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HISTÓRIA DO CRISTIANISMO V DA PÁGINA 328 a 452 
Racionalismo, reavivamentismo e denominacionalismo, 1648 -1789. 
Capítulo 32. A conquista das Américas. 
Mesmo antes de Lutero ter alterado o mapa religioso da Europa, a 
descoberta das Américas por Colombo causou um impacto sobre o catolicismo1 
1 O catolicismo é um dos maiores representantes do cristianismo na contemporaneidade. 
O catolicismo é uma das mais expressivas vertentes do cristianismo e, ainda hoje, congrega a maior 
comunidade de cristãos existente no planeta. Segundo algumas estatística s recentes, cerca de um bilhão 
de pessoas professam ser adeptas ao catolicismo, que tem o Brasil e o México como os principais 
redutos de convertidos. De fato, as origens do catolicismo estão ligadas aos primeiros passos dados na 
história do cristianismo. 
Em sua organização, o catolicismo é marcado por uma rígida estrutura hierárquica que se sustenta nas 
seguintes instituições: as paróquias, as dioceses e as arquidioceses. Todas essas três instituições são 
submetidas à direção e ensinamentos provenientes do Vaticano, órgão central da Igreja Católica 
comandado por um pontífice máximo chamado de Papa. Abaixo de sua autoridade estão subordinados 
os cardeais, arcebispos, bispos, padres e todo o restante da comunidade cristã espalhada pelo mundo. 
Esse traço centralizado da administração eclesiástica católica acabou promovendo algumas rupturas 
que, de fato, indicam a origem da chamada Igreja Católica Apostólica Romana. Uma das primeiras e 
fundamentais quebras de hegemonia no interior da Igreja ocorreu no século XI, quando as disputas de 
poder entre o papa romano e o patriarca de Constantinopla deram origem à divisão entre o catolicismo 
romano e o catolicismo ortodoxo. 
As principais crenças do catolicismo estão embasadas na crença em um único Deus verdadeiro que 
integra a Santíssima Trindade, que vincula a figura divina ao seu filho Jesus e ao Espírito Santo. Além 
disso, o catolicismo defende a existência da vida após a morte e a existência dos céus, do inferno e do 
purgatório como diferentes estágios da existência póstuma. A ida para cada um desses destinos está 
ligada aos atos do fiel em vida e também determina o desígnio do cristão na chegada do dia do Juízo 
Final. 
A liturgia católica reafirma sua crença através dos sete sacramentos que simbolizam a comunhão 
espiritual do fiel junto a Deus. Entre esses sacramentos estão o batismo, a crisma, a eucaristia, a 
confissão, a ordem, o matrimônio e a extrema-unção. A missa é o principal culto dos seguidores do 
catolicismo. Neste evento, celebra-se a morte e a ressurreição de Cristo; e o milagre da 
transubstanciação no qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo. 
Segundo consta nos ensinamentos católicos, a origem de sua igreja está relacionada ao nascimento de 
Jesus Cristo, líder judeu que promoveu uma nova prática religiosa universalista destinada à salvação de 
toda a humanidade. Após a morte de Cristo, a principal missão de seus seguidores era pregar os 
ensinamentos por ele deixados com o objetivo de ampliar o conhecimento de suas promessas. Nessa 
época, os primeiros cristãos tiveram que enfrentar a oposição ferrenha das autoridades romanas que 
controlavam toda Palestina. 
Entretanto, a crise do Império Romano e a franca expansão dos praticantes dessa nova religião 
acabaram forçando o império a ceder a essa nova situação no interior de seus territórios. Por isso, ao 
longo do século IV, o catolicismo se tornou a religião oficial do Império Romano, favorecendo 
enormemente a expansão dessa religião ao logo de uma vasta região compreendendo a Europa, a África 
e partes do mundo oriental. Com isso, a Igreja adentra os últimos séculos da Antiguidade com 
expressivo poder. 
Durante a Idade Média, a continuidade do processo de conversão religiosa se estendeu às populações 
bárbaras que invadiram os domínios romanos e consolidaram novos reinos. Entre esses reinos, 
destacamos o Reino dos Francos, onde se instituiu uma íntima relação entre os membros do clero e as 
autoridades políticas da época. A partir de então, a Igreja se tornou uma instituição influente e 
detentora de um grande volume de terras e fiéis. 
A grande presença do catolicismo durante o período medieval começou a sofrer um expressivo abalo 
quando os movimentos heréticos da Baixa Idade Média e, séculos depois, o Movimento Protestante,
2 
ibérico2. O desafio missionário foi aceito pelas coroas da Espanha e de Portugal 
juntamente com a sede pelo ouro. 
I. Missões no século XVI. 
A. Expansão Católica e Protestante. 
O rei Fernando nomeou o conquistador Pedro Ária de Ávila (Pedrarias·) em 
julho de 1513 para ser o governador do Novo Mundo. Com a armada pronta para zarpar, 
os amigos dos índios conseguiram adiar a expedição por sete meses até que uma 
solução pudesse ser elaborada sobre a questão de como proceder a uma guerra justa. 
As missões no século XVI foram quase exclusivamente obra da Igreja Católica 
Romana. Os protestantes estavam demasiadamente ocupados com sua própria 
sobrevivência para pensarem muito em missões. No entanto, Lutero era contra as 
missões, porque achava que Mateus 28.19-20 tinha sido cumprido pelos apóstolos. Mas 
o luteranismo no século XVI cresceu mediante a adesão de reis, e não pelo esforço 
missionário. 
As Igrejas Reformadas também apelavam aos magistrados, mas boa parte do seu 
crescimento foi devida à obra de pastores treinados em escolas como a de Calvino em 
Genebra. O movimento anabatista foi propagado principalmente por leigos e pastores 
itinerantes. De qualquer maneira o alcance protestante era limitado exclusivamente à 
Europa. 
Pode ser que as missões protestantes, nesse período, não tinham praticamente 
nenhum contato com os nãos-cristãos para despertar um zelo evangelístico. O 
questionaram o monopólio religioso e intelectual de seus clérigos. Nessa mesma época, a Igreja 
reafirmou suas concepções de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva 
participação na conversão das populações nativas encontradas no continente americano . 
Entre os séculos XVIII e XIX, o poder de intervenção da Igreja em questões políticas sofreu uma grande 
perda com a eclosão do ideário iluminista e o advento das revoluções liberais. A necessidade de 
instalação de um Estado laico favoreceu uma restrição das atividades da Igreja ao campo 
essencialmente religioso. Paralelamente, o surgimento do movimento comunista também estabeleceu 
outra frente de refutação ao catolicismo quando criticou qualquer tipo de prática religiosa. 
No século XX, a Igreja sofreu uma profunda renovação de suas práticas quando promoveu o Concílio de 
Vaticano II, acontecido durante a década de 1960. Nesse evento – que mobilizou as principais lideranças 
da Igreja – uma nova postura da instituição foi orientada em direção às questões socia is e injustiças que 
afligiam os menos favorecidos. Essa tônica social acabou dando origem à chamada Teologia da 
Libertação, que aproximou os clérigos das causas populares, principalmente na América Latina. 
Ultimamente, a ascensão de autoridades mais conservadoras na alta cúpula da Igreja enfraqueceu 
significativamente esse tipo de aproximação. Em contrapartida, existe um forte movimento que ainda 
insiste na mudança de alguns preceitos, como o celibato entre os clérigos e o uso de métodos 
contraceptivos. Com isso, vemos que a trajetória dessa instituição foi marcada por várias experiências 
que a transformaram ao longo do tempo. 
2 Relativo à península (porção de terra de certa extensão, cercada de água por todos os lados, salvo por 
um, através do qual se une a uma área maior de terreno) Ibérica (Espanha e Portugal); ibero.
3 
catolicismo, através dos seus missionários, alcançou o mundo todo, e especialmente, 
mas não exclusivamente, as Américas. Mesmo como o catolicismo romano tenha se 
alastrado mais do que o protestantismo antes de 1800, a vitalidade espiritual estava 
faltando. 
A falta de vitalidade é observada por dois fatores: 1ª os movimentos de 
avivamentos religiosos são destacados pela sua ausência; 2ª as comunidades cristãs 
latino-americanas não produziram nenhum missionário. Neste momento, a expansão do 
cristianismo era distinta daquela da Europa. Com relação às tribos muitos abandonaram 
o protestantismo logo os missionários europeus foram retirados. 
B. Espanha e Portugal: países católicos. 
Enrique Dussel observou o seguinte: “A Igreja hispânica ou latino-americana é o 
produto de um processo vasto e longo que espelhava aquilo que acontecia no continente 
europeu em várias etapas”. O pluralismo religioso não era aceito pela mentalidade 
ibérica. Na Idade Média a inquisição para perseguir os judeus na Espanha durou muito 
tempo. Mesmo através da força os mouros3 foram obrigados a se converterem através 
do decreto de Carlos V. 
