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Iran Souza Oliveira
Arthur Oliveira Souza
Equipe
Estação Experimental de
São Joaquim
Extensão - Gerência Regional de São Joaquim
São Joaquim, Urupema, Bom Jardim da Serra,
Urubici, Rio Rufino e Bom Retiro
Escritórios Municipais
Colaboradores externos
Palestra 3- Podridões em pré e pós-colheita em maçãs
Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto – EESJ
10 de Junho de 2020
Sumário
Qualidade e Consumidor
Problemas em pós-colheita de maçãs e doenças
Características dos principais agentes causais
Manejo e experimentos
Por que buscar qualidade?
Conclusões, dúvidas e debate
O que é qualidade???
• Propriedade que determina a essência ou
a natureza de um ser ou coisa
• Grau negativo ou positivo de excelência
• Produto em conformidade com as exigências dos clientes
• Possuir valor agregado
• Ter algo que produtos similares não possuem
Qualidade em pós-colheita
Produtor:
Boa produtividade
Resistência a pragas
Fácil manejo
Boa colheita
Aparência
Atacado e varejo:
Aparência
Resistência no
transporte
Firmeza
Alta vida de
prateleira
Consumidor:
Aparência
Sabor
Firmeza
Aroma
Nutritivo
Sem resíduos
Tempo
Qualidade
(Rogério- Cepa)
Calibre CAT 1 CAT 2 CAT 3 TOTAL
60-135 20% 15% 18% 54%
150-165 11% 7% 8% 26%
180-300 8% 7% 6% 21%
TOTAL 39% 29% 32% 100%
MÉDIA 2008-2017
Cat 1
Cat 2
Cat 3
(ABPM)
(IBGE e FAO )
Será que a maçã que chega no
Norte, Nordeste é a mesma que
temos acesso aqui na região Sul?
Consumo da maçã
Média mundial: 9,8 kg/hab/Ano
Brasil é 94º consumidor
Consumidor Brasileiro
cada vez mais exigente
“Mudam-se os tempos, mudam-se as
vontades”
Rotina diária mudou a oferta de alimentos
Globalização
Consumidores mais exigentes e informados
Novos hábitos – novas necessidades
Falta de tempo
Novas preocupações
Novos desafios para cadeia produtiva
Liris Kindlein
Ecologicamente correto?
Socialmente justo?
NOVO CONSUMIDOR
• Segurança dos alimentos
• “Naturalidade” (conteúdo de químicos, orgânicos e naturais)
• Apresentação mais conveniente e adequada à vida moderna – Praticidade
• Cor, Tamanho
• Sabor
• Durabilidade
• Impacto ambiental
• Origem
• Maior variedade de produtos e disponibilidade durante todo o ano
• Conectividade
• Orçamento
É o CONSUMIDOR que define o que quer consumir, e a qualidade dos alimentos
Perdas
pós-colheita
Fatores Ambientais
Deterioração de frutas
Fatores Biológicos
Doenças
Etileno
Distúrbios
fisiológicos
Erros e
Danos
Produção de
Etileno
Mudanças na
composição
Luz
Transpiração
Crescimento
Composição
Atmosférica
Umidade
Relativa
Temperatura
Respiração
Doenças
• Alto potencial de dano econômico
• Longo período de armazenagem
• Ambiente favorável para os fungos
• Demanda para maior vida de prateleira
• Muitos fungos capazes de causar doenças
• Pressão para frutas sem resíduos
Quais são mais importantes?
Incidência relativa de cada tipo de podridão
Evolução das podridões durante os meses de
armazenamento de 2002 a 2018
%
Relativa
das
podridões
Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
Meses de armazenamento
Banco Dados Câmaras comerciais
Brasil (800-1000)/Epagri
Gala São Joaquim
Botrytis
Neofabraea
Penicillium
Alternaria
Glomerella
Carpelar
Botryosphaeria
%
Relativa
das
podridões
Meses de armazenamento
Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)
/Epagri
Fuji São Joaquim
Neofabraea
Carpelar
Botrytis
Penicillium
Alternaria
Glomerella
Botryosphaeria
Meses de armazenamento
Incidência relativa de cada tipo de podridão
Evolução das podridões durante os meses de
armazenamento de 2002 a 2018
Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
%
Relativa
das
podridões
Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)/Epagri
Carpelar
Penicillium
Botryosphaeria
Glomerella
Botrytis
Alternaria
Neofabraea
Gala São Joaquim
Variação da incidência de podridões entre anos
/Média de 5 a 8 meses de armazenamento
Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
%
Relativa
das
podridões
Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)/Epagri
Neofabraea
Carpelar
Penicillium
Fuji São Joaquim
Botryosphaeria
Glomerella
Botrytis
Alternaria
Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
Variação da incidência de podridões entre anos
/Média de 5 a 8 meses de armazenamento
Hipóteses para aumento POB e Carpelar
• Espécies se adaptando ao frio
• Inverno mais ameno nos últimos anos
• Resistência aos fungicidas
• Novas espécies envolvidas
• Diminuição do uso de fungicidas curativos
Quais são os inimigos?
Mofo cinzento- Botrytis cinerea
• Podridão firme, relativamente seca
• Irregular, não-deprimida e geralmente profunda
• Na epiderme e na polpa, apresenta cor bege,
inicialmente clara, que escurece em lesões mais
antigas
• Micélio abundante, acinzentado, com setores de
aspecto pulverulento, onde se encontram os esporos
do fungo
• Algumas estirpes podem desenvolver
estruturas escuras (esclerócios) na superfície das
frutas
• Saprófita, superfície das plantas nos pomares
• Ramos, folhas e flores
• Único patógeno que pode iniciar a infecção em pós-colheita
• Uma fruta doente infecta as outras
• Ninhos
Podridão Olho de Boi - Neofabraea spp.
