SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
HANNAH ARENDT
 1924 — 1929
 Anos de Universidade
 Ela iniciou seus estudos formais na
Universidade de Marburg em 1924 e foi
brevemente aluna e amante de Martin
Heidegger. Arendt continuou seus estudos nas
Universidades de Freiburg e Heidelberg.
 1930 — 1933
 Militância e prisão
 Hannah participava ativamente da
Organização Sionista Alemã liderada por Kurt
Blumenfeld. Enquanto conduzia pesquisas
que comprovassem a extensão da ação anti-
semita em organizações, Arendt foi presa pela
Gestapo e detida em Alexanderplatz por um
jovem guarda alemão, que “tinha um rosto tão
aberto e honesto”, que acabou por liberá-la
após oito dias.
1933
Fuga
Hannah deixou então a Alemanha
com sua mãe e sem documentos
de viagem para Praga, Genebra e,
posteriormente, para Paris.
1933 — 1941
Paris
Em Paris, onde trabalhou para
organizações que ajudavam refugiados
judeus a emigrar para a Palestina e
proporcionavam ajuda legal a
antifascistas, ela encontrou um grupo de
pares que incluía artistas e operários,
judeus e não judeus, incluindo seu
segundo marido Heirich Blücher, Walter
Benjamin e Bertold Brecht.
 1933 — 1951
 Apátrida
 Por dezoito anos Arendt foi uma apátrida,
entre sua fuga da Alemanha nazista em 1933
e o recebimento de sua cidadania norte-
americana em 1951, foi seu período mais ativo
politicamente.
1936
Heinrich Blücher
Conhece o segundo marido,
Heinrich Blücher, na primavera.
Desde o início a vida do casal
girava em torno do que os
ligava de modo mais importante
e duradouro: a conversação,
que promovia uma troca intensa
de conhecimento e visões de
mundo, que transformou e
participou da construção do
pensamento de ambos.
1941
Rumo a Nova York
Arendt escapa da França, via
Espanha, para Lisboa, onde
embarca para os Estados Unidos.
Em maio, chega a Nova York.
1941 — 1945
Aufbau
Como colunista do Aufbau, o jornal dos imigrantes
judeus-alemães, passa a defender que os judeus se
juntassem para combater Hitler como um povo
europeu.
1942
Grupo Judaico Jovem
Arendt e Joseph Maier formam o "Die jungjüdische
Gruppe". O lema do grupo era a luta por um exército
judaico.1948 — 1952
Organização de Reconstrução Cultural Judaica
Hannah Arendt foi diretora executiva da Organização
de Reconstrução Cultural Judaica, viajando para a
Europa entre 1949 e 1950 para dirigir a operação que
ao final recuperou um milhão e meio de volumes de
Hebraica e Judaica, centenas de objetos cerimoniais e
artísticos e mais de mil rolos de lei.
 1951
 As origens do totalitarismo
 Publicação de "The Origins of Totalitarianism",
uma de suas obras mais importante, que a
projetou internacionalmente. A partir daí, ela
passa a dar conferências em Yale, Columbia,
Harvard, Princeton, Chicago, mas também na
Alemanha e em Paris.
 Torna-se cidadã americana
1961
Repórter do Julgamento de Adolf Eichmann
Hannah Arendt foi cobrir pelo "New Yorker", o
julgamento de Adofl Eichmann em Jerusalém.
Para ela, comparecer a esse julgamento era uma
obrigação que ela devia a seu passado, uma cura
posterior.
1963
Eichmann em Jerusalém
Publicação de "Eichmann in Jerusalem: A
Report", talvez o livro mais polêmico de Arendt,
em que ela traz o conceito da banalidade do mal
1967 — 1975
New School for Social Research
Foi professora da New School for Social
Research, Nova York
1975
Morte
Sofre ataque cardíaco em maio de 1974 e
morre em Nova York em 4 de Dezembro
de 1975.
Totalitarismo segundo H. Arendt
 O totalitarismo é original. Nunca houve algo
parecido na história. Arendt, distingue
totalitarismo de tirania e ditadura.
 O regime totalitário nasce da degradação do
Estado-nação, do imperialismo e do
antissemitismo.
 Caracteriza-se pela busca incasável por
inimigos a serem destruídos, minorias a serem
liquidadas pelo simples fato de existirem.
 A filósofa aponta o nazismo e o comunismo
soviético.
Características
 Uma estrutura de poder voltada para uma
forma total de dominação. Não se detém
diante da tarefa de eliminar populações
inteiras, para fazer triunfar ideias e crenças na
superioridade de raças e de ideologias.
 Os regimes totalitários seguem a lógica de
sistemas de dominação que fazem das
diferenças étnicas e de classe motor para um
processo de exclusão e domínio.
Características
 No totalitarismo o terror é a essência do
sistema.
 O terror é o instrumento corriqueiro para
governar as massas. Volta-se não apenas
contra os seus inimigos mas também contra
os aliados e correligionários. Sendo assim, o
totalitarismo se distingue da ditadura e da
tirania.
 Empregam o terror mesmo contra uma
população já subjulgada.
A Banalidade do mal
 "Eichmann em Jerusalém" é um dos livros mais
famosos de Hannah Arendt. É fruto da cobertura
jornalística, feita para a revista "New Yorker", do
julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann,
sequestrado na Argentina pelo exército israelense
e levado ao banco dos réus em 1961.
 Eichmann foi um dos responsáveis pela chamada
"solução final", a decisão de extermínio
meticuloso dos judeus que Hitler adotara em meio
da guerra. Alegou em sua defesa que cumpria
apenas ordens superiores, irrecusáveis dadas as
circunstâncias etc.
A Banalidade do mal
 Hannah Arendt soube fixar em seu ensaio a
"neutralidade" administrativa do relato sobre
como deportou seu rebanho humano. Assim, o
mal era deslocado do seu lugar de costume.
 Aqui, o mal se dissipa numa estrutura
compartimentada e impessoal onde a
crueldade, multiplicada pela eficiência,
funciona em regime. A culpa é compartilhada,
se esvai ao longo de uma rede de conexões,
obediências devidas, hábitos adquiridos,
insensibilidade burocrática.
Referências
 Blog do Centro de Estudos Hannah Arendt
 Filme, “Hannah Arendt”, links:
 http://www.filmesonlineflv.net/2015/05/assistir-
hannah-arendt-legendado.html
http://www.filosofianaescola.com.br/2013/11/h
annah-arendt-filme-online.html
 Obra, “As origens do totalitarismo”;
 Obra, “Eichmann em Jerusalém”;
 Obra, “A condição humana”.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Filosofia: Hannah Arendt
Filosofia: Hannah ArendtFilosofia: Hannah Arendt
Filosofia: Hannah Arendt
 
