SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
0S TEÓRICOS ABSOLUTISTAS


• Maquiavel- escreveu
  a obra: O príncipe,
  nele     o      autor
  reconhece    que    o
  chefe de Estado
  pode tudo para se
  manter no poder
   ( os fins justificam
  os meios).
Jacques Bossuet - escreveu a
origem da sagrada escritura,
nela o rei tem a autoridade
dada por Deus.



• Jean Bodin - autor de “A
  República” defende a idéia
  da soberania não partilhada.
  Para ele o poder também
  emana de Deus e o príncipe
  tem o poder de legislar sem
  precisar do consentimento
  de quem quer que seja.
Há três características essenciais na autoridade
real. Em primeiro lugar a autoridade real é sagrada,
em segundo lugar é paternal e em terceiro lugar é
absoluta.
   Deus estabelece os reis como seus ministros e
reina través deles sobre os povos. Os príncipes agem
como ministros de Deus. É por isso que nós
consideramos o trono real não como o trono de um
homem, mas como o trono do próprio Deus.
   Decorre de tudo isso que a pessoa do rei é
sagrada e que atentar contra ela é um sacrilégio.

                                            Bossuet
O Exemplo FranCês: Luís XIV

 Considerado o
  “Rei Sol” e
  famoso pela
  frase “ L’ État
  c’est moi!
O seu poder provém
de Deus , este
escolheu-os para
governarem em seu
nome e são
representantes Dele
na Terra.
Atentar contra a
pessoa do rei é
considerado um
sacrilégio e deve-se
obedecer-lhe sem o
contestar
O rei é
 como um
pai para o
 seu povo
devendo-o
 proteger
Governa sem prestar
contas a ninguém.
Detém o poder
legislativo, executivo,
judicial, económico,
financeiro , poder de
cunhar moeda,
cobrar impostos,
poder militar e poder
de decidir sobre a
guerra e a paz.
Domínio de todos os
grupos sociais
Controlo do Clero,
passando a nomear os
Bispos
Controlo da nobreza
chamando-a para viver na
Corte
Controlo da Burguesia
permitindo-lhe obter
cargos e títulos desde
que apoiassem o rei
A Corte é o espelho do poder do
 rei!
O palco palaciano: a cenografia do poder no salão, na
                   esplanada, no jardim

 Por sua vez, os reis
  apostaram numa
  encenação do poder
  absoluto que passava
  pela exuberância dos
  seus palácios, centros
  sociais e de cultura,
  rodeados por faustosos
  parques
 O melhor caso é
  Versailles, de Luís XIV,
  de Mansart (1678-1684).
  Versailles era um palco
  dourado para as
  intrigas e os jogos de
  influência da corte
O Palácio de Versalhes foi
 construído à imagem do rei e podia
 albergar 7 mil pessoas.
O Palácio passou de
O palácio de Versalhes – a cidade dos ricos
                                              700 habitantes em
                                              1664, para10.000 em
                                              1744.
                                              Representou a
                                              monarquia absoluta
                                              de 1682 a 1789.
                                              Embora dentro do
                                              espírito barroco, nas
                                              fachadas, nos jardins
                                              e espelhos de água.
                                              É também um
                                              exemplo do
                                              classicismo pela
                                              simetria, harmonia e
                                              regularidade.
                                              Versalhes é um
                                              espectáculo posto
                                              num palco onde tudo
                                              converge para a glória
                                              do Rei: arquitectura,
                                              pintura, escultura,
                                              ornamentação,
                                              mobiliário e jardins.
 A Corte instalada em Versalhes atrai a
  camada superior da nobreza tradicional que
  passa a beneficiar de pensões e doações do
  rei, estando assim completamente dominada
  por ele
 Quem pretendia um cargo só poderia obtê-lo
  na Corte
 Quem virava as costas à Corte virava as
  costas ao poder e ao dinheiro que o rei
  distribuía magnanimamente
 O luxo da corte arruinou a nobreza que
  rivalizava no traje, nas cabeleiras, na
  ostentação, esquecendo-se que a sua
  influência política desaparecia
A nobreza ao vir viver para a corte
 que exigia demasiados gastos,
 depressa vai verificar que tem
 que se submeter ao poder do rei e
 fazer tudo para lhe agradar, já que
 é através dos cargos e doações
 que o rei assegura a sua
 sobrevivência
As festas, bailes eram locais onde
 se mostrava o luxo de cada um ,
 daí que a nobreza se vai endividar
 A sociedade da corte tinha
  que obedecer a normas
  impostas por um protocolo
  rígido.
 Ela era utilizada para
  encenar o poder do rei.
 Era o meio que este tinha de
  fazer publicidade a si
  mesmo, aparecendo em
  todas as situações como
  chefe supremo.
 Criou-se em torno do rei um
  cerimonial cujo objectivo
  era exaltar a sua imagem
  divina
 Cada gesto do monarca adquiria um significado
  político , social e diplomático
 Todos estavam dependentes de um sorriso , de uma
  palavra de agrado
 Um acto simples como o levantar do rei era um grande
  acontecimento