Lesões circulares
Planas ou ligeiramente afundada
O tecido com a lesão é firme
Marrom, com centro marrom claro ou amarelo pálido
Alta pluviosidade
Temperatura média 20°C
Mofo azul- Penicillium expansum
• Podridão aquosa, mole, deprimida, profunda,
com margens internas e externas bem definidas
• Tons bege-claros na epiderme como na polpa
• Em condições de alta umidade relativa,
desenvolvem-se sobre a área afetada pequenas
massas brancas e azuis
• Desenvolvimento rápido e os tecidos afetados
podem ser destacados facilmente das frutas
• Penetração somente por ferimentos ou
aberturas naturais
• Sobrevive como micélio em restos de tecido
infectado aderido á madeira de bins,
embalagens e paredes
Podridão-amarga
• Podridão firme, aquosa
• Deprimida, circular e de cor marrom
• Na epiderme círculos concêntricos
• Pontos alaranjados
• Aspecto ceroso correspondentes às
frutificações conidiais
Podridão Branca
• Penetração direta:
• 1,5 mês após queda de pétalas
• ferimentos ou lenticelas
• T > 20ºC e Chuvas frequentes
• Fuji é mais susceptível
• Latente em frutos novos
• Sintoma em pré-colheita, com aumento do teor de SS
Yoshinori e Boneti
Iran Oliveira
Podridão carpelar
Causada por muitos fungos
As frutas afetadas no campo são mais coloridas
Deformadas
Mal desenvolvidas
Frutos mais leves, ocos
Podridão carpelar
Causada por muitos fungos
As frutas afetadas no campo são mais coloridas
Deformadas
Mal desenvolvidas
Frutos mais leves, ocos
Frutos amadurecem antes
Caem antes da colheita
Podridões secas ou aquosas
Cor preta, marrom-clara ou marrom-escura
Micélio branco, rosa, verde, cinza
Silveira et al., 2013
• Maior abertura calicinar
Figura: Kretzschmar et al., 2007
• Menor comprimento do tubo calicinar
• Maior distância entre os lóbulos dos frutos
Gao et al., 2013
20 gêneros
33 espécies
China
Fabiane Silveira
E na região de São Joaquim???
0
5
10
15
20
25
2009/10 2010/11 2009/10 2010/11
Vacaria Fraiburgo
Alternaria Fusarium Ulocladium Geotrichum
Phoma Colletotrichum Pestalotia Monilia
Gliocladium Criptosporium Macrophoma
São Joaquim – Resultados preliminares - 2018/2019
Podridão Carpelar – Neofabraea spp.
• Podridão firme
• Coloração palha
• Bordas mais escuras
Podridão Carpelar – Alternaria
Elfar et al., 2018
• Micélio escuro e cotonoso
• Cor cinza a verde oliva
• Cresce no carpelo
• Envolvendo as sementes
Podridão Carpelar – Fusarium
•Consistência seca
•Frutos deformados
•Com galerias
•Coloração marrom avermelhada
•Rosada
Ciclo de vida dos fungos
Inverno
Inóculo e
Sobrevivência
Pomar
Primavera e Verão
condições climáticas
favoráveis
Packing-house
Armazenagem
Comercialização
Florada e
Frutificação
Infecção
Sintomas em
pré-colheita
ou Infecção
latente
Colheita
Novas
infecções
Folhas
caídas
Colletotrichum
Alternaria
Botrytis Solo
Botrytis
Gemas
Colletotrichum
Frutos
múmias
Colletotrichum
Botryosphaeria
Cancros
Botryosphaeria
Neofabraea
Botrytis
Plantas
daninhas Colletotrichum
Neofabraea
Flores
mortas
Botrytis
Inverno
Inóculo e
Sobrevivência
Restos de
maçã em
bins
Botrytis
Penicillium
Neofabraea
Ramos
Botryosphaeria
Botrytis
Sobrevivência
Cancros
Frutos mumificados
Plantas daninhas mortas
Folhas caídas de macieira
Dr. Jürgen Köhl
Processo de infecção - Carpelar
Primavera úmida e chuvosa
Contaminação das flores
Vento e chuva
Infecção latente
Fungos
sobrevivendo
restos culturais
Inverno
Foto: V. Gualandri
Três principais fatores - latente
• Deficiência no hospedeiro de recursos nutricionais para o
desenvolvimento do fungo
• Presença de compostos antifúngicos ou de estruturas pré-formadas
na resistência de frutos imaturos
• Ambiente inadequado para a ativação dos fatores de
patogenicidade do microrganismo
Abertura calicinar
porta de entrada
Temperaturas amenas
Processo de infecção
Foto: V. Gualandri
Fungo se desenvolve
sobre as sementes
Depois que os fungos estão dentro do fruto
ficam protegidos contra o contato dos fungicidas
Ambiente ideal
Processo de infecção
Fungo sobre as
sementes
Podridões no
tecidos adjacentes
Foto: V. Gualandri
Processo de infecção
Estádios
avançados
Fungo sobre as
sementes
Podridões no
tecidos adjacentes
Foto: V. Gualandri
Fungos colonizam
mesocarpo
Processo de infecção
Estádios
avançados
Fungo sobre as
sementes
Podridões no
tecidos adjacentes
Foto: V. Gualandri
Fungos
mesocarpo
Podridão
exteriorizada
• Estudo com fluorescência - China
• pétalas, anteras, filamentos, estigmas e restos florais – inoculo
• Entrada por fissuras no estilete
• Fungo coloniza fissuras, hifa cresce até a base do estilete
• Ocorre o Open sinus, as fissuras são fundidas com a cavidade carpelar
• Atinge a cavidade carpelar e depois o tecido adjacente
Manejo e estratégias de controle
• Queda de folhas de forma tardia
• Mais tempo na planta
• Dreno
• Maior incidência de doenças nas folhas
• Mais fonte de inóculo...
• Como resolver?
• Aplicação de uréia nas folhas caídas
• Tratamento de inverno
• Limpeza do Pomar
Ano com inverno tardio
• Cúpricos (300 g/100 litros de água);
• Calda sulfocálcica (até 10%).
