3. A criança aprende com as pessoas a sua volta e se desenvolve.
Por isso, é importante que ela participe da vida da família e da
comunidade. Festas, danças, cultos religiosos, teatro, cinema,
circo são atividades que ajudam a criança a conhecer e valorizar
os costumes do lugar.
A criança é influenciada pelo que as outras pessoas pensam dela.
Por isso, é muito importante que a família ensine a criança a ter
auto-estima.
5. 379. É tão desenvolvido, quanto o de um adulto, o Espírito que
anima o corpo de uma criança?
“Pode até ser mais, se mais progrediu. Apenas a imperfeição dos
órgãos infantis o impede de se manifestar. Obra de conformidade
com o instrumento de que dispõe.”
380. Abstraindo do obstáculo que a imperfeição dos órgãos
opõe à sua livre manifestação, o Espírito, numa criancinha,
pensa como criança ou como adulto?
“Desde que se trate de uma criança, é claro que, não estando ainda
nela desenvolvidos, não podem os órgãos da inteligência dar toda a
intuição própria de um adulto ao Espírito que a anima. Este, pois,
tem, efetivamente, limitada a inteligência, enquanto a idade lhe não
amadurece a razão. A perturbação que o ato da encarnação produz
no Espírito não cessa de súbito, por ocasião do nascimento. Só
gradualmente se dissipa, com o desenvolvimento dos órgãos.” Há
um fato de observação, que apoia esta resposta. Os sonhos, numa
criança, não apresentam o caráter dos de um adulto. Quase sempre
pueril é o objeto dos sonhos infantis, o que indica de que natureza
são as preocupações do respetivo Espírito.
6. Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e
sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria.
Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a
educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral
pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres,
à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos
hábitos adquiridos. Considerando-se a aluvião de indivíduos que
todos os dias são lançados na torrente da população, sem
princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão
de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem?
(…) A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma
educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o
elemento real do bem-estar, o penhor da
segurança de todos.
7. 917. Qual o meio de destruir-se o egoísmo?
“De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de
desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência
de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde
libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis,
sua organização social, sua educação.
O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for
predominante sobre a vida material e, sobretudo, com a
compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado
futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas. Quando,
bem compreendido, se houver identificado com os costumes e as
crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as
relações sociais. O egoísmo assenta na importância da
personalidade.”
8. Papel dos pais perante
a educação dos filhos?
Qual a melhor escola?
Qual é a importância da
evangelização da criança no
centro espírita?
Como educar os filhos à luz da doutrina espírita?
O exemplo dos pais tem influência no carácter moral dos
filhos?
O evangelho no lar é importante na educação dos
filhos?
9. 110 – Qual a melhor escola de preparação das almas
reencarnadas, na Terra?
- A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as
bases do sentimento e do caráter.
Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem
instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão
que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar
pode edificar, o homem.
Na sua grandiosa tarefa de cristianização, essa é a profunda
finalidade do Espiritismo evangélico, no sentido de iluminar a
consciência da criatura, a fim de que o lar se refaça e novo ciclo de
progresso espiritual se traduza, entre os homens, em lares
cristãos, para a nova era da Humanidade.
10. Divaldo: Da mais alta relevância, se dissemos que quem instrui
prepara para a vida, quem educa dá a vida, quem evangeliza
fomenta a vida. Este “evangeliza”, entendamo-lo à luz do
Espiritismo, por ser a luz do Espiritismo que dá lógica e
entendimento ao Evangelho.
O evangelho puro e simples, é ministrado por outras doutrinas
cristãs, mas a reencarnação e a comunicabilidade dos Espíritos
dão clareza e lógica, ao contrário de doutrinas evangélicas,
preparando a criança para uma vida saudável no seu
relacionamento futuro.
Não se pode conceber uma casa espírita na qual as novas
gerações não recebam a evangelização espírita, porque sem isto
estaremos condenando o futuro a uma grave tarefa curativa das
chagas adquiridas no trânsito da juventude para a razão.
11.
12. - O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para
todas as bases educativas, e os pais espiritistas cristãos não
podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas
grandes revelações da vida. Em nenhuma hipótese, essa primeira
etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença.
Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade,
com a esperança e com a fé em Deus. Agir contrariamente a
essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga
para os excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento
e ao crime.
Os pais espiritistas devem compreender essa característica de
suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se fez para
a contemplação egoística da espécie, mas, sim, para santuário
onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma
existência inteira.
13. Os pais podem ajudar a evangelização no lar, sobretudo pela
exemplificação. É a exemplificação a melhor metodologia para
que se inculquem as ideias que desejamos penetrem naqueles
que vivem connosco.
O lar é a escola do exemplo, onde lamentavelmente se vive
reagindo. Vive-se de reações em cadeia; raramente se pára para
agir.
Para o lar transferimos a vivência, a fim de que um dia, no centro
espírita e na comunidade, possamos exemplificar o que
aprendemos na evangelização.
14. Mais do que pode supor a pessoa que ora, a alma que se liga às
faixas luminosas do diálogo com Deus absorve desse estuário
bendito do Mundo Invisível as mais profundas messes de recursos
aptos a sustentá-las, nas lides em que se movimenta no planeta.
No campo doméstico, pois, ensine a seus filhos, desde pequeninos,
tão logo consigam acompanhar os pais, a entoar as palavras da
prece, que com o tempo irão compreendendo, adicionando seus
próprios sentimentos, valendo-se, ao mesmo tempo, dessa norma
feliz, como fuga das tormentas em si ou como bálsamo
medicamentoso em face dos padecimentos físicos e morais que,
acaso, lhes esbarre a caminhada terrena.
Ensine-lhes a não fazer da prece um conjunto de palavras inócuas das
quais a sincera compenetração não faça parte.