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Práticas de ensino na formação inicial do professorado
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
CYRINO, Marina
E-mail: ma.cyrino@hotmail.com
Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro.
Agência de Fomento: FAPESP.
BENITES, Larissa C.
E-mail: labenites@hotmail.com
Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro.
Agência de Fomento: CAPES.
SOUZA NETO, Samuel.
E-mail: samuelsn@rc.unesp.br
Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro.
Agência de Fomento: CNPQ, CAPES.
Palavras-chave: Estágio Curricular – Formação de Professores – Escola e Universidade.
1. INTRODUÇÃO
A Escola e a Universidade são duas instituições educacionais com constituição histórica,
finalidades e práticas distintas. Elas possuem diversos tipos de relação, como ser parte
do processo educacional, ter compromissos sociais com a educação e formação humana.
Contudo nem sempre as ligações entre os dois espaços são harmônicas em função dos
desafios para se estabelecer objetivos comuns e mesmo práticas que sejam adequadas
às duas esferas. Para Candau e Lelis (1991, p. 53) “a teoria ‘atrapalha’ aos práticos, que
são homens do fazer e a prática ‘dificulta’ aos teóricos, que são homens do pensar”.
Embora tenham suas particularidades, para as autoras, as instituições podem
estabelecer práticas de unidade, preservando a autonomia de cada uma. Nesta
perspectiva o presente texto aborda o estágio curricular (EC), um dos grandes elos entre
a universidade e escola, no que diz respeito a formação de professores.
Para Pimenta e Lima (2004), esse momento de união sempre foi balizado por conflitos,
pois havia equívocos no processo, falta de clareza sobre o papel dos envolvidos
(estagiários, professores da escola e professores universitários), tornando-se caótico,
pois para a escola é um empecilho, para a universidade uma tarefa, para os estagiários,
muitas vezes, o momento de se observar falhas, além de conceberem a escola como
espaço para a aplicação da teoria, entre outros aspectos.
Esses diferentes desafios levaram muitos pesquisadores (Oliveira, 2006; Aroeira, 2008;
2009; Sarti, 2009; Ludke, 2009; Silvestre, 2011; Benites et al, 2013) a observarem melhor
a importância do estágio e a sua relação com escola, traçando estratégias de
aproximação, diálogo e colaboração entre ambas.
Neste contexto abordaremos em nosso estudo a relação universidade-escola por meio de
duas pesquisas que focalizaram os EC dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e
Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual Paulista, Campus Rio Claro-
UNESP/RC e as escolas onde o EC é desenvolvido, tendo como objetivo caracterizar o
papel, as práticas e os discursos frente ao EC por parte das escolas. As informações
foram colhidas dessas duas pesquisas qualitativas que utilizaram como técnicas
entrevistas e questionários.
A primeira pesquisa foi realizada por Cyrino (2012) privilegiando o compromisso e o papel
da escola na formação dos futuros professores. Participaram 22 participantes (6
estagiários do curso de Licenciatura em Pedagogia, 6 professores-colaboradores da
escola; 6 coordenadores pedagógicos das escolas; 1 vice-diretora; professora
universitária responsável pelo estágio e 2 pessoas da Secretaria Municipal de Educação-
SME responsáveis pelo estágio); enquanto que a segunda pesquisa foi realizada por
Benites (2013) enfatizando a contribuição da universidade e da escola no EC e contando
com 20 participantes (6 diretores, 6 coordenadores pedagógicos, 6 professores-
colaboradores de Educação Física e 2 professores universitários). Dessa forma o quadro
de participantes abaixo foi composto por 23 sujeitos, nomeados com a sigla e um
número, bem como se restringindo a participantes comuns provenientes da SME.
PC
(Professores-
Colaboradores)
C
(Coordenadores)
PS
(Professor-Supervisor
Univ.)
Pedagogia 6 6 1
(PC1 a PC6) (C1 a C6) PS1
Educação
Física
4 4 2
(PC7 a PC10) (C7 a C10) PS2 e PS3
As pesquisas tinham perguntas que se aproximavam, permitindo um entrelace das
informações. O quadro a seguir expõe as questões que foram utilizadas, sendo que os
dados foram aglutinados em três momentos: vermelho - a visão de estágio para a escola
e seus desafios; azul - os discursos e verde - as práticas, justapostos no item 3.
Estudo 1 Estudo 2
Coodenadores Coordenadores
Qual é a sua concepção de estágio? Qual é sua visão de estágio?
Como é a recepção dos estagiários?
Quais as regras para o acontecimento do
estágio?
As regras de funcionamento da escola? Como se preparar para receber um estagiário?
A universidade oferece suporte. Faz algum
acompanhamento?
Como escolhem o professor-colaborador?
Qual é a relação entre estágio e escola?
Em sua opinião a escola participa da formação
dos futuros professores?
Quais possibilidades a escola apresenta para o
estágio?
A escola assume qual posicionamento frente ao
estágio?
Como fortalecer a parceria universidade-escola?
Professores-Colaboradores Professores-Colaboradores
Como define o estágio? Qual é sua crença sobre acolher estagiários?
Como vê a relação entre universidade e escola?
Sente apoio de ambos os lados?
Em sua opinião a escola participa da formação
dos futuros professores?
A escola e a universidade oferecem suporte?
A escola assume qual posicionamento frente ao
estágio?
Como fortalecer a parceria universidade-escola?
Professor-Supervisor Professor-Supervisor
Como é a escola no EC? O que analisa quando visita uma escola?
O que pensa sobre a escola? Qual é sua percepção sobre a escola
Quais são as responsabilidades? Qual sua visão da escola?
De quem é o acompanhamento do estágio?
Em sua opinião a escola participa da formação
dos futuros professores?
Como vê a pareceria escola-universidade?
A escola assume qual posicionamento frente ao
estágio?
Dessa relação, o primeiro tópico compreende os Coordenadores e os Professores-
Colaboradores, enquanto que o segundo abarca a todos, incluindo os Professores-
Supervisores.
2. A ESCOLA E SUA VISÃO DE ESTÁGIO: REGRAS E ACORDOS
A escola é o local onde o estágio ganha forma, sendo o lugar onde o estagiário entra em
ação com a perspectiva de ser professor; representa um lugar no mercado de trabalho e
idealiza aspirações sobre o processo educacional. Para a universidade ela é o ponto
chave da formação, uma vez que uma de suas responsabilidades é formar profissionais
para atender as demandas escolares.
Neste universo, na UNESP/RC1
, curso de Licenciatura em Educação Física, as 420 horas
destinadas ao estágio se desenvolve em dois anos divididos em quatro semestres;
enquanto que no curso de Pedagogia são 350 horas de estágio curricular, dividido em
três modalidades: Educação Infantil; Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Gestão
Escolar. Porém, o nosso foco é a segunda modalidade com 105 horas de estágio no
quinto semestre do curso.
Durante essas duas disciplinas os estudantes entram em contato com as escolas para
realizarem suas primeiras observações, constroem seus projetos de estágio iniciam a
regência. Para a formalização desse momento a escola e a universidade firmam um
termo de acordo mútuo via SME.
Munidos dos projetos, das discussões, dos contratos firmados com a SME de Rio Claro e
dos termos de outorga, os estagiários estão aptos a entrarem na escola. As escolas
recepcionam os estagiários, orientam e colocam regras para o desenvolvimento do
estágio em seu espaço...
“Às vezes há um informe sobre estagiários na escola, pelo portal da educação. Na
maioria das vezes, não há um informe, recebemos diretamente o estagiário na escola já
com sua carta de apresentação autorizada pela SME”. (C10).
