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Ano VIII - Período: abril de 2010
A PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE - HU’S-RJ
Neste Informe continuamos divulgando achados da pesquisa “A prática dos
Profissionais de Saúde do município do Rio de Janeiro - HU’S- RJ/NEEPS-FSS”. A pesquisa
busca apreender o movimento dos Hu’s, locais privilegiados onde emergem questões cruciais
para saúde coletiva através da relação indissociável entre assistência, pesquisa e extensão na sua
vinculação com a academia. Neste Informe, revelamos como os profissionais de saúde dos
hospitais universitários do Rio de Janeiro têm encaminhado o processo de estágio com os alunos
das diferentes profissões de saúde, explicitando a qualidade da relação ensino/serviço.
É no estágio que o aluno vai, pela primeira vez, por à prova os ensinamentos teóricos ao
exercitar uma prática que pode ou não ser mediada pelo projeto de formação da faculdade e pelos
princípios que regem a política social na qual se insere; neste caso destacamos a saúde como
direito. Ao questionarmos os profissionais sobre como é (ou era) sua relação com as escolas, 48%
dos assistentes sociais responderam que é boa, assim como 43% dos demais profissionais. Estas
respostas caminham na direção que a relação com a academia é próxima, existe uma interlocução
entre os supervisores e os professores de estágio. Contudo essa relação nem sempre é de
cooperação e amistosa. Em alguns casos, como as respostas apontam (11% de assistentes sociais e
14% de Demais Profissionais), a relação campo-academia é distante; uma relação de indiferença.
Alguns profissionais indicam que a relação com as escolas é difícil, que existe dificuldade de
contato com os supervisores acadêmicos e com a coordenação de estágio; apontam a ausência dos
docentes nos campos de prática.
Com relação ao treinamento dos alunos para atendimento aos usuários, 19% dos
assistentes sociais utilizam o treinamento prático, assim como 19% dos demais profissionais. Este
treinamento prático inclui observação da prática, apresentação do aluno no campo de estágio e
atuação inicial com supervisão. Neste caso, o aluno atua com o próprio profissional, o que é
considerado de extrema necessidade para a aprendizagem. Contudo destacamos, que só a atuação
sem uma interlocução com os aspectos teóricos traz uma defasagem no treinamento do aluno que
pode ter dificuldade em estabelecer a relação teoria/prática, ou seja, estabelecer as mediações
necessárias entre o que aprende na faculdade com sua atuação no campo de estágio o que,
certamente vai repercutir futuramente na sua atuação como profissional. Dentre os assistentes
sociais, 7% realizam treinamento teórico com seus estagiários (leitura de textos, dos projetos,
apresentação teórica sobre a instituição), assim como 5% dos demais profissionais. Realizam
treinamento teórico e prático, 19% dos Assistentes sociais e 7% dos Demais Profissionais. 19%
dos demais profissionais não realizam treinamento porque entendem que o aluno já vem treinado
da faculdade; que o papel de treinamento é do professor; que o papel do profissional de saúde é
ensinar a prática; que o treinamento é feito por outro setor ou por um programa de formação,
aspectos que revelam a dicotomia teoria-prática. Todos os assistentes sociais entrevistados
responderam que realizam treinamento dos alunos, antes de inseri-los no atendimento aos
usuários. São poucos os profissionais que fazem uma interlocução com o que os alunos
aprenderam ou estão aprendendo na academia, como se o estágio fosse o momento da prática; que
o conhecimento passado no momento do estágio fosse o “conhecimento da prática”. Grande parte
dos profissionais respondeu que o treinamento acontece com a observação do aluno no exercício.
Teoricamente, o espaço do Hospital Universitário é tido como lugar de excelência, tanto
para tratamento da saúde, como para formação profissional. Contudo, as manifestações dos
profissionais que ocupam o espaço dos HU´s mostram que esse espaço nem sempre é o lugar da
crítica, da busca pelo saber e da democratização do saber socialmente produzido pela ciência. A
proximidade do HU com a universidade não vem resultando na interlocução interinstitucional.