Hannah arendt e o totalitarismo
Hannah arendt e o totalitarismoHannah arendt e o totalitarismo
Hannah arendt e o totalitarismo
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
Maquiavel
MaquiavelMaquiavel
Maquiavel
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1
 
Karl marx
Karl marxKarl marx
Karl marx
 
Zygmunt Bauman
Zygmunt BaumanZygmunt Bauman
Zygmunt Bauman
 
4 filosofia e senso comum
4 filosofia e senso comum 4 filosofia e senso comum
4 filosofia e senso comum
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
 
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurtteoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
 
INDIVÍDUO E SOCIEDADE
INDIVÍDUO E SOCIEDADEINDIVÍDUO E SOCIEDADE
INDIVÍDUO E SOCIEDADE
 
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de  Frankfurt - Indústria CulturalEscola de  Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
 
Poder, política e estado
Poder, política e estadoPoder, política e estado
Poder, política e estado
 
Alienação e-trabalho
Alienação e-trabalhoAlienação e-trabalho
Alienação e-trabalho
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
 
ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA
 
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
 
Sociologia no Brasil
Sociologia no BrasilSociologia no Brasil
Sociologia no Brasil
 

Destaque

Hannah arendt
Hannah arendtHannah arendt
Hannah arendtlilianabp
 
Teoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de KantTeoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de KantJorge Lopes
 