Entretanto não existe uma preparação específica, o que existe é uma conversa entre
direção e PC sobre os estagiários: “Aos professores que recebem estagiários são dadas
orientações, pela coordenação, para que a formação ocorra de forma adequada” (C7);
“Não, por parte da escola, mas algumas professoras da universidade lhes oferece curso
de formação”. (C8).
Dessa forma, acrescenta-se que o PC é normalmente alguém que se predispõem a
receber os estagiários ou que a própria direção escolar indica para a função: “É
perguntado ao professor se ele quer ou não quer o estagiário na sala de aula, isso por
um lado é muito legal, houve uma evolução nessa situação” (PC5); “O professor-
colaborador é escolhido visando a necessidade do estagiário e a receptividade do
professor” (C7); “É oferecido, e o professor que acolher, recebe” (C8).
“Não adianta a gente forçar que o professor aceite o estagiário lá porque não vai ter
ganho nenhum, nem pra professora, nem pro estagiário, então primeiro a gente vê quem
gostaria de estar recebendo. Então a gente procura sempre encaminhar os estagiários
para os professores que estão receptivos ao trabalho” (C2).
Entre as escolas que acolhem os estagiários da Educação Física existe um rodízio para
que os PC’s não sejam sobrecarregados, a não ser em casos que só existe um professor
para a disciplina, mas que, todavia, os professores que tornam-se colaboradores
continuam sendo por vários anos. Nas escolas que orientam os estagiários da
Pedagogia, os PC’s são convidados a receberem os licenciandos. O que ocorre na maior
parte das vezes é que os mesmos professores se disponibilizam por vários anos nesta
colaboração. É um ponto positivo para ambos os cursos, pois o PS tem a possibilidade
de realizar um trabalho de formação.
1
Informações no site: www.rc.unesp.br
Na verdade, o sistema de estágio apresentado pela universidade, bem como o vínculo
criado com as escolas da rede municipal de formação, através das iniciativas pessoais
dos PS’s e dos Gestores escolares apontam para a composição de um nova forma de se
pensar a formação começando por inverter a lógica desse processo, partindo da prática -
espaço de formação - para reconstruir conceitos e ideias. Essa prática pode ser a
pedagógica, a prática da vida do PC que com sua experiência conduz o ensino.
Trata-se de um modelo que prevê a superação da academização do professor
(Formosinho, 2009) e inclui a escola como partícipe do processo de formação dos futuros
professores, afinal os futuros professores, estagiários, poderão fazer parte de seu corpo
docente (Tardif & Lessard, 2005). No que tange ao acompanhamento dos estagiários, as
escolas vinculadas ao estágio da Pedagogia apontam que as atividades do estagiário são
monitoradas pela professora. Por isso C4 apontou que procura combinar o perfil do
estagiário com o do professor:
“eu procuro evitar quando eu vejo que não vai ser saudável a relação...tanto que
quando vem um estagiário eu prefiro ver o perfil pra ver com quem vai (...) então
dependendo da atividade, do estilo, a gente sabe até o perfil pra quem vai”.
Nesse contexto, o estágio é considerado uma experiência, vivência da dimensão prática,
e da cultura escolar como professor, ressaltando-se a ideia de aprendizagem e co-
responsabilidades: “O estágio faz parte da formação do profissional, pra mim eu vejo
assim, que é a ponte entre ele está saindo de uma formação bastante teórica e
colocando o pé no mercado de trabalho” (C2); “É fundamental porque ali eu entendo
como o fazer. É juntar a teoria e vir pra prática é naquele momento que o aluno no caso,
quem está na universidade, ele acorda pra vários aspectos”. (C4); “O estágio pode ser
uma experiência enriquecedora, tanto para a escola quanto para os alunos desde que
haja troca. Isso depende não só da proposta do estágio, mas também da iniciativa do
próprio estagiário” (C8).
“É um momento de aprendizado (...). Eu acho que estágio é pra isso, para que você
possa ir passando por essas etapas de aprendizagem, é ter uma noção vaga do que é
uma sala de aula, do que é estar dentro de uma sala de aula (...) quando a gente vai pro
estágio com essa visão de ‘eu estou indo para aprender’, eu acho que muda o foco”.
(C3).
“Fundamental para o sucesso das práticas docentes futuras. Essa prática permite ao
aluno conhecer a realidade da sua profissão e refletir sobre seus desafios. É um
momento de aprendizagem para que chegue mais preparado para lidar com o cotidiano
escolar” (C7).
Nessa perspectiva, o EC assume a dimensão do momento que possibilita o encontro de
culturas distintas, que congrega valores, criatividade, invenções, intenções e diferentes
formas de fazeres. Sendo assim, essa dimensão pode ser aproximada daquilo que De
Certeau (2008) concebe como cotidiano, onde existem formalidades, práticas discursivas,
“práticas de consumo”, ou seja, ao mesmo tempo em que as relações produzem
significados, os mesmos são “consumidos” pelos seus participantes, possibilitando
escolher, falar, caminhar, questionar, entre outros, emergindo particularidades, pontos de
vistas, estigmas e marcas que precisam ser compreendidos e respeitados.
Isso é referendando pelos PC’s quando mencionam a experiência e a aprendizagem da
prática profissional como pontos de destaque do EC. O meio condicionando os
ensinamentos propostos e atribuindo valores, práticas e discursos. Os PC’s
compreendem o estágio como um momento de formação e assumem o fato de receber
estagiários para que possam se constituir como professores, tendo como benefício o fato
de estar próximo da universidade e aprender novas estratégias e atividades.
“Estágio eu acho que é um aprendizado duplo, [...] passar pra ela o pouco que eu sei,
[...] e ao mesmo tempo ela aprender comigo também, ver como funciona a dinâmica,
então eu acho que é um grande aprendizado, uma troca, bem legal” (PC2).
“Fico grata em poder colaborar para melhorar a educação, pois através dos estágios
podemos fazer uma troca de informações entre a escola (prática) e a Universidade
(teoria), auxiliando no desenvolvimento do conteúdo aplicado nas matérias práticas da
Universidade (suponho que isso ocorra)” (PC9).
Nesse sentido, a C2 chama a atenção para a possibilidade de um trabalho em parceria e
aprendizagem de todo os envolvidos: “os professores também podem aprender muito
com eles (estagiários) com as coisas que eles trazem aqui pra gente”. (C2). Contudo, é
necessário que estejam dispostos a partilha de ideias e ao trabalho coletivo.
Quando olha-se para esse cenário, se referenda nada mais que a maneira como o EC
“sai” da universidade e “entra” na escola, apontando os indicativos da universidade em
termos de obrigatoriedade para o cumprimento da carga horária e dos ajustes
formalizados pela escola para que burocraticamente cumpram-se os acordos legais.
Porém, ainda existem pontos para se refletir a respeito, como por exemplo, as regras
postas pelo meio. Essas regras carregam características históricas, pois de acordo com
Sarti (2008) ambas as instituições de formação possuem uma distância entre as
concepções de ensino, aprendizagem, alunos, docência, formação, entre outros.
Também seguem os modelos advindos do próprio sistema educacional, como as
medidas postas pela SME na realização da ‘tarefa do EC’. Portanto, podemos pensar que
os acordos e regras postos são ações que vem sendo desenvolvidas há muitos anos e
que quando se pensa num novo modelo de formação que oferece à prática um status
diferenciado, é necessário um tempo de latência para que os envolvidos se apropriem
disso e vejam como algo incorporado em seu exercício profissional.
3. ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS: A ESCOLA E SEU COMPROMISSO NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES.
No tópico anterior foi possível perceber que a escola é um local importante para o
processo de EC, possibilita o contato com a prática docente, tornando-se “o espaço de
encontro das culturas dos alunos, dos formadores e dos estagiários” (Lima, 2008, p. 199).
