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V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Eje temático: Problemas de profesores principiantes
INFORMES DE INVESTIGACIÓN
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL,
EGRESSAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO, DO CURSO DE PEDAGOGIA, NA
MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Wiebusch, Eloisa Maria
eloisamw@yahoo.com.br
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
Resumo
O presente estudo buscou investigar a construção da docência de professoras iniciantes
da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, egressas de primeira
geração da família nuclear, do curso de Pedagogia, na modalidade de Educação a
Distância, EaD. A pesquisa com abordagem qualitativa e o instrumento para coleta de
dados foi o questionário, com perguntas abertas e fechadas, realizado com seis
professoras1
iniciantes na docência, da educação infantil e dos anos iniciais do ensino
fundamental, egressas de primeira geração da família nuclear, do curso de pedagogia,
EaD, com até cinco anos experiência docente. Para a leitura, análise e interpretação dos
dados usou-se os princípios de análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). O estudo
revelou a trajetória acadêmica e profissional das professoras iniciantes na docência, as
precursoras da família a conquistar um diploma na educação superior, venceram uma
etapa importante de suas vidas e iniciaram um novo desafio ao ingressar na profissão
docente, um processo longo de transformar-se em professora. A inserção à docência é
uma etapa fundamental do aprender a ensinar, repleta de tensões, desafios e
aprendizagens que contribuem de maneira essencial para a construção da identidade
profissional, mesmo para quem realizou a formação inicial para a docência, é um período
complexo. Os resultados apontam para a necessidade de um trabalho de acolhida,
acompanhamento e formação nos primeiros anos da docência. É importante que as
instituições de ensino tenham um Programa Institucional de Inserção à Docência,
pautado na reflexão e análise sobre a prática pedagógica.
Palavras-chave: Professores Iniciantes - Docência - Pedagogia.
Introdução
A expansão da educação superior no Brasil mudou o perfil dos universitários. Muitos
estudantes ou egressos são de primeira geração da família nuclear, isto é, o primeiro
1
Quando refero-me às entrevistadas uso o termo professoras.
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INDUCCIÓN ALADOCENCIA
integrante da família a fazer um curso superior. Neste contexto, surge o crescimento da
Educação a Distância, EaD, uma modalidade de ensino, que está cada vez mais em
evidência, com destaque para a licenciatura em Pedagogia. De acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9394/96, o pedagogo pode atuar na
educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, ensino médio, na modalidade
normal e gestão escolar (supervisão e orientação educacional).
No cenário brasileiro a educação infantil destina-se para crianças de zero a cinco anos de
idade, é a primeira etapa da educação básica e os anos iniciais é a primeira fase do
ensino fundamental, para estudantes de seis a dez anos de idade, com cinco anos de
duração, ou seja, do primeiro ano ao quinto, é o início da escolarização obrigatória. A
educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental são etapas iniciais da
educação básica, primordiais para todo o desenvolvimento acadêmico e os alicerces
indispensáveis que sustentam as etapas subsequentes.
O início da carreira docente é o momento basilar de aprendizagem da docência, do
aprender a ensinar, da constituição do ser, estar e fazer-se professor. Marcelo Garcia
(2009, p. 20) afirma “os primeiros anos de docência são fundamentais para assegurar um
professorado motivado, implicado e comprometido com a sua profissão”. Este ciclo é
permeado por muitos dilemas, desafios e inúmeras possibilidades, os anos iniciais são
decisivos para a estruturação da prática pedagógica e essenciais para o desenvolvimento
profissional docente. Corrobora Tardif (2002, p. 84) ao mencionar que é “[...] um período
muito importante da história profissional do professor, determinando inclusive seu futuro e
sua relação com o trabalho”. O ingresso no mundo do trabalho deixa marcas na vida de
qualquer profissional e define a permanência ou não na profissão.
A pesquisa teve como objetivo investigar a construção da docência de professoras
iniciantes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, egressas de
primeira geração da família nuclear, do curso de Pedagogia, EaD. O problema de
pesquisa: Como se constituiu os anos iniciais da docência de egressas de primeira
geração, do curso de Pedagogia, EaD? Partiu-se das seguintes questões norteadoras:
Como é ser o primeiro a concluir o ensino superior da família? O curso de Pedagogia
contribuiu para a prática pedagógica nos anos iniciais da docência? Quais as dificuldades
enfrentadas no início da carreira docente pelas professoras iniciantes da educação
infantil e anos iniciais? Que fatores contribuem para a construção da docência? A Escola
proporcionou/desenvolveu ações junto aos professores iniciantes para contribuir na
construção da docência?
Egressos de primeira geração, do curso Pedagogia, EaD
A crescente expansão da educação superior brasileira nos últimos anos promoveu
mudanças consideráveis no perfil dos universitários. Atualmente, temos uma grande
diversidade, estudantes provenientes de famílias de baixa renda, de raças variadas, de
idade superior a idade certa, ou seja, acima dos 18 aos 24 anos de idade, muitos são
estudantes trabalhadores e são de primeira geração da família nuclear, isto é, o primeiro
integrante da família que está cursando ou é egresso, de um curso superior. Conforme
Nunes (2015, s/p):
os alunos de primeira geração são aqueles cuja família não tem histórico
acadêmico no ensino superior. São os primeiros em seus lares – às vezes, até
os primeiros em suas comunidades – a ingressar em uma universidade, o que os
enche de orgulho, mas também traz muitos desafios novos.
A ampliação do acesso à educação superior contribuiu para a entrada de estudantes de
primeira geração, porém desconheço programas de apoio nas universidades brasileiras
para ajudar estes estudantes a permanecer com sucesso acadêmico.
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INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Com o crescimento da educação superior, ocorreu também o aumento da EaD, surge
para os sujeitos que por diferentes motivos não tiveram acesso a educação superior
presencial, é um meio de inclusão. A EaD está oportunizando aos estudantes construir
conhecimentos, utilizando-se de múltiplos materiais e tecnologias, principalmente em
cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e tecnólogo), pós-graduação, entre
outros. As situações de aprendizagem são muitas, a característica básica é a autonomia
e autodisciplina no estudo e a realização de atividades. Os encontros presenciais com o
professor/tutor precisam ser o momento do debate, partilha de saberes e esclarecimento
de dúvidas. Almeida, Iannone e Moreira (2012) realizaram uma pesquisa sobre o curso
de Pedagogia a distância. Ressalta Almeida (2015, p. 10):
[...] os alunos também reconhecem que a metodologia do curso propicia a
construção da autonomia e da autodisciplina para o estudo, o desenvolvimento
de competências e habilidades necessárias ao exercício profissional; valorizam a
alta frequência dos encontros presenciais nos pólos; em parte dos cursos
investigados, identificam, a criação de situações para a articulação teoria-prática,
em que os estágios se constituem como espaço de construção da prática
profissional; apontam a qualidade da formação que lhes é oferecida e as
contribuições para a prática profissional competente.
Na maioria dos cursos de Pedagogia, EaD, os alunos têm a oportunidade de vivenciar
momentos de articulação entre teoria e prática e também os estágios obrigatórios são
espaços iniciais para o exercício da docência.
Professores iniciantes: um olhar sobre a inserção profissional
Os professores no início da carreira passam por vários desafios, há o descompasso entre
o aluno que foram e o aluno que encontram, vivem a fase de transição de estudantes ou
trabalhadores para docentes, convivem com uma diversidade de níveis e modalidades de
ensino. Para Marcelo Garcia (2009, p. 86), “converter-se em professor se constitui num
processo complexo, que se caracteriza por natureza multidimensional, idiossincrática e
contextual”.
