O documento discute o conceito, finalidade e benefícios do passe espírita, que envolve a transfusão de energias do passista para o paciente com o objetivo de promover o equilíbrio físico e espiritual. Também aborda os fluidos, corpos e centros vitais envolvidos no processo, assim como as condições necessárias para ser um bom passista.
2. TÓPICOS:
Conceito
Finalidade
Benefícios
Fluidos e corpos
Centros vitais ou centros de força
O passista
Tipos de passes
Quanto à aplicação de passes
O passe no Centro Espírita
- Etapas do passe
- Sugestão de técnicas do passe
Perguntas e respostas
Considerações finais
Mensagem
3. CONCEITO:
O passe espírita é uma transfusão de energias, onde
o indivíduo que se dispõe a aplicar o passe, por ação
da vontade própria busca doar, movimentando
pensamentos favoráveis, sentimentos próprios de
bem-estar, de renovação física, psíquica e emocional,
direcionado àquele que necessita de energias
renovadas.
4. FINALIDADE:
O passe é um dos métodos utilizados nos
centros espíritas para o alívio ou cura
dos sofrimentos das pessoas.
Quando ministrado com fé, o passe é capaz de
produzir verdadeiros prodígios.
Tem como objetivo o reequilíbrio do corpo
físico e espiritual.
O passe foi incluído nas práticas do Espiritismo
como um auxiliar dos recursos terapêuticos
ordinário. É, portanto, um meio e não a
finalidade do Espiritismo.
5. BENEFÍCIOS:
O passe espírita pode trazer diversos benefícios para aqueles que
o recebem, tais como:
• Alívio de dores físicas: A transmissão energética ajuda a aliviar
dores e desconfortos no corpo físico, promovendo uma
sensação de bem-estar e relaxamento.
• Equilíbrio emocional: Auxilia no alívio do estresse, ansiedade e
outros desequilíbrios emocionais.
• Fortalecimento do sistema imunológico: Pode fortalecer o
sistema imunológico, contribuindo para a saúde e o bem-estar
geral.
• Harmonização energética: O passe espírita visa harmonizar as
energias do corpo e do espírito, proporcionando uma sensação
de paz e serenidade.
• Auxílio espiritual: Durante o passe, os espíritos benfeitores
presentes, transmitem vibrações e orientações que auxiliam no
desenvolvimento espiritual e na superação de desafios pessoais.
6. • Limpeza energética: Atua na limpeza e purificação energética,
removendo bloqueios e influências espirituais negativas,
permitindo que a pessoa se sinta mais leve e renovada.
• Estímulo à autocura: A energia transmitida durante o passe pode
despertar os mecanismos de autocura presentes no próprio
indivíduo, estimulando seu processo de cura física e espiritual.
• Sensação de paz e conforto: O passe espírita geralmente
promove uma sensação de paz, tranquilidade e conforto interior,
criando um ambiente propício para o relaxamento e a
harmonização.
É importante ressaltar que o passe espírita não substitui
tratamentos médicos convencionais, mas pode ser utilizado como
uma prática complementar, integrando-se a outras formas de
cuidado e terapias.
Além disso, é fundamental procurar centros espíritas sérios e
confiáveis, onde o passe seja realizado por pessoas capacitadas e
éticas, respeitando sempre a vontade e o bem-estar da pessoa que
irá recebê-lo.
8. FLUIDOS
São substâncias capazes de escoar e que se deformam com
facilidade. Como não apresentam formato definido,
assumem o mesmo formato do recipiente em que são
confinados. Incluem os líquidos, os gases, os plasmas e, de
certa maneira, os sólidos plásticos.
- Fluido Cósmico Universal (FCU): É a matéria elementar
primitiva, cujas modificações e transformações constituem a
inumerável variedade dos corpos da natureza. (A Gênese XIV, 2)
Desempenha papel intermediário entre o Espírito e a matéria
propriamente dita. (LE – Q.27)
• Fluido vital – É um princípio especial, inapreensível, e que
ainda não pôde ser definido, presente nos seres orgânicos.
É uma das modificações do fluido cósmico universal, pela
qual este se torne princípio de vida.
12. Duplo Etérico ou corpo vital – composto de energia ou
fluido vital, originado do Fluido Cósmico Universal,
absorvido pelas moléculas orgânicas confere o atributo
da vida. Essas são energias bastante densas, quase
materiais, mas ainda ocultas da visão humana, é o
responsável pela repercussão vibratória direta do
perispírito sobre o corpo carnal. Sua atividade principal
é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o
corpo físico todas as energias que deverão alimentá-lo.
Esta comunicação é feita através dos chacras, que
captam as vibrações do espírito e as transferem para as
regiões correspondentes na matéria física.
O duplo etérico é permanentemente acoplado ao
corpo físico, sendo responsável por sua vitalização.
Portanto, morrendo o corpo físico, imediatamente
morrerá o correspondente corpo etérico.
13. É constituído por éter físico emanado do próprio
planeta e funciona com êxito tanto no limiar do plano
espiritual como do plano físico.
