SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 11ª AULA
OBJETIVO
O cristianismo na idade moderna
EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA - 2017
Prof. Francisco Tudela
CONHECENDO A CLASSE: ALUNOS E PROFESSOR
No período da Reforma a autoridade governamental era a Igreja e o Estado.
Rm 13.1,2 “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade
que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.
Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus
instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.”
1. Pode o cristão infringir as leis da sociedade?
2. O cristão pode se opor ao governo?
3. Ao ler a Bíblia é possível que uns a interpretem de um modo e outros de outro
modo?
TEMÁTICAS DESTA AULA
1. Motivações para a Reforma
2. A reforma da igreja proposta por Martinho Lutero
4
Motivações da Reforma - 1517
Novas Interpretações da Bíblia.
Invenção da Imprensa (Gutenberg): difusão da Bíblia, surgindo
novas interpretações.
CORRENTES DE PENSAMENTOS DIFERENTES.
Santo Agostinho
“A salvação do homem é alcançada pela fé”.
São Tomás de Aquino
“A salvação do homem é alcançada pela fé e pelas boas ações”.
“Outrora, a fé consistia mais na vida do que na profissão dos artigos de fé. [...] Pouco a
pouco, foi se tornando necessário impor dogmas, mas estes eram pouco numerosos e
dotados de uma simplicidade totalmente apostólica. Mais tarde, em consequência da
deslealdade dos heréticos, submeteram-se as Escrituras a uma investigação mais rigorosa
[...]. O símbolo da fé começou então a estar mais nos escritos que nos corações [...] Os
artigos foram aumentando em número; a sinceridade diminuiu. A doutrina de Cristo, que
no início repudiava toda logomaquia*, solicita proteção às escolas filosóficas: eis o
primeiro passo no declínio da Igreja. Quanto maiores as riquezas, maior a violência. A
intrusão da autoridade imperial nos assuntos eclesiásticos prejudicou a sinceridade da fé. A
religião tornou-se mera argumentação sofista. E a igreja viu-se inundada por uma miríade
de artigos. Daí se passa ao terror e às ameaças. Por meio da força e do temor, tentamos
fazer os homens acreditarem naquilo que não acreditam, amarem aquilo que não amam,
forçá-los a compreender aquilo que não compreendem. A imposição não pode unir-se à
sinceridade; e o Cristo não aceita senão o dom voluntário de nossas almas”. Carta de
Erasmo a Jean Carondelet, arcebispo de Palermo, 1523.
*discussão gerada por interpretações diferentes do sentido de uma palavra; querela em torno de palavras.
Convergência entre o Humanismo e a Reforma - Escreveu Erasmo de Rotterdam
Ulrico Zuínglio - teólogo e principal líder da Reforma na Suíça
1484 - Nasce em Wildhaus.
1516 - Lê o Novo Testamento traduzido por Erasmo*.
1518 - Sacerdote da catedral de Zurique; torna-se afamado pregador bíblico.
1522 - Questiona o jejum da quaresma e o celibato; abandona o sacerdócio e torna-
se ministro evangélico.
1523 - Início dos debates públicos em Zurique. Os Sessenta e Sete Artigos.
1525 - As missas são abolidas: Ceia do Senhor. Surge o movimento anabatista.
1529 - Encontra-se com Lutero e outros líderes no Colóquio de Marburg.
1531 - Morre como capelão das tropas suíças na batalha de Kappel.
Com a morte de Zuínglio o movimento reformador passa à liderança de Calvino.
*Erasmo foi o primeiro teólogo académico e liberal a averiguar aquilo que os
escritores do NT tinham efetivamente dito. Por não apoiar Lutero, Erasmo, foi
acusado de ter "posto o ovo que Lutero chocou“.
CRÍTICAAO COMPORTAMENTO DO CLERO.
Simonia: Para ganhar dinheiro o alto clero iludia a boa-fé dos cristãos
comercializando "relíquias sagradas", como milhares de "lascas da cruz de
Cristo“, "ossos do burrico de São José“ ou Venda de terrenos no céu.
O desregramento moral que predominava na hierarquia eclesiástica, como a
venda de cargos eclesiásticos, levando sacerdotes, bispos, arcebispos e até papas a
exercerem seus cargos pela ambição do título e da posição, estimulando o mau
comportamento dos clérigos e o descrédito entre os fiéis.
Padres envolviam-se em escândalos amorosos e monges ficavam embriagados.
Para piorar, boa parte dos sacerdotes desconhecia a própria doutrina católica e
demonstrava falta de preparo para funções religiosas.
Indulgências: Comercio do perdão dos pecados cometidos, com promessas de
redução das penas do purgatório. Mediante pagamento, destinado a financiar
obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a “salvação eterna”.
CONTEXTO
RELIGIOSO
Filipe Neves
ÉTICA RELIGIOSA.
A Igreja censurava a usura (juro, renda ou rendimento de capital) e o lucro (ganho
auferido durante uma operação comercial), embora ela mesma o fizesse, e defendia
o preço justo.
A burguesia* ascendente desejava uma nova ética religiosa que a redimisse do
“pecado do lucro”.
Resumo: o católico trabalha para viver, o protestante trabalha, gerando excedente,
acumulando e investindo em poupanças e gerando lucros.
* Burgueses eram os habitantes dos burgos (pequenas cidades protegidas por
muros), que se dedicavam ao comércio (roupas, especiarias, joias) e a prestação de
serviços; não eram bem vistos pela nobreza pois até então só ela detinha o poder
econômico.
Idade moderna
A Idade Moderna inicia com a tomada de Constantinopla
pelos turcos otomanos em 1453 e termina com a
Revolução Francesa em 1789.
Com ela há o fim do feudalismo que traz grave crise social.
A Igreja foi diretamente envolvida na medida em que
tratava de justificar ideologicamente o domínio dos
senhores sobre os camponeses.
VALORES MEDIEVAIS VALORES RENASCENTISTAS –
IDADE MODERNA
1. O tempo pertence a Deus. É
pecado emprestar dinheiro a juros,
ou seja, cobrar pelo tempo em que o
dinheiro esteve emprestado.
1. O tempo pertence ao homem e este
deve usá-lo em benefício próprio.
2. A fé é mais importante que a
razão.
2. Razão e fé são importantes.
3. Valoriza-se o coletivismo. As
pessoas consideram-se membros da
cristandade.
3. Valorizam-se o individualismo, a arte
e o talento de cada um.
4. Deus está no centro das atenções
(teocentrismo).
4. O homem está no centro das atenções
(humanismo).
5. O corpo é fonte de pecado. 5. O corpo é fonte de beleza e de prazer.
SENTIMENTO NACIONALISTA.
O papa era visto como um estrangeiro que arrecadava os impostos cobrados nos
feudos da Igreja, além de diversos outros tributos extraídos de todos os cristãos,
para enviá-los a Roma, dificultando as finanças nacionais.
Nobres apoiaram a Reforma ambicionando as terras da Igreja para ampliar seus
poderes apoiados com a decadência feudal e Lutero foi acolhido por seu protetor,
o príncipe Frederico da Saxônia.
Camponeses apoiaram a Reforma para sair da miséria em que viviam.
Parte destes camponeses, conhecidos por anabatistas (os convertidos eram
batizados em idade adulta, desconsiderando o batismo da Igreja) e comandados
por um seguidor de Lutero, chamado Thomas Múntzer, reivindicavam a divisão
das terras da Igreja entre os mais pobres – REVOLTA DOS CAMPONESES.
Lutero acusou-os de radicais e apoiou uma violenta repressão da nobreza sobre
eles, resultando na morte de mais de 100 mil camponeses.
Lutero escreveu: "Contra as hordas de camponeses (...), quem puder
que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não
há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde“.
John Wycliffe – Inglaterra –
Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para
o inglês.
Precursores da Reforma religiosa
John Huss –
Tchecoslováquia.
Propôs reformar a Igreja Romana na Boêmia, ensinando que o papado não tinha
nenhuma autoridade de oferecer a remissão dos pecados através da venda de
indulgências.
No cárcere, sentenciado pelo papa para ser queimado vivo, João Huss disse:
"Podem matar o ganso (em alemão, sua língua natal, huss é ganso), mas daqui
a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar".
No dia 31 de outubro de 1517, cento e dois anos após a morte de João Huss, o
monge agostiniano Martinho Lutero, seguindo o mesmo ideal de Huss, de lealdade
às Escrituras, afixa à porta da igreja do castelo de Witenberg, as suas 95 teses.
Martinho Lutero (1483-1546)
Nasceu na Alemanha e estudou direito por influência do pai.
Ingressou na Ordem dos Agostinianos (1505).
Em 1510 viajou a Roma e regressou decepcionado com o clima
de avareza e corrupção do alto clero.
Assim, propôs uma reforma ao catolicismo.
Em 1517, a fim de arrecadar fundos para a reconstrução da
Basílica de São Pedro, o papa Leão X autorizou a concessão de
indulgências para os fiéis que contribuíssem para a obra.
Lutero, em protesto, afixou um manifesto público (as 95 teses)
na Catedral de Wittenberg contrário a essa atitude e expondo
alguns elementos de sua doutrina religiosa.
Em 1520 Leão X o excomungou, Lutero rasgou a Bula Papal,
queimando-a em público.
Lutero casou- se
em 1525 com a
ex- freira
Catarina von