Precisamos intensificar o processo de ação-reflexão-ação sobre a prática pedagógica,
mediada pela teoria, pela multiplicidade de saberes, tempos e espaços presentes no
mundo contemporâneo. De acordo com Vaillant e Marcelo Garcia (2012, p. 92):
“aprendemos a ser docentes quando somos conscientes do que fazemos e do porquê o
fazemos; quando damos razões e refletimos sobre as origens e consequências de
nossas condutas e das dos demais”. Dada à complexidade do fazer pedagógico, para
todos os professores, mas principalmente para os ingressantes na profissão, é
fundamental ter um programa de inserção para o acompanhamento e apoio para
favorecer o desenvolvimento profissional docente. Conforme Marcelo García (2010, p.
36): “os programas de inserção ajudam os professores a se inserirem na realidade
escolar de uma forma mais adequada e controlada”.
Os programas de apoio aos professores iniciantes são recentes, começaram a aparecer
nos anos 80, são crescentes em alguns países. No Brasil, existem algumas experiências
desses programas, como mostra o estudo de André (2012) e outros pesquisadores.
O processo de interação com os professores experientes, que realizam uma prática
pedagógica diferenciada e significativa contribui muito para o professor principiante, a
troca interpares, o aprender com os professores experientes, também chamados de
“tutores”, “mentores”, “orientadores”, “guias” são de suma importância para realizar um
trabalho colaborativo. Reforçam essa ideia Vaillant e Marcelo Garcia (2012, p. 144) ao
afirmarem que:
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a tarefa que designa ao mentor é a de assessorar didática e pessoalmente ao
docente principiante, de forma que se constitua como elemento de apoio. [...]. Ele
assume um papel de grande importância no programa de inserção, pois é a
pessoa que ajuda e dá orientações ao docente principiante, tanto no currículo
como na regência de classe.
O apoio e a parceria com um professor experiente/mentor contribuem para a construção
da docência e identidade profissional, ambos aprendem, iniciantes e experientes juntos.
As interações entre esses colegas ajudam a ultrapassar o isolamento e a solidão da
profissão docente, tendo como horizonte o trabalho coletivo e a busca constante da
reflexão, análise permanente e crítica da prática pedagógica.
Caminhos metodológicos
A pesquisa com abordagem qualitativa e o instrumento para coleta de dados foi
questionário, com perguntas abertas e fechadas. A investigação é de caráter sigiloso,
confidencial, preservando as identidades e falas das entrevistadas, atendendo ao critério
ético da pesquisa.
Os sujeitos de pesquisa foram seis professoras iniciantes na docência, da educação
infantil e anos iniciais do ensino fundamental, egressas de uma universidade privada, do
Curso de Pedagogia, na modalidade EaD, de primeira geração da família nuclear a
concluir um curso superior, com até cinco anos na carreira docente, do município de
Teutônia, estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Para a leitura, análise e interpretação dos dados usou-se os princípios de análise de
conteúdo proposta por Bardin (2009). A análise de conteúdo compreende um método de
pesquisa usado para descrever, analisar e interpretar, informações obtidas por meio da
coleta de dados, organizados em um texto.
Descobertas da investigação: um olhar sobre a construção da docência
A pesquisa foi desenvolvida com seis professoras iniciantes, com atuação na educação
infantil e anos iniciais do ensino fundamental, sendo que duas entrevistadas atuam na
educação infantil e nos anos iniciais, três somente na educação infantil e uma única só
nos anos iniciais, em uma turma multisseriada com alunos do 1º ao 5º ano na mesma
turma. A maioria das professoras exercem suas funções em escolas da rede privada de
ensino, sendo que uma dessas atua em uma escola especial que atende alunos
deficientes e somente uma atua na rede municipal. O regime de trabalho de quatro
professoras é 40 horas semanais e de duas é 20 horas semanais. Pertencem a uma faixa
etária diversificada entre 28 a 46 anos.
Quanto à vida acadêmica, duas entrevistadas cursaram o ensino médio na modalidade
de educação de jovens e adultos, EJA e após realizaram o curso normal, antigo
magistério, pós-médio, uma cursou o ensino médio regular e após o curso normal, pós-
médio, três cursam o ensino médio, na modalidade normal (magistério), de tempo
integral, com sistema de residência estudantil, o antigo internato. Todas na educação
superior realizaram o curso de Pedagogia, EaD, na mesma universidade privada e foram
colegas de curso.
O pedagogo precisa ter uma visão ampla da educação para contribuir no seu
desenvolvimento profissional docente e dos demais professores, bem como na
aprendizagem dos alunos. Todas as professoram cursaram pós-graduação (lato-sensu),
em nível de especialização, quatro realizaram o curso de “Psicopedagogia Institucional”,
outra cursou “Educação Especial e Inclusiva” e uma realizou duas especializações em
“Psicopedagogia Institucional e Clínica” e “Orientação Educacional”.
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Segundo as entrevistadas no curso de Pedagogia tiveram muitas aprendizagens
significativas, crescimento pessoal e profissional e partilha de saberes como afirma uma
professora: “o curso de Pedagogia foi muito gratificante, aprendi muito e cresci como
profissional, os momentos de troca entre colegas foram muito significativos”.
Os cursos de formação de professores precisam se preocupar com as duas dimensões
que nos constituem, com a formação pessoal (ser educador como pessoa) e profissional
(prática docente) como Nóvoa, (1995, p. 15) sugere: “[...] relacionar a formação de
professores com o desenvolvimento pessoal – produzir a vida – e o desenvolvimento
profissional – produzir a profissão docente”. Portanto, a formação docente precisa
acontecer de modo indissociável da experiência de vida. A educação precisa estar
comprometida com o desenvolvimento total da pessoa, do ser integral, pleno na sua
inteireza, favorecendo o crescimento enquanto pessoas e profissionais.
Ainda sobre o curso de Pedagogia ressaltaram a qualidade do material de estudo e a
qualificação dos professores, como nos fala uma entrevistada: “o material disponibilizado
de fácil entendimento e professores qualificados”. O aluno do curso de EaD é o
protagonista na construção do conhecimento, o processo de ensinar e aprender é de sua
responsabilidade. Outra professora expressa: “gostei de fazer o curso, acho fascinante
este mundo da Pedagogia”.
O ingresso no curso de Pedagogia ocorreu por influência, principalmente de colegas de
trabalho, amigas professoras e familiares. Todas foram estudantes trabalhadoras durante
o curso. A maioria das entrevistadas não tiveram dificuldades no decorrer do curso de
Pedagogia. Porém, uma argumenta: “durante o curso, minha maior dificuldade era
colocar as ideias no papel”.
Evidenciaram que o curso de graduação foi de qualidade e trouxe muitas contribuições
para a vida pessoal e profissional, salientaram a importância da professora/tutora, como
uma pedagoga afirma: “a qualidade se deve a professora que nos ajudou, foi muito
eficiente, prestativa, esclarecedora, com muita sabedoria”. O professor/tutor exerce um
papel fundamental nos cursos de EaD, a tutoria atende as necessidades de democratizar
o acesso ao conhecimento, oportuniza o trabalho coletivo, a troca de saberes e a
interação entre os alunos. A egressa salienta: “cresci muito como profissional, as trocas
em sala, às informações obtidas através do material de estudo e mais as explicações da
professora”.