Sua textura varia conforme o tipo biológico humano, ou
seja, será mais sutil e delicado nos seres superiores e
mais denso nas criaturas primitivas.
O duplo-etérico é responsável pela vitalização do corpo
físico. No perispírito entra Fluido Cósmico que será
transformado em Fluido Vital para ser metabolizados
pelo perispírito. No duplo etérico ocorre a densificação
do Fluido Vital Sutil com a finalidade de animalizar a
matéria.
Ele funciona como um mediador na ligação entre o
corpo físico e o perispírito, não sendo, portanto, um
veículo separado da consciência.
14. O duplo-etérico é responsável pela vitalização do corpo
físico. No perispírito entra Fluido Cósmico que será
transformado em Fluido Vital para ser metabolizados pelo
perispírito. No duplo etérico ocorre a densificação do
Fluido Vital Sútil com a finalidade de animalizar a matéria.
A densificação ocorrerá pela combinação do Fluido Vital
Sútil vindo do perispírito com Fluidos Físicos que entram
pelo Duplo Etérico.
15. O Duplo-etérico é este filtro. É a sede dos centros
de captação e reciclagem de energia.
16. O duplo-etérico que envolve o homem como um cartucho
de gás vaporoso.
A aura da saúde que se expande do próprio duplo-
etérico
Funciona o duplo etérico para o ser
encarnado como um manto protetor ou uma
tela eterizada que impede o contato
constante e “direto” com o mundo espiritual,
atuando também como proteção natural
contra investidas mais intensas dos
habitantes menos esclarecidos daquele plano
e, ainda protegendo o homem contra o
ataque e multiplicação de bactérias e larvas
astralinas que, sem a proteção da tela etérica,
invadiriam a organização, não somente do
corpo físico, durante a encarnação, como a
própria constituição perispiritual.
17. Ectoplasma – Trata-se da
própria substância vital
constitutiva do duplo
etérico. É um plasma, na
verdade o plasma da vida,
constituído por uma
associação íntima de energia
eletromagnética e energia
vital. Tem aparência leitosa,
e é uma substância fria,
altamente plasmável e
luminosa, que pode assumir
toda e qualquer forma,
tamanho, extensão e
densidade.
Na transmissão do passe magnético
há evidências de que o ectoplasma
também participa do todo fluídico,
só que, via de regra, em percentual
pequeno.
19. Perispírito – É um corpo fluídico do qual o espírito se serve
para poder se manifestar na matéria. O espírito muito
diáfano e a matéria muito grosseira não teria condições do
espírito influenciar diretamente no corpo.
O períspirito é o corpo fluídico com o qual nos apresentam
os espíritos desencarnados. E quando nós nos
reencarnamos esse períspirito faz a ligação entre o espírito
infinito e o corpo que servirá de vestimenta para mais uma
experiência na carne.
Ele traz elementos necessários para essa ligação, os
chamados centros de forças como relata André Luiz ou
chacras, como relatam outras doutrinas. São sete os
centros de forças (Evolução em dois mundos).
Esses centros de forças são pontos em que o espírito se liga
e emite energia para o corpo.
20. O corpo mental é o envoltório sutil da mente e que o
corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que
reveste o corpo físico do homem. (André Luiz)
Espírito – São os seres inteligentes da criação. Povoam o
Universo fora do mundo material. (LE – Q.76)
21. Centros Vitais ou Centros de Força
Segundo André Luiz os “Centros Vitais ou Centros de Força”
estão situados no “Corpo Espiritual ou Psicossoma” e
funcionam como terminais através dos quais a energia é
transferida de planos superiores para o corpo físico.
Os centros de força são estações de força espiritual ou
fluídica no perispírito (no corpo etéreo); formam um campo
eletromagnético utilizado pelo Espírito e funcionam em
plena ligação com os plexos do corpo material.
Os plexos estão situados no corpo físico; são agrupamentos
de músculos, nervos e vasos sanguíneos do organismo que
regula a vida vegetativa do corpo humano.
Os centros de força captam, metabolizam e transferem essa
energia para o corpo físico.
22.
23. DUPLO-ETÉRICO E CHACRAS
É no duplo-etérico que se encontram os
chacras, sendo eles os responsáveis pela
vitalização energética do corpo físico.
Os chacras são os órgãos do duplo etérico
responsáveis pela absorção e canalização
dos Fluidos que chegam ao corpo físico.
Entre as funções do duplo-etérico está
transmitir para a tela do cérebro físico
todas as vibrações das emoções e
impulsos que o perispírito recebe do
Espírito.
Os chacras do duplo-etérico são
temporários, existem enquanto este
existir. Os do perispírito são permanentes.
Cada qual com uma localização e função
principal, em correspondência com uma
região de plexos nervosos do corpo físico.
24. O PASSISTA
O passista é aquele que ministra o passe.
Ser um passista espírita é uma tarefa de grande
responsabilidade, pois trata-se de ajudar e
abençoar as pessoas em nome de Deus.