Bora, o casal
teve seis filhos.
OBRAS DE LUTERO
• A Liberdade Cristã: pregou que somos livres em Cristo; negou que somente o
papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretadas
por qualquer crente sincero.
• Apelo à Nobreza; aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a
Igreja Católica Romana.
• Cativeiro Babilônico da Igreja; afirmava que a Igreja estava vivendo num
cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado.
Os luteranos afirmam que a Igreja Luterana tem esse nome em homenagem ao seu
mais famoso líder, porém não acata todos os escritos teológicos de Lutero,
principalmente os escritos que atacam os judeus.
OBRAS DE LUTERO
• Sobre os Judeus e Suas Mentiras:
“(…) Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros
lugares… Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o
próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno. Os judeus são
pequenos demônios destinados ao inferno.” [9]
“Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os
com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não
sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós.
Eu estou fazendo a minha parte.” [10]
“Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho
não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa
insuportável carga infernal – os judeus.” [11] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sobre_os_Judeus_e_Suas_Mentiras.
Hitler em seu Mein Kampf considerou Lutero uma das maiores figuras da Alemanha
Frederico III (Frederico, o Sábio) da dinastia de Wettin, governante do
Eleitorado da Saxônia (1483-1525) importante Estado dentro do Sacro Império
Romano Germânico protegeu Lutero da caça do imperador e do papa no Castelo
de Wartburg (1521).
O imperador alemão, Carlos V, inquieto com a evolução reformista, apoiou o papa,
pois julgava o luteranismo um fortalecedor dos nobres.
Após alguns confrontos entre as tropas imperiais e os luteranos liderados pela
nobreza, Carlos V convocou uma Dieta (assembleia), realizada em Spira (1529).
Nela, o imperador determinou a submissão dos luteranos.
Os partidários de Lutero, contudo, protestaram contra a decisão imperial, passando,
a partir de então, a serem chamados de PROTESTANTES.
Somente em 1555 os príncipes alemães ganharam o direito de escolher a religião
que desejavam em suas terras, confirmando o triunfo do luteranismo na Alemanha.
Essa decisão foi alcançada com o acordo entre o imperador católico, Carlos V e os
nobres protestantes, o que foi chamado de Paz de Augsburgo.
Em meio à expansão luterana na Alemanha e aos conflitos com o imperador Carlos
V, em 1530, Felipe de Melanchton, discípulo de Lutero, redigiu a Confissão de
Augsburgo, definindo a doutrina dos protestantes:
• A doutrina tinha por base a teologia agostiniana: a fé como única fonte de
salvação.
• A Bíblia é única base da religião e, portanto, o culto devia reduzir-se à leitura e
ao comentário das Sagradas Escrituras.
• Reconhecendo apenas dois sacramentos: batismo e comunhão.
• Não aceitavam o culto da Virgem e dos santos e negavam a existência do
purgatório.
• Nos cultos religiosos adotaram a língua nacional no lugar do latim, e os
ministros religiosos deveriam integrar-se o mais possível na comunidade dos
fiéis.
• Aboliu o celibato clerical, isto é os sacerdotes podem se casar.
• Nega a autoridade do papa.
95 TESES – Era costume na época fixar em locais públicos temas ou teses para
debate e convidar os interessados para discuti-los.
Embora ninguém tivesse comparecido para o debate, em pouco tempo toda a
Alemanha conhecias as teses de Lutero.
Questionava o poder (e até mesmo a intenção) do papa perdoar pecados ou de
isentar alguém de penas impostas pela própria igreja.
(Sola Scriptura) 2 Tm 3.16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça”
(Sola fide) Rm 3.28 “Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé,
independente da obediência à lei.” Rm 1.17 "O justo viverá pela fé". (ou Ef 2.8,9)
(Solus Christus) 1Tm 2.5 “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os
homens: o homem Cristo Jesus,” Jo 14.6 "Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
(Sola gratia) Ef 2.8,9 “Pois vocês são salvos pela graça, ....”.
(Soli Deo gloria) Fp 4.20 “A nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre.”
Is 42.8 “Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor.”
Não se sabe quem utilizou pela primeira vez a expressão “5 Solas”.
Acredita-se que surgiu quando foram escritos os catecismos e confissões de fé da
Igreja Protestante, e que sua forma como é utilizada hoje, isto é, como um tipo de
slogan da Teologia Reformada, passou a ser utilizada no sec XX.
27
Partilha:
No período da Reforma a autoridade governamental era a Igreja e o Estado.
Rm 13.1,2 “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade
que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.
Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus
instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.”
1. Pode o cristão infringir as leis da sociedade?
2. O cristão pode se opor ao governo?
3. Ao ler a Bíblia é possível que uns a interpretem de um modo e outros de outro
modo?
1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – Shelley B. L. - Ed Shedd– 1ª Edição 2004
2. UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO – Gonzales J. L. – Ed Vida Nova -
1995
3. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – COLLINS&MATTHEW – Ed. Loyola - 2000
4. HISTÓRIA DA IGREJA – Walton R.C. – Ed VidaHistória do Cristianismo, Shelley,
Bruce L., 1927, Ed. Shedd
5. Textos Bíblicos extraídos da Bíblia Sagrada NVI; São Paulo; Ed. Vida; 2001
6. Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003
7. Reflexões extraídas da World Wide Web
29
30
FEUDALISMO CAPITALISMO
Produção de subsistência. Produção com excedentes para o mercado de
consumo.(oferta e procura)
A principal propriedade o imóvel. O senhor
feudal tem sua posse, pouco investe nela e
cobra tributo dos que a utilizam, os servos.
A principal propriedade é o capital do burguês,
seu dinheiro está em bancos ou investido em
empresas ou no comércio, cuja finalidade é
obter lucro (mais capital).
O servo tem o usufruto da terra, não é livre pois
está submetido ao senhor feudal, quando muito
é proprietário de algumas ferramentas.
O trabalhado é livre, porém, como não possui
terras, empresa ou comércio. Vende sua força de
trabalho para o burguês em troca de salário.
Coação política: o servo se submete ao senhor
feudal pela força das armas e da igreja.
Coação econômica: o trabalhador se submete ao
burguês por não ter condições para trabalhar por
conta própria.
Produção com o objetivo de sustentar-se e pagar
o senhor feudal
Trabalha para sustentar-se e pagar ao senhor
burguês.
Conflito: servos x senhor feudal Conflito: assalariado x burguês
31
PRINCIPAIS OBRAS DE LUTERO
A Liberdade Cristã; nesse livro, pregou que somos livres em Cristo. Negou nessa obra que
somente o papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretadas por
qualquer crente sincero.
Apelo à Nobreza; aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a Igreja Católica
Romana
Cativeiro Babilônico da Igreja; afirmava que a Igreja estava vivendo num cativeiro, assim como
o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado.
95 teses sobre as indulgências, fixadas na porta principal da Igreja de Todos os
Santos, em Wittermberg, no dia 31 de outubro de 1517
1ª Tese Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos....,
certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo
arrependimento.
2ª Tese E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como se referindo
ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do
ofício dos sacerdotes.
32
3ª Tese Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento
interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações
da carne.
4ª Tese Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura
enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida
eterna.
5ª Tese O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre
ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado
por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se
desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera
humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese Cânones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se
deve confessar e expiar, apenas as Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas
ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
33
9ª Tese Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os
seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos
moribundos poenitentias canônicas ou penitências para o purgatório a fim de ali
serem cumpridas.
11ª Tese Este joio, que é o de se transformar a penitência em satisfação, Previstas pelos
cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os
bispos se achavam dormindo.
12ª Tese Outrora canonicae poenae, ou seja penitência em satisfação por pecados cometidos
eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a
sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito
canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte
necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o
temor.
15ª Tese Este temor e espanto em si só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o
tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
34
16ª Tese Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do
outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto
das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela
Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade
do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório
tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós
termos absoluta certeza disto.
20ª Tese Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras
“perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas
as penas por ele impostas.
35
21ª Tese Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem
perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que
segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado
aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do
indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e
cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer
para com os seus em particular.
26ª Tese O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das
chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao
cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao
dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só
correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
36
29ª Tese E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem
diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito
menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro
também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que
se encontram.
32ª Tese Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de
sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a
mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é
reconciliado com Deus.
34ª Tese Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada
por homens.
35ª Tese Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do
purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente
pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe
37
37ª Tese Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos
os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de
indulgência.
38ª Tese Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do
papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do
perdão divino.
39ª Tese É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar
diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao
contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a
profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo
menos quando há oportunidade para isso.
38
41ª Tese É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem
singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de
caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de
indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos
necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais
piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da
pena.
45ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a
despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas
provoca a ira de Deus.
46ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário
para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais
necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
39
49ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o
homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se
perde o temor de Deus.
50ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos
apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a
cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu
dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de
indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra
tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências
proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o
comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como
garantia.
55ª Tese A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que
é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o
Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos,
centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências,
não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja
de Cristo.
57ª Tese Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a
estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes
sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do
homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em
que a palavra era usada na sua época.
41
60ª Tese Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as
chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o
poder do papa por si só basta.
62ª Tese O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de
Deus.
63ª Tese Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os
primeiros sejam os últimos.
64ª Tese Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto
faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se
apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as
riquezas dos homens.
67ª Tese As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça
decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada
com a graça de Deus e a piedade da cruz.
42
69ª Tese Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências
apostólicas com toda a reverência.
70ª Tese Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que
estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem
os seus próprios sonhos.
71ª Tese Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos
apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e
maldito.
73ª Tese Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos
que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o
pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira
de agir.
75ª Tese Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver
alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de
Deus, significa ser demente.
43
76 ª Tese Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o
menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar
maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é
detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o
dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e
colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem
diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência,
faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida
reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
44
82 ª Tese Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório,
movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas,
que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a
construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo
bastante Insignificante?
83ª Tese Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas
dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se
permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em
favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese Ainda: Que nova piedade de Deus e do papa é esta, que permite a um ímpio e
inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não
resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre
amor e sem paga?
85ª Tese Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e
morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de
indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
45
86ª Tese Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer
Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o
fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos
que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como já O faz, cem vezes
ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a
título gratuito.
89ª Tese Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os
breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas
virtudes?
90ª Tese Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante
argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e
desgraçar os cristãos.
91ª Tese Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles
receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há
Paz.
46
93ª Tese Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo:
Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça
Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas
tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

