1) O documento descreve a formação da Companhia de Jesus e seu papel na Contra-Reforma e no Brasil.
2) A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola em 1534 e aprovada pelo Papa Paulo III em 1540 para fortalecer a Igreja Católica durante a Contra-Reforma.
3) Os jesuítas se dedicaram à educação e conversão dos índios no Brasil, fundando escolas, missões e colégios que foram fundamentais para a educação nos primeiros 250 anos da história bras
1. Reforma Protestante e Contra-Reforma:
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista
2. A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
3. Causas da Reforma:
Desenvolvimento do comércio e da burguesia: a Igreja condenava a acumulação de riquezas e a livre empresa. Os burgueses desejavam uma Igreja que aprovasse a obtenção de lucros.
Formação dos Estados Nacionais: muitos reis apoiavam a Reforma para livrar-se da intromissão do papa nos negócios de seus reinos.
Renascimento: a releitura dos textos do Antigo e do Novo Testamento propiciou uma comparação entre os ensinamentos de Cristo e as doutrinas da Igreja Católica. A idéia de Santo Agostinho de salvação pela fé passou a ser defendida pelos humanistas.
Crise na igreja católica: apegada aos bens materiais, a Igreja recorria a práticas abusivas, como a simonia (comércio de objetos religiosos), a venda de cargos eclesiásticos e a venda de indulgências (perdão dos pecados sob pagamento em espécie).
Na Alemanha, o monge Martinho Lutero, influenciado pela obra de Santo Agostinho, construiu em 1517 uma doutrina própria. Publicou 95 teses atacando a venda de indulgências e expondo uma nova doutrina. Rejeitou a hierarquia religiosa, o celibato e o uso do latim nos cultos. Manteve apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. No caso da comunhão, porém, rejeita o conceito de que o pão e o vinho se transformavam no corpo e sangue de Cristo, mantendo-o apenas como um rito simbólico
O surgimento de outras religiões foi uma das principais consequências da Reforma Protestante. A Reforma Calvinista na Suíça liderada por João Calvino no século XVI foi um exemplo da influência de Lutero para o surgimento de práticas reformistas contra a Igreja Católica. Posteriormente, destacou-se o Anglicanismo na Inglaterra promovido por Henrique VIII, que rompeu com o catolicismo.
Martinho Lutero promoveu através de sua reforma uma grande crise na Igreja Católica que teve seu poder diminuído com o surgimento de outras religiões. O Protestantismo, portanto, caracterizou os fiéis que não seguiam as doutrinas católicas e que deram continuidade à principal reforma religiosa realizada na Europa.
1. Reforma Protestante e Contra-Reforma:
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista
2. A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
3. Causas da Reforma:
Desenvolvimento do comércio e da burguesia: a Igreja condenava a acumulação de riquezas e a livre empresa. Os burgueses desejavam uma Igreja que aprovasse a obtenção de lucros.
Formação dos Estados Nacionais: muitos reis apoiavam a Reforma para livrar-se da intromissão do papa nos negócios de seus reinos.
Renascimento: a releitura dos textos do Antigo e do Novo Testamento propiciou uma comparação entre os ensinamentos de Cristo e as doutrinas da Igreja Católica. A idéia de Santo Agostinho de salvação pela fé passou a ser defendida pelos humanistas.
Crise na igreja católica: apegada aos bens materiais, a Igreja recorria a práticas abusivas, como a simonia (comércio de objetos religiosos), a venda de cargos eclesiásticos e a venda de indulgências (perdão dos pecados sob pagamento em espécie).
Na Alemanha, o monge Martinho Lutero, influenciado pela obra de Santo Agostinho, construiu em 1517 uma doutrina própria. Publicou 95 teses atacando a venda de indulgências e expondo uma nova doutrina. Rejeitou a hierarquia religiosa, o celibato e o uso do latim nos cultos. Manteve apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. No caso da comunhão, porém, rejeita o conceito de que o pão e o vinho se transformavam no corpo e sangue de Cristo, mantendo-o apenas como um rito simbólico
O surgimento de outras religiões foi uma das principais consequências da Reforma Protestante. A Reforma Calvinista na Suíça liderada por João Calvino no século XVI foi um exemplo da influência de Lutero para o surgimento de práticas reformistas contra a Igreja Católica. Posteriormente, destacou-se o Anglicanismo na Inglaterra promovido por Henrique VIII, que rompeu com o catolicismo.