As seis egressas são de primeira geração, foram as primeiras da família a concluir um
curso de graduação na educação superior. São motivos de orgulho, satisfação e exemplo
para a família por conquistarem o diploma universitário. Uma entrevistada expressa: “é
como se fosse realizar um sonho dos meus pais, eles não tiveram oportunidade de
continuar a estudar, e ter uma filha formada é motivo de orgulho, sempre tive o incentivo
deles”. Afirma outra egressa: “sinto-me realizada, meu sonho sempre foi concluir a
Pedagogia, sou orgulho para os meus pais, sozinha batalhei e quebrei barreiras”. A
realização pessoal ao concluir a graduação é destacada e também são exemplos de
incentivo para os demais familiares busquem o ensino superior. Como enfatiza: “é bom,
sei que conquistei um lugar importante, algo que me realiza e tento passar esses
sentimentos para meu irmão e minhas filhas. Quero também que façam uma boa
faculdade”.
Os motivos que contribuíram para escolher a profissão docente foram à admiração, o
encantamento, a vontade de ser professora e a possibilidade de aprender sempre, ao
longo da vida. Destaca a professora: “sempre gostei de aprender e essa profissão me
proporciona ensinar e aprender, sou feliz, gosto de ser professora”. E também a alegria
de trabalhar com crianças e as lembranças de ex-professores que fizeram a diferença na
vida acadêmica. Como nos diz a interlocutora:
o encantamento que tenho pelos pequenos, a alegria de fazer novas descobertas
e poder aprender todos os dias. Sinto-me viva e alegre, sempre admirei esta
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profissão e tenho ótimas lembranças de muitas professoras que tive e com
certeza isto foi um dos motivos também para a escolha deste caminho.
A vontade de contribuir para melhorar a educação e a necessidade do professor trabalhar
com um olhar investigativo para cada aluno, em relação ao aprender, considerando que o
processo de aprendizagem de cada um é singular. Uma participante procura: “colaborar
para melhorar a educação, alguns professores precisam se preocupar mais com
aprendizagem dos alunos, cada um aprende ao seu tempo”.
Para as entrevistadas os anos iniciais da docência foram permeados por sentimentos de
medo, insegurança, angústia e intranquilidade. Conforme sustenta uma pedagoga: “no
início fiquei um pouco assustada, medo de não dar conta e bateu a insegurança e
angústia”. De acordo com Marcelo Garcia (1999, p. 113) a etapa de inserção docente é:
“um período de tensões e aprendizagens intensivas em contextos geralmente
desconhecidos, e durante o qual os professores principiantes devem adquirir
conhecimento profissional além de manter certo equilíbrio pessoal”. A fase inicial é de
apreensão, inquietude, preocupação, mas de muitas aprendizagens e experiências. Uma
participante afirma: “a cada ano melhoro, tenho mais domínio de turma e conteúdo, hoje
consigo ter mais tranquilidade, sei que todos aprendem só o tempo será diferente”.
Os professores nos primeiros anos da docência vivem um choque de realidade. Esse
conceito se difundiu com o holandês Simon Veenman (1984) a realidade imaginada e
sonhada é diferente da que encontram, por ser o primeiro ano da docência, é um
processo de intensa aprendizagem, estudo, pesquisa, ensaios e erros. A professora
expressa: “cada dia era um novo aprendizado, erros e acertos, estudos e muita
pesquisa”. Marcelo Garcia (1999, p. 28) reforça que esse é “o período de confrontação
inicial do professor com as complexidades da situação profissional”. Concorda com essa
posição Cavaco (1999, p. 179) ao relatar o momento vivido como sendo: “um tempo da
instabilidade, da insegurança, da sobrevivência, mas também de aceitação dos desafios,
da criação de novas relações profissionais [...]”.
Várias dificuldades foram vivenciadas no início da carreira pelas professoras iniciantes
em relação ao número de alunos por turma, como se refere a iniciante: “um pouco
complicado, ficar com uma criança é diferente do que ficar com várias em sala de aula,
com o tempo fui adquirindo experiência”. A insegurança de falar com as famílias assuntos
referentes ao desenvolvimento do aluno, como nos diz: “tive medo de conversar alguns
assuntos com as famílias como adaptação escolar, dificuldades de aprendizagem,
comportamento da criança, não sabia como lidar com estas situações”. Na mesma
direção, outra reforça: “a questão dos limites dos alunos, até que ponto poderia intervir e
ver a reação dos pais frente a isso”.
Uma interlocutora mostrou preocupação de como realizar a avaliação da aprendizagem e
também o planejamento das aulas, como nos diz: “sentia-me insegura para fazer as
avaliações, me preocupava se o que planejava era o certo”. Outra acrescenta: “a falta de
experiência, o não saber o que fazer com as crianças, qual o objetivo para cada idade,
até onde eu podia trabalhar com elas”. A avaliação é um (re)fazer contínuo, é um
processo de ação-reflexão-ação, primordial no processo de ensinar e aprender. Já o
planejamento é essencial para uma aula significativa, faz parte do nosso dia-a-dia,
estamos sempre (re)planejando, (re)pensando nossas ações para atingir os objetivos
propostos.
Entre as dificuldades no início da docência para uma pedagoga foram a gestão escolar
deficiente e proposta pedagógica da escola: “a maior dificuldade que tive foi no começo
de carreira quando cheguei à escola, cheia de expectativas, tive que seguir o currículo da
escola, usar o método tradicional, que me deixou um pouco frustrada, mas não me fez
desanimar”. O foco principal da gestão escolar deve ser a gestão pedagógica, a
aprendizagem de todos os alunos, o desenvolvimento de estratégias no cotidiano que
contribuem para o sucesso escolar.
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As pedagogas foram unânimes ao assegurar que o curso de Pedagogia contribuiu para a
prática pedagógica que desenvolvem, na atuação docente. Evidencia a professora: “a
Pedagogia me ajuda até hoje, pois quando tenho alguma dúvida recorro aos meus livros”.
Confirma essa ideia: “acredito que tudo foi válido, veio ao encontro de tudo que vivencio
em sala de aula”. Outra entrevistada coloca: “o curso contribuiu muito, trouxe muito
conteúdo e informações novas para minha formação, mas poderia ter mais práticas, mais
estágios com os alunos”. Essa professora sentiu a necessidade de ter mais aulas práticas
e mais momentos de interação com alunos, por meio de estágios curriculares. Para uma
das interlocutoras: “o curso contribuiu bastante, mas é apenas uma base, temos que
buscar sempre, os alunos hoje exigem muito do professor”. O docente precisa estar
sempre pesquisando, estudando pensando em novas intervenções pedagógicas para os
alunos da contemporaneidade.
As professoras iniciantes buscaram socializar e compartilhar no início da docência com
colegas, amigas professoras experientes, e estudos como afirma: “busquei ajuda de
minhas colegas de trabalho, de amigas professoras e estudos sobre os temas que sentia
dificuldade”. Corrobora outra ao dizer: “minhas frustações e conquistas sempre socializei
com colegas da escola, acredito que nas socializações podem surgir novas ideias para
melhorar ou até mesmo desenvolver o que deu de errado de outra forma”. Uma
professora novata menciona: “eu e uma colega fazíamos o planejamento das aulas
juntas, acho que é necessário à troca de experiências”.
Também recorreram aos livros e a internet para planejar as aulas, como destaca; “no
início os livros didáticos sempre foram meu suporte e quando a internet estava acessível
passei a usá-la”. Uma professora compartilhava nas reuniões pedagógicas: “uma vez por
semana nas reuniões pedagógicas discutíamos nossas dificuldades e sucessos”. Uma
das entrevistadas atua em uma escola multisseriada, da zona rural é a única professora e
realiza várias atividades na escola: “trabalho em uma escola do interior, sou a única
professora, sou diretora, secretária, faxineira entre outras atividades, não tenho colega
para socializar, mas busco amigas professoras de outras escolas”. Historicamente, o
ofício de professor sempre foi uma profissão solitária, o professor sozinho buscando fazer
a diferença.