Um dos itens que se registrou, muito brevemente, foi o envolvimento dos partícipes no
processo. Alguns gestores e PC’s respondem a esse questionamento apontando que ser
partícipe congrega o fato de abrir a porta de suas unidades para que o estágio aconteça
e de oferecer possibilidades para os estudantes apreenderem a realidade educacional:
“No meu ver a escola participa através do acolhimento dos estagiários” (PC9).
“Ao receber o estagiário/futuro profissional, a escola tem clara noção que participa de
sua formação. Muitas vezes, é o primeiro contato do profissional com a função que
deseja desempenhar. Por isso consideramos de fundamental importância que tenha
contato com boas práticas” (C7).
Outros já fazem alusão ao fato de ser a principal instância de formação por propiciar uma
reflexão e vivência da prática pedagógica: “Sem dúvida a escola é parte integrante dessa
formação tanto com relação a práticas procedimentais quanto às atitudinais que
configurão a identidade docente” (C7); “A escola é o espaço principal na formação de
professores. É nela que ele pode vivenciar e refletir sobre a prática pedagógica” (C8).
Os PS’s referendam que a instituição escolar é um local que abre as portas para o
estágio e quando vão às escolas para estabelecer contato ou mesmo para realizar a
supervisão procuram observar os aspectos sobre a rotina, os atributos da escola, as
relações interpessoais, os alunos, os professores, a maneira como coordenadores e
diretores conduzem as atividades, e em especifico sobre a Educação Física, os PS’s
olham ainda os espaços físicos para as aulas.
PS1 menciona que a escola é um ambiente que ocorre a formação, mas existe a
necessidade de que essa ideia seja incorporada. Da mesma forma, PS3 concebe que a
escola é um local que precisa ter clareza da sua participação no processo de formação
de professores.
“A escola é um ambiente muito formativo pro professor. Mas a gente precisa
sistematizar isso um pouco, precisa ter dispositivos na escola que estimulem essa
formação. Não é o fato só de o professor estar na escola... claro que ele aprende muitas
coisas de toda maneira, mas ele pode aprender mais coisas e ser estimulado a aprender
coisas, a rever as suas (...) representações, as suas práticas, se houver dispositivos que
estimulem isso. E o estágio me parece que é”. (PS1)
“Porém, a minha concepção de escola, enquanto lugar de formação, a compreende
como uma instituição que assume esse compromisso. Algumas instituições com as quais
trabalho assumem um compromisso com o estágio no sentido de nos receber, acolher,
auxiliar, mas não na dimensão da formação. A própria ideia de colaboração, envolvendo
universidade e escola, professor universitário e professor-colaborador da escola precisa
ser melhor explorado, enquanto uma cultura que se constrói e um conceito que de se
desenvolve para superar a ideia de auxílio” (PS3).
Por esses relatos, nota-se que muitas vezes existe uma distância de visões entre a
escola e a universidade. Talvez, uma das razões seja aquela pontuada por Garcia (1999):
a escola costuma trabalhar por uma ótica prática e a universidade numa perspectiva
acadêmica. Contudo chama-se a atenção para o fato de se ter um discurso com
diferentes noções de participações. Essas divergências dizem respeito ao próprio
processo histórico do estágio, pois parte-se do princípio que ele é uma tarefa da
universidade, sendo esta a responsável por seu acontecimento e supervisão. Nesse
contexto, existem alguns desencontros, como por exemplo, o fato de a universidade
enxergar potencialidades diferenciadas na escola, mas não ter poder de intervenção e
muito menos a garantia de que terá a escola como parceira no fim do ano letivo.
“[...] Nada está conquistado. Todo ano há necessidade de se fazer tudo novamente no
sentido de como se fosse a primeira vez que você está indo à aquela escola, cabendo
registar que esta parceira é sempre tênue, pois não é formal ou regida por algum tipo de
projeto ou convênio” (PS2).
Isso é registrado pelos PC’s como uma falta de entrosamento entre a universidade e a
escola, e que muitas vezes se reflete também no tipo de auxilio que os mesmos recebem
de ambos os espaços. Alguns se sentem bem acompanhados e outros nem tanto: “senti
apoio da universidade, a universidade, além de ter feito a ligação nossa com a estagiária,
proporcionou aquela formação” (PC2); “tem esse suporte assim, elas [equipe gestora] se
preocupam, estão sempre perguntando se não está atrapalhando a sala, o andamento do
meu trabalho, então elas estão sempre acompanhando”. (PC1).
“Falta esse entrosamento entre a universidade e a escola, mas ao mesmo tempo eu
vejo que muitos professores são acomodados, eles não querem muito trabalho, eles não
querem ir, fazer curso, eles não querem ter essa reflexão. (...) falta a universidade chegar
na escola e a escola chegar na universidade”. (PC3).
“quando a Estagiária chegou, por exemplo, eu tive um momento, não era meu HTPI,
não era nada, e eles deixaram eu conversar com a Estagiária antes de ir pra sala, um
inspetor de alunos acompanhou os alunos na sala e eu fiquei aqui conversando com ela,
porém um acompanhamento mais próximo da gestão da escola não houve como ir até
minha sala, ver o que nos estávamos fazendo (...) acompanhamento não” (PC3).
Por um lado existe a escola com sua rotina e dinamismo particular, por outro existe o
olhar da universidade, que embora, muitas vezes robusto em seu discurso sobre a
formação de “seus” professores, esbarra na cultura escolar, naquilo que pode dizer
sobre, mas que não pode interferir enfaticamente, ficando numa relação de necessidade
do outro e, ainda, apontando que ambas possuem papeis diferentes frente ao EC.
“Me vejo como alguém que tem na universidade uma responsabilidade diferente (...) o
professor que se ocupa, da prática de ensino, dos estágios supervisionados, ele tem uma
responsabilidade específica que é conseguir estabelecer contatos mais estreitos… eu
preciso alimentar os vínculos, eu preciso criar possibilidades de relação, (...) eu tenho
que estabelecer contatos sistemáticos, permanentes, produtivos com agentes que estão
fora da universidade” (PS1).
“Ela (escola) participa na medida em que abre campo de estágio e possibilita a
entrada dos estudantes para participar de diferentes momentos como a aula
propriamente dita, as reuniões de ATPC, de pais e mestres, de planejamento. Por outro
lado, isso apenas não é suficiente para denominarmos de participação que, ao meu ver,
necessita de participar intencionalmente, com uma proposta de formação que atenda aos
princípios da realidade, sem desconsiderar o referencial que os fundamentam” (PS2).
O posicionamento adotado pela escola frente aos estágios apresenta uma nuance entre
ser acolhedora do estágio, aquela que oportuniza as experiências práticas e ser parceira.
Porém tal como a universidade, se registram carências de novas medidas e práticas:
“Não depende só da universidade querer vir e ‘não, olha, temos isso a oferecer’, tentar
mudar, isso também tem que ter a abertura dos professores…” (C2).
“A escola do ponto de vista legal assume o posicionamento de receber o estagiário e
designar para este fim um professor para acompanhá-lo, permitindo que tenha acesso ao
projeto pedagógico e planos de ensino. [...] Portanto auxilia no processo de formação.
Entretanto do ponto de vista da profissionalização, a meu ver, ela assume uma posição
próxima da “escola de ofício” (...) a observação, a aprendizagem pela observação e a
experiência acabam se constituindo em elementos preponderantes dessa formação, pois
há a máxima, como foi colocado anteriormente, de que o professor, se torna professor
sendo professor. Neste aspecto não deixa de ser uma formação artesanal na dimensão
de que se aprende na prática e para a prática. No entanto, a docência vai além de sua
prática, trazendo consigo também a reflexão sobre aquilo que se faz, ou seja, a reflexão
de uma epistemologia da prática profissional (...)” (PS 3).