Pessoas carentes e sedentas de melhoria,
procuram no centro espírita o recurso do passe
como forma de alívio das pressões psicológicas e
sustentação para suas forças morais e físicas.
O passista necessita esforçar-se na melhoria íntima
e no aprendizado intelectual, pois o mecanismo do
passe, exige estudo, conhecimento e muita
dedicação para quem pretenda praticá-lo, pois para
doar é necessário possuir.
25. 1 – O que é necessário para ser um bom
passista:
Allan Kardec nos instrui a respeito: “A primeira
condição para isto é trabalhar em sua própria
depuração (moral e ética), a fim de não alterar os
fluidos salutares que está encarregado de
transmitir. Esta condição não poderia ser
executada sem o mais completo desinteresse
material e moral. O primeiro é o mais fácil, e o
segundo é o mais raro, porque o orgulho e o
egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e
porque várias causas contribuem para os
superexcitar nos médiuns”.
(Allan Kardec – Revista Espírita, Novembro, 1866).
26. 2 – Fatores negativos que prejudicam os
resultados do passe:
• Físicos: Uso do fumo e do álcool, desequilíbrio
nervoso, alimentos inadequados.
• Espirituais/morais: Mágoas, más paixões,
egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez, vida
desonesta, adultério, etc.
“O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de
impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é
necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades
mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando
através do encarnado pode alterar-se. Daí, para todo médium
curador, a necessidade de trabalhar para seu melhoramento
moral”.
(Allan Kardec – Revista Espírita, Setembro, 1865).
27. 3 – Condições básicas para se aplicar o passe:
1) Fisicamente: manter a saúde e a boa disposição.
evitar excessos nas atividades diárias. os
cuidados visarão principalmente: alimentação,
higiene e abolir vícios.
2) Espiritualmente: cultivar as virtudes e manter
conduta espírita. os cuidados visarão
principalmente: disciplina, sentimento fraterno,
fé, humildade, devotamento, abnegação,
reforma íntima, equilíbrio emocional, vontade e
perseverança no trabalho.
3) Intelectualmente: ter conhecimentos
especializados sobre o passe.
30. a) Passe magnético
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos,
utilizando a força magnética existente no próprio corpo
perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode
ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral
do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero
de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência
espiritual. Isso acontece porque os Espíritos superiores sempre
ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos
mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente
da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou
na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em “O
Livro dos Médiuns”, questão 176 : “…muito embora uma pessoa
desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita
nela”.
31.
32. b) Passe espiritual
Quando ministrado pelos Espíritos unicamente com
seus próprios fluídos (magnetismo espiritual), sem
o concurso de intermediário (passista), diretamente
no perispírito das pessoas enfermas ou
perturbadas. Os Espíritos agem com observância da
sintonia e considerando os méritos ou necessidades
do assistido, que, às vezes, nem percebe ter sido
beneficiado. Para receber um passe espiritual basta
orar e colocar-se em estado receptivo. No passe
espiritual o necessitado não recebe fluidos
magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e
puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo
Espírito que veio assisti-lo.
33.
34. c) Passe misto (humano-espiritual)
É uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos do passista
com os da Espiritualidade. A combinação é muito maior do que no
passe puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este
é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas, contando com
a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda
dos necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe,
atendendo aos encarnados e também ministrando eficiente socorro
às entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluidos.
O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou provocado pelo
passista, com uma prece ou simplesmente num propósito (que
equivale a um apelo íntimo). Essa assistência espiritual é sempre
desejável.
Mas para que se possa contar sempre com a ajuda dos bons
Espíritos, é necessário observar os cuidados já ditos anteriormente
sobre a depuração íntima de cada um dos que estão imbuídos do
desejo de fazer o bem.
35.
36. d) Passe mediúnico
Quando os Espíritos atuam através de um encarnado
mediunizado. O fluído dos bons Espíritos “passando através de
um encarnado pode alterar-se um pouco” (como água límpida
passando por um vaso impuro). “Daí, para todo o verdadeiro
médium curador, há necessidade absoluta de trabalhar a sua
depuração”.
Haverá ocasiões em que seja bom, e mesmo necessário, o
passista atuar inteiramente mediunizado. Mas, nos serviços
comuns do passe num centro, isso não é aconselhável, porque
nem sempre o assistido está preparado para presenciar
manifestações e poderá se impressionar mal, mesmo sem que o
comunicante chegue a falar qualquer palavra. Poderá causar
uma diferenciação entre os passistas que não se justifica e é
indesejável. O passe não é o momento adequado para as
manifestações mediúnicas. Quem é médium, além de passista,
tem as reuniões apropriadas para dar passividades aos espíritos
comunicantes.
39. Passe individual: É aquele em que um ou mais
passistas assiste diretamente a um paciente por vez,
ainda que numa cabine coletiva.
