em Debate
http://www.professorfiorin.rg3.net/
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 para converter os índios ao catolicismo. Eles estabeleceram o primeiro colégio para brancos em 1564 e sistematizaram seu método pedagógico em 1599. Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal, desmantelando a estrutura educacional que haviam construído ao longo de dois séculos.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 para educar e catequizar os índios. Embora sua intenção inicial fosse só a catequização, acabaram aliados dos colonizadores portugueses. No século XVII, foram expulsos pelo Marquês de Pombal, que achava que usavam a educação apenas para conversão.
A Reforma Protestante dividiu os cristãos da Europa no século XVI em católicos e novos protestantes. Isso enfraqueceu o poder do papa e da Igreja Católica. A Contra-Reforma católica tentou combater as ideias protestantes e reformar a Igreja, mas a divisão religiosa levou a violentos conflitos em muitos países.
1) O documento descreve a formação da Companhia de Jesus e seu papel na Contra-Reforma e no Brasil.
2) A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola em 1534 e aprovada pelo Papa Paulo III em 1540 para fortalecer a Igreja Católica durante a Contra-Reforma.
3) Os jesuítas se dedicaram à educação e conversão dos índios no Brasil, fundando escolas, missões e colégios que foram fundamentais para a educação nos primeiros 250 anos da história bras
O documento descreve as características do ensino jesuítico no Brasil Colônia. Os jesuítas estabeleceram escolas de nível elementar e médio para catequizar os indígenas e filhos de colonos. Eles usavam o método escolástico e seguiam a Ratio Studiorum, com foco em latim, humanidades e teologia. Os jesuítas desempenharam um papel importante na educação e evangelização no Brasil colonial.
O documento descreve a atuação dos jesuítas na educação no Brasil colonial entre 1550 e 1759. Os jesuítas criaram escolas elementares e colégios secundários e se dedicaram à formação de sacerdotes e à educação de índios, mamelucos e filhos de colonos. Em 1759, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil.
Este documento fornece um resumo da história da pedagogia desde as suas origens até se tornar uma ciência da educação. Abrange os períodos primitivo, oriental, grego e romano, destacando as características da educação em cada época e o surgimento dos termos "pedagogia" e "educação" na Grécia antiga.
O documento descreve as principais causas e líderes da Reforma Protestante e da Contra-Reforma Católica. A Reforma foi liderada por Lutero e Calvino e questionou práticas católicas como indulgências. Isso levou à divisão do cristianismo entre católicos e novos grupos protestantes. A Contra-Reforma católica incluiu a criação dos Jesuítas, o Concílio de Trento e a reativação da Inquisição.
O documento descreve a história da educação no Brasil da colônia ao império, dividida em períodos. O período jesuítico (1549-1759) viu a chegada dos primeiros jesuítas e a fundação das primeiras escolas. Sob o período pombalino (1760-1808) a educação jesuíta foi substituída por aulas régias com professores mal preparados. No período joanino (1808-1821) a educação melhorou com a chegada da família real. No per
O documento descreve a história da educação no Brasil desde a chegada dos jesuítas em 1549 até a década de 1960. Ele destaca os principais períodos e reformas educacionais no país, incluindo o período jesuítico, a reforma de Pombal, a criação de instituições educacionais sob D. João VI e durante o Império e as Repúblicas.
1) A Idade Média na Europa foi marcada pelo sistema feudal e pelo poder da Igreja Católica.
2) A partir do século X, o feudalismo entrou em declínio com o crescimento das cidades e do comércio.
3) Entre os séculos XV e XVI, houve o fortalecimento dos Estados nacionais, as reformas religiosas, o Renascimento cultural e o mercantilismo, marcando a transição para a Idade Moderna.
O documento resume os principais períodos da história da educação no Brasil desde a chegada dos jesuítas em 1549 até 2003, destacando as mudanças na organização e objetivos do ensino em cada período, como a ênfase na educação religiosa pelos jesuítas, a ênfase no ensino profissionalizante no Estado Novo e as tentativas de reforma educacional na Nova República.
O documento descreve a Reforma Protestante e suas principais figuras, como Martinho Lutero e João Calvino. Lutero questionou práticas da Igreja Católica como a venda de indulgências e levou à divisão entre o catolicismo e o protestantismo. Calvino desenvolveu o calvinismo com ênfase na predestinação e no trabalho árduo. A Contrarreforma foi a reação da Igreja Católica à Reforma.
1) No século XVI, a corrupção e imoralidade dentro da Igreja Católica, assim como o avanço do pensamento humanista, levaram à Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero.
2) A Igreja Católica reagiu através da Reforma Católica e da Contra-Reforma, visando renovar-se internamente e combater a expansão do protestantismo.
3) O Concílio de Trento definiu a doutrina católica e estruturou o clero, enquant
Este documento discute a educação moderna e contemporânea, abordando: 1) A Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica; 2) O papel da religião na educação durante esse período; 3) O desenvolvimento da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes; 4) O método educacional proposto por Comenius.
Texto 1 educação moderna e contemporânea - a educação no início dos tempos...SUPORTE EDUCACIONAL
Este documento discute a educação moderna e contemporânea, focando em: 1) As reformas religiosas protestantes e católicas e seu impacto na educação; 2) O desenvolvimento da ciência moderna com Bacon, Galileu e Descartes; 3) As contribuições de Comenius para o método educacional moderno.