“É interessante como a gente tá preso nessa rede discursiva, (...) a universidade não
consegue criar muitas estratégias para de fato lidar, fazer essa articulação com uma
dimensão prática de fato, do fazer diário na escola, nós ainda estamos um pouco
distantes disso”. (PS1).
Como indícios, registramos que a escola, abre as portas, acolhe os estagiários e dispõem
de um professor que deverá acompanhar os estagiários. O professor-colaborador, aquele
que acolhe os estagiários, é alguém que extrapola sua missão primária de ensinar
alunos, e passa a auxiliar estudantes em sua formação profissional (Benites, 2012). Algo
especial para um “cotidiano” cheio de práticas, discursos, urgências, emergências e ainda
improvisos (Perrenoud, 2008).
Registra-se nos excertos elementos que dizem respeito ao acolhimento dos estagiários,
visto pela escola como colaboração e participação no processo de estágio e o espaço
escolar visto como uma possibilidade de vivência da prática pela escola.
Contudo, como já mencionado existe uma distância entre as mesmas, mesclando-se os
discursos e as práticas, avançando-se na retórica com algumas ações, ainda estagnadas.
As diferenças se dão, pois as instituições de formação apresentam visões distintas,
principalmente sobre a formação do professor.
Para a escola, ela faz o que “pode” e começa a despertar o olhar para um exercício mais
profissional com relação ao seu envolvimento na formação de professores. No entanto,
para a universidade as relações são insuficientes, necessitando também de
amadurecimento para compreender melhor o cotidiano escolar e também ser capaz de
pensar em vínculos e atividades que sejam possíveis de serem desenvolvidas na escola.
Todavia, como intervir nessa realidade? Quais são as trincheiras que nos permitem olhar
de perto o cenário e ser capaz de promover uma fagulha de novos estímulos?
A distribuição de papéis e a ideia de parceria parecem ser um caminho para pensar
sobre, afinal “não basta ter um projeto de estágio que ofereça condições para operar
transformações se não houver o desejo e o envolvimento de seus participantes nessa
tarefa” (Domingues; Aroeira; Alves, 2010, p. 35).
A contribuição de todos os envolvidos, de uma maneira mais sistematizada pode auxiliar
o processo em seu desenvolvimento, como por exemplo, oferecer melhores condições de
acolhida ao PC, dar ao estagiário suporte durante o estágio, propiciar aprendizagem aos
alunos da escola, garantir o diálogo entre gestão escolar e PS’s, investindo, dessa forma,
“no desenvolvimento de uma dimensão mais colaborativa no seio da cultura do
magistério” (Sarti, 2009, p. 134).
Tais ações podem caracterizar a atividade de parceria colaborativa, reconhecida como
uma articulação entre professores da universidade e da escola, sendo de acordo com
Novoa (2011) um movimento que incentiva a profissionalização do magistério.
4. ALGUMAS REFLEXÕES
Ao pensar sobre o que foi abordado no presente estudo podemos dizer que para além
das considerações entre características, discursos e práticas existe o elemento cultura
norteando as ações e o desenvolvimento do estágio curricular, ora por parte da
universidade, ora por parte da escola.
No que cabe ao papel da escola, podemos mencionar que tem sido feito o possível para
contribuir com a formação dos estagiários, acolhendo-os, oferecendo uma boa
receptividade, valorizando o que os estagiários desenvolvem na sala de aula, um apoio
logístico relacionado à materiais, saídas de campo, espaços possíveis da escola para
utilizarem. Mas para a universidade esta prática não incorpora seu discurso, ou seja,
ainda existe uma lacuna nesse processo, alguns encaminhamentos que precisam ser
redirecionados.
Entretanto, os discursos e, mesmo as práticas, se afunilam para tentativas de explicar
ações ou a faltas delas, de mostrar a estrutura do estágio, de mencionar as visões sobre
parceria, se aproximam de maneiras de dizer sobre a organização do estágio, a maneira
que é colocado para a escola e todo o seu desenvolvimento, seguindo uma perspectiva
interativa. Para Canário (2000, p.16) esse é um dos primeiros pontos para começar a
transformar a situação e pensar de forma mais “cooperante e coletiva”.
Assim, uma possibilidade para a evolução deste quadro seria a necessidade do
estabelecimento de situações em que ambos os lados se sintam comprometidos,
parceiros na forma de um projeto de estágio conjunto, pois ações deste porte tendem a
desencadear outras ações propositivas.
REFERÊNCIAS
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saberes por futuros professores. 253p. Tese (Doutorado em Educação) –
Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Aroeira, K. P. (2008) Saberes e estágio supervisionado: possibilidades e desafios na
ação colaborativa entre universidade e escola. In: Encontro Nacional de Didática e
Prática de Ensino, 2008, Porto Alegre. XIV ENDIPE Encontro Nacional de Didática
e Prática de Ensino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. v. 14.
Benites, L. C. Formação do professor-colaborador: a “prática de ensino” na Educação
Física. 180f. Tese (Doutorado em Ciência da Motricidade). Instituto de Biociências,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012.
Benites, L. C. Universidade e escola: contribuições no estágio curricular supervisionado
na formação de professores de educação física. Relatório de Pesquisa.Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq. Pós Doutorado
Júnior.Processo: 150167/2013-0; 2013.
Benites, L. C.; Cyrino, M.; Souza Neto, S. (2013). Estágio Curricular Supervisionado: a
formação do professor-colaborador. Olh@res, Guarulhos, v. 1, n1, p. 116-140,
maio.
Canário, R. (2000). A prática profissional na formação de professores. Inafop. Formação
profissional de professores no ensino superior. Univ. de Aveiro, Nov. Disp.:
http://www.fe.unicamp.br/falaoutraescola/resumos-palestrantes/RuiCanario.pdf.
Acesso: 23/04/2012.
Candau, V. M.; Lelis, I. A. (1991). A Relação teoria-prática na formação do educador. In:
Candau, V. M. (Org.) (1991). Rumo a uma Nova Didática. Petrópolis: Editora Vozes.
4ª Ed.
Cyrino, M. Formação inicial de professores: o compromisso do professor-colaborador e
da instituição escolar no processo de estágio supervisionado. Dissertação
(Mestrado em Educação). 2012. Programa de Pós-Graduação em Educação,
Unesp, campus Rio Claro. 233 p., 2012.
De Certeau, M. (2008). A invenção do cotidiano. 1. Artes do fazer. Petropólis: Vozes.
Domingues, I.; Aroeira, K. P.; Alves, W. Formação e Trabalho na Escola: Olhares e
Perpectivas. Anais do XV ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de
Ensino: Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente:
políticas e práticas educacionais, Belo Horizonte, 2010.
Formosinho, J. Academização da formação de professores. In: FORMOSINHO, J.
(Coord.). Formação de professores: aprendizagem profissional e acção docente.
Porto: Porto Editora, 2009, p. 73-92.
Garcia, C.M. A Formação de Professores: novas perspectivas baseadas na investigação
sobre o pensamento do professor. In: Nóvoa, A. (Org.) Os professores e sua
formação. Lisboa, D. Quixote, 1999, p.51-76.