Martinho Lutero promoveu através de sua reforma uma grande crise na Igreja Católica que teve seu poder diminuído com o surgimento de outras religiões. O Protestantismo, portanto, caracterizou os fiéis que não seguiam as doutrinas católicas e que deram continuidade à principal reforma religiosa realizada na Europa.
"Filosofia e História da Educação" do 3º semestre da Licenciatura em Ciências da Natureza, UNIPAMPA, com o professor Dário Ceccon.
Resumo
O que foi e contexto histórico: O Período Pombalino corresponde aos anos em que o Marques de Pombal exerceu o cargo de primeiro-ministro em Portugal (1750 a 1777), durante o reinado de Dom José I. Em meados do século XVIII, Portugal passava por um período de forte crise econômica. O Marques de Pombal adotou várias medidas administrativas, visando melhorar as condições de Portugal. Muitas destas medidas estavam relacionadas à sua principal colônia, o Brasil. Seria função do Brasil, dentro deste objetivo pombalino, suprir as necessidades materiais e comerciais da metrópole, a fim de transformar Portugal numa potência europeia.
Medidas que afetaram o Brasil:
- Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão.
- Para dinamizar a exploração de riquezas na colônia e o controle comercial, Pombal criou a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
- Aumento da fiscalização sobre a exploração de ouro e cobrança de impostos nas regiões auríferas. Neste contexto foi criada a derrama.
- Expulsão dos jesuítas do Brasil, tirando-os do controle do sistema educacional e das missões jesuítas. Pombal, desta forma, buscou aumentar o poder nas áreas controladas pelos jesuítas, além de tomar posse de propriedades da Igreja Católica no Brasil.
- Outra medida de Pombal na área da Educação foi a criação de escolas régias leigas (sem controle religioso).
- Em 1759, Pombal decretou que as propriedades (territórios) do sistema de Capitanias Hereditárias deveriam voltar para o controle do governo português. Desta forma, decretou o fim do primeiro sistema de divisão territorial brasileiro, criado nos primórdios da colonização do Brasil.
- Na área econômica, podemos ressaltar a implantação do cultivo de algodão no Maranhão.
- Em 1763, a capital do Vice-reino do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. A medida, adotada pela administração pombalina, decretava também a mudança do eixo econômico da região nordeste para a sudeste da colônia.
Conclusão: As medidas de Pombal visavam aumentar o controle político, econômico e administrativo da metrópole sobre o Brasil. Objetivavam também aumentar a exploração dos recursos econômicos, principalmente de ouro, para transformar Portugal numa potente nação europeia. Dentro do contexto de crise do Absolutismo e ascensão do Iluminismo, Pombal tentou com estas medidas manter e até aumentar o poder da coroa portuguesa. Seu governo ficou marcado por aquilo que se convencionou chamar de despotismo esclarecido. Em outras palavras, um governo absolutista que buscava adotar medidas sociais e culturais como forma de amenizar os impactos das medidas autoritárias e, desta forma, perpetuar as bases do Antigo Regime com uma nova roupagem.
FONTE: http://www.hi
Tópicos do Renascimento e da Reforma para a educação: tentativas de libertação da ciência e da política em relação à religião- movimento católico educacional intensivo com o jesuitismo - Oposição ao jesuitismo pela Reforma Protestante
Aulas do Prof. José Augusto Fiorin sobre o Brasil Colonial. A referida análise é composta de V distintos momentos da história brasileira, no momento de dependência da metrópole portuguesa.
disponível no Ciências Sociais em Debate
http://www.professorfiorin.rg3.net/
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasAndre Nascimento
Aula ministrada no curso de História Eclesiástica II no Seminário Teológico Shalom, em 2013. A presente aula visa apresentar os movimentos reformadores dentro da Igreja Católica, gerados para conter o avanço protestante e eliminar algumas de suas causas e argumentos. A aula contempla um panorama da criação da Ordem Jesuíta e do movimento de Contra Reforma, com seu ápice no Concílio de Trento.
Estudo da introdução à carta de Paulo aos Filipenses.
