2. Antropologia no contexto das
descobertas.
O início de um pensamento sobre a antropologia está
inscrito em um contexto de mudanças na sociedade, seu
surgimento ocorre em meio a “descobertas” Europeias à
outros continentes. (Século XIV,
Grandes navegações;
Cronistas e viajantes ;
O papel da Igreja – no registro;
As questões sobre os povos “descobertos” – tão iguais porém,
tão diferentes.
3. A expansão da Europa sobre outros continentes, formam o cenário
do surgimento da antropologia como ciência.
Primeiro Espanha e Portugal
Logo em seguida: França , Inglaterra com o neocolonialismo – no
século XVIII (dominação indireta).
5. Mudança de paradigma
No final do século XVIII inicio do século XIX – a antropologia
começa a se estabelecer como ciência – desta forma , segue
as mudanças que também incorrem neste período:
Inicio da 1ª revolução industrial -
A constituição de um saber cientifico
O homem passa então a está nos centro do debate científico;
O domínio da natureza pelo homem ;
E a antropologia ?
6. O homem como objeto
Mas o projeto de fundar uma ciência do homem – uma
antropologia – é ao contrário , muito recente . De fato ,
apenas no final do século XVIII é que começa a se constituir
um saber cientifico (ou pretensamente cientifico ) que torna
no homem como objeto de conhecimento , e não mais a
natureza; ( LAPLANTINE , p.13)
Métodos de outras ciências aplicados ao estudo do homem (
biologia , física , geografia ).
7. Na segunda metade do século XIX – a antropologia atribui objetos
empíricos autônomos : Sociedades ditas primitivas, exteriores as
sociedades europeias e norte americana.
Dualidade da ciência – observador/objeto.
Não existe experimentação em laboratório - biologia ;física.
Nem observação ao longo do tempo a exemplo da história .
Sociedades longínquas
8. Que tipo de sociedades eram essas
As sociedades estudadas pelos antropólogos são sociedades
longínquas , as quais são atribuídas as seguintes
características: Sociedades de dimensões restritas ; que
tiveram poucos contatos com os grupos vizinhos ; cuja
tecnologia é pouco desenvolvida em relação à nossa; e nas
quais há uma menor especialização das atividades e funções
sociais . São também qualificadas como “simples”;
(LAPLANTINE , p.14)
10. A morte do objeto
Com a chegada do século XX a antropologia passa por uma crise de
identidade, impulsionado pelo desenvolvimento capitalista que chegou
até a população ditas “primitivas” .
Existiram três perspectivas :
1.Aceitar a morte do objeto e se voltar para outras ciências;
2. Buscar uma nova área de investigação: tomando para si o estudo
sobre o camponês tratando-o como “selvagem”;
3. E por último algo que não exclui o anterior , mas que assume uma
nova perspectiva de olhar o todo e não mais a parte
a) O estudo do homem inteiro;
b) O estudo do homem em todas as sociedades , sob todos os
seus estados e todas épocas;
12. O que caracteriza a antropologia.
Aquilo que, de fato
caracteriza a unidade do
homem , de que a
antropologia , como já
dissemos e voltaremos a
dizer ,... Formas de
organização social
extremamente diversos.
13. O projeto antropológico
consiste , portanto, no
reconhecimento ,
conhecimento , juntamente
com a compreensão de
uma humanidade plural .
14. A base do conhecimento antropológico, é entender que para
conhecer a nossa cultura, precisamos conhecer outras “ e
devemos essencialmente reconhecer que somos uma cultura
possível entre tantas outras, mas não a única” (LAPLANTINE ,
p.21)
16. Tipos de antropologia
Antropologia biológica – Busca estuda a relação dos
aspectos genéticos e o meio em que o homem vive .
Antropologia pré-histórica – manter relação com a
arqueologia porém vai além das descobertas e vestígios
deixados pelos antepassados, concentra-se no estudo
das organizações desses povos;
18. • Compreende os
aspectos psicológico
dos indivíduos , uma
vez que não lidamos
apenas com
processos sociais ,
mas com indivíduos
Antropologia
Psicológica
19. • Abrange tudo que
constitui uma sociedade :
seus modos de produção
econômica , suas
técnicas , sua
organização política e
jurídica , seus sistemas
de parentesco; crenças
religiosas ; língua etc.
Antropologia
cultural e
social.
20. Lévi- Strauss, - os antropólogos estudam aquilo que
não encontra-se registrado nem na pedra nem no
papel, mas nos gestos, costumes , nas trocas
simbólicas , os menores detalhes do
comportamento humano (adaptado).
21. Estudo do Homem em sua diversidade
A Antropologia nasce estudando apenas o exótico, as
sociedades extra-europeias.
Produz um tipo de conhecimento especifico para contribuir
nas ciências humanas, a partir do tipo de observação direta e
dos métodos utilizados;
O distanciamento dessas sociedades observadas, é a chave de
leitura da própria sociedade, onde o que antes era percebido
como natural passa a ser reconhecido como cultural.
22. Observar sociedades distantes possibilitou a
antropologia criar a ideia de estranhamento,
que é “ a perplexidade provocada pelo
encontro vai levar a uma modificação do
olhar que se tinha sobre si mesmo.”
(LAPLANTINE , p.21)
27. ALTERIDADE
A palavra alteridade possui o prefixo latino alter, que significa outro, colocar-se
no lugar de outro na relação interpessoal, com valorização, consideração,
identificação, e diálogo com o outro. A prática da alteridade se conecta tanto
entre indivíduos, quanto entre grupos, bem ainda entre indivíduo e a natureza. A
prática alteritária leva em conta sempre os fenômenos da complementaridade e
da interdependência, no modo de pensar, de sentir, de agir, sem a preocupação
com a sobreposição, assimilação ou destruição do outro com o qual nos
relacionamos.
A prática da alteridade pretende conduzir da diferença à soma nas relações
interpessoais entre os seres humanos, na medida em que propõe estabelecer
uma relação pacífica e construtiva com os diferentes, na medida em que se
identifique, entenda e aprenda a aprender com o contrário.
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/10241/alteridade-categoria-fundamental-da-etica-ambiental/2#ixzz3JAewx1yz
30. “ A descoberta da alteridade é a de uma relação que nos
permite deixar de identificar nossa pequena província de
humanidade, e correlativamente deixar de rejeitar o
presumido “selvagem” fora de nós mesmos.” (LAPLANTINE ,
p.23)
31. Questões para o debate
Quem somos nós?
Qual o nosso papel como futuro profissional
da saúde?
Como podemos estimular a alteridade?
Quem são os Sonacirema?
32. Alteridade
Texto para discussão em sala: “O ritual do corpo entre os
Sonacirema”
Quem é o outro
Quem somos nós ?
Qual a relação que alteridade tem com o fazer do profissional
da saúde?
Quem são os Sonacirema?
Leitura complementar :VELHO, Gilberto, “Observando O
famíliar”.
DAMATTA, Roberto . Relativizando, Introdução a antropologia
social.