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ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

  • 1. Práticas de ensino na formação inicial do professorado INFORME DE INVESTIGAÇÃO ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES CYRINO, Marina E-mail: ma.cyrino@hotmail.com Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro. Agência de Fomento: FAPESP. BENITES, Larissa C. E-mail: labenites@hotmail.com Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro. Agência de Fomento: CAPES. SOUZA NETO, Samuel. E-mail: samuelsn@rc.unesp.br Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro. Agência de Fomento: CNPQ, CAPES. Palavras-chave: Estágio Curricular – Formação de Professores – Escola e Universidade. 1. INTRODUÇÃO A Escola e a Universidade são duas instituições educacionais com constituição histórica, finalidades e práticas distintas. Elas possuem diversos tipos de relação, como ser parte do processo educacional, ter compromissos sociais com a educação e formação humana. Contudo nem sempre as ligações entre os dois espaços são harmônicas em função dos desafios para se estabelecer objetivos comuns e mesmo práticas que sejam adequadas às duas esferas. Para Candau e Lelis (1991, p. 53) “a teoria ‘atrapalha’ aos práticos, que são homens do fazer e a prática ‘dificulta’ aos teóricos, que são homens do pensar”. Embora tenham suas particularidades, para as autoras, as instituições podem estabelecer práticas de unidade, preservando a autonomia de cada uma. Nesta perspectiva o presente texto aborda o estágio curricular (EC), um dos grandes elos entre a universidade e escola, no que diz respeito a formação de professores. Para Pimenta e Lima (2004), esse momento de união sempre foi balizado por conflitos, pois havia equívocos no processo, falta de clareza sobre o papel dos envolvidos (estagiários, professores da escola e professores universitários), tornando-se caótico, pois para a escola é um empecilho, para a universidade uma tarefa, para os estagiários, muitas vezes, o momento de se observar falhas, além de conceberem a escola como espaço para a aplicação da teoria, entre outros aspectos. Esses diferentes desafios levaram muitos pesquisadores (Oliveira, 2006; Aroeira, 2008; 2009; Sarti, 2009; Ludke, 2009; Silvestre, 2011; Benites et al, 2013) a observarem melhor
  • 2. a importância do estágio e a sua relação com escola, traçando estratégias de aproximação, diálogo e colaboração entre ambas. Neste contexto abordaremos em nosso estudo a relação universidade-escola por meio de duas pesquisas que focalizaram os EC dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual Paulista, Campus Rio Claro- UNESP/RC e as escolas onde o EC é desenvolvido, tendo como objetivo caracterizar o papel, as práticas e os discursos frente ao EC por parte das escolas. As informações foram colhidas dessas duas pesquisas qualitativas que utilizaram como técnicas entrevistas e questionários. A primeira pesquisa foi realizada por Cyrino (2012) privilegiando o compromisso e o papel da escola na formação dos futuros professores. Participaram 22 participantes (6 estagiários do curso de Licenciatura em Pedagogia, 6 professores-colaboradores da escola; 6 coordenadores pedagógicos das escolas; 1 vice-diretora; professora universitária responsável pelo estágio e 2 pessoas da Secretaria Municipal de Educação- SME responsáveis pelo estágio); enquanto que a segunda pesquisa foi realizada por Benites (2013) enfatizando a contribuição da universidade e da escola no EC e contando com 20 participantes (6 diretores, 6 coordenadores pedagógicos, 6 professores- colaboradores de Educação Física e 2 professores universitários). Dessa forma o quadro de participantes abaixo foi composto por 23 sujeitos, nomeados com a sigla e um número, bem como se restringindo a participantes comuns provenientes da SME. PC (Professores- Colaboradores) C (Coordenadores) PS (Professor-Supervisor Univ.) Pedagogia 6 6 1 (PC1 a PC6) (C1 a C6) PS1 Educação Física 4 4 2 (PC7 a PC10) (C7 a C10) PS2 e PS3 As pesquisas tinham perguntas que se aproximavam, permitindo um entrelace das informações. O quadro a seguir expõe as questões que foram utilizadas, sendo que os dados foram aglutinados em três momentos: vermelho - a visão de estágio para a escola e seus desafios; azul - os discursos e verde - as práticas, justapostos no item 3. Estudo 1 Estudo 2 Coodenadores Coordenadores Qual é a sua concepção de estágio? Qual é sua visão de estágio?
  • 3. Como é a recepção dos estagiários? Quais as regras para o acontecimento do estágio? As regras de funcionamento da escola? Como se preparar para receber um estagiário? A universidade oferece suporte. Faz algum acompanhamento? Como escolhem o professor-colaborador? Qual é a relação entre estágio e escola? Em sua opinião a escola participa da formação dos futuros professores? Quais possibilidades a escola apresenta para o estágio? A escola assume qual posicionamento frente ao estágio? Como fortalecer a parceria universidade-escola? Professores-Colaboradores Professores-Colaboradores Como define o estágio? Qual é sua crença sobre acolher estagiários? Como vê a relação entre universidade e escola? Sente apoio de ambos os lados? Em sua opinião a escola participa da formação dos futuros professores? A escola e a universidade oferecem suporte? A escola assume qual posicionamento frente ao estágio? Como fortalecer a parceria universidade-escola? Professor-Supervisor Professor-Supervisor Como é a escola no EC? O que analisa quando visita uma escola? O que pensa sobre a escola? Qual é sua percepção sobre a escola Quais são as responsabilidades? Qual sua visão da escola? De quem é o acompanhamento do estágio? Em sua opinião a escola participa da formação dos futuros professores? Como vê a pareceria escola-universidade? A escola assume qual posicionamento frente ao estágio? Dessa relação, o primeiro tópico compreende os Coordenadores e os Professores- Colaboradores, enquanto que o segundo abarca a todos, incluindo os Professores- Supervisores. 2. A ESCOLA E SUA VISÃO DE ESTÁGIO: REGRAS E ACORDOS A escola é o local onde o estágio ganha forma, sendo o lugar onde o estagiário entra em ação com a perspectiva de ser professor; representa um lugar no mercado de trabalho e
  • 4. idealiza aspirações sobre o processo educacional. Para a universidade ela é o ponto chave da formação, uma vez que uma de suas responsabilidades é formar profissionais para atender as demandas escolares. Neste universo, na UNESP/RC1 , curso de Licenciatura em Educação Física, as 420 horas destinadas ao estágio se desenvolve em dois anos divididos em quatro semestres; enquanto que no curso de Pedagogia são 350 horas de estágio curricular, dividido em três modalidades: Educação Infantil; Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Gestão Escolar. Porém, o nosso foco é a segunda modalidade com 105 horas de estágio no quinto semestre do curso. Durante essas duas disciplinas os estudantes entram em contato com as escolas para realizarem suas primeiras observações, constroem seus projetos de estágio iniciam a regência. Para a formalização desse momento a escola e a universidade firmam um termo de acordo mútuo via SME. Munidos dos projetos, das discussões, dos contratos firmados com a SME de Rio Claro e dos termos de outorga, os estagiários estão aptos a entrarem na escola. As escolas recepcionam os estagiários, orientam e colocam regras para o desenvolvimento do estágio em seu espaço... “Às vezes há um informe sobre estagiários na escola, pelo portal da educação. Na maioria das vezes, não há um informe, recebemos diretamente o estagiário na escola já com sua carta de apresentação autorizada pela SME”. (C10). Entretanto não existe uma preparação específica, o que existe é uma conversa entre direção e PC sobre os estagiários: “Aos professores que recebem estagiários são dadas orientações, pela coordenação, para que a formação ocorra de forma adequada” (C7); “Não, por parte da escola, mas algumas professoras da universidade lhes oferece curso de formação”. (C8). Dessa forma, acrescenta-se que o PC é normalmente alguém que se predispõem a receber os estagiários ou que a própria direção escolar indica para a função: “É perguntado ao professor se ele quer ou não quer o estagiário na sala de aula, isso por um lado é muito legal, houve uma evolução nessa situação” (PC5); “O professor- colaborador é escolhido visando a necessidade do estagiário e a receptividade do professor” (C7); “É oferecido, e o professor que acolher, recebe” (C8). “Não adianta a gente forçar que o professor aceite o estagiário lá porque não vai ter ganho nenhum, nem pra professora, nem pro estagiário, então primeiro a gente vê quem gostaria de estar recebendo. Então a gente procura sempre encaminhar os estagiários para os professores que estão receptivos ao trabalho” (C2). Entre as escolas que acolhem os estagiários da Educação Física existe um rodízio para que os PC’s não sejam sobrecarregados, a não ser em casos que só existe um professor para a disciplina, mas que, todavia, os professores que tornam-se colaboradores continuam sendo por vários anos. Nas escolas que orientam os estagiários da Pedagogia, os PC’s são convidados a receberem os licenciandos. O que ocorre na maior parte das vezes é que os mesmos professores se disponibilizam por vários anos nesta colaboração. É um ponto positivo para ambos os cursos, pois o PS tem a possibilidade de realizar um trabalho de formação. 1 Informações no site: www.rc.unesp.br