O documento descreve a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero na Alemanha no século XVI. Lutero questionou a venda de indulgências e ensinamentos da Igreja Católica sobre salvação. Isso levou a um rompimento com Roma e ao desenvolvimento do Protestantismo. A Reforma teve grandes consequências culturais, sociais e políticas na Europa.
A Reforma Protestante iniciou-se no século XVI devido à corrupção da Igreja Católica e novas interpretações bíblicas. Martinho Lutero questionou práticas católicas e fundou o luteranismo na Alemanha, enquanto João Calvino estabeleceu o calvinismo na Suíça com uma doutrina de predestinação. Henrique VIII rompeu com Roma e estabeleceu a Igreja Anglicana na Inglaterra para fortalecer o poder real e se divorciar.
1) O documento descreve o protestantismo, um movimento religioso do século XVI que desafiou a autoridade da Igreja Católica.
2) Lutero iniciou o movimento após questionar a venda de indulgências e passou a pregar suas próprias idéias.
3) O protestantismo se espalhou pela Europa e levou à divisão entre católicos e protestantes.
1. O documento descreve a expansão do cristianismo católico e protestante nas Américas no século XVI, com foco nas missões católicas na região.
2. Espanha e Portugal eram nações católicas que aceitaram o desafio missionário nas Américas, juntamente com o desejo por ouro.
3. As civilizações Asteca e Inca estavam florescendo quando os europeus chegaram nas Américas, enquanto a civilização Maia havia declinado.
O documento descreve a história do cristianismo desde suas origens com Jesus Cristo até as denominações modernas, cobrindo temas como a doutrina central, a expansão inicial, cismas, reformas protestantes e o surgimento de novas igrejas.
1. O documento descreve a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero no século 16 na Alemanha. Lutero questionou a venda de indulgências e outras práticas da Igreja Católica, defendendo novas interpretações bíblicas.
2. A Reforma ganhou apoio de nobres que queriam as terras da Igreja e de camponeses insatisfeitos, embora Lutero tenha apoiado a repressão destes.
3. O protestantismo se espalhou pela Alemanha, apesar da oposição do
1) O documento descreve o período da Idade Moderna na Europa, marcado pela formação dos Estados Nacionais e pelo surgimento do absolutismo monárquico entre os séculos XV e XVII;
2) Foi um período de transformações políticas, econômicas e culturais, incluindo a Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica;
3) O absolutismo concentrou o poder nas mãos dos monarcas hereditários, legitimado por pensadores como Maquiavel, Hobbes e Bossuet.
O documento descreve a educação durante o período do Renascimento na Europa, abordando seus principais aspectos, como o surgimento do humanismo e do racionalismo em resposta às transformações sociais, econômicas e políticas da época. Também apresenta os principais pensadores e reformas educacionais promovidas, tanto pelos movimentos protestante e católico.
O documento descreve a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica. A Reforma foi impulsionada por movimentos como os Albigenses, os Waldensianos e os escritos de John Wycliffe e Jan Hus que desafiaram a autoridade da Igreja Católica. A Contra-Reforma foi a resposta da Igreja, incluindo a fundação dos Jesuítas e o Concílio de Trento, que centralizou o poder no Papa e estabeleceu a Inquisição para perseguir hereges.
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aulaPIB Penha
O documento discute a pré-reforma no cristianismo entre 1054 e 1453. Apresenta o cisma de 1054 entre as igrejas ocidental e oriental e a queda de Constantinopla para os otomanos em 1453. Também menciona alguns pré-reformistas como figuras importantes durante este período.
A Reforma Protestante surgiu no século XVI com o objetivo de reconduzir o cristianismo à pureza primitiva e livrar a Igreja da corrupção e do poder excessivo de Roma. O termo "protestante" origina-se do protesto de príncipes e cidades alemãs contra a revogação de sua autonomia religiosa pelo imperador. As igrejas protestantes enfatizam a Bíblia como única autoridade, a salvação pela fé e o sacerdócio de todos os crentes.
O documento descreve a Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica. A Reforma originou novas igrejas protestantes lideradas por Lutero na Alemanha e Calvino na Suíça que questionavam a autoridade do Papa. A Contrarreforma foi a resposta católica com medidas como a Companhia de Jesus e o Concílio de Trento para combater a expansão protestante e reformar a Igreja. A Europa se dividiu entre católicos e protestantes, levando em alguns casos a guerras civis.
Por mais de dois milênios a religião católica se impôs ao mundo, legitimando seu poder e mostrando que seu deus era a verdadeira salvação. No século XVI, Lutero iniciou a Reforma Protestante, ameaçando o domínio católico. Isso levou a Igreja Católica a lançar a Contra-Reforma, perseguindo hereges e "bruxas" em busca de reafirmar sua fé como única verdadeira.
O documento descreve o período medieval na Europa, caracterizado pelo sistema feudal e forte influência da Igreja Católica. Com o crescimento das cidades e do comércio, surgiu a burguesia e novos valores que levaram ao declínio do feudalismo e ao surgimento dos Estados Nacionais e do capitalismo. Reformas religiosas, Renascimento e expansão marítima e comercial foram fatores importantes nessa transição para a Idade Moderna.