Tratamento de Inverno
Atenção
- Intervalo mínimo de 20 dias antes da
quebra de dormência com cianamida
hidrogenada ou óleo mineral
Inverno - Inóculo e Sobrevivência
Retirar tudo que possa ser fonte de inóculo
Manter o pomar mais limpo possível
Na poda de inverno fazer uma limpeza/retirada geral de todos os tipos de Cancro,
Neofabraea, Botriosphaeria, etc;
- Nenhum tipo de Cancro podado/retirado pode ficar no chão dentro do pomar
Fotos: Leonardo
Aumento aeração do pomar
• Espaçamento adequado
• Plantas com ramos dispostos à altura mínima de 80 cm do solo
• Utilização de poda e/ou nutrição equilibrada para obter plantas
sem enfolhamento excessivo
• Boa drenagem no pomar
• Manutenção das invasoras na fileira em no máximo 20 cm de
altura
Inverno - Inóculo e Sobrevivência
Primavera e verão Monitoramento das condições climáticas
Agroconnect
Fungo Temperatura Umidade
Botrytis 15 e 20°C
Neofabraea 20°C 100%
Penicillium 0 a 20°C 80 a 90%
Colletotrichum >16°C 3 dias seguidos com
chuva
Botryosphaeria >20°C Chuvas frequentes
Alternaria 20°C 40% dia 95% noite
• Aplicar fungicida protetor no primeiro tratamento 7 dias após quebra de
dormência
• Evitar deficiência de polinização
• Evitar florada desuniforme
• Aplicar fosfito 3x durante a florada
• Adubação equilibrada
• Fortalecer as gemas
• Usar produtos para quebra de dormência – Mariuccia e Petri
• Utilizar quantidade de colmeias adequada – 6/ha e com 60
abelhas/min, dispostas aos poucos no pomar – Cristiano e Sezerino
Primavera e verão
• Monitoramento durante o verão, buscando focos de infecção
• Retirada dos frutos atacados para evitar disseminação para o fruto
vizinho
Primavera e verão
Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
P. Amarga
P. Branca
P. Olho de Boi ferimentos
P. Carpelar
Fungicidas
• Melhores para podridões em geral
• Difenoconazole – Difcor, Prisma, Score
• Fosfitos – FitofósKplus, Imune, Phosporus
• Pirimetanil – Mythos
• Fludioxonil
• Tiofanato Metílico – Cercobin, Fungiscan,
Metiltiofan, Mofotil, Approve
• Bacillus – Ecoshot, Serenade, Duravel
• Manejo em conjunto com Sarna, MFG,
Cancro Europeu
Tabela: Rosa Maria Valdebenito-Sanhueza
Controle químico ineficiente para
Podridão Carpelar
• 7 dias antes da colheita:
• Pulverizar Tiofanato metílico +
protetor – atenção a carência
• Bacillus – 7 e 2 dias antes da
colheita
• Ponto de colheita
• Não colher em dias chuvosos ou
muito úmidos
• Evitar ferimentos durante colheita e
embalagem
• Limpeza de Bins e sacolas de
colheita
• Resfriar a fruta o mais rápido
possível
Colheita
Colheita
•Presente nas maçãs na colheita : Penicillium, Neofabraea, Botrytis,
Colletotrichum, Alternaria
•Presente nos bins, embalagens e sacolas de colheita:
Penicillium, Botrytis, Alternaria, Neofabraea
•Presente nas câmaras, packings e na água de lavagens :
Penicillium
Armazenamento
Armazenamento
• Limpeza e desinfecção com sanitizantes nas máquinas e bins
• Limpeza e desinfecção de câmaras com formol e permanganato
• Uso de sanitizantes
• Análises periódicas nas câmaras
• Controle de qualidade da maçã industrial
• Treinamentos do pessoal de laboratório para identificação de
podridões
• Mapeamento de podridões por regiões e produtores
Saneantes em pós-colheita
Nome Técnico Nome Comercial Dose
Ácido Peracético Havoxil 0,5 – 1,0 mL/L
Cloreto de dodecil dimetil amônio
12%
Sporekill 1,25 g/L
Cloreto de dodecil dimetilamônio Agrotex 2,5 mL/L
Dicloro Isocianurato de Sódio
AgroSan 100g/300L
Desinfect 0,154 g/L
Diclorobel 0,06 g/L
Clor – in 0,006 a 0,08 g/L
Genera 65 % 0,077g/L
Sany-Clean 0,0385 - 0,115g/L
Digluconato de Clorhexidina Neobiodine 0,0625-0,125mL/L
Dióxido de Cloro
Dioxiplus 0,015-0,075 mL/L
Tecsa Clor 0,050 a 0,1mL/L
Formaldeido 40%, Permanganato
de Potássio*
Formol, Permanganato de
Potássio,
500mL, 250 g,
500mL de água/100 m3
Hipoclorito de Sódio Hipoclorito de Sódio10-12% 0,050 a 0,1g/L
Ortofenilfenol*
Fruit Fog - P 20-50g/100m2
Smoke Tech 0,75-1,03g/m3
Oxicloreto de cálcio 65% Frexus CH 0,008 g/L
* Desinfecção de
câmaras sem frutos
Fungicidas em pós-colheita
• Rovral - Iprodiona
• Magnate 500- Imazalil
• Fegatex 100 SL- Cloreto de Benzalcônio
• Eco-shot – Bacillus amyloliquefaciens
• Ecofog – Fludioxonil – em processo de registro
• Ecofog – Pirimetanil – em processo de registro
Variação de controle entre espécies mesmo gênero
Fungicida N. perennans N. vagabunda N. kienholzii N. malicorticis
Pirimetanil
Tiofanato
metílico
Tiabendazol
Piraclostrobina
+boscalide
Triflumizole
Kresoxim methyl
Ziram
Fludioxonil
Trifloxistrobina
Sulfato de cobre
Mancozeb
Spotts et al., 2009
Schulmann, 2015
Resistência
44 isolados
• Thidiazuron (TDZ)
• Produto sem registro
• Erros de dosagem
• Excesso de aplicações
• Falta Cálcio
• Escurecimento
• Aumento de Podridões
Difenoconazol
Captan
Testemunha
Difenoconazol + Captan
Difenoconazol
+ Captan
Difenoconazol
Captan
Testemunha
Testemunha Captan
Captan
Testemunha
Captan + Azoxistrobina +
Difenoconazol
Azoxistrobina +
Difenoconazol
Captan +
Azoxistrobina +
Difenoconazol
Azoxistrobina +
Difenoconazol
Não apliquem azoxistrobina!!!
Problemas em Gala
Não apliquem azoxistrobina!!! Problemas em Gala
(Gur et al., 2020)
Captan
Testemunha
Azoxistrobina +
Tebuconazol
Captan + Azoxistrobina +
Tebuconazol
Testemunha
Azoxistrobina +
Tebuconazol Captan
Captan +
Azoxistrobina +
Tebuconazol
Treatment
Experiment 2 Experiment 3
Fruits with
calyx rot
(%)
Fruits
with body
rot (%)
Fruits
with calyx
rot (%)
Fruits
with body
rot (%)
Testemunha 22 a 17.5 a 30 a 16 a
Azoxistrobina+difenoconazol 5 c 3.5 b 14 b 1.3 cd
Azoxistrobina+tebuconazol 9 bc 4 b 22 ab 6 b
Captan+tebuconazol 7 bc 1.5 b 16 b 3.3 bcd
Difenoconazol n.t n.t 18 b 4 bcd
Captan 9 bc 3 b 21 ab 7.3 b
Difenoconazol+Captan 6 bc 4.5 b 22 ab 6 b
Azoxistrobina+difenoconazol
+captan
4.5 c 1.5 b 13 b 0 d
Azoxistrobina+tebuconazol
+captan
12 b 2.5 b 14 b 4.6 bc
Campo – protetor não melhorou controle
Experimentos
a
b
c
d d d d
e
0
20
40
60
80
100
120
140
Joaquina Royal Gala f2p101 Fred
Hough
Fuji
Suprema
Daiane Catarina Kinkas
AACPD
CULTIVARES
POB x cultivares
POB x Bacillus e saneantes Ciclo 2019-20
Tratamento Período antes da colheita
7 dias 2 dias 1 dia
Convencional Padrão Padrão Padrão
Acido + Bacillus Ac peracético Bacillus Bacillus
Acido 2 + Bacillus Ac peracético Ac peracético Bacillus
Oxicloreto + Bacillus Oxicloreto de Cálcio Bacillus Bacillus
Oxicloreto 2 + Bacillus Oxicloreto de Cálcio Oxicloreto de Cálcio Bacillus
Bacillus Bacillus
Oxicloreto Oxicloreto de Cálcio
Acido Ac peracético
Bacillus Bacillus Bacillus
Em câmara armazenados
Gala
Tratamento Produto comercial Dose (p.c./100 L) Incidência P.
