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A IDADE MÉDIA
Desde a queda do Império Romano, em 473, novas condições
se estabeleceram sobre a Europa medieval.
Prevaleceu o Sistema Feudal e suas características:
Economia auto-suficiente;
Sociedade estamental;
Poder político local;
O feudalismo começou sua decadência a partir do século X,
quando novas técnicas, avanços produtivos e certa melhoria
nas condições de vida influenciaram o aumento da população,
resultando em um maior desenvolvimento urbano e comercial.
Cidade
medieval
Outra característica marcante do período medieval foi a forte
influência da Igreja Católica, que controlava não apenas a
vida espiritual, mas regulava a sociedade medieval em
vários outros sentidos.
A mentalidade medieval era
estabelecida através das
orientações da Igreja, que
mantinha uma relação que
variava em apoio e conflito
com os senhores feudais e os
reis.
O povo era dominado pela
ideologia e poder da Igreja.
Diante do quadro de mudanças, novas condições foram sendo
impostas e uma nova classe social acabou tomando grande
importância como agente de transformações: a burguesia.
Os burgueses habitavam
as cidades medievais
(burgos) e dedicavam-se
ao exercício de atividades
lucrativas, como o
comércio e a manufatura.
O crescimento das cidades, do comércio e dos
contatos entre povos na Europa e no Oriente
favoreceram a burguesia, que passou a ter
mais poderes econômicos, políticos e sociais.
Novas condições estavam em vigor, então as bases e
aspectos próprios do feudalismo já não atendiam às
exigências necessárias para o cumprimento do
desenvolvimento do novo sistema sócio-econômico:
o capitalismo.
A sociedade
feudal, que era
agrícola e rígida,
estava sendo
substituída por
uma nova
organização. Era a
sociedade
burguesa, que
vivia de lucros
que a Igreja
condenava.
Entre a decadência do feudalismo e o surgimento
do capitalismo (o que não foi algo repentino)
muitas modificações foram verificadas na
sociedade européia.
Estas modificações atingiram vários níveis da vida
dos habitantes europeus, pois mudaram
radicalmente alguns aspectos que faziam parte das
características do mundo feudal.
A economia, a política, a religião, a mentalidade, a
ciência e até as fronteiras das influências européias
mudaram.
A Idade Média cedeu lugar para a Idade Moderna. A
sociedade burguesa procurou estabelecer suas
próprias condições.
Diante das condições que surgiram, a nova
ordem social, política e econômica passou
por transformações através dos seguintes
acontecimentos simultâneos entre os
séculos XV e XVI:
Fortalecimento dos Estados Nacionais e Absolutismo;
Reformas religiosas;
Renascimento Cultural;
Mercantilismo e Expansão marítimo-comercial.
OS ESTADOS NACIONAIS E O
ABSOLUTISMO
Houve um fortalecimento do poder dos reis e uma aliança
entre os monarcas e burguesia;
A burguesia queria a ampliação das atividades mercantis, fim
das taxas e impostos feudais, apoio do rei à iniciativas que
modernizassem a economia;
Os reis conseguiam apoio da burguesia para concentração de
poderes e controle do Estado;
Formação dos Estados Nacionais, que eram
centralizados.
Europa Ocidental
no início do
século XVI
Além do conjunto de interesses da
burguesia e dos monarcas, o
fortalecimento do Estado e do poder
centralizado também contou com
uma base de idéias.
Estas novas idéias políticas faziam
parte do conjunto de novos valores
que passavam a dominar a
condução das sociedades européias
durante a formação do período
moderno.
A forma de organização do Estado
centralizado passou a ser conhecida
como Absolutismo, onde os reis
não estavam sujeitos a nenhuma lei.
Pensadores criaram argumentos e
teorias para explicar e justificar o
Absolutismo.
Charles I (1625-1649),
monarca absolutista
inglês.
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
Acreditava que a vontade do Estado
deveria estar acima de todas as demais
vontades. O governante deveria ser
absoluto para poder exercer os interesses
do Estado.