As Reformas Religiosas foram movimentos de confronto com a Igreja Católica que deram origem a novas igrejas cristãs. Fatores como o desvirtuamento da Igreja, o avanço do humanismo e a busca por maior autonomia política levaram à Reforma Protestante de Lutero na Alemanha e à Reforma Calvinista na Suíça, que promoveram mudanças doutrinárias e na estrutura eclesiástica.
O documento discute o papel da religião e das universidades na Idade Média, especificamente: (1) A Igreja Católica desempenhou um papel importante na preservação da cultura e na unificação da sociedade fragmentada; (2) As cruzadas e a inquisição foram meios pelos quais a Igreja expandiu sua influência e defendeu seus interesses; (3) As primeiras universidades medievais surgiram a partir das escolas catedrais e monásticas e desempenharam um papel fundamental na transmissão e desen
A Reforma Protestante iniciou-se com Martinho Lutero publicando suas 95 Teses contra a Igreja Católica em 1517, questionando doutrinas e práticas como indulgências. Isso desencadeou um movimento religioso que dividiu a Igreja Ocidental entre católicos e protestantes, com princípios como a justificação pela fé.
O documento descreve as principais transformações religiosas ocorridas na Europa entre os séculos XV e XVI, incluindo o surgimento do protestantismo liderado por Lutero e Calvino e as reformas promovidas pela Igreja Católica em resposta, como o Concílio de Trento. Detalha os principais pontos das doutrinas luterana e calvinista e como essas novas religiões se espalharam e influenciaram a política e sociedade europeias, levando a conflitos entre católicos e protestantes.
Semelhante a A educação no inicio dos tempos modernos (20)
1) A teoria atômica de Dalton propôs que: a) a matéria é constituída de átomos indivisíveis; b) átomos do mesmo elemento têm as mesmas propriedades; c) combinações de átomos originam novas substâncias.
O documento descreve a evolução histórica da definição de Química Orgânica e Inorgânica. Em 1777, Bergman definiu Química Orgânica como a química dos compostos extraídos de organismos vivos e Química Inorgânica como a química dos compostos extraídos do reino mineral. Em 1784, Lavoisier verificou que a combustão de compostos orgânicos produzia gás carbônico e água, deduzindo que plantas e animais continham carbono. Em 1807,
1) A água tem geometria molecular trigonal, com dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio central.
2) O hexafluoreto de enxofre tem geometria octaédrica, com um átomo de enxofre central e seis de flúor.
3) O composto apolar com geometria linear é o dióxido de carbono (CO2).
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Joseph Murphy ensina como re-apropriar do pode da mente.
Cada ser humano é fruto dos pensamentos e sentimentos que cria, cultiva e coloca em pratica todos os dias.
Ótima leitura!
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: HISTÓRIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A EDUCAÇÃO NO INÍCIO DOS TEMPOS MODERNOS
Robson Silva Macedo*
1. Reforma e Contra-reforma
Até o final da Idade Média (meados do século XV), todos os cristãos, isto é, aqueles que
seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo, permaneceram unidos em torno da autoridade do
Papa, o bispo de Roma. Mas, no início da Idade Moderna (século XVI), alguns líderes religiosos
passaram a protestar contra o que consideravam abusos da autoridade papal e a não mais
obedecer ao Papa, separando-se da Igreja de Roma. Assim, Calvino criou o calvinismo na
Suíça, Lutero fundou o luteranismo na Alemanha e Henrique VIII iniciou o movimento
anglicano na Inglaterra.
A partir desses fatos, os cristãos dividiram-se em dois grandes grupos opostos: de um lado, os
católicos, que permaneceram fiéis à autoridade papal; de outro lado, os protestantes, submetidos
a várias autoridades, dependendo de sua orientação.
Mas esse movimento não foi tão simples: houve muitas guerras religiosas – os católicos
querendo manter a hegemonia e os protestantes pretendendo aumentar a sua influência - e
milhares de pessoas morreram. Ainda nos últimos anos, na Irlanda do Norte, verificaram-se
inúmeros conflitos armados entre católicos e protestantes.
Alguns aspectos internos da Igreja contribuíram para a divisão e o surgimento do
protestantismo. Os protestantes insurgiram-se contra a venda de indulgências e de cargos feita
pela Igreja de Roma, fato que lhe dava características mercantilistas: salvava-se quem tinha
dinheiro para comprar indulgências.
Os católicos também viram a necessidade de reformar a Igreja. Desse modo, a Reforma
protestante acelerou o movimento de reforma da própria igreja católica, que ficou conhecido
como Contra-reforma; esta procurou evitar que católicos se convertessem ao protestantismo,
através de várias providências: O concílio de Trento (1545 – 1563); a fundação da Companhia
de Jesus por Inácio de Loyola, em 1534; O tribunal da Santa Inquisição.
2. Martinho Lutero - O criador do conceito de educação útil
Martinho Lutero nasceu em 1483 em Eisleben, norte da Alemanha. Seus pais queriam que fosse
advogado, mas ele, por conta própria, procurou formação num mosteiro agostiniano em Erfurt.