O trabalho coletivo, em equipe está ganhando amplitude no contexto das mudanças da
escola na contemporaneidade. A necessidade cada vez maior dos professores realizarem
o trabalho em equipe para dar conta dos múltiplos desafios que a escola enfrenta é assim
complementada também por Nóvoa (2009, p. 31): “os modos de profissionalidade
docente implicam um reforço das dimensões colectivas e colaborativas, do trabalho em
equipa, da intervenção conjunta nos projectos educativos de escola”. A importância de
cada um para construir o coletivo na escola, para criar um ambiente de coletividade, pois
o sucesso da aprendizagem deve ser compromisso de todos.
Para as pedagogas vários fatores contribuem para a construção da docência destacam:
paciência, afeto, postura e comprometimento. A amorosidade é essencial no processo de
ensinar e aprender, de quem ensina e a quem se ensina. Ensinar e aprender são uma
prática afetiva e reflexiva. Como afirma Morin (2002, p. 20): “[...] no mundo humano, o
desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade”. Ressalta a
professora: “em primeiro lugar o amor, a paciência e o comprometimento com o aluno e
com a profissão”. Nessa direção Libâneo (2001, p. 175) explica: “[...] precisamos
imensamente de professores bem preparados, eticamente comprometidos, que tenham
um envolvimento no projeto da escola e na execução e avaliação desse projeto”.
Segundo as entrevistadas contribuem também para a construção da docência, as
leituras, a educação continuada, aprender ao longo da vida, em infinitas situações de
aprendizagens, é um eterno aprender e ensinar. Para uma interlocutora: “as formações e
leituras que faço, são essenciais, não posso parar de estudar”. Precisamos intensificar o
processo de ação-reflexão-ação sobre a prática pedagógica e as ações de educação
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continuada, para dar conta das aprendizagens tão diversificadas do mundo em que
vivemos. A educação continuada para Araújo (2000, p. 34) deve ser compreendida como:
“processo construído por práticas cotidianas de reflexão sobre o trabalho que o professor
desenvolve, além de compreender, também, que essa denominação oferece-nos uma
possibilidade mais abrangente para obtermos a visão mais integrada da educação”.
Conforme uma docente, alguns ex-professores que teve ao longo da vida acadêmica, o
ambiente de trabalho, as experiências e o amor pela profissão auxiliam na construção da
docência: “acredito que os professores que me guiaram neste caminho, foram minha
base, aprendi muito, as experiências vividas com os alunos, o ambiente de trabalho e
amar a profissão”.
Para algumas interlocutoras a escola proporcionou e desenvolveu poucas ações junto às
professoras iniciantes para contribuir na construção da docência por meio da participação
em eventos de educação continuada, como nos diz: “cursos de educação continuada e
ajuda de custo para palestras e seminários fora da cidade”. E também a colaboração de
colegas e os momentos para compartilhar as experiências, como expressa a docente:
em minha caminhada tive a sorte de encontrar pessoas maravilhosas que
apoiaram e o melhor é que acreditaram no meu trabalho. Pessoas que não
criticavam minhas atitudes, mas que mostravam como melhorar para obter mais
sucesso, para atingir meus objetivos. Sempre nos reuníamos para conversar,
trocar ideias e experiências, acho que são importantes as trocas entre colegas.
Para duas entrevistadas a escola não proporcionou ações para as professoras
principiantes para colaborar na construção da docência, como salienta: “tinha que estudar
e correr atrás de novos conhecimentos sozinha”. Outra sustenta: “depois de algum tempo
na escola, até deram algumas dicas, mas precisamos correr atrás”.
Percebe-se que as escolas de um modo geral não se preocupam em desenvolver ações
que possam contribuir na construção da docência e também em acolher, acompanhar e
apoiar esse professor que está iniciando a profissão, é uma fase esquecida pelas escolas
e também pelas instituições formadoras. É indispensável que a mantenedora de cada
rede de ensino tenha um Programa Institucional de Inserção à Docência para os
professores iniciantes.
O processo de desenvolvimento profissional docente precisa ser construído ao longo da
trajetória pessoal e profissional, cada dia é um novo aprendizado, vai se constituindo a
medida que os docentes vão adquirindo experiências. Em cada aula ministrada, uma
nova aprendizagem, aprendemos junto com os alunos, por meio da interação, do trabalho
coletivo e colaborativo. Temos muito, também, para aprender com a experiência dos
docentes iniciantes.
Embora, o cenário da pesquisa se encontre numa realidade brasileira, acredito que
outros contextos latino-americanos possam se identificar com os dados aqui analisados.
Considerações para continuar a investigando
A investigação desenvolvida com professoras iniciantes que atuam na educação infantil e
anos iniciais do ensino fundamental, com até cinco anos de exercício da docência,
egressas do curso de Pedagogia, EaD, de primeira geração da família nuclear, a concluir
um curso superior, revelou a trajetória acadêmica e profissional das precursoras da
família a conquistar um diploma na educação superior. São exemplos de garra, coragem
e superação, venceram uma etapa importante de suas vidas. Um novo desafio ao
ingressar na profissão docente, é um processo longo de transformar-se em professora.
Na vida acadêmica todas as entrevistadas realizaram o ensino médio ou pós-médio o
curso normal, antigo magistério. Na educação superior todas cursaram Pedagogia, na
modalidade de Educação a Distância. Todas realizaram um curso de pós-graduação
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(lato-sensu), em nível de especialização. Pela formação todas estão habilitadas para a
docência na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, realmente queriam
ser professoras, a docência assume sentido em suas vidas.
O período inicial da docência representa uma etapa fundamental do aprender a ensinar e
do processo formativo do professor, repleta de dilemas, tensões, desafios e
aprendizagens que contribuem de maneira essencial para a construção da identidade
profissional, mesmo para quem desejava e estudou para ser professora, que realizou a
formação inicial para a docência, é um período complexo, bem como para qualquer
profissional, é marcado por sentimentos de alegria, satisfação e orgulho por iniciar o
exercício da docência e ao mesmo tempo de insegurança, medo e angústia ao vivenciar
as primeiras experiências na inserção profissional.
Os professores iniciantes necessitam de atenção especial, um trabalho de acolhida,
cuidado, acompanhamento, apoio e formação nos primeiros anos da docência. É uma
fase esquecida pelas escolas e também pelas instituições formadoras o período de
iniciação profissional dos professores iniciantes. É importante que as instituições, de
todas as redes de ensino tenham um Programa Institucional de Inserção à Docência para
os professores em início de carreira, pautado na reflexão e análise sobre a prática
pedagógica.
Precisamos de mais investigações sobre a temática, temos muito a pesquisar sobre os
professores iniciantes e também sobre os estudantes e egressos de primeira geração na
educação superior, na busca de novos caminhos para a formação de professores e
educação superior.
Referências
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Anais do III Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserción
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ALMEIDA, M. E. B. (2015). Formação de Professores a Distância: avaliação e
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ARAÚJO, I. A. (2000). Educação continuada na escola: traços, trilhas e rumos da
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BARDIN, L. (2009). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. BRASIL. (1996). Brasília, DF: Diário Oficial da União.
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MARCELO GARCÍA. C. (1999). Formação de professores: para uma mudança educativa.