9 a idade média as cruzadas - 9ª aula
9   a idade média as cruzadas - 9ª aula9   a idade média as cruzadas - 9ª aula
9 a idade média as cruzadas - 9ª aulaPIB Penha
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasilSeminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasilRobson Rocha
 
História da igreja II
História da igreja IIHistória da igreja II
História da igreja IISérgio Miguel
 
1 história do cristianismo - 1ª aula
1   história do cristianismo - 1ª aula1   história do cristianismo - 1ª aula
1 história do cristianismo - 1ª aulaPIB Penha
 
História da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaHistória da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaAlberto Simonton
 
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aulaPIB Penha
 
3 história do cristianismo - 3ª aula
3   história do cristianismo - 3ª aula3   história do cristianismo - 3ª aula
3 história do cristianismo - 3ª aulaPIB Penha
 
História da igreja antiga
História da igreja antigaHistória da igreja antiga
História da igreja antigaAlberto Simonton
 
13 o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula
13   o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula13   o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula
13 o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aulaPIB Penha
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Lisanro Cronje
 
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5   Quinto Período - A Reforma ProtestanteAula 5   Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5 Quinto Período - A Reforma ProtestanteAdriano Pascoa
 
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposHistória da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposAndre Nascimento
 
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1fogotv
 
Introdução à História da Igreja Cristã
Introdução à História da Igreja CristãIntrodução à História da Igreja Cristã
Introdução à História da Igreja CristãAlberto Simonton
 
Lição 4 - Não farás imagens de esculturas
Lição 4 - Não farás imagens de esculturasLição 4 - Não farás imagens de esculturas
Lição 4 - Não farás imagens de esculturasAdriano Pascoa
 
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasCatolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasLuan Almeida
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAdriano Pascoa
 
Historia da igreja aula 2
Historia da igreja aula 2Historia da igreja aula 2
Historia da igreja aula 2Lisanro Cronje
 

Mais procurados (20)

9 a idade média as cruzadas - 9ª aula
9   a idade média as cruzadas - 9ª aula9   a idade média as cruzadas - 9ª aula
9 a idade média as cruzadas - 9ª aula
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasilSeminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
 
História da igreja II
História da igreja IIHistória da igreja II
História da igreja II
 