Aos 25 anos, foi para a Universidade de Wittenberg, onde se formou em estudos bíblicos. Numa
viagem a Roma, para discutir questões teológicas, ficou escandalizado com os costumes
mundanos do clero. Ao voltar, iniciou sua carreira de professor e pregador, sob proteção do
príncipe Frederico, o Sábio. Em 1517, Lutero, em protesto contra a venda de indulgências pela
Igreja, publicou suas 95 teses teológicas, conquistando notoriedade pública e atenção das
autoridades eclesiásticas. Durante os anos seguintes, a tensão só aumentou, até que, em 1521, o
papa Leão X publicou sua excomunhão. No mesmo ano, Lutero reafirmou suas convicções
perante os governantes alemães, durante uma reunião parlamentar em Worms, de onde saiu
2. como proscrito. Depois de um ano refugiado num castelo, sob a proteção de amigos, Lutero
retomou aos poucos a vida religiosa em Wittenberg. Em 1525, casou-se com uma ex-freira,
Katherina von Bora. Durante as duas últimas décadas de vida, ganhou crescente prestígio
popular, enquanto o apoio dos governantes variava de acordo com as circunstâncias. Em 1546,
morreu durante uma visita à cidade natal.
Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, Lutero foi
o responsável pela reforma protestante, que originou uma das três grandes vertentes do
cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa). O nascimento do protestantismo
teve profundas implicações sociais, econômicas e políticas. Na educação, o pensamento de
Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola
moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje.
A ideia da escola pública e para todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e
superior) e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero. A distinção clara
entre a esfera espiritual e as coisas do mundo propiciou um avanço para o conhecimento e o
exercício funcional das coisas práticas. Para Lutero, a educação deveria se libertar das amarras
que a prendiam à Igreja e subordinar-se ao Estado. Só assim o ensino poderia atingir todo o
povo, nobres e plebeus, ricos e pobres, meninos e meninas. Caberia ao Estado tornar a
frequência à escola obrigatória e cuidar para que todos os seu súditos cumprissem a obrigação
de enviar seus filhos à escola.
Tão importante quanto Lutero para a educação foi Philipp Melanchthon (1497-1560). Durante o
período que Lutero passou impedido de se manifestar publicamente, Melanchthon foi o porta-
voz da causa reformista e um dos encarregados de reorganizar as igrejas dos principados que
haviam aderido ao luteranismo. Esse trabalho resultou no projeto de criação de um sistema de
escolas públicas, adotado pelo estado da Saxônia e depois copiado em quase toda a Alemanha.
A reforma da instrução era uma das principais reivindicações das camadas mais pobres da
população, insatisfeitas com as más condições de vida e com o ensino escasso e ineficaz
oferecido pela Igreja. Esses foram alguns dos motivos da revolta armada dos camponeses,
sangrentamente reprimida em 1525. Tanto Melanchthon quanto Lutero — que, entre outros
princípios avançados para seu tempo, defendiam a educação também para as meninas - viam na
instrução um assunto do interesse dos governantes. "A maior força de uma cidade é ter muitos
cidadãos instruídos", escreveu Lutero. Para isso, foi criado um sistema que atendia tanto à
finalidade de preparar para o trabalho quanto à possibilidade de prosseguir os estudos para
elevação cultural. O currículo era fortemente baseado nas ciências humanas, atribuindo
importante função formadora ao estudo da História.
A reivindicação pela liberdade de interpretar a Bíblia tornou-se não só um dos pilares da
reforma protestante como o princípio fundador do projeto educacional de Lutero, que valorizou
a alfabetização e o ensino de línguas — e, mais importante, pregou o acesso de todos a esse
conhecimento. Os renovadores religiosos defendiam a formação de uma nova classe de homens
cultos, dando origem ao conceito de utilidade social da educação.
Lutero tinha um projeto inovador, mas abominava a possibilidade de se tornar porta-voz de
qualquer ideia ou ambição revolucionária. Mesmo assim, o surgimento do protestantismo foi ao
encontro dos desejos da classe economicamente emergente de comerciantes, para quem a
educação representava uma possibilidade de aceitação e ascendência social. Nas primeiras
décadas do século 16, o Sacro Império Romano-Germânico era um mosaico de principados
mais ou menos independentes. Os interesses político-econômicos do imperador, da Igreja e dos
príncipes emperravam uns aos outros. Os príncipes, menos obrigados ao poder papal do que o
imperador, viram em Lutero uma possibilidade de se afirmar politicamente contra a autoridade
central e de contestar os direitos da Igreja sobre riquezas que se encontravam em seus
territórios.
3. O fato de Lutero não acreditar que a salvação da alma estivesse vinculada às ações em vida não
implicava descaso pelas coisas mundanas. Ao desvincular as esferas do poder espiritual e do
poder temporal, Lutero atribuía ao último a responsabilidade de administração da vontade de
Deus — por isso a obediência civil seria um dever moral e a rebelião um pecado. A ligação
entre os dois mundos é a fé, porque os que creem são também vocacionados para servir o
próximo na sociedade.
A criação de uma rede de ensino público foi planejada pelos reformadores luteranos a pedido de
governantes que perceberam a urgência de oferecer instrução ao povo. O interesse dos príncipes
era fortalecer seus domínios num tempo de constantes hostilidades entre os Estados. Lutero
argumentou que o dinheiro investido em educação seria muito menor do que o gasto com armas
e traria benefícios mais profundos.