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V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
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  • 1. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Eje temático: Problemas de profesores principiantes INFORMES DE INVESTIGACIÓN A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, EGRESSAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO, DO CURSO DE PEDAGOGIA, NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Wiebusch, Eloisa Maria eloisamw@yahoo.com.br Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS Resumo O presente estudo buscou investigar a construção da docência de professoras iniciantes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, egressas de primeira geração da família nuclear, do curso de Pedagogia, na modalidade de Educação a Distância, EaD. A pesquisa com abordagem qualitativa e o instrumento para coleta de dados foi o questionário, com perguntas abertas e fechadas, realizado com seis professoras1 iniciantes na docência, da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, egressas de primeira geração da família nuclear, do curso de pedagogia, EaD, com até cinco anos experiência docente. Para a leitura, análise e interpretação dos dados usou-se os princípios de análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). O estudo revelou a trajetória acadêmica e profissional das professoras iniciantes na docência, as precursoras da família a conquistar um diploma na educação superior, venceram uma etapa importante de suas vidas e iniciaram um novo desafio ao ingressar na profissão docente, um processo longo de transformar-se em professora. A inserção à docência é uma etapa fundamental do aprender a ensinar, repleta de tensões, desafios e aprendizagens que contribuem de maneira essencial para a construção da identidade profissional, mesmo para quem realizou a formação inicial para a docência, é um período complexo. Os resultados apontam para a necessidade de um trabalho de acolhida, acompanhamento e formação nos primeiros anos da docência. É importante que as instituições de ensino tenham um Programa Institucional de Inserção à Docência, pautado na reflexão e análise sobre a prática pedagógica. Palavras-chave: Professores Iniciantes - Docência - Pedagogia. Introdução A expansão da educação superior no Brasil mudou o perfil dos universitários. Muitos estudantes ou egressos são de primeira geração da família nuclear, isto é, o primeiro 1 Quando refero-me às entrevistadas uso o termo professoras.
  • 2. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA integrante da família a fazer um curso superior. Neste contexto, surge o crescimento da Educação a Distância, EaD, uma modalidade de ensino, que está cada vez mais em evidência, com destaque para a licenciatura em Pedagogia. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9394/96, o pedagogo pode atuar na educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, ensino médio, na modalidade normal e gestão escolar (supervisão e orientação educacional). No cenário brasileiro a educação infantil destina-se para crianças de zero a cinco anos de idade, é a primeira etapa da educação básica e os anos iniciais é a primeira fase do ensino fundamental, para estudantes de seis a dez anos de idade, com cinco anos de duração, ou seja, do primeiro ano ao quinto, é o início da escolarização obrigatória. A educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental são etapas iniciais da educação básica, primordiais para todo o desenvolvimento acadêmico e os alicerces indispensáveis que sustentam as etapas subsequentes. O início da carreira docente é o momento basilar de aprendizagem da docência, do aprender a ensinar, da constituição do ser, estar e fazer-se professor. Marcelo Garcia (2009, p. 20) afirma “os primeiros anos de docência são fundamentais para assegurar um professorado motivado, implicado e comprometido com a sua profissão”. Este ciclo é permeado por muitos dilemas, desafios e inúmeras possibilidades, os anos iniciais são decisivos para a estruturação da prática pedagógica e essenciais para o desenvolvimento profissional docente. Corrobora Tardif (2002, p. 84) ao mencionar que é “[...] um período muito importante da história profissional do professor, determinando inclusive seu futuro e sua relação com o trabalho”. O ingresso no mundo do trabalho deixa marcas na vida de qualquer profissional e define a permanência ou não na profissão. A pesquisa teve como objetivo investigar a construção da docência de professoras iniciantes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, egressas de primeira geração da família nuclear, do curso de Pedagogia, EaD. O problema de pesquisa: Como se constituiu os anos iniciais da docência de egressas de primeira geração, do curso de Pedagogia, EaD? Partiu-se das seguintes questões norteadoras: Como é ser o primeiro a concluir o ensino superior da família? O curso de Pedagogia contribuiu para a prática pedagógica nos anos iniciais da docência? Quais as dificuldades enfrentadas no início da carreira docente pelas professoras iniciantes da educação infantil e anos iniciais? Que fatores contribuem para a construção da docência? A Escola proporcionou/desenvolveu ações junto aos professores iniciantes para contribuir na construção da docência? Egressos de primeira geração, do curso Pedagogia, EaD A crescente expansão da educação superior brasileira nos últimos anos promoveu mudanças consideráveis no perfil dos universitários. Atualmente, temos uma grande diversidade, estudantes provenientes de famílias de baixa renda, de raças variadas, de idade superior a idade certa, ou seja, acima dos 18 aos 24 anos de idade, muitos são estudantes trabalhadores e são de primeira geração da família nuclear, isto é, o primeiro integrante da família que está cursando ou é egresso, de um curso superior. Conforme Nunes (2015, s/p): os alunos de primeira geração são aqueles cuja família não tem histórico acadêmico no ensino superior. São os primeiros em seus lares – às vezes, até os primeiros em suas comunidades – a ingressar em uma universidade, o que os enche de orgulho, mas também traz muitos desafios novos. A ampliação do acesso à educação superior contribuiu para a entrada de estudantes de primeira geração, porém desconheço programas de apoio nas universidades brasileiras para ajudar estes estudantes a permanecer com sucesso acadêmico.
  • 3. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Com o crescimento da educação superior, ocorreu também o aumento da EaD, surge para os sujeitos que por diferentes motivos não tiveram acesso a educação superior presencial, é um meio de inclusão. A EaD está oportunizando aos estudantes construir conhecimentos, utilizando-se de múltiplos materiais e tecnologias, principalmente em cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e tecnólogo), pós-graduação, entre outros. As situações de aprendizagem são muitas, a característica básica é a autonomia e autodisciplina no estudo e a realização de atividades. Os encontros presenciais com o professor/tutor precisam ser o momento do debate, partilha de saberes e esclarecimento de dúvidas. Almeida, Iannone e Moreira (2012) realizaram uma pesquisa sobre o curso de Pedagogia a distância. Ressalta Almeida (2015, p. 10): [...] os alunos também reconhecem que a metodologia do curso propicia a construção da autonomia e da autodisciplina para o estudo, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao exercício profissional; valorizam a alta frequência dos encontros presenciais nos pólos; em parte dos cursos investigados, identificam, a criação de situações para a articulação teoria-prática, em que os estágios se constituem como espaço de construção da prática profissional; apontam a qualidade da formação que lhes é oferecida e as contribuições para a prática profissional competente. Na maioria dos cursos de Pedagogia, EaD, os alunos têm a oportunidade de vivenciar momentos de articulação entre teoria e prática e também os estágios obrigatórios são espaços iniciais para o exercício da docência. Professores iniciantes: um olhar sobre a inserção profissional Os professores no início da carreira passam por vários desafios, há o descompasso entre o aluno que foram e o aluno que encontram, vivem a fase de transição de estudantes ou trabalhadores para docentes, convivem com uma diversidade de níveis e modalidades de ensino. Para