  • 5. Na verdade, o sistema de estágio apresentado pela universidade, bem como o vínculo criado com as escolas da rede municipal de formação, através das iniciativas pessoais dos PS’s e dos Gestores escolares apontam para a composição de um nova forma de se pensar a formação começando por inverter a lógica desse processo, partindo da prática - espaço de formação - para reconstruir conceitos e ideias. Essa prática pode ser a pedagógica, a prática da vida do PC que com sua experiência conduz o ensino. Trata-se de um modelo que prevê a superação da academização do professor (Formosinho, 2009) e inclui a escola como partícipe do processo de formação dos futuros professores, afinal os futuros professores, estagiários, poderão fazer parte de seu corpo docente (Tardif & Lessard, 2005). No que tange ao acompanhamento dos estagiários, as escolas vinculadas ao estágio da Pedagogia apontam que as atividades do estagiário são monitoradas pela professora. Por isso C4 apontou que procura combinar o perfil do estagiário com o do professor: “eu procuro evitar quando eu vejo que não vai ser saudável a relação...tanto que quando vem um estagiário eu prefiro ver o perfil pra ver com quem vai (...) então dependendo da atividade, do estilo, a gente sabe até o perfil pra quem vai”. Nesse contexto, o estágio é considerado uma experiência, vivência da dimensão prática, e da cultura escolar como professor, ressaltando-se a ideia de aprendizagem e co- responsabilidades: “O estágio faz parte da formação do profissional, pra mim eu vejo assim, que é a ponte entre ele está saindo de uma formação bastante teórica e colocando o pé no mercado de trabalho” (C2); “É fundamental porque ali eu entendo como o fazer. É juntar a teoria e vir pra prática é naquele momento que o aluno no caso, quem está na universidade, ele acorda pra vários aspectos”. (C4); “O estágio pode ser uma experiência enriquecedora, tanto para a escola quanto para os alunos desde que haja troca. Isso depende não só da proposta do estágio, mas também da iniciativa do próprio estagiário” (C8). “É um momento de aprendizado (...). Eu acho que estágio é pra isso, para que você possa ir passando por essas etapas de aprendizagem, é ter uma noção vaga do que é uma sala de aula, do que é estar dentro de uma sala de aula (...) quando a gente vai pro estágio com essa visão de ‘eu estou indo para aprender’, eu acho que muda o foco”. (C3). “Fundamental para o sucesso das práticas docentes futuras. Essa prática permite ao aluno conhecer a realidade da sua profissão e refletir sobre seus desafios. É um momento de aprendizagem para que chegue mais preparado para lidar com o cotidiano escolar” (C7). Nessa perspectiva, o EC assume a dimensão do momento que possibilita o encontro de culturas distintas, que congrega valores, criatividade, invenções, intenções e diferentes formas de fazeres. Sendo assim, essa dimensão pode ser aproximada daquilo que De Certeau (2008) concebe como cotidiano, onde existem formalidades, práticas discursivas, “práticas de consumo”, ou seja, ao mesmo tempo em que as relações produzem significados, os mesmos são “consumidos” pelos seus participantes, possibilitando
  • 6. escolher, falar, caminhar, questionar, entre outros, emergindo particularidades, pontos de vistas, estigmas e marcas que precisam ser compreendidos e respeitados. Isso é referendando pelos PC’s quando mencionam a experiência e a aprendizagem da prática profissional como pontos de destaque do EC. O meio condicionando os ensinamentos propostos e atribuindo valores, práticas e discursos. Os PC’s compreendem o estágio como um momento de formação e assumem o fato de receber estagiários para que possam se constituir como professores, tendo como benefício o fato de estar próximo da universidade e aprender novas estratégias e atividades. “Estágio eu acho que é um aprendizado duplo, [...] passar pra ela o pouco que eu sei, [...] e ao mesmo tempo ela aprender comigo também, ver como funciona a dinâmica, então eu acho que é um grande aprendizado, uma troca, bem legal” (PC2). “Fico grata em poder colaborar para melhorar a educação, pois através dos estágios podemos fazer uma troca de informações entre a escola (prática) e a Universidade (teoria), auxiliando no desenvolvimento do conteúdo aplicado nas matérias práticas da Universidade (suponho que isso ocorra)” (PC9). Nesse sentido, a C2 chama a atenção para a possibilidade de um trabalho em parceria e aprendizagem de todo os envolvidos: “os professores também podem aprender muito com eles (estagiários) com as coisas que eles trazem aqui pra gente”. (C2). Contudo, é necessário que estejam dispostos a partilha de ideias e ao trabalho coletivo. Quando olha-se para esse cenário, se referenda nada mais que a maneira como o EC “sai” da universidade e “entra” na escola, apontando os indicativos da universidade em termos de obrigatoriedade para o cumprimento da carga horária e dos ajustes formalizados pela escola para que burocraticamente cumpram-se os acordos legais. Porém, ainda existem pontos para se refletir a respeito, como por exemplo, as regras postas pelo meio. Essas regras carregam características históricas, pois de acordo com Sarti (2008) ambas as instituições de formação possuem uma distância entre as concepções de ensino, aprendizagem, alunos, docência, formação, entre outros. Também seguem os modelos advindos do próprio sistema educacional, como as medidas postas pela SME na realização da ‘tarefa do EC’. Portanto, podemos pensar que os acordos e regras postos são ações que vem sendo desenvolvidas há muitos anos e que quando se pensa num novo modelo de formação que oferece à prática um status diferenciado, é necessário um tempo de latência para que os envolvidos se apropriem disso e vejam como algo incorporado em seu exercício profissional. 3. ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS: A ESCOLA E SEU COMPROMISSO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. No tópico anterior foi possível perceber que a escola é um local importante para o processo de EC, possibilita o contato com a prática docente, tornando-se “o espaço de encontro das culturas dos alunos, dos formadores e dos estagiários” (Lima, 2008, p. 199). Um dos itens que se registrou, muito brevemente, foi o envolvimento dos partícipes no processo. Alguns gestores e PC’s respondem a esse questionamento apontando que ser partícipe congrega o fato de abrir a porta de suas unidades para que o estágio aconteça