 Teciam-se intrigas junto ao rei para que este
  escolhesse quem ia estar presente no seu despertar,
  despir-lhe a camisa, dar o nó da gravata, apertar-lhe os
  sapatos
 Feliz daquele que que era recompensado com uma
  palavra amável do rei, mas depois era invejado e alvo
  de intrigas durante todo o dia
Esta idolatria pelo rei, mesmo a simples
alegria de o contemplar manifestam-se a cada
instante:
    “O que me dá um prazer supremo é viver 4
   horas inteiras com o rei. É o suficiente para
   contentar todo um reino que deseja
   apaixonadamente ver o seu amo” (Madame
   de Sévigné)
 “Ele é como Deus, é necessário esperar a sua
vontade com submissão e tudo esperar da sua
justiça e da sua bondade sem impaciência para
sermos merecedores” (prima do rei)
 “Prefiro morrer a estar dois ou três meses
sem ver o rei” (Cardeal Richelieu)
 “Sire, longe de vós não se é somente infeliz,
é-se ridículo”(Marquês de Vardes depois de
uma grande exílio)
 O rei aproveitava-se destas rivalidades para
  dividir os grupos sociais e poder reinar sem
  temer conspirações
 Os comportamentos eram todos bem pensados,
  as pessoas não demonstravam o que sentiam
  pois sabiam que isso podia ser usado contra
  eles




 “ Era necessário mais parecer do que ser”.
O rei é Deus
             Os dignitários e cortesãos são os padres
             A teoria do poder real é o dogma
             A etiqueta são os ritos
             Versalhes é o templo
             Os súbditos são os fiéis
             Todos aqueles que se opõem são os
heréticos.



                                        Hubert Méthivier
O     espectáculo   mais
profundamente revelador
é o da missa do rei, na
capela, onde a multidão
de cortesãos, frente à
tribuna do rei, volta as
costas ao padre e ao
altar e parece adorar o
príncipe.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

5 03 a geografia dos movimentos revolucionários
5 03 a geografia dos movimentos revolucionários5 03 a geografia dos movimentos revolucionários
5 03 a geografia dos movimentos revolucionáriosVítor Santos
 
A sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo RegimeA sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo RegimeSusana Simões
 
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...200166754
 
O país rural e senhorial
O país rural e senhorialO país rural e senhorial
O país rural e senhorialSusana Simões
 
A sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalA sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalJoana Filipa Rodrigues
 
03 historia a_revisões_módulo_3
03 historia a_revisões_módulo_303 historia a_revisões_módulo_3
03 historia a_revisões_módulo_3Vítor Santos
 
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviiiVítor Santos
 
As áreas rurais - geografia 11ºano
As áreas rurais - geografia 11ºanoAs áreas rurais - geografia 11ºano
As áreas rurais - geografia 11ºanoRita Pontes
 
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarGeografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarRaffaella Ergün
 
02 o alargamento do conhecimento do mundo
02 o alargamento do conhecimento do mundo02 o alargamento do conhecimento do mundo
02 o alargamento do conhecimento do mundoVítor Santos
 
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquistaMÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquistaCarina Vale
 
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºj
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºjO mercantilismo historia A joana aleida 11ºj
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºjslidjuu
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa OcidentalA identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa OcidentalSusana Simões
 