JEAN BODIN (1530-1596)
Defendia o poder absoluto dos reis, que
deveriam reinar soberanos sobre os
súditos, sendo apenas limitados pela Lei
Divina.
THOMAS HOBBES (1588-1679)
Acreditava que a sociedade
necessitava de um poder
controlador para garantir sua
proteção e unidade.
JACQUES BOSSUET (1627-1704)
Defensor da teoria da origem divina
do poder real, ou seja, para ele, os
reis só prestavam satisfação de seus
atos ao Criador.
AS REFORMAS RELIGIOSAS
Também no plano religioso, as
condições eram novas.
A Igreja Católica Apostólica
Romana passou a ser duramente
desafiada através das chamadas
Reformas Religiosas, que
contestavam o seu poder, sua
influência e suas práticas.
Diversos interesses estiveram
atuantes durante as Reformas.
Extremamente poderosa, a Igreja Católica dominava vários
setores da vida medieval e mesmo na Idade Moderna possuía
forte influência, porém sua posição estava sendo objeto de
contestação.
Tamanho era o poder da
Igreja, que ela estava distante
das próprias questões
espirituais. Sua interferência
nos assuntos terrenos
desagradava fiéis e
pensadores críticos, que viam
na situação da Igreja um fator
de corrupção.
Vista interior da Catedral
de Chartres, em Paris.
Pensadores humanistas já condenavam a situação da
Igreja ainda na Idade Média.
John Wiclif (1324-1384) e John Huss (1371-1415)
criticavam a corrupção, a hierarquia e a venda de
indulgências praticados pela Igreja. Por suas
opiniões, foram condenados à morte.
A grave situação de corrupção
despertava cada vez mais a
crítica dentro da própria Igreja.
Contrários à exploração
praticada pela Igreja, católicos
passaram a denunciar as
práticas abusivas e formaram
uma importante oposição ao
comando dos papas.
Em 1517, na Alemanha, o
monge Martinho Lutero
(1483-1546) acabou liderando a
mais importante ação crítica
contra a Igreja Católica. Tinha
início o Movimento
Protestante.
Lutero lançou suas críticas contra a postura da
Igreja e foi posteriormente julgado e excomungado
pelo papa Leão X.
Mas Lutero contou com o apoio de grande parte da
população alemã e também recebeu o apoio de
muitos príncipes, que se opunham ao poder da
Igreja Católica na Alemanha.
O imperador Carlos V buscou impedir o avanço
das idéias de Lutero, mas foi forçado pelos
Martinho Lutero
príncipes “protestantes” a admitir a liberdade
religiosa nos vários reinos alemães em 1555,
através da “Paz de Augsburgo”.
Até esta ocasião, os conflitos
religiosos entre católicos e
protestantes causaram milhares
de mortes na Alemanha.
O Luteranismo propôs:
Sacerdócio universal e livre interpretação das Escrituras;
Salvação pela fé;
Fim do celibato;
Sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Bíblia: única fonte da fé;
Sem veneração aos santos, imagens e sem
autoridade central.
As idéias de Lutero influenciaram
outros reformadores. Em 1522
Ulrich Zwinglio levou as reformas
para a Suíça, pregando que a
única autoridade sobre os
cristãos era a própria Bíblia.
Ulrich Zwinglio e
João Calvino
O clérigo católico francês João Calvino (1509-1564)
aderiu ao movimento reformista em 1533, porém sua
atuação ocorreu também na Suíça. Suas propostas
deram origem ao Calvinismo, que possuía idéias que
impulsionavam o capitalismo, pois afirmava que a
prosperidade econômica era sinal de bênção de
Deus.
O Calvinismo propôs:
Salvação: predestinação;
Igreja com representantes eleitos e ministros = Assembléia
Geral ou Presbítero;
Verdade Divina apenas através da Bíblia;
Culto simplificado: sem adoração aos santos e apenas com
leitura da Bíblia;
Na Inglaterra, o reformismo
ocorreu por causas mais
políticas do que religiosas.