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5Dani Ferreira
 
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...Pedagogiapibid
 
Hannah Arendt: a crise na educação
Hannah Arendt: a crise na educaçãoHannah Arendt: a crise na educação
Hannah Arendt: a crise na educaçãoPedagogiapibid
 
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pb
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pbEntrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pb
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pbricardogeo11
 
O conceito de liberdade em Hannah Arendt
O conceito de liberdade em Hannah ArendtO conceito de liberdade em Hannah Arendt
O conceito de liberdade em Hannah ArendtMaria Elly Herz Genro
 
Hannah arendt (1906 1975)
Hannah arendt (1906 1975)Hannah arendt (1906 1975)
Hannah arendt (1906 1975)jcalzamora
 
Slides geohist larissa
Slides geohist larissaSlides geohist larissa
Slides geohist larissaRomulo Braga
 
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE Isaquel Silva
 
Sintese De Epicuro
Sintese De  EpicuroSintese De  Epicuro
Sintese De Epicuroalbiofabian
 

Destaque (20)

Hannah apresentacao (1)
Hannah apresentacao (1)Hannah apresentacao (1)
Hannah apresentacao (1)
 
Hannah arendt filo 11_b
Hannah arendt filo 11_bHannah arendt filo 11_b
Hannah arendt filo 11_b
 
Hannah arendt
Hannah arendtHannah arendt
Hannah arendt
 
Immanuel kant
Immanuel kantImmanuel kant
Immanuel kant
 
Teoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de KantTeoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de Kant
 
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5
RESENHA - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS CAP 1 E 5
 
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA NA ESCOLA E A HORA DO “RECRE...
 
Hannah Arendt: a crise na educação
Hannah Arendt: a crise na educaçãoHannah Arendt: a crise na educação
Hannah Arendt: a crise na educação
 
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pb
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pbEntrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pb
Entrevista arendt tradução adriano correia 45 131-1-pb
 
O conceito de liberdade em Hannah Arendt
O conceito de liberdade em Hannah ArendtO conceito de liberdade em Hannah Arendt
O conceito de liberdade em Hannah Arendt
 
Hannah arendt (1906 1975)
Hannah arendt (1906 1975)Hannah arendt (1906 1975)
Hannah arendt (1906 1975)
 
Slides geohist larissa
Slides geohist larissaSlides geohist larissa
Slides geohist larissa
 
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE
Vestibular 2014 - PROVAS ESPECÍFICAS DA UPE
 
1aula vestibular - filosofia
1aula   vestibular - filosofia1aula   vestibular - filosofia
1aula vestibular - filosofia
 
Hannah Arendt
Hannah ArendtHannah Arendt
Hannah Arendt
 
O que é filosofia
O que é filosofiaO que é filosofia
O que é filosofia
 
Aula Para que serve a filosofia?
Aula  Para que serve a filosofia?Aula  Para que serve a filosofia?
Aula Para que serve a filosofia?
 
Sintese De Epicuro
Sintese De  EpicuroSintese De  Epicuro
Sintese De Epicuro
 
Hannah arendt
Hannah arendtHannah arendt
Hannah arendt
 
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da FilosofiaAula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
 

Semelhante a Hannah arendt

Semelhante a Hannah arendt (20)

Hannah arendt.pptx
Hannah arendt.pptxHannah arendt.pptx
Hannah arendt.pptx
 
Hannah arendt.pdf
Hannah arendt.pdfHannah arendt.pdf
Hannah arendt.pdf
 
Nazismo
NazismoNazismo
Nazismo
 
Holocausto + Direitos Humanos
Holocausto + Direitos HumanosHolocausto + Direitos Humanos
Holocausto + Direitos Humanos
 
Minorias na II guerra mundial
Minorias na II guerra mundial Minorias na II guerra mundial
Minorias na II guerra mundial
 
Nazismo
NazismoNazismo
Nazismo
 
Nazismo
NazismoNazismo
Nazismo
 
Escola de frankfurt (1)
Escola de frankfurt (1)Escola de frankfurt (1)
Escola de frankfurt (1)
 