Agricultura: fatores condicionantes
Agricultura: fatores condicionantesAgricultura: fatores condicionantes
Agricultura: fatores condicionantesIdalina Leite
 

Mais procurados (20)

11 ha m4 u3 1
11 ha m4 u3 111 ha m4 u3 1
11 ha m4 u3 1
 
Parlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglêsParlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglês
 
5 03 a geografia dos movimentos revolucionários
5 03 a geografia dos movimentos revolucionários5 03 a geografia dos movimentos revolucionários
5 03 a geografia dos movimentos revolucionários
 
A sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo RegimeA sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo Regime
 
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
 
Apresentação sobre o Absolutismo Régio
Apresentação sobre o Absolutismo RégioApresentação sobre o Absolutismo Régio
Apresentação sobre o Absolutismo Régio
 
Regioes agrarias
Regioes agrariasRegioes agrarias
Regioes agrarias
 
O país rural e senhorial
O país rural e senhorialO país rural e senhorial
O país rural e senhorial
 
A sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalA sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em Portugal
 
03 historia a_revisões_módulo_3
03 historia a_revisões_módulo_303 historia a_revisões_módulo_3
03 historia a_revisões_módulo_3
 
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
4 03 triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviii
 
As áreas rurais - geografia 11ºano
As áreas rurais - geografia 11ºanoAs áreas rurais - geografia 11ºano
As áreas rurais - geografia 11ºano
 
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarGeografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
 
02 o alargamento do conhecimento do mundo
02 o alargamento do conhecimento do mundo02 o alargamento do conhecimento do mundo
02 o alargamento do conhecimento do mundo
 
Absolutismo joanino
Absolutismo joaninoAbsolutismo joanino
Absolutismo joanino
 
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquistaMÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºj
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºjO mercantilismo historia A joana aleida 11ºj
O mercantilismo historia A joana aleida 11ºj
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa OcidentalA identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
 
Agricultura: fatores condicionantes
Agricultura: fatores condicionantesAgricultura: fatores condicionantes
Agricultura: fatores condicionantes
 

Destaque

A sociedade medieval parte 2
A sociedade medieval parte 2A sociedade medieval parte 2
A sociedade medieval parte 2Carla Teixeira
 
Revolução francesa parte 3
Revolução francesa parte 3Revolução francesa parte 3
Revolução francesa parte 3Carla Teixeira
 
A crise do século xiv parte 2
A crise do século xiv parte 2A crise do século xiv parte 2
A crise do século xiv parte 2Carla Teixeira
 
A sociedade do antigo regime
A sociedade do antigo regimeA sociedade do antigo regime
A sociedade do antigo regimeCarla Teixeira
 
O desevolvimento cmoercial parte 2
O desevolvimento cmoercial parte 2O desevolvimento cmoercial parte 2
O desevolvimento cmoercial parte 2Carla Teixeira
 
Cultura medieval parte 2
Cultura medieval parte 2Cultura medieval parte 2
Cultura medieval parte 2Carla Teixeira
 
A crise do século xiv parte 1
A crise do século xiv parte 1A crise do século xiv parte 1
A crise do século xiv parte 1Carla Teixeira
 
Ficha 1 cultura do mosteiro
Ficha 1  cultura do mosteiroFicha 1  cultura do mosteiro
Ficha 1 cultura do mosteiroCarla Teixeira
 
Ficha 1 cultura da catedral- sociedade e cruzadas
Ficha 1  cultura da catedral- sociedade e cruzadasFicha 1  cultura da catedral- sociedade e cruzadas
Ficha 1 cultura da catedral- sociedade e cruzadasCarla Teixeira
 
A sociedade medieval parte 3
A sociedade medieval parte 3A sociedade medieval parte 3
A sociedade medieval parte 3Carla Teixeira
 
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1A cultura monástica, cortesã e popular parte 1
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1Carla Teixeira
 
Ficha de trabalho cultura do salão
Ficha de trabalho  cultura do salãoFicha de trabalho  cultura do salão
Ficha de trabalho cultura do salãoCarla Teixeira
 

Destaque (20)