Marcelo Garcia (2009, p. 86), “converter-se em professor se constitui num processo complexo, que se caracteriza por natureza multidimensional, idiossincrática e contextual”. Precisamos intensificar o processo de ação-reflexão-ação sobre a prática pedagógica, mediada pela teoria, pela multiplicidade de saberes, tempos e espaços presentes no mundo contemporâneo. De acordo com Vaillant e Marcelo Garcia (2012, p. 92): “aprendemos a ser docentes quando somos conscientes do que fazemos e do porquê o fazemos; quando damos razões e refletimos sobre as origens e consequências de nossas condutas e das dos demais”. Dada à complexidade do fazer pedagógico, para todos os professores, mas principalmente para os ingressantes na profissão, é fundamental ter um programa de inserção para o acompanhamento e apoio para favorecer o desenvolvimento profissional docente. Conforme Marcelo García (2010, p. 36): “os programas de inserção ajudam os professores a se inserirem na realidade escolar de uma forma mais adequada e controlada”. Os programas de apoio aos professores iniciantes são recentes, começaram a aparecer nos anos 80, são crescentes em alguns países. No Brasil, existem algumas experiências desses programas, como mostra o estudo de André (2012) e outros pesquisadores. O processo de interação com os professores experientes, que realizam uma prática pedagógica diferenciada e significativa contribui muito para o professor principiante, a troca interpares, o aprender com os professores experientes, também chamados de “tutores”, “mentores”, “orientadores”, “guias” são de suma importância para realizar um trabalho colaborativo. Reforçam essa ideia Vaillant e Marcelo Garcia (2012, p. 144) ao afirmarem que:
  • 4. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA a tarefa que designa ao mentor é a de assessorar didática e pessoalmente ao docente principiante, de forma que se constitua como elemento de apoio. [...]. Ele assume um papel de grande importância no programa de inserção, pois é a pessoa que ajuda e dá orientações ao docente principiante, tanto no currículo como na regência de classe. O apoio e a parceria com um professor experiente/mentor contribuem para a construção da docência e identidade profissional, ambos aprendem, iniciantes e experientes juntos. As interações entre esses colegas ajudam a ultrapassar o isolamento e a solidão da profissão docente, tendo como horizonte o trabalho coletivo e a busca constante da reflexão, análise permanente e crítica da prática pedagógica. Caminhos metodológicos A pesquisa com abordagem qualitativa e o instrumento para coleta de dados foi questionário, com perguntas abertas e fechadas. A investigação é de caráter sigiloso, confidencial, preservando as identidades e falas das entrevistadas, atendendo ao critério ético da pesquisa. Os sujeitos de pesquisa foram seis professoras iniciantes na docência, da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, egressas de uma universidade privada, do Curso de Pedagogia, na modalidade EaD, de primeira geração da família nuclear a concluir um curso superior, com até cinco anos na carreira docente, do município de Teutônia, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para a leitura, análise e interpretação dos dados usou-se os princípios de análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). A análise de conteúdo compreende um método de pesquisa usado para descrever, analisar e interpretar, informações obtidas por meio da coleta de dados, organizados em um texto. Descobertas da investigação: um olhar sobre a construção da docência A pesquisa foi desenvolvida com seis professoras iniciantes, com atuação na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, sendo que duas entrevistadas atuam na educação infantil e nos anos iniciais, três somente na educação infantil e uma única só nos anos iniciais, em uma turma multisseriada com alunos do 1º ao 5º ano na mesma turma. A maioria das professoras exercem suas funções em escolas da rede privada de ensino, sendo que uma dessas atua em uma escola especial que atende alunos deficientes e somente uma atua na rede municipal. O regime de trabalho de quatro professoras é 40 horas semanais e de duas é 20 horas semanais. Pertencem a uma faixa etária diversificada entre 28 a 46 anos. Quanto à vida acadêmica, duas entrevistadas cursaram o ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos, EJA e após realizaram o curso normal, antigo magistério, pós-médio, uma cursou o ensino médio regular e após o curso normal, pós- médio, três cursam o ensino médio, na modalidade normal (magistério), de tempo integral, com sistema de residência estudantil, o antigo internato. Todas na educação superior realizaram o curso de Pedagogia, EaD, na mesma universidade privada e foram colegas de curso. O pedagogo precisa ter uma visão ampla da educação para contribuir no seu desenvolvimento profissional docente e dos demais professores, bem como na aprendizagem dos alunos. Todas as professoram cursaram pós-graduação (lato-sensu), em nível de especialização, quatro realizaram o curso de “Psicopedagogia Institucional”, outra cursou “Educação Especial e Inclusiva” e uma realizou duas especializações em “Psicopedagogia Institucional e Clínica” e “Orientação Educacional”.
  • 5. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Segundo as entrevistadas no curso de Pedagogia tiveram muitas aprendizagens significativas, crescimento pessoal e profissional e partilha de saberes como afirma uma professora: “o curso de Pedagogia foi muito gratificante, aprendi muito e cresci como profissional, os momentos de troca entre colegas foram muito significativos”. Os cursos de formação de professores precisam se preocupar com as duas dimensões que nos constituem, com a formação pessoal (ser educador como pessoa) e profissional (prática docente) como Nóvoa, (1995, p. 15) sugere: “[...] relacionar a formação de professores com o desenvolvimento pessoal – produzir a vida – e o desenvolvimento profissional – produzir a profissão docente”. Portanto, a formação docente precisa acontecer de modo indissociável da experiência de vida. A educação precisa estar comprometida com o desenvolvimento total da pessoa, do ser integral, pleno na sua inteireza, favorecendo o crescimento enquanto pessoas e profissionais. Ainda sobre o curso de Pedagogia ressaltaram a qualidade do material de estudo e a qualificação dos professores, como nos fala uma entrevistada: “o material disponibilizado de fácil entendimento e professores qualificados”. O aluno do curso de EaD é o protagonista na construção do conhecimento, o processo de ensinar e aprender é de sua responsabilidade. Outra professora expressa: “gostei de fazer o curso, acho fascinante este mundo da Pedagogia”. O ingresso no curso de Pedagogia ocorreu por influência, principalmente de colegas de trabalho, amigas professoras e familiares. Todas foram estudantes trabalhadoras durante o curso. A maioria das entrevistadas não tiveram dificuldades no decorrer do curso de Pedagogia. Porém, uma argumenta: “durante o curso, minha maior dificuldade era colocar as ideias no papel”. Evidenciaram que o curso de graduação foi de qualidade e trouxe muitas contribuições para a vida pessoal e profissional, salientaram a importância da professora/tutora, como uma pedagoga afirma: “a qualidade se deve a professora que nos ajudou, foi muito eficiente, prestativa, esclarecedora, com muita sabedoria”. O professor/tutor exerce um papel fundamental nos cursos de EaD, a tutoria atende as necessidades de democratizar o acesso ao conhecimento, oportuniza o trabalho coletivo, a troca de saberes e a interação entre os alunos. A egressa salienta: “cresci muito como profissional, as trocas em sala, às informações obtidas através do material de estudo e mais as explicações da professora”. As seis egressas são de primeira geração, foram as primeiras da família a concluir um curso de graduação na educação superior. São motivos de orgulho, satisfação e exemplo para a família por conquistarem o diploma universitário. Uma entrevistada expressa: “é como se fosse realizar um sonho dos meus pais, eles não tiveram oportunidade de continuar a estudar, e ter uma filha formada é motivo de orgulho, sempre tive o incentivo deles”. Afirma outra egressa: “sinto-me realizada, meu sonho sempre foi concluir a Pedagogia, sou orgulho para os meus pais, sozinha batalhei e quebrei barreiras”. A realização pessoal ao concluir a graduação é destacada e também são exemplos de incentivo para os demais familiares busquem o ensino superior. Como enfatiza: “é bom, sei que conquistei um lugar importante, algo que me realiza e tento passar esses sentimentos para meu irmão e minhas filhas. Quero também que façam uma boa faculdade”. Os motivos que contribuíram para escolher a profissão docente foram à admiração, o encantamento, a vontade de ser professora e a possibilidade de aprender sempre, ao longo da vida. Destaca a professora: “sempre gostei de aprender e essa profissão me proporciona ensinar e aprender, sou feliz, gosto de ser professora”. E também a alegria de trabalhar com crianças e as lembranças de ex-professores que fizeram a diferença na vida acadêmica. Como nos diz a interlocutora: o encantamento que tenho pelos pequenos, a alegria de fazer novas descobertas e poder aprender todos os dias. Sinto-me viva e alegre, sempre admirei esta