1 história do cristianismo - 1ª aula
1   história do cristianismo - 1ª aula1   história do cristianismo - 1ª aula
1 história do cristianismo - 1ª aula
 
História da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaHistória da Igreja Moderna
História da Igreja Moderna
 
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
 
3 história do cristianismo - 3ª aula
3   história do cristianismo - 3ª aula3   história do cristianismo - 3ª aula
3 história do cristianismo - 3ª aula
 
História da igreja antiga
História da igreja antigaHistória da igreja antiga
História da igreja antiga
 
13 o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula
13   o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula13   o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula
13 o cristianismo da idade moderna à contemporânea - 13ª aula
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1
 
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5   Quinto Período - A Reforma ProtestanteAula 5   Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
 
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposHistória da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
 
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
 
Introdução à História da Igreja Cristã
Introdução à História da Igreja CristãIntrodução à História da Igreja Cristã
Introdução à História da Igreja Cristã
 
História da Igreja
História da IgrejaHistória da Igreja
História da Igreja
 
Lição 4 - Não farás imagens de esculturas
Lição 4 - Não farás imagens de esculturasLição 4 - Não farás imagens de esculturas
Lição 4 - Não farás imagens de esculturas
 
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasCatolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
 
Historia da igreja aula 2
Historia da igreja aula 2Historia da igreja aula 2
Historia da igreja aula 2
 

Semelhante a 11 a reforma na europa - 11ª aula

12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptxPIB Penha - SP
 
Cristianismo 2-slides
Cristianismo 2-slidesCristianismo 2-slides
Cristianismo 2-slidesJoel Marins
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteÉder Tomé
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdfVítor Santos
 
Apresentação reforma tmp
Apresentação reforma tmpApresentação reforma tmp
Apresentação reforma tmpPéricles Penuel
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reformavr1a2011
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasAndre Nascimento
 
Reforma Protestante 1° Ano
Reforma Protestante 1° AnoReforma Protestante 1° Ano
Reforma Protestante 1° Anodanibronstrup
 
Reforma Protestante - 1° ano - EM
Reforma Protestante - 1° ano - EMReforma Protestante - 1° ano - EM
Reforma Protestante - 1° ano - EMdanibronstrup
 
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13GersonPrates
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.luis reis
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.luis reis
 

Semelhante a 11 a reforma na europa - 11ª aula (20)

12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
A reforma protestante
A reforma protestanteA reforma protestante
A reforma protestante
 
Cristianismo 2-slides
Cristianismo 2-slidesCristianismo 2-slides
Cristianismo 2-slides
 
reforma religiosa.pdf
reforma religiosa.pdfreforma religiosa.pdf
reforma religiosa.pdf
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
 
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
Aula  reforma e contra-reforma religiosa2Aula  reforma e contra-reforma religiosa2
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
 
1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa
 
Reformas religiosasppt
Reformas religiosaspptReformas religiosasppt
Reformas religiosasppt
 
Reforma religiosa
Reforma religiosaReforma religiosa
Reforma religiosa
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
 
Apresentação reforma tmp
Apresentação reforma tmpApresentação reforma tmp
Apresentação reforma tmp
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
 
Reforma Protestante 1° Ano
Reforma Protestante 1° AnoReforma Protestante 1° Ano
Reforma Protestante 1° Ano
 
Reforma Protestante - 1° ano - EM
Reforma Protestante - 1° ano - EMReforma Protestante - 1° ano - EM
Reforma Protestante - 1° ano - EM
 
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
 
História da Igreja 2
História da Igreja 2História da Igreja 2
História da Igreja 2
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.
 

Último

Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 

Último (20)

Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 

11 a reforma na europa - 11ª aula

  • 1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 11ª AULA OBJETIVO O cristianismo na idade moderna EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA - 2017 Prof. Francisco Tudela
  • 2. CONHECENDO A CLASSE: ALUNOS E PROFESSOR No período da Reforma a autoridade governamental era a Igreja e o Estado. Rm 13.1,2 “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.” 1. Pode o cristão infringir as leis da sociedade? 2. O cristão pode se opor ao governo? 3. Ao ler a Bíblia é possível que uns a interpretem de um modo e outros de outro modo?
  • 3. TEMÁTICAS DESTA AULA 1. Motivações para a Reforma 2. A reforma da igreja proposta por Martinho Lutero
  • 4. 4
  • 5. Motivações da Reforma - 1517 Novas Interpretações da Bíblia. Invenção da Imprensa (Gutenberg): difusão da Bíblia, surgindo novas interpretações.
  • 6. CORRENTES DE PENSAMENTOS DIFERENTES. Santo Agostinho “A salvação do homem é alcançada pela fé”. São Tomás de Aquino “A salvação do homem é alcançada pela fé e pelas boas ações”.
  • 7. “Outrora, a fé consistia mais na vida do que na profissão dos artigos de fé. [...] Pouco a pouco, foi se tornando necessário impor dogmas, mas estes eram pouco numerosos e dotados de uma simplicidade totalmente apostólica. Mais tarde, em consequência da deslealdade dos heréticos, submeteram-se as Escrituras a uma investigação mais rigorosa [...]. O símbolo da fé começou então a estar mais nos escritos que nos corações [...] Os artigos foram aumentando em número; a sinceridade diminuiu. A doutrina de Cristo, que no início repudiava toda logomaquia*, solicita proteção às escolas filosóficas: eis o primeiro passo no declínio da Igreja. Quanto maiores as riquezas, maior a violência. A intrusão da autoridade imperial nos assuntos eclesiásticos prejudicou a sinceridade da fé. A religião tornou-se mera argumentação sofista. E a igreja viu-se inundada por uma miríade de artigos. Daí se passa ao terror e às ameaças. Por meio da força e do temor, tentamos fazer os homens acreditarem naquilo que não acreditam, amarem aquilo que não amam, forçá-los a compreender aquilo que não compreendem. A imposição não pode unir-se à sinceridade; e o Cristo não aceita senão o dom voluntário de nossas almas”. Carta de Erasmo a Jean Carondelet, arcebispo de Palermo, 1523. *discussão gerada por interpretações diferentes do sentido de uma palavra; querela em torno de palavras. Convergência entre o Humanismo e a Reforma - Escreveu Erasmo de Rotterdam
  • 8. Ulrico Zuínglio - teólogo e principal líder da Reforma na Suíça 1484 - Nasce em Wildhaus. 1516 - Lê o Novo Testamento traduzido por Erasmo*. 1518 - Sacerdote da catedral de Zurique; torna-se afamado pregador bíblico. 1522 - Questiona o jejum da quaresma e o celibato; abandona o sacerdócio e torna- se ministro evangélico. 1523 - Início dos debates públicos em Zurique. Os Sessenta e Sete Artigos. 1525 - As missas são abolidas: Ceia do Senhor. Surge o movimento anabatista. 1529 - Encontra-se com Lutero e outros líderes no Colóquio de Marburg. 1531 - Morre como capelão das tropas suíças na batalha de Kappel. Com a morte de Zuínglio o movimento reformador passa à liderança de Calvino. *Erasmo foi o primeiro teólogo académico e liberal a averiguar aquilo que os escritores do NT tinham efetivamente dito. Por não apoiar Lutero, Erasmo, foi acusado de ter "posto o ovo que Lutero chocou“.
  • 9. CRÍTICAAO COMPORTAMENTO DO CLERO. Simonia: Para ganhar dinheiro o alto clero iludia a boa-fé dos cristãos comercializando "relíquias sagradas", como milhares de "lascas da cruz de Cristo“, "ossos do burrico de São José“ ou Venda de terrenos no céu. O desregramento moral que predominava na hierarquia eclesiástica, como a venda de cargos eclesiásticos, levando sacerdotes, bispos, arcebispos e até papas a exercerem seus cargos pela ambição do título e da posição, estimulando o mau comportamento dos clérigos e o descrédito entre os fiéis. Padres envolviam-se em escândalos amorosos e monges ficavam embriagados. Para piorar, boa parte dos sacerdotes desconhecia a própria doutrina católica e demonstrava falta de preparo para funções religiosas. Indulgências: Comercio do perdão dos pecados cometidos, com promessas de redução das penas do purgatório. Mediante pagamento, destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a “salvação eterna”.
  • 11. ÉTICA RELIGIOSA. A Igreja censurava a usura (juro, renda ou rendimento de capital) e o lucro (ganho auferido durante uma operação comercial), embora ela mesma o fizesse, e defendia o preço justo. A burguesia* ascendente desejava uma nova ética religiosa que a redimisse do “pecado do lucro”. Resumo: o católico trabalha para viver, o protestante trabalha, gerando excedente, acumulando e investindo em poupanças e gerando lucros. * Burgueses eram os habitantes dos burgos (pequenas cidades protegidas por muros), que se dedicavam ao comércio (roupas, especiarias, joias) e a prestação de serviços; não eram bem vistos pela nobreza pois até então só ela detinha o poder econômico.
  • 12. Idade moderna A Idade Moderna inicia com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453 e termina com a Revolução Francesa em 1789. Com ela há o fim do feudalismo que traz grave crise social. A Igreja foi diretamente envolvida na medida em que tratava de justificar ideologicamente o domínio dos senhores sobre os camponeses.
  • 13. VALORES MEDIEVAIS VALORES RENASCENTISTAS – IDADE MODERNA 1. O tempo pertence a Deus. É pecado emprestar dinheiro a juros, ou seja, cobrar pelo tempo em que o dinheiro esteve emprestado. 1. O tempo pertence ao homem e este deve usá-lo em benefício próprio. 2. A fé é mais importante que a razão. 2. Razão e fé são importantes. 3. Valoriza-se o coletivismo. As pessoas consideram-se membros da cristandade. 3. Valorizam-se o individualismo, a arte e o talento de cada um. 4. Deus está no centro das atenções (teocentrismo). 4. O homem está no centro das atenções (humanismo). 5. O corpo é fonte de pecado. 5. O corpo é fonte de beleza e de prazer.
  • 14. SENTIMENTO NACIONALISTA. O papa era visto como um estrangeiro que arrecadava os impostos cobrados nos feudos da Igreja, além de diversos outros tributos extraídos de todos os cristãos, para enviá-los a Roma, dificultando as finanças nacionais. Nobres apoiaram a Reforma ambicionando as terras da Igreja para ampliar seus poderes apoiados com a decadência feudal e Lutero foi acolhido por seu protetor, o príncipe Frederico da Saxônia. Camponeses apoiaram a Reforma para sair da miséria em que viviam. Parte destes camponeses, conhecidos por anabatistas (os convertidos eram batizados em idade adulta, desconsiderando o batismo da Igreja) e comandados por um seguidor de Lutero, chamado Thomas Múntzer, reivindicavam a divisão das terras da Igreja entre os mais pobres – REVOLTA DOS CAMPONESES. Lutero acusou-os de radicais e apoiou uma violenta repressão da nobreza sobre eles, resultando na morte de mais de 100 mil camponeses.
  • 15. Lutero escreveu: "Contra as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde“.
  • 16. John Wycliffe – Inglaterra – Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o inglês. Precursores da Reforma religiosa