40. Passe coletivo: Quando o número de passistas e o
tempo são insuficientes para atender a todos os
frequentadores individualmente, como nos casos
em que as pessoas que estejam presentes em uma
palestra, por exemplo, pode-se lançar mão deste
recurso como uma medida de emergência.
Realiza-se esse trabalho com o diretor, após a prece
e a preleção evangélica, pedindo a todos os
passistas presentes que doem fluidos aos
trabalhadores do plano espiritual e mentalizem as
aplicações dos passes necessários a cada paciente
que receberá o passe coletivo todos de uma vez.
41. Passe à distância: Em alguns casos, bem mais raros, pode haver
necessidade de se dar passes em doentes situados à distância.
Este é um processo que mais se enquadra em trabalho de magia
teúrgica e a ele aqui nos referimos unicamente por amor ao
método, visto que no Espiritismo não há, realmente, necessidade
do emprego desses passes, porque, ao invés de o fazer, basta que
se formule uma prece em benefício do doente, dando sua
localização; com estes elementos, os Espíritos protetores
tomarão a si a assistência do doente, esteja ele onde estiver.
O passe à distância, entretanto, é praticado da seguinte maneira:
1º) Concentração e prece.
2º) Idealizar a figura material do doente — se for conhecido —
dando-o como presente; ou, então, imaginar sua figura, no local
indicado e ir lá com o pensamento.
3º) Fazer sobre essa figura, imaginada ou ideoplastizada, os
passes indicados, encerrando com uma prece.
42. Autopasse: Esta é uma modalidade bastante útil
porque permite ao próprio doente e aos médiuns
trabalharem em sua própria cura e utilizarem os
recursos imensos que estão à disposição de todos
pela misericórdia de Deus, Criador e Pai.
Justamente por causa das contaminações diretas
que sofrem a todos os momentos, devem os
médiuns se utilizar — sobretudo eles — do
Autopasse para a limpeza psíquica de si mesmos e
o recarregamento de energias dos plexos e centros
de força.
43. Passe virtual: O que
chamamos de passe
virtual, na verdade é o
auto passe. Nele não
devemos fazer
movimentos com as
mãos, mas com a
mente. Nosso
pensamento nos trará
todos os resultados que
precisamos. Para isto,
faça com seriedade,
respeito e
responsabilidade.
44. Sugestão de como conduzir o auto passe ou o passe virtual
•Não faça apenas por curiosidade, use este recurso com gratidão,
como faria na Casa Espírita.
• Mentalize seus centros de entrada de energia, irradiando luz e
amor sobre seu corpo.
•Busque uma posição confortável, respirando calma e
profundamente.
•Sempre que possível, utilize uma iluminação menos intensa, que
favoreça a concentração.
•Em silêncio, peça a proteção de Deus e de Jesus para o passe.
•Una seu pensamento ao seu Anjo da Guarda e aos Espíritos
Superiores, como Bezerra de Menezes e Scheilla.
•Procure afastar de sua mente quaisquer pensamentos negativos.
•Leia uma mensagem edificante, do Evangelho Segundo o
Espiritismo ou de Emmanuel.
•Respire fundo, pausadamente, com calma e confiança.
•Prepare-se para orar.
45. Quanto ao método empregado os passes podem ainda ser
classificados em: padronizados e livres.
1 – Passes padronizados: Estes passes foram estudados e
recomendados tendo-se em vista:
a) as casas espíritas de grande movimento, onde haja
necessidade de atender público numeroso, quando os
passes comuns livres, feitos de forma pessoal pelos
médiuns ou pelos Espíritos desencarnados. não encontram
possibilidades de aplicação;
b) a multiplicidade de maneiras de fazê-los sendo alguns
ineficientes, outros contraproducentes, outros
espetaculares ou mesmo ridículos, outros muitas vezes
ofensivos a certos pundonores, sobretudo femininos, tudo
como resultado do despreparo individual, da ignorância ou
do misticismo exagerado daqueles que os aplicam.
46. Os passes padronizados corrigem e evitam tudo isso.
Não há necessidade de incorporação de Espíritos para
estes passes, conquanto esta possa haver ou deixar de
haver sem que os resultados sejam alterados, porque
estes dependem mais que tudo da natureza, da
qualidade e dajudiciosidade da aplicação dos fluidos
postos em movimento nos dois Planos.
2 – Passes livres: Aplicados sem método, com cada
passista agindo a seu modo, impossibilitando, assim, o
aperfeiçoamento dos trabalhos e, o que é pior,
favorecendo a indisciplina e o aparecimento de outros
vícios e defeitos mais graves, a influenciar
negativamente na transmissão do passe curador.
48. O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de
enfermidades físicas e espirituais junto aos
necessitados que procuram o centro espírita. A equipe
de passistas deve estar alinhada no mesmo
pensamento de ajudar essas pessoas carentes de
amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério,
discernimento, responsabilidade e conhecimento
doutrinário. É um complemento aos recursos de auto
melhoramento e de reeducação espiritual utilizados
normalmente.