A campanha de Carlos V atravessou o século XVI e chegou ao seu ápice com o 
banimento de meio milhão de mouros em 1609. A Inquisição sufocou, na Espanha, os 
avanços da Reforma. Outro ponto importante é que a Igreja Católica se tornou parceira 
do governo na expulsão dos protestantes. Espanha e Portugal eram intolerantes à 
liberdade religiosa. As suas colônias também agiam da mesma forma. 
No século XVI, segundo Montenegro, a religião em Portugal não era um fator 
cultural ativo. Ela era imbuída de crendices e superstições e isto não fazia parte do 
catolicismo ortodoxo4. No fim do século XVI a Igreja em Portugal e na Espanha era 
3 Mouros. Mouros são considerados os povos instalados na região da Península Ibérica durante a Idade 
Média. Os mais conhecidos eram os árabes e os berberes, mas existiam outros. Este termo fo i 
empregado de forma especial no que se refere aos que se encontrava em áreas cristãs por motivo de 
cativeiro de guerra ou rendição de territórios. No início, os mouros eram aniquilados pelos povos que os 
conquistavam. Porém, após o século IX, eles passaram a serem poupados, alguns deles para serem 
utilizados no trabalho escravo, com maior concentração em Portugal. 
4 A Igreja Ortodoxa (do grego όρθος, reto, e δόξα, doutrina), também conhecida como Igreja Católica 
Ortodoxa Grega ou Igreja Cristã Ortodoxa, é uma das principais Igrejas cristãs da atualidade com 
aproximadamente dois mil anos. A Igreja Ortodoxa vê a si mesma como a verdadeira igreja instituída 
por Jesus Cristo, e a seus líderes, sucessores dos apóstolos. Em que pesem diferenças teológicas, 
organizativas e de espiritualidade não desprezáveis, no todo sua doutrina é semelhante à da Igreja 
Católica; preserva os sete sacramentos, o respeito a ícones e o uso de vestes litúrgicas nos seus cultos 
(denominados de divina liturgia). Seus fiéis são chamados de cristãos ortodoxos. 
A Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Apostólica Romana separaram-se no século XI. Por essa razão os 
ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa, não aceitam os dogmas proclamados pela Igreja
4 
profundamente dominada pelo Estado. Esses estados ibéricos, no século seguinte, 
assimilaram e executaram plenamente a doutrina política do Concílio de Trento5. 
Nas Américas os espanhóis encontraram duas civilizações altamente 
desenvolvidas. Os portugueses acharam estruturas tribais simples. Nesta época os 
relacionamentos entre os índios e os caucásios6 permaneceram no nível de trocas de 
mercadorias, não havia nenhum desiquilíbrio tribal. O índio se tornou obstáculo aos 
portugueses quando estes queriam avançar além da troca para a agricultura. O anseio de 
subjugar o índio ficou sendo “o elemento central da ideologia dominante no mundo 
colonial lusitano”. 
II. A América na época da conquista 
Os astecas7 e os incas8 eram as civilizações que já estavam em florescimento 
quando os espanhóis e os portugueses “descobriram” a América. A civilização maia9, 
Católica Romana em séculos recentes, tais como o da Imaculada Conceição e o da infalibilidade papal, e 
não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs. 
5 Concílio de Trento é o nome de uma reunião de cunho religioso (tecnicamente denominado concílio 
ecumênico) convocada pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na área do Tirol italiano. Com o 
surgimento e consequente expansão do protestantismo profundas modificações atingiram a Igreja 
Católica. Uma reação a tal expansão, vulgarmente denominada “Contrarreforma” foi guiada pelos papas 
Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando combater a expansão da Reforma 
Protestante. Além da reorganização de várias comunidades religiosas já existentes, outras foram 
criadas, dentre as quais a Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, tendo como fundador Santo 
Inácio de Loyola. 
6 Diz-se de qualquer das línguas não indo-europeias faladas no Cáucaso (Sul da Rússia, Geórgia e 
Azerbaijão). 
7 Astecas. Dentre os três principais povos da América pré-colombiana, os Astecas foram os mais 
poderosos e desenvolvidos. Eram índios que migraram para o Vale do México, para a ilha do Lago 
Texcoco. São originários de uma região dos Estados Unidos, onde viviam como nômades. 
Foram os últimos a chegar ao planal to mexicano, fixaram-se no local, mesclaram-se com os toltecas e 
constituíram, assim, o “Império Asteca”. O centro do império era a cidade de Tenochtetlán, hoje a 
cidade do México. Cada cidade-estado possuía seu próprio rei, mas na época da ocupação espanhola, os 
indígenas obedeciam apenas a Montezuma, imperador asteca, provando o quanto eram organizados. 
8 Incas. Fixados na região dos Andes, os incas constituem uma grande civilização que dominou uma 
ampla faixa de terras pelo território sul -americano. De acordo com um relato de natureza mítica, o povo 
inca se fixou inicialmente na região de Cuzco e teve como primeiro grande líder Manco Capac. Por causa 
das condições geográficas mais favoráveis, a presença inca se concentrou primeiramente na região 
central dos Andes. 
Por volta do século XV os incas estabeleceram um processo de expansão territorial que buscou os 
planaltos encravados entre as montanhas andinas e as planícies do litoral Pacífico. Sob a tutela do 
imperador Pachacuti Yupanqui, outras populações foram militarmente subordinadas ao poderio inca. 
Com isso, a civilização passou a tomar a feição de um grande império. 
“O Inca” era a mais importante autoridade política entre o povo inca. Venerado como o descendente do 
deus-sol Inti Raymi, o imperador era o principal guardião de todos os bens pertencentes ao Estado, 
incluindo a propriedade das terras. Os terrenos cultiváveis eram divididos em três parcelas distintas: a 
terra do Inca, destinada ao rei e seus familiares; a terra do deus -sol, controlada pelos sacerdotes; e a 
terra da população. 
Em um âmbito geral, a elite da sociedade inca estava composta pela família real e os ocupantes dos 
altos cargos político-administrativos (sacerdotes, chefes militares, juízes, governadores provinciais e
5 
anterior, já tinha sido absorvida pelos astecas. O reino inca se estendia do Chile à 
Colômbia. Havia também índios americanos quase totalmente nômades e que usavam a 
caça como meio de subsistência. 
A. A origem e o desenvolvimento dos Impérios pré-espanhóis 
1. A civilização maia começou em cerca de 600 a.C. O império maia tinha uma 
unidade cultural e era edificado em função de cidades-estados10 que eram ligadas entre 
si. 
2. Os índios astecas vieram do norte e povoaram o Vale do México no século 
XIII. No século XIV fundaram Tenochtitlan, em cujo sítio está localizado a Cidade do 
México. No começo do século XV, Tenochtitlan tinha se tornado uma poderosa “cidade 
estado”. Em 1502, quando Montezuma11 II subiu ao trono, o Império estava no auge. A 
capital tinha uma população de aproximadamente 100.000 habitantes. 
sábios). Logo abaixo, em posição mediana, temos os comerciantes e artesãos que garantiam a circulação 
de mercadorias que atestaram a presença de uma rica cultura material. 
9 Maias. Assim como os olmecas, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas aos 
diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os 
indícios da origem da civilização maia repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã, que 
datam entre 700 e 500 a.C. Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, 
estabelecida em 1500 a.C.. 
Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma 
estrutura de poder político centralizado. Em um vasto território que ia da Guatemala até a porçã o sul do 
México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades 
integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e 
Labná. 
O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas 
empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta 
alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o 
agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação 
de culturas. 
O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes 
sociais. No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os 
comerciantes. Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados. Na base 
da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais. 
Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura. De 
acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em 
unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam do número “zero” na execução de operações 
matemáticas. Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos 
calendários modernos. 
10 O que é Cidade-Estado: Cidade-Estado é uma cidade, um local independente, que possui seu próprio 
governo. A cidade-estado é uma cidade dentro de um país, onde ela sobrevive independente do local 
onde está inserida, com suas próprias leis. 
As cidades-estados existem desde a Antiguidade, como na Grécia Antiga, onde as mais famosas eram 
Atenas, Esparta e Tróia. Essas cidades ficavam dentro da Grécia, mas funcionavam de forma 
independente, tinham seu próprio regime político, suas leis e foi um exemplo para outras cidades na 
Europa, como na Alemanha, Itália, e até mesmo na Ásia e África. 