Carpelar(%)
1- Controle negativo --- 5,75a*
2- Extrato de plantas Vita-lok 200 mL 4,50ab
3- Extrato de plantas+Tiofanato Metilico Vita-lok + Cercobin 100mL + 70g 3,50bc
4- Extrato de plantas + Tiofanato Metilico Vita-lok + Cercobin 200mL + 70g 2,75bc
5- Tiofanato Metilico Cercobin 70g 1,75c
Resultados de apenas uma safra assim é necessário repetir
*Teste de Tukey
Ciclo 2019-20
Carpelar x bioestimulantes
Tratamento - produto Dose (p.c./100 L) Incidência P.
Carpelar(%)
1- Controle negativo --- 6,00a*
2- Bacillus subtilis - Serenade 400 mL 2,75b
3- Bacillus subtilis - Bioimune 400mL 2,00b
4- Bacillus amyloliquefaciens – Eco-shot 200g 2,75b
5- Extrato de melaleuca- Timorex Gold 150ml 3,75ab
Resultados de apenas uma safra assim é necessário repetir
*Teste de Tukey
Ciclo 2019-20
Carpelar x Bacillus
Tratamento Produto Dose
(p.c./100 L)
Incidência
Carpelar(%)
Testemunha - 6,5 a*
Saneante Frexus CHFert 100g 4,5 b
Saneante + Tiofanato Metílico Frexus CHFert + Cercobin 100 g + 50 mL 3,0 bc
Adjuvante Ag+Celenco 50 mL 3,5 bc
Adjuvante +Tiofanato Metílico Ag+Celenco + Cercobin 50 mL + 70g 2 c
Bacillus subtilis+Tiofanato
Metílico
Serenade + Cercobin 400ml + 70g 2,25 c
Tiofanato Metílico Cercobin 70g 3,25 bc
Ciclo 2019-20
*Teste de Tukey
Carpelar x saneante e adjuvante
Formulação de fosfitos x Carpelar Ciclo 2019-20
Tratamento Produto Dose
(p.c./100 L)
Incidência
Carpelar(%)
Testemunha - 6,25 a*
Fosfito 40-20 FitofósKplus 200mL 2,25 bc
Fosfito 40-20 phosphorus k 20 Extra 300mL 2,75 bc
Fosfito 30-20 phosphorus k 20 300mL 2,50bc
Fosfito 28-26 phosphorus k 26 300mL 2,25 bc
Fosfito 20-20 Hortifós PK 200mL 4,5 ab
Fosfito + Aminoácido Optimus 100ml 1,75 c
Ácido peracético Clean up 100ml 3,25 bc
*Teste de Tukey
Resumo – Sugestão de controle – Manejo em conjunto
Higienização
saneantes
Bacillus – Eco-shot
Ponto ideal e com
cuidado
Tratamento de Inverno
Calda sulfocálcica 20 dias antes quebra de dormência
Múmias, ramos doentes, tratamento de cancros
Anilopirimidina + protetor 21ou 15 dias antes colheita
Estrobilurina 1+protetor Estrobilurina 2+protetor
Estrobilurina 3 + protetor 30 dias antes colheita
Dormência Brotação Frutificação Colheita
Floração Armazenagem
MAI JUN JUL AGO SET ...
JAN FEV MAR ABR
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Monitoramento das condições climáticas e da população fúngica do pomar
Bacillus 7 e 2 dias antes colheita
3x Fosfitos – início,
plena e final floração
Bacillus na florada
Curativo na queda de pétalas
Fungicida contato a cada 10 dias Benzimidazol a cada 30 dias
Protetor 5 a
7 dias após
quebra de
dormência
Cúpricos
Bioestimulantes
Adjuvantes
Sanitizantes
Fosfito + protetor antes colheita
Produtor D
% Reais
20 35,6
30 37,5
20 13,4
30 6,3
100 92,8
1.000 928
Produtor C
% Reais
30 53,4
30 37,5
30 20,1
10 2,1
100 113,1
1.000 1.131
160,5
Prejuízo em 1.000 kg 556,51
353,5
Prejuízo em 50 toneladas 8.025 17.675 27.825,5
Produtor B
% Reais
50 89
25 31,25
15 10,05
10 2,1
100 132,40
1.000 1.324
Produtor A
% Reais
65 115,7
20 25,0
10 6,7
5 1,05
100 148,45
1.000 1.484,5
Média preço/Kg
Fuji +Gala
Cat I 1,78
Cat II 1,25
Cat III 0,67
Indústria 0,21
Total
-----
Sonho
% Reais
85 151,3
10 12,5
3 2,01
2 0,42
100 166,23
1.000 1.662,3
+177,8
+ 8.890
Variação preço indústria desde 0,08 até 0,40
Por que buscar qualidade???
Prejuízo – preços 2019 8.100 18.425 26.475 + 9.710
Produtor D
% Reais
20 35,6
30 37,5
20 13,4
30 6,3
100 92,8
1.000 928
Produtor C
% Reais
30 53,4
30 37,5
30 20,1
10 2,1
100 113,1
1.000 1.131
160,5
Prejuízo em 1.000 kg 556,51
353,5
Prejuízo em 50 toneladas 8.025 17.675 27.825,5
Produtor B
% Reais
50 89
25 31,25
15 10,05
10 2,1
100 132,40
1.000 1.324
Produtor A
% Reais
65 115,7
20 25,0
10 6,7
5 1,05
100 148,45
1.000 1.484,5
Média preço/Kg
Fuji +Gala
Cat I 1,78
Cat II 1,25
Cat III 0,67
Indústria 0,21
Total
-----
Sonho
% Reais
85 151,3
10 12,5
3 2,01
2 0,42
100 166,23
1.000 1.662,3
+177,8
+ 8.890
Variação preço indústria desde 0,08 até 0,40
30 a 50% por podridões
Por que buscar qualidade???