49. ETAPAS DO PASSE ESPÍRITA:
O passe espírita pode ser realizado em um centro espírita ou em
ambientes adequados, sempre com o consentimento da pessoa
que irá receber o passe.
Os passistas realizam sua preparação na Câmara de Passes, seguida
das demais atividades conforme sugestão do seguinte esquema básico:
1. Preparação: Os passistas deverão se dirigir ao local das
aplicações de passes onde permanecerão lendo e meditando até a
abertura, sendo prejudicial, neste ínterim, qualquer espécie de
conversa. É momento de buscar tranquilidade mental e uma
postura receptiva para a canalização das energias.
Sintonia da Corrente - Ao início da preparação para o trabalho de
aplicação do passe propriamente dito, é importante que cada
grupo de passista procure harmonizar os fluidos da sua corrente.
Os elementos dão-se as mãos e aguardam mais ou menos o tempo
de 1 minuto, até que todos se sintam perfeitamente aptos para o
trabalho.
50. 2. Abertura: Com o objetivo de elevar as vibrações e estabelecer
uma conexão com o plano espiritual, deve-se:
- Fazer a leitura da mensagem e do Evangelho;
- Fazer Prece de Abertura ligando-se com os benfeitores
espirituais na seguinte ordem:
• Com os protetores individuais;
• Com os elementos da segurança;
• Com os protetores do trabalho;
• Com os mentores da Casa;
• Com o Dr. Bezerra de Menezes (corrente médica);
• Com as Fraternidades (proferir a Prece das Fraternidades);
• Com Ismael;
• Com Jesus e
• Com o Pai.
- Proferir um Pai Nosso.
51. 3. Limpeza dos trabalhadores: Os componentes do
grupo deverão aplicar passes de limpeza uns nos
outros. Os demais componentes do grupo de trabalho
da Casa deverão tomar passe antes de adentrarem ao
recinto dos seus respectivos trabalhos.
4. Posicionamento: Os atendidos são encaminhados a
seguir para o local das aplicações, onde receberão a
assistência que necessitam. O passista e o receptor
sentam-se ou ficam em posições confortáveis.
5. Transmissão de energia: O passista simplesmente
mantém as mãos próximas, sem tocar diretamente,
atuando como um canal de energia, direcionando-a
para o receptor por meio de suas mãos. Essa energia é
entendida como fluidos vitais que podem atuar no
equilíbrio do corpo e do espírito.
52. É importante respeitar o tempo necessário para a
completa assimilação das energias recebidas, mas
também não deve prolongar excessivamente a fim de
atender todas as pessoas conforme o tempo
determinado. O ideal é que seja o tempo de proferir, de
forma pausada, a oração do Pai Nosso (tempo usado na
nossa Casa “Centro Espírita Joana D’arc” e conforme a
orientação de Divaldo Franco no vídeo da tela 58).
6. Encerramento: Após um período determinado, o
passista finaliza o passe, podendo fazer uma nova
prece ou momento de gratidão.
55. Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma
metodologia para o passe. Cada grupo é livre para se
posicionar de um modo ou de outro, desde que sem
exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do
paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da
forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma
fundamentação doutrinária lógica.
André Luiz nos informa em “Conduta Espírita” que o passe
dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro “Mediunidade”, diz que o passe
é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo.
Edgard Armond, no livro “Passes e radiações nos fornece
vários roteiros de passes com suas devidas ilustrações, dentre
os quais apresentamos a seguir algumas dessas técnicas
como sugestão:
56. 1 – PASSE DE LIMPEZA
Utilizado na preparação dos atendidos e passistas, logo que adentram
o Centro Espírita, para que não venham a perturbar a harmonia dos
trabalhos e para que os necessitados possam assimilar com maior
proveito os tratamentos que irão receber.
Esquema
1º tempo — No levantamento dos braços, estes servem de antenas
para melhor captação da força fluídica destinada às curas.
2º tempo — A imposição da mão direita sobre a cabeça do doente visa
agir diretamente sobre a mente do obsessor, neutralizando sua ação e
desligando-o da mente do doente.
3º tempo — Os passes transversais cruzados (fotos 16 a 19) devem ser
feitos à altura da cabeça, do peito e do ventre; com eles visamos
projetar sobre o perispírito dos obsessores uma fonte de fluidos
dispersivos, produzindo um choque que desarticula as ligações
fluídicas do obsessor com o doente, movimentando os aglomerados
fluídicos.
57. 4º tempo — Com os transversais simples (fotos 20 a
22), E prosseguimos na limpeza do perispírito do
doente, dispersando fluidos nocivos.
5º tempo – Após a limpeza, com os longitudinais
promovemos a regularidade do fluxo do fluido nervoso
em todo o organismo e, finalmente,
6º tempo – A imposição da mão novamente sobre a
cabeça do doente é um ato de bênção que se pede a
Deus seja derramada.