11 Nome Completo 
Motecuhzoma Xocoyotzin (Montezuma II)
6 
A civilização maia tinha uma unidade cultural, a asteca era heterogênea e incluía 
muitas tribos que tinham sido sujeitadas por ela. O Império recebia pesados impostos na 
forma de mercadorias das cidades conquistadas. Por causa do ressentimento do povo 
Cortês conseguiu conquistar a cidade. A religião e a cultura dos astecas também 
facilitou a tarefa dos conquistadores. 
3. O Império Inca, com sua capital em Cuzco, chegou ao auge da sua extensão e 
civilização dos reinados de Pachacuti e seu filho Topa Inca, que duraram de 1438 até 
1493. 
B. A religião pré-espanhola 
O pluralismo religioso era inconcebível até cento e tantos anos. Deste período 
para cá a religião tem sido formalmente separada da mentalidade essencial. No período 
antes do pluralismo religioso os deuses eram sangrentos e os crentes tremem ao pensar 
nas forças aterrorizantes que essas divindades personificam. 
Até nos tempos modernos, esse núcleo ético-mítico era inseparável da religião. 
Quer em termos de experiência espiritual quer em termos de inclinação pessoal as 
religiões pré-espanholas tinham pouco ou nenhum lugar para o indivíduo. Na época da 
conquista houve uma tremenda colisão entre o individualismo e essa solidariedade 
Índia. 
1. A religião maia integrava a totalidade do povo, e marcava cada passo da 
puberdade a sepultura. Havia quatro deuses das chuvas, e o culto incluía o sacrifício 
humano a esses deuses. Sua religião se desenvolveu a partir de um dualismo básico 
entre os deuses bons e os deuses maus. O sumo sacerdote tinha autoridade igual à do 
chefe da tribo. 
2. A religião dominava os astecas mais do que os maias. Cada dia, noite, 
semana, mês e ano tinha seu próprio deus (ou deusa). Negligenciar os deuses provocaria 
o fim do mundo. Para os astecas, a religião tinha pouco a ver com os exercícios 
Quem foi 
Montezuma foi um importante governante asteca do começo do século XVI. Seu governo foi do ano de 
1502 até 1520. Foi durante seu reinado com os astecas entraram em contato com os conquistadores 
espanhóis. Foi capturado pelo conquistador espanhol Hernan Cortez. A hipótese ma is aceita entre os 
historiadores atuais é a de que ele teria sido assassinado pelos seus súditos, por ter colaborado e feito 
acordos com os conquistadores espanhóis. 
Nascimento 
Montezuma nasceu em 1466. 
Morte 
Montezuma morreu na cidade asteca de Tenochtitl an (atual México) em 29 de junho de 1520.
7 
espirituais ou com a perfeição individual. Milhares de pessoas eram sacrificadas todos 
os anos, sendo a maioria delas prisioneiras, para aplacar os deuses. 
3. Como acontecia com os astecas, a religião inca centralizava-se em torno do 
Deus Sol, a quem chamavam de Inti. Embora Inti não fosse o deus supremo ele era o sol 
invictus, o deus dos vitoriosos. O deus peruano mais antigo era Viracocha (= 
Pachacamac) que criou o céu e a terra do nada. Viracocha foi quase totalmente 
eclipsado por Inti. 
A adoração a Inti e a Viracocha era caracterizada pela dignidade e pelo profundo 
respeito. Em sacrifícios eram também oferecidas crianças. 
4. A civilização maia desenvolvera-se paulatinamente no decurso de séculos, e já 
ultrapassara seu auge antes da Conquista. Antes da chegada dos espanhóis os impérios 
astecas e incas tinham chegado à sua expansão máxima. O desaparecimento dos 
impérios índios levou ao renascimento da idolatria local. A Igreja espanhola não tinha 
consciência exata daquilo que estava acontecendo. 
5. Além desses três impérios com suas teogonias12 em desenvolvimento, havia 
milhões de índios pelas Américas cuja religião era animista13. Os tupinambás 
acreditavam que eram cercados por seres sobrenaturais de duas categorias: uns 
comparados a demônios e outros a espíritos propriamente ditos. Os europeus tiveram a 
conquista facilitada pelo mito do “herói-civilizador” que forneceu o fio comum que 
ligava as tribos ameríndias. 
Hernando Cortês utilizando do mito do “herói-civilizador” juntamente com seus 
177 homens conseguiram marchar sem serem molestados até a capital asteca em 
Tenochtitlan. 
12 Teogonias. Os mitos narram à origem das coisas (origem do fogo, do vento, da água, das plantas, dos 
animais do homem, etc.), por meio de eventos sobrenaturais. Podem retratar combates, uniões e 
matrimônios entre seres fabulosos, que tem o domínio das forças da natureza e governam o mundo e o 
destino de tudo que a nele. Os mitos sobre a origem do mundo são denominados como Cosmogonia e 
Teogonia. 
O termo gonia vem do grego e quer dizer nascimento, geração ou descendência. Cosmos quer 
dizer ordem, organização, beleza ou harmonia. Sendo assim a Cosmogonia é uma narrativa que relata o 
nascimento e a evolução do mundo a partir de forças geradoras. Teogonia também vem do grego, em 
que Theos significa deus ou deuses. Sendo assim a Teogonia é a narração da origem dos deuses a partir 
das forças geradoras. 
13 Animismo. Filosofia. Ideologia ou crença de acordo com a qual todas as formas identificáveis da 
natureza (animais, pessoas, plantas, fenômenos naturais etc) pos suem alma. (Etm. anim(i) + ismo). 
Os Animistas acreditam que existem espíritos que vivem por toda parte, dão vida e protegem todas as 
coisas. Assim, segundo a mentalidade animista há espíritos nas rochas, nas árvores, nas sementes, na 
água, e nas pessoas estejam estas últimas vivas ou mortas. Eles acreditam que esses espíritos podem 
atrair tanto coisas ruins, como boas, assim os espíritos combatem as doenças e as secas, mas também 
castigam com enfermidades e tragédias.
8 
Na ocasião da conquista, os impérios asteca e inca tinham sido formados havia 
muito pouco tempo. Eles não tiveram tempo de se integrarem as muitas religiões que 
conquistaram. A dissolução desses impérios levou inevitavelmente ao renascimento do 
animismo e do fetichismo14 locais. Nem mesmo o catolicismo conseguiu frear essa 
reversão. Mas até os dias de hoje essas áreas permanecem católicas embora possa ser 
chamado de “catolicismo folclórico”. 
III. Os sacerdotes e os conquistadores. 
A. A época e seus homens. 
Aqueles que chegaram primeiramente ao Novo Mundo eram representantes 
legítimos do espírito da Renascença, com toda a “concupiscência da carne, a 
concupiscência dos olhos e a soberba da vida”. Estavam longe de representar a Espanha 
mística de Santa Teresa. O grande reformador religioso espanhol, o arcebispo Ximenez 
de Cisneros, possuía seus próprios palácios e exércitos. 
Por causa da fraqueza do papado naquele tempo Ximenez teve que se entender 
com o arcebispo. Todos que em primeiro lugar tiveram às terras de Santa Cruz eram 
vassalos de El-Rei de Portugal. Eles tinham os olhos bem abertos para as cobiças 
materiais. Antes eles foram colonizadores e mais tarde bandeirantes. Mais tarde, os reis 
da Espanha, Carlos e Felipe, desenvolveriam um programa político de expansão 
evangelística e econômica. 
Para unir a Europa e o mundo sob o signo da Cruz dentro da Igreja Católica 
Romana. Os reis da Espanha usaram os meios da conquista. Para isso eles trouxeram 
das Américas os metais preciosos extraídos das minas. Na balança da conquista isto 
pesou muito. Houve a decadência espanhola que foi ocasionada pelo triunfo francês 
sobre os Hapsburgos no fim do século XVII. 
B. O imperialismo e as missões. 
Espanha e Portugal foram impulsionados por dois tipos de ação militante 
naquele período momentoso da sua história: um era militar; o outro, religioso. Os dois 
14 Fetichismo. 
S.m. 1 [OCULTISMO] culto de objetos que se supõe representarem entidades espirituais e possuírem 
poderes de magia; 
2 [por extensão] admiração exagerada, irrestrita, incondicional por uma pessoa ou coisa; veneração; 
2.1 [PSICOPATOLOGIA] desvio do interesse sexual para algumas par tes do corpo do parceiro, para 
alguma função fisiológica ou para peças de vestuário, adorno etc.; 
2.2 ato de tomar partido a favor de ou contra uma pessoa, uma fação etc., sem que importe a justiça ou 
a verdade; parcialidade; 
GRAM voc. considerado galicismo pelos puristas, que sugeriram em seu lugar: feiticismo; 
ETIM fr. fétichisme 'id. '; 
Quanto à formação, fetichismo é uma palavra derivada por sufixação.
9 
eram sobreviventes à Fé. Na “Bula de Alexandre” às terras descobertas por Colombo 
continha os direitos e as responsabilidades. Em 1501 os dízimos que eram cedidos à 
coroa para fins eclesiásticos. 