Prejuízo – preços 2019 8.100 18.425 26.475 + 9.710
Perspectivas futuras
•Bee Vectoring Technology
•Extratos e Oléos essenciais –
projeto Andréia Hansen
Oster - Embrapa
•Utilização de Ozônio –
Rogério Oliveira Anese – IFSC
•Detecção por LAMP
•Tratamento com água quente
•Controle Biológico
Conclusões
• Controle total de podridões é utopia
• Manter pomar equilibrado
• Conhecimento da população de fungos na área
• Utilizar medidas de profilaxia
• Maior integração entre o fruticultor e o responsável pelo
packing-house
• Perceber qual o tamanho do prejuízo com podridões
• Aplicar fungicidas em mistura
• Atenção a novas demandas e problemas
• Buscar produzir mais qualidade do que quantidade
Obrigado!!! Dúvidas e debate...
felipepinto@epagri.sc.gov.br (49) 991592263

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Palestra 3 - Podridões em pré e pós-colheita em maçãs.pdf

  • 1.
  • 2. Iran Souza Oliveira Arthur Oliveira Souza Equipe Estação Experimental de São Joaquim Extensão - Gerência Regional de São Joaquim São Joaquim, Urupema, Bom Jardim da Serra, Urubici, Rio Rufino e Bom Retiro Escritórios Municipais Colaboradores externos
  • 3. Palestra 3- Podridões em pré e pós-colheita em maçãs Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto – EESJ 10 de Junho de 2020
  • 4. Sumário Qualidade e Consumidor Problemas em pós-colheita de maçãs e doenças Características dos principais agentes causais Manejo e experimentos Por que buscar qualidade? Conclusões, dúvidas e debate
  • 5. O que é qualidade??? • Propriedade que determina a essência ou a natureza de um ser ou coisa • Grau negativo ou positivo de excelência • Produto em conformidade com as exigências dos clientes • Possuir valor agregado • Ter algo que produtos similares não possuem
  • 6.
  • 7. Qualidade em pós-colheita Produtor: Boa produtividade Resistência a pragas Fácil manejo Boa colheita Aparência Atacado e varejo: Aparência Resistência no transporte Firmeza Alta vida de prateleira Consumidor: Aparência Sabor Firmeza Aroma Nutritivo Sem resíduos Tempo Qualidade
  • 8. (Rogério- Cepa) Calibre CAT 1 CAT 2 CAT 3 TOTAL 60-135 20% 15% 18% 54% 150-165 11% 7% 8% 26% 180-300 8% 7% 6% 21% TOTAL 39% 29% 32% 100% MÉDIA 2008-2017 Cat 1 Cat 2 Cat 3 (ABPM)
  • 9. (IBGE e FAO ) Será que a maçã que chega no Norte, Nordeste é a mesma que temos acesso aqui na região Sul? Consumo da maçã Média mundial: 9,8 kg/hab/Ano Brasil é 94º consumidor
  • 10.
  • 12. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” Rotina diária mudou a oferta de alimentos Globalização Consumidores mais exigentes e informados Novos hábitos – novas necessidades Falta de tempo Novas preocupações Novos desafios para cadeia produtiva Liris Kindlein Ecologicamente correto? Socialmente justo?
  • 13. NOVO CONSUMIDOR • Segurança dos alimentos • “Naturalidade” (conteúdo de químicos, orgânicos e naturais) • Apresentação mais conveniente e adequada à vida moderna – Praticidade • Cor, Tamanho • Sabor • Durabilidade • Impacto ambiental • Origem • Maior variedade de produtos e disponibilidade durante todo o ano • Conectividade • Orçamento É o CONSUMIDOR que define o que quer consumir, e a qualidade dos alimentos
  • 14. Perdas pós-colheita Fatores Ambientais Deterioração de frutas Fatores Biológicos Doenças Etileno Distúrbios fisiológicos Erros e Danos Produção de Etileno Mudanças na composição Luz Transpiração Crescimento Composição Atmosférica Umidade Relativa Temperatura Respiração
  • 15. Doenças • Alto potencial de dano econômico • Longo período de armazenagem • Ambiente favorável para os fungos • Demanda para maior vida de prateleira • Muitos fungos capazes de causar doenças • Pressão para frutas sem resíduos
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Quais são mais importantes?
  • 20. Incidência relativa de cada tipo de podridão Evolução das podridões durante os meses de armazenamento de 2002 a 2018 % Relativa das podridões Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019 Meses de armazenamento Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)/Epagri Gala São Joaquim Botrytis Neofabraea Penicillium Alternaria Glomerella Carpelar Botryosphaeria
  • 21. % Relativa das podridões Meses de armazenamento Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000) /Epagri Fuji São Joaquim Neofabraea Carpelar Botrytis Penicillium Alternaria Glomerella Botryosphaeria Meses de armazenamento Incidência relativa de cada tipo de podridão Evolução das podridões durante os meses de armazenamento de 2002 a 2018 Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
  • 22. % Relativa das podridões Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)/Epagri Carpelar Penicillium Botryosphaeria Glomerella Botrytis Alternaria Neofabraea Gala São Joaquim Variação da incidência de podridões entre anos /Média de 5 a 8 meses de armazenamento Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019
  • 23. % Relativa das podridões Banco Dados Câmaras comerciais Brasil (800-1000)/Epagri Neofabraea Carpelar Penicillium Fuji São Joaquim Botryosphaeria Glomerella Botrytis Alternaria Slide: Claudio Ogoshi – Enfrute 2019 Variação da incidência de podridões entre anos /Média de 5 a 8 meses de armazenamento
  • 24. Hipóteses para aumento POB e Carpelar • Espécies se adaptando ao frio • Inverno mais ameno nos últimos anos • Resistência aos fungicidas • Novas espécies envolvidas • Diminuição do uso de fungicidas curativos
  • 25. Quais são os inimigos?