Dependendo da necessidade nos trabalhos mais
avançados, pode-se alcançar uma limpeza mais
completa, realizando-se passes transversais cruzados e
simples também às costas do atendido, local de
preferência na atuação dos obsessores.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65. 2 – PASSE COLETIVO
Nas Casas Espíritas onde há grande movimento e
poucos trabalhadores, é necessário adotar o sistema
dos passes coletivos, que servem muito bem a todos os
casos em que não haja necessidade imperativa dos
passes individuais.
Organização da sessão:
Equipe: Um diretor, um auxiliar, um médium para
receber instrutores.
Corrente: Formada pela equipe mais um grupo de
trabalhadores selecionados.
66. Funcionamento:
a) Concentração para abertura.
b) Prece, pelo diretor do trabalho.
c) Preleção do diretor sobre doenças, resgates, curas e
necessidade de evangelização.
d) Estando todos os doentes em seus lugares, o diretor
do trabalho (ou o mentor incorporado no médium)
levanta-se, estende os braços e faz um passe geral
durante o tempo que for necessário (um a dois
minutos).
Nessa ocasião, do Alto jorrarão sobre os doentes os
fluidos reparadores e as curas possíveis se realizarão
segundo as condições individuais de mérito e de
evolução.
67. 3 – O SOPRO
O tratamento pelo sopro é também conhecido de há muito tempo e
nos tratados de magnetismo se intitula insuflação.
Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito
humano sobre as partes doentes, fazendo-o penetrar o mais fundo
possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o operador
aspire ar, previamente, em quantidade suficiente para dilatar seu
tórax, além do normal; deve possuir capacidade respiratória bem
ampla, o que pode obter com continuados e adequados exercícios de
respiraçãoprofunda.
O sopro pode ser quente ou frio. O primeiro quando se aproxima a
boca, aberta, da parte doente, com a simples separação de um pano
poroso, preferentemente de lã; e o segundo, quando se sopra com os
lábios unidos, a certa distância do corpo.
O sopro quente concentra fluidos e o frio os dispersa.
A esta modalidade de tratamento, mais que a qualquer outra, se
aplicam as advertências que fizemos a respeito do contato físico entre
operador e paciente. Somente individuos dotados de exemplar
moralidade devem se dedicar a esta tarefa.
68. 4 – AUTOPASSE
Esquema:
a) Concentração e abertura.
b) Ligação com o protetor individual; aguardar suapresença.
c) Levantar os braços e aguardar a descida da força fluídica (foto 39).
d) Projetar sobre si mesmo essa força, operando de acordo com o
esquema geral, isto é, primeiramente limpando o perispírito com
passes transversais (fotos 40 a 42) e longitudinais com contato,
usando ambas as mãos para limpar os fluidos ruins porventura.
absorvidos. De espaço a espaço levantar novamente os braços, para
intensificar o recebimento da força, caso necessário.
Quando houver saturação de forças e perceber o médium que cessou
sua fluição pelos braços, dar o passe por encerrado, fazendo a prece
de agradecimento.
Se houver perturbação funcional de órgãos internos, agir sobre eles
colocando a mão esquerda sobre o plexo solar e a direita sobre o
órgão doente, promovendo, assim, o dispositivo eletromagnético das
duas mãos, entre cujos dois pólos circulará a corrente de cura.
72. Quando começa a aplicação do Passe?
O Passe, propriamente dito, começa com o
estabelecimento do contado espiritual do passista com o
receptor e a imposição das mãos.
O que ocorre na imposição das Mãos?
O ato de o Passista colocar as mãos acima da cabeça da
pessoa assistida, após os passes circulares e longitudinais.
Geralmente é feito com as mãos espalmadas, dedos
levemente separados uns dos outros, sem contração
muscular. É nesse movimento e postura que os fluidos
serão conduzidos e dispensados.
O fluído vital (por ser elemento de natureza mais material
do que espiritual) circula como uma verdadeira força
nervosa por todo o nosso sistema nervoso e se escapa pelas
extremidades das mãos, especialmente.
73.
74. Devemos tocar na pessoa assistida?
Quanto ao toque na pessoa assistida, normalmente o passe
espírita é feito sem tocar a pessoa enferma. No Centro
Espírita, especialmente, deve-se evitar tocar nas pessoas
assistidas, porque, além do toque ser desnecessário, na
quase totalidade dos casos que atendemos:
Muitos desconhecem o Espiritismo e pessoas assistidas ou
acompanhantes veem com estranheza e suspeita o toque
pessoal;
Somos criaturas ainda imperfeitas e o toque físico pode
desviar-nos da elevação de pensamento necessária ao
passe. Portanto, prevenindo males maiores e
salvaguardando o trabalhador do passe e a casa espírita de
quaisquer prejuízos ou suspeita, recomenda-se a aplicação
do passe sem qualquer todo na pessoa receptora.
75. O Passista sente algum reflexo do problema da pessoa assistida
durante o passe?
