3. O palco no reinado de Luís XIV
Os palcos : a Corte, a Igreja e a Academia.
A morada do rei - A Corte - tornou-se por isso o local mais
importante de cada reino.
4. A centralização das funções e das decisões mais importantes da vida
pública na corte fez dela um pólo de atração para todos os que
dependiam e colaboravam com o poder real ou nele procuravam
favores e mercês. Constituíam uma verdadeira sociedade de corte, que
viviam na corte ou frequentavam regularmente (Ex. diplomatas, aios,
criados, etc.).
5. No âmbito da sua política absolutista, Luís XIV pretendeu igualmente
estabelecer normas para a arte. A Academia Real de Pintura e
Escultura, seguiu os modelos clássicos que de resto se revelou na
arquitetura.
6. Mais tarde a academia dividia-se entre os que privilegiavam o
desenho e os que optavam pela pintura. A igreja cobria-se de pintura
nos tetos, frescos e paredes, tendo como reflexo a da sua cultura e
poder (Reforma e Contrarreforma).
7. Na época barroca, a corte, a igreja e a academia foram os
palcos onde os poderes se mostravam aos seus públicos.
8. Quando Luís XIV entrava num lugar público ou quando, no palácio,
uma multidão de cortesãos o aguardava, ele assumia outra expressão
como se devesse comparecer num palco.
9. A igreja, como instituição e construção arquitetónica, foi outro dos
palcos que apoiou a contrarreforma na luta contra o protestantismo.
10. A Europa da corte.
O modelo de Versalhes.
O espaço
11. O palácio de Versalhes, apreciada como a cidade dos ricos, foi o
cenário físico da obra de Luís XIV, localizado na cidade de
Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas
atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682 quando Luís XIV
se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital
em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo
Regime em França.
12. Corte: círculo de pessoas que rodeiam um grande senhor, um príncipe,
um bispo, um aristocrata.
13. Aliada às tendências absolutistas surgiu a corte régia feita à
semelhança de Luís XIV que a partir do seu palácio regulamentou
as dependências sociais da aristocracia através de um código de
comportamento e de etiqueta, orientado a corte para a
obediência e culto à pessoa do rei, através de cerimónias e
rituais próprios.
14. A corte de Luís XIV, símbolo do poder real exibiu luxo e pompa,
um ambiente requintado de aparência sedutora que alimentava
uma nobreza acrítica, fútil e sem profissão, ocupada por uma
vertigem de diversões: festas e bailes galantes, sessões de leitura,
representações teatrais com ballet de cour, cerimonias e jogos
esplendorosos, paradas, caçadas e torneios.
15. Os homens pretensiosos e emproados, vestidos de sedas e ricamente
adornados de laços, fivelas e diamantes, calçados com sapatos de tacão
alto e acompanhados pelas suas belas damas, mais excêntricas ainda,
cobertas de pó-de-arroz e perfumes, povoavam a corte e eram copiados
pelos demais.
16. O palácio de Versalhes, apreciada como a cidade dos ricos, foi o
cenário físico da obra de Luís XIV, localizado na cidade de
Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas
atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682 quando Luís XIV
se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital
em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo
Regime em França.
22. Universalmente admirado albergou, em 1744, 10 000 habitantes.
Embora construído dentro do espírito barroco (fachadas, jardins,
espelhos de água, pavilhões, terraços, cenários teatrais), é igualmente
uma fortificação do classicismo pela regularidade, harmonia e simetria
das suas formas.
23. O barroco, enquanto arte da sedução e dos sentidos, serviu para dar
conteúdo estético aos ideais da contrarreforma.