O rei Henrique VIII tentava limitar
o poder da Igreja Católica e o
estopim do rompimento foi a
decisão do rei de divorciar-se da
rainha Catarina de Aragão. O
papa Clemente VII negou o
divórcio e em 1534 o rei separou
Estado e Igreja, confiscando
bens e firmando uma nova igreja
nacional que tinha o monarca
como seu líder.
Era criada a Igreja Anglicana.
Tentando reagir aos
reformistas, a própria Igreja
Católica realizou sua reforma.
Através do Concílio de Trento
(1545-1563), diversas ações
foram tomadas para conter a
fuga de fiéis e impedir o avanço
do protestantismo.
O Concílio confirmou muitos
dos fundamentos que eram
criticados pelos reformistas Concílio de Trento
(sacramentos, celibato,
hierarquia, etc), mas reviu
práticas como a cobrança das
indulgências e buscou
moralizar o comportamento do
clero.
A Reforma Católica propôs:
Criação da Companhia de Jesus;
Catecismo e seminários;
Retorno da Inquisição;
Criação do Index Librorum Prohibitorum (congregação do
Index);
O RENASCIMENTO
As manifestações artísticas e a ciência da Idade
Moderna também representaram uma grande
transformação.
As condições da sociedade exigiam novas maneiras
de interpretação do mundo e pensadores, artistas e
cientistas elaboraram novas formas de interpretar
sua realidade e modificar as maneiras antigas de
expressão do mundo e das coisas.
Eles tentaram superar de vez a mentalidade medieval,
buscando influência nas culturas clássicas da Grécia
e de Roma. Por este motivo o movimento passou a
ser conhecido como Renascimento.
Fatores que influenciaram o Renascimento:
Desenvolvimento urbano;
Burguesia e acúmulo de riquezas;
Humanismo:
Individualismo;
Racionalismo;
Antropocentrismo X Teocentrismo;
Invenção da imprensa por Johannes Guttemberg em 1445;
Imprensa de
Gutemberg
Fases do Renascimento:
TRECENTO (século XIV)
Pensadores que já apresentavam inovações no pensamento ainda no
período medieval. Defendiam a investigação, criticavam o
pensamento da Igreja e tinham influência de filósofos greco-romanos.
Dante Alighieri (1265-1321), autor de A Divina Comédia
Francesco Petrarca (1304-1374), o “pai do Humanismo”
Giovanni Boccaccio (1313-1337), autor de Decameron
Na arte plástica e na arquitetura do
período, destacou-se Giotto di
Bondone (1266-1337), que já realizava
trabalhos com técnicas que eram
distintas daquelas que eram mais
comuns na Idade Média.
QUATTROCENTO (século XV)
Tentativa de aproximação entre arte e ciência, empregando mais
conhecimentos da geometria, da perspectiva, da iluminação. Impulso
à pintura em telas de tecidos. A arquitetura da época também
mereceu destaque por sua ousadia.
Catedral de Florença, por
Fillippo Brunellesschi
Estátua de Gattamelata, por
Donatello
CINQUECENTO (século XVI)
Período do apogeu renascentista. Principis destaque nas artes
plásticas foram os gênios Leonardo da Vinci (1475-1564) e
Michelangelo Buonarroti (1483-1520).
Mona Lisa e a Última Ceia - Leonardo
da Vinci
Davi e a Criação do Homem -
Michelangelo
O Renascimento científico - Além das artes, a ciência também
passou por importantes transformações. Destacam-se os seguintes
cientistas e suas idéias:
Miguel de Servet (1511-1553)
Descobriu a “pequena circulação” ou
circulação pulmonar
Francis Bacon (1561-1626)
Método dedutivo: partir de coisas
concretas para a compreensão.
Observação e experimentação.
Nicolau Copérnico (1473-1543)
Desenvolveu a teoria heliocêntrica. Sua tese foi retomada
por Giordano Bruno (1548-1600), que foi condenado pela
Inquisição por seus estudos científicos.