Na execução de sua tarefa, o passista pode, algumas vezes,
experimentar sensações relacionadas com o problema da pessoa
assistida. Como está imbuído do desejo de ajudar o semelhante, é
compreensível que se sintonize com ele, a ponto de experimentar
reflexos dos seus pensamentos. Toda tarefa de assistência pede
abnegação. Mas o passista dispõe de recurso para eliminar os
reflexos e poderá abreviar tal providência, tendo a mente voltada
para a prece e a perseverança no bem.
Nos passes em pessoas sob a atuação de espíritos em desequilíbrio,
o passista poderá registrar reflexos negativos desde a hora em que
se dispõe a ajudar, podendo perdurar ainda depois do passe. É
compreensível que os espíritos envolvidos na trama obsessiva,
conhecendo-lhe a disposição de colaborar, pretendam arrefecer-lhe
o ânimo, afastando-o do caminho da pessoa enferma. Fé,
perseverança no trabalho são a melhor medida para a superação
desses obstáculos. E não nos esqueçamos de que a proteção
espiritual é constante.
76. O passista tem número limitado de passes a serem
aplicados? Pode chegar à exaustão?
“O passista, como mero instrumento que, através da prece,
recebe para dar, não precisa jamais temer a exaustão das
forças magnéticas” (André Luiz, Cap. 28 de “Conduta Espírita”).
Portanto, desde que haja imperiosa necessidade, o passista
poderá aplicar tantos passes quantos forem precisos,
confiante no inesgotável manancial da infinita misericórdia de
Deus.
Mas poderá sentir cansaço físico ou mental por estar
aplicando em muitas pessoas e por muito tempo.
Cabe ao passista, mesmo reconhecendo ser um simples
intermediário, poupar suas reservas energéticas evitando
excessos desnecessários ou mau uso, e buscará os meios
naturais que o auxiliem na mais rápida recuperação. Os
benfeitores espirituais sempre nos recompõem as energias
gastas na prática do bem e do amor ao próximo.
77. Para dar passes a ingestão de carne, álcool, nicotinas
interferem.
O ideal é que ninguém vá dar passes envoltos em vícios. No
entanto o bom não poderá ser inimigo do ótimo.
Pessoas portadoras de tais vícios e que estejam se esforçando
para livrar- se deles encontrarão na aquisição de
responsabilidade como passistas uma maior motivação para
absterem-se dos mesmos.
Procurem não usar esses vícios em torno de 4 horas antes da
tarefa.
Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe?
Recomenda-se que o passista intercale um dia de atividade na
tarefa de doação de fluídos com um dia de descanso para a
reposição natural dos fluídos. Nesse particular, as reuniões
mediúnicas são também consideradas eventos de doação
fluídica.
78. O passista deve estudar sempre?
Sempre que possível, o passista deverá melhorar sua
compreensão dos mecanismos do passe pelo estudo e
observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe
não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas
principalmente ao amor com que se participa da tarefa.
A vida sexual do passista influencia em seu desempenho na
tarefa?
Sim, principalmente a vida sexual a nível mental, pois o
pensamento atrai energias positivas ou não, conforme o que se
pensa. Assim, o que gravita em nosso redor invariavelmente se
combina com nossos fluídos com base na lei de afinidade. Esses
mesmos fluídos são transferidos posteriormente ao paciente.
Grosso modo, recomenda-se que principalmente no dia da
tarefa o passista procure manter sua “casa mental”
adequadamente limpa e organizada.
79. O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe?
Podemos comparar o passista a um cirurgião. O cirurgião, antes
do trabalho, deverá apresentar-se mais higienizado possível para
o desempenho adequado de sua tarefa sem a infecção do
paciente. O passista deverá higienizar sua “casa mental” para
evitar a contaminação de seus próprios fluídos que serão
transferidos ao paciente. Tal higienização só poderá ocorrer com o
esforço de se evitar pensamentos incorretos de qualquer tipo, a
leitura de publicações inadequadas, a conversa de temas
inferiores, e absorção de qualquer tipo de ideia nociva aos
princípios cristãos.
O passista é médium?
Nas casas espíritas geralmente pratica-se o passe misto. Neste
tipo de passe, o passista atua como mediador entre o Espírito
responsável pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode
ser considerado médium, ou melhor, médium passista.
80. Qual o número máximo de passes que o paciente deverá
tomar?
Não há regra. Em geral, deve-se analisar a orientação do
receituário mediúnico. O que não deve ocorrer é o paciente
submeter-se à fluidoterapia apenas porque “não tinha nada
para fazer antes de começar a reunião”.
A tarefa do passe deve ter horário fixo?
Sim. Entre os encarnados, a tarefa do passe é apenas uma
pequena parte da tarefa que ocorre a nível espiritual.
Certamente os benfeitores espirituais têm também sua
programação, que se vincula à nossa. Não raro, durante todo o
dia, a Espiritualidade prepara o ambiente da casa espírita paro
o recebimento da vasta gama de espíritos sofredores que vêm
receber o lenitivo do passe. Em todas as tarefas da casa
espírita, a ordem e a disciplina presidem o progresso.
81. O passista deve posicionar-se à frente ou a atrás do
paciente?