Como mostram os dados, a maioria dos profissionais mesmo supervisionando estagiários mantém
uma relação distante com a academia, assim como a academia mantém uma relação distante do
HU, o que pode resultar numa prática burocratizada, sem o embasamento teórico-metodológico e
ético-político necessário para a apreensão crítica da realidade colocando as possibilidades de
transformá-la. O estágio como atividade curricular obrigatória pode favorecer a apreensão da
unidade teoria-prática. Mais do que aprendizagem, o estágio compreende uma vivência pensada,
não podendo ser reduzido a um treinamento, para aprender como fazer, sem que esse
entendimento seja acompanhado dos “porquês” da ação. É um processo que reivindica reflexão à
luz de uma teoria pertinente. É trabalho dos supervisores de campo e acadêmico realizar as
mediações necessárias para que isso se dê, mas não se resgata a relação teoria/prática na formação
dos profissionais de saúde sem a aproximação necessária entre academia/campo de estágio.
XII Encontro Nacional de Pesquisadores de
Serviço Social
O XII Encontro Nacional de Pesquisadores de Serviço
Social será realizado no Rio de Janeiro, na UERJ, entre
os dias 6 e 10 de dezembro de 2010. O dia 27 de junho
será a data limite para envio de trabalhos. Todas as
regras e orientações de inscrição estarão disponíveis no
link abaixo na primeira semana de maio.
http://www.abepss.org.br/agenda_res.php?id=7
Seminário Nacional de Serviço Social na Previdência
Social
Dias: 19 e 20 de junho de 2010
Local: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul -
Auditório Dante de Oliveira
Porto Alegre (RS).
Inscrições a partir de meados de abril no site do CFESS -
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Maio - Mês do Assistente Social
Programação do Mês de Maio
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Tema - “A precarização das relações de
trabalho e a perda de direitos”
LOCAL: AUDITÓRIO 91 da UERJ
Palestrantes: Roberto Leher/UFRJ, Sâmya
Rodrigues/UFRN e conselheiro da OAB
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“O ensino de nível superior e o Serviço Social:
perspectivas e estratégias”
LOCAL: AUDITÓRIO 91 da UERJ
Palestrantes: Roberto Leher/UFRJ, Sâmya
Rodrigues/UFRN e conselheiro da OAB
Seminário 2 (dia 10/5/2010, às 14h)
“Cidade para todos: uma discussão sobre
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PALESTRANTES: Isabel Cristina da Costa
Cardoso/UERJ e Tatiana Dahmer/UFF
Seminário 3 (dia 17/05/2010, às 14 horas)
“Aborto como questão de saúde pública e sua
relação com o Serviço Social”
LOCAL: AUDITÓRIO CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL (a confirmar no site do CRESS)
PALESTRANTES: Verônica Ferreira/ e Maria
Elisa dos Santos Braga/CFESS
Seminário 4 (dia 24/05/2010, às 14h)
“Ações afirmativas: limites e possibilidades
para o acesso a direitos”
LOCAL: AUDITÓRIO CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL (a confirmar no site do CRESS)
PALESTRANTES: Andréia Clapp/PUC RJ e
Elielma Ayres Machado/UERJ
Programação completa no Link:
http://www.cressrj.org.br/2noticias_res.php?recordID=863
As inscrições para os minicursos estarão
abertas no período de 15 a 30 de abril ou até o
preenchimento das vagas. São oferecidas 50
vagas por minicurso (10% para estudantes). Taxa
de inscrição: R$ 10,00. Cada pessoa poderá se
inscrever em até dois minicursos.
Novidade – As inscrições para os minicursos
deverão ser feitas on line (exclusivamente). Para
aqueles que não tiverem acesso a computadores
em outros locais, o Cress/RJ disponibilizará, em
sua sede, computadores e funcionários paras as
devidas orientações sobre o procedimento das
inscrições.
Informações completas no link
http://www.cressrj.org.br/2noticias_res.php?
recordID=864
Elaboração: NEEPSS - Núcleo de Extensão, Ensino e Pesquisa em Serviço Social.Projeto de Pesquisa/Extensão. Faculdade de Serviço
Social/ UERJ/ CNPq/FAPERJ. Coordenadora: Ana Maria de Vasconcelos;
Equipe de Extensão/ Pesquisa:
Apoio Técnico: Aline Maria Thuller de Aguiar; Valquiria Helena dos Santos Coelho; Vanessa Peixoto
Discentes: Cinthia Assis; Mariana Cordeiro Miranda; Mayana Silva de Souza; Renata Cristina Mendes Lima; Juliana Ferreira Baltar;
Jacqueline Freire da Silva; Luciana da Conceição e Silva, Marianna Amendola Borges; Lidiane Malanquini; Cláudia Reis de Souza;
Marianne Sobral de Oliveira,.