Galileu Galilei (1564-1642)
Fundador da Física moderna,
chegou a conclusões
semelhantes às de Copérnico e
também foi perseguido pela
Igreja.
Johannes Kepler (1571-1630)
Comprovou que as órbitas
dos planetas eram elípticas.
Giordano
Bruno
MERCANTILISMO E AS GRANDES
NAVEGAÇÕES
MERCANTILISMO - Doutrina econômica adotada pelas
principais nações européias. Era caracterizado por:
1- Balança comercial favorável;
2- Protecionismo;
3- Metalismo;
4- Colonialismo.
A burguesia mercantil estava cada vez mais ávida
por lucros, o que estimulou a expansão
comercial e a necessidade de conquista de novos
mercados. Além do mais, havia a necessidade de
enfrentar os concorrentes externos.
Visando atingir mercados e chegar diretamente ao
Oriente, as principais nações mercantis passaram a
investir nas navegações ultramarinas. Com apoio do
Estado, a burguesia tratou de investir em
empreendimentos comerciais ousados e Portugal saiu
na frente.
O pioneirismo português se deveu aos seguintes fatores:
Unificação e Estado Nacional em 1139;
Posição geográfica;
União: rei + burguesia + Igreja;
Escola de Sagres - estudos e tecnologia;
Diante de tais condições, Portugal iniciou a formação de seu
império marítimo colonial, que vigorou entre 1415 e 1580. Dentre
as conquistas portuguesas, estão:
1415 - Ceuta;
1425 - Medeira;
1427 - Açores;
1434 - Cabo Bojador;
1485 - Congo e Angola;
1487 - Interior da África;
1488 - Cabo das Tormentas;
1497 - Chegada à Índia;
1500 - Brasil.
A Espanha concorria em desvantagem, mesmo
assim, em 1492, conseguiu descobrir um novo
continente, a América.
Com o ingresso da América ao
universo de influência da
Europa, o desenvolvimento da
economia tomou um impulso,
bem como a integração deste
“novo mundo” tornou um
processo histórico mais amplo,
envolvendo povos nativos e um
variado pleno de conquista por
parte dos europeus.
A América passou a fazer parte
desta história que tem a Europa
como referência.
FIM DA APRESENTAÇÃO

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A ascensão da burguesia e o fim do feudalismo na Idade Média

  • 1. A IDADE MÉDIA Desde a queda do Império Romano, em 473, novas condições se estabeleceram sobre a Europa medieval. Prevaleceu o Sistema Feudal e suas características: Economia auto-suficiente; Sociedade estamental; Poder político local;
  • 2. O feudalismo começou sua decadência a partir do século X, quando novas técnicas, avanços produtivos e certa melhoria nas condições de vida influenciaram o aumento da população, resultando em um maior desenvolvimento urbano e comercial. Cidade medieval
  • 3. Outra característica marcante do período medieval foi a forte influência da Igreja Católica, que controlava não apenas a vida espiritual, mas regulava a sociedade medieval em vários outros sentidos. A mentalidade medieval era estabelecida através das orientações da Igreja, que mantinha uma relação que variava em apoio e conflito com os senhores feudais e os reis. O povo era dominado pela ideologia e poder da Igreja.
  • 4. Diante do quadro de mudanças, novas condições foram sendo impostas e uma nova classe social acabou tomando grande importância como agente de transformações: a burguesia. Os burgueses habitavam as cidades medievais (burgos) e dedicavam-se ao exercício de atividades lucrativas, como o comércio e a manufatura. O crescimento das cidades, do comércio e dos contatos entre povos na Europa e no Oriente favoreceram a burguesia, que passou a ter mais poderes econômicos, políticos e sociais.
  • 5. Novas condições estavam em vigor, então as bases e aspectos próprios do feudalismo já não atendiam às exigências necessárias para o cumprimento do desenvolvimento do novo sistema sócio-econômico: o capitalismo. A sociedade feudal, que era agrícola e rígida, estava sendo substituída por uma nova organização. Era a sociedade burguesa, que vivia de lucros que a Igreja condenava.