Não há regra. Mesmo à frente do paciente, o passista pode
posicionar-se mentalmente atrás dele.
Pode-se usar música mecânica durante a tarefa do passe?
Sim. A música auxilia a criação de pensamentos nobres,
desde que sejam reproduzidas faixas com temas
espiritualizantes e em baixo volume.
Devo dar conselhos ou receitar durante o passe?
Não!
Posso prometer cura a alguém?
Não!
82. Posso dar passe mediunizado?
Não!
Os olhos devem ficar abertos ou fechados?
Em geral, abertos. Particularmente os passistas que se
servem de movimentos para a aplicação do passe não
poderão agir de olhos fechados, sob pena de virem a
colidir com outro passista, ou até mesmo com a pessoa a
quem está aplicando o passe.
Tenho problemas com o paciente que acabo de se
sentar à minha frente. Devo dar o passe?
Sim. Devemos entender tal fato como uma oportunidade
que Deus oferece ao passista de renovar suas concepções
com base no perdão e na amizade.
83. Posso escolher o paciente predileto para dar o passe?
Não.
Não gosto da pessoa, devo dar o passe nela?
Sim.
Os movimentos são realmente necessários durante o passe?
Não. Os movimentos apenas auxiliam o passista a direcionar
seu pensamento corretamente durante o passe, assim como
funcionam à guisa de sugestão mental para o paciente. Este
segundo aspecto se deve ao fato de, culturalmente, o paciente
sempre esperar que o passista irá movimentar os braços ou as
mãos. Há pacientes que, em tomando passe com passista que
não se movimenta, saem da casa insatisfeitos, chegando a
pensar inclusive que não receberam o passe.
84. Qual é a duração do passe?
Não há regra. Em torno de 1 minuto. O ideal é que seja
o tempo de proferir, de forma pausada, a oração do Pai
Nosso. Com dedicação à tarefa, o passista adquire a
noção adequada do tempo necessário a cada caso.
O que fazer quando o paciente fica mediunizado?
Deve-se procurar despertá-lo do transe, com
tranquilidade, batendo ou apenas pressionando
levemente seu ombro, tomando o máximo de cuidado
para não chama-lo de supetão, assustando-o. Nestes
casos, preferível é que o passe seja interrompido, e que
se indique ao paciente tomar um pouco de ar, ou água,
no sentido de relaxar, conduzindo-o quando possível à
presença do coordenador da tarefa.
85. O que fazer quando o passista ficar mediunizado?
A mesma coisa.
Qual a distância que as mãos do passista deve ficar do
corpo do paciente?
De 15 a 20 centímetros.
Gestante pode tomar passe?
Sim. Não há qualquer tipo de impedimento neste caso.
Conforme relatos espirituais nestes casos mesmo a
criança que vai renascer recebe os benefícios fluídicos.
86. Posso dar passe fora do centro espírita?
O passista, sozinho, nunca deverá assumir responsabilidade por
qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa que frequenta.
Existem centros que possuem equipes que vão às casas dos
necessitados para a higienização e o passe, mas com um vínculo
extremamente fixado e pré-agendado, com instrução dos
benfeitores físico e espirituais da casa.
Qual o lugar ideal para o passe?
O ideal é que se busque o concurso do passe nas casas espíritas,
pois estes núcleos de estudos, de orações e da caridade contam
com grande proteção dos benfeitores espirituais.
Equipes espirituais existem, responsáveis por cada setor de uma
sociedade espírita, organizados. Os amigos espirituais não
improvisam, tudo é preparado com antecedência, o mesmo
ocorrendo no momento do passe. Os recursos no além, são
imensamente maiores, uma vez que o mundo físico é uma cópia
muito imperfeita do mundo espiritual.
87. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente
quanto mais intensa se faça a adesão daquele que lhe
recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente,
erguida ao limite máximo de aceitação, determina sobre si
mesmo mais elevados potenciais de cura.
Porém, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao
médium passista buscar na prece o fio de ligação com os
planos mais elevados da vida, porquanto, através da
oração, contará com a presença sutil dos instrutores que
atendem aos misteres da Providência Divina, a lhe
utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno
Bem.
(Mecanismos da Mediunidade – Cap. 22)
88. À porta do templo, chamada Formosa, o apóstolo
Pedro e o deficiente físico.
Entre ambos um momento de expectativa.
Da alma cansada e sofrida - que espera.
Da alma plena de fé e estuante de amor - que doa.
Não há indagações nem hesitações.
Apenas a sublime doação.
Eis aí o significado profundamente belo e
sublimado do passe: a doação de alma para alma.
Jacob Melo
O PASSE ESPÍRITA: A SUBLIME DOAÇÃO
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro;
mas o que tenho isto te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”.
(Atos, 3:6)
89. Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências Bibliográficas:
ARMOND, Edgard. Passes e radiações: Métodos Espíritas de Cura. 20ª
ed. São Paulo: Aliança, 1982.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE,
2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile.
182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile.
85ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB,
2018. Pelo Espírito André Luiz.