  • 26. Mofo cinzento- Botrytis cinerea • Podridão firme, relativamente seca • Irregular, não-deprimida e geralmente profunda • Na epiderme e na polpa, apresenta cor bege, inicialmente clara, que escurece em lesões mais antigas • Micélio abundante, acinzentado, com setores de aspecto pulverulento, onde se encontram os esporos do fungo • Algumas estirpes podem desenvolver estruturas escuras (esclerócios) na superfície das frutas
  • 27. • Saprófita, superfície das plantas nos pomares • Ramos, folhas e flores • Único patógeno que pode iniciar a infecção em pós-colheita • Uma fruta doente infecta as outras • Ninhos
  • 28. Podridão Olho de Boi - Neofabraea spp. Lesões circulares Planas ou ligeiramente afundada O tecido com a lesão é firme Marrom, com centro marrom claro ou amarelo pálido Alta pluviosidade Temperatura média 20°C
  • 29. Mofo azul- Penicillium expansum • Podridão aquosa, mole, deprimida, profunda, com margens internas e externas bem definidas • Tons bege-claros na epiderme como na polpa • Em condições de alta umidade relativa, desenvolvem-se sobre a área afetada pequenas massas brancas e azuis • Desenvolvimento rápido e os tecidos afetados podem ser destacados facilmente das frutas • Penetração somente por ferimentos ou aberturas naturais • Sobrevive como micélio em restos de tecido infectado aderido á madeira de bins, embalagens e paredes
  • 30. Podridão-amarga • Podridão firme, aquosa • Deprimida, circular e de cor marrom • Na epiderme círculos concêntricos • Pontos alaranjados • Aspecto ceroso correspondentes às frutificações conidiais
  • 31. Podridão Branca • Penetração direta: • 1,5 mês após queda de pétalas • ferimentos ou lenticelas • T > 20ºC e Chuvas frequentes • Fuji é mais susceptível • Latente em frutos novos • Sintoma em pré-colheita, com aumento do teor de SS Yoshinori e Boneti Iran Oliveira
  • 32. Podridão carpelar Causada por muitos fungos As frutas afetadas no campo são mais coloridas Deformadas Mal desenvolvidas Frutos mais leves, ocos
  • 33. Podridão carpelar Causada por muitos fungos As frutas afetadas no campo são mais coloridas Deformadas Mal desenvolvidas Frutos mais leves, ocos Frutos amadurecem antes Caem antes da colheita Podridões secas ou aquosas Cor preta, marrom-clara ou marrom-escura Micélio branco, rosa, verde, cinza
  • 34. Silveira et al., 2013 • Maior abertura calicinar Figura: Kretzschmar et al., 2007 • Menor comprimento do tubo calicinar • Maior distância entre os lóbulos dos frutos
  • 35. Gao et al., 2013 20 gêneros 33 espécies China
  • 36. Fabiane Silveira E na região de São Joaquim??? 0 5 10 15 20 25 2009/10 2010/11 2009/10 2010/11 Vacaria Fraiburgo Alternaria Fusarium Ulocladium Geotrichum Phoma Colletotrichum Pestalotia Monilia Gliocladium Criptosporium Macrophoma
  • 37.
  • 38. São Joaquim – Resultados preliminares - 2018/2019
  • 39. Podridão Carpelar – Neofabraea spp. • Podridão firme • Coloração palha • Bordas mais escuras
  • 40. Podridão Carpelar – Alternaria Elfar et al., 2018 • Micélio escuro e cotonoso • Cor cinza a verde oliva • Cresce no carpelo • Envolvendo as sementes
  • 41. Podridão Carpelar – Fusarium •Consistência seca •Frutos deformados •Com galerias •Coloração marrom avermelhada •Rosada
  • 42. Ciclo de vida dos fungos
  • 43. Inverno Inóculo e Sobrevivência Pomar Primavera e Verão condições climáticas favoráveis Packing-house Armazenagem Comercialização Florada e Frutificação Infecção Sintomas em pré-colheita ou Infecção latente Colheita Novas infecções
  • 45. Sobrevivência Cancros Frutos mumificados Plantas daninhas mortas Folhas caídas de macieira Dr. Jürgen Köhl
  • 46. Processo de infecção - Carpelar Primavera úmida e chuvosa Contaminação das flores Vento e chuva Infecção latente Fungos sobrevivendo restos culturais Inverno Foto: V. Gualandri Três principais fatores - latente • Deficiência no hospedeiro de recursos nutricionais para o desenvolvimento do fungo • Presença de compostos antifúngicos ou de estruturas pré-formadas na resistência de frutos imaturos • Ambiente inadequado para a ativação dos fatores de patogenicidade do microrganismo Abertura calicinar porta de entrada Temperaturas amenas
  • 47. Processo de infecção Foto: V. Gualandri Fungo se desenvolve sobre as sementes Depois que os fungos estão dentro do fruto ficam protegidos contra o contato dos fungicidas Ambiente ideal
  • 48. Processo de infecção Fungo sobre as sementes Podridões no tecidos adjacentes Foto: V. Gualandri
  • 49. Processo de infecção Estádios avançados Fungo sobre as sementes Podridões no tecidos adjacentes Foto: V. Gualandri Fungos colonizam mesocarpo
  • 50. Processo de infecção Estádios avançados Fungo sobre as sementes Podridões no tecidos adjacentes Foto: V. Gualandri Fungos mesocarpo Podridão exteriorizada
  • 51. • Estudo com fluorescência - China • pétalas, anteras, filamentos, estigmas e restos florais – inoculo • Entrada por fissuras no estilete • Fungo coloniza fissuras, hifa cresce até a base do estilete • Ocorre o Open sinus, as fissuras são fundidas com a cavidade carpelar • Atinge a cavidade carpelar e depois o tecido adjacente
  • 52. Manejo e estratégias de controle
  • 53. • Queda de folhas de forma tardia • Mais tempo na planta • Dreno • Maior incidência de doenças nas folhas • Mais fonte de inóculo... • Como resolver? • Aplicação de uréia nas folhas caídas • Tratamento de inverno • Limpeza do Pomar Ano com inverno tardio • Cúpricos (300 g/100 litros de água); • Calda sulfocálcica (até 10%). Tratamento de Inverno Atenção - Intervalo mínimo de 20 dias antes da quebra de dormência com cianamida hidrogenada ou óleo mineral