  • 17. John Huss – Tchecoslováquia. Propôs reformar a Igreja Romana na Boêmia, ensinando que o papado não tinha nenhuma autoridade de oferecer a remissão dos pecados através da venda de indulgências. No cárcere, sentenciado pelo papa para ser queimado vivo, João Huss disse: "Podem matar o ganso (em alemão, sua língua natal, huss é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar". No dia 31 de outubro de 1517, cento e dois anos após a morte de João Huss, o monge agostiniano Martinho Lutero, seguindo o mesmo ideal de Huss, de lealdade às Escrituras, afixa à porta da igreja do castelo de Witenberg, as suas 95 teses.
  • 18. Martinho Lutero (1483-1546) Nasceu na Alemanha e estudou direito por influência do pai. Ingressou na Ordem dos Agostinianos (1505). Em 1510 viajou a Roma e regressou decepcionado com o clima de avareza e corrupção do alto clero. Assim, propôs uma reforma ao catolicismo. Em 1517, a fim de arrecadar fundos para a reconstrução da Basílica de São Pedro, o papa Leão X autorizou a concessão de indulgências para os fiéis que contribuíssem para a obra. Lutero, em protesto, afixou um manifesto público (as 95 teses) na Catedral de Wittenberg contrário a essa atitude e expondo alguns elementos de sua doutrina religiosa. Em 1520 Leão X o excomungou, Lutero rasgou a Bula Papal, queimando-a em público. Lutero casou- se em 1525 com a ex- freira Catarina von Bora, o casal teve seis filhos.
  • 19. OBRAS DE LUTERO • A Liberdade Cristã: pregou que somos livres em Cristo; negou que somente o papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretadas por qualquer crente sincero. • Apelo à Nobreza; aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a Igreja Católica Romana. • Cativeiro Babilônico da Igreja; afirmava que a Igreja estava vivendo num cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado. Os luteranos afirmam que a Igreja Luterana tem esse nome em homenagem ao seu mais famoso líder, porém não acata todos os escritos teológicos de Lutero, principalmente os escritos que atacam os judeus.
  • 20. OBRAS DE LUTERO • Sobre os Judeus e Suas Mentiras: “(…) Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros lugares… Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno. Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno.” [9] “Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.” [10] “Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.” [11] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sobre_os_Judeus_e_Suas_Mentiras. Hitler em seu Mein Kampf considerou Lutero uma das maiores figuras da Alemanha
  • 21.
  • 22. Frederico III (Frederico, o Sábio) da dinastia de Wettin, governante do Eleitorado da Saxônia (1483-1525) importante Estado dentro do Sacro Império Romano Germânico protegeu Lutero da caça do imperador e do papa no Castelo de Wartburg (1521). O imperador alemão, Carlos V, inquieto com a evolução reformista, apoiou o papa, pois julgava o luteranismo um fortalecedor dos nobres. Após alguns confrontos entre as tropas imperiais e os luteranos liderados pela nobreza, Carlos V convocou uma Dieta (assembleia), realizada em Spira (1529). Nela, o imperador determinou a submissão dos luteranos. Os partidários de Lutero, contudo, protestaram contra a decisão imperial, passando, a partir de então, a serem chamados de PROTESTANTES. Somente em 1555 os príncipes alemães ganharam o direito de escolher a religião que desejavam em suas terras, confirmando o triunfo do luteranismo na Alemanha. Essa decisão foi alcançada com o acordo entre o imperador católico, Carlos V e os nobres protestantes, o que foi chamado de Paz de Augsburgo.
  • 23. Em meio à expansão luterana na Alemanha e aos conflitos com o imperador Carlos V, em 1530, Felipe de Melanchton, discípulo de Lutero, redigiu a Confissão de Augsburgo, definindo a doutrina dos protestantes: • A doutrina tinha por base a teologia agostiniana: a fé como única fonte de salvação. • A Bíblia é única base da religião e, portanto, o culto devia reduzir-se à leitura e ao comentário das Sagradas Escrituras. • Reconhecendo apenas dois sacramentos: batismo e comunhão. • Não aceitavam o culto da Virgem e dos santos e negavam a existência do purgatório. • Nos cultos religiosos adotaram a língua nacional no lugar do latim, e os ministros religiosos deveriam integrar-se o mais possível na comunidade dos fiéis. • Aboliu o celibato clerical, isto é os sacerdotes podem se casar. • Nega a autoridade do papa.
  • 24. 95 TESES – Era costume na época fixar em locais públicos temas ou teses para debate e convidar os interessados para discuti-los. Embora ninguém tivesse comparecido para o debate, em pouco tempo toda a Alemanha conhecias as teses de Lutero. Questionava o poder (e até mesmo a intenção) do papa perdoar pecados ou de isentar alguém de penas impostas pela própria igreja.
  • 25.
  • 26. (Sola Scriptura) 2 Tm 3.16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (Sola fide) Rm 3.28 “Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei.” Rm 1.17 "O justo viverá pela fé". (ou Ef 2.8,9) (Solus Christus) 1Tm 2.5 “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,” Jo 14.6 "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (Sola gratia) Ef 2.8,9 “Pois vocês são salvos pela graça, ....”. (Soli Deo gloria) Fp 4.20 “A nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre.” Is 42.8 “Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor.” Não se sabe quem utilizou pela primeira vez a expressão “5 Solas”. Acredita-se que surgiu quando foram escritos os catecismos e confissões de fé da Igreja Protestante, e que sua forma como é utilizada hoje, isto é, como um tipo de slogan da Teologia Reformada, passou a ser utilizada no sec XX.
  • 27. 27 Partilha: No período da Reforma a autoridade governamental era a Igreja e o Estado. Rm 13.1,2 “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.” 1. Pode o cristão infringir as leis da sociedade? 2. O cristão pode se opor ao governo? 3. Ao ler a Bíblia é possível que uns a interpretem de um modo e outros de outro modo?
  • 28. 1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – Shelley B. L. - Ed Shedd– 1ª Edição 2004 2. UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO – Gonzales J. L. – Ed Vida Nova - 1995 3. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – COLLINS&MATTHEW – Ed. Loyola - 2000 4. HISTÓRIA DA IGREJA – Walton R.C. – Ed VidaHistória do Cristianismo, Shelley, Bruce L., 1927, Ed. Shedd 5. Textos Bíblicos extraídos da Bíblia Sagrada NVI; São Paulo; Ed. Vida; 2001 6. Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003 7. Reflexões extraídas da World Wide Web
  • 29. 29
  • 30. 30 FEUDALISMO CAPITALISMO Produção de subsistência. Produção com excedentes para o mercado de consumo.(oferta e procura) A principal propriedade o imóvel. O senhor feudal tem sua posse, pouco investe nela e cobra tributo dos que a utilizam, os servos. A principal propriedade é o capital do burguês, seu dinheiro está em bancos ou investido em empresas ou no comércio, cuja finalidade é obter lucro (mais capital). O servo tem o usufruto da terra, não é livre pois está submetido ao senhor feudal, quando muito é proprietário de algumas ferramentas. O trabalhado é livre, porém, como não possui terras, empresa ou comércio. Vende sua força de trabalho para o burguês em troca de salário. Coação política: o servo se submete ao senhor feudal pela força das armas e da igreja. Coação econômica: o trabalhador se submete ao burguês por não ter condições para trabalhar por conta própria. Produção com o objetivo de sustentar-se e pagar o senhor feudal Trabalha para sustentar-se e pagar ao senhor burguês. Conflito: servos x senhor feudal Conflito: assalariado x burguês