3. Os jesuítas e a educação
A Companhia de Jesus, portanto, se institui na história com uma missão religiosa. A ação na
educação é consequência de circunstâncias sociais e políticas do século XVI, época
caracterizada por divisão e conflito dentro da Igreja. Sacudida pela Reforma Protestante,
ocorrida no século anterior, tomou consciência do abandono espiritual em que se encontrava o
povo cristão. Tal constatação levou a Companhia a dar uma resposta aos desafios
proporcionados pela Reforma, atuando em três campos, a saber: o primeiro - o serviço ao povo,
na defesa e propagação da fé católica. Nesse contexto, os primeiros jesuítas dedicaram-se aos
ministérios sacerdotais tradicionais (pregação, confissões, catequese...), junto com novas
iniciativas e estratégias pastorais: os Exercícios Espirituais, as Missões Populares, Associações
de Leigos, e o uso do teatro na pregação, liturgia e catequese. Inicialmente a educação não era o
principal objetivo.
O segundo foi a propagação dos ideais pedagógicos católicos nos territórios desconhecidos.
Aproveitando o esforço expansionista dos grandes impérios da época (Espanha e Portugal), os
jesuítas se fazem presentes, desde a primeira hora, nos novos mundos que se abrem à atividade
missionária.
O terceiro foi a atividade educativa católica e científica da juventude. Imprevista ao nascer a
Companhia, essa atividade tornou-se logo a principal tarefa dos jesuítas. A gratuidade do ensino
da antiga Companhia favoreceu a expansão dos colégios. A ação pedagógica muda a ideia
original de seu fundador. Esta atuação é que nos interessa abordar. A Companhia de Jesus,
aliada aos colonizadores, que, pela expansão das fronteiras geográficas, com a descoberta da
América e abertura de novas rotas comerciais na Ásia, descentralizam o saber da Europa. Estes
fatos, somados com a pedagogia jesuíta, possibilitaram uma revolução no campo das ciências e
das letras.
A Companhia de Jesus, passa a ter como tarefa a educação da juventude, pois para eles os
adultos já tinham as almas perturbadas, enquanto os jovens poderiam converter-se ao
cristianismo. Foi assim que se espalharam pelo mundo, colocando-se a serviço da educação,
formando escolas e trazendo para o interior da Igreja Católica novas vocações e sacerdotes das
colônias europeias de influência católica.
4. Os espaços pedagógicos da Companhia de Jesus
A Reforma Protestante do século XV colaborou, intensamente, para que a Igreja Católica, com
receio de perder seu terreno de influência sobre as almas para suas opositoras, as igrejas
protestantes, luterana na Alemanha e calvinista na Inglaterra, passasse a investir massivamente
na evangelização - cujo instrumento mais poderoso era, sem sombra de dúvida, a educação.
Com efeito, o enorme investimento católico no ideal educativo deveu-se não só à cumplicidade
que aliava a igreja aos interesses coloniais dos impérios monárquicos, em especial os impérios
espanhol e português, através de um projeto de educação que consistia em formar o homem,
4. emancipando-o por meio da razão e da cultura; mas também decorreu, e talvez
predominantemente, de um ideal religioso de salvação das almas, especialmente das populações
autóctones das colônias europeias. É neste contexto que se dá o surgimento dos jesuítas, em que
a educação tinha o objetivo de prestar estes serviços à Igreja. A salvação ou educação das almas
deve ser entendida, aqui, como o aprendizado religioso dos alunos para sua conversão ao
cristianismo católico.
Suas atividades organizavam-se através de três tipos básicos de estabelecimentos. Os locais para
a educação, para a catequese e para os retiros; assim "...para a educação, as casas, residências,
colégios e seminários; para a catequese, as aldeias missioneiras; para tratamento e retiro, as
casas de recuperação ou quintas de repouso... e os hospitais; e para a preparação religiosa, os
noviciados, de onde saíram as levas de soldados para seus exércitos."
Os estabelecimentos dos jesuítas recebiam subvenções e concessões da Coroa e esmolas do
povo, por isso, em pouco tempo criaram uma sólida base econômica para seu sustento, com
fazendas, engenhos e currais. Para atender às suas necessidades, os jesuítas tinham sempre em
seus quadros uma grande quantidade de profissionais, mestres-de-obras, arquitetos, engenheiros,
pedreiros, entalhadores, oleiros, ferreiros, ourives, marceneiros etc. E dispunham também de
grandes escritores, músicos, pintores e escultores.
Onde quer que fossem, os jesuítas ministravam sempre aulas, de catequese, de ler, de escrever e
de gramática, em locais que chamavam de casas, pois colégios eram os estabelecimentos que
tinham vida econômica própria e do qual dependiam outros, situados nas proximidades.
Nas colônias onde atuavam, não ficavam apenas nas cidades ou vilas principais, embrenhando-
se pelos sertões e matas em busca dos índios. Estes eram então reunidos em aldeias de três
tipos: as dos Colégios, as de El-Rei e as de Repartição, as que forneciam índios para a própria
Companhia, para o rei e para particulares, respectivamente. Havia também as Missões, ou
grandes aldeamentos, situadas em terras mais distantes, nos sertões, e nas selvas.