Veja o estudo completo em: https://www.esbocosermao.com/2024/06/filipenses-uma-igreja-amorosa.html
Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 137 - InimigosRicardo Azevedo
“O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.” Emmanuel
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
Este livro é uma bomba de informações sobre a relação do Vaticano e o homossexualismo, o texto base pertence ao jornalista francês Frédéric Martel na sua consagrada obra NO ARMÁRIO DO VATICANO. Neste obra, eu faço meus comentários sobre os primeiros dois capítulos do texto de Martel. As informações sobre a quantidade de altos membros do Vaticano envolvidos na pratica homossexual é de um escândalo sem precedentes na história do cristianismo. Fico imaginando a tristeza de muitos católicos ao saberem que no Vaticano em vez daqueles “homens santos” estarem orando e jejuando, estão na verdade fazendo sexo anal com seus amantes. Sodoma se instalou no Vaticano e a doutrina do celibato obrigatório canalizou muitos homens com tendencias homossexuais a optarem pelo sacerdócio católico como uma forma de camuflar suas preferencias sexuais sem despertar suspeitas na sociedade. Mas vivemos na era da informação e certas coisas não dá mais para esconder. A Igreja Católica esta diante de um dilema: ou permite a pratica aberta do homossexualismo ou expurga esta prática antibíblica do seu seio. Mas como veremos nesta série de livros, acho que os gays são maioria e já tomaram o poder no Vaticano. O próximo livro desta série é O MUNDO GAY DO VATICANO, onde continuarei comentado o resultado das investigações de Frédéric Martel. Ao final também coloco um apêndice com as revelações do arcebispo CARLOS MARIA VIGANÒ na famosa carta chamada TESTEMUNHO.
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADASESCRIBA DE CRISTO
Como pesquisador cristão procurei após estudar o Novo Testamento internamente, fazer um levamento externo e o que aconteceu com o cristianismo nos anos seguintes as histórias bíblicas. Então temos algumas literaturas que são posteriores aos escritos do Novo Testamento. O Didaquê, Clemente de Roma e as cartas de Inácio de Antioquia. Nesta obra vamos ter uma noção como a igreja estava dando seus primeiros passos agora sem a companhia de Jesus e dos apóstolos. Inácio de Antioquia ainda chegou a conviver com João e Paulo e por isto “bebeu” conhecimento direto da fonte. Vemos três inimigos que faziam oposição ao cristianismo nos primeiros anos: Os judaizantes, os gnósticos e o império romano que com a máquina do Estado tentou massacrar os cristãos e o fez com toda volúpia. Em todas as cartas de Inácio ele vai informando que seu momento de ser executado na arena do Coliseu de Roma está se aproximando. Inácio seria em breve devorado por feras, mas ele mostrava uma coragem assustadora. O texto vai acompanhado com ilustrações e meus comentários.
Premonição é em síntese uma advertência de algo que está prestes a acontecer a qual se recebe uma comunicação do mundo espiritual, seja do próprio espírito da pessoa, de outro [telepatia], de anjos, demônios, ou do próprio Deus, e até de pessoas que já morreram e animais que podem emitirem sinais. Estamos no campo da metafisica, da física quântica e do mundo espiritual. Desde os tempos antigos, até os dias de hoje existem incontáveis testemunhos de pessoas que vivenciaram experiências de premonição. Aqui nesta obra, eu apresento um rascunho das evidências que encontrei tanto na Bíblia como no testemunho de inúmeras pessoas que tiveram premonições. Alguns destes avisos sobrenaturais e paranormais permitem que o receptor da mensagem opte por um ou outro destino, todavia, outras premonições parecem fatalistas o que significa que a pessoa fica sabendo o que está prestes a acontecer, mas não consegue impedir o desfecho. Este ensaio apresenta as várias possibilidades que podem acionar o gatilho da premonição e o seu mecanismo, mas ninguém consegue dominar a arte da premonição, se antecipando ao conhecimento do que está prestes a acontecer a hora que quiser. Este livro vai, no mínimo, deixa-lo intrigado.
Nesta obra do ex-padre Aníbal Pereira dos Reis, eu, o Escriba de Cristo, irei fazer minhas inserções, comentado os posicionamentos do ex-padre católico que nos anos de 1980 e 1990 foi um grande expoente protestante contra os desmando religiosos e heréticos da Igreja Católica Romana. Um forte opositor que chamou a atenção até do Vaticano. Em suas dezenas de obras literárias, o foco do ex-padre Aníbal é escancarar os erros doutrinários do catolicismo. Neste tratado sobre o VATICANO E A BÍBLIA, Aníbal vai desenvolvendo sua crítica a atual doutrina católica que sequestra a autoridade da Bíblia como única regra de fé para os cristãos e como ao longo da história, em seus concílios, a alta cúpula da Igreja romana foi cada vez mais tirando da Bíblia a autoridade como padrão de fé para os cristãos e chamando para si a posição de representantes de Deus na Terra. É muito incoerente que a Igreja católica esteja agora cada vez mais tomando posicionamentos morais e éticos contrários ao explicitamente dito nas Escrituras e ao mesmo tempo ela diz que a Bíblia é uma das suas pilastras de regra de fé, ao lado da tradição e do magistério eclesiástico. Nas últimas décadas cada vez mais a Igreja católica esta se distanciando da Bíblia e seguindo um pensamento humanista e socialista. Cada vez mais deixando de ser uma religião em que Deus é o centro para ser cada vez mais uma religião humanista. Os padres e cleros em geral que não compartilham da cartilha do Vaticano, vão cada vez mais perdendo a voz dentro da máquina eclesiástica do Vaticano. Esta obra revelará este contraste.