O controle da Igreja foi levado a sério por Isabel, Carlos V e Felipe II se 
submeteram tanto que embora nenhum sacerdote nem frade tivessem navegado 
juntamente com Colombo, a necessidade da sua presença de missionários fazia-se 
necessária imediatamente após a descoberta das Américas. O governo pagava as 
despesas dos sacerdotes, inclusive a edificação de mosteiros. 
Os direitos eclesiásticos faziam parte da coroa espanhola e era uma dádiva do 
papa. A coroa também reconhecia que o papa tinha o direito de exercer seus poderes 
sobre o Novo Mundo como Vigário de Cristo. O monarca e o rei protegeram os índios 
dos colonizadores e evitar que os mesmos fossem escravizados. Tudo o que acontecia 
tinha que ser passado ao conhecimento eclesiástico. 
No patronato espanhol nasceram às estruturas executivas até a criação do 
Concílio Supremo das Índias este patronato possuía plena autoridade em todos os 
aspectos da colônia. As coroas ibéricas por causa do compressor econômico operavam 
contra os índios. Elas dependiam dos metais preciosos para sustentar suas guerras na 
Europa. Então, os índios eram sacrificados dos seus bens para satisfazerem as 
necessidades dos colonizadores. 
C. O problema da justiça 
1. O Clamor pela justiça. Embora Bartolomeu de Las Casas seja considerado o 
pai da Teologia da Libertação, o primeiro clamor pela justiça do Novo Mundo foi 
levantado em 1511 pelo frade dominicano Antônio de Montesinos da ilha de 
Hispaniola. Montesinos foi um cavaleiro aventureiro com escravos índios. Montesinos 
fez um discurso no qual defendia os índios até mesmo na religião. 
O sermão de Montesinos fez com que houvesse uma disputa de quase cem anos 
e que envolveu todas as colônias espanholas, inclusive as Filipinas. O frade de Las 
Casas disse que o objetivo de Cristo e o Papa juntos buscam e devem ser buscado nas 
Índias e, que os reis cristãos de Castela deviam para atingirem. Os nativos das Índias 
deveriam ser evangelizados. 
2. As Experiências de Justiça. O empreendimento colonial espanhol era julgado e 
justificado pelo motivo missionário. Las Casas sempre usou de persuasões para uma 
exigência de fé. Ele relacionou a salvação e a justiça. Ele lutou energicamente contra a
10 
encomienda15. Las Casas apresentou oito soluções para a situação nas Índias. A última 
tratava da encomienda. 
A coroa espanhola permitiu quatro tipos de experiências que visavam descobrir a 
melhor de tratar e administrar os índios. Como o problema dos índios era a sua 
capacidade de viver, então esta era determinada pelos padrões espanhóis. Os índios, 
desta forma, eram obrigados a terem uma vida idêntica ao dos espanhóis com todas as 
características destes inclusive a religiosa. Esta tentativa foi grandiosa. 
As quatro tentativas fracassaram não por causa dos missionários e sim pelos 
colonizadores espanhóis, pois estes não queriam vê-las ter êxito. A conquista ibérica 
dizimou a população indígena no México. No Brasil mais de 7.000.000 de tupinambás 
ao longo da orla marítima brasileira desapareceram no começo do século XVI tão 
bruscamente que foi necessário a vinda de escravos africanos. 
IV. A conquista religiosa do Novo Mundo 
A. Introdução 
Os conquistadores não planejaram o extermínio da população Índia. Os 
sacerdotes não tiveram êxito em salvar os índios das mãos dos soldados. Os sacerdotes 
também são acusados de contribuírem pela destruição dos índios. Para os sacerdotes 
espanhóis a cultura espanhola e o cristianismo eram a mesma coisa. A evangelização 
das Américas foi semelhante à evangelização da Europa. Primeiramente eles 
procuravam atingir os líderes políticos. Com estes aceitos o povo também os seguia. 
O cristianismo católico na América latina retém boa parte das antigas crenças 
indígenas ou africanas por detrás de um exterior católico. Na América a cristianização 
era diferente da Europa em um ponto, nesta na medida em que o cristianismo avançava 
os sacerdotes eram recrutados dos povos que estavam sendo evangelizados. Na América 
15 Encomienda. Inicialmente, na América Espanhola, a base econômica era a exploração do trabalho 
indígena, sob duas formas diversas: a mita e a encomienda. Para se compreender este processo é 
preciso estar atento à visão do colono sobre os nativos. Para ele os índios eram tão somente uma raça 
vencida, primitiva, e cabia a ele civilizá-los, mesmo que fosse através de métodos compulsórios. Além do 
mais, já nasciam condenados à escravidão, pois eles descendiam de Cam, filho de Noé, que teve o 
mesmo destino. 
Era natural, portanto, que eles fossem entregues como escravos aos espanhóis. Sem falar no próprio 
mecanismo do mercantilismo, que exigia como requisitos principais o colonialismo e a política 
escravocrata, embora a Metrópole proibisse a escravização dos índios, só permitindo posteriormente a 
dos negros africanos. Assim, dentro deste contexto, a encomienda consistia em um tipo de trabalho 
indígena obrigatório, particularmente encontrado nas zonas rurais. Como a Igreja não concordava com 
esta forma de escravidão, os proprietários destes trabalhadores trocavam o trabalho dos nativos pela 
catequese dos mesmos, além de pagarem um tributo à Coroa por este direito.
11 
latina eram quase 100% importados até parte do século XIX. Latourete afirmou que a 
expansão da Igreja foi relativamente estéril. 
B. A conquista e a implantação 
A descoberta das Índias Ocidentais e as Américas pela conquista espanhola foi 
praticamente completadas em 1550. A coroa espanhola conseguiu reinar sobre uma 
população de mais de sete milhões de índios e cerca de 40.000 escravos negros. Isto foi 
alcançado pela conquista dos impérios asteca e inca. Também centenas de missionários 
que vieram da América Hispânica. Estes conquistaram a maioria dos índios para a fé 
cristã. 
Esta conquista foi facilitada pelo fato das tribos que já tinha sido sujeitada pelos 
astecas e incas e obrigados a abandonarem a sua religião para seguir seus dominadores. 
Outro fator também é que nem os impérios conquistados e nem os europeus 
conquistadores podiam conceber a pluralidade religiosa. Estes achavam que o Estado, a 
cultura e a religião faziam parte de uma mesma coisa. 
O impacto da atividade missionária na Nova Espanha foi intenso de 1524 até 
1574. No Brasil, nem a colonização nem a obra missionária começaram até meados do 
século XVI. No Brasil a população era menor e havia uma estrutura imperial sedentária. 
No Brasil a evangelização começou com seriedade em 1549. Anchieta no Brasil batizou 
milhares de índios. Os jesuítas16 para protegeram os índios dos europeus os reuniram 
em aldeias. 
A expansão da Nova Espanha dependeu do avanço missionário. À medida que 
os frades franciscanos e outros avançavam para os novos territórios e estes eram 
amassados e reunidos em mosteiros, e isto, facilitava a administração civil espanhola na 
sua expansão. Enrique Dussel afirmou que as nações que permaneceram essencialmente 
pagãs foram indiretamente tocadas pela civilização hispânica. E as nações que não 
tiveram nenhum contato com o Cristianismo permaneceram totalmente pagãs até o fim 
do século XVIII. 
16 Introdução. Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta 
ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo ap ós a 
Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. 
Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contrarreforma Católica. Os primeiros jesuítas 
chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza. 
Objetivos dos jesuítas: 
- Levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas, no século XVI, principalmente à América; 
- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes 
europeus e a rel igião católica; 
- Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões; 
- Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.
12 
Entre os colonizadores e os índios havia os sacerdotes que exerciam o papel de 
mediadores. Os colonizadores às vezes tinham os espíritos pacificados e outras estes 
eram refreadas a cobiça e a violência pelos sacerdotes. Às vezes as conversões eram 
feitas pela força militar. Os aborígenes17 pouca vezes foram confrontados para 
escolherem entre a espada e a cruz. Houve casos em que os índios foram obrigados 
através das armas a aceitarem os missionários ou aceitarem o batismo. Somente nos 
últimos séculos da Idade Média europeia. 
No México o frei Juan de Zumarraga, o primeiro bispo deste país, foi nomeado 
para a posição de mediador em 1530. Em 1546, o México foi elevado à posição de 
arquidiocese. Foi estabelecida uma diocese18 no Panamá, e outra em Cuzco. Lima se 
tornou arquidiocese19 em 1564. “O primeiro Concílio20 de Lima deu aos missionários 
instruções exatas acerca de como cumprir sua tarefa”. Juntamente com o 
desenvolvimento da hierarquia vieram à educação e a Inquisição. 