Do ponto de vista arquitetônico, as principais cidades coloniais foram estabelecidas sob o signo
de três poderes: o civil, o militar e o religioso. O primeiro, tinha suas representações nos
Palácios de Governo, Casas de Câmara e Cadeias; o militar, nas fortificações; o religioso, com
suas igrejas, conventos, mosteiros e colégios. No Brasil, por exemplo, ocupou o lugar de maior
destaque e suas obras, entre todas, são as mais significativas nos núcleos primitivos das cidades,
principalmente no contexto urbano de Salvador.
Os Colégios da Companhia transmitiam aos educandos uma cultura humanística de caráter
acentuadamente retórico, atendendo aos interesses da Igreja e às exigências do patriarcado.
Assim, os mais importantes intelectuais da Colônia estudaram nestes colégios.
5. O método pedagógico jesuítico - Ratio studiorum
A morte de Inácio, em 31 de julho de 1556, suscita questionamentos com relação à atividade
didática dos jesuítas e pouco tempo depois os superiores da Ordem elaboram um documento,
publicado em sua última versão em 1599, baseado nas Regras do Colégio Romano, ao qual
intitulam Ratio Studiorum - Plano de Estudos, que consta de um "...currículo básico e princípios
pedagógicos gerais comuns a todos os colégios da Companhia, é um manual para ajudar os
professores e dirigentes na marcha diária dos Colégios. ...uma série de regras ou diretrizes
práticas que tratam de assuntos como a direção dos colégios, a formação e distribuição dos
professores."
O Ratio Studiorum dos jesuítas, introduzindo e consolidando um "sistema" integrado para seus
colégios, criou o primeiro sistema educacional unificado que o mundo conheceu. Neste pequeno
5. esboço do método jesuítico de educação, destacamos alguns elementos que nos ajudam a
entender tal pedagogia.
Os protestantes, após a reforma, como já mencionamos, viam a importância da escola e
constituíram um método denominado Rationes Studiorum. Seus trabalhos demonstravam que o
humanismo poderia ser perfeitamente compatível com um cristianismo militante. Este fato
exerce influência nos jesuítas, que, por sua vez, criam assim o seu método para o professor
católico, distinguindo-se do protestantismo pelo caráter seletivo obrigatório, em todos os
pormenores de horários, programas etc.
A experiência pedagógica dos Jesuítas sintetiza-se num conjunto de normas estratégias,
chamado "Ratio Studiorum", que visava à formação integral do homem cristão, de acordo com a
fé e a cultura daquele tempo.
Aplicam de forma centralizada o método à escola com uma irradiação impressionante que o
procedimento ficou conhecido como "autoritário", sendo a autoridade fundada num
conhecimento aprofundado da alma humana e especialmente da psicologia da infância e da
adolescência.
A Ratio significa ordem, Studiorum estudos, a ordem dos estudos, ou método de ensino. Suas
características principais eram a cooperação hierárquica das pessoas do colégio em todos os
níveis; o conhecimento da alma infantil e a compreensão das relações que devem-se estabelecer
entre professor e aluno, primeiro como guia, conselheiro ou treinador, mais do que o magister
da palavra definitiva. O Ratio indicava: a utilização dos sentimentos de amor-próprio ou
emulação - competições educativas entre os alunos.
Tais competições abrangiam o uso dos exercícios coletivos, a divisão das classes em campos
opostos, como, por exemplo, entre romanos e cartagineses; no sistema de notas, de recompensa
e de distribuição de prêmios ou medalhas. Estas competições (emulações) estimulavam os
estudos, como nos diz o Pe. Leonel Franca em sua obra sobre o Ratio: "...a vida é uma
concorrência contínua. Desde os prêmios científicos e louros literários até as taças de
campeonatos desportivos, desde as condecorações militares até as medalhas das exposições
industriais ou agrícolas, todas as atividades do homem que vive em sociedade sentem-lhe o
aguilhão poderoso, impulsionador de iniciativas fecundas e benfazejas." A emulação foi e será
sempre um dos estímulos mais ativos ao aperfeiçoamento e progresso do homem. Os jesuítas o
compreenderam e, com rara felicidade, aplicaram à formação da juventude.
A Orientação aos professores. Cada colégio tinha a sua academia docente, hierarquicamente
organizada, onde os professores eram orientados pelos padres, sendo os dirigentes eleitos pelos
próprios membros.
Que nos conteúdos fossem enfocadas primeiro as letras latinas e gregas, depois as ciências.
Imitação dos antigos praelectio (prae-legere), que significa explicação dos autores ou pré-
leitura. O texto do autor deve falar com lábios de carne, transformando o abstrato em concreto,
o ditado é ensino morto, o aluno deve ser ouvinte atento do mestre...
A utilização do teatro escolar como recurso pedagógico, a ponta de lança da educação jesuítica,
não era jogo nem distração; nele nenhum personagem podia vestir-se de mulher e o seu texto
deveria ser interpretado na língua latina, em qualquer parte do mundo. Neste aspecto os
franceses violaram a norma, utilizando sua língua pátria na educação.
Sobre o teatro dos jesuítas usado como método pedagógico, Francis Bacon, que também
exerceu grande influência em Locke, nos diz:
6. As declamações teatrais de alunos dos jesuítas fortalecem a memória, educam a vós, apuram a
dicção, aprimoram os gestos e as atitudes, inspiram a confiança e o domínio de si, habituam os
jovens a enfrentar o olhar das assembleias.