  • 54. Inverno - Inóculo e Sobrevivência Retirar tudo que possa ser fonte de inóculo Manter o pomar mais limpo possível Na poda de inverno fazer uma limpeza/retirada geral de todos os tipos de Cancro, Neofabraea, Botriosphaeria, etc; - Nenhum tipo de Cancro podado/retirado pode ficar no chão dentro do pomar Fotos: Leonardo
  • 55. Aumento aeração do pomar • Espaçamento adequado • Plantas com ramos dispostos à altura mínima de 80 cm do solo • Utilização de poda e/ou nutrição equilibrada para obter plantas sem enfolhamento excessivo • Boa drenagem no pomar • Manutenção das invasoras na fileira em no máximo 20 cm de altura Inverno - Inóculo e Sobrevivência
  • 56. Primavera e verão Monitoramento das condições climáticas Agroconnect Fungo Temperatura Umidade Botrytis 15 e 20°C Neofabraea 20°C 100% Penicillium 0 a 20°C 80 a 90% Colletotrichum >16°C 3 dias seguidos com chuva Botryosphaeria >20°C Chuvas frequentes Alternaria 20°C 40% dia 95% noite
  • 57. • Aplicar fungicida protetor no primeiro tratamento 7 dias após quebra de dormência • Evitar deficiência de polinização • Evitar florada desuniforme • Aplicar fosfito 3x durante a florada • Adubação equilibrada • Fortalecer as gemas • Usar produtos para quebra de dormência – Mariuccia e Petri • Utilizar quantidade de colmeias adequada – 6/ha e com 60 abelhas/min, dispostas aos poucos no pomar – Cristiano e Sezerino Primavera e verão
  • 58. • Monitoramento durante o verão, buscando focos de infecção • Retirada dos frutos atacados para evitar disseminação para o fruto vizinho Primavera e verão Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março P. Amarga P. Branca P. Olho de Boi ferimentos P. Carpelar
  • 59. Fungicidas • Melhores para podridões em geral • Difenoconazole – Difcor, Prisma, Score • Fosfitos – FitofósKplus, Imune, Phosporus • Pirimetanil – Mythos • Fludioxonil • Tiofanato Metílico – Cercobin, Fungiscan, Metiltiofan, Mofotil, Approve • Bacillus – Ecoshot, Serenade, Duravel • Manejo em conjunto com Sarna, MFG, Cancro Europeu Tabela: Rosa Maria Valdebenito-Sanhueza Controle químico ineficiente para Podridão Carpelar
  • 60. • 7 dias antes da colheita: • Pulverizar Tiofanato metílico + protetor – atenção a carência • Bacillus – 7 e 2 dias antes da colheita • Ponto de colheita • Não colher em dias chuvosos ou muito úmidos • Evitar ferimentos durante colheita e embalagem • Limpeza de Bins e sacolas de colheita • Resfriar a fruta o mais rápido possível Colheita
  • 61. Colheita •Presente nas maçãs na colheita : Penicillium, Neofabraea, Botrytis, Colletotrichum, Alternaria •Presente nos bins, embalagens e sacolas de colheita: Penicillium, Botrytis, Alternaria, Neofabraea •Presente nas câmaras, packings e na água de lavagens : Penicillium Armazenamento
  • 62. Armazenamento • Limpeza e desinfecção com sanitizantes nas máquinas e bins • Limpeza e desinfecção de câmaras com formol e permanganato • Uso de sanitizantes • Análises periódicas nas câmaras • Controle de qualidade da maçã industrial • Treinamentos do pessoal de laboratório para identificação de podridões • Mapeamento de podridões por regiões e produtores
  • 63. Saneantes em pós-colheita Nome Técnico Nome Comercial Dose Ácido Peracético Havoxil 0,5 – 1,0 mL/L Cloreto de dodecil dimetil amônio 12% Sporekill 1,25 g/L Cloreto de dodecil dimetilamônio Agrotex 2,5 mL/L Dicloro Isocianurato de Sódio AgroSan 100g/300L Desinfect 0,154 g/L Diclorobel 0,06 g/L Clor – in 0,006 a 0,08 g/L Genera 65 % 0,077g/L Sany-Clean 0,0385 - 0,115g/L Digluconato de Clorhexidina Neobiodine 0,0625-0,125mL/L Dióxido de Cloro Dioxiplus 0,015-0,075 mL/L Tecsa Clor 0,050 a 0,1mL/L Formaldeido 40%, Permanganato de Potássio* Formol, Permanganato de Potássio, 500mL, 250 g, 500mL de água/100 m3 Hipoclorito de Sódio Hipoclorito de Sódio10-12% 0,050 a 0,1g/L Ortofenilfenol* Fruit Fog - P 20-50g/100m2 Smoke Tech 0,75-1,03g/m3 Oxicloreto de cálcio 65% Frexus CH 0,008 g/L * Desinfecção de câmaras sem frutos
  • 64. Fungicidas em pós-colheita • Rovral - Iprodiona • Magnate 500- Imazalil • Fegatex 100 SL- Cloreto de Benzalcônio • Eco-shot – Bacillus amyloliquefaciens • Ecofog – Fludioxonil – em processo de registro • Ecofog – Pirimetanil – em processo de registro
  • 65. Variação de controle entre espécies mesmo gênero Fungicida N. perennans N. vagabunda N. kienholzii N. malicorticis Pirimetanil Tiofanato metílico Tiabendazol Piraclostrobina +boscalide Triflumizole Kresoxim methyl Ziram Fludioxonil Trifloxistrobina Sulfato de cobre Mancozeb Spotts et al., 2009
  • 67. • Thidiazuron (TDZ) • Produto sem registro • Erros de dosagem • Excesso de aplicações • Falta Cálcio • Escurecimento • Aumento de Podridões
  • 68. Difenoconazol Captan Testemunha Difenoconazol + Captan Difenoconazol + Captan Difenoconazol Captan Testemunha Testemunha Captan Captan Testemunha Captan + Azoxistrobina + Difenoconazol Azoxistrobina + Difenoconazol Captan + Azoxistrobina + Difenoconazol Azoxistrobina + Difenoconazol Não apliquem azoxistrobina!!! Problemas em Gala
  • 69. Não apliquem azoxistrobina!!! Problemas em Gala (Gur et al., 2020) Captan Testemunha Azoxistrobina + Tebuconazol Captan + Azoxistrobina + Tebuconazol Testemunha Azoxistrobina + Tebuconazol Captan Captan + Azoxistrobina + Tebuconazol Treatment Experiment 2 Experiment 3 Fruits with calyx rot (%) Fruits with body rot (%) Fruits with calyx rot (%) Fruits with body rot (%) Testemunha 22 a 17.5 a 30 a 16 a Azoxistrobina+difenoconazol 5 c 3.5 b 14 b 1.3 cd Azoxistrobina+tebuconazol 9 bc 4 b 22 ab 6 b Captan+tebuconazol 7 bc 1.5 b 16 b 3.3 bcd Difenoconazol n.t n.t 18 b 4 bcd Captan 9 bc 3 b 21 ab 7.3 b Difenoconazol+Captan 6 bc 4.5 b 22 ab 6 b Azoxistrobina+difenoconazol +captan 4.5 c 1.5 b 13 b 0 d Azoxistrobina+tebuconazol +captan 12 b 2.5 b 14 b 4.6 bc Campo – protetor não melhorou controle