17 Os Aborígenes australianos formam uma população, assim como os grupos indígenas, que foi vítima 
de massacres pelos colonizadores e discriminados por parte da população dita civilizada. 
Os colonizadores ingleses foram os primeiros responsáveis pelos massacres das comunidades 
Aborígenes. Soldados ingleses aproximavam das aldeias e ofereciam agrados para a população local. 
Entretanto, outros soldados envenenavam com arsênio a água e os alimentos dessa população. Vários 
Aborígenes morreram em consequência do envenenamento causado por esse elemento químico. 
18 Território em que um bispo exerce jurisdição espiritual. 
19 Arquidiocese. n substantivo feminino. Rubrica: termo eclesiástico. Diocese que exerce jurisdição sobre 
outras e que se encontra sob o controle oficial de um arcebispo 
20 Significado de Concílio. s.m. Assemblei a de dignitários religiosos. Nesta assembleia discutem-se 
questões práticas e problemas doutrinários. Para a Igreja Católica os concílios podem ser ecumênicos, 
nacionais e provinciais. 
Sinônimos de Concílio: assembleia e junta

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A expansão católica e protestante nas Américas no século XVI

  • 1. 1 HISTÓRIA DO CRISTIANISMO V DA PÁGINA 328 a 452 Racionalismo, reavivamentismo e denominacionalismo, 1648 -1789. Capítulo 32. A conquista das Américas. Mesmo antes de Lutero ter alterado o mapa religioso da Europa, a descoberta das Américas por Colombo causou um impacto sobre o catolicismo1 1 O catolicismo é um dos maiores representantes do cristianismo na contemporaneidade. O catolicismo é uma das mais expressivas vertentes do cristianismo e, ainda hoje, congrega a maior comunidade de cristãos existente no planeta. Segundo algumas estatística s recentes, cerca de um bilhão de pessoas professam ser adeptas ao catolicismo, que tem o Brasil e o México como os principais redutos de convertidos. De fato, as origens do catolicismo estão ligadas aos primeiros passos dados na história do cristianismo. Em sua organização, o catolicismo é marcado por uma rígida estrutura hierárquica que se sustenta nas seguintes instituições: as paróquias, as dioceses e as arquidioceses. Todas essas três instituições são submetidas à direção e ensinamentos provenientes do Vaticano, órgão central da Igreja Católica comandado por um pontífice máximo chamado de Papa. Abaixo de sua autoridade estão subordinados os cardeais, arcebispos, bispos, padres e todo o restante da comunidade cristã espalhada pelo mundo. Esse traço centralizado da administração eclesiástica católica acabou promovendo algumas rupturas que, de fato, indicam a origem da chamada Igreja Católica Apostólica Romana. Uma das primeiras e fundamentais quebras de hegemonia no interior da Igreja ocorreu no século XI, quando as disputas de poder entre o papa romano e o patriarca de Constantinopla deram origem à divisão entre o catolicismo romano e o catolicismo ortodoxo. As principais crenças do catolicismo estão embasadas na crença em um único Deus verdadeiro que integra a Santíssima Trindade, que vincula a figura divina ao seu filho Jesus e ao Espírito Santo. Além disso, o catolicismo defende a existência da vida após a morte e a existência dos céus, do inferno e do purgatório como diferentes estágios da existência póstuma. A ida para cada um desses destinos está ligada aos atos do fiel em vida e também determina o desígnio do cristão na chegada do dia do Juízo Final. A liturgia católica reafirma sua crença através dos sete sacramentos que simbolizam a comunhão espiritual do fiel junto a Deus. Entre esses sacramentos estão o batismo, a crisma, a eucaristia, a confissão, a ordem, o matrimônio e a extrema-unção. A missa é o principal culto dos seguidores do catolicismo. Neste evento, celebra-se a morte e a ressurreição de Cristo; e o milagre da transubstanciação no qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo. Segundo consta nos ensinamentos católicos, a origem de sua igreja está relacionada ao nascimento de Jesus Cristo, líder judeu que promoveu uma nova prática religiosa universalista destinada à salvação de toda a humanidade. Após a morte de Cristo, a principal missão de seus seguidores era pregar os ensinamentos por ele deixados com o objetivo de ampliar o conhecimento de suas promessas. Nessa época, os primeiros cristãos tiveram que enfrentar a oposição ferrenha das autoridades romanas que controlavam toda Palestina. Entretanto, a crise do Império Romano e a franca expansão dos praticantes dessa nova religião acabaram forçando o império a ceder a essa nova situação no interior de seus territórios. Por isso, ao longo do século IV, o catolicismo se tornou a religião oficial do Império Romano, favorecendo enormemente a expansão dessa religião ao logo de uma vasta região compreendendo a Europa, a África e partes do mundo oriental. Com isso, a Igreja adentra os últimos séculos da Antiguidade com expressivo poder. Durante a Idade Média, a continuidade do processo de conversão religiosa se estendeu às populações bárbaras que invadiram os domínios romanos e consolidaram novos reinos. Entre esses reinos, destacamos o Reino dos Francos, onde se instituiu uma íntima relação entre os membros do clero e as autoridades políticas da época. A partir de então, a Igreja se tornou uma instituição influente e detentora de um grande volume de terras e fiéis. A grande presença do catolicismo durante o período medieval começou a sofrer um expressivo abalo quando os movimentos heréticos da Baixa Idade Média e, séculos depois, o Movimento Protestante,
  • 2. 2 ibérico2. O desafio missionário foi aceito pelas coroas da Espanha e de Portugal juntamente com a sede pelo ouro. I. Missões no século XVI. A. Expansão Católica e Protestante. O rei Fernando nomeou o conquistador Pedro Ária de Ávila (Pedrarias·) em julho de 1513 para ser o governador do Novo Mundo. Com a armada pronta para zarpar, os amigos dos índios conseguiram adiar a expedição por sete meses até que uma solução pudesse ser elaborada sobre a questão de como proceder a uma guerra justa. As missões no século XVI foram quase exclusivamente obra da Igreja Católica Romana. Os protestantes estavam demasiadamente ocupados com sua própria sobrevivência para pensarem muito em missões. No entanto, Lutero era contra as missões, porque achava que Mateus 28.19-20 tinha sido cumprido pelos apóstolos. Mas o luteranismo no século XVI cresceu mediante a adesão de reis, e não pelo esforço missionário. As Igrejas Reformadas também apelavam aos magistrados, mas boa parte do seu crescimento foi devida à obra de pastores treinados em escolas como a de Calvino em Genebra. O movimento anabatista foi propagado principalmente por leigos e pastores itinerantes. De qualquer maneira o alcance protestante era limitado exclusivamente à Europa. Pode ser que as missões protestantes, nesse período, não tinham praticamente nenhum contato com os nãos-cristãos para despertar um zelo evangelístico. O questionaram o monopólio religioso e intelectual de seus clérigos. Nessa mesma época, a Igreja reafirmou suas concepções de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva participação na conversão das populações nativas encontradas no continente americano . Entre os séculos XVIII e XIX, o poder de intervenção da Igreja em questões políticas sofreu uma grande perda com a eclosão do ideário iluminista e o advento das revoluções liberais. A necessidade de instalação de um Estado laico favoreceu uma restrição das atividades da Igreja ao campo essencialmente religioso. Paralelamente, o surgimento do movimento comunista também estabeleceu outra frente de refutação ao catolicismo quando criticou qualquer tipo de prática religiosa. No século XX, a Igreja sofreu uma profunda renovação de suas práticas quando promoveu o Concílio de Vaticano II, acontecido durante a década de 1960. Nesse evento – que mobilizou as principais lideranças da Igreja – uma nova postura da instituição foi orientada em direção às questões socia is e injustiças que afligiam os menos favorecidos. Essa tônica social acabou dando origem à chamada Teologia da Libertação, que aproximou os clérigos das causas populares, principalmente na América Latina. Ultimamente, a ascensão de autoridades mais conservadoras na alta cúpula da Igreja enfraqueceu significativamente esse tipo de aproximação. Em contrapartida, existe um forte movimento que ainda insiste na mudança de alguns preceitos, como o celibato entre os clérigos e o uso de métodos contraceptivos. Com isso, vemos que a trajetória dessa instituição foi marcada por várias experiências que a transformaram ao longo do tempo. 2 Relativo à península (porção de terra de certa extensão, cercada de água por todos os lados, salvo por um, através do qual se une a uma área maior de terreno) Ibérica (Espanha e Portugal); ibero.