  • 6. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA profissão e tenho ótimas lembranças de muitas professoras que tive e com certeza isto foi um dos motivos também para a escolha deste caminho. A vontade de contribuir para melhorar a educação e a necessidade do professor trabalhar com um olhar investigativo para cada aluno, em relação ao aprender, considerando que o processo de aprendizagem de cada um é singular. Uma participante procura: “colaborar para melhorar a educação, alguns professores precisam se preocupar mais com aprendizagem dos alunos, cada um aprende ao seu tempo”. Para as entrevistadas os anos iniciais da docência foram permeados por sentimentos de medo, insegurança, angústia e intranquilidade. Conforme sustenta uma pedagoga: “no início fiquei um pouco assustada, medo de não dar conta e bateu a insegurança e angústia”. De acordo com Marcelo Garcia (1999, p. 113) a etapa de inserção docente é: “um período de tensões e aprendizagens intensivas em contextos geralmente desconhecidos, e durante o qual os professores principiantes devem adquirir conhecimento profissional além de manter certo equilíbrio pessoal”. A fase inicial é de apreensão, inquietude, preocupação, mas de muitas aprendizagens e experiências. Uma participante afirma: “a cada ano melhoro, tenho mais domínio de turma e conteúdo, hoje consigo ter mais tranquilidade, sei que todos aprendem só o tempo será diferente”. Os professores nos primeiros anos da docência vivem um choque de realidade. Esse conceito se difundiu com o holandês Simon Veenman (1984) a realidade imaginada e sonhada é diferente da que encontram, por ser o primeiro ano da docência, é um processo de intensa aprendizagem, estudo, pesquisa, ensaios e erros. A professora expressa: “cada dia era um novo aprendizado, erros e acertos, estudos e muita pesquisa”. Marcelo Garcia (1999, p. 28) reforça que esse é “o período de confrontação inicial do professor com as complexidades da situação profissional”. Concorda com essa posição Cavaco (1999, p. 179) ao relatar o momento vivido como sendo: “um tempo da instabilidade, da insegurança, da sobrevivência, mas também de aceitação dos desafios, da criação de novas relações profissionais [...]”. Várias dificuldades foram vivenciadas no início da carreira pelas professoras iniciantes em relação ao número de alunos por turma, como se refere a iniciante: “um pouco complicado, ficar com uma criança é diferente do que ficar com várias em sala de aula, com o tempo fui adquirindo experiência”. A insegurança de falar com as famílias assuntos referentes ao desenvolvimento do aluno, como nos diz: “tive medo de conversar alguns assuntos com as famílias como adaptação escolar, dificuldades de aprendizagem, comportamento da criança, não sabia como lidar com estas situações”. Na mesma direção, outra reforça: “a questão dos limites dos alunos, até que ponto poderia intervir e ver a reação dos pais frente a isso”. Uma interlocutora mostrou preocupação de como realizar a avaliação da aprendizagem e também o planejamento das aulas, como nos diz: “sentia-me insegura para fazer as avaliações, me preocupava se o que planejava era o certo”. Outra acrescenta: “a falta de experiência, o não saber o que fazer com as crianças, qual o objetivo para cada idade, até onde eu podia trabalhar com elas”. A avaliação é um (re)fazer contínuo, é um processo de ação-reflexão-ação, primordial no processo de ensinar e aprender. Já o planejamento é essencial para uma aula significativa, faz parte do nosso dia-a-dia, estamos sempre (re)planejando, (re)pensando nossas ações para atingir os objetivos propostos. Entre as dificuldades no início da docência para uma pedagoga foram a gestão escolar deficiente e proposta pedagógica da escola: “a maior dificuldade que tive foi no começo de carreira quando cheguei à escola, cheia de expectativas, tive que seguir o currículo da escola, usar o método tradicional, que me deixou um pouco frustrada, mas não me fez desanimar”. O foco principal da gestão escolar deve ser a gestão pedagógica, a aprendizagem de todos os alunos, o desenvolvimento de estratégias no cotidiano que contribuem para o sucesso escolar.
  • 7. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA As pedagogas foram unânimes ao assegurar que o curso de Pedagogia contribuiu para a prática pedagógica que desenvolvem, na atuação docente. Evidencia a professora: “a Pedagogia me ajuda até hoje, pois quando tenho alguma dúvida recorro aos meus livros”. Confirma essa ideia: “acredito que tudo foi válido, veio ao encontro de tudo que vivencio em sala de aula”. Outra entrevistada coloca: “o curso contribuiu muito, trouxe muito conteúdo e informações novas para minha formação, mas poderia ter mais práticas, mais estágios com os alunos”. Essa professora sentiu a necessidade de ter mais aulas práticas e mais momentos de interação com alunos, por meio de estágios curriculares. Para uma das interlocutoras: “o curso contribuiu bastante, mas é apenas uma base, temos que buscar sempre, os alunos hoje exigem muito do professor”. O docente precisa estar sempre pesquisando, estudando pensando em novas intervenções pedagógicas para os alunos da contemporaneidade. As professoras iniciantes buscaram socializar e compartilhar no início da docência com colegas, amigas professoras experientes, e estudos como afirma: “busquei ajuda de minhas colegas de trabalho, de amigas professoras e estudos sobre os temas que sentia dificuldade”. Corrobora outra ao dizer: “minhas frustações e conquistas sempre socializei com colegas da escola, acredito que nas socializações podem surgir novas ideias para melhorar ou até mesmo desenvolver o que deu de errado de outra forma”. Uma professora novata menciona: “eu e uma colega fazíamos o planejamento das aulas juntas, acho que é necessário à troca de experiências”. Também recorreram aos livros e a internet para planejar as aulas, como destaca; “no início os livros didáticos sempre foram meu suporte e quando a internet estava acessível passei a usá-la”. Uma professora compartilhava nas reuniões pedagógicas: “uma vez por semana nas reuniões pedagógicas discutíamos nossas dificuldades e sucessos”. Uma das entrevistadas atua em uma escola multisseriada, da zona rural é a única professora e realiza várias atividades na escola: “trabalho em uma escola do interior, sou a única professora, sou diretora, secretária, faxineira entre outras atividades, não tenho colega para socializar, mas busco amigas professoras de outras escolas”. Historicamente, o ofício de professor sempre foi uma profissão solitária, o professor sozinho buscando fazer a diferença. O trabalho coletivo, em equipe está ganhando amplitude no contexto das mudanças da escola na contemporaneidade. A necessidade cada vez maior dos professores realizarem o trabalho em equipe para dar conta dos múltiplos desafios que a escola enfrenta é assim complementada também por Nóvoa (2009, p. 31): “os modos de profissionalidade docente implicam um reforço das dimensões colectivas e colaborativas, do trabalho em equipa, da intervenção conjunta nos projectos educativos de escola”. A importância de cada um para construir o coletivo na escola, para criar um ambiente de coletividade, pois o sucesso da aprendizagem deve ser compromisso de todos. Para as pedagogas vários fatores contribuem para a construção da docência destacam: paciência, afeto, postura e comprometimento. A amorosidade é essencial no processo de ensinar e aprender, de quem ensina e a quem se ensina. Ensinar e aprender são uma prática afetiva e reflexiva. Como afirma Morin (2002, p. 20): “[...] no mundo humano, o desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade”. Ressalta a professora: “em primeiro lugar o amor, a paciência e o comprometimento com o aluno e com a profissão”. Nessa direção Libâneo (2001, p. 175) explica: “[...] precisamos imensamente de professores bem preparados, eticamente comprometidos, que tenham um envolvimento no projeto da escola e na execução e avaliação desse projeto”. Segundo as entrevistadas contribuem também para a construção da docência, as leituras, a educação continuada, aprender ao longo da vida, em infinitas situações de aprendizagens, é um eterno aprender e ensinar. Para uma interlocutora: “as formações e leituras que faço, são essenciais, não posso parar de estudar”. Precisamos intensificar o processo de ação-reflexão-ação sobre a prática pedagógica e as ações de educação