Contato: 2587-7640 (ramal 203). E-mail: pesquisa.saudeuerj@yahoo.com.br

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  • 1. Ano VIII - Período: abril de 2010 A PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE - HU’S-RJ Neste Informe continuamos divulgando achados da pesquisa “A prática dos Profissionais de Saúde do município do Rio de Janeiro - HU’S- RJ/NEEPS-FSS”. A pesquisa busca apreender o movimento dos Hu’s, locais privilegiados onde emergem questões cruciais para saúde coletiva através da relação indissociável entre assistência, pesquisa e extensão na sua vinculação com a academia. Neste Informe, revelamos como os profissionais de saúde dos hospitais universitários do Rio de Janeiro têm encaminhado o processo de estágio com os alunos das diferentes profissões de saúde, explicitando a qualidade da relação ensino/serviço. É no estágio que o aluno vai, pela primeira vez, por à prova os ensinamentos teóricos ao exercitar uma prática que pode ou não ser mediada pelo projeto de formação da faculdade e pelos princípios que regem a política social na qual se insere; neste caso destacamos a saúde como direito. Ao questionarmos os profissionais sobre como é (ou era) sua relação com as escolas, 48% dos assistentes sociais responderam que é boa, assim como 43% dos demais profissionais. Estas respostas caminham na direção que a relação com a academia é próxima, existe uma interlocução entre os supervisores e os professores de estágio. Contudo essa relação nem sempre é de cooperação e amistosa. Em alguns casos, como as respostas apontam (11% de assistentes sociais e 14% de Demais Profissionais), a relação campo-academia é distante; uma relação de indiferença. Alguns profissionais indicam que a relação com as escolas é difícil, que existe dificuldade de contato com os supervisores acadêmicos e com a coordenação de estágio; apontam a ausência dos docentes nos campos de prática. Com relação ao treinamento dos alunos para atendimento aos usuários, 19% dos assistentes sociais utilizam o treinamento prático, assim como 19% dos demais profissionais. Este treinamento prático inclui observação da prática, apresentação do aluno no campo de estágio e atuação inicial com supervisão. Neste caso, o aluno atua com o próprio profissional, o que é considerado de extrema necessidade para a aprendizagem. Contudo destacamos, que só a atuação sem uma interlocução com os aspectos teóricos traz uma defasagem no treinamento do aluno que pode ter dificuldade em estabelecer a relação teoria/prática, ou seja, estabelecer as mediações necessárias entre o que aprende na faculdade com sua atuação no campo de estágio o que, certamente vai repercutir futuramente na sua atuação como profissional. Dentre os assistentes sociais, 7% realizam treinamento teórico com seus estagiários (leitura de textos, dos projetos, apresentação teórica sobre a instituição), assim como 5% dos demais profissionais. Realizam treinamento teórico e prático, 19% dos Assistentes sociais e 7% dos Demais Profissionais. 19% dos demais profissionais não realizam treinamento porque entendem que o aluno já vem treinado da faculdade; que o papel de treinamento é do professor; que o papel do profissional de saúde é ensinar a prática; que o treinamento é feito por outro setor ou por um programa de formação, aspectos que revelam a dicotomia teoria-prática. Todos os assistentes sociais entrevistados responderam que realizam treinamento dos alunos, antes de inseri-los no atendimento aos usuários. São poucos os profissionais que fazem uma interlocução com o que os alunos aprenderam ou estão aprendendo na academia, como se o estágio fosse o momento da prática; que o conhecimento passado no momento do estágio fosse o “conhecimento da prática”. Grande parte dos profissionais respondeu que o treinamento acontece com a observação do aluno no exercício. Teoricamente, o espaço do Hospital Universitário é tido como lugar de excelência, tanto para tratamento da saúde, como para formação profissional. Contudo, as manifestações dos profissionais que ocupam o espaço dos HU´s mostram que esse espaço nem sempre é o lugar da crítica, da busca pelo saber e da democratização do saber socialmente produzido pela ciência. A proximidade do HU com a universidade não vem resultando na interlocução interinstitucional. Como mostram os dados, a maioria dos profissionais mesmo supervisionando estagiários mantém uma relação distante com a academia, assim como a academia mantém uma relação distante do HU, o que pode resultar numa prática burocratizada, sem o embasamento teórico-metodológico e ético-político necessário para a apreensão crítica da realidade colocando as possibilidades de transformá-la. O estágio como atividade curricular obrigatória pode favorecer a apreensão da unidade teoria-prática. Mais do que aprendizagem, o estágio compreende uma vivência pensada, não podendo ser reduzido a um treinamento, para aprender como fazer, sem que esse entendimento seja acompanhado dos “porquês” da ação. É um processo que reivindica reflexão à luz de uma teoria pertinente. É trabalho dos supervisores de campo e acadêmico realizar as mediações necessárias para que isso se dê, mas não se resgata a relação teoria/prática na formação dos profissionais de saúde sem a aproximação necessária entre academia/campo de estágio.