  • 31. 31 PRINCIPAIS OBRAS DE LUTERO A Liberdade Cristã; nesse livro, pregou que somos livres em Cristo. Negou nessa obra que somente o papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretadas por qualquer crente sincero. Apelo à Nobreza; aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a Igreja Católica Romana Cativeiro Babilônico da Igreja; afirmava que a Igreja estava vivendo num cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado. 95 teses sobre as indulgências, fixadas na porta principal da Igreja de Todos os Santos, em Wittermberg, no dia 31 de outubro de 1517 1ª Tese Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento. 2ª Tese E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como se referindo ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
  • 32. 32 3ª Tese Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne. 4ª Tese Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna. 5ª Tese O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais. 6ª Tese O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada. 7ª Tese Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário. 8ª Tese Cânones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas as Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
  • 33. 33 9ª Tese Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema 10ª Tese Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canônicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas. 11ª Tese Este joio, que é o de se transformar a penitência em satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo. 12ª Tese Outrora canonicae poenae, ou seja penitência em satisfação por pecados cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar. 13ª Tese Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição. 14ª Tese Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor. 15ª Tese Este temor e espanto em si só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
  • 34. 34 16ª Tese Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza. 17ª Tese Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor. 18ª Tese Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor. 19ª Tese Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto. 20ª Tese Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
  • 35. 35 21ª Tese Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa. 22ª Tese Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida. 23ª Tese Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos. 24ª Tese Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas. 25ª Tese Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular. 26ª Tese O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão. 27ª Tese Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório. 28ª Tese Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
  • 36. 36 29ª Tese E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal. 30ª Tese Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados. 31ª Tese Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram. 32ª Tese Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência. 33ª Tese Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus. 34ª Tese Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens. 35ª Tese Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar. 36ª Tese Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe
  • 37. 37 37ª Tese Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência. 38ª Tese Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino. 39ª Tese É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar. 40ª Tese O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
  • 38. 38 41ª Tese É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas. 42ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade. 43ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências. 44ª Tese Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena. 45ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus. 46ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências. 47ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada 48ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
  • 39. 39 49ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus. 50ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas. 51ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro. 52º Tese Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor. 53ª Tese São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas. 54ª Tese Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
  • 40. 55ª Tese A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades. 56ª Tese Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo. 57ª Tese Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam. 58ª Tese Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior. 59ª Tese São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
  • 41. 41 60ª Tese Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo. 61ª Tese Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta. 62ª Tese O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus. 63ª Tese Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos. 64ª Tese Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros. 65ª Tese Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados. 66ª Tese Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens. 67ª Tese As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos. 68ª Tese Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
  • 42. 42 69ª Tese Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência. 70ª Tese Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos. 71ª Tese Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado. 72ª Tese Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito. 73ª Tese Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente. 74ª Tese Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir. 75ª Tese Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
  • 43. 43 76 ª Tese Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui. 77ª Tese Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa. 78ª Tese Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12. 79ª Tese Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia. 80ª Tese Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento. 81ª Tese Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
  • 44. 44 82 ª Tese Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante? 83ª Tese Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados? 84ª Tese Ainda: Que nova piedade de Deus e do papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga? 85ª Tese Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
  • 45. 45 86ª Tese Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres? 87ª Tese Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária? 88ª Tese Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito. 89ª Tese Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes? 90ª Tese Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos. 91ª Tese Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido. 92ª Tese Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
  • 46. 46 93ª Tese Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz. 94ª Tese Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno. 95ª Tese E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.