  • 3. 3 catolicismo, através dos seus missionários, alcançou o mundo todo, e especialmente, mas não exclusivamente, as Américas. Mesmo como o catolicismo romano tenha se alastrado mais do que o protestantismo antes de 1800, a vitalidade espiritual estava faltando. A falta de vitalidade é observada por dois fatores: 1ª os movimentos de avivamentos religiosos são destacados pela sua ausência; 2ª as comunidades cristãs latino-americanas não produziram nenhum missionário. Neste momento, a expansão do cristianismo era distinta daquela da Europa. Com relação às tribos muitos abandonaram o protestantismo logo os missionários europeus foram retirados. B. Espanha e Portugal: países católicos. Enrique Dussel observou o seguinte: “A Igreja hispânica ou latino-americana é o produto de um processo vasto e longo que espelhava aquilo que acontecia no continente europeu em várias etapas”. O pluralismo religioso não era aceito pela mentalidade ibérica. Na Idade Média a inquisição para perseguir os judeus na Espanha durou muito tempo. Mesmo através da força os mouros3 foram obrigados a se converterem através do decreto de Carlos V. A campanha de Carlos V atravessou o século XVI e chegou ao seu ápice com o banimento de meio milhão de mouros em 1609. A Inquisição sufocou, na Espanha, os avanços da Reforma. Outro ponto importante é que a Igreja Católica se tornou parceira do governo na expulsão dos protestantes. Espanha e Portugal eram intolerantes à liberdade religiosa. As suas colônias também agiam da mesma forma. No século XVI, segundo Montenegro, a religião em Portugal não era um fator cultural ativo. Ela era imbuída de crendices e superstições e isto não fazia parte do catolicismo ortodoxo4. No fim do século XVI a Igreja em Portugal e na Espanha era 3 Mouros. Mouros são considerados os povos instalados na região da Península Ibérica durante a Idade Média. Os mais conhecidos eram os árabes e os berberes, mas existiam outros. Este termo fo i empregado de forma especial no que se refere aos que se encontrava em áreas cristãs por motivo de cativeiro de guerra ou rendição de territórios. No início, os mouros eram aniquilados pelos povos que os conquistavam. Porém, após o século IX, eles passaram a serem poupados, alguns deles para serem utilizados no trabalho escravo, com maior concentração em Portugal. 4 A Igreja Ortodoxa (do grego όρθος, reto, e δόξα, doutrina), também conhecida como Igreja Católica Ortodoxa Grega ou Igreja Cristã Ortodoxa, é uma das principais Igrejas cristãs da atualidade com aproximadamente dois mil anos. A Igreja Ortodoxa vê a si mesma como a verdadeira igreja instituída por Jesus Cristo, e a seus líderes, sucessores dos apóstolos. Em que pesem diferenças teológicas, organizativas e de espiritualidade não desprezáveis, no todo sua doutrina é semelhante à da Igreja Católica; preserva os sete sacramentos, o respeito a ícones e o uso de vestes litúrgicas nos seus cultos (denominados de divina liturgia). Seus fiéis são chamados de cristãos ortodoxos. A Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Apostólica Romana separaram-se no século XI. Por essa razão os ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa, não aceitam os dogmas proclamados pela Igreja
  • 4. 4 profundamente dominada pelo Estado. Esses estados ibéricos, no século seguinte, assimilaram e executaram plenamente a doutrina política do Concílio de Trento5. Nas Américas os espanhóis encontraram duas civilizações altamente desenvolvidas. Os portugueses acharam estruturas tribais simples. Nesta época os relacionamentos entre os índios e os caucásios6 permaneceram no nível de trocas de mercadorias, não havia nenhum desiquilíbrio tribal. O índio se tornou obstáculo aos portugueses quando estes queriam avançar além da troca para a agricultura. O anseio de subjugar o índio ficou sendo “o elemento central da ideologia dominante no mundo colonial lusitano”. II. A América na época da conquista Os astecas7 e os incas8 eram as civilizações que já estavam em florescimento quando os espanhóis e os portugueses “descobriram” a América. A civilização maia9, Católica Romana em séculos recentes, tais como o da Imaculada Conceição e o da infalibilidade papal, e não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs. 5 Concílio de Trento é o nome de uma reunião de cunho religioso (tecnicamente denominado concílio ecumênico) convocada pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na área do Tirol italiano. Com o surgimento e consequente expansão do protestantismo profundas modificações atingiram a Igreja Católica. Uma reação a tal expansão, vulgarmente denominada “Contrarreforma” foi guiada pelos papas Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando combater a expansão da Reforma Protestante. Além da reorganização de várias comunidades religiosas já existentes, outras foram criadas, dentre as quais a Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, tendo como fundador Santo Inácio de Loyola. 6 Diz-se de qualquer das línguas não indo-europeias faladas no Cáucaso (Sul da Rússia, Geórgia e Azerbaijão). 7 Astecas. Dentre os três principais povos da América pré-colombiana, os Astecas foram os mais poderosos e desenvolvidos. Eram índios que migraram para o Vale do México, para a ilha do Lago Texcoco. São originários de uma região dos Estados Unidos, onde viviam como nômades. Foram os últimos a chegar ao planal to mexicano, fixaram-se no local, mesclaram-se com os toltecas e constituíram, assim, o “Império Asteca”. O centro do império era a cidade de Tenochtetlán, hoje a cidade do México. Cada cidade-estado possuía seu próprio rei, mas na época da ocupação espanhola, os indígenas obedeciam apenas a Montezuma, imperador asteca, provando o quanto eram organizados. 8 Incas. Fixados na região dos Andes, os incas constituem uma grande civilização que dominou uma ampla faixa de terras pelo território sul -americano. De acordo com um relato de natureza mítica, o povo inca se fixou inicialmente na região de Cuzco e teve como primeiro grande líder Manco Capac. Por causa das condições geográficas mais favoráveis, a presença inca se concentrou primeiramente na região central dos Andes. Por volta do século XV os incas estabeleceram um processo de expansão territorial que buscou os planaltos encravados entre as montanhas andinas e as planícies do litoral Pacífico. Sob a tutela do imperador Pachacuti Yupanqui, outras populações foram militarmente subordinadas ao poderio inca. Com isso, a civilização passou a tomar a feição de um grande império. “O Inca” era a mais importante autoridade política entre o povo inca. Venerado como o descendente do deus-sol Inti Raymi, o imperador era o principal guardião de todos os bens pertencentes ao Estado, incluindo a propriedade das terras. Os terrenos cultiváveis eram divididos em três parcelas distintas: a terra do Inca, destinada ao rei e seus familiares; a terra do deus -sol, controlada pelos sacerdotes; e a terra da população. Em um âmbito geral, a elite da sociedade inca estava composta pela família real e os ocupantes dos altos cargos político-administrativos (sacerdotes, chefes militares, juízes, governadores provinciais e
  • 5. 5 anterior, já tinha sido absorvida pelos astecas. O reino inca se estendia do Chile à Colômbia. Havia também índios americanos quase totalmente nômades e que usavam a caça como meio de subsistência. A. A origem e o desenvolvimento dos Impérios pré-espanhóis 1. A civilização maia começou em cerca de 600 a.C. O império maia tinha uma unidade cultural e era edificado em função de cidades-estados10 que eram ligadas entre si. 2. Os índios astecas vieram do norte e povoaram o Vale do México no século XIII. No século XIV fundaram Tenochtitlan, em cujo sítio está localizado a Cidade do México. No começo do século XV, Tenochtitlan tinha se tornado uma poderosa “cidade estado”. Em 1502, quando Montezuma11 II subiu ao trono, o Império estava no auge. A capital tinha uma população de aproximadamente 100.000 habitantes. sábios). Logo abaixo, em posição mediana, temos os comerciantes e artesãos que garantiam a circulação de mercadorias que atestaram a presença de uma rica cultura material. 9 Maias. Assim como os olmecas, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas aos diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os indícios da origem da civilização maia repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã, que datam entre 700 e 500 a.C. Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, estabelecida em 1500 a.C.. Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado. Em um vasto território que ia da Guatemala até a porçã o sul do México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná. O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas. O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes sociais. No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os comerciantes. Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados. Na base da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais. Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura. De acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam do número “zero” na execução de operações matemáticas. Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos calendários modernos. 10 O que é Cidade-Estado: Cidade-Estado é uma cidade, um local independente, que possui seu próprio governo. A cidade-estado é uma cidade dentro de um país, onde ela sobrevive independente do local onde está inserida, com suas próprias leis. As cidades-estados existem desde a Antiguidade, como na Grécia Antiga, onde as mais famosas eram Atenas, Esparta e Tróia. Essas cidades ficavam dentro da Grécia, mas funcionavam de forma independente, tinham seu próprio regime político, suas leis e foi um exemplo para outras cidades na Europa, como na Alemanha, Itália, e até mesmo na Ásia e África. 11 Nome Completo Motecuhzoma Xocoyotzin (Montezuma II)
  • 6. 6 A civilização maia tinha uma unidade cultural, a asteca era heterogênea e incluía muitas tribos que tinham sido sujeitadas por ela. O Império recebia pesados impostos na forma de mercadorias das cidades conquistadas. Por causa do ressentimento do povo Cortês conseguiu conquistar a cidade. A religião e a cultura dos astecas também facilitou a tarefa dos conquistadores. 3. O Império Inca, com sua capital em Cuzco, chegou ao auge da sua extensão e civilização dos reinados de Pachacuti e seu filho Topa Inca, que duraram de 1438 até 1493. B. A religião pré-espanhola O pluralismo religioso era inconcebível até cento e tantos anos. Deste período para cá a religião tem sido formalmente separada da mentalidade essencial. No período antes do pluralismo religioso os deuses eram sangrentos e os crentes tremem ao pensar nas forças aterrorizantes que essas divindades personificam. Até nos tempos modernos, esse núcleo ético-mítico era inseparável da religião. Quer em termos de experiência espiritual quer em termos de inclinação pessoal as religiões pré-espanholas tinham pouco ou nenhum lugar para o indivíduo. Na época da conquista houve uma tremenda colisão entre o individualismo e essa solidariedade Índia. 1. A religião maia integrava a totalidade do povo, e marcava cada passo da puberdade a sepultura. Havia quatro deuses das chuvas, e o culto incluía o sacrifício humano a esses deuses. Sua religião se desenvolveu a partir de um dualismo básico entre os deuses bons e os deuses maus. O sumo sacerdote tinha autoridade igual à do chefe da tribo. 2. A religião dominava os astecas mais do que os maias. Cada dia, noite, semana, mês e ano tinha seu próprio deus (ou deusa). Negligenciar os deuses provocaria o fim do mundo. Para os astecas, a religião tinha pouco a ver com os exercícios Quem foi Montezuma foi um importante governante asteca do começo do século XVI. Seu governo foi do ano de 1502 até 1520. Foi durante seu reinado com os astecas entraram em contato com os conquistadores espanhóis. Foi capturado pelo conquistador espanhol Hernan Cortez. A hipótese ma is aceita entre os historiadores atuais é a de que ele teria sido assassinado pelos seus súditos, por ter colaborado e feito acordos com os conquistadores espanhóis. Nascimento Montezuma nasceu em 1466. Morte Montezuma morreu na cidade asteca de Tenochtitl an (atual México) em 29 de junho de 1520.