  • 6. Entre a decadência do feudalismo e o surgimento do capitalismo (o que não foi algo repentino) muitas modificações foram verificadas na sociedade européia. Estas modificações atingiram vários níveis da vida dos habitantes europeus, pois mudaram radicalmente alguns aspectos que faziam parte das características do mundo feudal. A economia, a política, a religião, a mentalidade, a ciência e até as fronteiras das influências européias mudaram. A Idade Média cedeu lugar para a Idade Moderna. A sociedade burguesa procurou estabelecer suas próprias condições.
  • 7. Diante das condições que surgiram, a nova ordem social, política e econômica passou por transformações através dos seguintes acontecimentos simultâneos entre os séculos XV e XVI: Fortalecimento dos Estados Nacionais e Absolutismo; Reformas religiosas; Renascimento Cultural; Mercantilismo e Expansão marítimo-comercial.
  • 8. OS ESTADOS NACIONAIS E O ABSOLUTISMO Houve um fortalecimento do poder dos reis e uma aliança entre os monarcas e burguesia; A burguesia queria a ampliação das atividades mercantis, fim das taxas e impostos feudais, apoio do rei à iniciativas que modernizassem a economia; Os reis conseguiam apoio da burguesia para concentração de poderes e controle do Estado; Formação dos Estados Nacionais, que eram centralizados.
  • 10. Além do conjunto de interesses da burguesia e dos monarcas, o fortalecimento do Estado e do poder centralizado também contou com uma base de idéias. Estas novas idéias políticas faziam parte do conjunto de novos valores que passavam a dominar a condução das sociedades européias durante a formação do período moderno. A forma de organização do Estado centralizado passou a ser conhecida como Absolutismo, onde os reis não estavam sujeitos a nenhuma lei. Pensadores criaram argumentos e teorias para explicar e justificar o Absolutismo. Charles I (1625-1649), monarca absolutista inglês.
  • 11. NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527) Acreditava que a vontade do Estado deveria estar acima de todas as demais vontades. O governante deveria ser absoluto para poder exercer os interesses do Estado. JEAN BODIN (1530-1596) Defendia o poder absoluto dos reis, que deveriam reinar soberanos sobre os súditos, sendo apenas limitados pela Lei Divina.
  • 12. THOMAS HOBBES (1588-1679) Acreditava que a sociedade necessitava de um poder controlador para garantir sua proteção e unidade. JACQUES BOSSUET (1627-1704) Defensor da teoria da origem divina do poder real, ou seja, para ele, os reis só prestavam satisfação de seus atos ao Criador.
  • 13. AS REFORMAS RELIGIOSAS Também no plano religioso, as condições eram novas. A Igreja Católica Apostólica Romana passou a ser duramente desafiada através das chamadas Reformas Religiosas, que contestavam o seu poder, sua influência e suas práticas. Diversos interesses estiveram atuantes durante as Reformas.
  • 14. Extremamente poderosa, a Igreja Católica dominava vários setores da vida medieval e mesmo na Idade Moderna possuía forte influência, porém sua posição estava sendo objeto de contestação. Tamanho era o poder da Igreja, que ela estava distante das próprias questões espirituais. Sua interferência nos assuntos terrenos desagradava fiéis e pensadores críticos, que viam na situação da Igreja um fator de corrupção. Vista interior da Catedral de Chartres, em Paris.
  • 15. Pensadores humanistas já condenavam a situação da Igreja ainda na Idade Média. John Wiclif (1324-1384) e John Huss (1371-1415) criticavam a corrupção, a hierarquia e a venda de indulgências praticados pela Igreja. Por suas opiniões, foram condenados à morte.
  • 16. A grave situação de corrupção despertava cada vez mais a crítica dentro da própria Igreja. Contrários à exploração praticada pela Igreja, católicos passaram a denunciar as práticas abusivas e formaram uma importante oposição ao comando dos papas. Em 1517, na Alemanha, o monge Martinho Lutero (1483-1546) acabou liderando a mais importante ação crítica contra a Igreja Católica. Tinha início o Movimento Protestante.