Quanto ao horário, que fossem dadas 5 horas de aula por dia, sendo duas horas e meia de manhã
e duas e meia à tarde.
Que a organização da aula deveria estruturar-se como uma pequena sociedade. A pedagogia
adquiria conceito de ativa, onde cada estudante tinha uma função a desempenhar;
A unidade de direção, corpo e professores animados nos mesmos princípios, formados na
mesma escola, visando aos mesmos fins, empregando os mesmos meios. Eis a unidade e
concentração completa e a forma do ratio studiorum.
A preleção como o centro da didática, significando uma explicação antecipada do que o aluno
deveria estudar ou uma espécie de programa de estudos.
O ensino religioso como o centro da formação do método. Para eles o homem não é só um
animal cujo organismo deve-se desenvolver sadiamente, nem a inteligência, por si só, torna o
homem feliz. O ser humano para os jesuítas era um ser com destinos sobrenaturais; daí, uma
educação que ignorasse este aspecto não seria uma educação humana. O ensino religioso era
obrigatório.
É importante lembrar que a educação do século XVI era totalmente voltada para a formação de
uma civilização moldada nos padrões católicos europeus; os jesuítas tinham como base a
catequese dentro da escola com os princípios religiosos. Não havia possibilidade de escolha, as
disciplinas religiosas eram obrigatórias e com o mesmo peso das outras. O método tinha como
orientação filosófica a teoria de Aristóteles e Santo Tomas de Aquino (1227-1274). A filosofia
básica era a escolástica teocêntrica, com influência do tomismo, onde a natureza e o homem
estavam subordinados aos princípios do Deus de origem judaico-cristã. Assim o Ratio definia
de forma clara que em questões de alguma importância não se afaste de Aristóteles... De Santo
Tomas, fale sempre...
O princípio norteador do Ratio era global, não havia ainda os ideais pedagógicos dos
nacionalismos quando o método foi criado; pretendia uma consciência de homem cristão não
apenas nacional, mas universal. No Ratio, a metodologia era entendida como os processos
didáticos adotados para a transmissão de conhecimentos, a fim de unificar o sistema de ensino
da Ordem. Mesmo assim, não houve um padrão único universal para o trabalho de formação das
almas, pois muita coisa teve que se adaptar às circunstâncias culturais de cada povo.
Por fim, ressaltamos que toda a educação dos jesuítas objetivava a educação das almas,
entendida como formação do homem para uma vida cristã. Como já visto, este era o princípio
básico de toda a elaboração pedagógica expressa em seu método.
Mesmo com tal objetivo doutrinário, o método Ratio Studiorum foi elogiado por René
Descartes - ex-aluno dos jesuítas, embora discordando dos conteúdos, já que este autor é
considerado um dos precursores das ciências modernas e de teorias que se opunham
radicalmente à idéia da Igreja católica sobre as ciências.
O confronto desta concepção, expressa no Ratio, com as ciências modernas possivelmente irá
iluminar a evolução do pensamento filosófico da Modernidade. O surgimento do
antropocentrismo - a salvação do homem versus salvação da alma - marcará o Iluminismo que,
confrontando-se com a concepção teocêntrica que situava a absoluta soberania da natureza e de
Deus, irá subordiná-la à inteligência ou à razão expressas nas ciências modernas.
7. Neste sentido, as palavras de Pedro Maia tentam sintetizar a relação deste método com os
conflitos da Modernidade com a seguinte afirmação: O Ratio studiorum foi formulado sob
influência da época conhecida como Renascença. O homem da Renascença não é o homem do
século XX. Mas os problemas subjacentes da educação são os mesmos: o homem é uma
constante e suas faculdades não variam com os séculos... Do século XV à Revolução Francesa,
os homens eram devidamente preparados para a vida se estavam bem fundados nas letras, na
política e na filosofia. Desde 1800, entretanto, as novas forças de uma verdadeira difusão
mundial das ciências e, mais recentemente, dos problemas sociais, exigem uma preparação para
além da base linguística e filosófica.
É importante destacar, aqui, as descobertas científicas de J. Kepler (1571-1638) e Galileu
Galilei (1564-1642), que comprovaram que o homem poderia explicar fenômenos até então
considerados sagrados, dando início ao poder do homem e sua emancipação para pensar e
observar a natureza. O surgimento de novas diretrizes filosóficas, com Descartes, Newton,
Locke, Rousseau etc., juntamente com a valorização de novos autores e suas línguas vernáculas,
em detrimento dos autores clássicos, vieram conturbar o sistema educacional dos jesuítas e, já
no início do século XVIII, começam a decair o prestígio e a aceitação quase mundial da
Companhia de Jesus.
A secularização do pensamento, apoiada na razão, assim como a moderna concepção do Estado,
que negava a intervenção papal e da Igreja nos assuntos temporais, valorizando a laicização,
foram processos que encontraram forte resistência entre os jesuítas, defensores contumazes do
poder de tutela da Igreja sobre as atividades do Estado.
Como vimos, a Companhia de Jesus nasceu em meio a uma situação de conflito. Seu fundador
queria que fosse um grupo móvel, disponível para acudir as almas nos lugares em que a
necessidade fosse maior. Mesmo quando os conflitos entre católicos e protestantes se
amenizaram, podemos identificar na história que o surgimento da nova filosofia moderna afetou
profundamente os ideais pedagógicos desta instituição.