  • 2. XII Encontro Nacional de Pesquisadores de Serviço Social O XII Encontro Nacional de Pesquisadores de Serviço Social será realizado no Rio de Janeiro, na UERJ, entre os dias 6 e 10 de dezembro de 2010. O dia 27 de junho será a data limite para envio de trabalhos. Todas as regras e orientações de inscrição estarão disponíveis no link abaixo na primeira semana de maio. http://www.abepss.org.br/agenda_res.php?id=7 Seminário Nacional de Serviço Social na Previdência Social Dias: 19 e 20 de junho de 2010 Local: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul - Auditório Dante de Oliveira Porto Alegre (RS). Inscrições a partir de meados de abril no site do CFESS - www.cfess.org.br Maio - Mês do Assistente Social Programação do Mês de Maio Mesa central Dia 13 de maio de 2010 (Horário - 16h) Tema - “A precarização das relações de trabalho e a perda de direitos” LOCAL: AUDITÓRIO 91 da UERJ Palestrantes: Roberto Leher/UFRJ, Sâmya Rodrigues/UFRN e conselheiro da OAB Seminário 1 (dia 3/05/2010, às 14h) “O ensino de nível superior e o Serviço Social: perspectivas e estratégias” LOCAL: AUDITÓRIO 91 da UERJ Palestrantes: Roberto Leher/UFRJ, Sâmya Rodrigues/UFRN e conselheiro da OAB Seminário 2 (dia 10/5/2010, às 14h) “Cidade para todos: uma discussão sobre política urbana e Serviço Social” LOCAL: a confirmar PALESTRANTES: Isabel Cristina da Costa Cardoso/UERJ e Tatiana Dahmer/UFF Seminário 3 (dia 17/05/2010, às 14 horas) “Aborto como questão de saúde pública e sua relação com o Serviço Social” LOCAL: AUDITÓRIO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (a confirmar no site do CRESS) PALESTRANTES: Verônica Ferreira/ e Maria Elisa dos Santos Braga/CFESS Seminário 4 (dia 24/05/2010, às 14h) “Ações afirmativas: limites e possibilidades para o acesso a direitos” LOCAL: AUDITÓRIO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (a confirmar no site do CRESS) PALESTRANTES: Andréia Clapp/PUC RJ e Elielma Ayres Machado/UERJ Programação completa no Link: http://www.cressrj.org.br/2noticias_res.php?recordID=863 As inscrições para os minicursos estarão abertas no período de 15 a 30 de abril ou até o preenchimento das vagas. São oferecidas 50 vagas por minicurso (10% para estudantes). Taxa de inscrição: R$ 10,00. Cada pessoa poderá se inscrever em até dois minicursos. Novidade – As inscrições para os minicursos deverão ser feitas on line (exclusivamente). Para aqueles que não tiverem acesso a computadores em outros locais, o Cress/RJ disponibilizará, em sua sede, computadores e funcionários paras as devidas orientações sobre o procedimento das inscrições. Informações completas no link http://www.cressrj.org.br/2noticias_res.php? recordID=864 Elaboração: NEEPSS - Núcleo de Extensão, Ensino e Pesquisa em Serviço Social.Projeto de Pesquisa/Extensão. Faculdade de Serviço Social/ UERJ/ CNPq/FAPERJ. Coordenadora: Ana Maria de Vasconcelos; Equipe de Extensão/ Pesquisa: Apoio Técnico: Aline Maria Thuller de Aguiar; Valquiria Helena dos Santos Coelho; Vanessa Peixoto Discentes: Cinthia Assis; Mariana Cordeiro Miranda; Mayana Silva de Souza; Renata Cristina Mendes Lima; Juliana Ferreira Baltar; Jacqueline Freire da Silva; Luciana da Conceição e Silva, Marianna Amendola Borges; Lidiane Malanquini; Cláudia Reis de Souza; Marianne Sobral de Oliveira,. Contato: 2587-7640 (ramal 203). E-mail: pesquisa.saudeuerj@yahoo.com.br