O barroco 1
O barroco 1O barroco 1
O barroco 1
 
A sociedade medieval parte 2
A sociedade medieval parte 2A sociedade medieval parte 2
A sociedade medieval parte 2
 
Revolução francesa parte 3
Revolução francesa parte 3Revolução francesa parte 3
Revolução francesa parte 3
 
Absolutismo 1
Absolutismo 1Absolutismo 1
Absolutismo 1
 
A cultura do mosteiro
A cultura do mosteiroA cultura do mosteiro
A cultura do mosteiro
 
A crise do século xiv parte 2
A crise do século xiv parte 2A crise do século xiv parte 2
A crise do século xiv parte 2
 
A sociedade do antigo regime
A sociedade do antigo regimeA sociedade do antigo regime
A sociedade do antigo regime
 
O desevolvimento cmoercial parte 2
O desevolvimento cmoercial parte 2O desevolvimento cmoercial parte 2
O desevolvimento cmoercial parte 2
 
Cultura medieval parte 2
Cultura medieval parte 2Cultura medieval parte 2
Cultura medieval parte 2
 
A crise do século xiv parte 1
A crise do século xiv parte 1A crise do século xiv parte 1
A crise do século xiv parte 1
 
Ficha 1 cultura do mosteiro
Ficha 1  cultura do mosteiroFicha 1  cultura do mosteiro
Ficha 1 cultura do mosteiro
 
Ficha 3 islamismo
Ficha 3  islamismoFicha 3  islamismo
Ficha 3 islamismo
 
Ficha 1 cultura da catedral- sociedade e cruzadas
Ficha 1  cultura da catedral- sociedade e cruzadasFicha 1  cultura da catedral- sociedade e cruzadas
Ficha 1 cultura da catedral- sociedade e cruzadas
 
Ficha 3 módulo 4
Ficha 3  módulo 4Ficha 3  módulo 4
Ficha 3 módulo 4
 
Ficha 2 módulo 4
Ficha 2  módulo 4Ficha 2  módulo 4
Ficha 2 módulo 4
 
A sociedade medieval parte 3
A sociedade medieval parte 3A sociedade medieval parte 3
A sociedade medieval parte 3
 
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1A cultura monástica, cortesã e popular parte 1
A cultura monástica, cortesã e popular parte 1
 
Ficha 4 módulo 4
Ficha 4  módulo 4Ficha 4  módulo 4
Ficha 4 módulo 4
 
Ficha de trabalho cultura do salão
Ficha de trabalho  cultura do salãoFicha de trabalho  cultura do salão
Ficha de trabalho cultura do salão
 
Barroco3
Barroco3Barroco3
Barroco3
 

Semelhante a A Teoria Absolutista e o Poder Real em Versalhes

O absolutismo 11º ano
O absolutismo 11º anoO absolutismo 11º ano
O absolutismo 11º anoCarla Teixeira
 
Microsoft power point o absolutismo-11º ano
Microsoft power point   o absolutismo-11º anoMicrosoft power point   o absolutismo-11º ano
Microsoft power point o absolutismo-11º anoCarla Teixeira
 
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoHistória da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoJoão Couto
 
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Susana Simões
 
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfA-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfssuser3b314d
 
Módulo 4 o absolutismo régio como garante de hierarquia social
Módulo 4   o absolutismo régio como garante de hierarquia socialMódulo 4   o absolutismo régio como garante de hierarquia social
Módulo 4 o absolutismo régio como garante de hierarquia socialEscoladocs
 
O simbolismo solar de versailles
O simbolismo solar de versaillesO simbolismo solar de versailles
O simbolismo solar de versaillesLUCIMARA GARCIA
 
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOosemprefixe
 
Módulo 6 contextualização
Módulo 6   contextualizaçãoMódulo 6   contextualização
Módulo 6 contextualizaçãoCarla Freitas
 
Sociedade De Ordens
Sociedade De OrdensSociedade De Ordens
Sociedade De Ordensrestauracao
 
Palácio de Versalhes
Palácio de VersalhesPalácio de Versalhes
Palácio de Versalheshcaslides
 
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIVConcelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIVCátia Botelho
 
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régio
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régioO romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régio
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régiofilomena morais
 
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptIDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptScottSummers41
 