O surgimento das ciências naturais influencia posteriormente os jesuítas à adaptação do método
Ratio Studiorum aos ideais modernos. O período do renascimento da companhia no século XIX
já se caracteriza como uma nova filosofia, profundamente influenciada pelos ideais das Luzes,
que se estendem até nossos dias, onde o Serviço da fé e promoção da justiça é a expressão mais
debatida pelos educadores da Companhia de Jesus que tentam adaptar sua pedagogia aos ideais
da modernidade.
6. A educação jesuítica e a ideia de educação para todos
Outro elemento importante que podemos anotar é a relação dos jesuítas com o surgimento da
escola pública (escola para todos) no século XVIII. É curioso afirmar, mas parece ser possível
pensar que o surgimento da educação para todos tem antecedentes importantes na experiência
católica jesuíta. Pode-se então perguntar até que ponto a educação das almas, tal como
caracterizamos a finalidade monolítica que perseguia o ensino religioso (em nome da qual todos
os demais valores da educação eram excluídos), exerce influência sobre a formação da escola
pública? Que conceitos de vida essa educação ajudou a enraizar na formação das populações,
particularmente da Europa, e no imaginário religioso? Que contribuições deram com sua escola?
Que influências o método de ensino - o Ratio Studiorum - exerceu, e ainda exerce, sobre as
relações que as sociedades mantêm com a educação?
A partir dessas indagações, é possível pensar vários aspectos para um estudo destas ideias
pedagógicas e as influências da escola católica do período medieval na formação da escola
pública dos séculos XVII e XVIII.
8. Em síntese, dois elementos podem ser citados nesta análise: a educação dos jesuítas aparece
como uma corrente de pensamento da escola católica, e sua prática pedagógica possivelmente
influenciou os fatos que antecederam o nascimento da escola pública. O outro é a análise das
representações, conceitos e noções que fundam a instituição de comportamentos, do método,
das finalidades proclamadas de uma escola para salvação das almas, com suas características e
contradições.
É neste sentido que a afirmação de Lutero nos permite supor que havia a ideia e uma luta pela
concretização de uma instituição pública não confessional, destinada a prover uma educação
abrangente para todos os membros da sociedade. Esta ideia nada tem de atual, remontando a um
passado bastante distante e desconhecido.
Destarte, não seria demais ousado pensar que, historicamente, o conflito que, no mundo
ocidental, divide católicos e protestantes na disputa pela formação ou educação das almas se
constitui, especificamente, num eficaz instrumento de promoção da ideia, tanto quanto da
realidade, de uma escola entendida como um serviço popular ao público e ao alcance de todos,
destituído de influência religiosa e doutrinária, isso já no século XV, e, portanto, muito antes
dos teóricos iluministas.
Tal era o sentido que podia adquirir a tarefa de salvação das almas, pois a missão que coube aos
jesuítas deve ser considerada como um supremo reconhecimento concedido à Ordem pelo Papa,
reservando para estes religiosos, no início do século XVI, o privilégio de educar os homens e de
salvar e acompanhar suas almas. Nesta missão, eminentemente espiritual, ganhava relevo tanto
o cuidado com os civilizados que, afastando-se do olhar zeloso da igreja, vinham desterrar-se
nas novas terras, quanto o projeto de ganhar para a fé os silvícolas, nativos das terras agora
dominadas e invadidas.
A análise do conflito que opõe o Iluminismo à prática jesuítica - percurso que poderia ser
definido como o deslocamento da noção de salvação das almas em benefício de um ideal de
salvação do homem -, nas relações de oposição entre estes dois termos, tanto quanto nas
influências que o primeiro exerce sobre o segundo, pretende se fixar em uma concepção dualista
da educação, às raízes longínquas das concepções sobre a escola pública.
Poderíamos dizer na linguagem moderna que a educação neste período era "terceirizada", e que
os educadores, ao mesmo tempo que ensinavam, instituíam uma nova cultura e preparavam as
populações para serem dominadas pelo poder dos impérios europeus. Neste sentido, diante da
fusão dessas duas instituições, uma tirando proveito sobre a outra, é que a educação e o método
jesuítico de educar são precursores na formação da escola pública, tornando-se assim
indispensável seu estudo. O que é fundamental entender aqui é que a escola dos jesuítas estava
totalmente a serviço do poder, pois era a única que existia, tanto para servir a elite como para
servir os índios e colonos. A idéia de público aqui significa ensino para todos:" ...foram os
jesuítas que criaram, e, por dois séculos, quase exclusivamente mantiveram o ensino público no
Brasil...os jesuítas a cada colégio, a cada casa, a cada missão juntaram uma escola, assentando
os fundamentos da instrução pública, da cultura, da civilização...Os jesuítas na educação, tinham
um método de ensino que não foi criado a partir da realidade de cada povo, mas importado a
partir de conceitos e de uma filosofia orientada pelos valores filosóficos da Igreja católica, ou
seja, o Ratio Studiorum." Este elemento era o elo de unidade da pedagogia e da doutrina em
qualquer parte do mundo
* Possui graduação em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997),
graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2003) e mestrado em
Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1999). Atualmente é professor
assistente da Fundação Técnico Educacional Souza Marques, professor auxiliar da Faculdade
Internacional Signorelli e das Faculdades Integradas Simonsen.