No estágio infantil, o Espírito é criança em função das limitações do corpo material, como também há o processo do esquecimento tornando-o apto a receber novas orientações, novos princípios, novos ensinamentos para que nos momentos de retorno das lembranças e das tendências, ele terá novas orientações para ampliar seus conhecimentos e auxiliar na melhora das tendências inferiores.
3. Pode ser mais, se mais
progrediu; não são senão os
órgãos imperfeitos que o
impedem de se manifestar. Ele
age de acordo com o
instrumento, com a ajuda do
qual pode se manifestar.
379 – O Espírito que anima o
corpo de uma criança é tão
desenvolvido como o de um
adulto?
4. Quando ele é criança, é natural que os
órgãos da inteligência, não estando
desenvolvidos, não podem lhe dar a
intuição de um adulto. Ele tem, com
efeito, a inteligência muito limitada
enquanto a idade faz amadurecer sua
razão. A perturbação que acompanha a
reencarnação não cessa subitamente
no momento de nascer; ela não se
dissipa senão gradualmente com o
desenvolvimento dos órgãos.
380 – Em uma criança de tenra idade, o
Espírito, pondo-se de lado o obstáculo
que a imperfeição dos órgãos opõe à
sua livre manifestação, pensa como
uma criança ou um adulto?
5. Allan Kardec:
Uma observação vem em apoio desta resposta: é que
os sonhos, em uma criança, não têm o caráter dos de
um adulto; seu objeto é quase sempre pueril, o que é
indício da natureza das preocupações do Espírito.
6. Ele o deve retomar, pois
está desembaraçado do
seu envoltório carnal;
entretanto, não readquire
sua lucidez anterior senão
quando a separação for
completa, quer dizer,
quando não exista mais
nenhum laço entre o
Espírito e o corpo.
381 – Morrendo a
criança, o Espírito
retoma imediatamente
o seu vigor anterior?
7.
8. 383 – Qual é, para o
Espírito, a utilidade de
passar pelo estado de
infância?
O Espírito se encarnando
para se aperfeiçoar, é mais
acessível, durante esse
período, às impressões que
recebe e que podem ajudar
o seu adiantamento, para o
qual devem contribuir
aqueles que estão
encarregados da sua
educação.
9. 384 – Por que as primeiras crises
da criança são de choro?
Para excitar o interesse da mãe e
provocar as atenções que lhe são
necessárias. Não compreendes
que se ela tivesse apenas crises de
alegrias, quando ainda não sabe
falar, pouco se inquietariam com
suas necessidades? Admirai em
tudo a sabedoria da Providência.
10. 385 – De onde provém a mudança que se
opera no caráter, a uma certa idade, e
particularmente ao sair da adolescência? É
o Espírito que se modifica?
É o Espírito que retoma sua natureza e se
mostra como ele era. Não conheceis os
segredos que escondem as crianças em sua
inocência; não sabeis o que são, o que
foram e o que serão, e, todavia, as amais, as
quereis bem como se fossem uma parte de
vós mesmos, a tal ponto que o amor de
uma mãe por seus filhos é considerado o
maior amor que um ser pode ter por um
outro ser. De onde vem essa doce afeição,
essa terna benevolência que mesmo os
estranhos experimentam para com uma
criança? Vós sabeis? Não; é isso que vou
explicar-vos.
11. As crianças são os seres que Deus envia em novas existências
e, para que não lhes possa impor uma severidade muito
grande, dá-lhes todas as aparências da inocência. Mesmo para
uma criança naturalmente má, cobrem-se- lhe as faltas com a
não-consciência dos seus atos. Essa inocência não é uma
superioridade real sobre o que eram antes; não, é a imagem do
que elas deveriam ser e, se não o são, é sobre elas somente
que recai o castigo.
Mas não é somente por elas que Deus lhes dá esse aspecto, é
também e sobretudo por seus pais de cujo amor sua fraqueza
necessita; esse amor seria singularmente enfraquecido à vista
do caráter impertinente e rude, enquanto que crendo seus
filhos bons e dóceis, dão-lhes toda a sua afeição e os cumulam
de atenções as mais delicadas. Mas, logo que os filhos não têm
mais necessidade dessa proteção, dessa assistência, que lhes
deram durante quinze ou vinte anos, seu caráter real e
individual reaparece em toda a sua nudez.
12. Conservam-se bons se eram fundamentalmente bons, mas se
revestem sempre de matizes que estiveram ocultos pela
primeira infância.
Vedes que os caminhos de Deus são sempre os melhores e,
quando se tem o coração puro, a explicação é facilmente
concebida.
Com efeito, imaginai que o Espírito das crianças que nascem
entre vós pode vir de um mundo onde tomou hábitos muito
diferentes; como quereríeis que permanecesse em vosso meio
esse novo ser que vem com paixões diferentes das que possuís,
com inclinações e gostos inteiramente opostos aos vossos?
Como quereríeis que ele se incorporasse em vossas fileiras de
outra forma que aquela que Deus quis, quer dizer, pela peneira
da infância?
13. Aí se confundem todos os pensamentos, todos os caracteres,
todas as variedades de seres engendrados por essa multidão
de mundos nos quais crescem as criaturas. Vós mesmos,
morrendo, vos encontrareis em uma espécie de infância entre
novos irmãos e na vossa nova existência não-terrestre ignorais
os hábitos, os costumes, as relações desse novo mundo para
vós. Manejareis com dificuldade uma língua que não estais
habituados a falar, língua mais viva do que é hoje o vosso
pensamento. (319)
A infância tem, ainda, uma outra utilidade: os Espíritos não
entram na vida corporal senão para se aperfeiçoar, se
melhorar; a fraqueza da pouca idade os torna flexíveis,
acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que os
devem fazer progredir.
14. É quando se pode reformar
seu caráter e reprimir-lhes
as más inclinações; tal é o
dever que Deus confiou aos
pais, missão sagrada pela
qual deverão responder. Por
isso, a infância não é
somente útil, necessária,
indispensável, mas ainda ela
é a consequência natural das
leis que Deus estabeleceu e
que regem o Universo.
15. • Educa a criança no caminho
em que deve andar; e até
quando envelhecer não se
desviará dele.
(Provérbios 22:6)
• Vós, filhos, obedecei em tudo
a vossos pais, porque isto é
agradável ao Senhor. Vós, pais,
não irriteis a vossos filhos, para
que não percam o ânimo.
(Colossenses 3:20-21)
• Fala com sabedoria e ensina
com amor.
(Provérbios 31:26)
16. CRÉDITOS:
• Formatação: Marta G. P. Miranda
• Referências:
Glaser, Abel. Alvorada Nova. 5ª ed.
Matão-SP: O Clarim, 2012. Pelo Espírito
Cairbar Schutel.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 141 à 143.
XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu.
27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª
ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
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