Semelhante a A Teoria Absolutista e o Poder Real em Versalhes (20)

3barroco local
3barroco local3barroco local
3barroco local
 
3barroco local
3barroco local3barroco local
3barroco local
 
O absolutismo 11º ano
O absolutismo 11º anoO absolutismo 11º ano
O absolutismo 11º ano
 
Microsoft power point o absolutismo-11º ano
Microsoft power point   o absolutismo-11º anoMicrosoft power point   o absolutismo-11º ano
Microsoft power point o absolutismo-11º ano
 
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoHistória da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
 
Cultura do palco
Cultura do palcoCultura do palco
Cultura do palco
 
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
 
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdfA-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
A-Cultura-Do-Palco-Modulo-6.pdf
 
Módulo 4 o absolutismo régio como garante de hierarquia social
Módulo 4   o absolutismo régio como garante de hierarquia socialMódulo 4   o absolutismo régio como garante de hierarquia social
Módulo 4 o absolutismo régio como garante de hierarquia social
 
Aula 4
Aula 4Aula 4
Aula 4
 
O simbolismo solar de versailles
O simbolismo solar de versaillesO simbolismo solar de versailles
O simbolismo solar de versailles
 
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
 
A cultura do palco
A cultura do palcoA cultura do palco
A cultura do palco
 
Módulo 6 contextualização
Módulo 6   contextualizaçãoMódulo 6   contextualização
Módulo 6 contextualização
 
Sociedade De Ordens
Sociedade De OrdensSociedade De Ordens
Sociedade De Ordens
 
Palácio de Versalhes
Palácio de VersalhesPalácio de Versalhes
Palácio de Versalhes
 
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIVConcelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIV
 
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régio
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régioO romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régio
O romanico e o gótico/o fortalecimento do poder régio
 
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptIDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
 
1181
11811181
1181
 

Mais de Carla Teixeira

A civilização industrial no séc XIX.ppt
A civilização industrial no séc XIX.pptA civilização industrial no séc XIX.ppt
A civilização industrial no séc XIX.pptCarla Teixeira
 
1-guerra-mundial-esic.ppt
1-guerra-mundial-esic.ppt1-guerra-mundial-esic.ppt
1-guerra-mundial-esic.pptCarla Teixeira
 
a polis no mundo grego.ppt
a polis no mundo grego.ppta polis no mundo grego.ppt
a polis no mundo grego.pptCarla Teixeira
 
O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1Carla Teixeira
 
Arte renascentista parte 3
Arte renascentista  parte 3Arte renascentista  parte 3
Arte renascentista parte 3Carla Teixeira
 
A reforma religiosa parte 2
A reforma religiosa  parte 2A reforma religiosa  parte 2
A reforma religiosa parte 2Carla Teixeira
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1Carla Teixeira
 
A contra reforma parte 3
A contra reforma  parte 3A contra reforma  parte 3
A contra reforma parte 3Carla Teixeira
 
A contra reforma parte 2
A contra reforma   parte 2A contra reforma   parte 2
A contra reforma parte 2Carla Teixeira
 
A arte renascentista parte 2
A arte renascentista parte 2A arte renascentista parte 2
A arte renascentista parte 2Carla Teixeira
 
O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1Carla Teixeira
 
Revolução francesa módulo 7
Revolução francesa  módulo 7Revolução francesa  módulo 7
Revolução francesa módulo 7Carla Teixeira
 
Ficha de trabalho nº 1
Ficha de trabalho nº 1Ficha de trabalho nº 1
Ficha de trabalho nº 1Carla Teixeira
 
Revolução francesa módulo 7
Revolução francesa  módulo 7Revolução francesa  módulo 7
Revolução francesa módulo 7Carla Teixeira
 
Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Carla Teixeira
 
Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Carla Teixeira
 
Da rev cient ao iluminismo parte 2
Da rev cient ao iluminismo parte 2Da rev cient ao iluminismo parte 2
Da rev cient ao iluminismo parte 2Carla Teixeira
 

Mais de Carla Teixeira (20)

A civilização industrial no séc XIX.ppt
A civilização industrial no séc XIX.pptA civilização industrial no séc XIX.ppt
A civilização industrial no séc XIX.ppt
 