  • 8. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA continuada, para dar conta das aprendizagens tão diversificadas do mundo em que vivemos. A educação continuada para Araújo (2000, p. 34) deve ser compreendida como: “processo construído por práticas cotidianas de reflexão sobre o trabalho que o professor desenvolve, além de compreender, também, que essa denominação oferece-nos uma possibilidade mais abrangente para obtermos a visão mais integrada da educação”. Conforme uma docente, alguns ex-professores que teve ao longo da vida acadêmica, o ambiente de trabalho, as experiências e o amor pela profissão auxiliam na construção da docência: “acredito que os professores que me guiaram neste caminho, foram minha base, aprendi muito, as experiências vividas com os alunos, o ambiente de trabalho e amar a profissão”. Para algumas interlocutoras a escola proporcionou e desenvolveu poucas ações junto às professoras iniciantes para contribuir na construção da docência por meio da participação em eventos de educação continuada, como nos diz: “cursos de educação continuada e ajuda de custo para palestras e seminários fora da cidade”. E também a colaboração de colegas e os momentos para compartilhar as experiências, como expressa a docente: em minha caminhada tive a sorte de encontrar pessoas maravilhosas que apoiaram e o melhor é que acreditaram no meu trabalho. Pessoas que não criticavam minhas atitudes, mas que mostravam como melhorar para obter mais sucesso, para atingir meus objetivos. Sempre nos reuníamos para conversar, trocar ideias e experiências, acho que são importantes as trocas entre colegas. Para duas entrevistadas a escola não proporcionou ações para as professoras principiantes para colaborar na construção da docência, como salienta: “tinha que estudar e correr atrás de novos conhecimentos sozinha”. Outra sustenta: “depois de algum tempo na escola, até deram algumas dicas, mas precisamos correr atrás”. Percebe-se que as escolas de um modo geral não se preocupam em desenvolver ações que possam contribuir na construção da docência e também em acolher, acompanhar e apoiar esse professor que está iniciando a profissão, é uma fase esquecida pelas escolas e também pelas instituições formadoras. É indispensável que a mantenedora de cada rede de ensino tenha um Programa Institucional de Inserção à Docência para os professores iniciantes. O processo de desenvolvimento profissional docente precisa ser construído ao longo da trajetória pessoal e profissional, cada dia é um novo aprendizado, vai se constituindo a medida que os docentes vão adquirindo experiências. Em cada aula ministrada, uma nova aprendizagem, aprendemos junto com os alunos, por meio da interação, do trabalho coletivo e colaborativo. Temos muito, também, para aprender com a experiência dos docentes iniciantes. Embora, o cenário da pesquisa se encontre numa realidade brasileira, acredito que outros contextos latino-americanos possam se identificar com os dados aqui analisados. Considerações para continuar a investigando A investigação desenvolvida com professoras iniciantes que atuam na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, com até cinco anos de exercício da docência, egressas do curso de Pedagogia, EaD, de primeira geração da família nuclear, a concluir um curso superior, revelou a trajetória acadêmica e profissional das precursoras da família a conquistar um diploma na educação superior. São exemplos de garra, coragem e superação, venceram uma etapa importante de suas vidas. Um novo desafio ao ingressar na profissão docente, é um processo longo de transformar-se em professora. Na vida acadêmica todas as entrevistadas realizaram o ensino médio ou pós-médio o curso normal, antigo magistério. Na educação superior todas cursaram Pedagogia, na modalidade de Educação a Distância. Todas realizaram um curso de pós-graduação
  • 9. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA (lato-sensu), em nível de especialização. Pela formação todas estão habilitadas para a docência na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, realmente queriam ser professoras, a docência assume sentido em suas vidas. O período inicial da docência representa uma etapa fundamental do aprender a ensinar e do processo formativo do professor, repleta de dilemas, tensões, desafios e aprendizagens que contribuem de maneira essencial para a construção da identidade profissional, mesmo para quem desejava e estudou para ser professora, que realizou a formação inicial para a docência, é um período complexo, bem como para qualquer profissional, é marcado por sentimentos de alegria, satisfação e orgulho por iniciar o exercício da docência e ao mesmo tempo de insegurança, medo e angústia ao vivenciar as primeiras experiências na inserção profissional. Os professores iniciantes necessitam de atenção especial, um trabalho de acolhida, cuidado, acompanhamento, apoio e formação nos primeiros anos da docência. É uma fase esquecida pelas escolas e também pelas instituições formadoras o período de iniciação profissional dos professores iniciantes. É importante que as instituições, de todas as redes de ensino tenham um Programa Institucional de Inserção à Docência para os professores em início de carreira, pautado na reflexão e análise sobre a prática pedagógica. Precisamos de mais investigações sobre a temática, temos muito a pesquisar sobre os professores iniciantes e também sobre os estudantes e egressos de primeira geração na educação superior, na busca de novos caminhos para a formação de professores e educação superior. Referências ANDRÉ. M. (2012). Políticas e programas de apoio aos professores iniciantes no Brasil. Anais do III Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserción Profesional a la Docencia, Santiago, Chile. ALMEIDA, M. E. B. (2015). Formação de Professores a Distância: avaliação e perspectivas. Reunião Nacional da 37ª Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Florianópolis, Santa Catarina. ARAÚJO, I. A. (2000). Educação continuada na escola: traços, trilhas e rumos da coordenação pedagógica. Brasília, DF: UNB. BARDIN, L. (2009). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. BRASIL. (1996). Brasília, DF: Diário Oficial da União. CAVACO, M. H. (1999). Ofício do professor: o tempo e as mudanças. In: NÓVOA, A. Profissão Professor. (pp. 155-191). Porto, Portugal: Porto Editora. LIBÂNEO, J. C. (2001). Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. (pp. 153-176). Revista Educar. Curitiba, PR: UFPR. MARCELO GARCÍA. C. (1999). Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto, Portugal: Porto Editora.
  • 10. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA MARCELO GARCÍA. C. (2009). El professorado principiante: inserción de la docencia. Barcelona, Espanha: Ediciones Octaedro. MORIN, E. (2002). Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo, SP: Cortez. NÓVOA, A. (1995). Profissão professor. Porto, Portugal: Porto Editora. NÓVOA, A. (2009). Professores: imagens do futuro presente. Lisboa, Portugal: Educa. NUNES, E. (2015). Alunos de primeira geração. Recuperado de http://www.desafiosdaeducacao.com.br/tag/alunos-de-primeira-geracao/. TARDIF, M. (2002). Saberes docentes e formação de professores. Petrópolis, RJ: Vozes. VAILLANT, D.; MARCELO GARCÍA, C. (2012). Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma aprendizagem. Curitiba, PR: UTFPR. VEENMAN, S. (1984). Perceived Problems of beginning teachers. In: Review of Educactional Research Summer. v. 54, n. 2, pp. 143-178.