  • 7. e de oferecer possibilidades para os estudantes apreenderem a realidade educacional: “No meu ver a escola participa através do acolhimento dos estagiários” (PC9). “Ao receber o estagiário/futuro profissional, a escola tem clara noção que participa de sua formação. Muitas vezes, é o primeiro contato do profissional com a função que deseja desempenhar. Por isso consideramos de fundamental importância que tenha contato com boas práticas” (C7). Outros já fazem alusão ao fato de ser a principal instância de formação por propiciar uma reflexão e vivência da prática pedagógica: “Sem dúvida a escola é parte integrante dessa formação tanto com relação a práticas procedimentais quanto às atitudinais que configurão a identidade docente” (C7); “A escola é o espaço principal na formação de professores. É nela que ele pode vivenciar e refletir sobre a prática pedagógica” (C8). Os PS’s referendam que a instituição escolar é um local que abre as portas para o estágio e quando vão às escolas para estabelecer contato ou mesmo para realizar a supervisão procuram observar os aspectos sobre a rotina, os atributos da escola, as relações interpessoais, os alunos, os professores, a maneira como coordenadores e diretores conduzem as atividades, e em especifico sobre a Educação Física, os PS’s olham ainda os espaços físicos para as aulas. PS1 menciona que a escola é um ambiente que ocorre a formação, mas existe a necessidade de que essa ideia seja incorporada. Da mesma forma, PS3 concebe que a escola é um local que precisa ter clareza da sua participação no processo de formação de professores. “A escola é um ambiente muito formativo pro professor. Mas a gente precisa sistematizar isso um pouco, precisa ter dispositivos na escola que estimulem essa formação. Não é o fato só de o professor estar na escola... claro que ele aprende muitas coisas de toda maneira, mas ele pode aprender mais coisas e ser estimulado a aprender coisas, a rever as suas (...) representações, as suas práticas, se houver dispositivos que estimulem isso. E o estágio me parece que é”. (PS1) “Porém, a minha concepção de escola, enquanto lugar de formação, a compreende como uma instituição que assume esse compromisso. Algumas instituições com as quais trabalho assumem um compromisso com o estágio no sentido de nos receber, acolher, auxiliar, mas não na dimensão da formação. A própria ideia de colaboração, envolvendo universidade e escola, professor universitário e professor-colaborador da escola precisa ser melhor explorado, enquanto uma cultura que se constrói e um conceito que de se desenvolve para superar a ideia de auxílio” (PS3). Por esses relatos, nota-se que muitas vezes existe uma distância de visões entre a escola e a universidade. Talvez, uma das razões seja aquela pontuada por Garcia (1999): a escola costuma trabalhar por uma ótica prática e a universidade numa perspectiva acadêmica. Contudo chama-se a atenção para o fato de se ter um discurso com diferentes noções de participações. Essas divergências dizem respeito ao próprio processo histórico do estágio, pois parte-se do princípio que ele é uma tarefa da
  • 8. universidade, sendo esta a responsável por seu acontecimento e supervisão. Nesse contexto, existem alguns desencontros, como por exemplo, o fato de a universidade enxergar potencialidades diferenciadas na escola, mas não ter poder de intervenção e muito menos a garantia de que terá a escola como parceira no fim do ano letivo. “[...] Nada está conquistado. Todo ano há necessidade de se fazer tudo novamente no sentido de como se fosse a primeira vez que você está indo à aquela escola, cabendo registar que esta parceira é sempre tênue, pois não é formal ou regida por algum tipo de projeto ou convênio” (PS2). Isso é registrado pelos PC’s como uma falta de entrosamento entre a universidade e a escola, e que muitas vezes se reflete também no tipo de auxilio que os mesmos recebem de ambos os espaços. Alguns se sentem bem acompanhados e outros nem tanto: “senti apoio da universidade, a universidade, além de ter feito a ligação nossa com a estagiária, proporcionou aquela formação” (PC2); “tem esse suporte assim, elas [equipe gestora] se preocupam, estão sempre perguntando se não está atrapalhando a sala, o andamento do meu trabalho, então elas estão sempre acompanhando”. (PC1). “Falta esse entrosamento entre a universidade e a escola, mas ao mesmo tempo eu vejo que muitos professores são acomodados, eles não querem muito trabalho, eles não querem ir, fazer curso, eles não querem ter essa reflexão. (...) falta a universidade chegar na escola e a escola chegar na universidade”. (PC3). “quando a Estagiária chegou, por exemplo, eu tive um momento, não era meu HTPI, não era nada, e eles deixaram eu conversar com a Estagiária antes de ir pra sala, um inspetor de alunos acompanhou os alunos na sala e eu fiquei aqui conversando com ela, porém um acompanhamento mais próximo da gestão da escola não houve como ir até minha sala, ver o que nos estávamos fazendo (...) acompanhamento não” (PC3). Por um lado existe a escola com sua rotina e dinamismo particular, por outro existe o olhar da universidade, que embora, muitas vezes robusto em seu discurso sobre a formação de “seus” professores, esbarra na cultura escolar, naquilo que pode dizer sobre, mas que não pode interferir enfaticamente, ficando numa relação de necessidade do outro e, ainda, apontando que ambas possuem papeis diferentes frente ao EC. “Me vejo como alguém que tem na universidade uma responsabilidade diferente (...) o professor que se ocupa, da prática de ensino, dos estágios supervisionados, ele tem uma responsabilidade específica que é conseguir estabelecer contatos mais estreitos… eu preciso alimentar os vínculos, eu preciso criar possibilidades de relação, (...) eu tenho que estabelecer contatos sistemáticos, permanentes, produtivos com agentes que estão fora da universidade” (PS1). “Ela (escola) participa na medida em que abre campo de estágio e possibilita a entrada dos estudantes para participar de diferentes momentos como a aula propriamente dita, as reuniões de ATPC, de pais e mestres, de planejamento. Por outro lado, isso apenas não é suficiente para denominarmos de participação que, ao meu ver,
  • 9. necessita de participar intencionalmente, com uma proposta de formação que atenda aos princípios da realidade, sem desconsiderar o referencial que os fundamentam” (PS2). O posicionamento adotado pela escola frente aos estágios apresenta uma nuance entre ser acolhedora do estágio, aquela que oportuniza as experiências práticas e ser parceira. Porém tal como a universidade, se registram carências de novas medidas e práticas: “Não depende só da universidade querer vir e ‘não, olha, temos isso a oferecer’, tentar mudar, isso também tem que ter a abertura dos professores…” (C2). “A escola do ponto de vista legal assume o posicionamento de receber o estagiário e designar para este fim um professor para acompanhá-lo, permitindo que tenha acesso ao projeto pedagógico e planos de ensino. [...] Portanto auxilia no processo de formação. Entretanto do ponto de vista da profissionalização, a meu ver, ela assume uma posição próxima da “escola de ofício” (...) a observação, a aprendizagem pela observação e a experiência acabam se constituindo em elementos preponderantes dessa formação, pois há a máxima, como foi colocado anteriormente, de que o professor, se torna professor sendo professor. Neste aspecto não deixa de ser uma formação artesanal na dimensão de que se aprende na prática e para a prática. No entanto, a docência vai além de sua prática, trazendo consigo também a reflexão sobre aquilo que se faz, ou seja, a reflexão de uma epistemologia da prática profissional (...)” (PS 3). “É interessante como a gente tá preso nessa rede discursiva, (...) a universidade não consegue criar muitas estratégias para de fato lidar, fazer essa articulação com uma dimensão prática de fato, do fazer diário na escola, nós ainda estamos um pouco distantes disso”. (PS1). Como indícios, registramos que a escola, abre as portas, acolhe os estagiários e dispõem de um professor que deverá acompanhar os estagiários. O professor-colaborador, aquele que acolhe os estagiários, é alguém que extrapola sua missão primária de ensinar alunos, e passa a auxiliar estudantes em sua formação profissional (Benites, 2012). Algo especial para um “cotidiano” cheio de práticas, discursos, urgências, emergências e ainda improvisos (Perrenoud, 2008). Registra-se nos excertos elementos que dizem respeito ao acolhimento dos estagiários, visto pela escola como colaboração e participação no processo de estágio e o espaço escolar visto como uma possibilidade de vivência da prática pela escola. Contudo, como já mencionado existe uma distância entre as mesmas, mesclando-se os discursos e as práticas, avançando-se na retórica com algumas ações, ainda estagnadas. As diferenças se dão, pois as instituições de formação apresentam visões distintas, principalmente sobre a formação do professor. Para a escola, ela faz o que “pode” e começa a despertar o olhar para um exercício mais profissional com relação ao seu envolvimento na formação de professores. No entanto, para a universidade as relações são insuficientes, necessitando também de amadurecimento para compreender melhor o cotidiano escolar e também ser capaz de pensar em vínculos e atividades que sejam possíveis de serem desenvolvidas na escola. Todavia, como intervir nessa realidade? Quais são as trincheiras que nos permitem olhar de perto o cenário e ser capaz de promover uma fagulha de novos estímulos?