1-guerra-mundial-esic.ppt
1-guerra-mundial-esic.ppt1-guerra-mundial-esic.ppt
1-guerra-mundial-esic.ppt
 
a polis no mundo grego.ppt
a polis no mundo grego.ppta polis no mundo grego.ppt
a polis no mundo grego.ppt
 
O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1
 
Arte renascentista parte 3
Arte renascentista  parte 3Arte renascentista  parte 3
Arte renascentista parte 3
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
A reforma religiosa parte 2
A reforma religiosa  parte 2A reforma religiosa  parte 2
A reforma religiosa parte 2
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
 
A contra reforma parte 3
A contra reforma  parte 3A contra reforma  parte 3
A contra reforma parte 3
 
A contra reforma parte 2
A contra reforma   parte 2A contra reforma   parte 2
A contra reforma parte 2
 
A arte renascentista parte 2
A arte renascentista parte 2A arte renascentista parte 2
A arte renascentista parte 2
 
O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1
 
Neoclássico parte 2
Neoclássico parte 2Neoclássico parte 2
Neoclássico parte 2
 
Neoclássico parte3
Neoclássico parte3Neoclássico parte3
Neoclássico parte3
 
Revolução francesa módulo 7
Revolução francesa  módulo 7Revolução francesa  módulo 7
Revolução francesa módulo 7
 
Ficha de trabalho nº 1
Ficha de trabalho nº 1Ficha de trabalho nº 1
Ficha de trabalho nº 1
 
Revolução francesa módulo 7
Revolução francesa  módulo 7Revolução francesa  módulo 7
Revolução francesa módulo 7
 
Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Revolução francesa 2
Revolução francesa 2
 
Revolução francesa 2
Revolução francesa 2Revolução francesa 2
Revolução francesa 2
 
Da rev cient ao iluminismo parte 2
Da rev cient ao iluminismo parte 2Da rev cient ao iluminismo parte 2
Da rev cient ao iluminismo parte 2
 