2. A Contra-Reforma, também denominada Reforma Católica é nome dado ao movimento criado no seio da Igreja Católica em resposta à Reforma Protestante iniciada com Lutero, a partir de 1517. Em 1543, a Igreja convocou o Concílio de Trento estabelecendo entre outras medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), a criação do "Index Librorum Prohibitorum", com uma relação de livros proibidos pela igreja e o incentivo à catequese dos povos do Novo Mundo, com a criação de novas ordens religiosas dedicadas a essa empreitada. Outras medidas incluíram a reafirmação da autoridade papal, a manutenção do celibato, a criação do catecismo e seminários e a proibição das indulgências. A partir da Contra-Reforma surgiram novas ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola em 1534. Os jesuítas organizaram-se em moldes quase militares e fortaleceram a posição da Igreja dentro dos países europeus que permaneciam católicos. Criaram escolas, onde eram educados os filhos das famílias nobres; foram confessores e educadores de várias famílias reais; fundaram colégios e missões para difundir a doutrina católica nas Américas e na Ásia.
4. Santo Inácio de Loyola Quadro de autor desconhecido, Escola Portuguesa, Séc. XVII – XVIII, existente na Capela do Centro Universitário P. António Vieira, Lisboa No dia 15 de Agosto de 1534, Inácio de Loyola, estudante da Universidade de Paris, juntamente com seis companheiros vindos de Espanha, Portugal e França (Francisco Xavier, Nicolau de Bobadilla, Diogo Laínez, Afonso Salmerón, Simão Rodrigues e Pedro Fabro, o único que era sacerdote), fizeram voto de pobreza, de castidade e de dedicação à causa da Igreja Católica.
5. Inácio nasceu em 1491 em Loyola, Espanha, proveniente de uma família nobre, ferido numa perna, durante uma batalha em Pamplona, durante a cura monótona e dolorosa, dedicou-se a ler as Vidas de Cristo e dos Santos. No decorrer dessa leitura, verificou que, ao relembrar o seu passado baseado em projectos de cavaleiro, sentia uma felicidade passageira. Por outro lado, quando pensava em imitar os santos e suas realizações, sentia um contentamento pleno. Em 1522, restabelecido, Inácio resolveu mudar de vida. Como um cavaleiro medieval, numa capela dedicada a Nossa Senhora, fez a sua vigília de armas, depositando sobre o altar a sua espada como símbolo da consagração da sua vida nova. Em seguida, trocou as suas roupas de nobre com as de um mendigo e transformou-se em peregrino. Decidido a imitar Jesus Cristo, peregrinou até Jerusalém. Voltou à Europa, resolveu estudar para melhor exercer o seu apostolado. Fez o Mestrado em Filosofia e Teologia, na Sorbonne, em Paris (França). Durante os anos de estudo, outros companheiros juntaram-se a Inácio, entusiasmados com o seu projecto de vida. Mais tarde, fundaram a Companhia de Jesus, que foi aprovada pelo Papa Paulo III, em 1540. A experiência religiosa de Inácio foi anotada vindo mais tarde a tomar forma de ensinamento nos Exercícios Espirituais. Santo Inácio de Loyola
6. O processo de formação da Companhia de Jesus segue as directrizes canónicas das Ordens Religiosas, acrescido de algumas peculiaridades introduzidas no tempo de Santo Inácio e aprovadas pelo Papa. Quando já formados, os jesuítas pertencem a uma das duas classes distintas: a dos padres e a dos irmãos , com igual dever e os mesmos direitos no que se refere à vida religiosa e comunitária. Os Padres exercem o ministério sacerdotal e eles são preparados dentro das exigências da Igreja, com a Faculdade de Filosofia e Teologia. Os Irmãos exercem na Companhia de Jesus uma missão muito específica. Não se destinam ao Sacerdócio, mas através de sua formação religiosa, intelectual e profissional dão suporte e apoio à infra-estrutura e organização das comunidades, como leigos consagrados pelos mesmos votos e obrigações dos seus companheiros sacerdotes, numa mesma missão e vivência comunitária. Independente da classe a que pertence, cada jesuíta, ao terminar o Noviciado faz seus votos particulares de pobreza , castidade e obediência , definitivos e perpétuos, que após a Terceira Provação são emitidos de forma oficial, pública e solene. Formação da Companhia de Jesus
