1. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV:
OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Cátia Botelho
2. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
2. Conhecer a compreender aspetos da sociedade e da cultura medieval
portuguesa dos séculos XIII e XIV
2.6. Reconhecer a relativa autonomia concedida aos moradores dos concelhos,
através de cartas de foral.
2.7. Apontar a existência de Cortes, enquanto locais de participação dos grupos
sociais na tomada de decisões importantes para o reino.
2.8. Relacionar o crescimento económico dos séculos XII e XIII com o
fortalecimento da burguesia nas cidades.
METAS CURRICULARES
3. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Os concelhos
Nem todos os habitantes do reino
viviam sob as ordens de um senhor da
nobreza ou do clero.
Concelho – território com alguma
autonomia ao qual era atribuída uma
carta de foral – documento atribuído
pelo rei ou por um senhor, que listava
os direitos, deveres e obrigações dos
habitantes de um concelho.
4. Homens-bons – os homens com maior poder
e riqueza, considerados os mais importantes,
que tomavam decisões sobre a vida nos
concelhos.
Vizinhos – moradores de um concelho.
5. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
• Podiam ser proprietários de algumas terras.
• Pagavam menos impostos.
• Podiam gerir o seu território através da
assembleia de homens-bons onde elegiam:
• os juízes que aplicavam as leis;
• e o mordomo que cobrava e administrava
os impostos, para além de negociar com
o representante do rei.
Direitos dos habitantes dos concelhos
Domus Municipalis, em Bragança, onde se
reunia uma assembleia de homens-bons.
Os concelhos
6. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTESVantagens da criação de concelhos para o rei
• Povoar e garantir a exploração da terra, recebendo impostos.
• Fixar os direitos e deveres da população, retirando poder aos senhores nobres,
ao alto clero e às ordens militares que rivalizavam com o poder real.
7. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Símbolos de um concelho
A assembleia de homens-bons reunia sob a
vigilância do representante do rei, o
alcaide.
A aplicação da justiça era feita junto ao
pelourinho, símbolo da autonomia do
concelho.
Pelourinho ou
Picota onde se
puniam e
expunham os
criminosos
9. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Casal rico de burgueses.
Os concelhos | A burguesia
Com o crescimento económico dos séculos XII e XIII, a burguesia
alcançou algum destaque no seio da sociedade.
Nos concelhos urbanos, destacavam-se os professores universitários,
os tabeliães, os advogados, os físicos e os boticários.
Tratamento médico (físico).
10. 1199 - Em 27 de
Novembro, fundação
da cidade da Guarda
– através de carta
foral de D. Sancho I
11. O rei e as cortes
O Rei era a autoridade máxima do Reino:
fazia as leis, aplicava a justiça em crimes
graves, protegia a igreja, cunhava a moeda,
decidia a paz ou a guerra.
Era auxiliado por conselheiros, Conselho do Rei,
conjunto de funcionários que acompanhavam a
corte nas suas deslocações pelo país.
A partir das cortes de Leiria, em
1254, no reinado de D. Afonso III,
os administradores dos concelhos
(representantes do povo)
passaram também a estar
presentes estas assembleias.
12. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
As Cortes de Leiria
(século III).
As Cortes | As primeiras Cortes
D. Afonso III, rei de Portugal e conde de Bolonha, reuniu a sua cúria em Leiria no
mês de março com bispos e clérigos, os nobres e os homens bons dos concelhos do
seu reino para tratar do estado do reino e das coisas a corrigir e emendar.
Cortes de Leira de 1254 (adaptado)
13.
14. As cortes não se realizavam num local
fixo, o que possibilitava que o rei e
conselheiros pudessem ouvir as queixas
das populações contra os abusos dos
senhores, clero e concelhos.
16. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
A corte
O rei estava sempre rodeado
pela sua corte, constituída pela
sua família, servidores, criados e
um grande número de nobres e
clérigos que o aconselhavam e
seguiam para todo o lado.
Rei com a sua corte.
17. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
A vida na corte – cultura cortesã
A cultura cortesã era a que se desenvolvia na corte e nos palácios. Os cortesãos e o
rei assistiam a saraus e banquetes onde se cantava, dançava, liam-se poemas e
assistia-se às atuações dos trovadores e jograis.
O rei D. Dinis participava nestes saraus com poemas que ele próprio escrevia.
18. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Música
Os jograis e trovadores recitavam
e cantavam Cantigas de Amigo ou
de Amor.
Cultura cortesã
D. Dinis, o Lavrador
Foi um rei pacífico, culto (fundou a
primeira universidade do reino –
Universidade de Lisboa - 1290), bom
administrador e fomentou o comércio e a
agricultura.
Além de ser conhecido por ter mandado
plantar o pinhal de Leiria, era também
trovador e poeta.
"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é? "
19. O reinado de D. Dinis ficou marcado
pela paz, o que permitiu o
desenvolvimento cultural e
económico do reino:
• a língua oficial passou a ser o
português em substituição do latim;
• promoveu o povoamento do país;
• fundou os Estudos Gerais – a
primeira universidade portuguesa
em Lisboa;
• criou as bases da marinha de guerra
portuguesa;
• promoveu a agricultura, a pesca e o
comércio;
• mandou construir e restaurar
castelos;
• incentivou a poesia e a música.
Cultura cortesã
Universidade de Coimbra.
21. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
Cultura popular
A cultura popular era simples e espontânea. Como o povo não sabia ler nem
escrever, as histórias, as lendas e as músicas passavam de geração em geração
oralmente. As festas e romarias eram os momentos de distração deste grupo social.
23. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
a) Os bispos.
b) As ordens religiosas.
c) O rei, mas também alguns senhores.
d) Só o rei.
1. Quem concedia a carta de foral?
24. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
a) definia a duração das feiras que se realizavam nos concelhos;
b) listava os direitos e deveres dos habitantes do concelhos;
c) listava os deveres do rei;
d) convocava as Cortes.
2. A carta de foral:
25. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
a) Apenas a família real.
b) A família real, os seus conselheiros, criados e servidores.
c) A sua família, criados e servidores.
d) Apenas os seus conselheiros.
3. Quem fazia parte da corte que acompanhava sempre
o rei?
26. A SOCIEDADE NOS SÉCULOS XIII E XIV: OS CONCELHOS, A CORTE E AS CORTES
a) O alcaide.
b) O juiz.
c) O mordomo.
d) O rei.
4. Quem é que convocava as Cortes?