A Teoria Absolutista e o Poder Real em Versalhes

  • 1. 0S TEÓRICOS ABSOLUTISTAS • Maquiavel- escreveu a obra: O príncipe, nele o autor reconhece que o chefe de Estado pode tudo para se manter no poder ( os fins justificam os meios).
  • 2. Jacques Bossuet - escreveu a origem da sagrada escritura, nela o rei tem a autoridade dada por Deus. • Jean Bodin - autor de “A República” defende a idéia da soberania não partilhada. Para ele o poder também emana de Deus e o príncipe tem o poder de legislar sem precisar do consentimento de quem quer que seja.
  • 3. Há três características essenciais na autoridade real. Em primeiro lugar a autoridade real é sagrada, em segundo lugar é paternal e em terceiro lugar é absoluta. Deus estabelece os reis como seus ministros e reina través deles sobre os povos. Os príncipes agem como ministros de Deus. É por isso que nós consideramos o trono real não como o trono de um homem, mas como o trono do próprio Deus. Decorre de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atentar contra ela é um sacrilégio. Bossuet
  • 4. O Exemplo FranCês: Luís XIV  Considerado o “Rei Sol” e famoso pela frase “ L’ État c’est moi!
  • 5. O seu poder provém de Deus , este escolheu-os para governarem em seu nome e são representantes Dele na Terra. Atentar contra a pessoa do rei é considerado um sacrilégio e deve-se obedecer-lhe sem o contestar
  • 6. O rei é como um pai para o seu povo devendo-o proteger
  • 7. Governa sem prestar contas a ninguém. Detém o poder legislativo, executivo, judicial, económico, financeiro , poder de cunhar moeda, cobrar impostos, poder militar e poder de decidir sobre a guerra e a paz.
  • 8.
  • 9. Domínio de todos os grupos sociais Controlo do Clero, passando a nomear os Bispos Controlo da nobreza chamando-a para viver na Corte Controlo da Burguesia permitindo-lhe obter cargos e títulos desde que apoiassem o rei
  • 10. A Corte é o espelho do poder do rei!
  • 11. O palco palaciano: a cenografia do poder no salão, na esplanada, no jardim  Por sua vez, os reis apostaram numa encenação do poder absoluto que passava pela exuberância dos seus palácios, centros sociais e de cultura, rodeados por faustosos parques  O melhor caso é Versailles, de Luís XIV, de Mansart (1678-1684). Versailles era um palco dourado para as intrigas e os jogos de influência da corte
  • 12. O Palácio de Versalhes foi construído à imagem do rei e podia albergar 7 mil pessoas.
  • 13. O Palácio passou de O palácio de Versalhes – a cidade dos ricos 700 habitantes em 1664, para10.000 em 1744. Representou a monarquia absoluta de 1682 a 1789. Embora dentro do espírito barroco, nas fachadas, nos jardins e espelhos de água. É também um exemplo do classicismo pela simetria, harmonia e regularidade. Versalhes é um espectáculo posto num palco onde tudo converge para a glória do Rei: arquitectura, pintura, escultura, ornamentação, mobiliário e jardins.
  • 14.
  • 15.  A Corte instalada em Versalhes atrai a camada superior da nobreza tradicional que passa a beneficiar de pensões e doações do rei, estando assim completamente dominada por ele  Quem pretendia um cargo só poderia obtê-lo na Corte  Quem virava as costas à Corte virava as costas ao poder e ao dinheiro que o rei distribuía magnanimamente  O luxo da corte arruinou a nobreza que rivalizava no traje, nas cabeleiras, na ostentação, esquecendo-se que a sua influência política desaparecia
  • 16. A nobreza ao vir viver para a corte que exigia demasiados gastos, depressa vai verificar que tem que se submeter ao poder do rei e fazer tudo para lhe agradar, já que é através dos cargos e doações que o rei assegura a sua sobrevivência As festas, bailes eram locais onde se mostrava o luxo de cada um , daí que a nobreza se vai endividar
  • 17.  A sociedade da corte tinha que obedecer a normas impostas por um protocolo rígido.  Ela era utilizada para encenar o poder do rei.  Era o meio que este tinha de fazer publicidade a si mesmo, aparecendo em todas as situações como chefe supremo.  Criou-se em torno do rei um cerimonial cujo objectivo era exaltar a sua imagem divina
  • 18.
  • 19.  Cada gesto do monarca adquiria um significado político , social e diplomático  Todos estavam dependentes de um sorriso , de uma palavra de agrado  Um acto simples como o levantar do rei era um grande acontecimento  Teciam-se intrigas junto ao rei para que este escolhesse quem ia estar presente no seu despertar, despir-lhe a camisa, dar o nó da gravata, apertar-lhe os sapatos  Feliz daquele que que era recompensado com uma palavra amável do rei, mas depois era invejado e alvo de intrigas durante todo o dia
  • 20. Esta idolatria pelo rei, mesmo a simples alegria de o contemplar manifestam-se a cada instante: “O que me dá um prazer supremo é viver 4 horas inteiras com o rei. É o suficiente para contentar todo um reino que deseja apaixonadamente ver o seu amo” (Madame de Sévigné) “Ele é como Deus, é necessário esperar a sua vontade com submissão e tudo esperar da sua justiça e da sua bondade sem impaciência para sermos merecedores” (prima do rei) “Prefiro morrer a estar dois ou três meses sem ver o rei” (Cardeal Richelieu) “Sire, longe de vós não se é somente infeliz, é-se ridículo”(Marquês de Vardes depois de uma grande exílio)
  • 21.
  • 22.  O rei aproveitava-se destas rivalidades para dividir os grupos sociais e poder reinar sem temer conspirações  Os comportamentos eram todos bem pensados, as pessoas não demonstravam o que sentiam pois sabiam que isso podia ser usado contra eles  “ Era necessário mais parecer do que ser”.
  • 23. O rei é Deus Os dignitários e cortesãos são os padres A teoria do poder real é o dogma A etiqueta são os ritos Versalhes é o templo Os súbditos são os fiéis Todos aqueles que se opõem são os heréticos. Hubert Méthivier
  • 24. O espectáculo mais profundamente revelador é o da missa do rei, na capela, onde a multidão de cortesãos, frente à tribuna do rei, volta as costas ao padre e ao altar e parece adorar o príncipe.