  • 17. Lutero lançou suas críticas contra a postura da Igreja e foi posteriormente julgado e excomungado pelo papa Leão X. Mas Lutero contou com o apoio de grande parte da população alemã e também recebeu o apoio de muitos príncipes, que se opunham ao poder da Igreja Católica na Alemanha. O imperador Carlos V buscou impedir o avanço das idéias de Lutero, mas foi forçado pelos Martinho Lutero príncipes “protestantes” a admitir a liberdade religiosa nos vários reinos alemães em 1555, através da “Paz de Augsburgo”. Até esta ocasião, os conflitos religiosos entre católicos e protestantes causaram milhares de mortes na Alemanha.
  • 18. O Luteranismo propôs: Sacerdócio universal e livre interpretação das Escrituras; Salvação pela fé; Fim do celibato; Sacramentos: Batismo e Eucaristia; Bíblia: única fonte da fé; Sem veneração aos santos, imagens e sem autoridade central.
  • 19. As idéias de Lutero influenciaram outros reformadores. Em 1522 Ulrich Zwinglio levou as reformas para a Suíça, pregando que a única autoridade sobre os cristãos era a própria Bíblia. Ulrich Zwinglio e João Calvino O clérigo católico francês João Calvino (1509-1564) aderiu ao movimento reformista em 1533, porém sua atuação ocorreu também na Suíça. Suas propostas deram origem ao Calvinismo, que possuía idéias que impulsionavam o capitalismo, pois afirmava que a prosperidade econômica era sinal de bênção de Deus.
  • 20. O Calvinismo propôs: Salvação: predestinação; Igreja com representantes eleitos e ministros = Assembléia Geral ou Presbítero; Verdade Divina apenas através da Bíblia; Culto simplificado: sem adoração aos santos e apenas com leitura da Bíblia;
  • 21. Na Inglaterra, o reformismo ocorreu por causas mais políticas do que religiosas. O rei Henrique VIII tentava limitar o poder da Igreja Católica e o estopim do rompimento foi a decisão do rei de divorciar-se da rainha Catarina de Aragão. O papa Clemente VII negou o divórcio e em 1534 o rei separou Estado e Igreja, confiscando bens e firmando uma nova igreja nacional que tinha o monarca como seu líder. Era criada a Igreja Anglicana.
  • 22. Tentando reagir aos reformistas, a própria Igreja Católica realizou sua reforma. Através do Concílio de Trento (1545-1563), diversas ações foram tomadas para conter a fuga de fiéis e impedir o avanço do protestantismo. O Concílio confirmou muitos dos fundamentos que eram criticados pelos reformistas Concílio de Trento (sacramentos, celibato, hierarquia, etc), mas reviu práticas como a cobrança das indulgências e buscou moralizar o comportamento do clero.
  • 23. A Reforma Católica propôs: Criação da Companhia de Jesus; Catecismo e seminários; Retorno da Inquisição; Criação do Index Librorum Prohibitorum (congregação do Index);
  • 24. O RENASCIMENTO As manifestações artísticas e a ciência da Idade Moderna também representaram uma grande transformação. As condições da sociedade exigiam novas maneiras de interpretação do mundo e pensadores, artistas e cientistas elaboraram novas formas de interpretar sua realidade e modificar as maneiras antigas de expressão do mundo e das coisas. Eles tentaram superar de vez a mentalidade medieval, buscando influência nas culturas clássicas da Grécia e de Roma. Por este motivo o movimento passou a ser conhecido como Renascimento.
  • 25. Fatores que influenciaram o Renascimento: Desenvolvimento urbano; Burguesia e acúmulo de riquezas; Humanismo: Individualismo; Racionalismo; Antropocentrismo X Teocentrismo; Invenção da imprensa por Johannes Guttemberg em 1445; Imprensa de Gutemberg
  • 26. Fases do Renascimento: TRECENTO (século XIV) Pensadores que já apresentavam inovações no pensamento ainda no período medieval. Defendiam a investigação, criticavam o pensamento da Igreja e tinham influência de filósofos greco-romanos. Dante Alighieri (1265-1321), autor de A Divina Comédia Francesco Petrarca (1304-1374), o “pai do Humanismo” Giovanni Boccaccio (1313-1337), autor de Decameron
  • 27. Na arte plástica e na arquitetura do período, destacou-se Giotto di Bondone (1266-1337), que já realizava trabalhos com técnicas que eram distintas daquelas que eram mais comuns na Idade Média.