  • 70. Experimentos a b c d d d d e 0 20 40 60 80 100 120 140 Joaquina Royal Gala f2p101 Fred Hough Fuji Suprema Daiane Catarina Kinkas AACPD CULTIVARES POB x cultivares
  • 71. POB x Bacillus e saneantes Ciclo 2019-20 Tratamento Período antes da colheita 7 dias 2 dias 1 dia Convencional Padrão Padrão Padrão Acido + Bacillus Ac peracético Bacillus Bacillus Acido 2 + Bacillus Ac peracético Ac peracético Bacillus Oxicloreto + Bacillus Oxicloreto de Cálcio Bacillus Bacillus Oxicloreto 2 + Bacillus Oxicloreto de Cálcio Oxicloreto de Cálcio Bacillus Bacillus Bacillus Oxicloreto Oxicloreto de Cálcio Acido Ac peracético Bacillus Bacillus Bacillus Em câmara armazenados Gala
  • 72. Tratamento Produto comercial Dose (p.c./100 L) Incidência P. Carpelar(%) 1- Controle negativo --- 5,75a* 2- Extrato de plantas Vita-lok 200 mL 4,50ab 3- Extrato de plantas+Tiofanato Metilico Vita-lok + Cercobin 100mL + 70g 3,50bc 4- Extrato de plantas + Tiofanato Metilico Vita-lok + Cercobin 200mL + 70g 2,75bc 5- Tiofanato Metilico Cercobin 70g 1,75c Resultados de apenas uma safra assim é necessário repetir *Teste de Tukey Ciclo 2019-20 Carpelar x bioestimulantes
  • 73. Tratamento - produto Dose (p.c./100 L) Incidência P. Carpelar(%) 1- Controle negativo --- 6,00a* 2- Bacillus subtilis - Serenade 400 mL 2,75b 3- Bacillus subtilis - Bioimune 400mL 2,00b 4- Bacillus amyloliquefaciens – Eco-shot 200g 2,75b 5- Extrato de melaleuca- Timorex Gold 150ml 3,75ab Resultados de apenas uma safra assim é necessário repetir *Teste de Tukey Ciclo 2019-20 Carpelar x Bacillus
  • 74. Tratamento Produto Dose (p.c./100 L) Incidência Carpelar(%) Testemunha - 6,5 a* Saneante Frexus CHFert 100g 4,5 b Saneante + Tiofanato Metílico Frexus CHFert + Cercobin 100 g + 50 mL 3,0 bc Adjuvante Ag+Celenco 50 mL 3,5 bc Adjuvante +Tiofanato Metílico Ag+Celenco + Cercobin 50 mL + 70g 2 c Bacillus subtilis+Tiofanato Metílico Serenade + Cercobin 400ml + 70g 2,25 c Tiofanato Metílico Cercobin 70g 3,25 bc Ciclo 2019-20 *Teste de Tukey Carpelar x saneante e adjuvante
  • 75. Formulação de fosfitos x Carpelar Ciclo 2019-20 Tratamento Produto Dose (p.c./100 L) Incidência Carpelar(%) Testemunha - 6,25 a* Fosfito 40-20 FitofósKplus 200mL 2,25 bc Fosfito 40-20 phosphorus k 20 Extra 300mL 2,75 bc Fosfito 30-20 phosphorus k 20 300mL 2,50bc Fosfito 28-26 phosphorus k 26 300mL 2,25 bc Fosfito 20-20 Hortifós PK 200mL 4,5 ab Fosfito + Aminoácido Optimus 100ml 1,75 c Ácido peracético Clean up 100ml 3,25 bc *Teste de Tukey
  • 76. Resumo – Sugestão de controle – Manejo em conjunto Higienização saneantes Bacillus – Eco-shot Ponto ideal e com cuidado Tratamento de Inverno Calda sulfocálcica 20 dias antes quebra de dormência Múmias, ramos doentes, tratamento de cancros Anilopirimidina + protetor 21ou 15 dias antes colheita Estrobilurina 1+protetor Estrobilurina 2+protetor Estrobilurina 3 + protetor 30 dias antes colheita Dormência Brotação Frutificação Colheita Floração Armazenagem MAI JUN JUL AGO SET ... JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Monitoramento das condições climáticas e da população fúngica do pomar Bacillus 7 e 2 dias antes colheita 3x Fosfitos – início, plena e final floração Bacillus na florada Curativo na queda de pétalas Fungicida contato a cada 10 dias Benzimidazol a cada 30 dias Protetor 5 a 7 dias após quebra de dormência Cúpricos Bioestimulantes Adjuvantes Sanitizantes Fosfito + protetor antes colheita
  • 77. Produtor D % Reais 20 35,6 30 37,5 20 13,4 30 6,3 100 92,8 1.000 928 Produtor C % Reais 30 53,4 30 37,5 30 20,1 10 2,1 100 113,1 1.000 1.131 160,5 Prejuízo em 1.000 kg 556,51 353,5 Prejuízo em 50 toneladas 8.025 17.675 27.825,5 Produtor B % Reais 50 89 25 31,25 15 10,05 10 2,1 100 132,40 1.000 1.324 Produtor A % Reais 65 115,7 20 25,0 10 6,7 5 1,05 100 148,45 1.000 1.484,5 Média preço/Kg Fuji +Gala Cat I 1,78 Cat II 1,25 Cat III 0,67 Indústria 0,21 Total ----- Sonho % Reais 85 151,3 10 12,5 3 2,01 2 0,42 100 166,23 1.000 1.662,3 +177,8 + 8.890 Variação preço indústria desde 0,08 até 0,40 Por que buscar qualidade??? Prejuízo – preços 2019 8.100 18.425 26.475 + 9.710
  • 78. Produtor D % Reais 20 35,6 30 37,5 20 13,4 30 6,3 100 92,8 1.000 928 Produtor C % Reais 30 53,4 30 37,5 30 20,1 10 2,1 100 113,1 1.000 1.131 160,5 Prejuízo em 1.000 kg 556,51 353,5 Prejuízo em 50 toneladas 8.025 17.675 27.825,5 Produtor B % Reais 50 89 25 31,25 15 10,05 10 2,1 100 132,40 1.000 1.324 Produtor A % Reais 65 115,7 20 25,0 10 6,7 5 1,05 100 148,45 1.000 1.484,5 Média preço/Kg Fuji +Gala Cat I 1,78 Cat II 1,25 Cat III 0,67 Indústria 0,21 Total ----- Sonho % Reais 85 151,3 10 12,5 3 2,01 2 0,42 100 166,23 1.000 1.662,3 +177,8 + 8.890 Variação preço indústria desde 0,08 até 0,40 30 a 50% por podridões Por que buscar qualidade??? Prejuízo – preços 2019 8.100 18.425 26.475 + 9.710
  • 79. Perspectivas futuras •Bee Vectoring Technology •Extratos e Oléos essenciais – projeto Andréia Hansen Oster - Embrapa •Utilização de Ozônio – Rogério Oliveira Anese – IFSC •Detecção por LAMP •Tratamento com água quente •Controle Biológico
  • 80. Conclusões • Controle total de podridões é utopia • Manter pomar equilibrado • Conhecimento da população de fungos na área • Utilizar medidas de profilaxia • Maior integração entre o fruticultor e o responsável pelo packing-house • Perceber qual o tamanho do prejuízo com podridões • Aplicar fungicidas em mistura • Atenção a novas demandas e problemas • Buscar produzir mais qualidade do que quantidade
  • 81. Obrigado!!! Dúvidas e debate... felipepinto@epagri.sc.gov.br (49) 991592263