7. A Companhia de Jesus foi aprovada pelo Papa Paulo III em 27 de Setembro de 1540. Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em Março de 1549 juntamente com o primeiro governador-geral, Tomé de Souza. Eram comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, e edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, que tinha apenas 21 anos. O Irmão Vicente tornou-se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou-se ao ensino e a propagação da fé religiosa. O mais conhecido e talvez o mais actuante foi o padre José de Anchieta que se tornou mestre-escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Acção dos Jesuítas no Brasil
8. No Brasil os jesuítas dedicaram-se à pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul e em 1570 já era composta por cinco escolas de instrução elementar: Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga, e três colégios: Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava-se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava-se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Os que pretendiam seguir as profissões liberais vinham estudar para a Europa, na Universidade de Coimbra, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na Universidade de Montpellier, na França, a mais procurada na área da medicina. O Colégio dos Jesuítas foi à única instituição formal de ensino nos primeiros 250 anos da história do Brasil
9. Com o descobrimento do Brasil os índios ficaram à mercê dos interesses alienígenas: as cidades desejavam integrá-los ao processo colonizador; os jesuítas desejavam convertê-los ao cristianismo e aos valores europeus; os colonos estavam interessados em usá-los como escravos. Os jesuítas então pensaram em afastar os índios dos interesses dos colonizadores e criaram as missões no interior do território. Nestas Missões, os índios, além de passarem pelo processo de catequização, também eram orientados nos trabalhos agrícolas, que garantiam aos jesuítas uma das suas fontes de renda. As Missões acabaram por transformar os índios nómadas em sedentários, o que contribuiu decisivamente para facilitar a captura deles pelos colonos, que conseguiam, às vezes, capturar tribos inteiras nestas Missões. Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colónias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus.
10. Um dos objectivos da formação cristã presente em todas as instituições jesuítas é não apenas ajudar jovens e adultos a praticar individualmente a sua fé, mas torná-los cada vez mais conscientes das exigências da sua vocação cristã que é essencialmente apostólica e missionária. Todo o cristão, qualquer que seja o seu estado de vida ou profissão, é chamado a construir o Reino de Deus, a difundir os valores evangélicos mediante as suas palavras e, sobretudo, mediante o seu testemunho de vida, no tempo e no lugar em que vive. Os Jesuítas e os Leigos
11. A educação Jesuíta Os jesuítas são famosos desde os primeiros tempos de fundação da ordem pela proposta pedagógica – Ratio Studiorum – no contexto da metodologia das principais universidades europeias no séc. XVI e XVII: Coimbra, Salamanca, Madrid e Paris. A Ratio surgiu com a necessidade de unificar o procedimento pedagógico dos jesuítas diante da explosão do número de colégios confiados à Companhia, ainda no tempo de Santo Inácio, para a formação das elites nobres e expansão missionária. A supressão da Companhia no séc. XVIII veio travar o processo dinâmico da sua evolução. Com a restauração no séc. XIX, retornam os jesuítas ao campo educacional com a mesma metodologia que foi sucesso no passado. Voltam novamente os colégios, e reestruturam-se as universidades em todo o mundo. Na gestão do Padre Geral, Pedro Arrupe, diante das incertezas das directrizes frente aos desafios da evangelização da classe burguesa, essa proposta é refeita e actualizada, ganhando uma nova dimensão e alcance para o final do milénio e as novas descobertas pedagógicas.
12. Etapas da formação de um Jesuíta Noviciado – 2 anos (iniciação na vida religiosa e comunitária). Juniorado – 1 ou 2 anos (estudos e formação humanístico-cultural-religiosa). Curso de Filosofia – 3 anos (formação filosófica seminarística e oficial). Estágio (Magistério) – 1 ou mais anos (experiência ou estudos especiais). Teologia – 4 anos, com ordenação entre o 3. ° e o 4.° Ano (formação sacerdotal). Terceira Provação – um semestre – curso conclusivo de formação (depois da ordenação ou, no caso dos Irmãos, após 15 anos de Companhia).
13. Trabalho proposto pela docente Sandra Alves, no âmbito da disciplina de História e elaborado pelos alunos Daniel Almeida, Sandra Ferreira, Sónia Roxo e Henrique Oliveira