  • 7. 7 espirituais ou com a perfeição individual. Milhares de pessoas eram sacrificadas todos os anos, sendo a maioria delas prisioneiras, para aplacar os deuses. 3. Como acontecia com os astecas, a religião inca centralizava-se em torno do Deus Sol, a quem chamavam de Inti. Embora Inti não fosse o deus supremo ele era o sol invictus, o deus dos vitoriosos. O deus peruano mais antigo era Viracocha (= Pachacamac) que criou o céu e a terra do nada. Viracocha foi quase totalmente eclipsado por Inti. A adoração a Inti e a Viracocha era caracterizada pela dignidade e pelo profundo respeito. Em sacrifícios eram também oferecidas crianças. 4. A civilização maia desenvolvera-se paulatinamente no decurso de séculos, e já ultrapassara seu auge antes da Conquista. Antes da chegada dos espanhóis os impérios astecas e incas tinham chegado à sua expansão máxima. O desaparecimento dos impérios índios levou ao renascimento da idolatria local. A Igreja espanhola não tinha consciência exata daquilo que estava acontecendo. 5. Além desses três impérios com suas teogonias12 em desenvolvimento, havia milhões de índios pelas Américas cuja religião era animista13. Os tupinambás acreditavam que eram cercados por seres sobrenaturais de duas categorias: uns comparados a demônios e outros a espíritos propriamente ditos. Os europeus tiveram a conquista facilitada pelo mito do “herói-civilizador” que forneceu o fio comum que ligava as tribos ameríndias. Hernando Cortês utilizando do mito do “herói-civilizador” juntamente com seus 177 homens conseguiram marchar sem serem molestados até a capital asteca em Tenochtitlan. 12 Teogonias. Os mitos narram à origem das coisas (origem do fogo, do vento, da água, das plantas, dos animais do homem, etc.), por meio de eventos sobrenaturais. Podem retratar combates, uniões e matrimônios entre seres fabulosos, que tem o domínio das forças da natureza e governam o mundo e o destino de tudo que a nele. Os mitos sobre a origem do mundo são denominados como Cosmogonia e Teogonia. O termo gonia vem do grego e quer dizer nascimento, geração ou descendência. Cosmos quer dizer ordem, organização, beleza ou harmonia. Sendo assim a Cosmogonia é uma narrativa que relata o nascimento e a evolução do mundo a partir de forças geradoras. Teogonia também vem do grego, em que Theos significa deus ou deuses. Sendo assim a Teogonia é a narração da origem dos deuses a partir das forças geradoras. 13 Animismo. Filosofia. Ideologia ou crença de acordo com a qual todas as formas identificáveis da natureza (animais, pessoas, plantas, fenômenos naturais etc) pos suem alma. (Etm. anim(i) + ismo). Os Animistas acreditam que existem espíritos que vivem por toda parte, dão vida e protegem todas as coisas. Assim, segundo a mentalidade animista há espíritos nas rochas, nas árvores, nas sementes, na água, e nas pessoas estejam estas últimas vivas ou mortas. Eles acreditam que esses espíritos podem atrair tanto coisas ruins, como boas, assim os espíritos combatem as doenças e as secas, mas também castigam com enfermidades e tragédias.
  • 8. 8 Na ocasião da conquista, os impérios asteca e inca tinham sido formados havia muito pouco tempo. Eles não tiveram tempo de se integrarem as muitas religiões que conquistaram. A dissolução desses impérios levou inevitavelmente ao renascimento do animismo e do fetichismo14 locais. Nem mesmo o catolicismo conseguiu frear essa reversão. Mas até os dias de hoje essas áreas permanecem católicas embora possa ser chamado de “catolicismo folclórico”. III. Os sacerdotes e os conquistadores. A. A época e seus homens. Aqueles que chegaram primeiramente ao Novo Mundo eram representantes legítimos do espírito da Renascença, com toda a “concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”. Estavam longe de representar a Espanha mística de Santa Teresa. O grande reformador religioso espanhol, o arcebispo Ximenez de Cisneros, possuía seus próprios palácios e exércitos. Por causa da fraqueza do papado naquele tempo Ximenez teve que se entender com o arcebispo. Todos que em primeiro lugar tiveram às terras de Santa Cruz eram vassalos de El-Rei de Portugal. Eles tinham os olhos bem abertos para as cobiças materiais. Antes eles foram colonizadores e mais tarde bandeirantes. Mais tarde, os reis da Espanha, Carlos e Felipe, desenvolveriam um programa político de expansão evangelística e econômica. Para unir a Europa e o mundo sob o signo da Cruz dentro da Igreja Católica Romana. Os reis da Espanha usaram os meios da conquista. Para isso eles trouxeram das Américas os metais preciosos extraídos das minas. Na balança da conquista isto pesou muito. Houve a decadência espanhola que foi ocasionada pelo triunfo francês sobre os Hapsburgos no fim do século XVII. B. O imperialismo e as missões. Espanha e Portugal foram impulsionados por dois tipos de ação militante naquele período momentoso da sua história: um era militar; o outro, religioso. Os dois 14 Fetichismo. S.m. 1 [OCULTISMO] culto de objetos que se supõe representarem entidades espirituais e possuírem poderes de magia; 2 [por extensão] admiração exagerada, irrestrita, incondicional por uma pessoa ou coisa; veneração; 2.1 [PSICOPATOLOGIA] desvio do interesse sexual para algumas par tes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças de vestuário, adorno etc.; 2.2 ato de tomar partido a favor de ou contra uma pessoa, uma fação etc., sem que importe a justiça ou a verdade; parcialidade; GRAM voc. considerado galicismo pelos puristas, que sugeriram em seu lugar: feiticismo; ETIM fr. fétichisme 'id. '; Quanto à formação, fetichismo é uma palavra derivada por sufixação.