  • 28.
  • 29. QUATTROCENTO (século XV) Tentativa de aproximação entre arte e ciência, empregando mais conhecimentos da geometria, da perspectiva, da iluminação. Impulso à pintura em telas de tecidos. A arquitetura da época também mereceu destaque por sua ousadia. Catedral de Florença, por Fillippo Brunellesschi Estátua de Gattamelata, por Donatello
  • 30. CINQUECENTO (século XVI) Período do apogeu renascentista. Principis destaque nas artes plásticas foram os gênios Leonardo da Vinci (1475-1564) e Michelangelo Buonarroti (1483-1520).
  • 31. Mona Lisa e a Última Ceia - Leonardo da Vinci
  • 32. Davi e a Criação do Homem - Michelangelo
  • 33. O Renascimento científico - Além das artes, a ciência também passou por importantes transformações. Destacam-se os seguintes cientistas e suas idéias: Miguel de Servet (1511-1553) Descobriu a “pequena circulação” ou circulação pulmonar Francis Bacon (1561-1626) Método dedutivo: partir de coisas concretas para a compreensão. Observação e experimentação.
  • 34. Nicolau Copérnico (1473-1543) Desenvolveu a teoria heliocêntrica. Sua tese foi retomada por Giordano Bruno (1548-1600), que foi condenado pela Inquisição por seus estudos científicos. Galileu Galilei (1564-1642) Fundador da Física moderna, chegou a conclusões semelhantes às de Copérnico e também foi perseguido pela Igreja. Johannes Kepler (1571-1630) Comprovou que as órbitas dos planetas eram elípticas. Giordano Bruno
  • 35. MERCANTILISMO E AS GRANDES NAVEGAÇÕES MERCANTILISMO - Doutrina econômica adotada pelas principais nações européias. Era caracterizado por: 1- Balança comercial favorável; 2- Protecionismo; 3- Metalismo; 4- Colonialismo.
  • 36. A burguesia mercantil estava cada vez mais ávida por lucros, o que estimulou a expansão comercial e a necessidade de conquista de novos mercados. Além do mais, havia a necessidade de enfrentar os concorrentes externos.
  • 37. Visando atingir mercados e chegar diretamente ao Oriente, as principais nações mercantis passaram a investir nas navegações ultramarinas. Com apoio do Estado, a burguesia tratou de investir em empreendimentos comerciais ousados e Portugal saiu na frente.
  • 38. O pioneirismo português se deveu aos seguintes fatores: Unificação e Estado Nacional em 1139; Posição geográfica; União: rei + burguesia + Igreja; Escola de Sagres - estudos e tecnologia; Diante de tais condições, Portugal iniciou a formação de seu império marítimo colonial, que vigorou entre 1415 e 1580. Dentre as conquistas portuguesas, estão: 1415 - Ceuta; 1425 - Medeira; 1427 - Açores; 1434 - Cabo Bojador; 1485 - Congo e Angola; 1487 - Interior da África; 1488 - Cabo das Tormentas; 1497 - Chegada à Índia; 1500 - Brasil.
  • 39. A Espanha concorria em desvantagem, mesmo assim, em 1492, conseguiu descobrir um novo continente, a América.
  • 40. Com o ingresso da América ao universo de influência da Europa, o desenvolvimento da economia tomou um impulso, bem como a integração deste “novo mundo” tornou um processo histórico mais amplo, envolvendo povos nativos e um variado pleno de conquista por parte dos europeus. A América passou a fazer parte desta história que tem a Europa como referência. FIM DA APRESENTAÇÃO