  • 10. A distribuição de papéis e a ideia de parceria parecem ser um caminho para pensar sobre, afinal “não basta ter um projeto de estágio que ofereça condições para operar transformações se não houver o desejo e o envolvimento de seus participantes nessa tarefa” (Domingues; Aroeira; Alves, 2010, p. 35). A contribuição de todos os envolvidos, de uma maneira mais sistematizada pode auxiliar o processo em seu desenvolvimento, como por exemplo, oferecer melhores condições de acolhida ao PC, dar ao estagiário suporte durante o estágio, propiciar aprendizagem aos alunos da escola, garantir o diálogo entre gestão escolar e PS’s, investindo, dessa forma, “no desenvolvimento de uma dimensão mais colaborativa no seio da cultura do magistério” (Sarti, 2009, p. 134). Tais ações podem caracterizar a atividade de parceria colaborativa, reconhecida como uma articulação entre professores da universidade e da escola, sendo de acordo com Novoa (2011) um movimento que incentiva a profissionalização do magistério. 4. ALGUMAS REFLEXÕES Ao pensar sobre o que foi abordado no presente estudo podemos dizer que para além das considerações entre características, discursos e práticas existe o elemento cultura norteando as ações e o desenvolvimento do estágio curricular, ora por parte da universidade, ora por parte da escola. No que cabe ao papel da escola, podemos mencionar que tem sido feito o possível para contribuir com a formação dos estagiários, acolhendo-os, oferecendo uma boa receptividade, valorizando o que os estagiários desenvolvem na sala de aula, um apoio logístico relacionado à materiais, saídas de campo, espaços possíveis da escola para utilizarem. Mas para a universidade esta prática não incorpora seu discurso, ou seja, ainda existe uma lacuna nesse processo, alguns encaminhamentos que precisam ser redirecionados. Entretanto, os discursos e, mesmo as práticas, se afunilam para tentativas de explicar ações ou a faltas delas, de mostrar a estrutura do estágio, de mencionar as visões sobre parceria, se aproximam de maneiras de dizer sobre a organização do estágio, a maneira que é colocado para a escola e todo o seu desenvolvimento, seguindo uma perspectiva interativa. Para Canário (2000, p.16) esse é um dos primeiros pontos para começar a transformar a situação e pensar de forma mais “cooperante e coletiva”. Assim, uma possibilidade para a evolução deste quadro seria a necessidade do estabelecimento de situações em que ambos os lados se sintam comprometidos, parceiros na forma de um projeto de estágio conjunto, pois ações deste porte tendem a desencadear outras ações propositivas. REFERÊNCIAS Aroeira, K. P. (2009) O Estágio como prática dialética e colaborativa: a produção de saberes por futuros professores. 253p. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. Aroeira, K. P. (2008) Saberes e estágio supervisionado: possibilidades e desafios na ação colaborativa entre universidade e escola. In: Encontro Nacional de Didática e
  • 11. Prática de Ensino, 2008, Porto Alegre. XIV ENDIPE Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. v. 14. Benites, L. C. Formação do professor-colaborador: a “prática de ensino” na Educação Física. 180f. Tese (Doutorado em Ciência da Motricidade). Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. Benites, L. C. Universidade e escola: contribuições no estágio curricular supervisionado na formação de professores de educação física. Relatório de Pesquisa.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq. Pós Doutorado Júnior.Processo: 150167/2013-0; 2013. Benites, L. C.; Cyrino, M.; Souza Neto, S. (2013). Estágio Curricular Supervisionado: a formação do professor-colaborador. Olh@res, Guarulhos, v. 1, n1, p. 116-140, maio. Canário, R. (2000). A prática profissional na formação de professores. Inafop. Formação profissional de professores no ensino superior. Univ. de Aveiro, Nov. Disp.: http://www.fe.unicamp.br/falaoutraescola/resumos-palestrantes/RuiCanario.pdf. Acesso: 23/04/2012. Candau, V. M.; Lelis, I. A. (1991). A Relação teoria-prática na formação do educador. In: Candau, V. M. (Org.) (1991). Rumo a uma Nova Didática. Petrópolis: Editora Vozes. 4ª Ed. Cyrino, M. Formação inicial de professores: o compromisso do professor-colaborador e da instituição escolar no processo de estágio supervisionado. Dissertação (Mestrado em Educação). 2012. Programa de Pós-Graduação em Educação, Unesp, campus Rio Claro. 233 p., 2012. De Certeau, M. (2008). A invenção do cotidiano. 1. Artes do fazer. Petropólis: Vozes. Domingues, I.; Aroeira, K. P.; Alves, W. Formação e Trabalho na Escola: Olhares e Perpectivas. Anais do XV ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino: Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: políticas e práticas educacionais, Belo Horizonte, 2010. Formosinho, J. Academização da formação de professores. In: FORMOSINHO, J. (Coord.). Formação de professores: aprendizagem profissional e acção docente. Porto: Porto Editora, 2009, p. 73-92. Garcia, C.M. A Formação de Professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In: Nóvoa, A. (Org.) Os professores e sua formação. Lisboa, D. Quixote, 1999, p.51-76. Lima, M. S. L. Reflexões sobre o estágio/prática de ensino na formação de professores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 8, n. 23, p. 195-205, jan./abr. 2008. Ludke, M. (2009). Universidade, escola de educação básica e o problema do estágio na formação de professores. Form. Doc., Belo Horizonte, v. 01, n. 01, p. 95-108, ago./dez. Disponível em http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br. Nóvoa, A. (2011). O regresso dos professores. Pinhais: Melo, 2011.
  • 12. Oliveira, R. G. de. (2006). Estágio Supervisionado participativo na licenciatura em matemática, uma parceria escola-universidade: respostas e questões. 348 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação, USP, São Paulo. Perrenoud, P. Desarrollar la práctica reflexiva en el oficio de enseñar: profesionalización y razón pedagógica. Barcelona: Grao , 2008. Pimenta, S. G.; Lima, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. SARTI, F. M. O professor formador e as possibilidades da parceria intergeracional na escola. In: XIV ENDIPE (anais): Trajetórias e processos de ensinar e aprender: lugares, memórias e culturas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. Sarti, F. M. (2009). Parceria intergeracional e formação docente. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 25, n. 2, ago. Disponível: http://www.scielo.br. Acesso: 21 jan. 2010. Silvestre, M. A. (2011). Prática de Ensino e Estágios Supervisionados: da observação de modelos à aprendizagem da docência. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 11, n. 34, p. 835-861, set./dez. Tardif, M.; Lessard, C. O trabalho docente. Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005.