1. 0S TEÓRICOS ABSOLUTISTAS
• Maquiavel- escreveu
a obra: O príncipe,
nele o autor
reconhece que o
chefe de Estado
pode tudo para se
manter no poder
( os fins justificam
os meios).
2. Jacques Bossuet - escreveu a
origem da sagrada escritura,
nela o rei tem a autoridade
dada por Deus.
• Jean Bodin - autor de “A
República” defende a idéia
da soberania não partilhada.
Para ele o poder também
emana de Deus e o príncipe
tem o poder de legislar sem
precisar do consentimento
de quem quer que seja.
3. Há três características essenciais na autoridade
real. Em primeiro lugar a autoridade real é sagrada,
em segundo lugar é paternal e em terceiro lugar é
absoluta.
Deus estabelece os reis como seus ministros e
reina través deles sobre os povos. Os príncipes agem
como ministros de Deus. É por isso que nós
consideramos o trono real não como o trono de um
homem, mas como o trono do próprio Deus.
Decorre de tudo isso que a pessoa do rei é
sagrada e que atentar contra ela é um sacrilégio.
Bossuet
4. O Exemplo FranCês: Luís XIV
Considerado o
“Rei Sol” e
famoso pela
frase “ L’ État
c’est moi!
5. O seu poder provém
de Deus , este
escolheu-os para
governarem em seu
nome e são
representantes Dele
na Terra.
Atentar contra a
pessoa do rei é
considerado um
sacrilégio e deve-se
obedecer-lhe sem o
contestar
6. O rei é
como um
pai para o
seu povo
devendo-o
proteger
7. Governa sem prestar
contas a ninguém.
Detém o poder
legislativo, executivo,
judicial, económico,
financeiro , poder de
cunhar moeda,
cobrar impostos,
poder militar e poder
de decidir sobre a
guerra e a paz.
8.
9. Domínio de todos os
grupos sociais
Controlo do Clero,
passando a nomear os
Bispos
Controlo da nobreza
chamando-a para viver na
Corte
Controlo da Burguesia
permitindo-lhe obter
cargos e títulos desde
que apoiassem o rei
11. O palco palaciano: a cenografia do poder no salão, na
esplanada, no jardim
Por sua vez, os reis
apostaram numa
encenação do poder
absoluto que passava
pela exuberância dos
seus palácios, centros
sociais e de cultura,
rodeados por faustosos
parques
O melhor caso é
Versailles, de Luís XIV,
de Mansart (1678-1684).
Versailles era um palco
dourado para as
intrigas e os jogos de
influência da corte
12. O Palácio de Versalhes foi
construído à imagem do rei e podia
albergar 7 mil pessoas.
13. O Palácio passou de
O palácio de Versalhes – a cidade dos ricos
700 habitantes em
1664, para10.000 em
1744.
Representou a
monarquia absoluta
de 1682 a 1789.
Embora dentro do
espírito barroco, nas
fachadas, nos jardins
e espelhos de água.
É também um
exemplo do
classicismo pela
simetria, harmonia e
regularidade.
Versalhes é um
espectáculo posto
num palco onde tudo
converge para a glória
do Rei: arquitectura,
pintura, escultura,
ornamentação,
mobiliário e jardins.
14.
15. A Corte instalada em Versalhes atrai a
camada superior da nobreza tradicional que
passa a beneficiar de pensões e doações do
rei, estando assim completamente dominada
por ele
Quem pretendia um cargo só poderia obtê-lo
na Corte
Quem virava as costas à Corte virava as
costas ao poder e ao dinheiro que o rei
distribuía magnanimamente
O luxo da corte arruinou a nobreza que
rivalizava no traje, nas cabeleiras, na
ostentação, esquecendo-se que a sua
influência política desaparecia
16. A nobreza ao vir viver para a corte
que exigia demasiados gastos,
depressa vai verificar que tem
que se submeter ao poder do rei e
fazer tudo para lhe agradar, já que
é através dos cargos e doações
que o rei assegura a sua
sobrevivência
As festas, bailes eram locais onde
se mostrava o luxo de cada um ,
daí que a nobreza se vai endividar
17. A sociedade da corte tinha
que obedecer a normas
impostas por um protocolo
rígido.
Ela era utilizada para
encenar o poder do rei.
Era o meio que este tinha de
fazer publicidade a si
mesmo, aparecendo em
todas as situações como
chefe supremo.
Criou-se em torno do rei um
cerimonial cujo objectivo
era exaltar a sua imagem
divina
18.
19. Cada gesto do monarca adquiria um significado
político , social e diplomático
Todos estavam dependentes de um sorriso , de uma
palavra de agrado
Um acto simples como o levantar do rei era um grande
acontecimento
Teciam-se intrigas junto ao rei para que este
escolhesse quem ia estar presente no seu despertar,
despir-lhe a camisa, dar o nó da gravata, apertar-lhe os
sapatos
Feliz daquele que que era recompensado com uma
palavra amável do rei, mas depois era invejado e alvo
de intrigas durante todo o dia
20. Esta idolatria pelo rei, mesmo a simples
alegria de o contemplar manifestam-se a cada
instante:
“O que me dá um prazer supremo é viver 4
horas inteiras com o rei. É o suficiente para
contentar todo um reino que deseja
apaixonadamente ver o seu amo” (Madame
de Sévigné)
“Ele é como Deus, é necessário esperar a sua
vontade com submissão e tudo esperar da sua
justiça e da sua bondade sem impaciência para
sermos merecedores” (prima do rei)
“Prefiro morrer a estar dois ou três meses
sem ver o rei” (Cardeal Richelieu)
“Sire, longe de vós não se é somente infeliz,
é-se ridículo”(Marquês de Vardes depois de
uma grande exílio)
21.
22. O rei aproveitava-se destas rivalidades para
dividir os grupos sociais e poder reinar sem
temer conspirações
Os comportamentos eram todos bem pensados,
as pessoas não demonstravam o que sentiam
pois sabiam que isso podia ser usado contra
eles
“ Era necessário mais parecer do que ser”.
23. O rei é Deus
Os dignitários e cortesãos são os padres
A teoria do poder real é o dogma
A etiqueta são os ritos
Versalhes é o templo
Os súbditos são os fiéis
Todos aqueles que se opõem são os
heréticos.
Hubert Méthivier
24. O espectáculo mais
profundamente revelador
é o da missa do rei, na
capela, onde a multidão
de cortesãos, frente à
tribuna do rei, volta as
costas ao padre e ao
altar e parece adorar o
príncipe.