Design gráfico 3a aula
Design  gráfico   3a aulaDesign  gráfico   3a aula
Design gráfico 3a aula
 
O Nazismo
O NazismoO Nazismo
O Nazismo
 
As obras do Nazismo - Prof. Altair Aguilar
As obras do Nazismo - Prof. Altair AguilarAs obras do Nazismo - Prof. Altair Aguilar
As obras do Nazismo - Prof. Altair Aguilar
 
Nazismo
NazismoNazismo
Nazismo
 
Escola de frankfurt 32
Escola de frankfurt 32Escola de frankfurt 32
Escola de frankfurt 32
 
O Nazismo
O NazismoO Nazismo
O Nazismo
 
O nazismo[1]
O nazismo[1]O nazismo[1]
O nazismo[1]
 
Resenha do filme olga belle apresentaçâo
Resenha do filme olga   belle apresentaçâoResenha do filme olga   belle apresentaçâo
Resenha do filme olga belle apresentaçâo
 
4.Escola_de_Frankfurt
4.Escola_de_Frankfurt4.Escola_de_Frankfurt
4.Escola_de_Frankfurt
 
A propaganda Nazi
A propaganda Nazi A propaganda Nazi
A propaganda Nazi
 
Hannah arendt 11_b
Hannah arendt 11_bHannah arendt 11_b
Hannah arendt 11_b
 
O holocausto foi a perseguição e o extermínio sistemático
O holocausto foi a perseguição e o extermínio sistemáticoO holocausto foi a perseguição e o extermínio sistemático
O holocausto foi a perseguição e o extermínio sistemático
 