  • 9. 9 eram sobreviventes à Fé. Na “Bula de Alexandre” às terras descobertas por Colombo continha os direitos e as responsabilidades. Em 1501 os dízimos que eram cedidos à coroa para fins eclesiásticos. O controle da Igreja foi levado a sério por Isabel, Carlos V e Felipe II se submeteram tanto que embora nenhum sacerdote nem frade tivessem navegado juntamente com Colombo, a necessidade da sua presença de missionários fazia-se necessária imediatamente após a descoberta das Américas. O governo pagava as despesas dos sacerdotes, inclusive a edificação de mosteiros. Os direitos eclesiásticos faziam parte da coroa espanhola e era uma dádiva do papa. A coroa também reconhecia que o papa tinha o direito de exercer seus poderes sobre o Novo Mundo como Vigário de Cristo. O monarca e o rei protegeram os índios dos colonizadores e evitar que os mesmos fossem escravizados. Tudo o que acontecia tinha que ser passado ao conhecimento eclesiástico. No patronato espanhol nasceram às estruturas executivas até a criação do Concílio Supremo das Índias este patronato possuía plena autoridade em todos os aspectos da colônia. As coroas ibéricas por causa do compressor econômico operavam contra os índios. Elas dependiam dos metais preciosos para sustentar suas guerras na Europa. Então, os índios eram sacrificados dos seus bens para satisfazerem as necessidades dos colonizadores. C. O problema da justiça 1. O Clamor pela justiça. Embora Bartolomeu de Las Casas seja considerado o pai da Teologia da Libertação, o primeiro clamor pela justiça do Novo Mundo foi levantado em 1511 pelo frade dominicano Antônio de Montesinos da ilha de Hispaniola. Montesinos foi um cavaleiro aventureiro com escravos índios. Montesinos fez um discurso no qual defendia os índios até mesmo na religião. O sermão de Montesinos fez com que houvesse uma disputa de quase cem anos e que envolveu todas as colônias espanholas, inclusive as Filipinas. O frade de Las Casas disse que o objetivo de Cristo e o Papa juntos buscam e devem ser buscado nas Índias e, que os reis cristãos de Castela deviam para atingirem. Os nativos das Índias deveriam ser evangelizados. 2. As Experiências de Justiça. O empreendimento colonial espanhol era julgado e justificado pelo motivo missionário. Las Casas sempre usou de persuasões para uma exigência de fé. Ele relacionou a salvação e a justiça. Ele lutou energicamente contra a
  • 10. 10 encomienda15. Las Casas apresentou oito soluções para a situação nas Índias. A última tratava da encomienda. A coroa espanhola permitiu quatro tipos de experiências que visavam descobrir a melhor de tratar e administrar os índios. Como o problema dos índios era a sua capacidade de viver, então esta era determinada pelos padrões espanhóis. Os índios, desta forma, eram obrigados a terem uma vida idêntica ao dos espanhóis com todas as características destes inclusive a religiosa. Esta tentativa foi grandiosa. As quatro tentativas fracassaram não por causa dos missionários e sim pelos colonizadores espanhóis, pois estes não queriam vê-las ter êxito. A conquista ibérica dizimou a população indígena no México. No Brasil mais de 7.000.000 de tupinambás ao longo da orla marítima brasileira desapareceram no começo do século XVI tão bruscamente que foi necessário a vinda de escravos africanos. IV. A conquista religiosa do Novo Mundo A. Introdução Os conquistadores não planejaram o extermínio da população Índia. Os sacerdotes não tiveram êxito em salvar os índios das mãos dos soldados. Os sacerdotes também são acusados de contribuírem pela destruição dos índios. Para os sacerdotes espanhóis a cultura espanhola e o cristianismo eram a mesma coisa. A evangelização das Américas foi semelhante à evangelização da Europa. Primeiramente eles procuravam atingir os líderes políticos. Com estes aceitos o povo também os seguia. O cristianismo católico na América latina retém boa parte das antigas crenças indígenas ou africanas por detrás de um exterior católico. Na América a cristianização era diferente da Europa em um ponto, nesta na medida em que o cristianismo avançava os sacerdotes eram recrutados dos povos que estavam sendo evangelizados. Na América 15 Encomienda. Inicialmente, na América Espanhola, a base econômica era a exploração do trabalho indígena, sob duas formas diversas: a mita e a encomienda. Para se compreender este processo é preciso estar atento à visão do colono sobre os nativos. Para ele os índios eram tão somente uma raça vencida, primitiva, e cabia a ele civilizá-los, mesmo que fosse através de métodos compulsórios. Além do mais, já nasciam condenados à escravidão, pois eles descendiam de Cam, filho de Noé, que teve o mesmo destino. Era natural, portanto, que eles fossem entregues como escravos aos espanhóis. Sem falar no próprio mecanismo do mercantilismo, que exigia como requisitos principais o colonialismo e a política escravocrata, embora a Metrópole proibisse a escravização dos índios, só permitindo posteriormente a dos negros africanos. Assim, dentro deste contexto, a encomienda consistia em um tipo de trabalho indígena obrigatório, particularmente encontrado nas zonas rurais. Como a Igreja não concordava com esta forma de escravidão, os proprietários destes trabalhadores trocavam o trabalho dos nativos pela catequese dos mesmos, além de pagarem um tributo à Coroa por este direito.
  • 11. 11 latina eram quase 100% importados até parte do século XIX. Latourete afirmou que a expansão da Igreja foi relativamente estéril. B. A conquista e a implantação A descoberta das Índias Ocidentais e as Américas pela conquista espanhola foi praticamente completadas em 1550. A coroa espanhola conseguiu reinar sobre uma população de mais de sete milhões de índios e cerca de 40.000 escravos negros. Isto foi alcançado pela conquista dos impérios asteca e inca. Também centenas de missionários que vieram da América Hispânica. Estes conquistaram a maioria dos índios para a fé cristã. Esta conquista foi facilitada pelo fato das tribos que já tinha sido sujeitada pelos astecas e incas e obrigados a abandonarem a sua religião para seguir seus dominadores. Outro fator também é que nem os impérios conquistados e nem os europeus conquistadores podiam conceber a pluralidade religiosa. Estes achavam que o Estado, a cultura e a religião faziam parte de uma mesma coisa. O impacto da atividade missionária na Nova Espanha foi intenso de 1524 até 1574. No Brasil, nem a colonização nem a obra missionária começaram até meados do século XVI. No Brasil a população era menor e havia uma estrutura imperial sedentária. No Brasil a evangelização começou com seriedade em 1549. Anchieta no Brasil batizou milhares de índios. Os jesuítas16 para protegeram os índios dos europeus os reuniram em aldeias. A expansão da Nova Espanha dependeu do avanço missionário. À medida que os frades franciscanos e outros avançavam para os novos territórios e estes eram amassados e reunidos em mosteiros, e isto, facilitava a administração civil espanhola na sua expansão. Enrique Dussel afirmou que as nações que permaneceram essencialmente pagãs foram indiretamente tocadas pela civilização hispânica. E as nações que não tiveram nenhum contato com o Cristianismo permaneceram totalmente pagãs até o fim do século XVIII. 16 Introdução. Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo ap ós a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contrarreforma Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza. Objetivos dos jesuítas: - Levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas, no século XVI, principalmente à América; - Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a rel igião católica; - Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões; - Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.
  • 12. 12 Entre os colonizadores e os índios havia os sacerdotes que exerciam o papel de mediadores. Os colonizadores às vezes tinham os espíritos pacificados e outras estes eram refreadas a cobiça e a violência pelos sacerdotes. Às vezes as conversões eram feitas pela força militar. Os aborígenes17 pouca vezes foram confrontados para escolherem entre a espada e a cruz. Houve casos em que os índios foram obrigados através das armas a aceitarem os missionários ou aceitarem o batismo. Somente nos últimos séculos da Idade Média europeia. No México o frei Juan de Zumarraga, o primeiro bispo deste país, foi nomeado para a posição de mediador em 1530. Em 1546, o México foi elevado à posição de arquidiocese. Foi estabelecida uma diocese18 no Panamá, e outra em Cuzco. Lima se tornou arquidiocese19 em 1564. “O primeiro Concílio20 de Lima deu aos missionários instruções exatas acerca de como cumprir sua tarefa”. Juntamente com o desenvolvimento da hierarquia vieram à educação e a Inquisição. 17 Os Aborígenes australianos formam uma população, assim como os grupos indígenas, que foi vítima de massacres pelos colonizadores e discriminados por parte da população dita civilizada. Os colonizadores ingleses foram os primeiros responsáveis pelos massacres das comunidades Aborígenes. Soldados ingleses aproximavam das aldeias e ofereciam agrados para a população local. Entretanto, outros soldados envenenavam com arsênio a água e os alimentos dessa população. Vários Aborígenes morreram em consequência do envenenamento causado por esse elemento químico. 18 Território em que um bispo exerce jurisdição espiritual. 19 Arquidiocese. n substantivo feminino. Rubrica: termo eclesiástico. Diocese que exerce jurisdição sobre outras e que se encontra sob o controle oficial de um arcebispo 20 Significado de Concílio. s.m. Assemblei a de dignitários religiosos. Nesta assembleia discutem-se questões práticas e problemas doutrinários. Para a Igreja Católica os concílios podem ser ecumênicos, nacionais e provinciais. Sinônimos de Concílio: assembleia e junta