Hannah arendt

  • 2.  1924 — 1929  Anos de Universidade  Ela iniciou seus estudos formais na Universidade de Marburg em 1924 e foi brevemente aluna e amante de Martin Heidegger. Arendt continuou seus estudos nas Universidades de Freiburg e Heidelberg.
  • 3.  1930 — 1933  Militância e prisão  Hannah participava ativamente da Organização Sionista Alemã liderada por Kurt Blumenfeld. Enquanto conduzia pesquisas que comprovassem a extensão da ação anti- semita em organizações, Arendt foi presa pela Gestapo e detida em Alexanderplatz por um jovem guarda alemão, que “tinha um rosto tão aberto e honesto”, que acabou por liberá-la após oito dias.
  • 4. 1933 Fuga Hannah deixou então a Alemanha com sua mãe e sem documentos de viagem para Praga, Genebra e, posteriormente, para Paris.
  • 5. 1933 — 1941 Paris Em Paris, onde trabalhou para organizações que ajudavam refugiados judeus a emigrar para a Palestina e proporcionavam ajuda legal a antifascistas, ela encontrou um grupo de pares que incluía artistas e operários, judeus e não judeus, incluindo seu segundo marido Heirich Blücher, Walter Benjamin e Bertold Brecht.
  • 6.  1933 — 1951  Apátrida  Por dezoito anos Arendt foi uma apátrida, entre sua fuga da Alemanha nazista em 1933 e o recebimento de sua cidadania norte- americana em 1951, foi seu período mais ativo politicamente.
  • 7. 1936 Heinrich Blücher Conhece o segundo marido, Heinrich Blücher, na primavera. Desde o início a vida do casal girava em torno do que os ligava de modo mais importante e duradouro: a conversação, que promovia uma troca intensa de conhecimento e visões de mundo, que transformou e participou da construção do pensamento de ambos.
  • 8. 1941 Rumo a Nova York Arendt escapa da França, via Espanha, para Lisboa, onde embarca para os Estados Unidos. Em maio, chega a Nova York.
  • 9. 1941 — 1945 Aufbau Como colunista do Aufbau, o jornal dos imigrantes judeus-alemães, passa a defender que os judeus se juntassem para combater Hitler como um povo europeu. 1942 Grupo Judaico Jovem Arendt e Joseph Maier formam o "Die jungjüdische Gruppe". O lema do grupo era a luta por um exército judaico.1948 — 1952 Organização de Reconstrução Cultural Judaica Hannah Arendt foi diretora executiva da Organização de Reconstrução Cultural Judaica, viajando para a Europa entre 1949 e 1950 para dirigir a operação que ao final recuperou um milhão e meio de volumes de Hebraica e Judaica, centenas de objetos cerimoniais e artísticos e mais de mil rolos de lei.
  • 10.  1951  As origens do totalitarismo  Publicação de "The Origins of Totalitarianism", uma de suas obras mais importante, que a projetou internacionalmente. A partir daí, ela passa a dar conferências em Yale, Columbia, Harvard, Princeton, Chicago, mas também na Alemanha e em Paris.  Torna-se cidadã americana
  • 11. 1961 Repórter do Julgamento de Adolf Eichmann Hannah Arendt foi cobrir pelo "New Yorker", o julgamento de Adofl Eichmann em Jerusalém. Para ela, comparecer a esse julgamento era uma obrigação que ela devia a seu passado, uma cura posterior. 1963 Eichmann em Jerusalém Publicação de "Eichmann in Jerusalem: A Report", talvez o livro mais polêmico de Arendt, em que ela traz o conceito da banalidade do mal
  • 12. 1967 — 1975 New School for Social Research Foi professora da New School for Social Research, Nova York 1975 Morte Sofre ataque cardíaco em maio de 1974 e morre em Nova York em 4 de Dezembro de 1975.
  • 13. Totalitarismo segundo H. Arendt  O totalitarismo é original. Nunca houve algo parecido na história. Arendt, distingue totalitarismo de tirania e ditadura.  O regime totalitário nasce da degradação do Estado-nação, do imperialismo e do antissemitismo.  Caracteriza-se pela busca incasável por inimigos a serem destruídos, minorias a serem liquidadas pelo simples fato de existirem.  A filósofa aponta o nazismo e o comunismo soviético.
  • 14. Características  Uma estrutura de poder voltada para uma forma total de dominação. Não se detém diante da tarefa de eliminar populações inteiras, para fazer triunfar ideias e crenças na superioridade de raças e de ideologias.  Os regimes totalitários seguem a lógica de sistemas de dominação que fazem das diferenças étnicas e de classe motor para um processo de exclusão e domínio.
  • 15. Características  No totalitarismo o terror é a essência do sistema.  O terror é o instrumento corriqueiro para governar as massas. Volta-se não apenas contra os seus inimigos mas também contra os aliados e correligionários. Sendo assim, o totalitarismo se distingue da ditadura e da tirania.  Empregam o terror mesmo contra uma população já subjulgada.
  • 16. A Banalidade do mal  "Eichmann em Jerusalém" é um dos livros mais famosos de Hannah Arendt. É fruto da cobertura jornalística, feita para a revista "New Yorker", do julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina pelo exército israelense e levado ao banco dos réus em 1961.  Eichmann foi um dos responsáveis pela chamada "solução final", a decisão de extermínio meticuloso dos judeus que Hitler adotara em meio da guerra. Alegou em sua defesa que cumpria apenas ordens superiores, irrecusáveis dadas as circunstâncias etc.
  • 17. A Banalidade do mal  Hannah Arendt soube fixar em seu ensaio a "neutralidade" administrativa do relato sobre como deportou seu rebanho humano. Assim, o mal era deslocado do seu lugar de costume.  Aqui, o mal se dissipa numa estrutura compartimentada e impessoal onde a crueldade, multiplicada pela eficiência, funciona em regime. A culpa é compartilhada, se esvai ao longo de uma rede de conexões, obediências devidas, hábitos adquiridos, insensibilidade burocrática.
  • 18. Referências  Blog do Centro de Estudos Hannah Arendt  Filme, “Hannah Arendt”, links:  http://www.filmesonlineflv.net/2015/05/assistir- hannah-arendt-legendado.html http://www.filosofianaescola.com.br/2013/11/h annah-arendt-filme-online.html  Obra, “As origens do totalitarismo”;  Obra, “Eichmann em Jerusalém”;  Obra, “A condição humana”.